Antigamente, era mais fácil conversar. Não tinha celular, não tinha computador, nem canais pagos. Antigamente, as pessoas podiam, sem medo, colocar cadeiras nas calçadas, após o jantar, para papearem com os vizinhos. Telefonemas eram caros, então a gente se esforçava para encontrar as pessoas de quem sentíamos saudade.
A gente brincava na rua, só parava na frente da televisão enquanto fazia a digestão. Na verdade, quem mandava na TV eram os pais e a gente só assistia o que eles permitiam e quando eles queriam. Até na escola havia mais conversa, porque os professores não eram obrigados a usar tecnologias, vídeos, áudios, ou seja,usavam mesmo o seu poder de fala e, assim, aprendíamos a escutar.
Mas não tem como barrar o progresso, ele veio com tudo e continuará vindo. A violência das ruas obriga-nos a nos cercarmos de parafernálias eletrônicas, para que nossa solidão seja minimizada. O contato com os outros torna-se predominantemente virtual, frio, distante, mecânico. Quase não há mais olhos nos olhos, mas sim trocas incessantes e insípidas de emojis, figurinhas, memes e nudes.
As pessoas desaprenderam a ouvir o outro, a escutar sem interromper, sem cortar o espaço da fala alheia. E, se não escutamos, também não conseguimos lidar com o que vem na contramão daquilo em que acreditamos. Nós nos sentimos pessoalmente ofendidos, caso discordem de nossas preferências políticas, de nossas opiniões musicais, enfim, parecemos um bando de narcisistas orbitando em volta do próprio umbigo.
É preciso conversar e, para tanto, é necessário, sobretudo, saber ouvir, escutar o que o outro tem a dizer, entendendo razões que não são nossas, aceitando visões outras de mundo, para que possamos interagir de fato, com empatia e verdade. Não há aprendizado sem troca e, sem esse vai e vém, ninguém ganha nada, nada se prende, nada muda.
Conversem sobre tudo, com todos que estiverem dispostos, sempre, porque voz calada é como pedra, que constrói muro. E muro divide, isola, cega e entristece. A gente só melhora na interação com o outro, com o mundo lá fora, e isso requer conversação. Requer maturidade e disposição para enfrentar uma verdade inconteste: nem sempre você estará certo. E está tudo bem.
Quando eu era criança eu era muito brava. Foi preciso muito treino e empenho para resgatar a menina delicada e gentil que existia em mim.
Então eu engoli minha natureza intempestiva e passei a ponderar. Com o tempo percebi que ponderar pode ser bom sim, mas é preciso que haja um limite para essa nossa paciente ponderação. Esse texto é para você que entende sobre se sentir apertado. Esse texto é para você que se tornou especialista em ponderar diante de situações imponderáveis.
Infelizmente, há no mundo inúmeras pessoas sem bom senso. Por querer ou sem querer elas vão te atropelar se você estiver na frente delas. Elas vão te arrastar até que você fique pequeno, quase imperceptível. Elas vão roubar seus méritos, vão roubar suas histórias, suas amizades e até sua visão de mundo. E, por incrível que pareça, elas podem fazer isso sem ter noção alguma do mal que estão te fazendo. Geralmente essas pessoas pensam apenas nelas.
Dia desses me lembrei de um antigo relacionamento meu no qual a pessoa com quem eu estava tinha a estranha mania de me empurrar para fora da cama todas as noites. Eu me lembro de ter tentado contornar a situação ficando encolhida no meu lado da cama, mas para a pessoa em questão a cama TODA era direito dela.
Logo, todas as noites eu era espremida e empurrada sem dó. Até que um dia, já não aguentando mais eu disse “Poxa, você não percebe que eu estou lá no canto da cama e que ainda assim você continua a me empurrar?” E a pessoa me respondeu: “Ah, você quer ficar na cama? Então lute para ficar na cama. Empurre, chute, grite. Enquanto você não lutar a cama vai ser TODA minha”. Logicamente com toda essa sensibilidade, esse relacionamento naufragou. Felizmente.
