Não custa nada a gente exercitar a honestidade emocional quando conhecermos alguém

Não custa nada a gente exercitar a honestidade emocional quando conhecermos alguém

Já aconteceu na minha e definitivamente aconteceu na sua vida de conhecer alguém completamente diferente e especial – pelo menos naquele momento, e a pessoa simplesmente dizer (depois de aproveitar bastante a sua companhia) que não está pronta para um relacionamento sério. Sacanagem maior não tem, todos pensamos e com razão.

Pra quem fica pelo caminho, vem aquela sensação de juntar os cacos acompanhado do discurso de pular fora no caso um possível amor futuro. Percebe o ciclo que está sendo criado? A questão é que todos nós, em algum momento, também fomos a pessoa que demos a desculpa esfarrapada sobre não estarmos prontos para algo mais. Às vezes podemos imaginar que fomos sinceros desde o começo, mas às vezes é um furacão compartimentar e depois transbordar o que sentimos por alguém. Claro, nada disso serve como justificava para quebrar o coração do outro mas, sem querer, acaba dizendo muito sobre o nosso olhar para o lado.

Vivemos em tempos estranhos, eu sei. Só que estar pronto não é tão simples e nem tão complicado assim. Fato é que não custa nada, nada mesmo, a gente exercitar a honestidade emocional quando conhecermos alguém. Porque depositar tempo e energia no espaço de alguém requer responsabilidade e não é legal fazer isso sem ao menos uma dose mínima de cumplicidade. Que todos possamos conversar com o nosso interior antes da tomada de decisão sobre estar disponível para alguém. Ou que ao menos sejamos bem explícitos a respeito das nossas intensidades e intenções desde o primeiro aceno. Significa muito pra quem não quer ficar tratar logo de dizer e significa mais ainda pra quem quer ficar e que não merece perder o otimismo de encontrar alguém que queira. No fundo, todo mundo sabe que se apaixonar é sentir com ousadia e amar é uma coragem diária pro coração.

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Imagem de capa meramente ilustrativa: cena da série Modern Love- Amazon Prime

Estado civil: livre!

Estado civil: livre!

Você não vai morrer de amor. Já sabe disso, não é? Sabe que embora os dias pareçam intermináveis e a saudade pareça rasgar a alma tudo irá passar e você voltará a sorrir.

Claro que você sabe. Mas, teimoso que só, insiste em acreditar que as dores só irão cessar quando você voltar para aquele relacionamento frio, abusivo e desgastante. Afinal “é melhor estar acompanhado e sofrendo do que sozinho e feliz”.

Precisamos evoluir. Conquistamos tantas coisas, enfrentamos no peito os preconceitos da sociedade e trabalhamos igual a uns condenados para conseguir nosso espaço e, mesmo assim, ainda não aprendemos a amar. Acreditamos que o amor é uma fórmula mágica que acontece apenas uma vez na vida e que, sem ele, morreremos infelizes e solitários.

Para começo de conversa precisamos desconcretizar essa ideia de “amor” que colocaram como verdade absoluta. Amor não é esse turbilhão de sentimentos que faz as pessoas perderem a razão, o autocontrole e o amor próprio. O nome disso é paixão. E paixão passa.
As teorias de que “lutar por amor é bonito” e “no amor e na guerra vale tudo” são bonitas na literatura e impossíveis na vida real. Não dá para forçar o outro a ficar e a nos amar. Isso deve acontecer de forma natural e recíproca.

Amor é respeito. Amor é sentir frio na barriga no primeiro encontro, mas ser capaz de manter esse sentimento na rotina. Amor é escolher dividir a vida, a cama, os projetos e aguentar as adversidades como acontecimentos naturais da vida. Isso é amor!

Precisamos despertar, descobrir os propósitos que nos movem e encontrar um caminho para evoluir. A evolução, a qual me refiro aqui, é emocional. Não me refiro a sua ascensão profissional ou aos seus objetivos de vida. Refiro-me a evolução sentimental, ao desenvolvimento da inteligência emocional e a aplicação do amor próprio. E, acredite, tudo isso começa a partir das nossas escolhas.

Tudo o que acreditamos e aceitamos como verdade absoluta reflete em nosso comportamento e, consequentemente, atraímos para a nossa vida. (Isso explica porque algumas pessoas só se relacionam com pessoas abusivas, violentas ou inféis).

Precisamos ter clareza do que nos é sagrado e do que queremos viver e não abrir mão disso em hipótese alguma. Precisamos saber exatamente até onde vai nosso limite e nunca engolir nosso respeito e nosso amor próprio em troca de aceitação.

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É muito desgastante precisar aceitar tudo para ser amado. Aprenda a dizer não.

É muito desgastante precisar aceitar tudo para ser amado. Aprenda a dizer não.

Pare de ser disponível. Coloque-se como prioridade. Pare de querer atender aos desejos e necessidades do outro. Está cansado? Não vá. Não quer? Não faça. Não se sacrifique. Às vezes confundimos as coisas e esquecemos que não precisamos nos anular para amar o outro e muito menos para receber amor.

Dizer não para os outros também é se amar. Você não precisa ser disponível sempre. Quem ama sua disponibilidade não necessariamente ama você. Não quer? Não vá. Não consegue fazer? Não faça. Pare de se desdobrar em mil para ser disponível. Para ser aceito. Para ser amado. Quem nos ama de verdade entende que nem sempre podemos ir, podemos fazer, podemos estar presentes. Quem nos ama de verdade, entende que temos lá os nossos dias ruins e que quando falamos que não dá é porque não dá. Amar não é aceitar tudo. Vai com calma com você mesmo. Aprenda a dizer não. Você vai ver: é libertador.

