Para eles, a separação foi o “Final feliz”.

Para eles, a separação foi o “Final feliz”.

Quando eles se separaram, já tinham internalizado a crença de que tudo se encerraria ali. Ele, ao sair de casa, levou, dentro da mala, uma desilusão aguda de que jamais seria feliz junto a uma mulher, num misto de amargura, dor e frustração, ele chorou ao volante. Um choro que se misturava ao som da sua play list.

Ela ficou naquela casa, chorando em posição fetal na cama que foi testemunha das noites sem amor, sem toque, sem borboletas no estômago, sem olhares que devoram. Era um choro que trazia à tona tantos sentimentos que ela nem conseguia ter clareza, possivelmente tenha sido uma catarse.

Juntos, eles não se entendiam, isso era fato; e, falar sobre culpa nessa altura do campeonato, já não faz sentido. Traição, não houve; mas também nunca houve cumplicidade, sintonia, entrega. Talvez nunca tenha existido amor entre eles. Considere a possibilidade de ter sido um casamento “arranjado” aquela coisa mais insossa do mundo.

Separados de corpos, visto que as almas nunca foram casadas, cada um foi cuidar de si, da forma como puderam. E, veja que surpreendente: tempos depois, ele se ajeitou com uma mulher “sossegada” que não fazia questão de borboletas no estômago, ela só queria uma companhia mesmo.

Ela, por sua vez, acabou se esbarrando num moço um pouco mais jovem que ela. Eles se devoraram com os olhos antes mesmo do primeiro beijo. Ela, que andava desnutrida física e afetivamente há anos, se esbaldou naqueles braços. A culpa por ser intensa virou cinzas naquele entrelaçamento de corpos e de alma. Ele venera, nela, tudo o que o outro hostilizava. Ela se sente uma adolescente.

A separação foi a melhor coisa que aconteceu na vida daquele casal. Ambos estão bem, cada um com o parceiro que merece. Ela liberou as gargalhadas que andavam emudecidas; ele continua com o riso contido, sua marca registrada, mas tudo bem, cada um está tendo a liberdade de ser quem é. A isso eu chamo de final feliz.

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Não seja o “de vez em quando” da vida de alguém

Não seja o “de vez em quando” da vida de alguém

Eu sei que esse conselho não deveria ser dado, já que você sabe muito bem o que deve e o que não deve fazer em um relacionamento. O problema é que nem todos aplicam o bom senso nas relações e o que deveria ser leve e recíproco torna-se abusivo, frio e desgastante.

Já faz muito tempo que tenho notado mudança nos meus conceitos, nas minhas atitudes e nas minhas verdades. As experiências vivenciadas, a idade e a falta de paciência para sofrer por amor me fizeram mais forte e mais centrada aos valores que realmente importam.

O problema é que tenho notado que nem todas as pessoas utilizam-se das experiências vivenciadas e da idade cronológica para amadurecer e, na ânsia de viverem um grande amor (sim, para elas esse é o ápice da vida), aceitam qualquer relacionamento, com qualquer pessoa e de qualquer forma.

Por algum motivo estranho, o amor está deixando de ser o sentimento mais puro e forte e se tornando objetivo de vida. As pessoas querem a todo custo encontrarem a alma gêmea, pois acreditam que, sem ela, nunca serão felizes e se tornam o que a sociedade moderna chama de “mendigo afetivo”. (Sim, eu sei que o termo é forte e pode gerar estranheza a quem o lê. Mas, infelizmente é nesse patamar que algumas pessoas aceitam viver).

Vamos aos fatos que comprovem isso: o outro não liga, não responde as mensagens que você enviou, não demonstra qualquer interesse e, mesmo assim, você acredita que com o tempo ele irá te amar. Afinal, seu coração instável grita aos quatro ventos que “não responder uma mensagem”, “não comparecer ao encontro” e “não demonstrar interesse” são traumas de relacionamentos anteriores que você facilmente irá curar.

Volta para realidade e foca aqui: mesmo que você seja a referência da psicologia mundial, esse não deveria ser seu papel no relacionamento. Relacionamentos foram criados para nos melhorar como seres humanos e agregar felicidade e paz à vida e não uma desordem generalizada de sentimentos. Em outras palavras:o fato de sermos seres sociáveis e querermos um companheiro de vida não nos obriga a aceitar qualquer relacionamento para ser feliz.

Quer um conselho? Não estrague o que nasceu para dar certo. Não menospreze o amor e não dê uma “ajudinha” ao destino. A vida não precisa de você para seguir seu fluxo natural.

