As três fases do relacionamento com perversos narcisistas

As três fases do relacionamento com perversos narcisistas

PRÍNCIPE ENCANTADO – FASE DA IDEALIZAÇÃO

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Imagem de NickyPe por Pixabay

No início de seu relacionamento ele era tudo o que você sempre quis? O príncipe encantado com quem um dia você sonhou e quando acordou, lá estava ele aos seus pés? Aposto que ele era. Era todo carinho e adoração? Sua atenção, seu tempo, seu interesse, tudo era para você? Com surpresas inesperadas, elogios constantes que faziam com que você se sentisse linda e muito especial? Ele parecia genuinamente ouvir o que você tinha a dizer. Horas conversando e, de repente, você achou sua alma gêmea, seu melhor amigo e o amante mais cuidadoso? Tenho certeza que sim!

Perversos narcisistas são mestres absolutos do charme e manipulação. Eles têm a incrível capacidade de ser exatamente o reflexo daquilo que você deseja, quer e precisa. Mas não se engane, o narcisista não se importa com você. Nada daquilo que você vê é real. É tudo desenhado para a conveniência dele e para que ele consiga adentrar suas defesas, limites e espaço pessoal, tomando o controle de seu tempo, de sua atenção, de sua vida. Esse sonho tem um prazo de duração e quem determina esse prazo é ele.

No início do relacionamento com um narcisista, todas as emoções normais de euforia que se sente quando se inicia um novo relacionamento estão lá. No entanto, ainda que tudo esteja perfeito, tem sempre algo estranho sobre ele que não se encaixa, que você não entende bem o que, mas decide ignorar para continuar vivendo “o sonho”.

Uma vez que o narcisista percebe que você pode ser uma fonte viável de suprimento narcísico, investirá em você tão rápido, tão alto e com tanta força que você não vai saber o que a atingiu. Você mal acreditará quanto esta pessoa parece estar apaixonada por você. Seu charme e constante afeto não são como nada que você já tenha experimentado antes.

Ele realmente parece bom demais para ser verdade e você sai por aí dizendo isso aos amigos, se beliscando como quem não acredita que teve tanta sorte. É nessa fase que você se pergunta: onde esse cara estava escondido?

A idealização é a primeira fase neste ciclo surreal constante que é a relação com narcisistas. É a “fase do pedestal “, isto é, você é posta na posição de uma deusa, e ele parece tão sincero, faz com que você se sinta tão bem e produza tantas daquelas endorfinas da paixão, que, se você tiver qualquer “rachadura emocional”, logo estará dependente de tratamento que você entende jamais ter recebido antes. Simultaneamente, ele demanda seu cuidado e atenção exclusivos, despertando em você a empatia e a vontade de retribuir. Ele também dá sinais, vez ou outra, de que precisa de você e exibe alguma “fragilidade”, fisgando rapidamente seu lado maternal.

Nessa fase ele moveria montanhas para sua felicidade. Ele ama tudo sobre você e faz questão que você saiba disso. O contato com você é constante. Faz planos, quer te ver, ouvir sua voz mesmo que seja para um simples “oi”. “Desfila” com você para os amigos e quem sabe até para sua família, como se você fosse um troféu do qual ele está orgulhoso. E você lá, deslumbrada com toda essa atenção que nunca recebeu de ninguém. Por ele, você começa a dizer a si mesma que tudo vale a pena. O que não sabe é que “por ele tudo vale a pena” logo será posto em prática como uma religião…

Vocês se conhecem há pouco tempo, mas já parece anos. Tudo se move rápido com ele. Por isso, é comum o narcisista falar rapidamente de casamento, filhos e tudo que ele, estudando você, saiba que você quer ouvir. Como são irresponsáveis, inconsequentes e não sentem qualquer culpa ou remorso, dirão essas coisas mesmo sem nenhuma intenção de concretizá-las. Ainda que cheguem a concretizar algo, viram as costas para essas coisas sem nenhuma cerimônia. Mas isso só acontece mais tarde, quando já atingiram seus objetivos, todos voltados a garantir suprimento narcísico.

Na fase da idealização estamos só no começo e até aqui vai parecer apenas que você deu a sorte de encontrar uma pessoa legal, uma alma gêmea ou simplesmente alguém que está realmente apaixonado por você. E é nessa fase que parecerá que ele não se cansa de você, certo. Mas ele vai se cansar, e logo. É assim: uma vez que o narcisista percebe que a “comida dele está no anzol”, ele começa a enrolar a linha para trazer sua presa para suas mãos. E é aqui que começa o verdadeiro pesadelo.

PRÍNCIPE OU SAPO? – FASE DA DESVALORIZAÇÃO

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Imagem de Susanne Jutzeler, suju-foto por Pixabay

Desvalorização é a segunda fase do ciclo que compõe a relação com sociopatas, em especial, o narcisista . E francamente, é difícil dizer qual fase é a pior, se a desvalorização ou o descarte, pois ambas são terríveis.

A desvalorização começa assim: agora que você está viciada em toda a atenção, romantismo e bombardeamento amoroso que vêm em sua direção com grande intensidade e rapidez na fase da IDEALIZAÇÃO, será o momento de se preparar, porque é hora de conhecer o homem (ou a mulher) com quem você está realmente envolvida.

O narcisista tem dois métodos para fazer o outro se sentir abaixo de zero: ele pode destruir de forma rápida e brusca o pedestal sob seus pés, desaparecendo no nada como se você nunca tivesse existido, sem dar a mínima explicação e comodamente reaparecer como se nada fosse ou fazer isso de forma lenta, insidiosa e cruel.

E é quando escolhe esta segunda técnica de desvalorização que ele mina sua autoestima, corrói sua identidade, desdenha de seus sonhos e conquistas, aponta de forma cruel seus defeitos, a isola do mundo acusando a todos ao redor de serem “pessoas que não prestam”, levanta contra você suspeitas daquilo que você não fez, alterna sua cara amarrada e mal humor com pequenos gestos de doçura (de modo que não perca o controle sobre você), enfim, lhe faz provar um doce-amargo constante e infernal, de tal forma que você passa a ter diante de si alguém que você “ama”, mas que estranhamente lhe entristece a maior parte do tempo.

Ele fará isso com tudo o que ele tem em seu arsenal. E seu arsenal é bem abastecido. Abastecido com seu ódio, raiva e incapacidade de assumir a responsabilidade por qualquer de suas ações ou receios. Sempre com raiva, busca culpar qualquer um além de si mesmo por tudo que não dá certo ou que lhe desagrada. É a eterna vítima. Não importa quanto você o venere, obedeça, ceda ou concorde, você sempre fez algo terrível que “o magoou profundamente” e que justifica os seus mau tratos.

Pesquisas mostram que a maior parte dos narcisistas desenvolvem seu transtorno no início da adolescência e também na infância, quando não conseguem desenvolver bem o superego. Muitas vezes, é um resultado direto de abuso ou negligência. Outras, resultado de uma vida sem limites por parte dos cuidadores, mas, principalmente, por parte da mãe.

Mas, pare! Eu sei no que você está pensando: Não, você NÃO pode ajudá-lo. Quem se envolve com alguém assim precisa de mais ajuda do que ele. Você não pode ajudá-lo pelo simples fato que ele não acredita que haja algo errado com ele. O problema “está com você”. No final você será difamada como louca, perseguidora, fútil, interesseira, etc. Você será o que na verdade ele acredita, no seu sentimento inadequação inconsciente, ser ele mesmo e, por isso, projetará TUDO em você.

Na verdade, o narcisista é um grande impostor que projeta uma imagem charmosa e perfeita. Mas sua incapacidade de manter a máscara, permite que você enxergue rapidamente quem ele realmente é, se você não ignorar seus instintos, é claro.

