Com o passar do tempo, a tecnologia continua a se desenvolver, tornando as pessoas cada vez mais dependentes dela para suas rotinas diárias. Embora esse desenvolvimento sirva para facilitar a vida de muitos, há uma geração que está ficando para trás, sem conseguir se adaptar.
Numa situação desta natureza encontra-se Altamir Soares de Oliveira, um idoso de 77 anos, que pediu um celular como presente de Natal para conseguir se comunicar diariamente com a nora. Depois que seu filho adotivo faleceu recentemente, a nora é sua única família.
“Pedi o celular, porque era com isso que eu queria falar com ela todos os dias. Ela é a única filha que tenho”, disse Altamir ao Campo Grande News.
No entanto, ele não tem em mente um telefone moderno, como os que são mais vendidos hoje. Altamir quer um daqueles celulares antigos de alguns anos atrás. “(Um) modelo antigo de telefone celular com teclado numérico”, explicou o vovô.
Altamir pediu este presente em lágrimas, depois que o desespero e a solidão o dominaram. O idoso que mora em um asilo no sul do Brasil, voltou a experimentar a paternidade quando o músico Mário Júnior o adotou como pai, ao saber que ele estava sozinho.
Infelizmente, Mario Júnior, que o visitava duas vezes por semana no asilo, faleceu recentemente em um acidente. Conhecido como Juninho da Fonseca, foi diretor do Coral Guarani e violinista, mas Altamir lembra dele como seu filho, que o visitava com frequência.
Mario Júnior tinha o hábito de visitar todos os idosos do asilo. Ele levava música para entretê-los. Por isso a notícia dos seu falecimnento deixou todos chocados, principalmente Altamir.
“Eu tinha sentido algo. Eu tinha sonhado com ele naquela noite, sinhei que estávamos cantando. Penso nele todos os dias, peço ao padre que reze por ele. Sonho que ele está falando comigo ”, disse Altamir.
Agora, este pai de coração partido tem apenas um desejo: falar com a nora ao telefone. Isso acalmaria seu coração partido.
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Redação Conti Outra, com informações de UPSOCL.
Fotos: Reprodução/Marcos Maluf.
Foram divulgadas neste sábado (21) novas imagens das câmeras de segurança de uma unidade do Carrefour de Porto Alegre que mostram por outro ângulo o início da confusão que culminou no assassinato brutal de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, por dois seguranças na noite de quinta-feira (19). (Vídeo no final da matéria)
Nas imagens que foram obtidas neste sábado (21) pelo programa “Fantástico”, da Rede Globo, é possível ver João Alberto sendo acompanhado pelo segurança de dentro do supermercado para o estacionamento. Não é possível ouvir o que eles falam. João Alberto dá um soco em um dos seguranças.
Ao Jornal Nacional, o pai de João Alberto, João Batista Rodrigues Freitas, disse: “Mesmo que fosse um soco, acho que isso não é motivo para tirar a vida de uma pessoa”. Ele classificou de “agressão covarde” e um “ato de racismo” o assassinato do filho.
O vídeo mostra, em ângulo diferente das imagens divulgadas na sexta-feira, o início das agressões e a imobilização de João Alberto, que duraram mais de cinco minutos, mesmo com pedidos de ajuda.
João Alberto fazia compras com a esposa no supermercado quando teria ocorrido um desentendimento com uma funcionária do local.
Ela chamou os seguranças, que leva ram João Alberto para o estacionamento, onde ocorreram as agressões.
ATENÇÃO: Aas imagens a seguir não são recomendadas para pessoas sensíveis.
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Redação Conti Outra, com informações de G1.
Foto destacada: Reprodução/Youtube.
Karina Carla, de 35 anos, trabalhava como recepcionista em uma clínica médica na cidade de Nova Lima, Minas Gerais. Em abril, ela voltou das férias usando tranças afro. O novo visual não agradou a clínica. Uma coordenadora lhe disse que suas tranças não se enquadravam no padrão estético de “boa imagem institucional” que a empresa exigia.
Devido à recusa em remover as tranças à pedido da gestão da clínica, Karina foi demitida sem justa causa. Meses depois, a ex-funcionária ganhou na Justiça o direito de ser indenizada por danos morais no valor de R$ 30 mil.
No processo, Karina relatou que sua ex-chefe, ao notar as tranças, tirou uma foto dela para a avaliação de uma consultora de imagem que prestava serviços para o local. Em ligação telefônica, a consultora, com o conhecimento da empregadora, teria constrangido Karina e dito para ela retirar as tranças.
Consta no processo a transcrição da conversa entre Karina e a consultora.