É muito desgastante saber que é preciso ultrapassar os nossos limites, ser sempre disponível e aceitar tudo para que alguém nos ame. Amar alguém também é dizer não. É afirmar que não se pode fazer determinada coisa e tudo bem. Quem emburra ou se distancia quando você não pode atender a uma necessidade, mesmo diante de tantas coisas que você já se dispôs a fazer não merece a sua dedicação. Não se culpe, pois isso não é ser amado. É ser útil e há uma enorme diferença nisso.

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Ser mentalmente flexível – habilidade essencial no século XXI

Ser mentalmente flexível – habilidade essencial no século XXI

O historiador israelense Yuval Noah Harari é uma das mentes mais brilhantes da atualidade. Ele esteve no Brasil nesse mês de novembro de 2019 participando de congressos e diversas entrevistas. No programa da TV Cultura “Roda Viva”, sua participação foi brilhante e super inspiradora.

Quero convidar você a refletir comigo sobre a flexibilidade mental a partir de suas palavras nessa entrevista, que você pode assistir na íntegra clicando [nesse link].

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“Pela 1ª vez na História não fazemos ideia de como estará o mercado de trabalho daqui a 30 anos e de que habilidades as pessoas precisarão. Por toda a História, prever o futuro tem sido difícil, é claro – o que vai acontecer na política, e assim por diante – mas no tocante às habilidades básicas de que as pessoas precisam, a mudança era muito mais lenta, então você sabia o que ensinar à próxima geração.

Mas agora não fazemos ideia de que habilidades as pessoas vão precisar em 2040 ou 2050. A única coisa de que temos certeza é que elas vão precisar continuar aprendendo e continuar se reinventando por toda a vida. Não é uma questão de aprender uma profissão aos 20 e poucos anos e trabalhar naquela profissão pelo resto da vida. Não; você terá que mudar várias vezes.

Portanto, o mais importante é como ensinar às pessoas que elas devem continuar mudando por toda a vida. E isso é extremamente importante e extremamente difícil, porque mudanças são estressantes e, especialmente após certa idade, as pessoas não gostam de ficar mudando repetidas vezes.

Mas no século XXI isso será uma necessidade. Portanto, esse é um insight vital: você não deve se concentrar numa habilidade em particular, por exemplo, “Vamos ensinar às pessoas como programar computadores” ou “Vamos ensinar chinês às pessoas”. Não, precisamos ensinar as pessoas a serem mentalmente flexíveis…

Yuval Noah Harari

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O Harari conta bastante em seus livros sobre a evolução tecnológica e o desenvolvimento das IA’s (Inteligência Artificial). Tudo isso já está tornando as mudanças muito mais aceleradas e a obsolescência de alguns empregos e serviços uma realidade. Se você não buscar essa flexibilidade mental, infelizmente será passado para trás.

Achei bem importante ele tocar no assunto das pessoas mais maduras em idade, que evitam a todo custo as mudanças, pelo fato de elas serem estressantes e desafiadoras. Mas convenhamos, a vida é desafiadora! Ao contrário do que muitos pensam, isso é uma coisa boa, pois de certa forma nos força a sair da inércia, nos incita a muitas vezes despertamos potenciais que estão adormecidos dentro da gente.

No mundo atual, uma pergunta que deve estar presente com relação ao nosso trabalho é: “Esse trabalho continuará sendo importante, sendo relevante, tendo demanda nos próximos 20, 30, 40 anos?”. Certamente essa é uma pergunta difícil, porém necessária.

Aqueles trabalhos voltados a atividades mecânicas repetitivas ou que envolvam softwares que estão em desenvolvimento, quem trabalha com eles precisa ficar bastante antenado para a possibilidade de serem substituídos pelas máquinas ou softwares ultra-avançados.

Quando o Harari fala em aprender, é lógico que ele está falando também em estudar. O estudo não necessariamente precisa estar vinculado a uma faculdade, universidade ou curso técnico. Você pode aprender através inclusive de tutoriais na internet ou cursos online.

Percebo que tem havido um movimento global no qual os contratantes estão vendo cada vez mais os indivíduos para além dos seus currículos, mas analisando também suas habilidades sociais, comunicacionais, emocionais etc.

Eu diria que essa mente flexível é como a mente de uma criança, que é ávida por aprender, por saber como as coisas funcionam, como desvendar os grandes mistérios. No século XXI, mais do que nunca precisamos ter essa olhar curioso, essa vontade de aprender mais e mais a cada dia.

Os grandes educadores costumam dizer isso, as crianças têm essa curiosidade nata, e à medida que vão crescendo, vão deixando que ela arrefeça por conta de uma série de fatores, um deles é o medo de errar, o medo de falhar. Mas pense! Como podemos aprender algo novo sem errar, sem ter dificuldades?

A flexibilidade é uma postura que envolve a humildade de saber que é um eterno aprendiz e que desconhece bem mais coisas do que conhece. Essa é a dinâmica da vida, um eterno mergulho no desconhecido, dia após dia, ano após ano…

Reflita com carinho sobre esses pontos levantados e veja de forma positiva a flexibilidade mental, pois ela é na realidade uma bela virtude…

Nova exposição imersiva te leva para dentro das obras de Tarsila do Amaral.

Nova exposição imersiva te leva para dentro das obras de Tarsila do Amaral.