Sua própria turbulência interna, baixa autoestima (ao contrário da crença popular, narcisista não têm a autoestima elevada que mostra ao mundo ) e medo de abandono, faz com que o narcisista abandone as pessoas com grande facilidade. Isso não deixa de ser um mecanismo de defesa contra aquilo que no fundo, teme. Ah, e não, não adianta assegurar-lhe que você não vai abandoná-lo. Isso só vai enfurecê-lo, mostrar quanto você é “submissa e fraca”. Mas o que na verdade o incomoda em você é ter a percepção de que você tem para dar um amor que ele não tem, pois isso faz com ele se sinta inferior e inadequado.

Profissionais da diriam que não é o seu abandono que ele teme. É o da mãe (que está no passado, mas que o assombra) e isso, você não pode mudar. Acredite, você não pode, nem mesmo com todo o amor do mundo, já que, na verdade, sua busca é receber amor de seu objeto primário (a mãe), o que nunca ocorrerá porque o tempo em que essa ferida se abriu está lá na passado, impossível de se resgatar na fase adulta.

Desta forma, na fase de desvalorização, o que ele antes achava incrível sobre você agora se torna veneno. Assim, lançará farpas sobre você sem nenhuma razão aparente. É o momento de destruir em você tudo o que ele admira e que sabe não possuir. Esse comportamento faz imensa confusão na cabeça dos alvos de narcisistas perversos. Eles são incapazes de compreender por quê isso acontece . Como você poderia ser amado num minuto e tão ferozmente detestado no próximo?

É nessa fase que o narcisista vai usar tudo o que lhe confidenciou contra você. É preciso sempre lembrar que o narcisista é um predador e sua presa é bem dimensionada na fase de idealização . Todo o tempo que ele escutou você tão atentamente, espremendo mais e mais informações sobre a sua vida, seu passado e seus objetivos atuais e futuros, lamento, ele estava apenas observando, estudando você e essa pesquisa, basta você permitir, culminará com a sua destruição final e devastadora.

Isso porque ele passa a criticar tudo sobre você , desde a maneira de olhar, rir , dormir, comer, se vestir, se relacionar com os outros, sua família, seus amigos, tudo será alvo de críticas. Críticas abertas ou veladas. Algumas vezes escrachadas outras travestidas de “eu só estava brincando”.

Ele pode vir a público e criticar severamente ou pode fazê-lo muito sorrateiramente, tentando disfarçar como se ele só quisesse ajudar. Mas ele não ajuda e não ajudará jamais. Jamais será o companheiro que você sonhou.

Se você for do tipo questionadora, que capta quando há maldade, ele vai devolver para você com sua especialidade: o tratamento silencioso. Uma agressividade passiva, um “silêncio ensurdecedor” que acusa você sem sequer uma palavra. É um de seus métodos mais cruéis, bem utilizado contra alvos mais inteligentes e questionadores. Ele não consegue argumentar, justificando seu comportamento completamente desequilibrado, então fica calado, castigando, insinuando que você está tão errada que não vale a pena nem dirigir-lhe a palavra.

Diga lá: são mestres ou não em manipulação?

Aos poucos o narcisista separa-se emocionalmente de você. Isso faz com que você se pergunte o que fez de errado e inicie uma maratona para “compensá-lo” e trazer a relação para a primeira fase. A resposta é mais distanciamento e indiferença. Ele sabe bem o que está fazendo. É daí que passa a dar desculpas para gastar menos tempo com você, chegar tarde em casa, não aparecer, não dar sinal por dias.

Nesta fase, você terá pequenas pausas em que será bem tratado. Isso acontece quando ele percebe que a pessoa está se distanciando, andando com as próprias pernas, desligando-se do abuso. Ele não quer que você se vá antes que ele esteja pronto para descartá-la e, para evitar isso, vez ou outra, se apresentará com a máscara do começo. E isso só causa mais confusão emocional, a não ser, é claro, que você já entenda com quem está lidando. Se já entende, esta é sua chance, o momento certo de cair fora antes de ser massacrada. E você será, basta esperar.

Se você permanece, de repente, o seu trabalho será engolir abuso, humilhações, abandono e choro . O que o narcisista está fazendo com você é a DESVALORIZAÇÃO propriamente dita. Ele faz isso porque é irremediavelmente machucado por dentro. Um verdadeiro zumbi moderno, vazio de outra coisa senão instintos mais primitivos e gratificações instantâneas. Ele faz isso porque realmente está disposto a fazer tudo o que é necessário para manter seu suprimento narcísico (você). Apesar de precisar de suprimento narcísico (atenção, dedicação, adoração, subserviência, sexo, etc.) como uma droga, ela não quer trabalhar por isso. Ele sabe disso e se ressente.

O narcisista se cansa muito facilmente e, como qualquer viciado em drogas, precisa de mais e mais a cada vez para manter “seu barato”. Quando a euforia sentida no início de qualquer relacionamento acaba, uma vez que está comprovado que essa euforia inicial que surge de um processo químico no cérebro, ele simplesmente se entedia e o tédio o enfurece. Sabe que o problema está com ele que é incapaz de criar laços reais, mas projetará culpas imaginárias sobre você para não ter que lidar com sua superficialidade. Isso também lhe dará uma desculpa para partir para a próxima vítima que lhe dê suprimento novo, sem parecer o vilão da história.

As pessoas saudáveis, durante a química da paixão, podem desenvolver outras ligações, respeito pelos limites do outro e outros sentimentos que criam laços mais profundos, substituindo a paixão química. É possível desenvolver de uma relação saudável onde ambos mantêm sua autonomia como indivíduos. Mas, esqueça: você jamais terá isso com um narcisista patológico, pois ela não permitirá que tais laços se estabeleçam. Ele olha para as pessoas nesses relacionamentos como fracos, submissos ou patéticos. Isso ocorre porque alguns estágios emocionais e de desenvolvimento do narcisista foram atrofiados na infância ou adolescência por algum evento traumático, ainda que esse trauma seja uma mera percepção dele de um determinado fato.

Então acredite, na desvalorização o que ele deseja é destruir sua mente, seu brilho, sua energia vital pelo simples fato de que ele se ressente de sua dependência por você como fonte de suprimento e é através da desvalorização que ele conseguirá, inverter, colocando você na posição de dependente. Só dessa forma poderá se sentir um pouco melhor.

Quem chegou a esse ponto seu pular do barco deve se prepara para o golpe final: O DESCARTE.

DO CASTELO À LATA DO LIXO – FASE DO DESCARTE

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Imagem de Susanne Jutzeler, suju-foto por Pixabay

O DESCARTE é a terceira e última fase da experiência traumatizante e dolorosa que é o encontro com um perverso narcisista. Prepare-se, pois é nessa fase que você vai vê-lo completamente sem máscara, numa versão diabólica que você nunca pensou em associar àquele anjo imaculado que você conheceu e que lhe deu tanta lição de moral e bons costumes ao longo de toda relação.

Quando ele tiver rasgado você ao meio e arrastado seus pedaços para as profundezas do inferno com suas agressões verbais, sua humilhações, suas mentiras, traições, inversões, projeções e, em muitos casos, atos de violência física , ele vai descartar você.

Assim que ele tiver sugado por completo sua energia vital, deixando-a esvaziada de alegria de viver, autoestima, amor próprio, autorrespeito e dignidade, ele vai jogá-la fora com crueldade e sangue frio como se você um pedaço de papel sujo. Papel higiênico que ele usou para se livrar de sua sujeira, constantemente projetada sobre você. Simples assim.

Durante a fase de desvalorização, a você tenta incansavelmente descobrir o que fez de tão errado para que seu parceiro perfeito do início se voltasse contra você de forma tão furiosa. Ao longo da fase de desvalorização, o narcisista deixa bem claro que tudo foi culpa sua. TUDO. Ao final, você está cansada, reprimida, deprimida e oprimida. A este ponto provavelmente já se tornou tão isolada que tem pouca ou nenhuma vida social. Enquanto ele a encantava com carinho e atenção ímpar, sorrateiramente exigia seu afastamento dos hobbies, amigos, familiares e colegas. Sem você perceber, fez isso ora mantendo você ocupada (e distraída) com atenção constante, ora castigando-a com mau humor e tratamento silencioso, de modo que, aos poucos, você começa a evitar as condutas que desagradam o parceiro “tão apaixonado”.

