Relatos de psicólogos mostram casos de racismo no cotidiano

Relatos de psicólogos mostram casos de racismo no cotidiano

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Atuar como psicóloga no posto de saúde mas ser confundida, pelo médico, com uma faxineira; ouvir uma criança negra se lamentar por ter cabelos crespos e não lisos; presenciar um profissional de saúde ser racista e preconceituoso com uma paciente por ela ser negra e morar em um lugar muito pobre; ter a certeza de que não será punido ao ser pego portando drogas pelo fato de ser branco; ser um farmacêutico negro e sofrer ameaças por questionar a prescrição de medicamentos de médicos brancos.

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Ilustração: Caio Vinícius Bonifácio

Essas são algumas cenas relatadas por psicólogos brancos e negros que participaram de uma pesquisa sobre relações étnico-raciais em serviços públicos de saúde no município de Suzano, Região Metropolitana de São Paulo. “Essas experiências mostram o quanto o racismo ainda afeta a visão tanto dos profissionais de saúde quanto dos próprios pacientes”, conta a psicóloga Mônica Feitosa Santana, autora de dissertação de mestrado sobre o tema.

O estudo aponta ainda para a necessidade de a questão étnico-racial ser incluída na grade curricular dos cursos de graduação em psicologia. De acordo com Mônica, todos os psicólogos que participaram do estudo mencionaram que não tiveram formação sobre as relações étnico-raciais e que não aprenderam na faculdade que a raça, assim como o gênero e a classe social, também é um fator de análise de desigualdade.

“A psicologia é uma ciência que há anos tem se debruçado sobre as desigualdades. Gênero é um fator que pode gerar dificuldade de desenvolvimento, de pobreza, de construção de projeto de vida. E a classe social à qual uma pessoa pertence faz toda a diferença em seu desenvolvimento, do ponto de vista psicológico”, explica a pesquisadora.
O trabalho foi desenvolvido no Instituto de Psicologia (IP) da USP, sob a orientação do professor Alessandro de Oliveira dos Santos, do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho. O docente desenvolve uma linha de pesquisa que busca analisar a atuação de psicólogos em várias áreas da sociedade, como no campo jurídico, na saúde, na assistência social, etc., com o objetivo de entender como ocorrem as questões étnico-raciais nessas esferas.

O objetivo da pesquisa, realizada entre 2014 e 2017, foi analisar como psicólogos de serviços públicos de saúde do município de Suzano lidam com as relações étnico-raciais no cotidiano de trabalho.

“Pensando no nosso papel como psicólogos, é preciso compreender por que as pessoas se configuram, nas suas práticas cotidianas, como pessoas que exercem o racismo. E, antes de o psicólogo fazer essa compreensão com os pacientes, ele precisa fazer com ele mesmo”, diz.

Dos 17 psicólogos convidados a participar, nove aceitaram. Eles foram entrevistados por outros pesquisadores que atuam no grupo do professor Alessandro dos Santos, dentro da chamada paridade: mulheres brancas entrevistaram psicólogas brancas; homens negros entrevistaram os psicólogos negros; e assim por diante. Essa paridade foi usada para não haver interferência nos resultados por posicionamentos opostos em relação ao tema central da pesquisa.

Vulnerabilidade, preconceito e desigualdade

A pesquisadora define o racismo como um conjunto de práticas institucionais e interpessoais que geram exclusão. São institucionais porque já estão inseridas na ideologia, mas elas se refletem no comportamento interpessoal das pessoas de forma automática, irracional e irrefletida. Então, por mais que as pessoas falem que não são racistas, existe toda uma ideologia por trás que sustenta esse racismo.

Ao analisar os relatos, Mônica observou que esses profissionais atendem muitas pessoas negras e pobres, e que esses pacientes narram situações de racismo, fato que produz muito sofrimento psíquico. Psicólogos negros também relataram racismo, seja vindo dos pacientes ou de outros membros da equipe de saúde.

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Ilustração: Caio Vinícius Bonifácio

“O racismo também apareceu na observação de uma psicóloga branca. Ela relatou que percebeu que o sofrimento de um paciente negro era decorrente de racismo. Mas essa psicóloga não se sentiu autorizada a nomear dessa forma para o paciente. Ela achou que, por ser branca, se ela falasse que era uma situação de racismo, sentiu medo que ele achasse que era ela quem estava sendo racista com ele”, diz Mônica. “Essa psicóloga deveria sim nomear a situação como racismo, mas é neste ponto que entra a questão do racismo como ideologia, interferindo nas relações”, aponta.

Para exemplificar: se fosse uma mulher falando para um psicólogo homem sobre uma determinada experiência, esse psicólogo, ao perceber que se trata de uma situação de machismo, ele, com certeza, se sentiria autorizado a nomear a experiência como tal pois recebeu, em sua formação, a ideia de gênero como fator que gera discriminação social. “E essa paciente não acharia que o psicólogo estava sendo machista com ela. E o psicólogo, também pela formação, compreenderia que fez uma ação de elucidar os sentimentos da paciente, que é algo que faz parte do nosso trabalho como profissional”, explica.

No caso das relações étnico-raciais e do racismo, diz a pesquisadora, muitos psicólogos não se sentem apropriados para fazer isso porque a raça não é estudada na faculdade de psicologia como um fator que gera vulnerabilidade, desigualdade e preconceito.

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Ilustração: Caio Vinícius Bonifácio

Os relatos também mostraram um desconhecimento sobre o que é racismo. Uma das entrevistadas disse que muitas coisas vão além da cor da pele. No caso dela, descendente de árabes, tinha um nariz muito grande e sempre foi alvo de piadas, preconceito. “Isso mostra um desconhecimento do que é racismo e mostra também o quanto as pessoas ainda não entendem o que ocorreu com o final da escravidão e a inserção social deturpada do negro no Brasil no pós-escravatura, sem direito à terra ou ao trabalho remunerado.”

