Garotinha “rouba” pipocas do Príncipe Harry e a reação dele é adorável

Garotinha “rouba” pipocas do Príncipe Harry e a reação dele é adorável

É impossível pensar no Príncipe Harry, tão comentado nos últimos dias por conta de seu casamento, sem nos lembrarmos de sua mãe, a princesa Diana.

Também é impossível pensar em Diana sem rememorarmos a sua doçura e poder de encantamento que alcançou todo o mundo.

Agora, nesse vídeo, vemos uma garotinha “roubando” pipocas do Príncipe Harry. Ela pega as pipocas sem parar enquanto ele conversa com um senhor ao lado, mas quando ele percebe, sua reação divertida e adorável prova que uma fruta nunca cai longe do pé.

Confiram!

Editorial CONTI outra

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Dica de vida: o caminho escolhido importa mais que a velocidade

Dica de vida: o caminho escolhido importa mais que a velocidade

Muita gente dá o sangue, o suor e as lágrimas em busca de um único objetivo de vida. Ser rico, casar ou viajar o mundo são apenas alguns dos itens que lideram a lista dos desejos humanos. Porém, na sede de alcançar o objetivo de forma rápida, muitos esquecem que o caminho percorrido é mais importante que a velocidade escolhida.

A vida é um mar de escolhas. De situações que acontecem e daquelas que escolhemos que aconteçam. Nossas decisões, tomadas a todo tempo, são responsáveis por mudar o curso, a forma e a intensidade das coisas. Para tanto, a grande sabedoria está em saber escolher o caminho certo e não priorizar o tempo que demoramos para percorrê-lo.

Caminhos são possibilidades de crescimento espiritual e de aquisição de sabedoria, já que são neles que a vida acontece. Como dizia Caio Fernando Abreu, “a vida tem caminhos estranhos, tortuosos, às vezes difíceis: um simples gesto involuntário pode desencadear todo um processo”.

Na caminhada adquirimos aprendizagens, as amizades são provadas e o amadurecimento se efetiva. Note que quanto mais rápido conquistamos algo, maior a tendência à desvalorização.

Pessoas apressadas perdem o melhor da vida, desperdiçam o próprio tempo e tornam-se escravos dos próprios sonhos. Esquecem de ver a beleza dos detalhes e de admirar os pequenos presentes da vida.

É no caminho que aprendemos a priorizar o que, realmente, importa. Entendemos que terminar o namoro com o “grande amor da nossa vida” só é doloroso quando se tem 20 anos. Com 40, o sofrimento dá lugar ao bom senso. Entendemos que reprovar na escola parece o fim do mundo quando se tem 10 anos. Na faculdade, percebe-se que não houve uma perda de conhecimento significativa. Em outras palavras: é no caminho que adquirimos conhecimento empírico e equilíbrio emocional.

O grande Paulo Freire, em Pedagogia da Esperança, afirmava que “ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o caminho caminhado, refazendo e retocando o sonho pelo qual se pôs a caminhar”.

Que sejamos capazes de diferenciar os atalhos dos desvios e que, mesmo incertos, possamos aprender com os resultados das escolhas que fizermos. Que sejamos constante em sabedoria, em crescimento e em humildade e que possamos entender que mais vale um caminho longo que um caminho errado.

Você ficou nos detalhes

Você ficou nos detalhes

Você foi embora meio sem querer ter ido. Eu percebi que, quando você cruzou a porta de embarque do aeroporto, seu andar vacilou um pouco, indeciso. Você foi sem saber se deveria ir ou ficar, e me despedir de ti com um sorriso no rosto foi, de longe, a situação mais difícil que já enfrentei.

Tem um ditado muito antigo que diz que devemos deixar livres as pessoas que amamos. Se voltarem é porque sempre foram nossas, se não voltarem é porque nunca nos pertenceram. Quando seu avião finalmente decolou, as lágrimas me venceram e eu chorei por tudo que poderíamos ter sido.

Quando me abracei, sozinha no terminal, senti seu perfume na minha roupa. Naquele momento eu sabia que não era só o seu cheiro que tinha ficado em mim, mas disfarcei. Eu tinha que seguir em frente.

Peguei um Uber e resolvi jogar conversa fora. Todas as perguntas que ele me fazia eu encontrava um jeito de te incluir nas respostas. Você era e estava em tudo que eu havia planejado para a minha vida, e eu não tinha idéia de como rabiscar esses projetos todos novamente e sozinha.