Em um piscar de olhos você está distante de tudo e de todos que possam ser para o parceiro abusivo uma ameaça. Qualquer coisa que receba seu carinho e atenção, não é bom para você e, logo, deve ser eliminado. Sua vida e interesses devem ser dedicados exclusivamente a ele. Ele nunca diz isso abertamente, apenas a conduz a isso, através de manipulações, vitimizações, acusações e mentiras. E assim foi, sem você perceber.

O narcisista consegue isolar e degradar a identidade e autoestima da vítima para igualar à sua. Esvaziada, de joelhos, completamente perdida e sem vida própria, você já não tem para oferecer qualquer tipo de suprimento narcísico (adoração, atenção, sexo, presentes, etc.). Quando isso acontece, chega o momento em que ele vai descartá-la sem olhar para trás, como se nunca tivesse existido.

Aquele amor eterno prometido, os planos grandiosos para o futuro, tudo se perde no nada. É como se nunca tivesse acontecido e a naturalidade com a qual ele faz isso vai deixá-la confusa, machucada, humilhada e sem vontade de acordar de manhã. Mas escreva minhas palavras: ele nunca vai deixá-la sem que já tenha garantido uma nova fonte de suprimento narcísico. NUNCA. Pode não ser uma outra pessoa, pode ser qualquer coisa (carro novo, bens de consumo, viagens, etc.), novos amigos, velhos amigos, ex, qualquer coisa que naquele momento narcisista perceba ser uma maior ou melhor fonte de suprimento narcísico do que você.

Incapaz de viver luto por perdas e de passar períodos sozinho, ele está sempre à procura de uma melhor “alimentação”. Sempre. Ao se afastar para observá-lo de longe, você se verá diante de alguém promíscuo, que troca de parceiro com a naturalidade de quem troca de roupas. Você testemunhará futilidades absurdas em seus costumes consumistas. Você ouvirá mentiras a seu respeito. Você se encontrará muitas vezes perguntando: “quem é essa pessoa?” “como pode ser a mesma que um dia me fez tão feliz?”. Não se torture mais. Você conheceu um ilusionista talentoso que não conhece escrúpulos nem limites para tirar de suas vítimas o que mais lhe convém, ainda que para isso tenha que lhe prometer, sem nenhum pudor, um mundo maravilhoso e cor de rosa que, de repente, se transforma num lugar frio, tenebroso e escuro, onde você não significada NADA.

O narcisista é um oportunista na essência. Quando o tempo com você não for mais conveniente ou não servir mais aos seus propósitos, ele dará seu golpe final e desaparecerá. Se seu contato era telefônico, não atenderá mais. Se você insistir de outro número em busca desesperada por uma razão, será humilhada da pior forma possível ou simplesmente dizer que você ligou para o número errado!

Se ele mora com você, vai arrumar as malas e sumir, quer dando-lhe o tratamento do silêncio, quer tendo um ataque de fúria (por culpa sua, é claro) ou com um “combo” de desvalorização mortal, no qual juntará todas as suas técnicas de descarte e soltará sobre sua cabeça como uma pedra gigantesca que vai te esmagar como a uma formiga. Se a casa for dele, sem qualquer escrúpulo tentar colocar você para fora, se possível, com uma mão na frente e outra atrás.

Seja como for, ele vai sair de sua vida, sem encerramento, sem explicação, sem nada, deixando para você apenas dúvidas, culpa e muita dor.

E não se iluda, porque mesmo de longe ele fará de tudo para sujar seu nome entre aqueles que conhecem o casal. As mentiras e histórias hollywoodianas protagonizadas pela “louca” que “não tinha vida própria” e que “o sufocava” e que “arruinou a sua vida” serão contadas repetidas vezes e, não raro, conseguirão uma legião de simpatizantes que se compadecerão de seu “sofrimento”.

Apesar de ser revoltante o sentimento de injustiça, o segredo é não reagir e aguardar. Como não conseguem manter máscaras por muito tempo, rapidamente suas ações passam a depor contra suas palavras e as pessoas, por si só, compreendem quem era a vítima e quem era o vilão. Reagir só vai fazer com que pareça que ele tem razão. Nesta fase é preciso focar em si e evitar contato com informações sobre essa pessoa que não tinha e jamais terá algo valioso para lhe oferecer. Seu encontro com ele foi uma fatalidade. Aprenda o que puder desta experiência e siga com dignidade. Não insista atrás de explicação e siga em frente, pois se você insistir, pode piorar e muito. A explicação é simples: você se envolveu com um transtornado mental. Ponto final.

Após o DESCARTE, se ele voltar (E ELE VAI VOLTAR) e você aceitá-lo de volta, passada a lua de mel, você estará diante do ciclo LAVA, ENXÁGUA, USA, JOGA FORA E REPETE. Até quando ELE não quiser mais. Sim. Eles sempre voltam e o fazem por diversos motivos. Voltam essencialmente para ter certeza que ainda têm controle sobre suas vítimas. Voltam para machucar a vítima atual. Voltam porque têm certeza que você ainda os espera. Voltam porque são obcecados e veem suas vítimas como posse. Voltam porque perceberam que sua vida foi adiante sem eles e isso é inadmissível. Voltam porque ao vê-la melhor, percebem você como fonte nova de suprimento e querem novamente sugá-la.

Se tiver sido você a deixá-lo, fará stalking, a perseguirá prometendo amor eterno, recitando tudo aquilo que sabe que você deseja ouvir, se apresentando em sua melhor versão. Voltará “mudado”, com tudo o que você um dia sonhou. Graças a você ele “entendeu muitas coisas”. Mas se você me perguntar se neste momento ele merece uma segunda chance, lhe digo sem medo de errar: aceitá-lo de volta é voltar à primeira fase sim, aquela maravilhosa da IDEALIZAÇÃO, mas sem esquecer que logo em seguida você deverá enfrentar a DESVALORIZAÇÃO e o DESCARTE, reinserindo-se num ciclo vicioso, mortal e sem fim do qual SOMENTE VOCÊ sairá prejudicada.

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Eliminar certas pessoas de nossas vidas traz mais leveza do que eliminar quilos

Eliminar certas pessoas de nossas vidas traz mais leveza do que eliminar quilos

Às vezes, eu paro e penso no tanto de coisas que eu guardo e não uso, sejam roupas, livros, sejam objetos. Engraçado como eu ainda resista em me desprender de certas coisas e acho que isso acontece com todo mundo: guardar quinquilharias inúteis, sem saber a razão daquilo.

Talvez eu faça isso porque eu sinto as coisas com muita intensidade e parece que tudo carrega, em si, um valor emocional. É como se eu olhasse para o objeto e voltasse tudo de novo. É como se voltasse, dentro de mim, tudo o que eu vivi com ele, tendo ele, ao lado dele. Guardo muitas lembranças e sempre retorno, em mente, aos momentos que construíram minha jornada. Daí eu acabo achando que o que ficou aqui dentro possa ir embora junto com as coisas.

E, talvez por essa mesma razão, eu também costumava me apegar fortemente às pessoas. O convívio com os outros me marca e por isso era tão duro, para mim, despedir-me dos outros, mesmo quando elas não iam embora para sempre. Eu melhorei muito nesse aspecto. Hoje já eu sei quem tem que ficar junto e o que tem que ficar para trás. A quarentena me serviu, também, para perceber quem realmente faz falta na minha vida.