Mônica lembra também que o fato de uma pessoa negra ter status social ou dinheiro não a deixa invulnerável ao racismo. “Mas os psicólogos não costumam fazer essa conexão. Eles acham que se a pessoa está passando por esse sofrimento psíquico é porque ela é pobre e negra e que, se fosse rica, ela não apresentaria esse problema. Mas isso é uma ilusão”, diz. E cita alguns casos recentes: o cantor e compositor Carlinhos Brown e sua esposa tiveram de abandonar o condomínio onde moravam, no Rio de Janeiro, devido aos ataques racistas proferidos contra os filhos do casal. Outros casos semelhantes envolvem a jornalista Maria Júlia Coutinho; os atores Lázaro Ramos e Taís Araujo; e Titi, filha dos também atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank.

Fortalecimento nas trocas: ações de sucesso

A pesquisadora comenta o caso de uma psicóloga branca que atende crianças e que relatou a seguinte experiência: ouviu de uma menina negra “nossa, que cabelo lindo, queria ter um cabelo igual ao seu”. Na mesma hora, essa psicóloga respondeu “ah, mas eu queria mesmo é ter um cabelo enrolado igual ao seu… porque, olha: o cabelo da tia não enrola”.

No caso citado, houve a valorização de uma característica genotípica que a menina estava trazendo como algo feio, pois a estética negra não é vista como bonita. Por isso, a pesquisadora considera importante a criação de espaços coletivos de fortalecimento para discussão de ações de sucesso.

“É possível usar as ferramentas que a psicologia já tem, pois já existem instrumentais no arcabouço teórico conceitual que combatem o preconceito. Já há estudos e técnicas de intervenção, basta aplicar nas relações étnicos-raciais.”

 

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Ilustração: Caio Vinícius Bonifácio

Mônica lembra ainda que as relações étnico-raciais não dizem respeito exclusivamente ao racismo contra as pessoas de pele negra. Elas falam principalmente de relacionamentos entre pessoas, afinal, somos todos humanos. Por isso, também incluem indígenas e até orientais (que sofrem uma discriminação positiva, mas que gera sofrimento). “A linha de pesquisa do meu orientador tem um direcionamento com base na ideia de que a opressão não é boa para ninguém. O homem que exerce violência também está em sofrimento. A pessoa que exerce dominação, que subjuga o outro, também precisa ser tratada. É para isso que a psicologia existe.”
Para ela, a psicologia tem um papel importante nas relações étnico-raciais, que inclui não apenas o combate ao racismo: é o de fazer o letramento étnico-racial das pessoas brancas para que elas saibam a necessidade do debate sobre cotas, sobre discriminação e até para falar sobre o privilégio que elas têm pelo simples fato de serem brancas – a pessoa nunca vai passar por determinadas situações… exatamente por ser branca.

Sobre a ausência de disciplinas sobre o tema racismo nos cursos de graduação em psicologia, Mônica recorda que vários autores da área já pesquisaram isso, como Dante Moreira Leite, Aniela Meyer Ginsberg e Virgínia Bicudo (primeira psicanalista do Brasil e negra). E mesmo com esse arcabouço teórico e técnico, as pesquisas não se desdobram em disciplinas práticas oferecidas nos cursos de graduação.

A pesquisa Muito além da cor da pele: psicologia, saúde mental e relações étnico-raciais em serviços públicos de saúde do município de Suzano, São Paulo está disponível para consulta na íntegra neste link.

Veja abaixo outros relatos dos psicólogos entrevistados para a pesquisa:

 

 

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Ilustração: Caio Vinícius Bonifácio
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Ilustração: Caio Vinícius Bonifácio
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Ilustração: Caio Vinícius Bonifácio

Fonte Indicada: Jornal USP

O cérebro do bebê amadurece de dentro para fora e a chave é AMOR

O cérebro do bebê amadurece de dentro para fora e a chave é AMOR

O período mais importante no desenvolvimento do cérebro de uma criança é o estágio entre 0 e 6 anos. Não só porque muitas mudanças químicas ocorrem e novas conexões são ativadas, mas porque o cérebro começa a aumentar seu tamanho e a estabelecer associações.

Lembre-se que no cérebro humano, ao longo dos primeiros anos de vida, é quando eles começam a estabelecer os pilares para o desenvolvimento da inteligência emocional.

A maneira como interagimos com o recém-nascido e o estilo parental são os principais componentes para o desenvolvimento do bebê. Se ambos forem dados de maneira adequada e saudável, a boa saúde emocional da criança pode ser promovida. Em outras palavras, dando-lhe afeto e ajudando-o a amadurecer, pouco a pouco, garantiremos a formação de um ser humano adulto em condições.

Sem dúvida, o gerenciamento das necessidades humanas desde a primeira infância é um desafio. De fato, para conseguir isso, é necessário entender como ocorre a maturação do cérebro de nossos filhos.

Quanto mais e melhor informados somos, mais útil a informação pode ser quando a aplicamos e acima de tudo: saber quando e como aplicá-la.

Vamos ver abaixo algumas noções básicas que nos permitirão ser o apoio que nossos filhos precisam.

Como o cérebro humano amadurece?
O cérebro amadurece de dentro para fora e de trás para frente

Parece estranho, mas é assim que é. O cérebro de um recém-nascido, como sabemos, ainda é muito imaturo quando se trata do mundo. Como uma flor, trata-se de ajudá-la a florescer para que possa gradualmente atingir a maturidade e desenvolver todo o potencial de que é capaz.

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O cérebro humano, no estágio pós-natal, precisa terminar de estabelecer estruturas, estabelecendo conexões e moldando as áreas do cérebro onde os processos básicos, como todo o processo de informação e o seguinte, serão regidos:

.A comunicação.
.O movimento.
.A coordenação
.A resolução de problemas.

Até os 3 anos de idade, o cérebro terá duas vezes mais sinapses do que na idade adulta. É por isso que é tão importante estimular os bebês corretamente nos primeiros anos de vida.

Desde a concepção até os três anos de idade, o cérebro de uma criança passa por uma quantidade incrível de mudanças. O processo cerebral que conhecemos pelo nome de sinapses (isto é, a conectividade entre os neurônios) se desenvolve progressivamente. Algo que não vai acontecer novamente depois de 3 anos de vida.