Na vida às vezes precisamos fazer o mesmo. Você quer seu nome de volta? Você quer suas amizades de volta? Você quer sua vida de volta? Lute, grite, empurre. Com algumas pessoas não adianta mostrar. Não adianta desenhar. Não adianta explicar. Elas acham que detém o direito sobre suas coisas e as tomarão todas, uma por uma.
Sabe aquela ponderação bonita do começo do texto? Ela não funciona com quem não sabe ver, com quem não sabe ouvir, com quem não tem empatia.
Lute por você. A sua ponderação vai entender.
Você está no chão agora, mas teu lugar não é aí. Retome sua vida e não permita que te roubem de você!
Aos 52 anos de idade, Claudia Raia é uma mulher muito bem-sucedida, com inúmeros trabalhos aclamados, uma família, um corpo escultural, saudável e uma mente completamente empoderada.
“Eu diria que os 50 são os novos 30. O Brasil ainda não viu o potencial dessa mulher de 50, que é a grande consumidora, com a vida profissional na maioria das vezes encaminhada ou bem-sucedida. Brasileiro ainda acha que é a menina dos 20 que tem o poder da compra e não é. A Jane Fonda é garota-propaganda da Dior. A Isabella Rossellini da Lancôme. Mulheres maduras são capas das grandes revistas lá fora. Aqui é como se depois do 30 você caísse em um buraco negro onde não existe no mercado e aí passasse a ser a Fernandona (Fernanda Montenegro) e ressurgisse aos 80″.
“A maturidade me trouxe, principalmente, o discernimento de viver em modo econômico. Eu falo menos, eu interfiro menos. Eu ouço mais. Olho e penso ‘para que eu que eu vou falar isso, não vai adiantar, porque é que eu vou discutir se a pessoa não quer’. Sou muito cuidadora e eu gosto. Mas tem hora que não cabe mais fazer pelo outro sem ele querer. Esse tipo de coisa me desgastava muito, chegava no estúdio para gravar exausta tendo resolvido a vida de todo mundo. Não é que eu me doe menos, é olhar com mais parcimônia. A minha essência não mudou. Mas hoje eu divido, não dá pra fazer tudo”.
“Quando jovem, fiz muita força na vida para agradar meus companheiros no relacionamento. A gente abre concessão, faz coisas que não gosta para agradar o outro e isso faz parte da relação. Mas nessa idade, tudo fica muito mais claro e muito mais verdadeiro. E você não quer mais abrir tantas concessões porque às vezes elas te mutilam e te fazem mal, porque aquele companheiro também não interessa”.
“Durante toda minha vida eu fiz muita força para agradar. No sexo eu sempre fui muito livre e disse como eu gostava, como eu queria. E gosto que me digam também. Eu quero ir atrás de dar prazer ao meu companheiro seja de que jeito for. Porém tem coisas que eu não quero não gosto, não vou e pronto. E é assim e não é egoísta. É sincero comigo. Fazer o que você não gosta para agradar tem prazo de validade. Uma hora que você vai falar ‘mas eu não gosto de fazer isso, eu faço para agradar’. Tem coisa que realmente te massacra, então para quê? Talvez você não esteja com a pessoa certa, né. Então quem sabe é procurar alguém um pouco mais adequado e que entre nessa onda contigo”.
“Liberdade é a primeira palavra que me vem. Liberdade de expressão, liberdade do que se diz, do que do que se pensa, do que se veste, do que se quer ser. A gente está numa época muito chata onde todo mundo te julga. Todo mundo bota o dedo na sua cara dizendo o que é que você tem que fazer. Ficou muito chato você ter que o tempo todo estar se desculpando ou estar tendo que entrar em um formato que alguém acha que está certo ou que é politicamente correto. É muito chato. Meus filhos às vezes falam ‘mãe, como é que você postou esse vídeo está com bobs cabelo’. E eu ‘e daí, eu sou assim, eu gosto’. Eles ficam impressionados com a minha liberdade mesmo. Liberdade, sabe”.
Excertos de uma entrevista que Claudia Raia concedeu à revista Quem. Entrevista que você poderá ler na íntegra aqui.
