“Hoje o indivíduo se explora e acredita que isso é realização”

“Hoje o indivíduo se explora e acredita que isso é realização”

Quando falamos sobre nós mesmos nos desperta uma sensação de recompensa primitiva, pois entre as maiores necessidades humanas é sentir-se importante diante dos outros. É uma carência que nasce conosco, um desejo saudável que move os nossos objetivos e relacionamentos.

Do ponto de vista psicológico isso não pode ser desconsiderado, porque em maior ou menor grau necessitamos de uma dose de aceitação externa.

Sentir-se importante fortalece a nossa autoestima, sendo que precisamos das pessoas para nos completar como seres sociais.

Entretanto, há uma linha tênue que separa a vontade benéfica de sentir-se importante, da necessidade patológica de aparentar que é alguém importante. Para entender os adultos que sofrem desse transtorno devemos retornar infância, onde pode ter ocorrido a falta de cuidado ou do seu excesso, tanto um quanto o outro pode influenciar de forma traumática a vida adulta.

Assim, certas pessoas sentem a necessidade de atenção exagerada ou exclusiva para si. O que as levam a se vangloriar nas relações cotidianas e digitais. Para o filósofo Byung-Chul Han: “Hoje o indivíduo se explora e acredita que isso é realização”. O que representa uma forma de expor a sua particular visão de mundo, construída a partir da concepção de que os indivíduos se autoexploram e têm pavor do diferente.

Hoje, essa ostentação virou uma maldição, permitindo que até membros de gangues e de organizações criminosas se exibam como “vencedores” nas comunidades e nas redes sociais, como modo de realização da autoimagem, baseada nos códigos do submundo, que tencionam por aprovação social, seja pela ameaça ou pela violência.

Aliás, os piores nesses quesitos são os políticos demagogos que gostam de se gabar que são importantes, e de simular que são amigos de autoridades respeitáveis. Eles fazem micagem por holofotes, clamam por aplausos da platéia e mentem para os eleitores, um comportamento típico de falastrões.

Essa mania de se pavonear virtualmente despertou o interesse da ciência, que começou apontar os resultados de pesquisas destinadas a entender por que as redes sociais podem trazer à tona os instintos mais tenebrosos, inclusive os mal resolvidos na infância, amplificando os aspectos negativos de nossa personalidade.

Os estudos apontam que existem indivíduos que estão brigando por realização na sociedade. Contudo, é uma concorrência árdua, e quem não tiver inserção no mercado está fora da competição. Sentir excluído desse circuito impulsiona o consumo de ansiolíticos, como rivotril, diazepam e lexotan. E no corpo essas coisas se traduzem em anorexia, compulsão alimentar, tensão muscular, etc.

A preocupação desses sujeitos é com seu próprio ego: importam-se apenas com seus bens, com suas famílias, com seus sentimentos e com suas ideias. Han analisa que esse problema reside no fato de que o narcisista é cego na hora de ver o outro, sem esse outro, não podemos produzir o sentimento de autoestima.

É preciso dizer que não foi com a internet que surgiu a soberba, já que a necessidade de se gabar sempre existiu na história humana. Porém, com o ciberespaço o alcance da autopromoção é imenso, uma vez que na sociedade do hiperconsumismo todos precisam ser “comercializáveis”, o que causa muitas críticas.

Portanto, a saída é não reproduzir essa gabolice, que se degenerou em narcisismo, levando os indivíduos viverem com a angústia de não estar fazendo tudo o que poderia ser feito, para se tornarem “vencedores”, e se não conseguirem a culpa é deles, mas o “inferno” é os outros.

Photo by Daria Rem from Pexels

Conexões de pele são passageiras. Conexões de alma duram a vida inteira.

Conexões de pele são passageiras. Conexões de alma duram a vida inteira.

É difícil explicar as razões que nos fazem simpatizar de cara com alguém. É difícil encontrar motivos que justifiquem a alegria espontânea que sentimos quando estamos perto dessa pessoa ou a falta absurda que ela nos faz, mesmo que a tenhamos conhecido há tão pouco tempo.

Mas acontece. Algumas pessoas cruzam nosso caminho e a conexão é imediata. Dizem que as almas já se conheciam e por isso não são necessárias apresentações, explicações, conclusões. A gente apenas sente, e ponto. Com elas ficamos à vontade, sentimos familiaridade, temos vontade de descalçar os sapatos, abrir uma garrafa de vinho e passar o resto do dia, da semana, do ano… falando da vida, rindo à toa e confessando segredos sem receio do choro vir à tona.

Quando há conexão de almas, a gente se reconhece no olhar. Antes mesmo das apresentações, sentimos proximidade. E por mais que faltem explicações, sobram semelhanças e sincronicidade. É como se o Universo conspirasse a favor, e os caminhos estivessem fadados a se cruzar.

Algumas coisas são inexplicáveis nessa vida, e a conexão imediata que sentimos perto de algumas pessoas é assim também. Nem sempre a pessoa é a mais bonita, mas nos atrai de maneira inexplicável e intensa. Ela sorri e você tem vontade de sorrir também; você abre a boca para falar algo, ela interrompe com aquilo que você estava prestes a dizer; você pensa nela, ela te manda uma mensagem no whatsapp; você perde o sono e descobre que na mesma noite ela sonhou com você.

Conexão é algo inexplicável, que faz com que você se veja refletido no outro de uma maneira que faz você gostar mais de si mesmo. Não há censura, julgamento ou condenação. Você é acolhido e aceito como é, e aquilo que parecia tão difícil ou complicado, vai ficando mais leve e fácil de carregar.