Entenda que é maravilhoso ter alguém para dividir a vida, a cama, o controle da TV, os projetos… mas, isso não quer dizer que sozinho você não será feliz. Entenda que momentos a sós não significam solidão eterna. São apenas momentos necessários para seu crescimento pessoal e espiritual.

Você sabe que quem quer faz acontecer, não é? Então, se o outro não demonstrar interesse respeite e recue. Entenda que um encontro de sábado a noite não tem obrigação de virar namoro. Que um namoro não tem obrigação de virar casamento e que beijos não são contratos de relacionamento vitalício. Relaxe a deixe as coisas acontecerem naturalmente.

Lembre-se que se você aceitar viver como segunda opção, você jamais será colocada como primeira.

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‘Será que enlouqueci de vez?’, diz Giselle Itié

‘Será que enlouqueci de vez?’, diz Giselle Itié

Segundo O Portal R7, Giselle Itié continua sofrendo os efeitos do pós-parto. A atriz, que deu à luz Pedro, no dia 2 de março, transformou seu instagram em um diário de lamentações, principalmente por causa das noites sem dormir. Com aparência cansada, a atriz postou uma foto e compartilhou uma poesia para relatar mais uma madrugada de cuidados como bebê. Ao final, ela pergunta: “Será que enlouqueci?” A atriz Samara Felippe aproveitou para responder: “Enlouqueceu não, mi amor. Está vivendo o puerpério”

A CONTI outra já postou matérias que falam da Maternidade Real, Puerpério e até Depressão Pós Parto. Confiram os links e saibam mais:

As mulheres precisam de um ano para se recuperar após o parto

Maternidade real: mãe compartilha foto do pós-parto e viraliza na internet

Por que tanta tristeza se você acabou de ter um filho lindo e perfeito?

Depressão Pós-Parto: Precisamos falar sobre isso.

Foto de capa: Reprodução/Instagram

Anti-inflamatórios podem agravar quadros de covid-19

Anti-inflamatórios podem agravar quadros de covid-19

“Em caso de febre, tome paracetamol. Se você já está tomando medicamentos anti-inflamatórios ou em caso de dúvida, pergunte ao seu médico”, escreveu Olivier Véran, ministro da Saúde da França, no Twitter.

Verán, que é médico, afirmou no sábado (14) que remédios como ibuprofeno e corticoides podem agravar infecções no organismo e até piorar o quadro de saúde, em casos de pneumonia, por exemplo.

No Brasil, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, pediu que as pessoas não se automediquem e que  procurarem a emergência do hospital apenas pacientes que estiverem com falta de ar. Casos leves, com febre baixa e sintomas gripais podem ir a unidades básicas de saúde, de acordo com o ministério.

Por que não devemos tomar antiinflamatórios como o Ibuprofeno?

“Há muito tempo que temos esta recomendação de evitar o ibuprofeno e todos os AINE em viroses. Não se trata de uma recomendação específica para a Covid-19”, nota a pediatra Margarida Ejarque Albuquerque, que trabalha num hospital público em Tours, França. No caso de infeções cutâneas ou varicela, está mesmo proibido prescrever estas substâncias, usadas por vezes para fazer baixar a febre e diminuir a dor.

A questão é que estes anti-inflamatórios, tal como acontece com a cortisona, afetam a capacidade de reação do sistema imunitário, a quem cabe a tarefa de eliminar os vírus do organismo. Por essa razão, sempre que se supeitar de uma infeção viral, para o alívio dos sintomas deve-se optar pelo paracetamol, informou a publicação na revista SAPO

O R7 deixou um infográfico com dicas para diferenciar a gripe do coronavírus. Confira:

contioutra.com - Anti-inflamatórios podem agravar quadros de covid-19

Com informações de R7 e SAPO

Foto de Anna Shvets no Pexels

Governo vai antecipar 13º de aposentados e suspende prova de vida do INSS

Governo vai antecipar 13º de aposentados e suspende prova de vida do INSS

Em nota, o Ministério da Economia anunciou na última quinta-feira (12) cinco medidas que visam reduzir o impacto da epidemia do novo coronavírus no Brasil. São elas: antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS, suspensão por 120 dias da prova de vida dos beneficiários do INSS, redução de juros do consignado do INSS, e preferência tarifária e desembaraço aduaneiro em produtos médico-hospitalares.
Saiba, a seguir, todos os detalhes à respeito das cinco medidas adotadas pelo Ministério da Economia:

Antecipação do 13º a aposentados e pensionistas

A primeira metade do 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS, que costuma ser paga em julho, será paga no mês de abril. Ao todo, serão desembolsados R$ 23 bilhões.
A prova de vida dos beneficiários do INSS.