“Não dá para você trabalhar com ele, fica muito informal mesmo, sabe, tem até uns penteados, alguns cortes de cabelo que, de fato, são dress code de empresa muito casual, muito informal, [e] não se enquadra tipo em banco, clínica médica, essas coisas”, disse a consultora, que ainda afirmou que mandaria outra profissional até a clínica no dia seguinte “pra poder ensinar a fazer uns coques, algumas coisas pro dia a dia.”
Entrevistada pelo UOL, Karina disse que se manteve firme na decisão de não tirar as tranças, mesmo com medo de ser demitida.
“Não vou negar que tive medo, pois precisava daquele emprego e estava sendo pressionada pela dona da clínica e sua consultora de imagem”, disse ela, que também defendeu as tranças como algo que faz parte de quem ela é.
“A trança, além de me ajudar na transição capilar, faz parte da minha identidade e cultura.”
A Sentença
Em sua sentença, o juiz Henrique Macedo comentou a força simbólica dos cabelos para a identidade negra e para os povos de origem africana. E, a partir disso, concluiu não ser válida a alegação de que o uso das tranças seria incompatível com a formalidade do ambiente de trabalho.
“O tratamento dado ao tema pela empregadora parte de um raciocínio reducionista e que carrega uma visão muito distorcida da nossa sociedade, tão plural quanto complexa em sua identidade. A conduta da primeira reclamada (coordenadora da clínica), assim, contribuiu para um processo de silenciamento e invisibilidade dos signos que se articulam em torno da afirmação da pessoa negra, com o qual o Poder Judiciário, cujo papel contramajoritário desafia uma resposta firme em busca da concretização dos direitos fundamentais em sua conformação mais ampla, não pode compactuar”, escreveu o magistrado.
O juiz ainda falou sobre a dificuldade em combater o racismo institucional, embora seja uma prática comum. Escreveu:
“A reclamada (coordenadora) negou a conduta preconceituosa, afirmou em diversas passagens da defesa o seu bom relacionamento com a autora (ex-funcionária), tendo, inclusive, apresentado várias postagens em redes sociais que explicitariam a excelente convivência, mas, quando afrontada pela identidade visual da trabalhadora, que decidiu valer-se de um recurso estético que reforçava sua identidade negra, a empregadora entendeu que a imagem da demandante não mais se adequava ao ambiente organizacional e dispensou-a”.
O que diz a clínica médica
A clínica médica alegou que a demissão de Karina foi resultado da queda drástica de movimento provocada pela pandemia da covid-19. Além disso, afirmou que a recepcionista sempre foi valorizada e elogiada. A empresa também destacou que não foi determinado que Karina alisasse os cabelos. Já a consultora de imagem ressaltou que não houve tratamento discriminatório, apenas a solicitação de que fosse feito um penteado formal.
A atriz e apresentadora Regina Casé postou em seu perfil no Instagram um vídeo que mostra a indignação do filho caçula, Roque, 7 anos, com o racismo, após a morte de João Alberto Silveira Freitas em uma loja do Carrefour em Porto Alegre (RS). (Vídeo no final da matéria)
Ela contou que, certo dia, se surprendeu ao dar bom dia ao menino de 8 anos. Roque, na ocasião, lhe contou que teve uma aula sobre a escravidão e chorou. “Antes era escravidão, hoje é racismo”, diz o menino nas imagens feitas pela mãe.
Regina fez elogios à escola particular do menino, com maioria de alunos branca, por ter abordado o tema, mas apontou: “O Roque é preto. Então, isso bateu nele de uma forma muito diferente em relação aos outros”.
Ela também contou que evita que o filho veja as cenas como a morte do trabalhador negro George Floyd, nos Estados Unidos. No entanto, percebeu, no papo com o filho, que “ninguém mais aguenta assistir a barbaridades” como a que aconteceu no supermercado brasileiro. E chorou com o menino.
“Ele me conscientizou mais. Isso não aconteceu só ali. Isso está acontecendo em milhões de outros lugares do Brasil”, disse.
A apresentadora revelou ainda que ela e o filho firmaram o compromisso de mudar essa situação.
A apresentadora e jornalista Patricia Poeta foi bastante criticada na internet após um comentário seu no programa “É De Casa”, da rede Globo, na manhã deste sábado (21).
Tratando sobre os protestos que estão ocorrendo em todo o país, nas lojas da rede Carrefour, em resposta à morte de um homem negro, de 40 anos, espancado em uma dessas lojas em Porto Alegre, a apresentadora afirmou que houve intolerância nas manifestações e chamou os manifestantes de “vândalos”.