“Aos 52 anos, eu sei o que eu quero, sei o que eu não quero. É um pouquinho diferente de quando eu tinha 20 anos, mas a energia não rola. Isso na verdade rola na nossa cabeça. E rola naquilo que as pessoas tentam impor pra gente. Eu acho que é isso que a gente tem que se livrar: do que as pessoas põe na cabeça da gente – ‘ah, ela é uma mulher de cinquenta anos’. Outro dia eu fui no ginecologista e ele me falou:’Claudia, eu não consigo te avaliar com o que eu aprendi nos livros, porque hoje, uma mulher de cinquenta e dois anos é a antiga mulher de trinta, e isso não tem escritos ainda sobre essa nova mulher de cinquenta’. Está tudo meio desajustado, como se as pessoas não soubessem lidar com isso. Então como é que você faz quando não sabe lidar?, fica com medo, desaprova, se afasta, reprime. Os estereótipos são absurdos. Tipo: ‘essa roupa não é para você. Você vai sair assim? Você não tem mais idade para isso; vai usar cabelo longo?, cabelo longo é pra gente jovem’. Assim, começa uma porção de formatos que eu não sei de onde saíram, quem criou isso; só sei que isso é embutido na cabeça da pessoa que já está um pouco mais frágil, que já está vivendo uma síndrome do ninho vazio: que os filhos já estão saindo de casa; que já está mais sozinha ou que está numa outra fase da vida… então a pessoa fica insegura que aquilo realmente não é para ela e começa a usar bege e se enfia num canto. A mulher de hoje está aberta, está preparada para lutar contra isso, contra esse preconceito”. (Trecho do vídeo abaixo)
É impossível negar o fato de que a combinação do Leite Ninho com a Nutella foi um sucesso. Onde quer que exista uma doceria, lá estão esses ingredientes deliciosamente combinados.
Abaixo, segue a receita de um bolo gelado que nós aqui da CONTI outra encontramos na página Receitas da Mama e, mesmo não sendo as receitas algo que faz parte de nossa linha editorial, entendemos que seria um “crime” não compartilhar.
Vamos lá?
Ingredientes:
4 ovos (claras e gemas separadas)
1 xícara (chá) de leite
1/2 xícara (chá) de água
1/2 xícara (chá) de leite em pó tipo Ninho
3 xícaras (chá) de farinha de trigo
2 xícaras (chá) de açúcar
4 colheres (sopa) de manteiga
1 colher (sopa) de fermento em pó químico
Margarina e farinha de trigo para untar
2 xícaras (chá) de leite em pó tipo Ninho para passar
-Recheio de leite Ninho
1 lata de leite condensado
6 colheres (sopa) de leite em pó tipo Ninho
2 colheres (sopa) de manteiga
1/2 caixa de creme de leite (100g)
-Recheio de Nutella
4 colheres (sopa) de creme de avelã tipo Nutella
1 colher (sopa) de manteiga
1 lata de leite condensado
2 colheres (sopa) de chocolate em pó
1/2 caixa de creme de leite (100g)
Modo de fazer:
Use a batedeira, bata as gemas, o açúcar e a manteiga até ficar fofo.
Alterne o leite, a água, o leite Ninho e a farinha, batendo sempre.
Acrescente o fermento e bata somente para misturar. Acrescente as claras batidas em neve e misture delicadamente com uma colher.
Transfira para uma fôrma de 22cm x 30cm, untada e enfarinhada, e leve ao forno médio, preaquecido, por 30 minutos ou até dourar e firmar.
Retire do forno, deixe esfriar e desenforme. Corte o bolo em 3 partes iguais na horizontal e reserve.
Para o recheio de leite Ninho, leve todos os ingredientes ao fogo médio, mexendo sempre, até engrossar e soltar do fundo da panela. Desligue e deixe esfriar.
Para o recheio de Nutella, leve todos os ingredientes ao fogo médio, mexendo sempre, até engrossar e soltar do fundo da panela. Deixe esfriar.
Para a montagem, em uma travessa, faça uma camada de bolo, espalhe o recheio de leite Ninho por cima e cubra com outra parte de bolo.
Distribua o recheio de Nutella por cima e cubra com a última parte do bolo. Leve à geladeira por 2 horas.
Retire, corte em quadrados e passe pelo leite Ninho. Embrulhe, um a um, em pedaços de papel-alumínio e leve à geladeira por mais 2 horas. Sirva e delicie-se!!!