A exposição recebeu o nome de “Tarsila para Crianças” e é composta por sete ambientes temáticos, cada um inspirado em uma obra da artista. As decorações são baseadas na estética de cada obra e na poética de cada estação da vida de Tarsila.

Os ambientes possuem como inspiração quadros como “A Feira”, “A Cuca”, “Cartão Postal”, “Urutu”, “O Touro” e “Floresta”. Todos possuem elementos interativos para que o público se sinta ainda mais intimo da arte da nossa querida pintora. Dentre tais elementos estão alguns sons temáticos, pufs (para dar uma descansada ou tirar uma foto temática), versões táteis das obras (para deficientes visuais) e até mesmo interações com o clássico ‘Abaporu’, que, por meio de dois totens responde perguntas suas via inteligência artificial…

contioutra.com - Nova exposição imersiva te leva para dentro das obras de Tarsila do Amaral.

Mesmo não sendo composta por obras originais, a mostra é atrativa tanto para os pequenos como para suas famílias e convida-os a mergulharem na experiência imersiva de cores, formas e histórias da pintora brasileira. A ambientação foi por conta da consultoria YDreams Global, responsável também pela exposição em homenagem à Van Gogh no shopping Pátio Higienópolis neste ano.

As instalações de cada ambiente contam com lustres suspensos, pufes e imensas esculturas que trazem a vegetação e o clima tropical como representados por Tarsila, porém em tamanho agigantado. Como não poderia faltar, uma escultura do famoso “Abaporu” que ganha espaço central na exposição.

Onde encontrar?
Exposição Tarsila para Crianças
Onde: Farol Santander; Rua João Brícola, 24, Centro – São Paulo
Quando: 26 de novembro a 2 de fevereiro
Ingressos: R$ 25; vendas pelo site, disponíveis nesse link.

 

Fonte: MetroJornal e CatracaLivre

Que me desculpem os acomodados, mas eu me tornei seletiva.

Que me desculpem os acomodados, mas eu me tornei seletiva.

Não sou mais a mesma. Aliás, não somos mais os mesmos de alguns anos e até dias atrás. Mudamos. O tempo todo. E eu, particularmente, acho isso fantástico. Acontece que de uns tempos pra cá percebi um certo estranhamento, de mim para mim, entende? Percebi que muita coisa havia mudado. Gostos. Rotina. Prioridades. Amigos. E, sim, eu percebi que estava me tornando seletiva. Não era todo lugar que estava disposta a ir e nossa, “será que estou ficando velha?” Perguntava eu. Depois percebia que não me sentia bem, no sentido de, me sentir a vontade, com todas as pessoas. O que antes acontecia. Agora não mais. Fui ficando “chata”. Não era qualquer lugar, qualquer pessoa, qualquer tempo…. Eu era exigente. Eu me tornei seletiva.

No começo eu me culpei bastante. Achei que estava sendo chata, mas depois comecei a perceber que na verdade eu estava me priorizando. Sim. Primeiro, porque não são com todas as pessoas que nos sentimos bem. E TA TUDO BEM. Segundo porque não preciso sempre estar disposta a sair, às vezes a gente só quer a calmaria do nosso lar, uma boa série (já deixo a deixa pra minha série favorita The Handmaid’s Tale) e uma boa noite de sono. Terceiro que a gente precisa parar de se cobrar tanto socialmente.

Depois de um tempo, você percebe que o tempo é realmente algo valioso. Com tantas coisas pra fazer, dar conta, tantos compromissos. Rotina. Acorda cedo. Volta tarde. Trabalha muito. Estuda. Você começa a priorizar o tempo que sobra com o que realmente importa. Com quem realmente te faz bem e aí meu querido leitor, não é qualquer lugar que cabe. Não é qualquer pessoa que serve e sim, a gente se torna seletivo. Que bom. Uma pena que demoramos tanto tempo para priorizar o que importa. Ninguém consegue focar em inúmeras relações. Se queremos nos aprofundar precisamos dedicar tempo. Precisamos saber quem nos faz bem. Quem não faz. Quem acrescenta e quem nos diminui. Isso é se priorizar também. Aprendi isso. Dói muito, mas a gente aprende que só se ama os outros, amando a si mesmo.

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Photo by Daria Shevtsova from Pexels

Mulheres que vivem rodeadas de plantas vivem mais, diz a ciência

Mulheres que vivem rodeadas de plantas vivem mais, diz a ciência

Pesquisadores da Universidade de Harvard divulgaram um estudo na Environmental Health Perspectives, que revela que mulheres que vivem em um espaço rico em vegetação vivem mais. De acordo com a pesquisa, nesses lugares o índice de mulheres que falecem é 12 % menor do que em outros espaços. Isso só reafirma a importância de viver em comunhão com a natureza.

O teste foi realizado com uma grande quantidade de mulheres, no total 108 mil e durou por 8 anos, no período de 2000 e 2008. Esta análise da exposição à natureza foi cuidadosamente estudada.

As participantes da pesquisa puderam vivenciar vantagens de vidas passadas aproveitando o verde dos bosques e parques, tanto psicológica quanto fisicamente. Segundo o pesquisador Peter James: “uma grande parte dos aparentes benefícios dos altos níveis de vegetação parece estar associada à melhoria da saúde mental”. No estudo uma boa porcentagem das mulheres apresentaram diminuição nos níveis de depressão, isso se deve ao fato de que este estilo de vida cria mais possibilidade de estabelecer relações e atividades sociais.