“A gente quer união e paz. Tenho falado muito com as pessoas do sul. Houve protestos democráticos. Os protestos são muito bem-vindos. Acho isso realmente lindo. A gente não pode deixar vândalos se infiltrarem nesses protestos dignos e esvaziarem a causa”, afirmou a apresentadora.
“Soube que as pessoas que estavam democraticamente protestando acabaram saindo porque vândalos se infiltraram e começaram a atirar pedras em policiais negros. Isso acaba esvaziando o que era a causa”, completou.
“A gente tem que mostrar, denunciar, acompanhar, mas não deixar que isso vire uma guerra. Aí estamos aumentando a intolerância. A gente quer inclusão”, concluiu Patrícia.
No mesmo programa, a médica e vencedora do Big Brother Brasil 2020, Thelma Assis, lamentou a morte de João Alberto. “Eu estou muito feliz de estar aqui, mas, ao mesmo tempo, triste por vem mais um cidadão negro assassinado. E bem na véspera do Dia da Consciência Negra! A gente não aguenta mais esse tipo de notícia”, lamentou.
As declarações de Patricia Poeta foram bastante criticadas nas redes sociais. “Patrícia Poeta, chame de vândalos os moradores da Pamplona que tacaram ovos e garrafas de vinho pra cima da gente, enquanto nosso protesto era contra uma sociedade racista que eles e gente como você, mantêm”, escreveu Roger Cipó.
“Um lado tá matando e o outro tem q ir lá falar com o coleguinha ‘pfv não mate mais minha raça’”, comentou uma internauta, relembrando que os protestos estão sendo motivados pela morte de um homem, João Alberto Silveira Freitas, mostrando o quanto é difícil exigir manifestações pacíficas enquanto assassinatos estão ocorrendo.
Veja outros comentários:
Lá vai Patrícia Poeta dizendo que "Não vamos deixar que isso vire uma guerra". Sabe pq o medo de uma guerra? Pq numa guerra os dois lados lutam. O que acontece hj é um massacre, e num massacre só um lado sofre.
Patrícia Poeta: "não vamos deixar que isso vire uma guerra".
Minha filha, isso é uma guerra desde que brancos europeus foram à África tirar pretos de suas terras, suas famílias e seus costumes para escravizá-los.
Uma cena triste ganhou o mundo nesta semana, moradores da cidade de Porto Iguaçu, na Argentina, desenterrando frangos que foram descartados em um terreno pelo órgão sanitário do país, na terça-feira (17), para terem o que comer. O episódio foi visto por muitos como o mais duro retrato da pobreza extrema em que muitas pessoas ainda vivem ao redor do mundo.
Os muitos vídeos e fotos que circulam pelas redes nos últimos dias mostram famílias que passam fome na cidade cavando para pegar as 1,2 mil caixas de carnes que tinham sido apreendidas pela Marinha argentina. Entre as pessoas que cavam, há crianças, mulheres e idosos.
Famílias cavaram para pegar mais de mil caixas de frango que foram enterradas, em Porto Iguaçu — Foto: Movimento Ativo Social e Político Iguaçu/Divulgação
De acordo com o representante do Movimento Ativo Social e Político Iguaçu (MAS), Claudio Altamirano, as imagens retratam a crise econômica que os moradores enfrentam.
“Toda essa situação complexa, socioeconômica, faz com que Porto Iguaçu esteja afundada na miséria, na pobreza e na fome. Essas imagens são o reflexo fiel, a realidade de como estamos hoje em Porto Iguaçu. A fome bate forte nas portas e também esvazia os potes das famílias. Eles tiveram que desenterrar frango para poder comer.”
Crianças, idosos e adultos desenterraram frangos descartados para levar para casa, em Porto Iguaçu — Foto: Movimento Ativo Social e Político Iguaçu/Divulgação
Porto Iguaçu tem cerca de 105 mil habitantes e liga o país, pela Ponte Tancredo Neves, a Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, que tem mais de 250 mil moradores. Porto Iguaçu depende do turismo economicamente, mas as fronteiras estão fechadas desde março.
Segundo a Prefeitura de Porto Iguaçu, as carnes tinham ficado mais de 24 horas sem refrigeração e estavam impróprias para consumo, por isso, foram descartadas pelo Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Alimentar (Senasa).
Para Claudio Altamirano, as imagens mostram a transformação do que ocorreu em Porto Iguaçu. Dependente do turismo, o município abriga as Cataratas, como Foz do Iguaçu. Devido à pandemia, o Parque Nacional Iguazú está recebendo apenas visitantes da Província de Misiones, na Argentina. O funcionamento do parque tem ocorrido nos fins de semana, com 500 ingressos no sábado e 500 no domingo.