Na verdade, a gente tem que agir com os sentimentos da mesma forma como agimos em relação aos espaços de nossa casa. Assim como temos que identificar quais objetos são apenas entulhos, devemos fazer o mesmo com as pessoas: desapegar de quem atrapalha o nosso sorriso, de quem não valoriza o nosso viver. Isso traz leveza, pois abre caminhos, libera espaço para que entrem coisas e pessoas novas em nossa jornada, que está em andamento.

Não podemos é ter medo de deixar ir embora o que tiver que ir, o que já deu o que tinha que dar. Com o tempo, a gente entende que muito daquilo que saiu de nossas vidas foi livramento, que não ter dado certo foi o melhor, que nem tudo e nem todos farão parte de nossas vidas. A gente tem mais calma para aguardar o que a vida traz enquanto se renova. E é tão lindo. Sempre será.

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Texto publicado originalmente em Prof Marcel Camargo

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Quanto mais preciso você for, mais precioso se tornará

Quanto mais preciso você for, mais precioso se tornará

No português há duas palavras com a escrita muito parecida e com significados absolutamente diferentes, as palavras PRECISO e PRECIOSO. Estava refletindo sobre elas e o quanto se complementam em diversos contextos. Se você pensar nas mais diversas áreas de atuação, quanto mais preciso você for, mais precioso se tornará.

Nos mais diversos esportes podemos verificar isso. No basquete, quanto mais preciso for o seu arremesso, melhor você é avaliado como jogador. No futebol, quanto mais preciso for o chute, maior a possibilidade de se tornar um goleador e ser convocado pra jogar nos mais disputados times. Na natação, quanto mais precisa for a sua técnica de nado e condicionamento físico, mais rápido você se torna. Nas corridas de fórmula 1, quanto mais preciso e concentrado for seu modo de dirigir, maiores as possibilidades de você ser um campeão etc.

O jogador Oscar Schmidt, por exemplo, era sempre chamado de “mão santa” e ele sempre respondia: “eu não tenho uma mão santa, eu tenho uma mão treinada”. Ou seja, para você ser preciso, seja em qual área for, é necessário esforço, muitas horas de dedicação, estudo, aperfeiçoamento. E o que acontece em grande parte dos casos? Todo esse esforço é recompensado pelo reconhecimento, pode ser financeiro, mas pode ser também de muitas outras formas intangíveis como se tornar eternizado na lembrança e nos corações das pessoas.

O grande piloto Ayrton Senna que, sem sombra de dúvidas, foi uma dos maiores pilotos de Fórmula 1 de todos os tempos. Será por décadas, talvez séculos, lembrado como um dos maiores nomes nessa categoria, porque ele era e continua sendo precioso.

A palavra preciso deriva de precisão, que significa “exato, perfeito, atento, objetivo, certo…” e precioso significa “de grande valor, raro”. Percebe como elas têm uma ligação? Alguém que exerce um trabalho com objetividade, exatidão, perfeição, atenção, é alguém raro e de grande valor. Ou seja, as pessoas que consideramos preciosas são uma raridade e normalmente elas acabam ganhando mais dinheiro e sendo melhor reconhecidas pelos seus trabalhos. Claro que existem exceções, mas isso não vem ao caso!

Em muitas outras áreas de atuação podemos ver a relação entre preciso e precioso. O professor que é mais preciso em suas explicações, que explica de forma simples, didática e objetiva, normalmente é disputado pelas escolas e ganha um ótimo salário. Um médico que é preciso tanto nos diagnósticos quanto na forma séria e atenciosa de atender seus pacientes também tem seu lugar garantido em qualquer hospital que se proponha a trabalhar. Um escritor que transmite seus conhecimentos ou estórias de forma leve, envolvente e sem rodeios ou prolixidade, acaba se destacando mais e por vezes até se tornando famoso. Um jornalista que faz seu trabalho com objetividade e segurança muitas vezes é convidado para se tornar âncora de jornais em horário nobre e por aí vai.

Portanto, se você quer se tornar alguém precioso dentro de sua área de atuação, estude, se desenvolve, treine, crie hábitos positivos e que lhe impulsionem a novos desafios etc. Dessa forma você tem tudo para se tornar alguém preciso em todo trabalho que desempenhar. Uma dica bacana para concluir esse texto é: conheça um pouco da história de vida dos que se tornaram destaque em suas áreas.

Se você joga basquete, conheça a história do Michael Jordan, do Shaquille O’neal, do Oscar Schmidt. Se você é escritor, conheça histórias incríveis como a da J.K. Rowling, ou Mary Shelley ou Machado de Assis. Se você é músico, conheça histórias de superação como a de Beethoven ou do maravilhoso maestro brasileiro João Carlos Martins…

Enfim, a partir de grandes referências podemos aprender com a precisão de seus trabalhos e a partir de seus exemplos também nos tornarmos preciosos!

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Dois ursos foram flagrados tomando banho no mar, eles aproveitaram o pôr do Sol e uma tarde inesquecível

Dois ursos foram flagrados tomando banho no mar, eles aproveitaram o pôr do Sol e uma tarde inesquecível

Nos documentários, programas de televisão da natureza, bem como em filmes e séries, nós podemos ter alguma noção do comportamento de outras espécies animais. Ainda mais quando são as espécies mais comuns, que vemos no nosso dia a dia. Já sabemos muito sobre os cães e gatos, por exemplo. Portanto, a espécie e o comportamento tem que ir muito além do habitual para nos surpreender. E foi o que ocorreu em uma linda tarde na Rússia.

Dois ursos foram vistos tomando um banho de mar, em uma praia. Certamente, não é o que esperamos ver quando pensamos nesses mamíferos enormes e magníficos.

A maioria das pessoas tende a se associar os ursos com duas personalidades. A primeira, como bestas majestosas, mas perigosas, que é melhor observamos de longe porque elas podem nos ferir seriamente sem fazer muito esforço. Ou então, animais peludos e fofinhos, sempre procurando roubar cestas de piquenique e aborrecer guardas florestais.

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Os dois ursos foram flagrados por um Instagramer russo, em uma das praias daquele país gigantesco. Aparentemente, ele fez isso usando um drone, afinal esta não parece uma atividade adequada para ser feita pessoalmente.

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O fato de tudo ter acontecido com um belo pôr do sol ao fundo só torna a cena mais bela e mais perceptível. Com certeza esses ursos desfrutaram de seu banho de mar tanto quanto nós desfrutamos dessa cena gravada.

Eles quase nos fazem querer participar da brincadeira… mas então lembramos daquelas garras, dentes e temperamento um tanto quanto duvidoso. Acho melhor vê-los nas telas mesmo!

Com informações de UPSOCL

Gente sem frescura: melhores pessoas

Gente sem frescura: melhores pessoas

É tão gostoso conviver com pessoas sem afetações, gente que não liga para luxos e ostentações. Não, não se trata de romantizar a miséria e a pobreza extrema, que são faces desumanas da desigualdade social que se arrasta no Brasil e no mundo desde sempre, mas sim de entender que a simplicidade é uma das maiores riquezas dessa vida.

Na verdade, simplicidade não tem a ver com riqueza, mas sim com a forma como se vive e se encara a vida, não importando o quanto se possua de grana no banco. Não são os dígitos do salário que comandam a forma como pessoas simples vivem e sim suas certezas, suas convicções, prioridades e o seu olhar sobre o outro. Pessoas sem frescura conseguem entender que não são o centro do universo e se adequam aos ambientes, às pessoas, aos lugares.

Trata-se de indivíduos que se dispõem a trocas e a aprendizados, que nunca se acham os donos da verdade, que sabem ouvir, sentir o mundo, sentir o próximo, para muito além do próprio umbigo. São pessoas que, mesmo cercadas de bens materiais e de luxo, conseguem sair de seus casulos, de seus terrenos, para se entrosarem com outros mundos além dos seus, sem julgamentos, críticas ou olhares de desaprovação.