De vez em quando conhecemos alguém e temos a sensação de que já o conhecíamos anteriormente. O psicanalista Christian Dunker explica essa familiaridade ou “conexão de almas” dizendo que o indivíduo tem algumas lacunas, repressões ou resistências dentro de si. É como se a pessoa olhasse algo, mas não enxergasse. Ouvisse algo, mas não escutasse. Até que aparece uma outra pessoa que faz a integração. Essa pessoa entra na nossa vida reunindo traços de percepção ou traços de desejo que estavam em pendência. Assim, a sensação é de que já o conhecíamos, mas na verdade o que ocorreu foi que essa pessoa trouxe algo que nos fez entrar em contato com nossas lacunas e desaceitações, com aquilo que precisávamos lidar em algum momento ou outro da vida, e de repente tudo faz sentido.

Entendendo ou não de psicanálise, o fato é que gostaríamos de acreditar que seria possível passar um dia inteiro ao lado de alguém que acabamos de conhecer num trem – como no filme “Antes do Amanhecer” – e encontrar no outro o tipo de afinidade que estivemos buscando a vida toda. O filme fez tanto sucesso na década de noventa que virou uma trilogia (se não assistiram, corram para ver). A trilogia gravada entre os anos de 1995 e 2013 (com o mesmo elenco), fala desse tipo de conexão rara, que pode nascer de um encontro casual e durar uma vida inteira.

Acredito que isso seja possível sim. O encantamento, a simpatia gratuita e a conexão imediata que sentimos ao lado de algumas pessoas nos fazem acreditar que nem tudo tem explicação lógica, e que nossa alma tem mais mistérios do que podemos supor ou entender. Sinta-se abençoado se alguma vez conseguiu sentir. Sinta-se privilegiado se a outra pessoa sentiu o mesmo que você. Conexões de pele são passageiras. Conexões de alma duram a vida inteira.

***

Compre meu livro “Felicidade Distraída” aqui: https://amzn.to/2P8Hl2p

Ajudar o colega de trabalho não gera concorrência e sim admiração

Ajudar o colega de trabalho não gera concorrência e sim admiração

Em meio a uma crise econômica, em geral, passamos a temer a perda de nosso emprego. A vida está cada vez mais cara, nosso poder de compra é diminuto, ou seja, não poder contar com um salário no final do mês é um pesadelo. Com isso, os ambientes de trabalho tornam-se menos saudáveis, uma vez que todos se veem como concorrentes em potencial.

Nesse contexto, muitos ficam atentos ao próprio trabalho e aos dos outros, com medo de que esteja sendo menos proveitoso, menos competente, menos elogiado e notado pelo superior. E assim não é possível haver interação afetiva verdadeira entre as pessoas que ali trabalham, as quais são tidas como não-amigas, concorrentes, possíveis puxa-tapetes e, portanto, melhor se manterem distantes uns dos outros.

Logicamente, em qualquer serviço, existem pessoas mal intencionadas, falsas, perigosas e fofoqueiras, que sempre estão à procura de derrubar alguém. Mas isso ocorre em todos os setores da vida, desde o mercado de trabalho, até mesmo nas conversas de bar. Quem possui um caráter deformado vai agir de maneira antiética onde e com quem estiver, porque faz parte da pessoa aquela escuridão e seguirá dentro dela para lá e para cá.

Não podemos é, por conta disso, negar compartilhar conhecimento com nossos colegas de trabalho. Na maioria das vezes, as pessoas são gratas com quem lhes ajuda, as pessoas crescem, desenvolvem-se e melhoram, jamais se esquecendo de quem as ajudou nesse percurso. Você será sempre lembrado pela grande maioria daqueles que você se dispôs a ajudar e a ensinar. E isso faz um bem enorme.

Precisamos nos conscientizar de que pode haver alguém que acabe ocupando o nosso emprego e isso não significa que somos derrotados. Ser despedido não é sinal de incompetência, não é motivo para achar que não tem mais jeito. A vida continua e conseguiremos nos recolocar no mercado de trabalho. É preciso encarar como uma nova luta pela frente, um recomeço, uma nova oportunidade de ser melhor e mais forte.

Se houve algum erro de sua parte, aprenda e não o cometa mais. Tudo é aprendizado, tudo vai voltar nos eixos. Apenas continue compartilhando e ensinando, onde estiver. A vida e as pessoas têm um jeito especial de retribuir pelas coisas boas que espalhamos por aí.

***

Imagem: Photo by Samantha Garrote from Pexels
Texto originalmente publicado em Prof Marcel Camargo

Ninguém segura uma mulher que descobriu o próprio valor

Ninguém segura uma mulher que descobriu o próprio valor

Ela é a tradução da palavra renascimento. Ela é a prova viva de que o passado de uma pessoa não define o futuro.

Ela já se sentiu um zero à esquerda porque o seu valor era medido pela régua das piores. Ela não tinha imunidade emocional, então, internalizava toda a perversidade com que era tratada; ela se percebia merecedora de todo o desrespeito e crueldade; ela se comportava como um saco de pancadas.

O fundo do poço foi seu endereço por muitos anos; mas um dia, ela olhou para cima e percebeu um céu estrelado convidando-a a tentar algo novo, como ela não tinha nada a perder, decidiu tentar.