Ao chegar em casa, perdi a fome. Deitei na cama e rodei de um lado pro outro, imaginando como você estaria. Os dias foram passando e minha insônia continuou me mexendo e me impedindo de descansar.

Quando tentei sair de casa pela primeira vez, puxei na memória meus lugares favoritos antes de você e resolvi revisitá-los. Que grande erro voltar ao passado quando você já o deixou para trás. Reencontrei amigos, recebi carinho e olhares curiosos. Ninguém sabia por onde eu tinha andado esse tempo todo. Eu não quis dizer. Me pareceu invasivo dividir a vida e as histórias com alguém que não fosse você que perguntava sobre o meu dia, me abraçava e olhava no fundo dos meus olhos antes do beijo de boa noite.

Mais dias longos. Mais noites sem dormir. Mais saudades de você.

Fui na farmácia comprar shampoo e condicionador. Quando paguei, percebi que tinha comprado os seus e não os meus, tamanho o meu hábito de cuidar de ti. Desolada pelo entendimento de que você demoraria muito tempo para sair do meu coração, chorei, chorei muito. Na farmácia mesmo. Fui andando pra casa, com as lágrimas caindo pela avenida principal. Ouvi várias vezes que chorar relaxa e alivia a dor, mas essa teoria não funcionava naquele momento. Chorar, ali, só significava reconhecer que você não era mais meu par.

Minha mãe vinha no quarto todas as noites e fazia carinho no meu cabelo antes de desejar boa noite. Ela fingia que não via o travesseiro encharcado e fechava a porta quando saia. Meu irmão abria a maçaneta de manhã e me trazia o almoço, me forçando a me alimentar. Eu comia por gratidão a ele, porque o paladar já não me acompanhava.

Quantos dias, meses ou anos seriam necessários para que você não fizesse mais parte de todos os detalhes da minha vida?

Segunda chance para mim

Segunda chance para mim

Uma segunda chance vale a pena? Complicado de responder de imediato. Principalmente quando se trata de relacionamento amoroso. Questões diretamente relacionadas ao tipo de dinâmica que era estabelecida pelo casal durante a relação (jogos de poder, domínio econômico, sexualidade etc.), serão certamente consideradas por quem pensa em uma possível volta. Por vezes, o amor que ainda existe pelo outro não é o suficiente para a tomada da decisão.

Por outras vezes, o amor sobrevive ao tempo só para garantir o reencontro com o ex-parceiro em outro momento de nossas vidas. Guardamos em nossa memória os bons momentos vividos durante a relação e deixamos de lado o que nos afastou no passado. Quer tenha sido por falta de maturidade em enxergar as qualidades do outro ou por medo de sofrer. O que importa agora é a vontade de recomeçar criando uma nova história juntos.

Numa visão espiritual, a distância provocada pela separação se apresenta como uma oportunidade de evolução para o ex-casal. Trata-se de um despertar da consciência. Esse processo pode acontecer de forma mais intensa com ambos ou apenas um dos parceiros. Cada qual receberá as lições que precisam ser aprendidas de acordo com o grau de desenvolvimento espiritual de cada um. Se os parceiros que passaram por essa experiência voltarem a se relacionar será para resgatar algum ensinamento que ainda não foi assimilado. Esse processo pode durar uma vida inteira. Até mesmo se extender por outras vidas.

Quem pensa em uma segunda chance não está seguro de sua decisão ou, no caso do parceiro que não decidiu pela separação, não aceita a inevitabilidade do fim. O que é difícil de perceber logo após a ruptura é que foi concedida uma oportunidade de recomeçar uma nova relação consigo mesmo. A mais duradoura que teremos em nossa vida.

Afinal, se eu não estiver “a fim” de mim, vou ter que procurar alguém que se ocupe dessa tarefa. Isso não é necessáriamente ruim. Se as relações amorosas não terminassem. O amor acaba numa esquina, segundo Paulo Mendes Campos. Resta seguir em frente acompanhado do inevitável parceiro de vida. O nosso único e verdadeiro “amor eterno”. Quem sabe, um dos maiores desafios do ser hunano seja amar a si mesmo.

Ser capaz de amar até mesmo aqueles traços de nossa personalidade que preferimos esconder das pessoas com as quais nos relacionamos, por medo de sermos julgados. Temos compaixão com os erros de quem amamos, mas somos implacáveis com nossas próprias falhas. Como se não fossemos humanos. Enxergar as próprias mazelas requer muita coragem. Mudar aquelas características que nos fazem mal e só prejudicam o estabelecimento de relações saudáveis com os outros requer muito mais coragem.