Quem não é fresco é uma pessoa bem resolvida com seus sentimentos, com suas convicções, com aquilo em que acredita. São pessoas que transpiram verdade e felicidade, porque se permitem mudar, conhecer o novo, o diferente de si, sem estranhamento e preconceito. Como já colocaram a sua identidade em ordem, não tentam desarrumar o emocional dos outros, respeitando a essência de cada um.

Por isso são apaixonantes as pessoas sem frescura, que dividem litrão e torresmo no boteco da esquina, que comem miojo bebendo Tang, que vão a pé, de ônibus, chegam sozinhas e se entrosam rápido. Gente que é feliz apenas por estar ali, viva, curtindo cada momento, onde e com quem estiver. Melhores pessoas.

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Texto publicado originalmente em Prof Marcel Camargo

A fobia de ver no outro o que rejeito em mim

A fobia de ver no outro o que rejeito em mim

Foi com muita dor que li a notícia , há alguns dias, de que um jovem gay de 21 anos, Guilherme de Souza, foi morto apedrejado por adolescentes de 14 e 16 anos, no interior da Bahia, porque estes “não gostavam de homossexuais”.

Também outro dia li que a parceria de ação do dia dos pais que a Natura fez com Thammy Miranda, homem trans, gerou uma onda de ataques de ódio.

Há anos se leem e se veem notícias sobre agressões e mortes de pessoas LGBT+s, o que remonta desde o Brasil colônia, como João Silvério Trevisa nos relata.

Há tempos atendo pessoas ou ouço relatos de quem está em profundo sofrimento com sua sexualidade, por não ser aceito pelos pais ou pela sua religião, por medo de ser motivo de chacota no trabalho ou entre amigos.

Lembro-me do caso de um jovem, de vinte e poucos anos, que levou meses para me contar que era gay – na verdade para admitir para si mesmo que o era. Falou de muitas outras coisas antes, depois disse que era bissexual, até que, finalmente, com muita dor e medo, conseguiu nomear o seu desejo.

Mas também recebo pais sofrendo porque percebem “algo” nos filhos. Alguns dizem “ele precisa de uma figura masculina”, outros indagam “como fazer para reverter isso?”. Outros ainda: “minha filha está em pecado, como vou fazer?”.

Num país em que um presidente faz piada com o uso de máscara na pandemia – “é coisa de veado” – em que torcer para determinado time de futebol é razão para ser tachado de “bambi”, em que muitas religiões (não todas, claro) vociferam o estado “pecaminoso” da sexualidade que não seja a do “papai-mamãe” somente para procriação, não é à toa que as pessoas LGBT+ despertem tanto repúdio – no fundo, tanto fascínio.

Fascínio porque os/as LGBT+s escancaram que a sexualidade humana pode até servir para procriação, mas esta é mero efeito, quase casual. A nossa sexualidade e identidade de gênero são um caldeirão de fatores biológicos, psíquicos e sociais, tudo junto e misturado, que, muitas vezes, vão justamente na direção oposta às prescrições.

Lacan foi taxativo : é a falta que instaura o desejo; é o que se perdeu, o que não se pode ter (plenamente) que excita.

Na hora do sexo, provavelmente ninguém se excita realmente com alguém porque vai gerar um filho – excita-se por se sentir desejado(a) ou dominador(a); pela bunda grande ou pelo pé delicado; pela beleza ou pela esquisitice da outra pessoa (ou até de alguém que não está nem presente no ato!). Excita-se por seja lá que traço vir no outro, sem nem saber direito o quê e porquê. Quer dizer, as “escolhas” referentes a isso, que cada um vai fazendo ao longo de seu desenvolvimento, são inconscientes!

Nenhuma criança, nenhum(a) adolescente decidem, racionalmente, em determinado momento: “nossa, esse peito é gostoso!” ou “que vontade de me vestir de mulher/ de homem” ou ainda “quero tocar na genital da minha coleguinha/ do meu coleguinha”. Isso vem sem que se saiba direito de onde, por um jogo de fantasias inconscientes que vamos construindo na relação com o outro.

As receitas apregoadas por quem nada entende do assunto – “dá uma surra, que resolve!”, “isso é pecado”, “mamãe vai ficar muito triste” – só costumam provocar, não raras vezes, um evento traumático e, justamente ao contrário do que era buscado, uma fixação da criança/ do(a) adolescente naquilo que foi rejeitado.

Já as piadinhas sobre o assunto, que são ditas e repetidas nas mais diversas situações, podem até parecer ser um meio, aparentemente inocente, de extravasar. Mas Freud descobriu o quanto rimos daquilo que nos diz respeito no mais íntimo de nosso ser. Quanto mais recalcado estiver algum desejo nosso (quanto mais inconsciente e rejeitado for), mais engraçada a piada será.

Mas quem conta muita piada de determinado tema ou ri demasiado dele, muitas vezes não se dá conta da razão de tanto riso, não a admite, nem para si mesmo. Vai ter indícios disso em algum sonho erótico que tenha, na raiva ou na angústia que vai sentir ao ver dois homens/ duas mulheres se beijando, ao ver garotos como o Guilherme andando na rua ou paquerando, ao assistir ao Thammy cuidando feliz do filho.

Podem argumentar alguns que é melhor fazer piada do que agredir verbal ou fisicamente. A agressão é sinal de que a palavra já não foi capaz de segurar o que pulsa em nós (e rejeitamos), quando nos sentimos ameaçados intimamente. Sim, concordo, mas também é preciso levar em conta a agressividade (e certo sofrimento) subjacente em toda piada. É preciso notar que, de piada em piada, continuamos a criar um ambiente em que é preciso rechaçar o que temos de mais essencial – a nossa sexualidade – para tentar ser aceito pelo Outro (pela família, pelos colegas de escola, de trabalho, de religião, pela sociedade em geral, por Deus ou entidade superior em que acreditamos).

A risada (agressiva) do machão ou da mulher “toda poderosa”, a revolta dos extremistas religiosos, no fundo, são a expressão de sua fragilidade, da sua tentativa de aplacar e apagar o que rejeitam em si mesmos; de afastá-los(las) do desamparo de não serem amados, de não serem tão especiais, tão poderosos, de serem excluídos na relação com o Outro. O Guilherme, o Thammy e tantos outros e outras LGBT+s lidam com essa fragilidade também, de outro jeito, mas, algumas vezes, não têm a chance de continuar…

Que graça tem?

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Imagem de capa: Pixabay (Julie Rose – LollipopPhotographyUK)

Referências:

TREVISAN, João Silvério. Devassos no paraíso: a homossexualidade no Brasil, da colônia à atualidade. 6ª. ed. Rio de Janeiro: Record, 2004.
LACAN, Jacques. O Seminário, livro 10: A angústia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.
FREUD, Sigmund. O chiste e sua relação com o inconsciente (1905). In: Obras Completas, volume 07. Tradução Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.

“Uma mentira dita mil vezes torna-se verdade”

“Uma mentira dita mil vezes torna-se verdade”

O ministro da propaganda na Alemanha Nazista, Paul Joseph Goebbels, disse certa vez: “Uma mentira dita mil vezes torna-se verdade.” Essa fatídica frase nos leva a refletir sobre as funções das mentiras ou notícias falsas nos dias atuais.

As mentiras que se apresentam nas mídias sociais seguem a mesma linha propagandística de Goebbels, que fazia o uso da glorificação da violência e da discriminação das minorias. Um breve histórico das mentiras nazifascistas mostram que elas estavam ancoradas na fé e no mito, que serviam as neuroses e psicoses de seus líderes, que mentiam ao povo e acreditavam nas suas próprias mentiras.

Essas estratégias se repetem em relação à pandemia do coronavírus e seus resultados são letais. O problema é que as notícias falsas são difundidas nas redes sociais, como se fossem um “bem maior” e verdadeiras, mas estão sendo contraditadas e desmentidas pela ciência e pelo jornalismo.

