Comerciante cria ‘mesa solidária’ para doar alimentos durante pandemia

Comerciante cria ‘mesa solidária’ para doar alimentos durante pandemia

A ameaça do Covid-19 causou uma corrida por alimentos e produtos de higiene e limpeza nos supermercados, o que têm feito as prateleiras destes estabelecimentos rapidamente se esvaziarem, Com isso, muitas famílias – especialmente as que vivem em situação de vulnerabilidade econômica – estão sendo afetadas pela escassez.

Com o intuito de fazer algo para tentar amenizar esta situação, o comerciante Vinícius Morgado, de 32 anos, teve uma ideia maravilhosa: criar uma ‘mesa solidária’. Em frente ao seu supermercado em Praia Grande, no litoral de São Paulo, ele pôs uma mesa repleta de alimentos gratuitos e uma placa com os dizeres “Vamos Vencer”.

Ao G1, o comerciante contou que notou a dificuldade de famílias que precisam do alimento, inclusive de mães que estão com os filhos sem ir às escolas. “Tive a ideia de ajudar com a mesa cheia e colocar a placa para incentivar quem passa por aqui a deixar sua doação, para criar uma corrente de ajuda”, comenta.

A placa pregada à ‘mesa solidária ainda diz: “Se você não tem, pegue consciente!” e “Caso queira, deixe aqui sua doação”. A iniciativa foi bastante elogiada entre os moradores da cidade, que aderiram a campanha e levaram produtos até o local.

Na mesa solidária criada por Vinícius, qualquer um pode deixar sua contribuição, e não precisa ser com um alimento comprado no seu supermercado, pode ser de casa ou de outro mercado das redondezas.

“Não importa o local que eles comprem, o que interessa é fazer parte disso. Não estou no mundo para fazer peso, a gente precisa entender a dor do próximo e pensar em formas de ajudar”. declara Morgado.

A mesa já arrecadou itens como: macarrão, batatas, óleo, farinha e outros alimentos diversos. Segundo o proprietário do supermercado, a ação já tem ajudado algumas pessoas. “As pessoas pegam com consciência, separando aquilo que precisam”, comenta.

A ação também atraiu alguns moradores da região, que contribuíram com mais doações. Vinícius explicou que a primeira mesa foi feita com doações do mercado, mas a intenção é que ela fique completa com as doações de quem passa pelo local. Ele comenta que a iniciativa vai continuar e a mesa vai permanecer em frente ao mercado.

“Quando você pensa em negócio, você pensa em financeiro, mas quando você pensa em vida, o que interessa é algo muito maior”, finaliza o proprietário do mercado.

IMAGEM DE CAPA: Mesa cheia de alimentos gratuitos em frente a mercado de Praia Grande (SP) — Foto: Arquivo Pessoal

Em Londres, moradores de rua estão sendo acomodados em quartos de hotéis durante pandemia

Em Londres, moradores de rua estão sendo acomodados em quartos de hotéis durante pandemia

A prefeitura de Londres disponibilizou neste fim de semana cerca de 300 quartos de hotéis para pessoas que vivem em situação de rua. A medida tem o intuito de protegê-los contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Para viabilizar a iniciativa, o escritório do prefeito de Londres, Sadiq Khan, estabeleceu uma parceria com o Intercontinental Hotels Group (IHG), que resultou na reserva de quartos a uma tarifa reduzida pelas próximas 12 semanas.

A pandemia de coronavírus fez o primeiro-ministro Boris Johnson ordenar o fechamento de restaurantes, pubs, cafés e centros de lazer. A medida foi anunciada na sexta-feira, 20.

Pessoas em situação de rua estão mais propensos a ter condições de saúde mais vulneráveis — incluindo problemas respiratórios — do que a população em geral. Além disso, eles ainda muito menos propensos a seguir os conselhos da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o auto-isolamento, distanciamento social e lavagem das mãos.

De acordo com o gabinete do prefeito, os quartos de hotéis oferecem uma “proteção vital” para quem dorme nas ruas. Essas pessoas podem usar o espaço para se auto-isolar.

“Moradores de rua já enfrentam vidas difíceis e incertas e estou decidido a fazer tudo o que puder para garantir que eles, juntamente com todos os londrinos, recebam a melhor proteção possível”, disse o prefeito de Londres, Sadiq Khan.

Segundo Petra Salva, diretora de serviços para moradores de rua na ONG St Mungo, as equipes estão trabalhando dia e noite para apoiar as pessoas durante essa “crise sem precedentes”.

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IMAGEM DE CAPA: Cerca de 300 quartos foram disponibilizados para moradores de rua conhecidos por instituições de caridade

Redação CONTI outra. Com informações de BBC

O Poço: saiba mais sobre o filme mais visto na Netflix nos últimos dias

O Poço: saiba mais sobre o filme mais visto na Netflix nos últimos dias

Tem dias em que a gente desanima porque não tem nada bom para assistir. Ficamos com a impressão que já vimos tudo que tinha de bom na Netflix e que eles não estão colocando mais nada interessante por lá. Mas, de repende, do nada e sem grande publicidade, surge um filme que chama a atenção pela aparência: O Poço.

“O Poço”, dirigido por Galder Gaztelu-Urrutia, é um filme espanhol que reúne em uma única película características de suspense, drama e terror. A atenção de quem o assiste é mantida durante todo o tempo e a espera pelo desfecho “não previsível” faz borbulhar aquele velho gostinho que só os bons filmes nos dão. A qualidade foi comprovada pelo Rotten Tomatoes com 82% e ganhou o People’s Choice Award em 2019.