Cidade argentina faz fronteira com o Brasil e abriga as Cataratas do Iguaçu — Foto: Elcio Horiuchi/Arte G1
Antes da pandemia, a visitação média diária era de 4 mil pessoas no parque, em Porto Iguaçu.
“Essa é a verdadeira imagem de Porto Iguaçu, não a imagem da maravilha natural, das Cataratas, de milhões de turistas, de todo glamour, de filmes famosos, dinheiro, ouro, perfume. Essa não é a realidade daqui”, disse.
Caminhão com caixas de frango fez o descarte em um terreno vazio, em Porto Iguaçu — Foto: Movimento Ativo Social e Político Iguaçu/Divulgação
Claudio explicou ainda que durante a pandemia as organizações sociais têm ajudado as famílias da periferia da cidade.
Eles mantêm quatro centros comunitários para atender moradores com serviços de assistência social. A alimentação é preparada nas cozinhas dos centros com doações e alimentos comprados com fundos das próprias organizações, conforme Altamirano.
“Temos merenda, damos três copos de leite três vezes por semana. Fazemos um trabalho social de acompanhamento das crianças, que não podem ir à escola porque não há escola. Por causa da pandemia, há nove meses não há escola aqui, então há crianças que estão atrasadas nas tarefas.”
Protesto
Grupos de organizações sociais de Porto Iguaçu fizeram um protesto, na quinta-feira (19), cobrando medidas de assistência social do poder público aos moradores que foram flagrados desenterrando os frangos.
Manifestantes de organizações sociais protestaram pela falta de assistência social, em Porto Iguaçu — Foto: Movimento Ativo Social e Político Iguaçu/Divulgação
Segundo o representante do Movimento Ativo Social e Político Iguaçu, as carnes descartadas poderiam ter sido direcionadas para abrigos de bairros da periferia assim que foram apreendidas, para serem consumidas pelas famílias que passam fome.
“Nós, das organizações sociais, estamos questionando se esses alimentos, em vez de serem enterrados, poderiam ter sido direcionados para cozinhas comunitárias dos bairros, onde há muitas crianças, famílias, mulheres e idosos com fome, em Porto Iguaçu.”
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Redação Conti Outra, com informações de G1.
Fotos: Reprodução/Movimento Ativo Social e Político Iguaçu/Divulgação.
Os bolos da confeiteira Liz Joy são a sobremesa perfeita para qualquer tipo de ocasião. Eles são capazes de contar histórias como nenhum outro bolo já feito.
Entre seus temas estão as histórias clássicas como Chapeuzinho Vermelho, Peter Pan, A Pequena Sereia, e referências ainda mais atuais como Khalessi com seu dragão de Game of Thrones. Além disso, ela tem suas próprias criações de fantasia, como aventuras na floresta ou fadas sentadas na lua.
Mas na confeitaria da Liz Joy eles também se abrem para outros temas. Bolos mais sutis podem ser encontrados com referências ao outono, natal, esportes e temas florais, que se materializam em verdadeiras obras de arte comestíveis. Eles são bonitos demais para comer!
Em entrevista para o Bored Panda, Liz conta que ama brincar com diferentes meios e materiais e gosta da ideia de que os bolos, por natureza, permitam que você trabalhe com várias camadas diferentes.
Além de bolos, ela faz outras coisas relacionadas à panificação, como donuts e biscoitos. Porém, seu principal ponto forte são os bolos com seu toque único e criativo. “Assim que comecei a pensar em conceitos de design, também percebi que eles são um meio único para contar histórias. Adoro o aspecto da narrativa e normalmente me concentro em criar a sensação de que o espectador está olhando para um mundo comestível único”, acrescentou a chef.
Liz adora seu trabalho e diz que tem orgulho de tudo o que aprendeu com ele. “Eu criei uma série de bolos de contos de fadas artísticos e livros de histórias dos quais tenho muito orgulho. No entanto, meus favoritos são os designs que faço para meu pai, contando algumas de suas histórias de infância”, finaliza a confeiteira.
O amor surge quando menos o esperamos e embora isso geralmente aconteça na vida de seres humanos, também acontece quando se trata de animais.
Um exemplo é este gatinho de abrigo, que aos 14 anos encontrou uma companheira perfeita para compartilhar momentos da terceira idade.
Uma cuidadosa senhora que o compreende perfeitamente tornou-se sua nova companheira para o resto de sua vida. No início de maio este gatinho foi levado ao Animal Care and Control do Condado de Anne Arundel, ele era um gato mais velho que precisava de atenção e também foi descrito pela equipe como dócil e gentil.