E para que esse processo ocorra de forma eficiente, é necessário que a criança experimente o máximo de interações afetivas com as pessoas ao seu redor, com todos os meios.

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De dentro para fora e de trás para a frente

O cérebro humano consiste em várias partes, incluindo aquela na qual a medula espinhal está conectada ao cérebro superior. Graças a isso, o ser humano controla reflexões e processos involuntários, como respiração e frequência cardíaca. O recém-nascido tem apenas essa estrutura em um estado imaturo.

. Atrás do tronco cerebral e abaixo da parte superior do cérebro está o cerebelo, envolvido no equilíbrio e coordenação. Uma parte que se estabelecerá lenta mas firmemente.

. O bebê amadurecerá todos os dias até alcançar as áreas frontais estabelecidas no córtex ou no neocórtex, envolvidas em processos mais elevados, como memória, aprendizado, tomada de decisões, resolução de problemas, planejamento.

Agora, é dentro do cérebro humano onde a verdadeira magia é encontrada. É aí que você encontra aquela bússola excepcional que governa nosso mundo emocional. Estruturas como o sistema límbico, a amígdala ou o hipocampo são áreas muito primitivas que regulam TODO o comportamento do bebê.

Se pudermos favorecer um amor constante, seguro e pleno no bebê, garantiremos um desenvolvimento adequado do cérebro. Não podemos esquecer que a organização do cérebro é baseada, acima de tudo, em nossas primeiras experiências.

Estimular a sinapse

Nossos genes são o que permitem que o cérebro se reorganize com base nas experiências que recebe do ambiente. Se estas são positivas, a atividade neuronal estimulante e afetiva torna-se mais forte contra os possíveis inimigos mais conhecidos como: estresse e medo.

. Por outro lado, o uso repetido e a interação constante com o ambiente são canais externos que dão força interna, que geram as sinapses.

. Portanto, é importante lembrar que, para favorecer essa conectividade positiva, é necessário que sejamos constantes e que nosso estilo de parentalidade seja sempre o mesmo.

. É inútil, por exemplo, prestar atenção ao choro do bebê durante os primeiros 6 meses de vida e depois parar de fazê-lo porque achamos que é hora de “amadurecer”, envelhecer e entender que você precisa aprender a ficar sozinho.

Até 3 anos, a criança não irá resolver o padrão de sono, nem terá amadurecido nele muitos dos processos neurológicos com os quais se sentir completamente seguro à noite. Ele precisa de nossa proximidade.

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Momentos-chave no desenvolvimento do cérebro de um bebê

3-6 meses: A mielina começa a aparecer nos axônios de alguns neurônios durante o segundo trimestre. Esse processo – chamado de mielinização – continua até a adolescência e permitirá que a criança processe as informações mais rapidamente.

6-9 meses: o córtex cerebral do bebê começa a se desenvolver e adquirir potencialidade: ele vai interagir muito mais conosco.

Primeiro ano: o cerebelo triplica seu tamanho, os lobos frontal e temporal já adquirem predominância e as crianças começam a se mover mais seguramente, iniciando já um interesse mais intenso pela comunicação.

Os dois anos: as mudanças mais intensas ocorrem nas áreas cerebrais relacionadas à linguagem.

Os três anos: é a idade mágica em todas as crianças. A densidade sináptica no córtex pré-frontal alcança seu máximo esplendor, na verdade três vezes a de um adulto. Seu único interesse é aprender, relacionar e descobrir o mundo à sua disposição.

Se o guiarmos através do amor e do respeito, estaremos garantindo que nosso bebê possa se tornar uma criança emocionalmente mais forte.

***

Tradução por A Soma de Todos os Afetos do artigo publicado no site Eresmamá

Sempre tem alguma coisa pra nos salvar

Sempre tem alguma coisa pra nos salvar

A gente acumula muita coisa aqui dentro do peito, inclusive o que não deveria. Palavras não ditas, momentos doloridos, sofrimento afetivo, lembranças que ferem. Nem tudo a gente consegue por pra fora no momento certo e, por isso, os pesos emocionais se avolumam com o tempo.

Não existem dias perfeitos do início ao fim, não existem pessoas perfeitas da cabeça aos pés, nem empregos totalmente sadios. Não existem filhos que andem no caminho exato que os pais escolhem, não existem planejamentos que aconteçam sem percalços. Não existe caminhar sem tropeço, amar sem descompasso, porque nem haveria luz se não houvesse a escuridão.

Ninguém sorri o tempo todo com sinceridade, a vida não acontece ao som de violinos ou sob pétalas de rosas. A vida costuma desafinar e lotar as passagens de espinhos. Porque não há felicidade perene, completa, absoluta, uma vez que, se alcançássemos a plenitude total, qual graça haveria em continuarmos a partir de então?

A gente vai sendo feliz e colhendo lembranças acalentadoras enquanto buscamos a felicidade que completa os nossos sonhos. A felicidade se baseia em momentos de alegria que pontuam fases de nossas vidas. Sem mais nada a se alcançar, a vida chegaria, então, ao fim. A gente segue porque há incompletude, porque há vazios a serem preenchidos, porque ainda há muito pela frente. Porque a gente tem uma fé absurda.

E, nessa caminhada, não deixaremos de atravessar escuridões, dores e perdas. Nem tudo dá certo, nem todo mundo fica junto, nem todo amor tem final feliz. Além disso, a felicidade não depende somente de nós: somos seres gregários e o que acontece com quem está ao nosso lado também afeta as nossas vidas. Como ser feliz, por exemplo, quando alguém que amamos sofre?

Por essa razão, uma das formas de sobreviver é termos uma válvula de escape, alguma coisa que emocione os nossos sentidos, que nos ajude a digerir o que dói, algo que filtre a nossa carga afetiva, ajudando-nos a manter a esperança aqui dentro. Tem gente que pratica esporte, tem gente que toca música, tem gente que vai à igreja, tem gente que pratica caridade, tem gente que canta, pinta, dança. Tem gente que tem uma pessoa que escuta. E tem gente que, assim como eu, escreve. Eu dedilho meu piano, mas a escrita me salva. Minha escrita é afetiva, é terapêutica.