Desigualdade social, solidariedade, egoísmo e outras tantas características do “homem social” são amplamente trabalhadas através de uma metáfora genial: um preso é voluntariamente encarcerado em uma prisão vertical onde  a alimentação acontece através de uma plataforma que desce gradualmente de andar a andar. Logo, quem está nos primeiros andares tem amplo acesso a comida, já quem está abaixo recebe muito pouco ou nada. Mas tem um detalhe, de tempos em tempos, os presos são trocados de andar.

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Veja o trailer:

Redação CONTI outra. Com informações de temalguemassistindo

Em meio à pandemia, Bon Jovi lava louças em restaurante que oferece comida a quem não pode pagar

Em meio à pandemia, Bon Jovi lava louças em restaurante que oferece comida a quem não pode pagar

Quase todos conhecem ao menos um grande sucesso de Jon Bon Jovi, o astro do rock que marcou gerações e ainda hoje arrebata uma legião de fãs. O que poucos sabem, no entanto, é que o músico desenvolve um bonito trabalho social que vêm fazendo a diferença na vida de muitas pessoas. Ele é proprietário de um restaurante chamado JBJ Soul Kitchen, instalado em New Jersey, que oferece refeição para aqueles que não podem pagar e para aqueles que, de alguma forma, estão trabalhando para o bem da sociedade, como bombeiros, enfermeiros e policiais envolvidos em alguma missão.

Em tempos de pandemia coronavírus, em que somos todos convocados a pensar no coletivo, Bon Jovi e o JBJ Soul Kitchen vêm fazendo sua parte. Na última quinta-feira (19), o músico postou e seu Instagram uma foto em que aparece lavando a louça do restaurante juntamente com alguns de seus funcionários.

A legenda do foto também é bastante inspirada: “Se você não pode fazer o que faz, faça o que você pode”. Como sabemos, a situação atual exige que as pessoas fujam de aglomerações, o que afeta diretamente o trabalho de músicos como Bon Jovi, que costuma arrastar multidões para os seus shows. Desta forma, o músico vêm fazendo o que pode para ajudar neste momento de crise.

O dono do hit Livin’ on a Prayer declarou em diversas ocasiões que ideia do seu restaurante é garantir que qualquer pessoa que esteja em situação de vulnerabilidade tenha um lugar para ir.

É de boas atitudes como esta que o mundo precisa, você não acha?

 

Ver essa foto no Instagram

 

If you can’t do what you do… do what you can.

Uma publicação compartilhada por Jon Bon Jovi (@jonbonjovi) em

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Redação CONTI outra. Com informações de radiorock

Coronavírus: Dois navios de cruzeiro serão transformados em hospitais no Reino Unido.

Coronavírus: Dois navios de cruzeiro serão transformados em hospitais no Reino Unido.

Em meio à crise do coronavírus, dois navios de cruzeiro gigantes aguardam para funcionar como hospitais flutuantes no rio Tamisa. Os proprietários britânicos do Spirit of Discovery e Saga Sapphire disponibilizaram os navios ao governo caso seja necessário.

A decisão de usar os navios de luxo ainda não foi tomada, mas se os hospitais entrarem em colapso, eles poderão agir como plano B. Existem mais de 2.000 cabines nos navios que podem ser usadas para isolar pacientes e liberar camas de hospital.

Os dois navios, juntamente com outros dois cruzeiros, o Viking Star e o italiano Astoria partiram para o Porto de Tilbury no início desta semana. O Spirit of Discovery e Saga Sapphire geralmente ficam atracados na cidade portuária de Southampton, mas como não há espaço disponível, eles foram direcionados para Tilbury. Um operador de reboque do local disse ao Jornal Britânico que, em seus 40 anos de trabalho, nunca viu tantos navios de cruzeiro ancorados no mesmo local.

O Spirit of Discovery é o mais novo navio de cruzeiro da Grã-Bretanha, lançado no ano passado e nomeado em homenagem a Camilla, Duquesa da Cornualha, antes de sua primeira viagem. Pode servir até 999 convidados e tem uma equipe de mais de 400 tripulantes. Até o cancelamento de sua programação, o navio viajaria para os fiordes noruegueses, ao Ártico e à Nova Inglaterra.

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O Saga Sapphire, construído em 1981, possui 1.152 beliches. O Grupo Saga concentra-se principalmente na faixa etária de a partir de 50 anos, oferecendo seguros e férias. Possui mais de 2,7 milhões de clientes e opera os dois cruzeiros agora atracados em Londres.

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A ação dos proprietários dos navios em relação ao coronavírus é admirável! Eles possuem recursos e pensaram na melhor maneira que poderiam ajudar.

 

Com informações de UPSOCL

Coronavírus: o risco individual de não pensar no coletivo

Coronavírus: o risco individual de não pensar no coletivo

Por Herton Escobar, jornalista especializado na cobertura de Ciência e Meio Ambiente e colaborador do Jornal da USP

Imagine só a seguinte situação: você vai ao médico fazer um check-up de rotina e ele diz: “Vou te aplicar uma injeção que você não precisa, e que muito provavelmente não vai te causar mal nenhum; mas ao tomá-la, tem 20% de chance de você precisar de uma internação hospitalar e 3% de chance de você morrer”. Que tal? Você tomaria?
Basicamente, é isso que você está fazendo ao se expor voluntariamente ao contágio pelo novo coronavírus (SARs-CoV-2) nesse momento; saindo à rua sem necessidade, participando de aglomerações ou deixando de seguir as orientações básicas de segurança sanitária, como evitar abraços, lavar as mãos, etc.