Suspensão da Prova de vida

Foi suspensa por 120 dias a prova de vida dos beneficiários do INSS. A medida pode valer até meados de setembro.
Está previsto em lei que, todos os anos, beneficiários do INSS devem comprovar ao governo que estão vivos. A medida tem o objetivo de evitar fraudes e pagamento indevido dos benefícios. Essa comprovação é sempre presencial e pode ser feita em uma agência do INSS, em embaixadas e consulados ou na casa de aposentados e pensionistas com dificuldade de locomoção.

Redução de juros do consignado do INSS

Será proposto pelo governo ao Conselho Nacional de Previdência Social que sejam reduzidos os juros máximos do empréstimo consignado de beneficiários do INSS. O prazo máximo para as operações também será ampliado.
Além disso, o Ministério da Economia também irá enviar uma proposta para que a margem consignável – ou seja, o valor máximo do empréstimo com base no benefício recebido – seja ampliada.

Preferência tarifária

Em conjunto com o Ministério da Saúde, o Ministério da Economia deve definir a lista de produtos médico-hospitalares que terão preferência tarifária.Desta forma, o Brasil poderá definir impostos de importação mais baixos para esses produtos, de modo a garantir o abastecimento nacional.

Desembaraço aduaneiro

O ministério definiu a priorização do desembaraço aduaneiro de produtos médico-hospitalares. Ou seja, as cargas desses produtos que chegarem ao Brasil serão processadas mais rapidamente na alfândega, para evitar que fiquem retidas e isso prejudique o atendimento.

Redaçãpo CONTI outra. Com informações de G1

Museu de Arte de Toledo expõe obra que cria arco-íris artificial

Museu de Arte de Toledo expõe obra que cria arco-íris artificial

O artista mexicano Gabriel Dawe é conhecido por suas instalações multicoloridas e no ano de 2016 ele se superou ao fazer uma arte inovadora e inesquecível. No Museu de Arte de Toledo, na Espanha, ele criou uma obra que gerava, através de linhas um arco-íris artificial que era refletido dentro do museu. Composto de linhas de bordar coloridas, elementos arquitetônicos e fontes de luz, o arco-íris é um privilégio a ser visto.

À medida que a luz fluía através do teto de vidro do museu, ela criava um efeito nas linhas coloridas, o que dava uma aparência holográfica à obra. Fazendo uma justaposição ousada entre o antigo e o novo. A instalação que recebeu o nome Plexus nasceu de seu amor por bordados, mas também da frustração vinda do grande tempo que levava para criar qualquer coisa.

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Além disto, o artista também afirma que o uso de têxteis é uma maneira de olhar para as noções de identidade de gênero. “As instalações do Plexus começaram como um grande experimento, usando o material principal do meu trabalho com bordados. Por causa do material, há um subtexto da política de gênero neles, ainda que sutilmente”.

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Ao utilizar todo o espectro de cores do arco-íris como ponto de partida de sua obra, ele abre espaço para incontáveis formas de interpretação. Em um ponto onde todas as perspectivas ficam expostas, podemos afirmar que existe um ponto em comum entre todas elas: a apreciação da beleza. Mais uma vez, é a arte tentando imitar a natureza!

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Com informações de Hypeness

A receita para a frustração: insistir quando não há reciprocidade

A receita para a frustração: insistir quando não há reciprocidade

Há pessoas que acreditam que mudando a aparência do corpo, despertarão a atração e o amor do outro. Há também os que apostam em abrir mão dos próprios hobbies e passam a se interessar pelos hobbies do outro. Por exemplo, uma pessoa descobre que a pessoa por quem se interessou gosta muito de rock, então, ela passa a se interessar por esse gênero musical para sentir-se inserida no mundo do outro; além disso, é capaz de renunciar ao estilo musical de que gosta, caso descubra que não agrada ao alvo da conquista.

É saudável um certo interesse pela vida de quem nos atrai. Contudo, anular-se na tentativa de atrair alguém é dar um tiro no próprio pé. Não faz sentido essa história de fingir ser o que não é para tentar ser aceito. Outra coisa: ainda que essa pessoa obtenha êxito de atrair o outro e venha a se relacionar com ele, até quando ela vai viver essa personagem? Ela vai se sentir confortável em abrir mão de tantas coisas que gosta para impressionar o parceiro? Onde fica a liberdade e a satisfação de ser amado(a) por ser, quem é?

Isso é como usar uma máscara. É muito comum, para algumas pessoas, a crença de que quanto mais elas fizerem pelo outro, mais elas serão reconhecidas e amadas. E, sabemos que isso não funciona dessa forma. Pelo contrário, o amor é dado à espontaneidade e à autenticidade. É frustração garantida essa história de tentar forçar um relacionamento. Quando tem que ser, as coisas fluem.