Minha escrita é meu grito, meu silêncio, minha dor, minha solidão. Minha escrita é catarse, é purgação. Minha escrita é ida e volta, medo e escuridão. Escrevo para não me perder, mas nas palavras me perco e me encontro, e me desfaço e me componho. Escrevendo, eu oro, eu morro, eu renasço. Somente a escrita me salva do cansaço, do viver parado, do vazio afetivo, do peso errado. Dos socos da vida.

Todo mundo merece ter algo a que se agarrar, em meio às tempestades emocionais. Por mais que tudo pareça perdido, eu creio que sempre haverá alguma coisa para nos salvar. Eu tenho a escrita. Minha escrita tem fé, tem afeto e tem amor. Tem Deus. Minha escrita sou eu, sangrando e cicatrizando. Bendito aquilo que te emociona. Bendita a escrita, que me salva da vida, em vida.

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Photo by VINICIUS COSTA from Pexels

Ser da família não é um passe livre para a pessoa ferrar com o emocional da gente

Ser da família não é um passe livre para a pessoa ferrar com o emocional da gente

A família é nosso porto seguro, são pessoas com quem convivemos grande parte de nossas vidas e é onde fica mais fácil encontrar amor verdadeiro. Na maioria das vezes, os laços de sangue nos tornam ligados às pessoas por toda uma vida. No entanto, como em tudo, há exceções, há casos e casos, uma vez que nem todo mundo sabe amar e/ou ser amado.

Há inúmeros relatos de familiares que se tornam praticamente inimigos, de pais e de mães que negligenciam quaisquer cuidados com seus filhos, de filhos que maltratam os progenitores, até mesmo envolvendo assassinatos, entre outros crimes, nessas relações. Ou seja, às vezes, laços sanguíneos não significam nada para algumas pessoas, que não são capazes de se responsabilizar por ninguém, tanto materialmente, quanto emocionalmente.

Não se pode negar que a culpa parece ser ainda maior, dentro da gente e aos olhos dos outros, quando envolve atitudes tomadas para com alguém da família. É como se a dimensão do que se faz com um parente se alargasse, porque, via de regra, é natural o amor entre pessoas que fazem parte de uma mesma família. É como se fosse obrigatório amar quem tem o mesmo sangue, incondicionalmente, haja o que houver.

Embora quando brigamos com irmãos ou parentes bem próximos, por exemplo, o perdão pareça ser mais fácil, isso não significa que a pessoa possua um passe livre para agir como quiser, apenas por ser da nossa família. Isso não significa que nossos olhares devem ser condescendentes e pacientes, toda vez que um familiar erra, mesmo que erre sempre, deliberadamente, ferindo a gente.

Às vezes, será preciso que nos distanciemos de um familiar, para colocar os sentimentos em ordem e ponderar sobre a real importância ou não daquela pessoa em nossa vida. A gente tem que se libertar de tudo e de todos que nos fazem mal, seja essa pessoa quem for. Sem culpa, inclusive, porque ninguém merece uma pessoa que ferra com o emocional e com a vida da gente, seja ela de casa, seja ela da vida. Sigamos.

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Imagem de capa meramente ilustrativa

Ter conversas profundas aumenta nossa felicidade

Ter conversas profundas aumenta nossa felicidade

O ato de se envolver em uma conversa com uma pessoa pode ter outras conotações que vão além do simples fato da comunicação. Uma boa conversa, profunda e íntima, pode nos ajudar a sentir o conteúdo, o que promove nossa felicidade.

No ser humano, a conversa se tornou um símbolo representativo de sua evolução; desde que é possível baixar nossos pensamentos e expressar nossas ideias.

Em geral, uma boa conversa é capaz de construir espaços seguros, onde nossas emoções podem ser expressas sem medo e trocar diferentes tipos de informação; que permitem consolidar o sentimento de confiança e assim constituir uma válvula de alívio, para drenar o estresse por meio de reforços positivos.

A conversa também pode servir para expressar algum desejo ou dar uma informação a uma terceira pessoa, sem que isso envolva algo além de uma simples trivialidade.

Agora, há um tipo de conversa que tem um significado especial para todos nós: é a conversa com o conteúdo.

A conversa com o conteúdo, ou também chamada de “conversa profunda”, é aquela em que o ser humano se conecta com o mais profundo de seu pensamento; permitindo que ela flua de maneira ordenada e proporcionando uma sensação de prazer e bem-estar.

Estudos que promovem a relação entre conversa profunda e felicidade

O psicólogo da Universidade do Arizona, Matthias Mehl, recentemente conduziu um estudo que o levou a concluir que; uma alta porcentagem de pessoas que têm o hábito de manter conversas de alto nível intelectual tem uma maior propensão a ser feliz do que aquelas que têm conversas triviais.

Descrição da dinâmica do estudo

No estudo acima mencionado, um universo de 80 pessoas participaram, que concordou em levar um gravador em todos os momentos durante um período de 4 dias; com o objetivo de fazer um registro de todas as conversas que eles manteriam.

Uma vez atingido o tempo acordado, realizou-se a análise dessas gravações e, em seguida, foi feita uma classificação que as agrupou em duas categorias: “conversas profundas” e “conversas triviais”.

Já na fase final do estudo, os participantes receberam questionários destinados a avaliar o grau de felicidade ou satisfação que sentiam em relação a sua vida.

Resultados obtidos do experimento

Uma vez avaliado o conteúdo dos formulários, foi encontrada uma estreita relação entre o maior grau de felicidade registrado pelos resultados dos questionários; e o número de conversas profundas realizadas pela pessoa.

Em resumo, aqueles que obtiveram a pontuação mais alta foram pessoas que tiveram um número maior de conversas em um nível mais profundo.

Em termos percentuais, a pessoa que refletiu um maior grau de felicidade alcançou 46% das conversas profundas nos quatro dias; em comparação com 21% das conversas profundas que a pessoa menos feliz tem.

Por outro lado, as conversas classificadas como triviais ocupavam apenas 10% do tempo da pessoa mais feliz, em comparação com 30% do tempo da pessoa que se mostrou menos feliz.