Na verdade, estou sendo otimista, pois a chance de alguém morrer do coronavírus pode chegar a 7%, dependendo da situação. No caso de pessoas acima de 80 anos, a letalidade é de 15% — ou seja, de cada 100 pessoas infectadas nessa faixa etária, 15 vão morrer. É um número altíssimo, especialmente para um vírus que se propaga com tamanha facilidade.

A taxa varia de acordo com as características da população e os parâmetros usados no cálculo. Um estudo publicado em 12 de março na revista médica The Lancet estimava essa taxa em 3,6% na China e 1,5%, no resto do mundo. Nos Estados Unidos, a letalidade estimada pelas autoridades é de 1%. Ou seja, na melhor das hipóteses, de cada 100 pessoas infectadas pelo novo coronavírus, pelo menos uma vai morrer; talvez três, talvez sete. Os idosos são certamente os mais vulneráveis, mas a Organização Mundial da Saúde alertou recentemente que jovens e crianças também são suscetíveis e estão morrendo da infecção.

Em outras palavras: seja qual for sua idade ou nacionalidade, existe uma chance real de você morrer do coronavírus se for infectado.

Agora, se ainda assim você acha que é jovem e saudável demais para se preocupar com isso, imagine outra situação: você sofre um acidente de carro e é levado às pressas para o hospital, mas não consegue ser atendido porque o pronto-socorro está abarrotado e não há leitos disponíveis na UTI, devido ao excesso de pessoas com problemas respiratórios causados pelo coronavírus.

Ou então: sua mãe, idosa, passa mal por qualquer motivo e precisa ir ao pronto-socorro; chegando lá tem de esperar oito horas para ser atendida, numa sala lotada de gente tossindo e espirrando. No fim das contas, ela volta para casa infectada pelo coronavírus — que não era o problema inicial. Os exames demoram dias para serem concluídos, porque os laboratórios estão sobrecarregados. Alguns dias depois, ela fica doente e precisa ser internada na UTI com problemas respiratórios, vindo a óbito na sequência.

Ou então: você ignora o risco da epidemia, vai a uma manifestação de rua no domingo, contrai o vírus (mas não fica doente imediatamente), depois vai visitar sua avó, passa o vírus para ela, e ela morre de pneumonia duas semanas depois. Perfeitamente factível de acontecer.

Um estudo publicado pela revista Science em 16 de março ressalta que os portadores assintomáticos — aqueles que têm o coronavírus, mas não sabem disso — são os principais propagadores da epidemia. O potencial de transmissão de quem tem sintomas muito leves ou não apresenta sintomas é menor (porque as pessoas tossem menos, por exemplo), mas como o número desses casos é muito maior (mais de 80% do total), e essas pessoas permanecem mais ativas e tomam menos cuidados, elas acabam contribuindo mais para o espalhamento da epidemia do que os doentes graves, que acabam isolados por força da doença.

Moral da história: mesmo que você não pegue o vírus, ou não tenha sintomas graves, sua saúde (e a das pessoas que você ama) pode ser gravemente afetada pela epidemia. Por isso é tão importante conter o avanço da epidemia de forma coletiva nesse momento; porque todos temos a perder com ela.

Os primeiros casos registrados no Brasil foram de pessoas de poder aquisitivo mais alto, que estiveram recentemente na Europa e na Ásia, e puderam buscar atendimento em hospitais particulares. E isso já trouxe uma sobrecarga significativa ao sistema. Agora, imagine esse mesmo vírus, altamente contagioso, chegando às populações mais pobres, que vivem espremidas nas periferias, ou circulando por uma 25 de Março lotada no domingo. É uma bomba epidemiológica prestes a explodir — e que talvez já tenha explodido.

Esse é o perigo coletivo maior: o colapso dos sistemas de saúde, tanto público quanto privado. Foi o que aconteceu na Itália: os leitos de UTI acabaram, as pessoas não conseguiam ser atendidas com a urgência e a atenção necessárias, e a mortalidade da infecção disparou. Resultado: um país inteiro de quarentena, por força de lei, com escolas fechadas, comércio fechado, cinemas fechados, tudo fechado, à exceção de serviços essenciais como supermercados e farmácias. Todo mundo trancado dentro de casa para diminuir a disseminação do vírus. Até o início desta semana, quase 3 mil italianos já haviam morrido da epidemia.

A experiência de todos os países já afetados pela pandemia mostra que quanto mais cedo são implementadas medidas de distanciamento social, melhores os resultados. O vírus vai se espalhar pela sociedade como um todo; isso é inevitável. A diferença é a velocidade com que essa disseminação acontece. Se o vírus se espalha rapidamente e muita gente fica doente ao mesmo tempo, os sistemas de saúde ficam sobrecarregados e mais gente morre; se o vírus se espalha de forma lenta, os sistemas de saúde conseguem absorver a demanda e menos gente morre. Simples assim. É o tal “achatamento da curva”, do qual você já deve ter ouvido falar, e que o cientista Atila Iamarino explica neste vídeo: https://youtu.be/Y10vCOXxtds (destaque a partir do minuto 11).

“Temos que achatar a curva. Com isso a gente consegue proteger o nosso sistema de saúde e reduzir muito a mortalidade do vírus”, resume o virologista Paolo Zanotto, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo.