Se você está interessado(a) em alguém e passa boa parte do seu dia conjecturando possibilidades de chamar a atenção dele, isso é desanimador. É desgastante esse malabarismo de ter que ser interessante para quem não enxerga.

Quando um relacionamento começa sem interesse recíproco, ele já tem meio caminho andado para fracassar, pois sempre haverá um se desdobrando para agradar e outro liberando migalhas, num pedestal.

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Photo by Fezbot2000 on Unsplash

Onde está a minha felicidade?

Onde está a minha felicidade?

Suponha que eu esteja apaixonado por uma cadeira amarela que eu vi na internet. Ela possui o assento de couro e os pés estilo Eames Eifeel. Que cadeira maravilhosa! E ela combina exatamente com a minha mesa e com a cor cinza da parede. Eu já me vejo lá sentado e desfrutando um belo café. Eu a compro pela internet e aguardo ansiosamente por 15 dias para que ela possa chegar aqui em casa. Isso tudo me traz uma sensação muito boa. Sinto-me completo e sem limites. De alguma forma essa cadeira deve ter um ingrediente da felicidade.

A cadeira chega e eu nem acredito. Monto-a e finalmente tomo meu café sentado nela. Parece que esse momento é eterno. Eu sinto uma alegria e liberdade por ter o que desejei.

No dia seguinte, essa experiência foi menos intensa. Meu corpo já reconhecia a cadeira, não tinha mais novidade; mas ainda assim, eu apreciava a sua beleza, entretanto com menos força.

Dois meses passaram e eu resolvo pintar a parede de amarelo, só que acabou que a cor amarela da cadeira já não caiu mais bem. Alguns botões dela também já estavam soltando e o couro parece não ser tão resistente assim. Agora aquela cadeira não combina nem um pouco com a minha sala. Está tudo muito amarelo e eu acho melhor anuncia-la na internet.

Anuncio e pronto. No dia que consigo vendê-la me sinto livre. Vem aquela felicidade e quando o comprador vem buscar, eu me sinto feliz por ter me livrado da terrível cadeira amarela.

Agora vamos analisar: um objeto tem a característica de me fazer feliz. Pode ser a cor, o tamanho, o uso, o design, o valor, etc… mas pelo visto essa característica muda; pois assim que me acostumo, o interesse por aquilo já diminui.

Bem, se com o meu contato, o nível de felicidade diminui, então a felicidade não pode ser uma característica dela, pois senão não mudaria. Se a felicidade fosse a cor amarela, a cor da cadeira não mudou. Se fosse o couro, este não mudou. Será o design das pernas? Bem, este também não mudou.

Percebo que passa um tempo e aquilo que me fazia feliz, agora me faz infeliz. E eu decido me livrar da cadeira. Agora, além de não ter minha felicidade na sua característica, a mesma me causa infelicidade. A mesma cadeira! Como pode? Só porque mudei a cor da parede e porque a cadeira não está tão nova? É possível concluir que a felicidade nunca esteve nesse objeto, nessa cadeira, nessa característica. E também não está na parede e na sua cor.

Cadê a felicidade que eu senti?

Mas eu me senti feliz, como resolvo isso? Se o meu estado mudou e eu não posso encontrar a característica da felicidade na cadeira, então a felicidade deve em outro lugar, o mais provável: em mim. A felicidade deve ora estar aparente, quando recebo a cadeira e quando me livro depois de enjoar; e ora estar escondida.

A felicidade só pode estar em mim. Eu que faço essa confusão de achar que está em algum objeto, sendo que ela sempre é sentida por mim e eu nunca descobri uma característica no objeto que garanta essa felicidade. Nenhuma característica pode me garantir a felicidade.

E essa foi a nossa conversa sobre onde está a felicidade: em mim. No próximo texto abordaremos mais perguntas sobre a felicidade.

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Troco relacionamentos líquidos por dias oceânicos: a diferença é a profundidade

Troco relacionamentos líquidos por dias oceânicos: a diferença é a profundidade

Que vivemos em tempos de relacionamentos líquidos, sabemos faz tempo. Mas o que eu gostaria do universo hoje é que, sendo possível, pediria que todo e qualquer relacionamento feito para não durar, fosse trocado por uma experiência, um viver oceânico. Faz bem ao coração essa profundidade.