Inferências obtidas no estudo

Dependendo de como as coisas parecem, esses resultados podem parecer um pouco contraditórios se nos mantivermos com a ideia de que “em menor grau de preocupação, um maior grau de felicidade”.

À primeira vista, isso parece ter algum grau de verdade e está em harmonia com o sentimento que temos quando alcançamos resultados; tornando as coisas mais simples

Mas os resultados nos guiam em outra direção, no sentido de que as coisas geram um pensamento mais profundo no nível intelectual; eles também podem se tornar, mesmo em uma escala maior, uma boa fonte de felicidade.

Como os resultados de uma conversa profunda se manifestam em nós?

Certamente, muitos de nós passaram a experimentar em várias ocasiões uma espécie de injeção de energia vital; depois de ter tido uma conversa agradável e interessante com alguém, sobre algum assunto transcendental.

Isso acontece porque uma conversa interessante é dinâmica, estimulante e com muito valor agregado; Ele age em nossos cérebros como uma verdadeira bomba de hormônios como a dopamina ou a serotonina.

Esses hormônios são aqueles que proporcionam aquela agradável sensação de bem-estar e felicidade que sentimos depois de termos tido uma conversa profunda.

Via A Soma de Todos os Afetos

Fonte indicada: menteasombrosa
Imagem de capa: Pexels

Juiz americano dá como sentença a jovens infratores leituras de livros sobre racismo – e funciona

Juiz americano dá como sentença a jovens infratores leituras de livros sobre racismo – e funciona

Em vez de punir um grupo de jovens por um ato racista de vandalismo, esse juiz queria que eles entendessem o erro de seus hábitos e os obrigou a ler livros – e aparentemente funcionou. Em setembro de 2016, cinco adolescentes foram acusados ​​de fazer pichações em uma escola antiga e histórica em Ashburn, Virgínia.

A escola, que havia sido usada para ensinar crianças negras durante a segregação, havia sido coberta de suásticas, declarações racistas e rabiscos que pareciam típicos de jovens enganados.

De fato, um dos adolescentes acabara de ser expulso de sua escola antes do vandalismo, e é por isso que a Procuradora Alejandra Rueda acreditava que os adolescentes estavam atacando – e ela sentiu que tinha uma chance de transformar o incidente em uma oportunidade educacional.

“A comunidade explodiu [diante do vandalismo]. Compreensível. Mas você sabe, algumas adolescentes nem sabiam o que significava uma suástica ”, disse Rueda à BBC . “Então eu vi uma oportunidade de aprendizado.

“Com os alunos, você pode punir ou reabilitar – e esses eram adolescentes sem registro prévio – e pensei no que me ensinou quando tinha a idade delas, o que abriu meus olhos para outras culturas e religiões… E foi a leitura. ”

Então, ao invés de simplesmente colocar as crianças em liberdade condicional, Rueda elaborou uma lista de leitura de 35 livros diferentes que lidam com a dor e as tragédias da injustiça racial. Khaled Hosseini, Elie Wiesel, Harper Lee, Solomon Northup, Maya Angelou e Alice Walker foram apenas alguns dos autores icônicos que ela incluiu na lista.

Os adolescentes foram então convidados a ler um dos livros a cada mês durante um ano. Para cada livro que leram, eles foram solicitados a escrever um ensaio de 3.500 palavras sobre as consequências do racismo, intolerância e preconceito. Além disso, os adolescentes foram convidados a visitar o Museu do Holocausto e uma exposição de museu de história nos campos de internação nipo-americanos seguindo Pearl Harbor.

Dois anos após o incidente, a condenação de Rueda fez exatamente o que esperava. As crianças estão aderindo à sua educação; eles não reincidiram; e com base em seus ensaios, bem como nas declarações dos pais e advogados dos adolescentes, todos ficaram “envergonhados” e lamentaram o crime.

Em um dos ensaios, um dos rapazes concluiu sua triste análise literária dizendo: “Todos devem ser tratados com igualdade, não importa sua raça, religião ou orientação sexual. Eu farei o meu melhor para fazer com que eu nunca seja tão ignorante. ”

Ao ler o ensaio para os repórteres da BBC , Rueda disse em lágrimas: “Isso me faz chorar, mas me faz sentir bem porque funcionou!” “Temos que educar as crianças”, acrescentou ela. “E com as crianças, nosso foco deve ser a reabilitação e não a revanche, se quisermos resultados.”

TEXTO TRADUZIDO POR PSICOLOGIAS DO BRASIL, DE GOOD NEWS NETWORK

Com turmas vagas por falta de alunos, escola na Coreia do Sul matricula vovós analfabetas

Com turmas vagas por falta de alunos, escola na Coreia do Sul matricula vovós analfabetas

A taxa de natalidade na Coreia do Sul vem caindo consideravelmente e, como consequência disso, as escolas da república asiática tem se esvaziado. Mas, no condado de Gangjin, uma escola rural teve a melhor ideia para preencher os lugares vazios, matricular mulheres idosas que há anos sonham aprender a ler e escrever.

Uma das novas alunas da escola rural é Hwang Wol-geum, de 70 anos, que agora cursa a primeira série. Todas as manhãs ela pega o mesmo ônibus escolar amarelo, juntamente com mais três membros da sua família, seus netos, que agora são seus colegas de escola.

Analfabeta por toda a sua vida, ela se lembra de, quando criança, há seis décadas atrás, chorar escondida atrás de uma árvore ao observar suas amigas indo para a escola. Enquanto outras crianças da aldeia aprendiam a ler e escrever, ela ficava em casa, cuidando de porcos, coletando lenha e cuidando de irmãos mais novos. Mais tarde ela criou seis filhos, e enviou todos para o ensino médio ou pára a faculdade.

No entanto, sempre lhe doeu pensar que ela não conseguia fazer coisas simples que as outras mães faziam. “Escrever cartas para meus filhos sempre foi o que eu mais sonhei”, disse Hwang.

A ajuda surgiu inesperadamente neste ano, vinda da escola local, que estava ficando sem crianças em idade escolar e estava desesperada para preencher suas salas de aula com alunos.