O que precisamos é estar íntegros o suficiente para fazer a melhor escolha: dar uma segunda chance ao antigo parceiro ou dar uma segunda chance a si mesmo para recomeçar sozinho.

Animais percebem a presença de seres espirituais. Essa afirmação é verdadeira?

Animais percebem a presença de seres espirituais. Essa afirmação é verdadeira?

O site Virgulistas publicou uma possível explicação para reação dos gatos e cães que, em determinados momentos, mantém o olhar atento e até reagem a locais onde nós olhamos, mas não vemos nada.

Mas será que eles realmente enxergam seres espirituais?

Abaixo, vamos expor o que a ciência tem a dizer sobre esse assunto polêmico.

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“Na verdade, os animais têm uma capacidade de enxergar algumas frequências que nós humanos não temos essa mesma capacidade. Pois são coisas invisíveis para os olhos humanos – ou seja: gatos e cachorros têm a capacidade de ver nitidamente os raios ultravioletas, e isso é uma habilidade presente em outros animais mamíferos.

O tipo de luz UV tem um “comprimento de onda”, muito além da que é possível de ser detectada pela visão humana. Já que nossa retina tem uma espécie de filtro que não nos dá essa visão mais aprofundada.

Os pesquisadores da City University of London conseguiram comprovar que a anatomia dos olhos dos animais possibilita essa forma de visão, principalmente dos raios de luz tipo UV. Para isso eles estudaram e analisaram a retina de mamíferos já mortos, como gatos, cachorros, macacos, pandas, ouriços e furões. Talvez seja por isso que seu pet, muitas  vezes, interage com alguma coisa que aos seus olhos não é visível.”

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Agora, como nós também não vemos os espíritos, não podemos provar que cães e gatos, além dos raios de luz UV, também vejam algo do além, né.

***

Editorial CONTI outra. Com informações de Virgulistas.

Perdemos Nara Almeida, mas o amor provou que é calmo e companheiro

Perdemos Nara Almeida, mas o amor provou que é calmo e companheiro

Nós sabemos que a única certeza da vida é a morte, mas nunca sabemos exatamente quando ela descerá suas cortinas sobre nós e retirará o nosso corpo físico desse plano.

Embora a frase acima pareça pesada e triste, não é tristeza que quero transmitir e sim uma homenagem, pois as cortinas se fecharam porque esse show acabou, mas o brilho de quem tem luz nunca deixa de emanar seus raios, e Nara Ameida, mesmo tendo apenas 24 anos, foi uma estrela em sua beleza, força, talento e carisma.

Além do exemplo de força, esperança e persistência em seu tratamento contra o câncer, Nara também nos iluminou com a força do amor entre ela e seu noivo, o engenheiro Pedro Rocha.

Abaixo, você lerá a mensagem postada no Instagram dias antes do falecimento de Nara, quando Pedro falava do primeiro ano de namoro.

E, mais abaixo, uma mensagem de despedida, postada após sua morte na manhã do último dia 21 de maio.

Nara tinha mais de 3,7 milhões de seguidores no Instagram, e divulgou informações de todo o seu tratamento aproximando seus fãs e recebendo muito carinho durante todo percurso.

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Nara e namorado, em momento de cumplicidade, após a notícia do início do tratamento de imunoterapia iniciado pouco antes de sua morte.

Nós sabemos que a dor e o vazio dos familiares e amigos serão presença nos próximos dias e até meses, mas a força do amor, dia a dia reassumirá o seu posto deixando apenas as boas lembranças.

Força para família, amigos, fãs e para o Pedro.

Afinal, parece que tem gente que é boa demais para esse planeta.

Siga sua luz, Nara!

contioutra.com - Perdemos Nara Almeida, mas o amor provou que é calmo e companheiro

Imagem de capa: reprodução/instagram

Editorial e homenagem CONTI outra.

A metáfora do gelo derretido

A metáfora do gelo derretido

Esses dias estava ouvindo um programa de rádio que gosto muito chamado “Momento Zen”, com a Monja Coen, pela Rádio Mundial, e no programa ela falou uma coisa muito interessante e que me inspirou a escrever o texto que você lê agora.