Eu não serei utópico ao te dizer que todos os amores verdadeiros duram. Às vezes o ciclo deles têm fim e ponto. Sem reticências, sem pontos de interrogação, sem lamentos. Seja um relacionamento amoroso, familiar ou de amizade, já sabemos que as relações se tornaram líquidas. É o tempo, é a velocidade, é a quantidade de escolha e demanda. Vários fatores e sentimentos influenciam esse desapego sem querer – mas querendo, entre todos nós. Porém, o vazio, a sensação de faltar o preenchimento em nossas vidas e a carência de não possuirmos vínculos afetivos duradouros desanima. Mas e se eu, você e algumas pessoas mudássemos o nosso jeito de encarar essa complexidade de entrelaces?

Sei lá, talvez a falta de um relacionamento possa ser substituída por dias oceânicos. Porque a profundidade é totalmente diferente. Numa relação você espera e cobra do outro, mas quando é você com você, o cenário muda de emoção e condição. De repente está na hora de encaixar aquela viagem atrasada de anos, ou, quem sabe, de ir ali naquele bar que você sempre passa depois do trabalho e sentar para tomar alguma coisa e ver as pessoas passarem. Ou ir ao museu, ao cinema, ao teatro, ao show favorito. Melhor ainda: pegar o fim de semana de tempo aberto e conhecer o lugar onde mora. Sentir o sol de perto, procurar um gramado para deitar, pesquisar um passeio, trilha, cachoeira e etc.

Quase sempre o nosso coração é cheio de opções saudáveis, mas como somos teimosos, queremos justamente as escolhas que não são responsabilidade dele. É incrível como insistimos em relacionamentos que já claramente não fazem questão alguma de ocupar espaço e encantamento em nossos dias. Então, por que bater na mesma tecla?

O coração também pode ser pragmático sem ser raso: se não te faz feliz, adeus. Molhar os pés e mergulhar apenas onde cabe a construção, a falta de pressa, o cuidado em trocar e se comprometer. Fora isso, acabou o atraso. Troco com o universo qualquer relação discutível por um dia indiscutível. Este é o tal amor que precisa durar, que é sólido e que nunca fica escasso dentro de mim.

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Lutar pelos animais não significa menosprezar as pessoas

Lutar pelos animais não significa menosprezar as pessoas

Eu cresci numa casa com um quintal imenso, onde havia cães, passarinhos e até porquinho-da-índia. Meu pai tinha gaiolas por todos os cômodos, inclusive uma delas ficava no banheiro – lembro-me de minha mãe reclamando dos alpistes pelo chão. Tivemos papagaios também. Aprendi, assim, a amar os animais, com uma intensidade tamanha, que não consigo ficar sem eles em minha vida.

O amor aos gatos chegou mais tarde, depois dos quarenta, quando uma gatinha apareceu, não sei como, no meu quintal, numa noite fria, miando feito doida. Ela entrou na minha casa, na minha vida e no meu coração. Hoje, também sou apaixonado pelos felinos, esses seres mágicos que nos ensinam a amar sem dominar. Sim, cães são obedientes e não guardam rancor algum, por isso é tão simples amá-los. Já os gatos necessitam de um amor mais elaborado, conquistado, construído.

Por tudo isso, amo os bichos e não suporto vê-los sofrendo. Com o advento da internet, os maus tratos aos animais são denunciados e amplamente divulgados, o que me deixa ainda mais revoltado com a forma como muitos judiam desses seres tão inocentes. Fiz questão de adotar minha gatinha Lady e não pretendo mais gastar dinheiro comprando animais, porque adotar é salvar. E salvar-se. Mas isso é uma posição minha e não vou levantar essa bandeira. Só escrevo para tentar mostrar que o amor aos animais acaba nos deixando vigilantes.

Na verdade, qualquer amor é vigília, porque a gente vai cuidando do que é da nossa vida, tentando proteger e fazer durar. E, com isso, o nosso amor se espalha e conseguimos estender nossos sentimentos também àqueles não vivem conosco. O amor verdadeiro faz isso: a gente se torna mais empático e consegue olhar o mundo além do nosso umbigo. Quem tem filho, por exemplo, é capaz de se colocar no lugar do outro com menos julgamentos. Quem tem animais é do mesmo tanto em relação a eles.

O que me causa espanto, nesse contexto, são comparações e analogias, com teor de revolta e desprezo, em que se questionam os protetores de animais, como se eles se esquecessem das causas humanas, como se eles devessem se importar com as vidas das pessoas, em vez de cuidarem de animais. Isso é falta de respeito com o trabalho do outro, é falta de empatia e de um mínimo de razoabilidade. Quem disse que os protetores de animais desprezam ou ignoram as dores da humanidade? Por que gostar de animais implicaria não gostar de gente? O trabalho dessas pessoas é tão lindo e necessário quanto os trabalhos humanitários. Não consigo comparar dessa forma.