Sem dar satisfações a ninguém, ela começou a dar pequenos passos. Nesse novo caminhar, ela foi agraciada por pessoas e oportunidades que lhe mostraram aspectos positivos dela, até então, ignorados. Foi uma viagem para dentro de si, um caminho sem volta rumo à descoberta do seu próprio valor.

Hoje, ela é julgada como antissocial, mas na realidade, ela tornou-se seletiva. Ela está interessada em qualidade, não em quantidade de vínculos. O sexto sentido dela é aguçadíssimo, e ela nunca ousa ignorá-lo. Ela já não se ilude com tapinhas nas costas e bajulações, no fundo, ela sabe quem é quem.

Ela fala com todos, mas é amiga de poucos; ela aprendeu a dizer “não” sem ter que se explicar. Ela olha nos olhos e enxerga a essência, é perda de tempo tentar ludibriá-la.

Ela é desconfiada, sim, pois já levou rasteiras demais. Ela aprendeu a se retirar de onde não se sente confortável, porque, hoje, o seu maior compromisso é com o autocuidado.

Ela tornou-se preguiçosa para gente rasa, e dissimulada; mas está sempre disposta para pessoas que queiram acrescentar. Com ela, gente sonsa não se cria.

Sobre o amor, sorte de quem a encontrar agora, dona de si, cheia de intensidade e segura do que merece.

***

Photo by Moose Photos from Pexels

Lady Gaga voltará ao cinema, mas agora como uma vilã!

Lady Gaga voltará ao cinema, mas agora como uma vilã!

Quem não se apaixonou pela intensa história entre os personagens de Lady Gaga e Bradley Cooper em ‘A Star Is Born’? Além de formarem um casal incrível, pudemos ver uma nova faceta de Gaga, que de uma famosa cantora extravagante se transformou em uma completa estrela de Hollywood.

Agora, ela voltará ao cinema, mas desta vez não para nos fazer acreditar no amor, mas para incorporar a protagonista de um thriller baseado em fatos reais. Gaga se tornará uma vilã sem escrúpulos.

contioutra.com - Lady Gaga voltará ao cinema, mas agora como uma vilã!

O filme será sobre o assassinato de Maurizio Gucci, um importante membro da família Gucci que dirigiu a famosa marca de moda italiana de 1983 a 1993.

Lady Gaga terá novamente um papel de liderança, interpretando Patrizia Reggiani, condenada por ordenar o assassinato de seu ex-marido Maurizio Gucci, que foi baleado em 27 de março de 1995 em frente ao portal de sua empresa em Milão.

O real caso teve grande exposição na mídia e Reggiani defendeu sua inocência o tempo todo. Ela acabou sendo condenada a 26 anos de prisão, porém, em 2016 um tribunal em Milão concedeu sua liberdade.

Maurizio era neto de Guccio Gucci, fundador da Gucci e responsável pelo grande império que, inicialmente, vendia selas para cavalo, até que se tornou uma cobiçada marca da moda.
O filme ainda não tem título, mas, além da direção de Ridley Scott, o roteiro será de Roberto Bentivegna, e foi baseado no livro ‘A Casa da Gucci’, de Sara Gay Forden.

Esta nova aposta no cinema de Lady Gaga será o primeiro projeto após o sucesso alcançado em ‘A Star is Born’, que a levou a ganhar o Oscar de melhor música original por “Shallow” com Bradley Cooper, e foi indicada ao prêmio como melhor atriz.

contioutra.com - Lady Gaga voltará ao cinema, mas agora como uma vilã!

Sem dúvida, Lady Gaga está no topo de sua carreira e é merecido, afinal ela é boa como cantora e atriz. Uma estrela total!

 

Com informações de UPSOCL.

Diga-me com quem andas e eu te direi quem és

Diga-me com quem andas e eu te direi quem és

“Diga-me com quem andas e eu te direi quem és”

“Quem anda com porcos, farelos come”

“Passarinho que acompanha pato, morre afogado”

Desde sempre os antigos tentam nos alertar sobre a importância de selecionarmos bem as pessoas com as quais nos relacionamos.

A ciência já comprovou: somos a média das 5 pessoas que mais convivemos intimamente.

Com quem você tem andado?

Você os admira?

Quem são as pessoas que você mais escuta?

Que tipo de programa vocês fazem juntos?

Como está a vida delas? E a sua?

É fácil comprovar.

Recentemente, observei um grupo que conheço. São amigos há anos. Durante os encontros, um deles estava sempre falando do que não estava presente. Pouco tempo depois, percebi que todos os outras tinham o mesmo hábito, de falar, contar detalhes sobre a vida de quem não estivesse em tom de “segredo”.

Em outro grupo, por mais dinheiro que tivesse, uma estava sempre falando de dificuldade, de dívida. Faziam acordos financeiros entre si e não cumpriam. Pouco tempo depois, até quem não tinha esse hábito estava fazendo o mesmo com outras pessoas. Inclusive de fora do grupo.

Outro grupo tinha um integrante que não gostava muito de beber. Mas sempre que se reunia com o grupo, bebia para acompanhar, para se entrosar. Agora, bebe até sem eles.

Esses são somente alguns exemplos. Mas, dá pra perceber o padrão.

Somos seres de hábitos. Aquilo que repetimos muitas vezes, se torna hábito e, em pouco tempo, começa a fazer parte da nossa personalidade.

Quem são as pessoas que te inspiram a adquirir bons hábitos?