Ela falava que se nós levamos um calorzinho, por menor que seja, do nosso coração para as outras pessoas, poderemos derreter muitos corações que estão frios e tristes!

A partir dessas lindas palavras dela eu criei essa simples metáfora do gelo derretido. Veja só que legal!

Sabemos através da calorimetria, conteúdo bastante estudado em Física e Química, que a água tem ponto de fusão à 0°C e ponto de ebulição à 100°C. Ou seja, ela passa de gelo para água líquida à 0°C e de água líquida para vapor à 100°C.

Se a água estiver à temperaturas negativas ela vira gelo e quanto mais negativa a temperatura, mais rígido esse gelo vai se tornando.

Assim como é com a água, é também com as pessoas. Quanto mais NEGATIVAS elas vão se tornando, mais FRIAS vão ficando e consequentemente mais RÍGIDAS também! É incrível essa associação concorda?

Mas estou escrevendo esse texto principalmente para mostrar que existe dentro do seu coração todos os elementos da natureza: ÁGUA, AR, TERRA e FOGO.

A água que compõe a maior parte do sangue que circula nas suas artérias e veias.

O ar que é levado até as células pelos glóbulos vermelhos.

A terra dos tecidos musculares do miocárdio.

E o fogo do calor que vem do sangue que circula e dos batimentos cardíacos.

Em outras palavras, somos como que um pequeno SOL, que se estiver vibrante e feliz, pode de fato iluminar e aquecer os corações das pessoas que estão frias e sem brilho!

Outra coisa interessante dessa metáfora que eu criei é que, se por exemplo você pega um gelo que está à -50°C e jogar um pouco de calor sobre ele, é claro que esse gelo não será derretido, mas se você medir sua temperatura, ela terá subido para -40°C ou talvez até para -30°C.

Temos dificuldade de perceber que houve uma EVOLUÇÃO, que houve um AQUECIMENTO, porque nos fixamos na forma. Era gelo e continuou gelo, entende?

Ok! Mas antes era um gelo muito mais FRIO e RÍGIDO, e que agora está pouco a pouco se tornando mais MALEÁVEL e TRANSMUTÁVEL.

Nessa hora é muito importante nos darmos conta de que o pouco que a gente faz com amor e com dedicação, sem esperar nada em troca, sempre gera resultados positivos. Muitas das vezes nem sequer conseguimos enxergar que o que fizemos fez bem a alguém, mas acredite! FEZ SIM!

E quanto mais nós utilizamos nosso calor para aquecer os outros, cada vez mais veremos gelos sendo derretidos e se transformando em águas límpidas e correntes! Que vão aquecer e iluminar outros corações que estejam frios e rígidos.

Sem perceber, ao doar seu amor e seu calor, você estará promovendo uma corrente do bem, uma corrente que leva esse calor aos corações que estão sofrendo pelas inúmeras dores e amarguras causados pelas experiências difíceis da vida!

Enfim! Essa é uma metáfora muito simples, mas riquíssima em ensinamentos para nós!

Para concluir, compartilho também um breve áudio que gravei inspirado na linda música do George Harrison, do tempo que ele ainda era dos Beatles, chamada “He comes the sun”, uma música que certamente você já ouviu e que sempre vale a pena ouvir de novo…

Famílias narcisistas: fábricas de sofrimento emocional

Famílias narcisistas: fábricas de sofrimento emocional

As famílias narcisistas são verdadeiras teias de aranha. Nelas, parte de seus membros, especialmente crianças, estão presas aos fios do sofrimento emocional. Nessa dinâmica, há sempre alguém que coloca suas próprias necessidades antes da do resto, erigindo assim um poder absoluto. Este poder, em muitos casos, serve para boicotar e manipular com um único propósito: ser nutrido, reconhecido e validado em todos os níveis.

Aqueles que cresceram em um ambiente disfuncional com esse tipo de características tendem a coincidir quando se trata de refletir uma realidade: “de fora, todos pensavam que minha família era perfeita, mas atrás das portas vivíamos num inferno“. Não é fácil sair dessas situações e, embora esses tipos de vínculos geralmente tenham suas próprias impressões digitais e suas particularidades, poderíamos dizer que, em essência, as famílias narcisistas compartilham vários pontos em comum.