A taxa de natalidade da Coréia do Sul vem caindo nas últimas décadas. No ano passado, o registro foi de menos de um filho por mulher, um dos índices mais baixos do mundo.

As áreas mais atingidas são os condados rurais, onde os bebês se tornam cada vez mais raros à medida que os jovens casais migram em massa para as grandes cidades em busca de melhores empregos.

Como outras escolas rurais , o Daegu Elementary, no distrito de Hwang, viu seus estudantes diminuírem . Quando o filho mais novo de Hwang, Chae Kyong-deok, de 42 anos, frequentou a escola nos anos 80, havia cerca de 90 alunos em cada série. Agora, a escola tem apenas 22 alunos no total, incluindo um aluno em cada uma das turmas de quarta e quinta séries.

Este ano, a pior calamidade de todos atingiu o distrito. “Nós percorremos aldeias procurando apenas um garoto precioso para se inscrever como aluno da primeira série”, disse o diretor, Lee Ju-young. “Não havia nenhum.”

Então, Lee e os moradores locais, desesperados para salvar a escola de 96 anos, tiveram uma idéia: matricular aldeões mais velhos que queriam aprender a ler e a escrever.

Hwang e outras sete mulheres, com idades entre 56 e 80 anos, deram um passo à frente, com pelo menos quatro outras pedindo para serem matriculadas no próximo ano.

Para os jovens que querem continuar morando na região, o futuro de sua cidade dependia de manter a escola viva.

“Quem começaria uma família aqui se não houvesse escola?”, Perguntou Noh Soon-ah, 40 anos, cujo marido – um dos filhos da Sra. Hwang – deixou o emprego em uma fábrica de autopeças em uma cidade grande e trouxe sua família de volta para a aldeia, no intuito de assumir o negócio agrícola de seus pais. “As crianças trazem alegria e vitalidade para uma cidade”.

O escritório de educação local se acostumou com a ideia, e Hwang começou a frequentar as aulas no mês passado. Como muitos alunos da primeira série em seu primeiro dia, a Sra. Hwang chorou. Mas, ao contrário de outras épocas, estas foram lágrimas de alegria.

“Eu não podia acreditar que isso estava realmente acontecendo comigo”, disse ela. “Carregar uma mochila escolar sempre foi meu sonho.”
Hwang e seus colegas estão determinados a compensar o tempo perdido.

“Eles estão ansiosos para aprender”, disse Jo, a professora, sobre os alunos da turma de Hwang. “Eles são provavelmente os únicos estudantes aqui pedindo mais trabalhos de casa.”

Ao contrário de outras salas de aula, a sala de aula da primeira série tem um sofá e um colchão aquecido. Durante os intervalos, as mulheres mais velhas sentam-se no colchão quente e enterram os pés sob os cobertores.

Mas Hwang, que é agricultora, se sentiu mal por estar na escola durante uma movimentada temporada de colheita de morangos. Para compensar, ela passou a se levantar da cama às 4 da manhã para ajudar o marido, o filho e a nora a apanhar morangos antes de ir para a escola.

Hoje aluna dedicada, Hwang já tem novas ambições. “Vou concorrer à presidência da sociedade das mulheres da aldeia”, disse ela. “As pessoas costumavam me pedir para concorrer ao posto, mas eu sempre recusei. É um trabalho para alguém que sabe ler e escrever.

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Redação CONTI outra. Com informações de The New York Times

Imagem de capa: Reprodução -Chang W. Lee/The New York Times

Não era só coincidência: Vizinhas de bairro com incrível semelhança descobrem que são irmãs

Não era só coincidência: Vizinhas de bairro com incrível semelhança descobrem que são irmãs

Elas são muito parecidas, moram no mesmo bairro, e só agora descobriram que são irmãs. Não, caro leitor, esta não é uma novela mexicana.

A descoberta ocorreu quando Debbie Brzozinski, que cresceu como filha única, fez o popular teste de DNA para descobrir mais sobre sua herança genética. Mas o resultado a pegou completamente de surpresa. “Eu acabei descobrindo que tenho três irmãos de sangue”, ela disse à Inside Edition.

Dentre os três irmãos recém descobertos por Debbie está Catherine, que se parece tanto com ela que poderia ser sua irmã gêmea. “Foi uma experiência alucinante, especialmente olhando para a página do Facebook da minha irmã”, acrescentou Brzozinski.

Os pais biológicos de Debbie a tiveram com apenas 18 anos e decidiram entregá-la para adoção. Alguns anos depois, eles acabaram se casando e tendo mais três filhos, dois meninos e uma menina. Eles cresceram em Long Island, a apenas 5 quilômetros de distância de Debbie e Catherine.

As irmãs já notaram diversas semelhanças e coincidências. Elas têm a mesma risada e, quando crianças, frequentavam o mesmo estúdio de dança. E o mais surpreendente é que elas até um vídeo em que aparecem no mesmo ambiente.

Além da irmã, Debbie agora está conhecendo também o restante da sua extensa família biológica, incluindo sua mãe e seu pai.

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Redação CONTI outra. Com informações de MSN

Universitários da Unicamp desenvolvem método inédito para diagnosticar Alzheimer

Universitários da Unicamp desenvolvem método inédito para diagnosticar Alzheimer

Entre os principais aspectos que cercam o Alzheimer, doença degenerativa que danifica áreas do cérebro e provoca perda de memória, o diagnóstico em fases iniciais e segue como um dos grandes desafios da área médica. Com essa problemática, pesquisadores da Unicamp criaram um método inédito para identificar os sinais iniciais da patologia.

A tecnologia foi gestada pelo Instituto de Computação da universidade, numa parceria com o Instituto Nacional de Saúde, dos Estados Unidos. A técnica, que utiliza de ressonâncias magnéticas baseadas em mais de 20 mil imagens de cérebros (saudáveis e doentes), cria um processo computacional de inteligência artificial, e torna um computador capaz de mostrar quais áreas do cérebro estão em estágio inicial de Alzheimer.