Assim, após algum tempo sob supervisão, os cuidadores do abrigo decidiram que era hora de encontrar um lar para ele.
Para isso organizaram a procura de um lar para o bichano, claro que ele não iria embora sem nome, sendo assim, foi batizado de “LL Cool”. O que procuravam para ele era um lugar tranquilo e confortável, afinal ele já não possui toda a energia de sua juventude.
Facebook / FAACAC
Assim, após vários meses de espera, um voluntário que trabalhava no abrigo e se apaixonou pelo gato desde o primeiro dia, teve uma ideia e lembrou que conhecia o par perfeito para este felino.
A mãe do voluntário era uma doce mulher de 89 anos que mora em uma casa de repouso. Ela precisava de uma companhia doce e gentil, basicamente essa era a descrição de LL Cool, que ao chegar em sua nova casa foi renomeado como Raven.
Felizmente, o centro de atendimento ao idoso tem políticas que permitem que os animais vivam com os idosos.
Facebook / FAACAC
Além disso, Raven é um gato muito calmo e está vacinado, de forma alguma gera desconforto neste local. A senhora fica muito feliz por tê-lo ao seu lado, graças à sua companhia seus momentos são mais agradáveis.
Para o filho desta senhora, é reconfortante saber que a mãe se diverte muito na aposentadoria, acompanhada de um animal calmo e terno que só recebe e dá amor. No asilo em que mora, ele é muito querido por todos e os demais idosos também aproveitam para dar e receber carinho do pequeno.
Facebook / FAACAC
Um animal de estimação nunca será uma má ideia, pelo contrário, é uma fonte de entretenimento e ternura que sendo bem cuidado e amado estará sempre disposto a mostrar a sua melhor personalidade.
Eu tenho uma grande amiga que sempre anda muito bem vestida (ela é uma pessoa lindamente elegante de diversas formas). Certa vez, quando perguntei como ela conseguir sempre estar tão bem (ao contrário de mim que estava sempre meio relaxada… rs) ela me disse que, desde pequena, ouvia de sua mãe:
“Filha, você é negra, e por ser negra você sempre precisará se comportar muito bem e sair muito arrumada para que ninguém ache que você é uma criança sem família”.
Eu nunca me esqueci desse relato porque ele me mostrou algo pelo qual eu jamais passaria: muitas pessoas têm, desde o nascimento, que provar que merecem respeito pelo “simples” fato de terem mais melanina na pele.
As pessoas têm dificuldade em compreender o que é ser um “privilegiado” dentro de um país tão desigual como o nosso. Muitas vezes, por terem acesso a serviços que, dentro de seu contexto de vida consideram básicos, pensam que aquilo é algo homogêneo para todo mundo. É aquela velha tendência de olhar o mundo a partir de suas próprias experiências achando que seus próprios problemas são os maiores do mundo. Mas a coisa não é bem assim.
Para ajudar a ampliar esse olhar, adaptei uma lista baseada em um questionário do Buzz Feed e em algumas perguntas do Alex Castro . O resultado disso é uma sequencia de afirmativas que indicam que você pode ser ou não um privilegiado. (mesmo que não tenha a menor ideia de que o é.)
Confira abaixo e conte quantas vezes você responderia a pergunta com um sim. Lembro que o que importa é a maioria das respostas sim e não gabaritar o questionário. Ter muitas respostas sim já significa privilégio.
( ) Eu sou branco(a).
( ) Nunca fui discriminado(a) por causa da cor da minha pele.
( ) Nunca fui a única pessoa da minha cor em um recinto.
( ) Nunca me disseram que sou atraente “para alguém da minha raça”.
( ) Nunca fui vítima de violência por causa da minha cor.
( ) Nunca fui vítima de ofensa racial.
( )Uma pessoa estranha nunca pediu para tocar no meu cabelo ou perguntou se ele era de verdade.
( )Minha família e eu nunca vivemos abaixo da linha de pobreza.
( )Não estou pagando nenhum empréstimo.
( )Nunca fui dormir com fome.
( )Nunca fiquei desabrigado(a).
( )Meus pais pagam algumas das minhas contas.
( )Eu não dependo de transporte público.
( )Compro roupas novas pelo menos uma vez por mês.
( )Nunca tive de me preocupar com não ter dinheiro para pagar o aluguel.
( )Nunca trabalhei como garçom/garçonete, atendente ou vendedor/vendedora.
( )Pude aceitar um estágio não remunerado.
( )Estudei em escola particular.
( )Eu me formei no ensino médio.
( )Eu me formei na universidade.
( )Eu não sei o que é FIES.