O mais característico é, sem dúvida, a existência de um conjunto de regras tácitas muito específicas que crescem dentro dessas casas tóxicas e, acima de tudo, patológicas. São normas levantadas em torno de uma pessoa e onde ao resto é vetado qualquer direito, qualquer reconhecimento. Assim, é comum que as crianças não tenham acesso emocional aos pais, sejam deixadas sem vigilância e sujeitas a um abuso miserável e permanente.

Por outro lado, é muito comum que todos esses tipos de dinâmicas sejam silenciadas para sempre nos galhos da nossa árvore genealógica. Na verdade, no momento em que a criança já se converteu em um adulto e finalmente consegue deixar este ambiente degradante, é comum que o pai, a mãe ou ambos o qualifiquem como um “filho ruim” por abandoná-los, por ousar cortar essa ligação.

Famílias narcisistas e “bodes expiatórios”

Sara tem 20 anos e estuda psicologia. Há um ano ela não vive mais com seus pais e agora, à distância, tenta reconstruir sua vida. Toma esta perspectiva e reconstrói fragmentos internos para superar o passado e tentar avançar. Sua ferida está concentrada naquela família narcisista com a qual cresceu e onde o jogo das forças começou e foi compartilhado entre os dois pais.

Seu pai sofria algum tipo de transtorno de personalidade. Ela sabe agora, graças a seus estudos. No entanto, ninguém jamais se atreveu a recomendar que ele fosse a um profissional para pedir ajuda. Ele não o fez porque o contexto em que vivia tornou sua possível doença narcisista tremendamente funcional. A razão? A mãe era a peça instrumental, mas também uma vítima a mais, alguém que cedeu a cada uma de suas necessidades e que nunca conseguiu impor limites.

Sara, por outro lado, era o “bode expiatório”, a tela de projeção de um pai narcisista, o receptáculo de suas frustrações, fracassos e raiva. Sua irmã mais velha, no entanto, era a “filha de ouro”, ou seja, a figura que o narcisista usa para moldá-la à sua própria imagem e, por algum motivo, sentia que ela estava dotada de melhores talentos que Sara. A situação a afetou tanto que pensava que realmente havia algo “defeituoso” em si mesma.

Dinâmica comum em famílias narcisistas

Quando o retrato está feito, podemos assumir que não é uma tarefa fácil deixar esses ambientes. Não é porque o fato de ter crescido neles supõe ter integrado muitos esquemas e retóricas destrutivas que criam um impacto considerável na mente infantil. Estas seriam algumas das principais dinâmicas:

  • Sua família é a melhor, e não diga ao mundo exterior o que acontece. A família narcisista cuida muito de sua imagem. Na verdade, uma de suas mensagens mais repetidas é que “não temos problemas, somos uma família perfeita”.
  • Disfunções parentais. Se em uma família normal o objetivo dos pais é nutrir emocionalmente as crianças, oferecer-lhes segurança, carinho e educação, nas famílias narcisistas as crianças têm apenas uma obrigação: nutrir os pais.
  • Falta de comunicação eficaz. Estes dados são muito característicos. A triangulação é o tipo de comunicação mais comum nas famílias narcisistas. Ou seja, a informação nunca é direta e é aplicado um comportamento passivo-agressivo claro baseado em tensão e desconfiança. Por exemplo, no caso de Sara, nossa protagonista, cada ordem, desejo ou comentário emitido por seu pai virá até ela através de sua mãe, que atuará como intermediária e usará todos os seus esforços para conseguir que Sara obedeça.

Como sair de um ambiente moldado por uma família narcisista

Mark Twain escreveu, em seu livro Huckleberry Finn, que não precisamos nos definir pelas feridas sofridas pelos sistemas familiares. Em um canto do nosso coração sempre há um pedaço de nosso próprio ser que permanece como “otimista”, vital, e isso deve nos permitir correr do “nada absoluto” para a felicidade. Para alcançá-la, sair desse ambiente estéril e venenoso que as famílias narcisistas criam, nunca é demais refletir sobre essas dimensões.

  • Entenda que alguém com uma história de comportamento narcisista geralmente não muda facilmente. No entanto, há terapias para isso, mas há muito pessoas que dão o passo para admitir que há algo nelas que não está certo.
  • Vamos tentar não nos sentir culpados pelo que nossos pais narcisistas podem fazer ou não fazer. Coloque proteções cognitivas suficientes para não chegar ao ponto em que Sara chegou, que é o de pensar que há algo “errado com ela”.
  • Falar sobre suas emoções ou como você se sente é inútil com um narcisista. Isso pode até nos deixar mais machucados. Portanto, nos limitaremos a usar frases como “Eu entendo o que você me diz, mas não permitirei isso …“, “você deve entender que você não tem direito de …”, “eu pergunto de agora em diante …“. Devemos estabelecer limites com assertividade.
  • Procure aliados em sua família ou em seu ambiente social, pessoas que possam entendê-lo e apoiá-lo.
  • Coloque-se à distância da família narcisista. Distanciar-se nem sempre significa quebrar laços, mas sim ter uma ideia clara de com quais situações podemos lidar, o que podemos tolerar ou com que frequência os veremos.