 

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JOY AND GRATITUDE. First, I’m pretty happy about this shipment of plants I received from the Florida greenhouse last week. My plant studio and porches will hopefully be looking more lush than ever! … ? More importantly, I continue to feel endlessly grateful to all of you for your encouragement and enthusiastic feedback! I even appreciate and try to learn from the critical comments. … ? I have always been a fairly compulsive maker/decorator/plantswoman but it has been so unexpected and has brought me true joy to have my efforts embraced by so many wonderful people. I wake up every day feeling fortunate and excited to explore living with plants as a beautiful, engaging , and meaningful experience. ?… ? Wishing you all a thrilling Thursday! . . . . #gratitude #get_planted #plantseverywhere #planterina #indoorplantstyling #indoorjungle #plantgang #plantcollection #houseplants #indoorplants #growingplants #plantstyle #indooroutdoor #selfportrait #myplantaesthetic #windows #plantlady #botanicalwomen #girlswithplants #indoorplantsdecor #planthaul #plantdelivery #greenhouse #plantswoman #thursdaythoughts

Uma publicação compartilhada por Planterina (@planterina) em

Além do alívio psicológico, cercar-se de plantas também pode reduzir os riscos de doenças respiratórias e tumores, uma vez que o ar puro da floresta se contrapõe à poluição dos grandes centros urbanos.

A dica dos especialistas é que, mesmo que não podendo morar em áreas onde o verde é abundante, pelo menos devemos adquirir o hábito de cultivar plantas em casa. Faça jardins ou de sua varanda um bom lugar para mantê-las mais próximas a nós.

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Redação CONTI outra. Com informações de Olha que vídeo

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Empresas oferecem serviço de reconhecimento facial a igrejas brasileiras

Empresas oferecem serviço de reconhecimento facial a igrejas brasileiras

O Centro de Exposições Anhembi, na zona norte de São Paulo, abrigou no final de outubro a 15ª ExpoCristã – maior evento voltado para o público cristão da América Latina. O evento, que contou com shows de música gospel, simulações virtuais de episódios bíblicos e estandes de editoras evangélicas, também apresentou uma novidade tecnológica que deixou muita gente intrigada.

Sob o slogan “mude a maneira de operar sua igreja”, a Kuzzma, empresa estrangeira de inteligência artificial, lançou seu serviço de reconhecimento facial voltado para igrejas no Brasil. O serviço de reconhecimento facial também estava sendo vendido pela brasileira Igreja Mobile durante o evento. “Hoje em dia quem não deseja ter o controle do seu ambiente? De quem entra e quem sai? Nas igrejas nós constatamos que eles queriam muito saber disso e por isso trouxemos essa tecnologia”, explica Luís Henrique Sabatine, diretor de desenvolvimento da empresa, que oferece ainda o serviço de transmissão ao vivo de cultos e eventos religiosos.

Vigilância em nome de Deus

De acordo com o site da Kuzzma, uma câmera panorâmica de alta resolução instalada nas igrejas possibilita o reconhecimento facial. A câmera ainda identifica informações pessoais e assiduidade dos fiéis nos cultos. A partir disso, são gerados relatórios para cada pessoa, incluindo estatísticas sobre seu comportamento e até avisando em casos de atividade considerada anormal. “Conseguimos definir em nossas métricas até mesmo se alguém precisa de uma visita pastoral”, disse o CEO da empresa em entrevista à ExpoCristã.

Já a concorrente direta, a Igreja Mobile utiliza software da TecVoz, empresa de segurança eletrônica, mas com especificidades voltadas para as necessidades das igrejas.

Uma câmera comum captura as imagens e as envia para um computador capaz de reconhecer rostos e mais informações sobre essas pessoas. “Nós conseguimos definir para o cliente a assiduidade do usuário, contagem de pessoas, humor do usuário, se ele está feliz, se está triste, se está angustiado, com medo. Nós conseguimos definir isso tudo”, explica o diretor de desenvolvimento, Luís Henrique Sabatine.

A Igreja Mobile oferece relatórios de quantidade de pessoas presentes, gênero, idade média dos fiéis, assiduidade e análise de sentimento, conforme divulgado no próprio site.

Segundo Sabatine, cerca de 40% dos clientes da Igreja Mobile – 160 igrejas – utilizam o serviço de reconhecimento facial. O resto utiliza apenas o serviço de transmissão ao vivo dos cultos oferecido pela empresa, que não quis dar nome aos clientes.

A Igreja Mobile pertence a Flávio Carrer Domingues e Rita Cardamone e foi fundada no final de 2018 com o serviço de transmissão ao vivo para igrejas. No início de 2019 começaram a oferecer o reconhecimento facial. Segundo o diretor de desenvolvimento da empresa, “o ponto diferencial é o nicho [cristão], realmente”.

Igrejas vigilantes

A Igreja Evangélica Projeto Recomeçar, localizada no bairro de Xerém, na zona oeste do Rio de Janeiro, é cliente da Igreja Mobile desde o início de 2019 e avalia o serviço positivamente. “Nós utilizamos [o reconhecimento facial] para dar uma maior assistência aos membros que não estão vindo aos cultos”, conta Caio Duarte, responsável pela área de TI da igreja.

Em São Paulo, a Igreja da Restauração, na zona norte da cidade, começou recentemente a utilizar a tecnologia para controle de público. “A gente fica sabendo em média quantas pessoas vêm em cada culto semanal. Pra gente é bem importante ter esse retorno”, relata Sabrina Marciano, da comunicação da igreja.