Encarna Alés é uma avó de 74 anos que levou uma vida inteira de trabalho e nunca teve tempo para terminar os seus estudos; e por conta disso ela não sabe ler nem escrever. Felizmente, a senhora tem seu neto como um companheiro que a ajuda diariamente com esse problema.
Alés, que mora na Andaluzia, na Espanha, teve que deixar a escola aos oito anos para trabalhar, e nunca mais conseguiu voltar a estudar. Por conta disso, ela não consegue realizar tarefas simples que demandam a habilidade da leitura. Não saber ler e escrever a impedia de se comunicar com amigos e familiares. Foi então que seu neto teve uma ideia e tudo mudou.
Com apenas 11 anos, Pedro Ortega, neto de Alés, encontrou uma solução para ajudar a avó a se comunicar por telefone. Ele fez desenhos ao lado dos números de telefone, para que Alés entendesse a quem os números pertenciam.
“Um dia, eu e meu pai fomos à casa dos meus avós para anotar os números de telefone dos amigos deles. Mas percebi que isso não ajudaria minha avó, pois ela não entendia a letra. Depois, em cada página e para cada número, comecei a desenhar uma imagem para que ela identificasse a pessoa para quem ela queria ligar.” – Pedro Ortega para a BBC.
Ortega, agora um especialista em comunicações de 31 anos, disse à BBC que sua avó mantém esse método há duas décadas, sempre interpretando os desenhos que representam as características únicas das pessoas ou lugares.
“Sempre que a visito, faço novos desenhos. Tornou-se algo especial entre nós”, disse o jovem.
Pedro também ressalta que o que ocorreu com sua avó -parar os estudos para trabalhar- era típico da época. “Ela teve que deixar a escola aos oito anos para trabalhar em uma padaria e sustentar sua família. Eles a pagavam com comida em vez de dinheiro”, disse ele.
Segundo a BBC e de acordo com um relatório de 2016 do Instituto Nacional de Estatística, cerca de 700.000 espanhóis não sabem ler nem escrever e deste grupo, 400.000 têm mais de 70 anos.
Essa história em particular, tornou-se popular nas redes sociais e muitas pessoas começaram a compartilhá-la. Os desenhos de Ortega fizeram sucesso e todos admiraram sua atitude que com certeza mudou a vida de sua querida avó!
É gente que fala que você não pode desmoronar, que você não pode desistir, que você precisa ser forte o tempo todo. Não, isso não existe comigo. Eu aceito o meu lado vulnerável.
Eu tenho esse direito de hesitar, de querer mudar o meu caminho, de imaginar e buscar algo ou alguém diferente de quem sou hoje ou de quem eu estou hoje. Eu não tenho a obrigação de ser essa fortaleza emocional que o mundo me impõe, ainda que seja completamen normal na vida de muitas pessoas. Mas eu não posso admitir algo assim. Não mais. Me faz mal, me engasga, me tranca o peito não poder chorar quando quero, pedir colo quando sinto vontade, gritar por ajuda quando mais me encontro sem forças.
Ter um lado vulnerável não faz de mim alguém com defeito, mas alguém com muita coragem. E ter coragem hoje em dia não está fácil, você sabe muito bem. Então não ligo se o meu emocional enfraquece ou fica desgastado às vezes. Eu mereço poder compartilhar comigo ou com quem quer seja esses momentos não tão bons. Quem quiser me estender a mão, me colocar o ombro pra repousar, tudo bem. Quem não quiser, fazer o quê? Fingir que está tudo bem? Nunca mais.
Eu prefiro ser essa honestidade que desequilibra de vez em quando do que achar que sou uma certeza de amadurecimento e saúde emocional. Já acreditei muito nisso. Hoje, não mais.
Eu posso sim sangrar, deitar em posição fetal em cima da minha cama, me perder em litros de filmes e músicas tristes. A chamada fossa de antigamente também pode ser uma forma do meu coração aceitar com humildade que eu não preciso saber ou sentir de tudo. Que eu posso ser no fundo, um pouquinho de cada sentimento.