“Nossa ideia é fazer uma ferramenta que auxilia o diagnóstico. Vamos gerar os dados para o médico tomar uma informação mais detalhada, embasada, precisa e mais rápida”, explica o pesquisidor Guilherme Folego ao portal G1.

Guilherme explica que os médicos só possuem certeza da manifestação do Alzheimer quando a doença avança, e que o atual sistema utilizado para apontar a probabilidade da doença demora de 15 a 20 horas. “Este novo sistema, por outro lado, leva de 10 a 15 minutos. Você consegue ajudar o médico a fazer um diagnóstico mais preciso e eficiente”.

A etapa seguinte da pesquisa, segundo os pesquisadores, é encontrar parcerias para que a nova ferramenta seja utilizada por meio de software, ou seja, funcione através de um programa de computador a ser instalado nos consultórios médicos e laboratórios. A neurologista Luiza Piovesana explica que nem todas as alterações cerebrais desenvolvem o Alzheimer, mas que as doenças degenerativas costumam começar da mesma forma, fazendo com que o diagnóstico precoce seja fundamental.

“Esse cérebro que você pega no começo, você consegue tratar muito melhor do que em um cérebro avançado, que já teve uma perda neuronal muito importante”, afirma a neurologista.

Segundo ela, a identificação prévia da doença pode gerar ótimos resultados aos pacientes. “Com isso, melhora a qualidade de vida e também melhora o que a gente fala que é a funcionalidade, que é a pessoa conseguir fazer as coisas a que ela se propõe a fazer”, completa.

Com informações do G1, via Psicologias do Brasil

Honestidade primeiro: Desempregada, mãe de trigêmeas devolve R$ 2 bi depositados por engano

Honestidade primeiro: Desempregada, mãe de trigêmeas devolve R$ 2 bi depositados por engano

Imagine a situação: Você está sem emprego, com o saldo negativo no banco e com trigêmeas recém-nascidas em casa. Mas, um belo dia, R$ 2 bilhões são depositados por engano na sua conta. O que você faria? Por mais que pareça enredo de novela, uma moradora de Anápolis (GO), Leizimar Silva Triers, de 35 anos, teve que lidar recentemente com esta situação. E o que ela fez? Devolveu a bolada!

“Eu fiquei surpresa demais. O lançamento foi feito no dia 11, mas eu notei no dia 13, era um sábado, e então esperei chegar segunda-feira para procurar a gerente do meu banco para entender o que tinha acontecido”, contou ela ao G1 Goiás.

A gerente do banco informou a Leizimar que foi um erro no sistema e que ela poderia ter que responder de alguma forma caso tivesse usado o dinheiro.

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Depósito de mais de R$ 2 bi foi feito na conta da moradora de Anápolis que logo procurou o banco — Foto: Reprodução

Além das trigêmeas Kaylane, Yasmim e Maria Alice, a goiana tem ainda uma filha de 14 anos, Raíssa. Todas filhas de Milton. A família vive com uma renda mensal de R$ 1,5 mil, proveniente do emprego de Milton.

“Mesmo a gente passando por certa dificuldade, porque cuidar de trigêmeos fica puxado com fraldas e outros gastos, nós preferimos nossa consciência tranquila”, afirmou Leizimar, ressaltando que a conta bancária voltou a ficar no vermelho.

Pelo menos para Leizimar, a honestidade não tem preço. Podia servir de exemplo a muita gente, não é?

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Redação Conti outra. Com informações de G1.

Alvo de bullying por recolher lixo das ruas, menina muda de escola, mas não desiste de limpar o planeta

Alvo de bullying por recolher lixo das ruas, menina muda de escola, mas não desiste de limpar o planeta

A adolescente Nadia, de 13 anos, é exatamente o tipo de pessoa de que o mundo mais precisa, alguém que se preocupa com sua comunidade e a Terra que todos compartilhamos. No entanto, os valentões da sua escola viram seu comportamento positivo como algo a ser usado contra ela e começaram a provocá-la com o apelido de “trash girl” (garota do lixo).

Mas se engana quem imagina que Nadia se deixou abater, a menina levantou a cabeça e abraçou o apelido, que, segundo ela própria, a faz parecer um super-herói. Implacável, ela continuou com sua cruzada de limpeza e criou uma página no Facebook, chamada “Team Trash Girl “, onde ela incentiva outras pessoas a postarem suas próprias histórias de coleta de lixo.

“Eu queria encontrar uma maneira de ajudar todos a apoiarem uns aos outros, para ajudar a corrigir os problemas do planeta, antes que o planeta se torne um caso perdido”, escreve a menina. “Então, por favor, tente pegar 3 pedaços de lixo hoje. Mostre-nos o que você encontrou. Vamos todos apoiar uns aos outros para tornar o mundo um lugar melhor ”.

Depois que sua história viralizou em 2018, Nadia tornou-se uma embaixadora da ONG WWF e ganhou reconhecimento internacional e vários prêmios.

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Image credits: theoutdoorguide

Ela foi até mesmo imortalizada em forma de desenho animado e, sendo ela mesma uma interessada no assunto, também está publicando sua própria história em quadrinhos com tema ambiental em um jornal local.

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Image credits: creativenation

Mas aqueles que praticavam bullying contra Nadia não desistiram. Toda a atenção que ela passou a receber depois que a sua história ficou conhecida, só fez alimentar a inveja e a amargura desses garotos. Eles já jogaram suco de laranja nela, já lhe apontaram uma faca e até já lhe deram um soco. A polícia se envolveu no caso e Nadia teve que mudar de escola.

Agora em uma nova escola, a Reepham High, Nadia tem o melhor professor que ela poderia encontrar, Matt Willer, que a garota conheceu quando ambos foram nomeados para um prêmio de “herói ecológico”

O professor, que dirige um projeto ecológico, disse à BBC : “Eu ouvi falar do trabalho incrível que ela estava fazendo coletando lixo e como, muito tristemente, ela estava sendo maltratada porque estava fazendo algo diferente”.

“Isso me sensibilizou e então perguntei se ela gostaria de vir e dar uma olhada na Reepham High, escola em que eu leciono.”