Tenho poucos amigos. Mas foram muito bem selecionados. São pessoas que eu realmente admiro, em todos os aspectos. Gente de coração imenso, sorriso largo. Gente que tem sempre um bom conselho, capaz de deixar tudo o que faz pra te dar uma mão. Gente que cuida bem da própria família, que faz caridade, que respeita os outros. Gente com a qual você pode conversar sobre qualquer coisas, sem julgamentos.

Escolhi estas pessoas porque é como elas que eu quero ser!

E você, como quer ser?

Pense nisso!

Namastê
Muito obrigada

Kássia Luana

Photo by Tatiana Vavrikova from Pexels

Este lindo ensaio fotográfico mostra que o envelhecimento não é um final triste

Este lindo ensaio fotográfico mostra que o envelhecimento não é um final triste

A fotógrafa Sibylla Ventura, 37 anos, há cerca de três anos é especialista em ensaios fotográficos com idosos. Ela é responsável pelo Projeto Relicário, no qual seu objetivo é resgatar a autoestima dos seus modelos e mostrar que envelhecer não é sinônimo de tristeza, nem é um final melancólico.

A ideia para o projeto surgiu após o falecimento de seu avô, em 2016. Dois meses antes, Sibylla havia feito o ensaio fotográfico de 60 anos de casados de seus avós. Quando seu avô adoeceu, a fotógrafa percebeu que o ensaio fora o último passeio que ele havia feito em vida.

“O meu avô quando mais novo era fotógrafo. Como ele sempre gostou de foto eu propus o ensaio simbolizando o amor e a união deles, e os dois concordaram. Como eu estava com alguns acessórios no carro, peguei corações e objetos para colocar em cena no Orquidário. Quando postei as fotos dos dois no Facebook, teve uma repercussão grande, todo mundo achou legal, por conta deles serem idosos”, conta a fotógrafa para A Tribuna.

A partir de então Sibylla se inspirou e decidiu levar alegria para os idosos do Lar Vicentino de Assistência à Velhice, em São Vicente. Ela já tinha visitado o Lar e havia refletido sobre como como é viver em uma casa de repouso. “Tive a ideia de criar o projeto. Fui conversar com uma amiga porque queria um nome forte, simbólico. E a gente cogitou Relicário, que porta relíquias mesmo”, relembra.

contioutra.com - Este lindo ensaio fotográfico mostra que o envelhecimento não é um final triste
Idosos do Lar Vicentino no ensaio natalino do Projeto Relicário (Foto: Sibylla Ventura)

Até agora foram quatro ensaios feitos, desde 2016 até 2018. Neste ano, até o momento, realizou dois. Na ocasião, ela escolhe tema, figurino, e, se necessário, até monta cenários. Tudo para os idosos se tornarem o centro das atenções e dos flashs da câmera.

contioutra.com - Este lindo ensaio fotográfico mostra que o envelhecimento não é um final triste
Ensaio do projeto Relicário no Lar Vicentino com tema circo (Foto: Sibylla Ventura)

“Eles se sentem especiais, é como se fossem estrelas. Ficam bem eufóricos também. No dia dos ensaios, junto de oito a dez voluntários da área da beleza. Os idosos ganham penteados, maquiagem e unhas pintadas. Antes, faço uma pesquisa do tema, procuro roupas em brechós, acervo pessoal, peço ajuda de familiares e amigos. E monto o figurino de todos”, explica a fotógrafa.

contioutra.com - Este lindo ensaio fotográfico mostra que o envelhecimento não é um final triste
Idosos entram no clima dos ensaios. (Foto: Sibylla Ventura)

O momento de estar sendo fotografado e o resultado final posterior acaba instigando uma mudança de olhar para o idoso.
“Os ensaios temáticos servem para desmistificar um pouco essa ideia de que o idoso é ligado a tristeza, a angústia, principalmente quando a gente fala de um idoso que está em uma casa de repouso. Com os ensaios consigo extrair sorrisos, brincadeiras, alegrias… Por meio do projeto eu notei que muita gente passou a ver o idoso de outra forma, passou a compreender que o idoso não é um final triste”, pontua.

No dia do ensaio, a fotógrafa conta com a ajuda dos profissionais da casa de repouso; ela coloca uma música que tenha a ver com o tema e assim, faz os idosos se soltarem, à medida que consegue extrair mais sentimentos e expressões genuínas na fotografia.

Para Antônia Oliveira Gonçalves, de 92 anos, a Dona Antônia do Lar Vicentino, os ensaios fotográficos são motivos de felicidade. “Eu adoro, me sinto muito feliz”, afirma.

contioutra.com - Este lindo ensaio fotográfico mostra que o envelhecimento não é um final triste
Ensaio com tema festa junina teve até barraca do beijo. (Foto:Sibylla Ventura)

Kelly Farias, 33 anos, assistente do Lar Vicentino, vê o Projeto Relicário como valorização da terceira idade. “As fotos traduzem a beleza e a expressão do doso. Quando comunicamos aos residentes sobre um novo ensaio eles ficam ansiosos e na expectativa do grande dia. A reação após o ensaio é de alegria e satisfação, eles sempre agradecem a oportunidade.”

A fotógrafa também registra o cotidiano dos acolhidos do Lar e já conseguiu expor seu trabalho na região, que contou com a presença dos idosos modelos. “O ano passado fiz ensaio documental e fiz duas exposições: uma no Miss [Museu da Imagem e do Som de Santos] que ficou um mês e depois Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente. Eles foram visitar, foi bem significativo”.