Eu tenho orgulho de me olhar no espelho e reconhecer quem eu vejo no reflexo. Tenho e tento ser a minha melhor versão sempre, claro. Mas lá, bem lá no cantinho, eu me permito também os meus instantes de desinteresse, de falta de vontade.
Lembra quando você ia à casa da sua avó e na sala de visitas estavam dispostos inúmeros porta-retratos? Nas fotos a família feliz se abraçava como se não existissem problemas.
Nas fotos antigos rivais pareciam se amar com uma intensidade gritante. Na época sentávamos nos sofás dessas salas e nem de longe pensávamos em apontar as fotos e dizer: “Nossa quanta bobagem! Quanta gente se abraçando com falsidade”. Sabíamos que estávamos em um cômodo reservado para mostrar para os visitantes uma boa parcela daquela vivência familiar. Que aquelas fotos diziam do melhor. Que à sala de visitas era reservada a resenha e não a história inteira. Se fosse da intenção do dono da casa ele poderia nos contar alguns causos, mas era só isso e, estava tudo bem.
Nossas redes sociais são hoje nossas salas de visitas. Nelas damos boas vindas aos nossos visitantes e mostramos o melhor lado da nossa vida, mesmo que a vida tenha outros lados, como efetivamente tem. Ninguém conta na sala de visitas o que acontece no quarto.
O quarto de uma casa é o cômodo onde a intimidade acontece. Onde assuntos são criados e resolvidos. Onde manias e preferências se revelam. Onde o primeiro pensamento da manhã e o último da noite desaguam. E esses pensamentos dizem muito das reais intenções e ações das nossas vidas.
Não podemos nunca cobrar que a rede social seja quarto. Rede social é sala com travessas cheias de bolo de cenoura com chocolate e bolachas para encontros especiais. É o cômodo dos álbuns de fotografias, onde se contam histórias boas e realmente passíveis de serem largamente compartilhadas. Sala de visitas é lugar de bons causos, causos que resgatam sorrisos e falam sobre amizade, sobre boas novas, sobre a esperança no amanhã e em nós.
A sala de visitas é o espaço para o nosso inédito. Na sala de visitas não veremos o arroz com feijão. A briga boba da tarde. O choro do bebê de madrugada. Para a sala de visitas são separadas partes especiais da nossa vida. E está tudo bem.
Encha as suas salas de visitas com o seu melhor. Alegra-te pelas boas novas das outras salas. A pessoa que te recebe poderia sim estar chorando, mas de uma forma bonita está te servindo o melhor pedaço de bolo, o melhor sentimento, a melhor expectativa. Sirva-se com candura dessa felicidade e que a sua sala possa ser conforto, abraço e sorrisos também.
A atriz Eva Todor, que faleceu em dezembro de 2017, aos 98 anos, será sempre lembrada por seus muitos papéis marcantes na televisão, em especial a impagável Dona Josefa de “O Cravo e a Rosa”, que fazia enorme sucesso com o público infernizando a vida do genro Cornélio, interpretado por Ney Latorraca. Entretanto, outro detalhe na biografia da atriz chama a atenção: ela deixou toda a sua fortuna de herança para as três pessoas que estiveram ao seu lado na reta final de sua vida: a empregada, o motorista e seu secretário.
Eva Todor, que não tinha filhos e era viúva, não tinha nenhum herdeiro direto, então resolveu fazer um último gesto de gratidão pelos serviços prestados pelos funcionários nos anos em que estiveram com ela.
A atriz nasceu em Budapeste, na Hungria. Bastante querida por seus colegas da classe artística, Eva era uma atriz brilhante, que fez rir diante da tela da televisão muitas gerações de brasileiros. Sua partida foi e continua sendo uma grande perda para todos nós.
O último trabalho da atriz na televisão foi em 2012, na novela Salve Jorge, da autora Glória Perez. Hoje os fãs podem matar a saudade da atriz na novela “O Cravo e a Rosa”, de Walcyr Carrasco, que está sendo reprisada no Canal Viva, e pode ser assistida via streamming no Globoplay.
Inesquecível Eva!