Não há dúvida que as medidas necessárias para conter a epidemia terão um impacto socioeconômico gigantesco em todos os países. Do senhorzinho que vende pipoca na porta do estádio até os grandes empresários e pequenos comerciantes de bairro, todos serão afetados pela queda no consumo, e nossos governantes terão de achar soluções para minimizar esse impacto de alguma forma. É um preço alto a pagar, sem dúvida, mas inevitável. Adiável? Talvez, mas a um custo muito maior de vidas humanas. A ciência é muito clara com relação a isso.

Como bem disse o diretor geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, “estamos todos juntos nessa, e só poderemos ter sucesso juntos”.

“Crises como essa tendem a trazer à tona o melhor e o pior da humanidade”, disse Ghebreyesus, durante uma coletiva de imprensa, no dia 16. “Os próximos dias, semanas e meses serão um teste de nossa determinação, um teste de nossa confiança na ciência e um teste de solidariedade. Esse incrível espírito de solidariedade humana deve se tornar ainda mais infeccioso que o próprio vírus. Embora possamos ter que ficar fisicamente separados uns dos outros por um tempo, podemos nos unir de maneiras como nunca fizemos antes.”

Imagem de K. Kliche por Pixabay

Como reorganizar a rotina pode ajudar sua saúde psíquica na quarentena

Como reorganizar a rotina pode ajudar sua saúde psíquica na quarentena

Por Valéria Dias, do Jornal da Usp

Você acorda, toma café, vive normalmente sua rotina diária. Um dia, um vírus que até pouco tempo estava longe, em outro continente, e você conhecia vagamente apenas pelos noticiários, entra na sua casa sem bater na porta e interrompe, não apenas a sua, mas a rotina de toda uma sociedade. Mas qual o impacto psicológico dessa quebra abrupta que a quarentena e a pandemia trouxeram? E o mais importante: como amenizar o problema?

Para o professor e psicanalista Christian Ingo Lenz Dunker, do Instituto de Psicologia da USP, o momento exige que todos reorganizem suas rotinas. “Um dos primeiros efeitos da quarentena é a desorientação atencional. A pessoa se sente mais confusa, menos concentrada, muito mais cansada. Ela pensa que vai trabalhar em casa e vai conseguir descansar, mas não é isso que acontece. Porque uma série de apaziguadores que nós temos no trabalho, como a pausa para o cafezinho ou a conversa com o colega, são suspensos”, aponta o psicanalista.

É uma crise geral, mas é muito importante a gente ter em mente que isso tudo vai passar. Pode demorar muito tempo, pode demorar mais tempo do que a gente gostaria, mas vai passar”, ressalta. É como uma guerra: uma hora termina. Dunker lembra que é uma situação que vai ter várias fases e agora estamos apenas começando. “Ter consciência disso é muito importante para fazer a travessia deste momento”, aponta.

Dunker destaca os possíveis efeitos da quarentena em dois grupos de pessoas. O primeiro é de quem nunca foi ansioso, mas passa a ter ansiedade; nunca teve insônia, mas fica com dificuldade de dormir, apresenta reações muito agressivas ou irritadas; ou então começa a se sentir confuso ou desorientado.

Do outro lado, estão aquelas pessoas cujos efeitos da quarentena irão intensificar as dificuldades e fragilidades que já estavam presentes antes. Por exemplo, para um paciente com uma orientação paranoide (um tipo de transtorno de personalidade), é possível que a quarentena ou incremente o sofrimento ou traga um efeito relativamente apaziguador. Outro exemplo são as pessoas com fobia social e que diariamente lutam para ir ao trabalho. Em casa, elas podem se ver em um ambiente mais protegido, mais favorável.

contioutra.com - Como reorganizar a rotina pode ajudar sua saúde psíquica na quarentenaDunker conta que vários de seus pacientes com algum tipo de depressão disseram a ele que agora as coisas estavam melhores, pois antes da quarentena era muito difícil sair da cama ou de casa e agora não precisavam mais se preocupar com isso, podiam passar o dia de pijama, demorar mais para sair da cama, etc. O professor alerta que, no caso dessas pessoas, o que agora está sendo sentido como um relativo alívio, pode se tornar potencialmente mais grave com o passar do tempo.

Uma atitude preditiva para um mal percurso, de acordo com o psicanalista, são aqueles que negam a gravidade da epidemia. “Esse tipo de negação é muito ruim porque, no fundo, a gente sabe que é uma espécie de autoengano, às vezes, de autoengano coletivo. E tende a produzir uma espécie de ruptura, de violação, de sentimento de traição, de instabilidade psíquica derivada da ruptura das nossas referências simbólicas”, diz.

Dunker também chama a atenção para a forma como algumas pessoas lidam com o medo, emoção esperada diante da situação: com excessivo compartilhamento de informações. Ele destaca que os dados confiáveis são muito importantes, agem até como medidas protetivas. Mas há quem, em vez de se acalmar, se aquietar e se conter, age com muita compulsividade, seja na obtenção ou na disseminação de informações, sem uma reflexão ou contextualização.

Tarefas a cumprir

Quem está na quarentena tem algumas tarefas a cumprir, de acordo com o psicanalista. A primeira é a reorganização cotidiana, pensar em horários para fazer cada coisa. A segunda tarefa é cuidar da higiene e manter a salubridade corporal, pois vamos entrar em um período de baixa atividade física e isso nos fragiliza. Dunker diz que o Youtube para encontrar a técnica mais adequada para cada pessoa. Mas é preciso selecionar bem as fontes de informação, também neste caso.

Ele também recomenda a prática da meditação e lembra que o Conselho Regional de Psicologia autorizou o tratamento psicológico online. Se os sintomas de ansiedade e depressão passarem da conta, o psicanalista sugere procurar ajuda de um profissional da área e pensar em um tratamento via internet.