 

Com informações de A Tribuna

Abençoados aqueles que tentam elevar a autoestima das pessoas

Abençoados aqueles que tentam elevar a autoestima das pessoas

Gostar de si mesmo, do que vê no espelho, apreciar a própria companhia, amar-se, eis metas difíceis de se alcançarem. Fácil é a gente se menosprezar e se achar uma droga, fácil é fazer uma lista com o que queríamos mudar em nós mesmos. Difícil é tentar listar ao menos cinco qualidades que enxergamos em nós. Mas deveria ser o contrário.

Talvez estejamos cercados por muitas chamadas de perfeição, seja na televisão, nas revistas, nas propagandas, seja nas redes sociais. Predomina a ideia de que o sucesso tem a ver com a imagem estética, com a beleza física, com o consumo material. Corpos torneados ostentando grifes são disseminados à nossa volta como algo a ser alcançado, como meta para a felicidade.

Daí a gente olha aquelas pessoas saradas e lindas e se olha no espelho, pronto: banho de água fria. Porque a grande maioria das pessoas está lutando para sobreviver em meio a jornadas de trabalho extenuantes, equilibrando-se entre os boletos que chegam e o salário que mingua, enfrentando a dureza de uma realidade que mal se vê na mídia em geral, a não ser em reportagens sensacionalistas.

Acabamos, assim, com uma autoestima enfraquecida, uma vez que nos comparamos com pessoas que, em sua maioria, vivem da imagem e precisam daquilo tudo para se manterem na ativa. A vida não é cor de rosa, não vem com fundo musical melodioso, nem costuma dar certo toda vez. Caso a gente se compare tão somente com famosos e ricos, acabaremos nos sentindo miseráveis, em todos os sentidos.

Isso não quer dizer que devemos ser conformados, não ter ambição alguma, nem querer alcançar sonhos. Da mesma forma, cuidar da saúde, fazer exercícios, atentar-se para a aparência, são atitudes positivas e que nos fazem bem. O que não se deve é focar unicamente na manutenção de taxas zero de gordura corporal, mas espalhar veneno por onde passar, sem se importar com mais ninguém além de si mesmo. Não se deve comprar sem parar e se esquecer daquilo que dinheiro não compra, mas é essencial: sentimentos, amor.

Nesse contexto, portanto, elogios, afeto, sorrisos sinceros e amor de fato são tesouros que engrandecem o dia das pessoas. Abençoadas sejam as pessoas que sempre tentam elevar a autoestima dos outros, sem inveja, sem dissimular, sem ironia e sarcasmo. Num mundo cheio de gente tentando te empurrar pro buraco, quem te levanta é luz a ser preservada, mantida, valorizada e amada do fundo do teu coração.

Photo by Ana Francisconi from Pexels

Japoneses criam técnica agrícola que permite cultivar sem terra.

Japoneses criam técnica agrícola que permite cultivar sem terra.

As mudanças climáticas, o aumento exponencial da população e a expansão das ilhas de calor (cidades grandes) geram cada vez menos espaço para o cultivo da terra. À primeira vista, este seria um dos grandes complexos que a humanidade enfrentaria no futuro, porém, alguns pesquisadores já pensaram sobre isso e criaram uma solução.

A tecnologia evolui em um ritmo inesperado, o que gerou necessidade da criação de novas formas e métodos. Os japoneses criaram uma técnica agrícola para cultivar sem terra. Se, na década de 60, Norman Borlaug revolucionou a indústria com sua “revolução verde”, agora é necessária uma nova corrente para renovar a agricultura.

Segundo a BBC , o Japão está revolucionando a agricultura, um processo que não precisa de terra ou trabalhadores. Yuichi Mori é o cérebro por trás do engenhoso artificio, que não depende do chão ou das mãos humanas. Mas, como isso é possível?

Mori foi inspirado pelas membranas usadas nos rins artificiais e criou filmes de polímeros, muito semelhantes a uma folha de plástico transparente. São nesses filmes de polímero que ocorre o crescimento das plantas, afinal ele é feito de hidrogel permeável, armazenando o líquido e os nutrientes.

O sistema consome 90% menos água do que a maneira tradicional, não utiliza pesticidas ou outros produtos químicos, uma vez que os poros do polímero bloqueiam vírus e bactérias. É altamente eficaz.

contioutra.com - Japoneses criam técnica agrícola que permite cultivar sem terra.

A planta cresce de um lado e as raízes do outro, reduzindo problemas de espaço e suprimento de água.

Além de tudo isso, Yuichi experimentou fazer plantações verticais, as quais possuiriam automação de coleta. Ou seja, os vegetais seriam removidos automaticamente, sem a necessidade de mãos humanas.

A tecnologia está a serviço do ser humano e, se utilizada corretamente, pode ser nosso melhor aliado para combater os problemas do futuro.

 

Com informações de UPSOCL

Existe um favor que todos nós devemos tentar seguir e partilhar a todo instante: empatia.

Existe um favor que todos nós devemos tentar seguir e partilhar a todo instante: empatia.