Atriz Eva Todor deixou fortuna de herança para empregada, motorista e secretário https://t.co/eXyIHfFpgS via @Hypeness
Hoje só de pirraça eu vou esquecer de te mandar mensagem de bom dia. De passar na padaria e pegar pão quente. Hoje só de pirraça eu vou esquecer de atender ao telefone. Vou esquecer de aparecer.
Hoje só de pirraça eu vou colocar calcinha bege. Vou sentir um desejo louco de ficar comigo mesma. Hoje só de pirraça eu vou ao cinema com um amigo. Eu vou fazer questão de olhar pra um outro lado que não o seu.
Hoje só de pirraça vou dirigir por estradas sem sinal de celular. Vou ficar offline e tirar meus pensamentos de você.
Hoje só de pirraça vou comprar filme sacana. Vou dormir sozinha na cama. Vou pedir pra você não vir. Vou esquecer de pensar em um jantar pra dois. Só de pirraça eu vou sonhar com outro e acordar feliz.
Hoje só de pirraça vou desenhar uma vida novinha. Vou acreditar que o amor é feito de entrelinhas e que a gente escolhe tudo o que vai acontecer.
Hoje vou passar no mercado da rua de baixo e comprar flores pra encher minha vida de cores. Vou depois colocá-las na minha porta com um cartão bonito e lá dentro escrito vou dizer tudo que eu sempre quis ouvir de você.
Hoje só de pirraça vou te esquecer. Vou desenterrar antigos namorados e resgatar aqueles velhos áudios de conversas safadas. Hoje só de pirraça eu vou fingir que não gosto de abraço. Que os sapatos guardados no meu quarto foram deixados lá por outro alguém. Que eu não tenho fome do seu cheiro e que seus beijos não me fazem bem.
Hoje só de pirraça vou fazer graça e vou brincar de faz de conta feito criança para amanhã, quem sabe, quando eu me olhar no espelho ter a certeza de que não preciso mais de você.
Acompanhe a autora Vanelli Doratioto em Alcova Moderna ❤
A melhor forma de seguir em frente sem traumas ou mágoas é fazendo as pazes com o passado. Eu sei que não é fácil porque muitos traumas que você carrega vem dele. Mas sabe, quando aceitamos nossas imperfeições e nossa imaturidade diante de alguns fatos a vida se torna mais leve.
Você não é a mesma pessoa de cinco, dez ou vinte anos atrás, não é? Muita coisa aconteceu, muitas pessoas partiram, muitos filhos nasceram, muitas relações sociais e profissionais mudaram… esse é o ciclo da vida!
O problema é que algumas pessoas vivem no passado e esquecem que a vida acontece no presente. Revivem situações traumáticas, culpam os outros por tudo e vivem em um círculo vicioso de repetir as histórias com a esperança de alterá-las.
É preciso entender que quando algo se repete em nossa vida é porque a lição ainda não foi aprendida. Nessas horas precisamos parar, refletir e buscar soluções que nos desprendam do ciclo vicioso (e doloroso) que estamos inseridos.
Não é porque você foi traído em um relacionamento que será em outros. Não é porque você foi abandonado no meio da relação que as outras pessoas farão isso. Não é porque seu amigo traiu sua confiança que as outras pessoas não prestam. Generalizar as pessoas e as situações é se colocar em uma zona de frustração, medo e solidão sem tamanho.
O passado é um presente. Ele permitiu que você mudasse seus conceitos, aprendesse com seus erros e se responsabilizasse pelas escolhas erradas que fez até aqui (sim, somos responsáveis pelas nossas escolhas e muitas vezes o outro não tem nada a ver com isso).
Hoje você é uma nova pessoa. Inteligente, sensata e madura emocionalmente. Agora me diz: sem seu passado isso seria possível? Claro que não! Simplesmente porque as pessoas amadurecem diante de situações conflituosas e dolorosas que passam.
Ninguém aprende nada em um resort, à beira da praia tomando água de coco. Aprendemos quando temos que engolir o medo para seguir em frente. Quando temos que perdoar a traição de quem amamos. Quando temos que ter forças para continuar mesmo sangrando por dentro.
A vida não foi feita para iniciantes e você não está aqui a toa. Tudo o que passou teve um motivo e um aprendizado. As situações enfrentadas fizeram quem você é hoje. Por isso, perdoe-se, perdoe a quem for preciso e siga em frente. A vida ainda tem muito o que te ensinar ainda e você tem um longo caminho pela frente.