De acordo com o diretor de desenvolvimento da Igreja Mobile, a tecnologia de reconhecimento facial oferecida precisa ser alimentada com dados de fiéis, como nome e foto, para poder gerar os relatórios individuais para cada um. Nesse momento de registro, os fiéis assinam termo consentindo o uso dos dados pela igreja. “A gente leva os membros, eles registram a face no nosso software lá e assinam o termo dizendo que a igreja irá utilizar da imagem dele para o reconhecimento facial, porque o banco de dados não fica com a Igreja Mobile. Isso fica com o cliente”, esclarece.

No entanto, nem a Igreja da Restauração nem o Projeto Recomeçar firmaram termo de uso de dados com os fiéis. “A gente anunciava nos cultos, mas nada de assinatura”, admite Sabrina Marciano, justificando que a igreja se encontra em reforma e que posteriormente isso será implementado.

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Redação CONTi outra. Com informações de El Pais

Imagem de capa: BRUNO FONSECA/AGÊNCIA PÚBLICA

A metáfora da indelicadeza: o elefante em loja de porcelanas

A metáfora da indelicadeza: o elefante em loja de porcelanas

A psicanálise se utiliza dos recursos simbólicos, pois o que sentimos, falamos e pensamos sobre a vida e o mundo podem ser explicados pelos conceitos metafóricos. As metáforas são usadas de modo inconsciente e influenciam a nossa linguagem falada e escrita, que produz sentidos figurados por meio de comparações. A expressão “o elefante em loja de porcelanas”, com suas variáveis: cristais ou louças é uma metáfora que explica o comportamento de gente grosseira, deselegante ou sem nenhuma delicadeza.

Em geral, essas pessoas são agressivas e colecionam inimizades, porque agem com indelicadeza, sem se preocupar que estão magoando os outros. É como um elefante numa “sala de cristais”, que não quer entender que nesse ambiente tem seres humanos de diferentes idades, etnias, crenças, ideologias e orientação sexual. E que suas atitudes deselegantes geram mal-estar nas empresas, nas famílias, nas escolas e nos demais espaços públicos ou privados.

Essa agressividade pode estar ligada ao um desequilíbrio físico ou emocional, que é inconsciente e contém materiais reprimidos da consciência, e quando emergem para o consciente produzem ansiedade, que se revertem em hostilidade. Os indivíduos com esse perfil agem de maneira vil, como se fossem palhaços do circo de horrores ou como um elegante que se mostra tenso na “loja de louças”, constrangendo quem está ao seu redor.

É cada vez mais comum vê-los, inclusive nas redes sociais, sendo ofensivos com pessoas frágeis física e emocionalmente, como crianças, idosos, mulheres grávidas, pessoas com deficiências, pacientes com depressão profunda e doentes crônicos, que não conseguem dar uma resposta aos desaforos. Precisamos protegê-las de palavras afrontosas, que tem o poder simbólico e psicológico de ferir e humilhar os mais fracos.

O ID desses indivíduos tem uma estrutura de personalidade, que se comporta de forma caótica, sentindo prazer nas ofensas contra os demais. No entanto, o que eles ganham como isso? É o lançamento dos seus desejos ao consciente, pela satisfação plena e imediata, da destruição do afeto, do respeito e da confiança, que são delicados como cristais ou porcelanas.

Há duas possíveis análises para entender esse tipo de conduta desagradável. Primeiro: está agindo só pelo impulso, como uma criança mimada, que pressiona o ego para satisfazer os seus mais diversos desejos. Segundo: ou se move pelo instinto de morte, um instinto autodestruidor, que está na fonte de todos os tipos de agressividade.

Entretanto, para se relacionar com os brutamontes das indelicadezas precisamos de assertividade, que é dizer o que precisa ser dito, no lugar certo e no momento certo, mas com a mesma elegância dos cristais, uma vez que esses sujeitos não estão acostumados a ser tratados com gentileza. É por isso, que a polidez se torna impactante para quebrar a frequência da má educação, que vem do rico ou do pobre, do culto ou do ignorante, já que ser assertivo e calmo é uma virtude moral e divina.

Enfim, a redenção dessas criaturas é autocrítica e a busca por ajuda psicoespiritual, a fim de mudar esse padrão inconsciente de hostilidade. Também devem ser dar conta que é importante ter – autocontrole e refletir antes de falar –, visto que não se deve colocar para fora tudo o que vem à mente, e pôr na consciência que o mundo não gira em torno do seu umbigo. Aliás, ninguém quer manter na sua loja ou melhor na sua vida, um elefante para quebrar seus cristais ou suas louças, já que a restauração desse material é muito custosa.

Tumor no cérebro como o de Gloria Maria pode alterar comportamento da pessoa

Tumor no cérebro como o de Gloria Maria pode alterar comportamento da pessoa

A jornalista Gloria Maria passou por uma cirurgia no último dia 11 para a retirada de uma “lesão expansiva cerebral”. Na quinta-feira (14), ela recebeu alta do hospital Copa Star, no Rio de Janeiro, onde o procedimento foi realizado, e lá está em casa.

A apresentadora do Globo Repórter se sentiu mal no dia 7 de novembro e foi internada. Após ser submetida a uma ressonância magnética, foi detectada uma lesão cerebral e ela precisou passar por uma cirurgia de emergência.

A lesão cerebral, conhecida também como neoplasia, ou popularmente como tumor, pode benigno ou maligno.