Sabe, cada um tem a sua maneira, o seu próprio jeitinho de desabafar ou extravasar os pensamentos e os sentimentos. Eu, obviamente, prefiro fazer isso escrevendo. Porque é escrevendo que consigo questionar mais as coisas e também os discursos alheios. Sim, é importante a gente praticar questionamentos. Mas antes de mais nada, precisamos saber também que tudo tem a sua hora e também a sua forma de dizer. Primeiro, e mais essencial, deveríamos rever a confusão que fazemos entre ser sinceridade e ser honestidade. Já falei sobre outras vezes. Ser sinceridade não é trabalho. Você diz o que pensa e ainda usa de muletas emocionais para validar o que você diz para quem quer que seja. Mas ser honestidade é pra poucos, sinto muito. Quando se trata de honestidade o interessante e o interesse é do comportamento de quem pratica. Tem que ter equilíbrio, tem que ser de coração e sabendo fazer uma autocrítica. Eu vejo qualquer relação no mundo atual, independente do histórico, e fico constrangido e muitas vezes indignado. As pessoas fingem que se gostam, fingem que se respeitam, fingem que se importam. E nessa hipocrisia sentimental às vezes elas passam do ponto. Perdem totalmente a curva no mínimo sadio entre aprender e julgar. Escrever é um amor que tenho, um caminho que escolhi e um somar que me preocupo diariamente em honrar.

Eu sei que a minha preocupação não é a mesma que a sua e nem tem a obrigação de ser. Todavia, existe um favor que todos nós devemos tentar seguir e partilhar a todo instante: empatia. Tanta coletiva quanto individual. Pensar antes dizer é mais amor do que dizer “na lata”. Pensar antes de afirmar é mais amor do que “dar a sua opinião”. Pensar antes de escolher/manter quem te acompanha é mais amor do que ter “um milhão de amigos”. O exercício de pensar é mais amor do que nutrir esse instintivo de querer adivinhar a vida dos outros. Por último, não escrevi este texto para mensagens subliminares e nem para maldizer alguém. Ele é pra mim. O seu único propósito é me lembrar num futuro próximo que não posso me perder, em lágrimas e caos, naquilo que é mais lindo e honesto na minha pessoa e que tenho orgulho de estar plantando há tempos: humildade e sinceridade com os meus sentimentos e pensamentos. É a minha responsabilidade cumprir essa promessa antes de mergulhar em qualquer vida por aí.

Photo by Radu Florin from Pexels

***

Às vezes é difícil encontrar tempo livre para escrever, especialmente quando você é um estudante ou trabalha frequentemente com trabalhos. Claro, se você deseja começar a escrever, você precisa encontrar um tempo livre das tarefas obrigatórias para a escrita que você gosta. Quanto às dicas, você pode usar recomendações de gerenciamento de tempo como a técnica Pomodoro ou até mesmo pedir ajuda ao GrabMyEssay, um serviço que o ajudaria em quase qualquer tarefa em papel. Essa ajuda e organização fariam uma diferença totalmente positiva.

Instituição Campineira oferece abraços sinceros a voluntários de alma leve e vontade de ajudar

Instituição Campineira oferece abraços sinceros a voluntários de alma leve e vontade de ajudar

Dizem os letrados que as palavras traduzem sentimentos, mas há casos em que nem as mais belas construções verbais são capazes de fazer jus ao que sentimos. Como, por exemplo, converter em palavras o aconchego e a segurança experimentados a partir de um abraço sincero? Pois é justamente em abraços que penso quando falo da Instituição Assistencial Dias da Cruz, uma associação civil sem fins lucrativos e de inspiração espírita que presta serviços sociais para a comunidade do Jardim Eulina, em Campinas (SP). Foi conhecendo a instituição que eu finalmente entendi que o que é sentido, nem sempre é traduzido.

Minha história de amor com a Dias da Cruz começou a partir de uma visita informal, inicialmente agendada para que eu pudesse conhecer as dependências físicas da instituição e o trabalho realizado por ela desde 1971. O local é bastante agradável; o terreno amplo e arborizado automaticamente faz com que o visitante sinta um leve bem-estar. Logo pude saber que ali são oferecidos diversos serviços de saúde integrativa que visam atender e melhorar a qualidade de vida da população local.

Dentre todas as opções de atendimentos e serviços me chamou mais a atenção o trabalho realizado pela Creche Pingo de Luz. Criada em 1996 para suprir a demanda de vagas na rede municipal de ensino, a creche recebe alunos na faixa etária entre 1 ano e meio e 06 anos e tem o objetivo de oferecer às crianças um desenvolvimento integral, respeitando sua identidade e estimulando características fundamentais para a formação de um pequeno cidadão.

contioutra.com - Instituição Campineira oferece abraços sinceros a voluntários de alma leve e vontade de ajudar

E foi andando pelos corredores do local que o coodenador da Instituição, o fisioterapeura Carlos R. Bilharinho Jr, disse-me: “Preste atenção, daqui a pouco você vai começar a ser abraçada!” A fala do coordenador foi natural e soou como a constatação de algo que, para ele, parecia normal e corriqueiro dentro da rotina de trabalho. O que aconteceu em seguida não fugiu ao “alerta’ dele, uma das crianças aproximou-se de mim, perguntou-me se eu estava lá para trabalhar com eles e, subitamente, me abraçou. Foi um abraço apertado e carregado de expectativas, sentimentos, e talvez até mesmo de carências… O abraço era um um sinal sendo transmitido: o amor é bem-vindo neste espaço! E este poderoso primeiro contato físico foi a autorização para que outras crianças do entorno também percebessem na minha visita a possibilidade da troca afetiva, da ampliação dos olhares brilhantes e da exibição daqueles sorrisos de dentes de leite que sempre parecem mais abertos e sinceros do que os nossos.

Do abraço coletivo e desse encontro com almas puras ficou o desejo de mostrar a cada vez mais gente o resultado desse sonho posto em prática pelo psiquiatra Wilson Ferreira de Mello há quase 50 anos e que perdura em essência e existência com a ajuda constante de cidadãos como você e eu, pessoas que sabem que a vida de alguém pode ser tocada de muitas formas.