( )Meus pais pagaram (pelo menos algumas das) minhas mensalidades na universidade (ou algum custo envolvendo meu ensino superior).
( )Eu tinha um carro na faculdade.
( )Nunca tive que dividir quarto com ninguém.
( )Sempre tive TV a cabo.
( )Já viajei para o exterior.
( )Nunca deixei de me alimentar para poupar dinheiro.
( )Tenho milhas de viagem.
( )Posso comprar medicamentos se/quando for preciso.
( )Nunca menti sobre minha etnia como meio de autodefesa.
( )Eu nunca ouvi esta frase: “Você foi aleatoriamente escolhido(a) para o controle de passaporte”.
( )Tenho plano de saúde particular
( )Posso viajar por conta própria pelo mundo sem sofrer restrições legais, e sem sentir medo de assédio ou violência sexual, dê um passo à frente.
( )Os seguranças de estabelecimentos comerciais já me seguiram mais de uma vez
( )Nunca teve que trabalhar para ajudar família durante ensino médio ou superior
( )Você se sente confortável de andar por conta própria pelas ruas dos bairros onde vive e trabalha, dê um passo para frente.
( )Nunca teve um apelido baseado em sua raça.
( )Havia diversos livros na casa onde cresceu
( )já conseguiu emprego por amizade, parentesco ou indicação pessoal
Resultado: esse não é um teste científico, mas se você tiver marcado mais de 20 “sins” já pode se considerar privilegiado uma vez que TODAS AS PERGUNTAS acima são indicativas de privilégios.
Para concluir, eu gostaria de dizer que ninguém precisa ter vergonha por ser privilegiado. Essa, definitivamente, não é a questão. O que o questionário visa mostrar é que, quanto menos contato uma pessoa tem com situações de exclusão e humilhação, menos ela será capaz de perceber a existência das mesmas.
O privilégio, de maneira geral, diminui a empatia porque a pessoa pode “ter a impressão” de que quem reclama por direitos e respeito está exagerando ou querendo chamar a atenção. Afinal, aquilo nunca aconteceu com ela. Mas, na maioria das vezes quem nega o racismo pode apenas ter sido “protegido” da verdade. Ou, o que é também é bem provável, pode ter presenciado muitas e muitas cenas, mas ter achado tudo normal (ou até mesmo engraçado) porque o racismo está na estrutura de nossa sociedade.
Lembre-se: ser tratado, desde a nascença, de forma humilhante e desigual deixa marcas profundas e ninguém que não passou por essa dor jamais poderia se julgar no direito de diminuí-las e muito menos negá-las.
Eu sou uma autora branca e privilegiada, mas ter alguma noção do que acontece longe do meu umbigo jamais me permitirá fechar os olhos para a minha obrigação pública de ajudar outras pessoas a entenderem a desigualdade. Talvez seja a sua vez de também conhecer verdades que não são necessariamente as suas.
Uma história que tinha todos os elemntos para terminar em tragédia, teve seu final feliz. Um coração que seria transplantado permaneceu intacto nos destroços de uma queda de helicóptero e continuou pulsando mesmo depois de ser derrubado no chão pelo médico que o carregava até o transplante.
Tudo começou em 6 de novembro, quando uma equipe médica que transportava o coração para ser transplantado sofreu um acidente de helicóptero quando o piloto teve dificuldades para aterrissar. A aeronave balançou algumas vezes até virar totalmente de lado e cair no heliporto onde deveria ter pousado.
— Breaking Aviation News & Videos (@breakingavnews) November 11, 2020
Felizmente, o acidente não fez nenhum ferido grave. Além disso, o coração também foi salvo! Logo após a queda do helicóptero, os bombeiros iniciaram os trabalhos no local do acidente e conseguiram resgatar o órgão dos destroços.
Mas esta história ganharia contornos ainda mais surpreendentes. Um médico pegou o coração para levá-lo em segurança até o transplante, mas poucos segundos depois, tropeçou, caiu, e derrubou o coração no chão!
Mas, algo parecia conspirar à favor deste transplante, pois mais uma vez o coração ficou intacto e finalmente pôde ser levado para o paciente que o aguardava.
Depois de tantas intempéries no transporte do órgão, a equipe médica do Keck Medical Center realizou todos os exames necessários e confirmou que o coração estava em perfeitas condições para o transplante, que foi realizado poucas horas após o acidente. Agora, ele pulsa firme e forte do peito de seu novo dono. O hospital informou que a operação correu bem e que o receptor do coração está se recuperando bem.
“Apesar de estarmos tristes porque duas pessoas em nossa equipe de transporte sofreram ferimentos leves, nos sentimos muito afortunados que eles não foram fatais e pudemos fornecer ao nosso paciente um novo coração”, disse Mark Cunningham, o cirurgião cardíaco que realizou a operação.