A antiga escola de Nadia, Hellesdon High, disse que a segurança e o bem-estar dos estudantes são de suma importância. “Promovemos um ambiente coletivo que reflete altos padrões morais e uma cultura de responsabilidade social. Proporcionamos um ambiente de aprendizagem seguro para todos os alunos. Todos os estudantes são respeitados e sua individualidade é valorizada ”, disse Tom Rolfe, diretor da Hellesdon.

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Image credits: teamtrashgirl

Mas Paula Sparkes, mãe de Nadia, disse que sua filha não era apoiada em Hellesdon High. “A equipe não estava do lado dela para ajudar e apoiar ela, e achamos que não era apropriado que ela estivesse lá mais”, disse ela.

Nadia continua unindo forças sob seu apelido de “Trash Girl”, um nome que lhe foi dado para humilhá-la, mas que agora é motivo de muito orgulho para ela.

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Redação CONTI outra. Com informações de Bored Panda.

Imagem de capa:  teamtrashgirl

“A minha alma tem pressa” – Belíssimo poema para refletir

“A minha alma tem pressa” – Belíssimo poema para refletir

Nós todos sabemos que a vida muitas vezes não é longa o suficiente para viver tanto quanto gostaríamos, mas muitas vezes, além disso, não somos capazes de valorizar o que temos, o que vemos, desperdiçamos tempo com coisas que não merecem, não porque sejam irrelevantes, mas porque nosso coração não está nelas.

Mário de Andrade nos deixa um lindo poema (O valioso tempo dos maduros), que nos mostra uma bela apreciação da vida, que se conseguirmos nos inspirar nele, podemos sem dúvida dar muito mais valor a cada segundo com esse presente que chamamos vida;

O valioso tempo dos maduros

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.

Tenho muito mais passado do que futuro.

Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturas.

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.

As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa.

Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, quero caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.

O essencial faz a vida valer a pena.

E para mim, basta o essencial!

(Mario de Andrade)

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Adaptado por A Soma de Todos os Afetos do site Perlas para el alma

Sophie Turner: a Sansa da série Game of Thrones fala sobre sua depressão

Sophie Turner: a Sansa da série Game of Thrones fala sobre sua depressão

Sophie Turner, 23 anos, compartilhou corajosamente como crescer no centro das atenções devido ao seu papel em Game of Thrones afetou sua saúde mental.

A atriz britânica, que começou a interpretar Sansa Stark na série dramática da HBO, quando tinha apenas 13 anos, revelou que tem visto uma terapeuta para ajudá-la a lidar com as pressões da fama. Sophie falou sobre o assunto em uma entrevista com Marie Claire Austrália neste mês, admitindo que estúdios de cinema e TV a incentivaram a perder peso.

A estrela, que recentemente se casou com Joe Jonas, 29, disse: “Todo mundo precisa de um terapeuta, especialmente quando as pessoas estão constantemente dizendo que você não é bom o suficiente e que você não parece boa suficiente.

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“Eu acho que é necessário ter alguém para conversar e ajudá-lo através disso. “Ela prosseguiu explicando: “Meu metabolismo de repente decidiu cair nas profundezas do oceano e comecei a ficar irregular e ganhar peso, e tudo isso estava acontecendo comigo diante da câmera”. Sophie também foi sincera sobre seus problemas de saúde mental em uma conversa com o Dr. Phil, 68 anos, em abril.

Enfrentando sua batalha contra a depressão no podcast do apresentador de talk show americano, Phil in the Blanks, ela contou: “Eu sofri com minha depressão por cinco ou seis anos. O maior desafio para mim é sair da cama e sair de casa. Aprender a amar a si mesmo é o maior desafio. ”

TEXTO TRADUZIDO POR PSICOLOGIAS DO BRASIL, DE EXPRESS

Homem abre refúgio para cães idosos que foram abandonados

Homem abre refúgio para cães idosos que foram abandonados

Quando um objeto fica velho, nós costumamos descartá-lo com facilidade, entendendo que ele já não tem mais utilidade. Essa lógica tão simples geralmente é aplicada sem qualquer tipo de culpa ou remorso, uma vez que estamos tratando de objetos inanimados. Mas a distorção acontece quando as pessoas aplicam a mesma prática ao lidar com “velhos amigos” que já não tem mais a mesma vitalidade de antes. Todos os dias, muitas pessoas abandonam seus animais de estimação, justamente no momento em que eles mais precisam de atenção e cuidados especiais, como tratamentos veterinários, medicamentos, alimentação diferenciada, entre muitas outras coisas que geram gastos extras. Cães e gatos idosos são deixados na rua, à própria sorte, simplesmente porque seus donos não estão dispostos a arcar com os gastos gerados por um animal no fim da vida. Mas alguém de bom coração resolveu ser o anjo da guarda destes tristes velhinhos.

Russell Clothier criou o Sheps Place, um santuário localizado no estado do Missouri, dedicado ao cuidado de cães mais velhos que não tiveram a sorte de terem sido adotados.

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A ideia surgiu quando Clothier resgatou um cão Beagle-Basset Hound, de 10 anos e ficou sensibilizado com a situação do animal. Ele então entendeu a necessidade de um espaço que acolhesse e desse uma segunda chance a cãezinhos em idade avançada que são obrigados a vagar sozinhos pelas ruas da cidade.

As instalações do Santuário fundado por Russell Clothier tem chuveiros especiais, um grande pátio para que os cães possam correr durante todo o dia e camas espaçosas onde eles podem descansar confortavelmente.

O trabalho voluntário de Clothier também ajuda outros abrigos. Quando um animal que vive em um abrigo chega à velhice sem ser adotado, Clothier o acolhe no santuário para que ele possa conviver com outros cães da sua idade e também receber todo o amor e o carinho que merecem. A ideia do fundador do santuário é criar um ambiente doméstico, porque, infelizmente, a maioria destes cães vem de uma casa onde as pessoas não podiam cuidar deles.

Esta bela iniciativa ajuda estes cães a ter um fim de vida digno, com conforto e tranquilidade.

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Redação CONTI outra. Com informações de Nation.

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