Além disso, tem gente que leva as mentiras ao cúmulo do absurdo, que são os corruptos, vigaristas e malandros que buscam o lucro fácil, dando golpes nos outros. E temos os mitômanos, ou seja, sujeitos que mentem compulsivamente, porém, eles precisam de ajuda psicológico.

É evidente que as mentiras fazem parte da natureza humana, exercendo um poderoso controle sobre indivíduos e grupos. Segundo as estatísticas têm pessoas que mentem cerca de 200 vezes por dia e em média uma vez por cada 5 minutos e a maioria das mentiras circulam milhões de vezes na internet.

No entanto, as mentiras são decodificadas pelas expressões, gestos e movimentos, que revelam divergências entre a linguagem verbal e não verbal, inclusive no espaço virtual. Na perspectiva psicanalítica nem os mentirosos mais experientes conseguem controlar seu inconsciente, já que a mente corpórea clama pela verdade.

Assim, Freud demonstrou que a verdade escapa nos atos falhos, nos chistes, nos sonhos e nos rastros da vida social, evidenciando que as mentiras se manifestam em escala patológica, pois a saúde mental só é compatível com a verdade.

Em razão disso, as mentiras no estado neurótico não são elaboradas pela consciência, uma vez que os neuróticos são intolerantes e por motivos inconscientes as mentiras tornam-se vantajosas para eles. E no estado psicótico, as mentiras surgem na forma de delírios, que levam os psicóticos a não reconhecer o caráter estranho de seu comportamento.

No sentido filosófico, a ética e a verdade estão intimamente ligadas e não permitem que a realidade seja mascarada. Aliás, os antigos gregos utilizavam os mitos como uma metáfora para falar da psique, que revelavam os pensamentos e os desejos reprimidos no inconsciente dos homens. Então, quando deparamos com a palavra mito, associamos a algo que não é verídico e crível.

Portanto, não podemos esquecer que durante a história da humanidade, as mentiras deram origem às doenças psíquicas e causaram sofrimento e morte na sociedade. Enfim, é dever dos homens e mulheres de boa vontade lutar pela verdade, porque as mentiras cedo ou tarde aparecerão, mesmo que ditas mil vezes.

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Jackson César Buonocore é sociólogo e psicanalista

Imagem de capa: Joseph Goebbels, o ministro e braço direito de Hitler
Imagem: Divulgação

Cadelinha que foi separada dos filhotes depois de amamentar adota gatinhos órfãos

Cadelinha que foi separada dos filhotes depois de amamentar adota gatinhos órfãos

Stacee Jones, que já atuou no resgate de mais de 100 cães e gatos em situação de risco, pensou que já tinha visto tudo – até o dia em que o abrigo no qual ela é voluntária, o Jelly’s Place em San Pablo, Califórnia, fez o resgate de uma cadelinha que que tinha sido abandonada atrás de uma lixeira após amamentar seus filhotes. Sem a cria, era uma mãe cheia de leite e órfã de um amor que não pôde viver.

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Stacee Jones

Pouco depois de acolher a cadelinha, a voluntária recebeu uma ligação pedindo ajuda para que ela cuidasse de três gatinhos que tinham acabado de perder a mãe. Os filhotes órfãos precisavam ser amamentados, além disso, precisavam do carinho que só uma mãe poderia lhes oferecer. Por outro lado, a cadelinha estava muito triste e precisava dar vazão a todo aquele amor dentro dela.

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Stacee Jones

“Foi aí que eu disse: ‘Tenho um ideria!’”, disse Stacee ao The Dodo.

Com todo o cuidado possível, a voluntária aproximou-se da cadela com um dos filhotes e prendeu a respiração, pronta para recuar ao menor sinal de rejeição de rejeição. “Eu estava com muito medo de que ela rosnasse ou não aceitasse muito bem”.

Mas então um milagre aconteceu. “Ela tomou o primeiro gatinho pra si imediatamente. Ela o lambeu cheia de afeto”, disse Stecee.

Depois de se certificar de que a cachorrinha parecia confortável, Jones apresentou os outros dois gatinhos. “Ela deitou-se e aninhou-os em sua direção”, disse Jones. “Ela deixou eles amamentarem. Foi muito maternal. Ela soube imediatamente o que fazer.”

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Stacee Jones

Enquanto Jones observa a cachorra amamentando os gatinhos, ela ficou maravilhada e não conseguiu conter as lágrimas. “Eu pessoalmente nunca vi algo assim. Tudo aconteceu tão rapidamente, como deveria ser.”

A nova família mudou-se para uma grande caixa juntos, e a cachorrinha, agora batizada como Keeper, cuidou dos filhotes por cinco semanas.

“Ela os acolheu desde o primeiro dia e os amou como se fosse sua própria cria”, disse Jones. “É tão emocionante! Os gatinhos precisavam dela e ela precisava deles. Os filhotes cresceram saudáveis justamente por causa dessa troca.”

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Stacee Jones

Stacee está agora começando a desmamar os gatinhos e apresentá-los a comida. Ela se pergunta se Keeper percebe que os gatinhos não são exatamente seus bebês de verdade.
“São espécies diferentes e se amam como uma verdadeira família”, disse Jones. “É tão especial. Cães e gatos se amando como se não existissem diferenças entre eles. Eles só querem e dão amor incondicional.”

De todos os animais que Jones resgatou, Keeper e seus gatinhos foram os que mais aqueceram seu coração.

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Stacee Jones

“Ainda não sei como expressar em palavras”, disse ela. “É uma coisa tão bonita. Eu tinha muita esperança de que isso acontecesse, mas também pensei: ‘Isso é loucura, isso não vai funcionar.’ Mas Keeper não se importou com a origem dos filhotes, apenas os amou como uma mãe faria.

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Stacee Jones

Ah, a natureza! Tão maravilhosa e cheia de lições a nos ensinar…

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Todas as imagens: Stacee Jones

Redação CONTI outra. Com informações de The Dodo e Curiosidades

Os amores sutis que você deve permitir em sua vida

Os amores sutis que você deve permitir em sua vida

sim, quando falamos de amor, devemos sempre lembrar que ele é mais bonito, mais honesto e mais marcante nas suas sutilezas e detalhes.

o amor não dá mais pra ser romantizado nos seus problemas, principalmente quando se refere aos hábitos tóxicos que fazem a outra pessoa envolvida sofrer.

não tem nada a ver com existirem regras para o amor, mas também não significa que ele precise ser limitado e merecer pouco. porque amor é troca e quem desconhece essa prática, jamais conseguirá a plenitude de se perder e reencontrar junto do outro.

permitir amores sutis é também sobre todos os relacionamentos: amorosos, parentais, profissionais, passageiros das nossas rotinas, de rostos conhecidos ou não.

se você almeja amor, você deve ser amor. e permitir as sutilezas do amor requer maturidade e aprendizado emocional. é saber reconhecer e filtrar se te faz bem, se soma na sua visão de mundo, na sua inteligência de alma e coração.

ainda assim, a maior prova de que você entende das sutilezas do amor é reconhecer que ele é seu, mas enquanto posse. existe amor na outra parte envolvida e esse amor pode e tem o direito de partir.

o amor que temos grande dificuldade de aceitar é esse: o que não fica. mesmo doendo no momento do adeus, o amor é escolha e, se amamos alguém, desmerecer a felicidade dessa pessoa porque não a teremos mais é de um egoísmo incompreensível.

então, no caso do amor sobrar, transbordar ou faltar, pense bem antes de permiti-lo. é necessário o esforço de ao menos tentar deixar o amor mais leve ao nosso ritmo. às vezes sintoniza. às vezes, não.

o amor tem lugar de fala pra todos. mas ele não tem o devido descanso e serenidade em todos. talvez esta seja a mais sútil das diferenças no amor: se precisar insistir, tendo como efeito se diminuir, se sabotar e deixar de ser você, é porque o amor foi substituído por algum sentimento que não cabe mais.

não permita menos que tudo em sua vida, incluindo o amor por você e naquele que espera encontrar por aí.