Órgãos federais responsáveis continuam investigando as causas do acidente de helicóptero que quase inviabilizou o transplante do coração.
Uma triste notícia nos atingiu em cheio nos últimos dias, o falecimento de David Deutchman, de 86 anos, mais conhecido como o “vovô dos Cuidados Intensivos”.
David era uma figura conhecida, respeitada e amada por muitos devido à sua história de dedicação e amor às crianças. Ele passou os últimos 14 anos da sua vida acalmando e dando colo a recém-nascidos no Centro Pediátrico de Atlanta, nos Estados Unidos. Fazia voluntariamente, por amor.
O falecimento foi confirmado através de um comunicado emitido pelo hospital, que fez questão de agradecer e elogiar os muitos anos de conforto que o “avô” ofereceu aos pequenos que por ali passaram.
“O David foi um voluntário de longa data na unidade de terapia intensiva pediátrica e neonatal durante 14 anos, ofereceu o seu apoio a muitos pacientes e famílias. A família das crianças nunca vai esquecer esta lenda incrível e as incontáveis vidas que tocou”, disse o hospital em comunicado.
David foi diagnosticado com um câncer no pâncreas em outubro e faleceu cerca de duas semanas após o diagnóstico.
O hospital decidiu prestar homenagem ao “vovô dos cuidados intensivos” organizando um desfile em frente à sua casa, pouco antes do seu falecimento. Isso nos faz crer que, antes de partir, David mais uma vez pôde sentir o quanto era amado por todos aqueles que se beneficiaram da sua generosidade sem fim.
In 2017, the story of our “ICU Grandpa” touched people all over the world. Last week, we learned he has stage IV pancreatic cancer. To honor this legend, our employees organized a drive-by parade outside his home—complete with a NICU transport truck and?. pic.twitter.com/NsS5fuFtK2
Uma unidade do hipermercado no bairro dos Jardins, em São Paulo, foi invadida e depredada na noite desta sexta-feira. A ação, impetrada por manifestantes da 17ª Marcha da Consciência Negra, é uma resposta pela morte de João Alberto Freitas por seguranças de um Carrefour em Porto Alegre.
Segundo informações do jornal O Globo, alguns manifestantes atiraram objetos e destruíram a fachada da loja na Rua Pamplona, uma das áreas mais nobres da cidade. Outros atiraram pedras contra as janelas do supermercado e quebraram produtos.
Há notícia também de que um carro que estava parado na frente da loja também foi destruído. Clientes que realizavam compras no momento da manifestação tiveram de se proteger no fundo da loja.
O objetivo da maniifestação era apenas protestar contra a morte de Joção Alberto Freitas e pedir justiça racial no Brasil. O ato foi organizado pela Movimento Negro Unificado (MNU), Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen) e outros coletivos do movimento negro.
Foi na Avenida Paulista, em frente ao Masp, que os protestos tiveram início. Além de lideranças do movimento negro, discursaram vários parlamentares, como a deputada estadual Mônica Seixas (PSOL), a vereadora eleita Erika Hilton (PSOL) e Orlando Silva (PCdoB), candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo.
Após pedido dos organizadores para que os manifestantes interrompessem a depredação do Carrefour, a manifestação foi encerrada.
A entrada do Carrefour da Pamplona ficou parcialmente destruída. Ainda não se sabe se foram manifestantes que ocuparam o supermercado. O ato continua do lado de fora, sem qualquer sinal de violência. #DiadaConscienciaNegrapic.twitter.com/Rd2YwI0qXq
Da noite para o dia tudo muda. Você conhece alguém com uma perspectiva diferente da sua e que te deixa com a pulga atrás da orelha, seu trabalho te informa que você não faz mais parte do quadro, alguém que você ama vai embora e nem deu tempo de se despedir, você pega um avião na sua cidade e desce em outra cultura poucas horas depois.
Um dia basta para que tudo mude e você comece a caminhar em uma nova estrada. Tem começo que é infinito, que é o caso do amor. Tem começo que machuca e sangra, que é aquele que você não quer mas tem que fazer depois de uma despedida. Tem começo que gera ansiedade e um roer de unhas incontrolável, como a mudança de país, a viagem de férias ou o novo trabalho cheio de promessas. Bom ou ruim, os começos são aqueles primeiros momentos em que você ainda não sabe bem o que sentir e não se reconhece em seus próprios pensamentos e emoções.