Para concluir, viver em um ambiente onde os princípios emocionais são mal interpretados não é saudável ou tolerável, e menos ainda se nesse contexto disfuncional houver crianças. O mais comum é que, quando estas cheguem à idade adulta, convertam-se naquelas pessoas incapazes de dizer “não” ou de entender que têm o direito de estabelecer limites, dizer o que querem, o que precisam e o que não tolerarão.

Então, devemos ter essa informação muito presente em nossas mentes.

TEXTO ORIGINAL DE A MENTE É MARAVILHOSA

Sinais, segundo Drauzio Varella, de que você tem um distúrbio de ansiedade.

Sinais, segundo Drauzio Varella, de que você tem um distúrbio de ansiedade.

Por Drauzio Varella em seu site oficial

Em algum momento da vida, 20% das mulheres e 8% dos homens apresentarão distúrbios de ansiedade. Na maioria dos casos, as crises persistirão por seis meses ou mais.

A expressão distúrbio de ansiedade compreende várias condições clínicas que evoluem de forma diferente e exigem tratamento específico. Entre elas, destacam-se: síndrome do pânico, ansiedade generalizada, estresse pós-traumático, estresse agudo, fobias específicas, fobias sociais e distúrbio obsessivo-compulsivo.

W. Levinson e C. Engel elaboraram os quadros abaixo para orientar médicos clínicos no diagnóstico de cada um desses distúrbios. Veja se você se enquadra em alguma dessas situações:

Ansiedade generalizada:

* Você se descreve como uma pessoa nervosa?

* Anda o tempo todo preocupado?

* Vive tenso ou tem muita dificuldade para relaxar?

Distúrbio de pânico:

* Já teve ataque súbito de taquicardia ou de medo intenso, paralisante?

* Já sentiu crises de forte ansiedade ou nervosismo insuportável que podem chegar ao medo de ficar louco ou à sensação de morte iminente? Algum acontecimento parece disparar essas crises?

Agorafobia:

* Você já faltou a atividades importantes por medo de permanecer em espaços abertos?

Fobia social:

* Você se inclui entre as pessoas que têm medo exagerado de serem observadas ou avaliadas por outras e fazem o que podem para não comer, falar ou escrever na frente dos outros temendo sentirem-se embaraçadas?

Fobia específica

* Algumas pessoas experimentam medo incontrolável de altura, de avião, de elevador, cobras, morcegos, aranhas, baratas, mariposas e outros insetos. Você tem algum tipo dessas fobias?

Obsessão

* Algumas pessoas são invadidas por pensamentos tolos, desagradáveis ou atemorizadores que se repetem sem cessar. Por exemplo: temem ferir sem intenção uma pessoa querida; sofrem desproporcionalmente por medo de que algo ruim possa acontecer a um ente amado; angustiam-se só em pensar que, um dia, possam gritar obscenidades em público, fazer gestos impróprios na presença dos outros ou contaminar-se com germes mortais. Algo assim já perturbou você?

Compulsão

* Algumas pessoas ficam muito perturbadas por não verificar, a todo instante, se o forno está desligado, a porta fechada, os documentos no bolso, as luzes apagadas. Outras lavam as mãos a cada dez minutos, ou contam números sem parar. Isso tem sido problema para você?

Estresse agudo e estresse pós-traumático

* Você viveu ou presenciou algum acontecimento traumático, no qual sentiu a vida em perigo? Ou viu alguma pessoa nessa situação? O que aconteceu?

Tratamento

Hoje, existem medicamentos específicos e tratamentos psicoterápicos que ajudam muito os portadores desses distúrbios.

Como regra, os casos de sintomas mais leves, recém instalados e com pequena interferência nas atividades diárias, podem receber tratamento psicoterápico exclusivo.
Nessa área, a técnica mais aplicada é a terapia comportamental cognitiva que se baseia na exposição do paciente a estímulos potencialmente criadores de estresse, garantindo situações de segurança que evitem respostas fóbicas.