Vale ressaltar que nem todo tumor é câncer. A palavra tumor corresponde ao aumento de volume observado numa parte qualquer do corpo. Quando o tumor se dá por crescimento do número de células, ele é chamado neoplasia – que pode ser benigna ou maligna.

Ao contrário do câncer, que é neoplasia maligna, as neoplasias benignas têm seu crescimento de forma organizada, em geral lento, e apresenta limites bem nítidos. Elas tampouco invadem os tecidos vizinhos ou desenvolvem metástases. O lipoma e o mioma são exemplos de tumores benignos.

As neoplasias benignas não costumam apresentar risco à vida, entretanto, podem complicar-se quando aumentam em grande quantidade, levando à compressão de órgãos e tecidos próximos.

As neoplasias malignas, por sua vez, são formas mais graves, podendo ser de difícil tratamento, principalmente quando descobertas tardiamente.

Sintomas da neoplasia

● Dores de cabeça: costumam ser o primeiro sintoma a se manifestar e se tornam mais frequentes à medida que o tempo passa. Podem não melhorar com remédios comuns para dor de cabeça e ser acompanhadas por náuseas e vômitos. Elas podem piorar quando o paciente se deita ou abaixa a cabeça.
● Convulsões: as convulsões assumem diferentes formas como apresentar dormência, formigamento, movimentos descontrolados dos braços e das pernas, dificuldades na fala, sentir cheiros estranhos ou ter sensações estranhas, episódios de inconsciência e convulsões.
● Mudanças nas funções cognitivas, no humor ou na personalidade: o paciente pode ficar retraído, temperamental ou ineficiente no trabalho, sentir-se tonto, confuso ou incapaz de pensar. Depressão e ansiedade, especialmente se aparecem repentinamente, também podem ser sinais de tumor cerebral. O paciente também pode se tornar desinibido ou agir de forma completamente diferente da que lhe era habitual.
● Mudanças na fala: como dificuldade para encontrar palavras, falar de forma incoerente, incapacidade de se expressar ou de compreender a linguagem.
● Alteração nas capacidades auditiva e olfativa ou na visão, incluindo visão dupla ou embaçada.
● Perda do equilíbrio ou da coordenação
● Mudança na capacidade de sentir: calor, frio, pressão, um toque leve ou algo afiado.
● Alterações no pulso ou frequência respiratória: se o tumor pressionar o tronco cerebral.

Fatores de risco

Existem alguns fatores de risco para o desenvolvimento de um tumor no cérebro, de acordo com Leonardo Takahashi, especializado em neurocirurgia funcional pelo serviço da Central da Dor e Estereotaxia do Hospital A.C Camargo Câncer Center, em São Paulo.
Se o tumor se originou na cabeça, doenças genéticas são determinantes, segundo Takahashi.

“Já o hábito de fumar aumenta a chance de câncer de pulmão que, de acordo com estatísticas, é o tipo de tumor que mais gera metástase no cérebro”, afirma o especialista.
No caso das mulheres, o câncer de mama é o que tem mais probabilidade de se espalhar. A exposição à radiação também é arriscada: “Nessa situação, ocorre uma mudança no DNA das células, que pode gerar um tumor”, finaliza Leonardo Takahashi.

Redação CONTI outra. Com informações de Catraca Livre e R7

Sobre o Coringa, ainda e mais

Sobre o Coringa, ainda e mais

De tanto que falei do filme, fui convidada por um colega da psicanálise para fazermos um debate sobre o tão aclamado Coringa. Virou motivo de chacota o fato de eu ter ido três vezes ao cinema, até para mim, que nunca tinha ido mais de uma vez para ver a mesma coisa. Então, enquanto pensava no que falar durante o debate, para além daquilo que já havia escrito, pensei: mas por que diabos tive que ver três vezes, perigando ir a quarta vez?

Quando criança, eu tinha medo de palhaços. Claro que na época não entendia, mas depois, pensando e pensando já adulta, me parece que a figura de um palhaço é triste porque carrega um sorriso forjado e, ao mesmo tempo, uma lágrima, que está desenhada para expor a contradição entre o imperativo do riso enquanto o que se quer, no fim das contas, é chorar. Afinal, qual é a graça?

Na adolescência, meu livro favorito se chamava O dia do curinga (Jostein Gaarder – o mesmo autor d’O mundo de Sofia). Também tive que ler pelo menos umas três vezes, não porque fosse difícil de entender, mas porque em cada releitura podia enxergar coisas que não tinham sido possíveis antes. Trata-se da história de um menino em uma viagem com o pai, e o que motiva a viagem é a busca pela mãe/esposa que os deixou quando o filho tinha quatro anos e saiu pelo mundo para se encontrar. Lá pelas tantas da viagem, Hans-Thomas ganha uma lupa e um mini-livro, temos então uma história dentro da história e, obviamente, ambas estão entrelaçadas. Em uma ilha, um marinheiro náufrago vive sozinho por muitos anos até que as cartas do baralho que carregava numa caixinha de madeira ganham vida em forma de anões, cada um com seu naipe. Tudo está em perfeita ordem quando chega o Curinga. Cito um trecho:

Todas as cinquenta e duas figuras eram diferentes, mas tinham uma coisa em comum: nenhuma delas jamais perguntou quem era ou de onde tinha vindo. E por agirem assim, todas viviam em perfeita harmonia com a natureza à sua volta. Elas apenas viviam suas vidas dentro desse jardim exuberante e, como os animais, estavam íntima e despreocupadamente ligadas a ele…Até que chegou o Curinga. Ele se infiltrou no povoado como uma cobra venenosa. (…) Ele não apenas usava roupas engraçadas com guizos nas pontas, mas também não pertencia a nenhuma das quatro famílias, a nenhum dos quatro naipes. E, para completar, conseguia irritar os anões fazendo-lhes perguntas que não eram capazes de responder. (GAARDER, 1996, p. 210).