Para o equilíbrio mental, o psicanalista sugere fazer pausas ao longo do dia e encontrar atividades que não sejam exatamente produtivas, mas sim restaurativas: pode ser uma leitura, a jardinagem, o cuidado com os animais, ou a arrumação de armários e da casa, mudar os móveis de lugar, etc. “Eu acho a leitura uma boa prática para isso, diferente das telas [televisão, celular, computador], porque a leitura convoca uma reestruturação da atenção da pessoa. Você precisa entrar no livro, seguir o personagem.”

Outra coisa muito importante é a recuperação dos laços afetivos e sociais. Aquele avô ou avó talvez precise de alguns empurrões para, finalmente, entrar no mundo digital, e conversar, por exemplo, via Skype (um comunicador de voz e imagem via internet).

Dunker lembra que há lugares onde o Skype fica ligado durante o dia, continuamente, e não apenas durante as ligações, assim podem ouvir e partilhar a rotina diária com pessoas que estão em outra residência. São usos diferentes para recursos que já estamos acostumados.

Sobre as crianças, elas demandam, segundo o professor, uma atenção especial, pois terão mais dificuldades em substituir os laços físicos pelos digitais. É um momento para acompanhar o filho mais de perto, contar histórias, participar das brincadeiras, interações que foram perdidas ao longo do tempo.

“Para os pais que vivem dizendo ‘eu não tenho tempo pra isso’, agora chegou o momento de fazer esses ajustes. Também é necessário observá-las, se pararam de brincar, se se isolaram demais, se estão comendo e dormindo direito, porque a quarentena é uma situação muito adversa e elas são muito sensíveis para captar a preocupação dos adultos”, informa o psicanalista.

Os pais precisam falar a verdade sobre a quarentena porque, em geral, mentir nesse momento aumenta a problemática. A criança vai ter de lidar com pensamentos como “por que será que os meus pais estão me escondendo alguma coisa?”, além de todas as outras pressões que atingem a todos neste momento. Os idosos também demandam muita atenção pois geralmente mantêm uma relação muito específica com o cotidiano e são muito sensíveis às reformulações mais radicais

Para Dunker, é um momento para cultivarmos a solidariedade, o altruísmo e também a humildade, pois estamos diante de algo maior e mais poderoso que nós.

É preciso fazer essa travessia em conjunto e não viver esse momento de forma excessivamente individualizada.

O pior e o melhor de cada um

É uma situação limite, inédita, que está trazendo o melhor e o pior do ser humano. De um lado, o aumento abusivo do preço do álcool em gel e as pessoas estocando comida e papel higiênico. Do outro, exemplos de solidariedade, amizade e empatia, como os daqueles que se oferecem para fazer as compras dos vizinhos idosos. Para Dunker, isso traz respostas criativas, mas também respostas egoístas e destrutivas. Um bom conselho é ficarmos mais tolerantes com nós mesmos e com os outros. Ao mesmo tempo, poderão surgir oportunistas, que se aproveitarão desse momento delicado e da fragilidade alheia para enganar pessoas.

A tendência é os preconceitos aumentarem.

Na história da humanidade, as pestes sempre foram associadas com o estrangeiro. Isso às vezes se entranha nos delírios de perseguição que já estão aí funcionando no nosso lado social. Acho que o Brasil está em uma situação muito desvantajosa em relação a outros lugares pela situação de polarização”, opina

Segundo o professor, outra coisa bastante complexa, mas necessária de ser trazida à discussão, é que todos nós vamos ficar mais pobres. Temos menos produção e as pessoas que vivem na informalidade viverão um perigo maior, inclusive de sofrer efeitos secundários da quarentena, como dificuldades de se alimentar, e isso pode levar a um aumento da violência. “Esse é o lado pior. Mas, no aspecto positivo, quero crer que essa situação possa nos ajudar a reformular completamente nossos pactos de trabalho e financeiros”, sugere.

Dunker diz que estamos vivendo em uma anomia (suspensão da ordem normal) e isso deve afetar e deve valorizar as novas formas de contratos que podemos estabelecer com funcionários, patrões, ciclo produtivos, etc. E isso não se resume a trabalhar ou dar aulas de casa. Vai muito além, pois é uma situação que vai durar muito tempo e vamos ter de nos preparar para isso, inclusive, reduzindo nossas expectativas de gastos e de ganhos, e entender isso como um processo comum a todos.

Para o professor, vamos ter a oportunidade de ver a civilidade e a incivilidade da barbárie que já estava aí no País. Ele lembra que os esforços civilizatórios ainda podem ser tomados e as guerras – uma boa metáfora para o enfrentamento ao coronavírus – sempre trouxeram grandes avanços tecnológicos, inicialmente, na área da defesa, mas que depois foram integrados à sociedade.

Dunker destaca que, atualmente, há um esforço para disciplinar a população, de fazer ela obedecer as orientações das autoridades de saúde e incorporar a ideia de que a quarentena está sendo feita para o bem coletivo e não individual. Para ele, estamos em uma circunstância que pode ser educativa para o nosso país.

Como diz Freud, [Sigmund Freud (1856-1939), médico psiquiatra austríaco criador da psicanálise] é uma situação que pode convocar os nossos fantasmas para a gente bater um papo com eles e resolver assuntos pendentes.”