É perfeitamente possível lutar pela causa animal e também pela causa humana – uma luta não exclui a outra, mas se complementam. Quem tem compaixão pelos animais certamente se solidariza com os seres humanos, porque tem amor transbordando dentro de si. No entanto, quem destrata os animais dificilmente será capaz de ser solidário com qualquer ser humano, pois não enxerga a dor de ninguém, não enxerga nada além de si mesmo.

Amo animais e amo pessoas. Tudo é vida, tudo é divino e deve ser respeitado. E fim.

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Photo by Eric Ward on Unsplash
Publicado originalmente em Prof Marcel Camargo

Baleias azuis são vistas na Antártida pela primeira vez desde os anos 80

Baleias azuis são vistas na Antártida pela primeira vez desde os anos 80

Antes de do auge das caças às baleias, esses animais eram constantemente vistos na costa da Antártida, que permitia a convivência de baleias jubarte, baleias azuis, baleias francas e do sul.

Agora, pesquisadores do British Antarctic Survey (BAS) descobriram que muitas dessas baleias retornaram – algumas em grande número – às regiões próximas à Ilha Geórgia do Sul.

Desde a moratória internacional da caça às baleias em 1982, décadas de proteção permitiram que a baleia azul – criticamente ameaçada – se recuperasse consideravelmente depois de perder 97% de sua espécie.

Em 2018, a missão de pesquisa registrou apenas 1 avistamento e várias confirmações acústicas de baleias azuis – mas a viagem deste ano registrou 36 avistamentos, totalizando 55 indivíduos.

“Para uma espécie tão rara (baleia azul), esse é um número sem precedentes de avistamentos e sugere que as águas da Geórgia do Sul permanecem um importante local de alimentação de verão para essas espécies raras e pouco conhecidas”, diz um comunicado de imprensa no site do British Antarctic Survey.

A expedição de 2020 também encontrou evidências de cerca de 20.000 baleias jubarte, e conseguiu marcar por satélite várias baleias francas do sul.

“Após três anos de pesquisas, estamos emocionados ao ver tantas baleias visitando a Geórgia do Sul para se alimentar novamente”, diz a líder da equipe, Dra. Jennifer Jackson, bióloga de baleias no BAS. “Este é um local onde a caça e a selagem foram realizadas extensivamente. Está claro que a proteção contra as baleias funcionou.”.

Falando com o The Independent , Jackson revelou que sua equipe estava “emocionada” ao avistar tantas baleias azuis, o que também sugeriu que ainda há comida suficiente disponível para essas maravilhas.

“Em relação a muitos outros oceanos do planeta, o Oceano Antártico ainda é relativamente primitivo, por isso ainda tem capacidade para suportar um grande número de baleias”, disse ela.

Em uma apresentação recente ao Fórum Econômico Mundial, o economista Ralph Chiami e o biólogo Michael Fishbach apresentaram uma análise econômica sobre as grandes baleias como agentes de prevenção das mudanças climáticas. Eles estimaram que a vida de cada baleia vale cerca de US $ 2 milhões por causa do enorme papel que desempenham como depósitos de carbono, devido à enorme quantidade de fezes que alimenta a proliferação do fitoplâncton (os organismos aquáticos que possuem capacidade fotossintética, ou seja, produzem oxigênio).

As baleias azuis destacam-se como depósitos de carbono, essa espécie leva mais de 33 toneladas de carbono com elas durante toda sua longa vida. Enquanto vivas, suas enormes “plumas fecais” nutrem comunidades inteiras de fitoplânctons, que sugam centenas de bilhões de toneladas de CO2 por ano.

A descoberta durante a pesquisa BAS 2020 levou ao pedido de uma nova avaliação da recuperação da baleia azul na Antártica, a ser conduzida pela Comissão Científica Internacional da Baleia no próximo ano, a fim de descobrir o quão bem foram recuperadas essas espécies que são tão importantes para nosso planeta.

 

 

Com informações de GNN

Sequência de imagens mostra como o celular está afetando as relações familiares.

Sequência de imagens mostra como o celular está afetando as relações familiares.

Os celulares são incríveis invenções que permitiram uma maior globalização e a dissipação de informações de forma rápida e instantânea. A criação de redes sociais e troca de mensagens pela via online permitiu que as relações na sociedade se tornassem mais fluidas e facilitadas.

Contudo, como em tudo, existe sempre um lado negativo. Se por um lado as novas tecnologias e as redes sociais nos permitem estar a par de tudo o que se passa no mundo, a verdade é que muitos de nós passamos tanto tempo a olhar para o celular, que acabamos perdendo todo o resto que se passa à nossa volta, inclusive as situações cotidianas envolvendo nossa família e amigos.