O Curinga, ou Joker, representa esta figura que faz questão, enquanto as outras cartas vivem sem que precisem fazer perguntas. No filme, há uma transformação de Arthur, esse “garotinho feliz”, de palhaço a joker. Enquanto palhaço, bem ou mal, ele se monta/desmonta e causa riso com suas palhaçadas, mas é alguém que está para ser batido, espancado, achincalhado. Ao fim do dia, remove-se a maquiagem, tira-se a peruca, roupas e sapatos, volta-se a ser triste. Enquanto Coringa/Joker, Arthur é a própria piada, uma piada que não tem graça. Há algo de identidade que passa a compô-lo. Não mais a peruca, mas o próprio cabelo pintado de verde. A maquiagem até por dentro da boca. A dança, o andar confiante, algo que lhe atravessa o corpo, uma verdade que vem à tona.

Arthur não pôde ser ouvido, primeiro por sua mãe (seja por ter sido tomada pela loucura [?], seja pela obsessão por um homem que não quis assumi-la, nem a seu filho). Começa aí a posição de Arthur como este objeto que resta espancado, recusado pelo pai, batido pelo(s) padrasto(s), cujo grito não é ouvido pela mãe. A posição do sujeito se repete na vida. Apesar de não se lembrar dos maus-tratos na infância, segue na vida sendo espancado gratuitamente por ser quem é: um cara estranho que tem um “distúrbio” de riso involuntário. Será coincidência que haja um sintoma assim para alguém que “veio ao mundo para trazer riso e alegria”? Também segue não sendo ouvido pelo patrão, pela assistente social, dentre outros. É uma voz que não tem lugar para o Outro.

Ao saber (como se tomasse um remédio amargo) de sua história, matar a mãe no real, ou seja, fazer uma passagem ao ato, é a saída que encontra para deixar a posição de objeto e colocar-se minimamente como sujeito. Arthur passa a ser visto, a ter uma ex-sistência, a custo da violência e não da elaboração. Sua passagem de palhaço a Coringa não tem como objetivo fazer um levante social, uma revolução de cunho político. É uma transformação que ocorre no nível micro, das primeiras e primordiais relações desse sujeito, mas o que ele reclama é para si, sua filiação, seu lugar. Arthur está matando a mãe, este primeiro Outro no real. Seria preciso fazer metáfora para que esta concretude pudesse ter sido ultrapassada. Que os outros o tenham como símbolo de uma revolução, trata-se de um deslizamento que já não lhe diz respeito.

Tanto no livro O dia do Curinga quanto no filme de Todd Philips, há uma questão com a mãe. No livro, um menino em busca de encontrar a sua, no filme, ao encontrá-la (saber quem ela realmente é e que mentiras carregou), há o deparar-se com o horror e a violência de quando não se é nada para o Outro.

A trilha sonora (que só pude reparar na terceira vez que fui ao cinema e por causa de um comentário que li na internet) remete ao imperativo da felicidade. Smile!!

Em outro comentário, de um psicanalista também, me deparei o com o tocante fato de que Joaquin Phoenix, aos 19 anos viu morrer de overdose em seus braços o irmão (também ator) River Phoenix. Foi ele quem ligou para o socorro enquanto seu irmão agonizava em um beco, como na cena do começo do filme, na qual é espancado por garotos e resta caído num beco. Há algo pungente na atuação de Phoenix que ultrapassa tudo o que é esperado. O artista finge sentir a dor que deveras sente.

Quanto à questão do “somos todos Coringas”, posso afirmar que não é Coringa quem quer. O Coringa é uma carta extra, que está fora do baralho, mas que pode causar um rebuliço e mudar as regras do jogo. Como Jostein Gaarder diz em seu livro: “somos bonecos vivos”, e o Coringa é a única carta que sabe disso.

Obs. 1: Agora juro que eu paro.

Obs. 2: Até a minha próxima ideia fixa.

Referência:

GAARDER, J. O dia do Curinga. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

As pessoas feridas não sabem lidar com o afeto

As pessoas feridas não sabem lidar com o afeto

Existem pessoas que têm muita dificuldade em receber afeto e cuidados. Muitas delas são especialistas em se dedicar ao outro. Elas não se sentem confortáveis quando são abraçadas, tocadas. São pessoas que nunca dão um abraço inteiro, elas travam, sinalizando para que o outro não avance além daquele limite.

São pessoas tão feridas ao ponto de perceberem o carinho e a entrega do outro como uma ameaça. Semelhante ao cachorro que, após ser muito maltratado, reage com agressividade ao carinho.Minha ex sogra uma senhora extremamente dedicada a cuidar dos outros. Ela cuida dos vizinhos quando adoecem, dos familiares, de estranhos. Cuida até de quem não merece. Ela ama cozinhar para todos. Contudo, ela possui uma extrema dificuldade em ser agradada, o abraço dela é tenso e desconcertado.