Sim, sabemos que cães não podem falar, mas se pudessem, com certeza teriam muito a dizer a nós, humanos. O cão Tobe, por exemplo, foi abandonado por seus antigos donos e provavelmente teria um longo desabafo a fazer. E foi pensando que a sua nova tutora resolveu dar voz a ele escrevendo uma carta destinada àqueles que fizeram a covardia de trair o amor que um dia ele lhes ofereceu de graça.
A “carta” de Tobe fez bastante sucesso na internet, alcançando cerca de 31 mil reações e 1,5 mil compartilhamentos dos internautas até quarta-feira (29).
Entrevistada pelo G1, a dona do animal, Juliana Romero, de 32 anos, explica que a ideia surgiu com a intenção de conscientizar as pessoas sobre a importância da adoção responsável de animais.
“Eu sempre quis fazer uma homenagem para ele, colocando ele como centro, mas homenageando também os outros. As pessoas não vêem e [os cachorros abandonados] passam despercebidos, como se fossem invisíveis”, relata Juliana.
Moradora de Jundiaí resgatou cachorro das ruas — Foto: Juliana Romero/Arquivo pessoal
“Se eu tivesse raiva pelo que fizeram, as pessoas também iam ter raiva. Fiz como se ele estivesse escrevendo, porque animal não tem mágoa. Nós, seres humanos, que temos. Cada um dá o melhor que tem e o melhor do Tobe com certeza é esse: não tem ressentimento e espera que quem o abandonou não sofra como ele”, afirma.
Com o post, Juliana também tinha a intenção de fazer uma homenagem a Tobe. Ela conta que o animal, inclusive, já a salvou de um assalto.
“Fomos feitos de refém e ele [Tobe] uivou muito naquela noite…ele nunca tinha uivado. Chamou atenção e, quando minha irmã chegou, estávamos sendo reféns na sala. Ela desceu correndo e chamou a polícia”, lembra.
‘Tobe salvou meu mundo’
De acordo com Juliana, Tobe tem aproximadamente 9 anos e, quando ela o encontrou, ele estava muito magro e tinha coleira amarrada no pescoço.
“Encontrei ele vagando nas ruas do bairro com uma coleira muito apertada. Precisei contar com outras pessoas para segurá-lo e poder tirar a coleira dele…ele era muito medroso. Ele estava pesando cinco quilos”, diz.
Cachorro abandonado é resgatado por moradora de Jundiaí — Foto: Juliana Romero/Arquivo Pessoal
Juliana tem outros cachorros em casa além de Tobe, mas diz que a chegada dele não causou problemas. “Não ficou nenhum trauma, mas demorei quase cinco meses para conseguir fazer ele abanar o rabo. Ele tinha muito medo das pessoas, deve ter sido muito maltratado na rua. Todos os meus animais são adotados.”
“Quando ele entrou na minha vida, eu já tinha depressão, mas ele me ajudou muito e ainda ajuda. Ele salvou meu mundo. Eu pensei que tinha salvo o dele, mas quem me salvou foi ele”, completa.
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Imagem de capa: Mulher faz publicação com ‘desabafo’ de cachorro abandonado em Jundiaí — Foto: Reprodução/Facebook
Quando pensamos em idosas de 90 anos, já estamos acostumados com a imagem de senhoras em vestidos confortáveis sem muita preocupação com a moda do momento. No entanto, nem todas são assim, especialmente Helen Ruth Van Winkle, mais conhecida como “Baddie Winkle”.
Baddie é uma mulher de 92 anos que desde 2014 se tornou um ícone do Instagram, ultrapassando 3 milhões de seguidores e até criando uma coleção de beleza na Sephora. Isso tudo porque, através de suas fotos e vídeos, ela mostra seu estilo único e choca a todos com seu amor próprio que muitos destacam em sua personalidade.
Foi sua neta que a ajudou a criar uma conta de mídia social para mostrar seu estilo particular, aquele que a faz dizer “eu sou uma garota má, sempre uma rebelde”. Ou até “sou a quem rouba seus meninos desde 1928”.