Uma página do Facebook chamada Amor Materno Amor compartilhou uma série de imagens que, apesar de serem um pouco chocantes, retratam perfeitamente a realidade da maioria das famílias de hoje em dia.

Desde pais que deixam de prestar atenção nos filhos por estarem a olhar para o celular à crianças que acabam não tendo com quem brincar, pois todas agora estão viciadas nas telas do celular. Até mesmo casais que deixam de aproveitar a sua intimidade para estarem agarrados às redes sociais, muitas são as famílias que, apesar de viverem na mesma casa, acabam por se afastar cada vez mais uns dos outros, e tudo graças à alienação e ao vício nos celulares.

O propósito das fotografias não é extinguir totalmente o uso das novas tecnologias e das redes sociais, contudo, estimular e mostrar que todos nós podemos e somos capazes de controlar esse uso para que não se torne exagerado e prejudique as nossas relações inter-pessoais, até porque nossa família e as pessoas que mais amamos possuem extrema importância em nossas vidas e por isso temos de garantir que aproveitamos o máximo de tempo com elas, antes que seja tarde demais!

Confira as imagens e reflita!

contioutra.com - Sequência de imagens mostra como o celular está afetando as relações familiares. contioutra.com - Sequência de imagens mostra como o celular está afetando as relações familiares.

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Com informações de Sábias Palavras

Quando um reality show faz seu público questionar a própria balança moral

Quando um reality show faz seu público questionar a própria balança moral

Certa vez, minha amiga Josie Conti me disse que a profundidade está nos olhos de quem vê. Creio eu que a lucidez dessas palavras se prova no simples observar do comportamento das pessoas ao nosso redor em relação aos conteúdos que consomem. Por exemplo, há quem leia Dostoyevsky e não enxergue nada além dos ingredientes que constituem um bom e vendável folhetim romântico. Da mesma maneira, há quem consiga tirar sábios ensinamentos das mais banais ou “profanas” situações do dia a dia, como uma tarde de passeio no shopping ou três meses assistindo a um reality show de TV aberta – por que não?

Os olhares mais atentos já notaram que, por trás de todo o já conhecido espetáculo roteirizado dos reality shows mais mal afamados da nossa televisão, existe um interessante experimento social, com potencial para originar as mais complexas reflexões acerca do comportamento do homem como indivíduo e em sociedade. Neste sentido, têm se destacado nesta temporada a vigésima edição do Big Brother Brasil, exibido pela igualmente mal afamada – embora premiada e conceituada – Rede Globo. O programa surge em um momento em que o país vive em verdadeira ebulição comportamental, e o que se vê em tela é reflexo disso. Os 20 participantes confinados no reality protagonizam um emocionante duelo de certezas, em um presente em que nenhuma certeza dura para sempre – o que é certo agora, amanhã no mesmo horário pode ser errado. Nesta toada, o público também se vê obrigado a questionar a validade dos próprios conceitos e o resultado é uma inédita (des)construção coletiva de ideias e opiniões.

Para entender como o programa chegou a este cenário, é preciso remontar parte da narrativa que se desenha nesta temporada. Logo nos primeiros dias de exibição do reality, o público assistiu a um embate memorável entre homens e mulheres sobre o machismo apontado por elas nas atitudes adotadas por eles. Os telespectadores, ávidos por uma boa narrativa maniqueísta, não hesitaram em classificar mocinhos e vilões entre os participantes do programa. O que se viu a partir daí está bem próximo de um enredo de novela mexicana, com direito a vilões sendo punidos, um a um, com a eliminação no famigerado “paredão” e mocinhas recebendo suas recompensas pelo bom comportamento em forma de torcida organizada e seguidores nas redes sociais.

A discussão dentro do programa, portanto, começou da mesma maneira que se iniciam muitas discussões aqui fora, tratando o assunto superficialmente, sem adentrar todas as complexidades que permeiam todas as coisas, principalmente no campo das ideias. Mas, como sabemos, uma hora a discussão precisa evoluir, e então a narrativa do programa foi ficando cada vez mais complexa para o parco entendimento de boa parte do público do programa. Acontece que se trata de um jogo que tem como cerne a premissa de espiar a intimidade das pessoas. E bem sabemos que, na intimidade, ninguém é isento de erros. E foi assim que o público começou a notar que “mocinhos” também podem ter comportamentos moralmente condenáveis e vilões também podem ter atitudes “admiráveis”. Mulheres fortes, empoderadas, esclarecidas e defensoras dos ideais feministas foram flagradas errando – falta gravíssima em um reality show – , e homens brutos, ignorantes e praticantes de atitudes machistas, ganharam a simpatia de boa parcela do público ao demonstrarem que são seres humanos, por vezes até gentis, compreensivos ou altruístas.