Ebola, SARS e quarentena

No dia 14 de março, a revista científica The Lancet publicou a revisão The psychological impact of quarantine and how to reduce it: rapid review of the evidence. Dentre 3166 artigos das bases Medline, PsycINFO e Web of Science analisados por pesquisadores do King’s College (Reino Unido), foram selecionados 24 estudos realizados em dez países sobre pessoas que passaram por quarentena em função da SARS, ebola, influenza H1N1, síndrome respiratória do Oriente Médio, e de influenza equina.

A revisão mostrou que a quarentena pode trazer impactos psicológicos negativos, como estresse pós-traumático, confusão e raiva, entre outros. Dentre os fatores que levam ao estresse, os artigos destacam uma maior duração da quarentena, medos de infecção, frustração, tédio, suprimentos inadequados, perdas financeiras e estigmas. O texto destaca a importância de uma comunicação rápida e eficaz, de as pessoas em quarentena entenderem o porquê da situação, e os benefícios do isolamento, entre outras considerações.

Dunker ressalta a qualidade dos artigos, mas aponta algumas diferenças em relação ao que está ocorrendo na sociedade brasileira, pois estamos enfrentando algo completamente distinto. Uma delas é o tempo de duração da quarentena. Um ou outro artigo da revisão citava períodos de 20 ou 30 dias. Aqui no Brasil, há estimativas de que a quarentena deve ultrapassar esse período.

Outro ponto são as doenças analisadas, entre elas SARS e ebola, muito diferentes da covid-19. No caso da ebola, cuja letalidade é muito alta, Dunker lembra da variável cultural, pois os casos ocorreram em países africanos, onde a sociabilidade é diferente, e o agrupamento, a presença e o convívio com a família são bem distintos do restante do mundo.
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Imagem de capa: De um lado, há quem nunca foi ansioso, mas passe a ter ansiedade, insônia, reações agressivas ou se sinta desorientado; de outro, existem pessoas cujos efeitos da quarentena irão intensificar dificuldades que já estavam presentes antes – Arte sobre silhueta Flaticon e Pixabay

A GENTE VAI PASSAR JUNTO POR ISSO- Atila Iamarino

A GENTE VAI PASSAR JUNTO POR ISSO- Atila Iamarino

Transcrição do recado final de Atila Iamarino (Doutor em Microbiologia pela USP)

“Em abril devemos ter o colapso do sistema de saúde. Então, por favor, não fique contando com curas ou qualquer ritual para não pegar o coronavírus. Não conte com vacina, cura ou remédio…

A nossa vida mudou. A sua vida mudou. Você tem mais uma semana ou duas, no máximo, de normalidade na sua cidade. Se você está em São Paulo, você tem menos tempo do que isso.

Daqui para frente, não podemos mais sair na rua, não podemos mais circular. Temos de evitar o contato físico com as outras pessoas. Porque o coronavírus passa pelo ar e ele passa muito bem. E, quando você tem o número de casos tão grande, é só o isolamento e a distância física que impede esse vírus de ser transmitido.

Daqui para frente, saiba disso: temos mitigação [com a previsão de mais de um milhão de mortes no Brasil] e supressão [com a previsão de milhares de mortes]. O caminho que o mundo está vendo como o único possível para evitar um grande número de mortos é testar o máximo de pessoas e supressão: não sair de casa, não circular. É só acompanhar o número de casos da Espanha ou, se você não estiver em São Paulo, é só acompanhar o número de casos em São Paulo.

Ainda estamos em tempo de enfrentar isso. Tivemos meses para estudar o que aconteceu em outros países. Ainda podemos agir. E já aprendemos, nesse momento, que a melhor ação que podemos tomar é o isolamento e distanciamento. O melhor que podemos fazer é não sair de casa. Se a sua cidade ainda não tem esse número de casos, você tem alguns dias, no máximo um mês para isso chegar até aí. Se você está em um grande centro ou em São Paulo, essa realidade já chegou para você.

Eu estou aqui. A gente vai passar junto por isso. A gente tem de se apoiar. Isolamento envolve muito preparo e saúde mental para poder atravessar tudo o que vai acontecer. A gente vai ter que enfrentar familiares, parentes, amigos, avós, avôs, pai, mãe… sendo internados ou morrendo. A gente tem de estar preparado e disposto a enfrentar isso. E ficar em casa! E fazer o possível para atravessar o que vem pela frente.

Entenda isso como um recado, como um carinho pela vida, que é o que eu tenho. E como um aviso de quem quer ver a gente seguir o melhor caminho possível. Infelizmente, isso envolve restrição de movimento. Mas é disso que a gente depende para continuar vendo as pessoas queridas ao nosso redor.

Vamos enfrentar tempos duros e pesados pela frente. Esteja preparado. Ficar em casa é o melhor que podemos fazer para passar por isso.

Não quero esperar as cidades e as empresas pararem para vermos o problema chegando e então aceitar essa realidade. Estou dando para você todos esses números e todas essas predições para dizer que a gente já sabe qual é essa realidade.

E agora a gente tem de escolher se vai seguir pelo caminho de fingir que não tem nada acontecendo… e ter milhões de mortes. Ou se a gente vai seguir pelo caminho de aceitar que a realidade é essa agora, e proteger essas vidas, trabalhar coletivamente, confiando uns nos outros, se informando, se cuidando, para poder chegar lá na frente e passar por isso.”