Sua aparência excêntrica, elegante e cheia de cores que aparece diariamente no feed do Instagram rouba a atenção de todos e não demora muito para viralizar e conseguir milhares de curtidas. Sua confiança e auto-estima são definitivamente inspiradoras.
Não se culpe. Não se cobre. Não se torture. O fato de uma situação não ter o final que esperávamos nem sempre é uma má notícia.
É normal nos culparmos por tudo o que acontece conosco. Buscamos a perfeição em tudo e quando algo sai dos trilhos entramos em uma tortura psicológica sem tamanho questionando o motivo de tudo ter dado errado. Quer a verdade? Às vezes, o que julgamos errado é o caminho certo.
O fato da relação não ter dado certo não quer dizer que você será infeliz para sempre. A traição do amigo não quer dizer que você não confiará em mais ninguém. O concurso não aprovado não quer dizer que sua vida profissional está destruída. Tudo, absolutamente tudo, tem um momento, uma razão e um jeito para acontecer.
Pode ser que aquela relação abusiva ( e que você nem percebeu que era) tenha acabado para que você viva uma verdadeira história de amor e aprenda o que é ser amado e respeitado. Pode ser que a partida de pessoas que você julgava amigas tenha sido necessária para te proteger de algo pior. Pode ser que a vaga do trabalho não tenha dado certo para que você estude mais e consiga algo melhor.
O caminho mais curto para ser feliz é a aceitação e a gratidão. Ser grato pelas situações e aceitar que não somos senhores de tudo nos leva a um outro patamar da vida.
Não fracassamos porque a relação não deu certo. Não erramos porque confiamos nas pessoas. Não fomos derrotados porque não conseguimos a aprovação no concurso. As situações adversas não definem quem somos, apenas nos fazem mais fortes e nos amadurecem emocionalmente.
Não temos o poder sobre tudo. Essa é a grande verdade da vida. Amamos, mas não podemos obrigar o outro a nos amar. Projetamos nosso emprego, mas nem sempre ele nos é ofertado. Planejamos relacionamentos perfeitos, mas nem sempre eles acontecem. E sabe de uma coisa? Está tudo bem! São nas imperfeições da vida que crescemos e aprendemos a sermos melhores a cada dia.
Claro que você não irá cruzar os braços esperando a vida te trazer as bênçãos de mão beijada. Mas aceitar-se e entender que nem tudo está sob nosso controle já é uma grande conquista.
Por hoje, entenda que a vida tem seus próprios caminhos e que você não está nele à toa. Tudo tem um propósito e, por mais que as coisas não tenham saído como o esperado, a vida fez o melhor para te proteger.
Mundando, um dos principais artistas do Brasil, acaba de inaugurar um projeto incrível para relembrar um dos maiores crimes ambientais da história recente do nosso país: a tragédia da barragem de Brumadinho.
O artista utilizou parte da lama tóxica residual do acidente para criar um incrível painel. Inspirado na obra ‘Operários’, clássico de Tarsila do Amaral e da pintura nacional, a releitura fica em um prédio em frente ao Mercado Municipal de São Paulo.
O trabalho combina a lama com tinta spray. Mundano sampleou o clássico para tratar de um tema que não deve ser esquecido: a tragédia de Brumadinho. “Era necessário criar um monumento, uma homenagem. Algo para a gente não esquecer da tragédia”, afirmou.
Mundano colheu a lama de Brumadinho nos pés do Rio Paraopeba e também recriou outro clássico da pintura brasileira. ‘Mestiço’, de Cândido Portinari, se transportou das plantações de um Brasil passado e foi parar num mar de lama no Brasil presente.
“Mestiço, pra mim, é um símbolo desse artivismo e, por isso, a escolhi. Quando comecei a estudar o quadro quase desisti tal a quantidade de detalhes na paisagem. Como poderia dar certo reproduzir essa genialidade pintada a óleo pelo grande Candinho com meu traço duro de spray e lama?”, afirmou Mundano ao site Conexão Mundo.
Mundano é um dos principais artistas do Brasil e seu trabalho ganha força pela conexão com os dilemas sociais brasileiros e por transformar a visão que muitas pessoas têm de uma arte necessariamente elitista.