Neste momento do programa, o machismo ainda está em pauta, afinal ainda há quem se espante com a facilidade com que um homem branco e privilegiado é perdoado por inúmeros erros, enquanto uma mulher é duramente crucificada logo ao primeiro deslize. Mas se somam à discussão outras pautas, mais complexas e que requerem um olhar mais sensível, como o feminismo branco – uma vez que a única mulher negra do cast do reality é praticamente invisibilizada pelos colegas e pela própria edição do programa, mesmo que sua trajetória até aqui seja digna de protagonista – e o racismo estrutural, presente em falas e atitudes de boa parte do elenco em relação ao único homem negro do programa, que é morador de favela e que está fora dos padrões de beleza impostos pela sociedade. Diante desse cenário, quase todos os participantes do programa já estiveram na “roda do cancelamento” e o público faz “malabarismos” para tentar contornar os eventuais deslizes daqueles a quem destinam sua torcida e devoção, levantando o incômodo questionamento: quais erros são perdoáveis e quais não devem, de maneira alguma, ser premiados? – Eis a pergunta que vale um milhão e meio de reais.

A resposta talvez seja a mais simples. Na balança moral de cada ser pensante que habita este planeta, pesa a própria simpatia pelo indivíduo sob análise. Deste modo, um mesmo erro pode ser imperdoável se cometido por um desafeto, ou por alguém com quem não se tem a menor identificação; ou pode ser visto como apenas um “desvio de percurso” se cometido por alguém que pertence ao meu círculo de afetos. Subentende-se daí que não há possibilidade de um julgamento completamente imparcial. Pesa sobre cada decisão uma série de outros fatores que independem do caso em questão.

Na vida, não há mocinhos e vilões, ou uma narrativa que seja coerente. Somos todos seres complexos, vivendo em uma sociedade que faz movimentos constantes para se transformar, exigindo que cada um aprenda a “desaprender” tudo o que até ontem era o “certo”. Há quem “erre” menos por saber melhor adaptar-se, e há quem “erre” mais por estar apegado às próprias certezas. No fim, quem está certo ou quem está errado, é meramente uma questão de perspectiva. E não deixa de ser interessante notar que uma reflexão como essa é resultado do entretenimento produzido por um programa de televisão destinado a vender marcas de refrigerante, esponja de aço e toda a mais variada sorte de artigos domésticos.

Por fim, cabe ressaltar que a experiência de assistir a um reality também pode ser vivenciada apenas como fonte de diversão, sem que nisso haja um problema, afinal, mesmo as peças de Shakespeare, que ainda hoje suscitam as mais complexas reflexões acerca da psiqué humana, estão embaladas no mais puro e deleitoso entretenimento.

“A menina que matou os pais”, caso de Suzane Richthofen, será exibido em 2 dois filmes pelo preço de 1

“A menina que matou os pais”, caso de Suzane Richthofen, será exibido em 2 dois filmes pelo preço de 1

No próximo dia 02 de abril chegarão aos cinemas os esperados filmes que contam a história de um dos crimes mais famosos do Brasil: o assassinato dos pais de Suzane Von Richthofen.

Os filmes, “A Menina que Matou os Pais” e “O Menino que Matou Meus Pais”, com roteiros de Ilana Casoy e Raphael Montes e direção de Maurício Eça., abordam o caso Richthofen do ponto de vista de Suzane (Carla Diaz) e Daniel Cravinhos (Leonardo Bittencourt).

As sessões promocionais com o ingressos para os dois filmes pelo preço de um, acontecem a partir de 19 de março, algumas semanas antes da estreia oficial. Já a partir da data oficial de estreia, os filmes serão exibidos em sessões separadas, mas espectadores poderão comprar os ingressos em pacotes com descontos .

O elenco é composto por Allan Souza Lima (Cristian Cravinhos), Kauan Ceglio (Andreas von Richthofen), Leonardo Medeiros (Manfred von Richthofen), Vera Zimmermann (Marísia von Richthofen), Debora Duboc (Nadja Cravinhos) e Augusto Madeira (Astrogildo Cravinhos), entre outros.

Confira o Trailer Oficial:

Redação CONTI outra. Com informações de Metrópoles e Uol

Imagem de capa divulgação: Cartazes de “A Menina que Matou os Pais” e “O Menino que Matou Meus Pais”

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