Assim, em nome da Instituição Assistencial Dias Cruz, transmito o convite para que pessoas que têm interesse em “abraçar uma causa” realizem uma visita a esse cantinho de amor. Vale um café descompromissado, uma troca de ideias com a equipe e, com sorte, a possibilidade de um abraço.

Fale com a Instituição Assistencial Dias Cruz

Rua João Rodrigues Serra, 451 – Jardim Eulina – Campinas/SP – Fone: 19 3241 9393

http://www.diasdacruz.org/

No Facebook.

O dia em que fui de trança para o trabalho

O dia em que fui de trança para o trabalho

Fui para o trabalho com tranças iguais às que eu usava quando criança. Vi a Rhianna usando e fiquei louca de vontade de usar também. Então minha tia fez. Isso trouxe à tona um mar de lembranças.

Quando eu era criança, estudava em um colégio de classe média alta na minha cidade. Era uma das poucas negras por lá. Minha mãe, policial, filha de um carpinteiro e uma ex diarista, não aprendeu muito sobre como se defender do racismo. Em consequência, eu também não.

Não entendia porque os meninos riam tanto de mim, das minhas tranças, da minha aparência. “Inimigas” eu tinha muitas. Era o motivo de piada da turma quase sempre. Então, me juntava com as “minorias”.

Sempre gostei de me expressar através do cabelo. Mudo sempre, até hoje. Na época do colégio, gostava das tranças que minha tia fazia. Ou enchia meu cabelo com amarras coloridas ou tererês. Na maioria das vezes, era motivo de piada. Muitas vezes, muito duras.

Então, chegou o ensino médio. Um dia, um professor de inglês chamou meu outro colega negro que estava na minha sala de “neguinho”. Fiquei indignada, queria tomar providencias, chamar a direção. Mas ele não. Preferiu deixar pra lá. Eu me calei também.

Fiquei com aquilo na mente. Me questionei o tempo todo se o problema era esse, se o problema era a cor da minha pele, os meus traços, o meu cabelo crespo. Não sei quantas vezes olhei minha aparência no espelho e chorei, copiosamente, questionando o tamanho dos meus olhos, o formato do meu rosto, minha bunda avantajada, boca grande e meu cabelo… A adolescência foi infernal.

contioutra.com - O dia em que fui de trança para o trabalho
arquivo pessoal da autora

Eu não era em nada parecida com as modelos e atrizes da TV. A não ser algumas que faziam vez ou outra papel de escravas. A única que eu via era a Glória Maria. Linda, elegante. Ela também usava o cabelo como expressão e estava sempre impecável. Uma em centenas.

Sair do colégio foi um alívio. Fui pra o mundo adulto e, não com a mesma intensidade, mas continuava me expressando através do meu cabelo. Advinha a profissão que escolhi: Jornalista. Queria fazer justiça por tudo. Era uma sede incontrolável de Justiça. Que, aos poucos, foi sendo calada pela injustiça. Mudei de área.

O racismo continuou. Uma vez, na saída de uma festa, um rapaz tentou me abordar e, como não conseguiu atenção, gritava aos quatro ventos: “Não sei porque deixaram esse povo sair da cozinha”; Uma cliente duvidou que eu era dona do meu próprio restaurante; Outra duvidou que eu era jornalista; Ou quando reviraram minha bolsa em um aeroporto na Europa e duvidaram que os jornais que eu portava na mala eram meus; Ou quando atendo um cliente e ele se surpreende com a minha educação e modos. Esses são os casos mais amenos.

Mas a menina cresceu, se tornou uma mulher, e viu mudanças enormes acontecerem no mundo. Hoje vejo as professoras ensinando sobre a denominação ridícula do lápis “cor da pele”, dançarinas negras nos programas dominicais, Thais Araújo, Lazaro Ramos, Iza, Beyoncé, Rhianna, Maju e tantos outros nomes demonstrando seus talentos e sendo respeitados. Debates tratando do tema na TV, vídeos na internet.

Hoje, estamos sendo representadas. As meninas negras da próxima geração vão passar por menos problemas que eu, que minha mãe, que minha avó, que minha comadre. Graças a Deus!

Recentemente vi uma criança repetir um comentário racista. Ao invés de ser alertada pelos pais, mandaram-na se calar e riram muito. O que demonstra que ainda falta muito para mudar. Mas as mudanças são visíveis e vão continuar.

Quando à mim, continuo mudando o cabelo como expressão. Pinto, corto, aliso, enrolo, tranço… Depende do meu humor, período, fase… Nunca da opinião das outras pessoas. Isso eu aprendi, à duras penas, e vou continuar repassando.

Representatividade importa, sim!

***

Imagem de capa meramente ilustrativa:  Godisable Jacob from Pexels

Coaches ou vendedores de ilusões?

Coaches ou vendedores de ilusões?

Cada macaco no seu galho é uma expressão popular que significa que cada pessoa exerça a sua atribuição, sem se meter no que não deve, porque a população sabe pela experiência que surgem criaturas que extrapolam os limites. Estamos falando dos “vendedores de ilusões”, que atuam em setores que não são de sua competência técnica.

Isso vem ocorrendo com sujeitos que se intitulam coaches. Estima-se que há 40 mil coaches no País, que oferecem “soluções” aos seus clientes para alcançar a cura, o sucesso e a felicidade. Porém, tem gerado desconfiança nos brasileiros, uma vez que não existe regulamentação e nem fiscalização nos cursos de “formação” nessa área.