Mas tem algo por traz do começar que nem todo mundo fala a respeito. Chama-se medo. Começos dão um medo do caralho e eles são consequência da sua briga consigo mesmo pensando nos prós e contras se deve ou não. A essência do medo é que começar o novo exige que você saia da zona de conforto, e ir em direção ao desconhecido não é para qualquer um não. Tem gente que passa a vida no mesmo emprego, no mesmo casamento ruim, reclamando das mesmas coisas. Você conhece um monte de gente assim, não conhece? O que essas pessoas têm em comum você também já sabe: elas têm medo de mudar e medo de serem julgadas. Vivem insatisfeitas, mas não tem coragem de mudar tudo e arcar com as consequências. Mudar dá trabalho. Mudar dá um medo do caralho (sempre bom repetir). Mudar insiste na impermanência do controle que as pessoas pensam que tem sobre a própria vida. Vida: uma passagem breve de onde só levaremos conexões reais, sentimentos reais e vivências reais. Todo o resto fica.
E como driblar o medo e começar? Simples: diga sim. Diga sim para o novo. Diga sim para a vida. Diga sim para os desafios. Diga sim para o diferente de você. Diga sim para o amor. Diga sim para a ligação no meio da tarde. Diga sim para o sorriso da copeira trazendo seu primeiro cafezinho na nova empresa.
Diga sim para si mesmo e para sua melhor versão que levanta todo dia da cama cheia de sonhos, ideais, valores e ambições. Diga sim para os seus medos, abrace eles, jogue-os uma coberta nas costas e se tornem amigos. Medos assustam, mas não passa disso. Eles não mordem não, só ladram e fazem barulho na sua mente. Diga sim para quem quiser ficar e você achar que quer deixar entrar. Diga sim para as incertezas. Diga sim para os amigos que precisam de ti. Diga sim para aprender algo novo. Diga sim para o auto amor.
Diga sim para alcançar a vida que você nasceu para viver e não se conforme com padrões sociais. Aliás, olha para dentro de si e se pergunta: você nasceu para ter a vida que tem ou nasceu para viver a vida que sempre sonhou? Entre a primeira e a segunda opção, tem uma caminhada que é compulsória e que agora você conhece bem: começo, medo e sim.
Encare sua jornada. Você vai até onde sua coragem te permitir.
Te encontro na estrada, tenho andado por lá faz um tempo e a estrada da coragem é um caminho só de ida. Você me alcança?
A adoção é um gesto de amor, que só os corajosos estão dispostos a fazer. Adrieli, protagonista desta história, é uma destas pessoas que se jogam de cabeça neste sentimento nobre. Ela adotou o menino Vinícius e lhe ofereceu todo o amor que poderia dar.
Ele era madrasta dele até recentemente, mas decidiu mover céu, mar e terra para adotá-lo. O pequeno Vinicius sofre de autismo e foi rejeitado pela mãe biológica, então esta segunda chance é um presente da vida. Essa é a história de uma linda família, formada por Adrieli (mãe), Diogo (pai) e Vinicius (filho).
Adrieli conheceu Diogo quando o jovem tinha 21 anos e tinha um filho de apenas 5 meses. Para ela não era problema, pelo contrário, sempre sentiu uma ligação especial com aquela criança.
Assim os meses e anos se passaram e eles formaram uma família, na qual apesar de não ser a mãe, sente uma responsabilidade e um amor indescritíveis por “Vini”.
Eles se tornaram marido e mulher, mas algo estava faltando a ela. Ele sentiu a necessidade de incluir ainda mais o pequeno. Ela queria ser a mãe legal de Vinicius, com o nome dela na certidão e em todos os papéis legais.
Assim começou o processo, que durou cerca de 10 meses, com audiências públicas, visitas a assistentes sociais, psicólogos e todo tipo de trâmites.
O pequeno Vinicius sempre foi muito especial (como cada filho para seus pais), mas durante a pandemia ele experimentou inqueitações diferentes. Algo novo estava se aproximando.
“Resolvi procurar ajuda, afinal, não sabia nada sobre a sua família biológica. os médicos então o diagnosticaram com autismo”, comentou Adrieli nas redes sociais.
Não foi e não tem sido um caminho fácil. Passaram-se momentos complexos, em que se perguntaram por que isso estava acontecendo com sua família.
“Começamos a escrever um livro sobre a vida de Vinícius com novos capítulos. Meu coração está cheio de orgulho e gratidão. Sou grata por ser mãe de uma criança tão especial.
Queria contar nossa história para que todos soubessem que nem todas as madrastas são más, que o diagnóstico de autismo não é o fim do mundo e que ainda há motivos para acreditar”.
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Redação Conti Outra, com informações de UPSOCL.
Fotos: Arquivo Pessoal.