Um dia eu me ofereci para fazer uma massagem nos pés dela, com a desculpa de que queria uma opinião sobre um creme que tinha comprado. Ela permitiu com muita resistência, mas, no terceiro dia, ela já estava relaxada e com um semblante que expressava gratidão, ela estava gostando de ser tocada. Recentemente, ela fez contato comigo, disse que sente a minha falta, e que nunca vai me esquecer, eu a amo muito e ainda pretendo viajar só para abraça-la e enchê-la de carinho. Eu deixei minhas digitais naquela vida e carrego as dela comigo, sou muito grata por isso.

Muitas pessoas estão sempre atentas às necessidades de quem as cercam. Elas se doam ao extremo, dessa forma, evitam entrar em contato com as próprias necessidades. No geral, são pessoas que foram negligenciadas desde a infância. Elas aprenderam que não podem “dar trabalho” aos outros. De certa forma, vivenciaram situações em que internalizaram que a vida se resume a servir ao outro, a se doar. São pessoas que se sentem culpadas quando estão felizes, como se isso fosse pecado. Essas pessoas precisam e merecem que ao menos uma pessoa do círculo familiar e social delas a enxergue além da aparência durona que elas apresentam.

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Cuidar de você deveria ser prioridade.

Cuidar de você deveria ser prioridade.

Você, é você mesmo, que cuida de tantos compromissos. Que é ombro amigo nas horas mais difíceis. Você que dá conta de tantas coisas no mesmo dia, que tem trabalhado duro nos seus sonhos e naquilo que acredita ser o correto. Você, que às vezes parece abraçar o mundo e esquece de abraçar a si mesmo. Você deveria ser prioridade na sua vida também, viu? Quanto tempo você leva cuidando de você? Fazendo algo por você? Há quanto tempo você não tira um tempo de qualidade de você para você mesmo?

Eu não sei o que te arranca um riso feliz ou o que faz o seu coração sentir paz. Talvez seja uma noite de sábado regado a Netflix e pizza. Pode ser que seja uma ida ao salão, uma tarde lendo aquele livro que você gosta, ou planejando as suas férias. Talvez você goste de correr no parque, ir a academia, ter uma alimentação saudável.

Eu não sei o que você tem feito para cuidar de você, eu só sei que você precisa desse cuidado. Se doar para os outros e tentar ser o melhor em tudo é importante às vezes, mas deixar a gente de lado sempre é engano demais. Pode ser que depois disso, as pessoas percebam que você nem sempre estará disposto (a) a atendê-las. Muito provavelmente você terá que começar a usar a palavra “não” como forma de impor seus limites. O ato de ceder é importante nas relações, mas o de se amar também. Não se anule. Vão dizer que você é egoísta às vezes e sabe? Se aprender a não ser disponível sempre é sinônimo de egoísmo acho, sinceramente, que isso nos mostra muita coisa: Ser útil não é o mesmo que ser amado. Como diz a minha amiga Laureane, quem cuida também precisa de cuidado. Eu desejo profundamente que nesta semana você se cuide. Permita-se errar sem se culpar o tempo todo. Sem se achar um fracasso. Sem se comparar com os outros. Eu espero e desejo que você se orgulhe da pessoa que tem se tornado e caso não esteja feliz que vá em busca de conquistar o que deseja, sem medo. Eu quero que você se cuide, entende? Tire um tempo pra você, faça algo essa semana por você. Seja o que for. E se quiser, me conta no direct depois? Vou adorar saber que essas palavras fizeram a diferença para alguém. Eu só quero que você também seja prioridade na sua vida. Tá bem?

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Após retirar pólipo pré-canceroso, Will Smith fala sobre a importância da colonoscopia.

Após retirar pólipo pré-canceroso, Will Smith fala sobre a importância da colonoscopia.

Will Smith já é uma figura muito conhecida mundialmente. O ator, protagonista de diversos filmes e séries conseguiu cerca de 40 milhões de seguidores nas redes sociais, se tornando dono de um dos maiores perfis no Instagram. Na primeira semana de novembro, Will chocou todos os seus seguidores com um desabafo, que também foi um alerta.

O ator havia passado por uma colonoscopia, um exame que todos deveríamos fazer, mas causa medo por ser um procedimento invasivo. O exame avalia uma parte do intestino e detecta, entre outras coisas, pólipos, câncer e doenças inflamatórias intestinais. A colonoscopia captura imagens em tempo real do intestino grosso e de parte do íleo terminal (a porção final do intestino delgado).

Smith não deixou de falar todos os detalhes do processo, em seu canal no youtube ele mostrou toda o cuidado pré exame, até o resultado final: infelizmente Will encontrou um pólipo pré-canceroso.

No vlog, o médico de Smith comenta que, se o pólipo não fosse retirado, ele poderia continuar crescendo. “Quando resolvi fazer o vlog, só pensei: ‘Isso vai ser engraçado’. Não fazia ideia que encontrariam um pólipo”. Smith ainda recomenda que as pessoas sigam seu exemplo: “Já é 2019, precisamos estar com a saúde em dia.”

 

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Com seus 51 anos, Will Smith revelou ficar muito assustado com o resultado, mas felizmente pode retirar o pólipo e evitar uma das piores doenças da atualidade, o câncer.

“É 2019, nós temos que melhorar nossa saúde. Há uma certa quantidade de comprometimento e vergonha em ser saudável. Você só precisa fazer isso, cara” disse o artista.

As palavras do astro repercutiram bastante e conseguiu chegar até aos principais jornais brasileiros. O exame feito pelo ator é bastante recomendado e sem dúvidas é o que mais previne o câncer no intestino.

 

Com informações de UOL

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