—Atila Iamarino (20/3/2020)

Photo by Kelly Sikkema on Unsplash

Evitar a transmissão do coronavírus é, sim, um dever ético

Evitar a transmissão do coronavírus é, sim, um dever ético

Por Valéria Dias, do Jornal da Usp

Na coluna Ética e Política desta semana, Renato Janine Ribeiro fala de alguns aspectos éticos envolvidos na pandemia de coronavírus que atinge o mundo. Ele lembra que temos um número limitado de médicos, cuidadores e de hospitais e que a capacidade de expansão do vírus é muito grande. As medidas de prevenção adotadas estão corretas. “Evitar a transmissão é, sim, um dever ético”, diz o colunista.

Para Janine, quem sai às ruas e se mistura com outras pessoas está aumentando o risco de contágio e fazendo “uma coisa indecente”. Evitando essas aglomerações, evita a expansão da doença e ajuda a fazer a pandemia passar logo. Ele lembra que muitos trabalhos podem ser feitos de casa (home office) enquanto outros trabalhos podem ser suspensos. Tudo isso tem um custo que vai além da perda financeira. Por isso, é tão importante que a epidemia passe logo.

Janine também ressalta a importância de as pessoas pensarem naqueles funcionários que trabalham em suas casas, como faxineiras e diaristas. Se elas usam transporte público, é preciso lembrar que este é um foco de transmissão do vírus. “Não faz o menor sentido ético eu me proteger às custas da doença de outra pessoa”, destaca.

O colunista também critica a postura que o presidente Jair Bolsonaro vem mantendo, bem como a de outras pessoas, que não cancelaram festas e reuniões. “Nada justifica que uma emissora de TV, a CNN, faça uma festa de lançamento com 1300 pessoas. Não só nada justifica como são atitudes condenáveis.”

Ouça, no link acima, a íntegra da coluna Ética e Política.

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Imagem divulgação

Idosa de 95 anos alcança cura de Covid-19 na Itália

Idosa de 95 anos alcança cura de Covid-19 na Itália

A pandemia de Covid-19 têm trazido caos e sofrimento a muitos países ao redor do mundo, e um dos países mais afetados pela doença é a Itália, onde já se somam mais de 4 mil óbitos, sendo 627 apenas nesta sexta-feira (20). Apesar disso, vem de lá uma das melhores notícias de hoje: uma idosa de 95 anos alcançou a cura do coronavírus.

Alma Clara Corsini mora em Fanano, na província de Modena (região da Emília-Romanha), mas hoje seu rosto é conhecido por todas as partes do globo graças a esta notícia que vêm renovando as esperanças de muita gente. Ela se curou da Covid-19, contra a qual lutava desde o dia 5 de março.

Seu caso ganhou tanta atenção devido ao fato de que as pessoas idosos estão entre os principais grupos de risco diante da pandemia. Para idosos acima de 80 anos, a taxa de mortalidade aumenta para cerca de 15%. O final feliz desta história, portanto, representa uma luz para muitas pessoas que, como ela, integram o grupo de risco e contraíram a doença.

E ela não é a única. Também na Itália, mais especificamente em Asola, na região da Lombardia, um homem de 97 anos de idade se curou do novo coronavírus e recebeu alta nesta semana, como informam as autoridades locais. Com pneumonia causada pelo coronavírus , o idoso, que não teve seu nome revelado, permaneceu por uma semana em estado crítico e sua rápida recuperação surpreendeu familiares e os médicos.

“Sim, sim, estou bem. Eles [os médicos] eram pessoas boas que cuidavam bem de mim e, agora, vão me mandar para casa daqui a pouco”, contou Alma em entrevista ao jornal Gazzetta Di Modena.

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Redação CONTI outra. Com informações de Revista Quem

Coronavírus: Xuxa Meneghel doará R$ 1 milhão ao SUS

Coronavírus: Xuxa Meneghel doará R$ 1 milhão ao SUS

A fim de ajudar no combate da pandemia do coronavírus no Brasil, Xuxa Meneghel, por meio de uma das suas empresas no mercado publicitário: a Espaçolaser, fará uma doação de R$ 1 milhão para o SUS (Sistema Único de Saúde).

A ação social da apresentadora da Record TV será destinada aos atendimentos de pacientes acometidos pela preocupante doença que tem feito centenas de vítimas no mundo todo.

Uma matéria da Folha de S. Paulo informou que um estudo do Ieps (Instituto de Estudos para Políticas de Saúde) avaliou em R$ 1 bilhão o custo que o SUS terá apenas com internações de infectados com a covid-19 em UTIs de hospitais públicos. Portanto, a doação da rainha dos baixinhos é de extrema importância.

Em seu perfil no Instagram, Xuxa postou um vídeo no qual alguns artistas veteranos que fazem parte do grupo de maior risco — os atores Juca de Oliveira e Solange Couto, entre eles — ressaltam a importância de cada pessoa seguir as orientações de prevenção ao novo coronavírus.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Eu com quase 60 anos vou tb tomar todas as medidas cabíveis, pq?? Pq eu me importo com vc, comigo… quem faz ao contrário é um IRRESPONSÁVEL!!!

Uma publicação compartilhada por Xuxa Meneghel (@xuxamenegheloficial) em


“Eu com quase 60 anos vou também tomar todas as medidas cabíveis. Por quê? Porque eu me importo com você, comigo… Quem faz o contrário é um IRRESPONSÁVEL!!!”, escreveu a apresentadora que completará 57 anos no próximo dia 27.

Essa não é primeira vez que Xuxa faz uma doação nessas dimensões. Em 2010, em parceria com alguns amigos famosos, a comunicadora doou 19 toneladas de alimentos e materiais de higiene pessoal para as vítimas de um deslizamento de terra no Rio de Janeiro.