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Photo by Analise Benevides on Unsplash

Mulher reencontra ursinho de pelúcia que reproduz gravação com a voz da sua mãe falecida

Mulher reencontra ursinho de pelúcia que reproduz gravação com a voz da sua mãe falecida

Perder um dos pais é uma das situações mais dolorosas pelas quais uma pessoa pode passar na vida. Não importa quantos anos tenhamos e o quanto de maturidade emocional tenhamos adquirido, quando eles nos deixarem, a experiência será devastadora. É claro que o tempo se encarrega de cicatrizar aquela dor que à princípio parece querer nos consumir, e o que sobra é a saudade e o apego às memórias de momentos felizes vividos com aquela pessoa. Essas doces lembranças se tornam de repente o nosso tesouro mais valioso.

A jovem Mara Soriano também tem seu tesouro, um ursinho de pelúcia que provavelmente não valeria mais do que dez reais se colocado à venda. O que ele tem de especial?

contioutra.com - Mulher reencontra ursinho de pelúcia que reproduz gravação com a voz da sua mãe falecida
(Mara Soriano/Twitter)

Somente Mara consegue calcular o seu valor, afinal o brinquedo carrega uma gravação de voz de sua falecida mãe, dizendo que a ama e que se orgulha dela. As memórias não tem preço.

Sabendo do tamanho da estima de Mara pelo ursinho, que leva o fofo nome de “Mama Bear” (algo como “Mamãe Urso”, em tradução livre), é possível dimensionar o seu desespero quando ela o perdeu em uma recente mudança. O urso estava em uma mochila que continha eletrônicos como um iPad e um Nintendo Switch. Quando a bolsa foi roubada na semana passada durante a mudança, a jovem de 28 anos ficou inconsolável- não pelos eletrônicos, mas por Mama Bear.

De coração partido, Mara usou suas redes sociais para fazer um longo e emocionado post sobre o item perdido em Vancouver, no Canadá, e a história por trás dele. O relato rapidamente viralizou e emocionou muita gente.

Diagnosticada com câncer há 10 anos, a mãe de Mara, Marilyn, deu à filha o urso como presente em 2017. À medida que o câncer progredia, até seu falecimento em junho passado, o presente parecia ainda mais especial. “Esse urso era basicamente a último lembrança que eu tinha da minha mãe – era a voz dela que eu cresci ouvindo”, disse ela em entrevista à CTV News.

Enquanto seu relato continuava a ser compartilhado milhares de vezes na internet, Mara continuou sua busca, colando cartazes pela cidade, vasculhando lixeiras e se comunicando online com outras pessoas, seguindo todas as pistas que pudesse.

 

A obstinação da jovem por encontrar seu bem mais precioso comoveu o astro de Hollywood Ryan Reynolds, que tratou de fazer um apelo pelo retorno seguro de Mama Bear para sua dona. “Acho que todos precisamos que esse urso volte para casa”, escreveu ele. Junto com a mensagem, ele também ofereceu um grande incentivo para o ladrão – uma recompensa de US $ 5.000, “sem perguntas”.

Então, na terça-feira à noite, Mama Bear finalmente voltou para os braços de sua dona. “Eu não vou mentir, eu meio que desabei quando o reencontrei. Assim que eu vi (ele) puxá-lo para fora da bolsa… eu apenas comecei a soluçar e o agarrei com força.”, contou Mara.
É um milagre moderno que nunca teria acontecido sem o poder das redes sociais. Mara disse que recebeu um e-mail de um bom samaritano que lhe disse que estava com o urso.

Apesar de cética, ela sugeriu que o encontro acontecesse em um espaço seguro, na presença de um repórter. Felizmente, não foi uma farsa – duas pessoas que não quiseram se identificar lhe entregaram o urso são e salvo.

Mara vai se casar no próximo verão e o urso terá um assento especial na cerimônia – aquele em que sua mãe se sentaria. Por enquanto, ela mantém “Mama Bear” por perto e agradece àqueles que contribuíram para que esse final feliz acontecesse.

Depois de ter transferido o dinheiro para a pessoa que devolveu o urso, ela foi até o Twitter para compartilhar as notícias com seus seguidores, escrevendo: “Em notícias mais felizes… Obrigada a todos que procuraram de cima a baixo. À pessoa que levou o urso, obrigado por mantê-lo seguro. Vancouver é incrível.”

Não é lindo quando os finais felizes acontecem?

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Redação CONTI outra. Com informações de goodnewsnetwork

Médico sendo atendido em sala de emergência se levanta da cama para ajudar outro paciente.

Médico sendo atendido em sala de emergência se levanta da cama para ajudar outro paciente.

Vocação pode ser descrita como um chamado do nosso coração, ou ainda como uma força extra que nos põe de pé e nos faz realizar aquilo que ninguém imaginaria. Mas quem parece saber disso tudo na prática é o médico mexicano Miguel Ángel Arteaga, que se tornou recentemente o melhor exemplo possível de comprometimento com a profissão que escolheu para sua vida.

Dr. Arteaga foi internado no pronto-socorro do hospital em que trabalha após TER náuseas, tontura, dor de cabeça e pressão alta, segundo a mídia local. Com os sintomas já estabilizados, ele foi deixado sob observação, mas foi aí que outro paciente surgiu, este com uma lesão terrível no braço.

Apesar de suas complicações, o médico especialista em trauma ortopédico, levantou-se da cama para ajudar no procedimento. Ele sentiu um chamado especial, algo em seu coração que o fez simplesmente ignorar os riscos e se jogar na missão de salvar outra vida.

contioutra.com - Médico sendo atendido em sala de emergência se levanta da cama para ajudar outro paciente.
Twitter Samuel Suervo

As fotos e o relato sobre o gesto de heroísmo do médico foram compartilhados no Twitter por Samuel Cuervo, famoso apresentador de TV. A história rapidamente viralizou, fazendo muita gente entender o real valor de um médico que ama o seu ofício.

Arteaga, que também é usuário do Twitter, respondeu à publicação, mostrando outro gesto de humildade e vocação.

“Meus colegas – que são excelentes médicos do departamento de emergência – estavam lutando para conter o sangramento do paciente, e foi então que me levantei e quis contribuir com um pouco da minha experiência para salvar a vida do paciente e salvar seu braço”, disse o médico a uma emissora de rádio.

contioutra.com - Médico sendo atendido em sala de emergência se levanta da cama para ajudar outro paciente.
Twitter Samuel Suervo

Esta história nos faz restaurante a fé na humanidade e dar ainda mais valor aos profissionais de saúde, que muitas vezes sacrificam o próprio bem-estar e a própria segurança para cumprir o nobre ofício de salvar vidas. Lembre-se de sempre tratá-los com gentileza e, sobretudo, demonstrar sua gratidão pelo seu trabalho tão essencial!

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Twitter Samuel Suervo

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Redação CONTI outra. Com informações de Upsoc

Imagem de capa: Twitter Samuel Suervo

Como usar flores, frutas e legumes para fazer um tie-dye natural

Como usar flores, frutas e legumes para fazer um tie-dye natural

O tie-dye é uma estampa que sempre volta à ativa, principalmente no verão, essa tendência sempre está presente. Agora, durante a quarentena, muitas pessoas optaram por aprender essa técnica, afinal ela pode ser feita em casa de maneira muito simples. Além de que os resultados são incríveis e sempre únicos!