Não estamos dizendo que são todos os coaches que agem assim, mas são as constatações dos descaramentos de inúmeros indivíduos que se intitulam coaches. O que levou a indignação de um jovem cidadão, que reuniu 21 mil assinaturas numa proposta pela criminalização da atividade, que está tramitando no Senado, além de quatro projetos semelhantes na Câmara dos Deputados.

O termo em inglês de coach significa “treinador”, aquele que, no esporte ajuda o atleta a manter o seu desempenho. Apesar disso, tal atividade se expandiu à outras áreas, no sentido de auxiliar os indivíduos a evoluir o seu potencial através dos negócios, da alimentação, da mente, da saúde, etc. Todavia, nem todos os coaches estão qualificados para cumprir a função.

Na realidade, o coaching é um movimento que usa procedimentos que permitiriam às pessoas ou grupos a questionar sobre suas crenças e atitudes, tomando decisões que poderiam contribuir para o seu desenvolvimento, apenas isso. Porém, ele não é uma ciência como psicologia, psicanálise, sociologia e filosofia. E tampouco uma terapia, que não pode tratar problemas psíquicos e emocionais.

No entanto, existem coaches que atendem em seus consultórios, que garantem fazer a reprogramação do DNA, a cura quântica das doenças, a reversão do autismo e o coach oncológico. E há outras modalidades bizarras de cursos de coaches, que são oferecidas na internet: coach financeiro de gratidão, coach de educação masculina infantil, coach de animais e coach de coaches, etc.

Além disso, têm os coaches que afiançam aos seus clientes que eles ficarão milionários, com o argumento de que tudo que acontece na vida é resultado do seu “mindset”, ou seja, da sua forma de pensar. Em um vídeo na internet uma palestrante que se apresentou como coach, na mesma linha do mindset, afirmou que, durante o Holocausto, os judeus se entregavam porque não tinham um objetivo maior.

Essa é uma situação muito perigosa, visto que certos coaches estão falando sobre temas que não possuem domínio. O que indica que existem cursos no mercado de coaches que sequer exigem o ensino médio para fornecer certificação, invadindo áreas – com bases teóricas e científicas – de psicoterapeutas e demais profissões de nível superior.

É importante reafirmar que não são todos “farinha do mesmo saco”. Então, não podemos criminalizar atividades que podem ser disciplinadas por lei, pois tem gente que atua com retidão nas suas profissões, da mais humilde a mais complexa, que não coloca em risco o bem-estar social, físico e mental da população.

Portanto, a maior garantia é de que vivemos em uma República, em que todos devem ser tratados pelos seus méritos. E os consumidores são livres para gastar o seu dinheiro em serviços e produtos que lhe convém, mas é dever do Estado definir as regras das titulações e atividades, bem como punir os vendedores de ilusões. Aliás, o charlatanismo já é tipificado no artigo 283 do Código Penal.

Photo by Jean-Daniel Francoeur from Pexels

Idosos de um asilo se juntaram para coletar doces e distribuírem para crianças no Halloween

Idosos de um asilo se juntaram para coletar doces e distribuírem para crianças no Halloween

O Dia das Bruxas é uma data que é muito esperada pelas crianças, principalmente dos Estados Unidos, onde a tradição do Halloween é mais forte. É o dia em que muitas crianças saem fantasiadas de personagens, animais ou qualquer outra coisa que lhes vêm a cabeça, para pedir doces em sua vizinhança, dizendo sempre “doce ou travessura?”.

No entanto, embora o Dia das Bruxas seja considerado um dia importante para as crianças, ele é desfrutado por todos e, principalmente pelos vovôs e vovós.

Um exemplo foram residentes do lar de idosos Heartis Clear Lake, que são pessoas super divertidas e que estavam ansiosas para receber muitas crianças e dar-lhes os doces, afinal elas se empenharam para estarem fantasiadas e merecem recompensas. Então, os idosos fizeram uma chamada aberta para que os pais de toda a cidade levassem as crianças para seu asilo, onde estariam esperando com jogos, bebidas e muitos doces. Realmente um panorama imperdível para qualquer criança que gosta de curtir datas como o Halloween.

contioutra.com - Idosos de um asilo se juntaram para coletar doces e distribuírem para crianças no Halloween

Antes desse evento, não haviam doces o suficiente para todas as crianças, então eles fizeram uma campanha para resolver essa falha em seu plano. E foi assim que eles fizeram uma chamada pública com pôsteres e fotografias dos avós, solicitando a doação de muitas guloseimas para a realização do evento.

contioutra.com - Idosos de um asilo se juntaram para coletar doces e distribuírem para crianças no Halloween

“Nós sentimos falta de dar doces ou travessuras no Halloween”

“Por favor nos ajude a alcançar a meta de coletar doces o suficiente para convidar toda a comunidade para se divertir no Halloween do nosso lar. Obrigada”

“Precisamos de doces ou travessuras!”

contioutra.com - Idosos de um asilo se juntaram para coletar doces e distribuírem para crianças no Halloween

E acabou sendo um sucesso. Eles tiveram mais de 5.000 visitas, contando às crianças e seus pais, o que os levou a fazer um evento inesquecível de Halloween para todos, no qual não houve falta de diversão ou guloseimas. Até mesmo os mais velhos da casa de repouso se fantasiaram para dar as boas-vindas calorosas às crianças que vieram buscar seus doces e travessuras.

 

Com informações de UPSOCL

INDICADOS