Com informações de Terra

Pandemia de coronavírus faz servidores levarem crianças de abrigo para casa em Florianópolis

Pandemia de coronavírus faz servidores levarem crianças de abrigo para casa em Florianópolis

Estamos vivendo dias extremamente difíceis devido à pandemia de covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Agora, mais do que nunca, é preciso olhar por todos, principalmente pelos que podem estar mais desamparados. E foi exatamente isso o que alguns servidores da prefeitura de Florianópolis fizeram ao solicitar na justiça a autorização para levar para suas próprias casas crianças e adolescentes que estavam em um abrigo da cidade. A melhor notícia: a Justiça autorizou o pedido!

A autorização saiu na última quarta-feira (18) e seis crianças que estavam na Casa de Acolhimento para Meninos, no bairro Abraão, foram acolhidos nas casas de servidores para passar o período de quarentena. A medida foi tomada por prevenção, pois havia risco de contaminação de funcionários e crianças no abrigo.

A solicitação tinha sido feita ao Ministério Público e ao Juizado de Infância e Juventude da Capital, que autorizaram a medida. As seis crianças então foram levadas pelas famílias e o local agora se encontra fechado até o retorno das atividades, quando o período de quarentena em Santa Catarina terminar.

O prefeito da cidade, Gean Loureiro destacou a nobreza da atitude dos servidores: “Foi uma demonstração de solidariedade nesse momento difícil. A gente pôde fechar o abrigo dos meninos nesse momento, e assim eles ficaram acompanhados numa casa, em segurança, com a família dos servidores.”

Maria Cláudia Goulart, que é secretária de Assistência Social, conta que a movimentação foi organizada pelos próprios servidores do abrigo com os meninos que estavam no local. As crianças têm entre 12 e 17 anos e foram levadas para as casas dos servidores que já tinham um vínculo com elas e trabalhavam no orfanato.

Uma atitude como esta merece muitos aplausos. É em momentos como estes que nós conhecemos o verdadeiro coração das pessoas.

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Redação Conti outra. Com informações de nsctotal

Photo by VisionPic .net from Pexels

 

Imagem de idoso procurando comida em supermercado vazio é retrato do egoísmo durante a pandemia

Imagem de idoso procurando comida em supermercado vazio é retrato do egoísmo durante a pandemia

O mundo está vivendo dias conturbados diante da pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, que já vitimou fatalmente mais de 8 mil pessoas. Em diversas partes do globo, as pessoas são reféns do medo e, no impulso de protegerem a si e aos seus familiares, acabam por agir com irresponsabilidade, sem pensar no próximo. Esse comportamento claramente se nota ao ver que muitos estão estocando alimentos, medicamentos e produtos de higiene em casa, enquantos outros sofrem com a escassez desses mesmos itens.

A imagem que melhor representa este cenário é a de um senhor bastante idoso e aparentemente desamparado olhando para prateleiras vazias de uma supermercado na Inglaterra. Não há mais comida, medicamentos ou produtos de higiene e limpeza. Eis o resultado do egoísmo de alguns.

O registro foi feito por Milli Taylor e postado por ele em suas redes sociais. A imagem rapidamente viralizou e rodou o mundo. O semblante triste do idoso por não poder fazer suas compras, enquanto algumas pessoas estavam com carrinhos abarrotados deu o que falar.

contioutra.com - Imagem de idoso procurando comida em supermercado vazio é retrato do egoísmo durante a pandemia

Junto da fotografia, Milli Taylor escreveu: “Esta situação parte o meu coração. Estamos juntos nisto, podemos começar a agir como tal? Se está comprando mais do que precisa, outra pessoa fica sem nada. Por favor, pense nos outros antes de encher o seu carrinho”.

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Redação CONTI outra. Com informações de 1news

Vovós vão passar a quarentena juntas com vinhos e muitas gargalhadas

Vovós vão passar a quarentena juntas com vinhos e muitas gargalhadas

Para muitas pessoas, o período de quarentena diante da pandemia de Covid-19 pode parecer a promessa de muitos dias de tédio e completo isolamento. Estas três senhoras, no entanto, estão decididas a provar que é possível extrair o melhor da vida, mesmo nas condições mais atípicas e adversas. Elas resolveram passar a quarentena juntas, desfrutando de bons vinhos e da companhia uma da outra. Não é a melhor ideia?

As três vovós aposentadas, Doreen, Dotty e Carol, moram no norte da Inglaterra e se conhecem de uma vida inteira. Elas contaram à BBC que tem a intenção de se autoisolar durante sete dias e, ao final dessa “mega festa do pijama”, se todas estiverem bem, passar a morar juntas na casa de uma delas.

“Todas nós temos a mesma quantidade de quartos na nossa casa”, diz Doreen, por Skype. Elas foram entrevistadas pela BBC da casa de Carol. “Dotty tem um jardim amplo, que será ótimo para se exercitar. Eu não tenho jardim, mas tenho um quarto da frente, caso a gente se canse uma da outra”, brinca.

“Temos Netflix, então podemos assistir a The Crown”, diz. A que outra responde, rindo: “E cair no sono de novo!”.

E não para por aí. A quarentena do trio vai ser regada a muito vinho. Elas mostram suas taças e brindam com a entrevistadora.

No Reino Unido, há previsão de que o governo recomende auto isolamento por três meses às pessoas com mais de 70. São elas justamente que integram o grupo de risco para a Covid-19.

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Redação CONTI outra. Com informações de G1
Imagem de capa: O único item que as amigas estocaram para seu autoisolamento são garrafas de vinho — Foto: BBC

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