Geralmente são utilizadas tintas acrílicas ou de tecido, mas há uma maneira diferenciada e mais sustentável para fazer esse tipo de estampa. As flores, frutos e legumes nos proporcionam colorações lindas e naturais. Aqui, você aprenderá como fazer um tie-dye com tintas naturais, provindas de produtos orgânicos.

contioutra.com - Como usar flores, frutas e legumes para fazer um tie-dye natural

Vamos começar com o que você precisa:

Existem alguns materiais básicos que você precisará para fazer isso corretamente. Não se preocupe, eles são fáceis de adquirir.
– Uma panela, de preferência antiga. O tamanho varia a partir do tamanho da peça de roupa que será feita.
– Um filtro ou peneira
– Uma tigela
– Água
– Sal
– Alúmen de potássio (Pedra hume), pode ser vendido em farmácias e mercados.
– As frutas, vegetais ou flores que você utilizará para fazer a coloração. (Ao seguir a matéria você poderá ver uma lista dos orgânicos e suas respectivas cores geradas). Será preciso uma quantidade grande do orgânico utilizado, afinal o corante será muito reduzido durante o processo.

Etapa 1: Pique e defina

Se você estiver usando flores, frutas ou legumes, pique e empilhe-os em uma tigela. Despeje água até que cubra os orgânicos e tampe por 24 horas. Após as 24 horas, adicione os materiais picados e a água em uma panela, adicionando água extra e uma colher de chá de sal. Ferva a mistura por uma hora.

Etapa 2: Prepare o corante

Despeje a mistura de corante reduzida através de uma peneira ou filtro em uma tigela, pressionando os materiais para espremer qualquer excesso. Adicione 2 colheres de sopa de alúmen por meio litro de líquido e misture bem. O alúmen ajuda a fixar o corante no tecido e permite que o pigmento retenha.

Etapa 3: Escolha seu método de tingimento

Depois de escolher seu tecido, seja uma camiseta casual ou um tecido maior, você deverá escolher como vai usar o corante. Claro, tie-dye é divertido e pode ser uma excelente maneira de experimentar torções e laços criativos; existem diferentes técnicas que resultam em diferentes estampas.
foto

Antes de tingir, verifique se o tecido foi lavado e seco. Despeje a tinta no padrão desejado e coloque a peça em um ambiente externo para secar. Atenção: Só desamarre o tie-dye quando ele estiver completamente seco.

Se você deseja saber quais itens naturais você pode usar para criar as cores que deseja, separamos alguns orgânicos bons para produzir corantes fortes. Opte sempre por frutas, legumes e flores com cores bem presentes, assim as cores da tinta também ficarão fortes no tecido. Não esqueça que cascas e caroços também podem proporcionar colorações!

Algumas cores populares para tie-dye naturais são:

Rosa – Beterraba, morangos, rosas de cor escura ou pitaya.
Laranja– Cebola amarela, cenoura, açafrão

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Roxo azulado – feijão preto, mirtilos, cascas de uva ou cascas de jaboticaba.
Verde- Grama, espinafre, alcachofra, couve, entre outros.

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Sinta-se livre para experimentar o que você tem e ver que combinações de cores divertidas você pode criar!

Com informações de Mystical Raven

Confira 9 livros decorativos que ficarão perfeitos na sua estante; dos mais assustadores aos mais charmosos.

Confira 9 livros decorativos que ficarão perfeitos na sua estante; dos mais assustadores aos mais charmosos.

Esses livros decorativos também são chamados de book-nooks e dão um charme mais do que especial para as estantes de livros. Desde pequenas casas do Hobbit, mundos inspirados em Blade Runner e reinos de contos de fadas, as possibilidades são infinitas para essas maravilhosas invenções.

Os book-nooks são perfeitos para renovar o espaço da leitura, decorando-o da melhor forma possível. São presentes perfeitos para você e sua amada estante. Confira alguns dos livros decorativos mais charmosos.

1. Uma miniatura de um beco de uma cidade grande, com inspiração em Blade Runner.

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Segundo o site BoredPanda, o pioneiro do conceito do book-nook é o artista japonês Monde. Monde apresentou suas criações ao ‘Design Festa’ em 2018 e recebeu um feedback impressionante. Depois de viralizar nas redes sociais e conquistar milhares de amantes da leitura, Monde se tornou uma inspiração para os aspirantes das artes e amantes do artesanato, que se juntaram ao artista e fizeram suas próprias versões de book-nook.

Esse tipo de decoração também pode despertar o interesse das crianças no mundo da leitura. Imagine você criança entrando em uma livraria ou biblioteca e se deparando com esse pequeno mundo no meio dos livros. Eu, certamente ficaria curiosa!

2. Entrada para uma calçada japonesa

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3. Um cantinho do Hobbit mais do que especial

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A leitura é divertida, mas também é uma habilidade muito importante para o desenvolvimento de crianças pequenas. De acordo com a Pearson Learning, as crianças que leem por diversão todos os dias não apenas desenvolvem melhor a leitura, mas também desenvolvem um vocabulário mais amplo, maior conhecimento geral e uma melhor compreensão de outras culturas.

4. Só uma espiadinha!

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Apenas adicionando alguns pedaços de musgo, alguns galhos e um ramo ou dois, você pode criar uma outra realidade, mesmo que seja mini.

5. Uma florestinha em meio aos livros! Será que Tarzan mora ai?

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6. Uma lareira em uma casa aconchegante… dentro de um livro!

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7. Esse foi inspirado pelo Beco Diagonal

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8. Esses cantinhos medievais foram produzidos em massa! Eu gostaria de ter um…

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A leitura é importante para pessoas de todas as idades, não apenas para crianças que ainda estão aprendendo. Estudos têm demonstrado que permanecer mentalmente estimulado pode retardar o progresso (ou possivelmente impedir) a doença de Alzheimer e a demência, uma vez que manter o cérebro ativo e engajado impede a perda de energia.

9. Um reino da Fantasia!

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Assim como qualquer outro músculo do corpo, o cérebro exige exercícios para mantê-lo forte e saudável; portanto, a frase “use ou perca” é particularmente adequada quando se trata de sua mente. Nesse caso, a leitura pode ser mais útil do que você imagina.

 

 

Com informações de Mystical Raven

Artista ilustra os personagens animais da Disney como se fossem humanos. Confira!

Artista ilustra os personagens animais da Disney como se fossem humanos. Confira!

Já vimos diversos artistas fazendo suas releituras dos personagens da Disney e mostrando todo o seu talento, reimaginando princesas em diferentes épocas, nacionalidades e até com características mais realistas. No entanto, poucos ilustradores voltaram os olhos para aqueles que são uma parte crucial do mundo da Disney: os animais.

Isabelle Staub é uma artista norte-americana especializada em retratos e design de personagens. Ela constantemente transforma desenhos animados e ícones da cultura popular em criações com toques de tinta e glitter, que são muito difíceis de esquecer.

Sendo assim, a ilustradora decidiu ir ainda mais além e teve a ideia de redesenhar os animais da Disney, dando-lhes uma aparência humana e fazendo-os parecer ainda mais mágicos. Ela fez vários personagens, de gerações diferentes da Disney.

“A partir do momento em que pego um pincel, o desenho e a criatividade vêm. A arte é um reflexo direto do artista. Como minha arte é um reflexo de quem eu sou, ela também está constantemente evoluindo e melhorando. Eu deixei minha arte contar uma história para meus fãs, conectando-os a um lugar, tempo e emoção. Coloco meu coração, mente e alma em cada peça que eu crio.”, contou Isabelle para o BoredPanda.

Os resultados dessa ideia genial são muito legais, separamos algumas transformações feitas pela artista que realmente transbordam criatividade. Confira.

Marie, de “As Aristogatas”

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E sua versão humana

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Lola, de “O Espanta Tubarões”

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Sua versão humana

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Dory, de “Procurando Nemo”

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Agora, uma humana com lindos cabelos azuis

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Nala, de “O Rei Leão”

contioutra.com - Artista ilustra os personagens animais da Disney como se fossem humanos. Confira!

Sua versão humana que se parece com Beyoncé

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E Dama, de “A Dama e o Vagabundo”

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E sua adorável versão humana

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Essas seriam princesas da Disney perfeitas!

Ilustrações de Isabelle Staub, para mais acesse o Instagram da artista.
Com informações de UPSOCL

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