Embora a psicoterapia também esteja indicada nos casos mais graves, não deve constituir tratamento exclusivo: existem medicamentos específicos para cada tipo de distúrbio de ansiedade.

O tratamento farmacológico costuma ser prolongado: geralmente é mantido por seis a doze meses, contados a partir do desaparecimento dos sintomas e, depois, descontinuado em doses decrescentes. Em casos especiais, a medicação pode ser mantida por muito mais tempo.

Os distúrbios de ansiedade são provocados por desordens do sistema nervoso simpático, que libera, na circulação, quantidades inadequadamente altas dos hormônios envolvidos na reação de estresse.

Seus portadores, abandonados à própria sorte, como ocorria no passado, podem sucumbir aos sintomas causados por essas descargas hormonais e passam a levar uma vida marcada pelo medo e o isolamento.

Pessoas disponíveis são possibilidade, nunca prioridade

Pessoas disponíveis são possibilidade, nunca prioridade

Em uma estranha noite de insônia acabei caindo no filme “Tudo Acontece em Elizabethtown” estrelado pela fofíssima e talentosa Kirsten Dunst e pelo galã Orlando Bloom.

Na trama Kirsten é Claire, uma solícita aeromoça, e Orlando um jovem designer fracassado, chamado Drew, que tem em mente tirar a própria vida após ter sido despedido. A ideia de fracassar é forte demais para ele que nasceu em uma geração cujo sucesso e fama são cultuados como deuses. Para Drew seria impossível viver sem o reconhecimento e a exaltação dos outros.

Então, em um voo, antes de sua morte planejada, ele se depara com Claire, uma jovem bonita, inteligente, simpática e solícita demais. Solícita demais para ser amada. Já ouviram a frase sobre pessoas não amarem aqueles que são muito disponíveis? Essa infelicidade pode ser uma triste verdade. E parece que Claire sabe disso. Ela em determinado momento vira para Drew e diz: “somos substitutos no amor”. Substitutos são pessoas que nunca são amadas em primeiro lugar. Pessoas que amam demais e são colocadas em segundo, terceiro…décimo lugar na vida do outro.

Substitutos são quase sempre pessoas solícitas e de bom coração que dão não uma, mas mil chances para o outro se tornar o que nunca efetivamente vai ser: a pessoa certa. E sabe porque substitutos sempre estão lá no final da lista de prioridades daqueles pelos quais movem montanhas? Porque ninguém ama quem é disponível e previsível demais. Substitutos são mágicas que ficaram manjadas e perderam o encanto. No jogo do amor, no delicadíssimo jogo do amor, ser disponível demais pode ser muito perigoso. Quando damos ao outro inúmeras chances de entrar e sair de nossas vidas, certamente, ele fará bom uso dessa regalia e vai ir e voltar sabendo que sempre estaremos lá.

O outro vai ter certeza que desmarcaremos compromissos por ele, que dedicaremos tempo e carinho para resolver os problemas dele, que amaremos sem medida mesmo que o outro nos ame tão pouco. E quando amamos assim. Quando fingimos compreender o que efetivamente não pode ser compreendido, coisas bizarras acontecem. Pessoas disponíveis costumam amargar duras perdas sentimentais. Pessoas disponíveis são experts em serem apunhaladas pelas costas por aqueles em quem confiaram, por aqueles que um dia amaram sem medida. Pessoas disponíveis ignoram os sinais do amor e vão tentando tudo para não serem descartadas por quem lá atrás já descartou a possibilidade de amar verdadeiramente faz tempo.

Quem assiste ao filme no qual Claire e Drew nos contam muito mais do que parece estar sendo contado, percebe que Claire está habituada a se afastar com a esperança de que um dia alguém lhe peça para ficar. Na verdade, ela finge ir embora, sem efetivamente ir. Claire é incapaz de negar um pedido de quem ama, por mais machucada que esteja. Ela faz mil coisas para agradar, desejando ardentemente ser amada e aceita. Quantas vezes nós não fingimos fechar uma porta, mas a deixamos entreaberta para o passado voltar e estragar nossos planos futuros? Quantas vezes juramos não atender àquela pessoa que só nos fez mal, mas quando menos esperamos estamos com ela do outro lado da linha? Quantas vezes dizemos sim quando na verdade deveríamos dizer não, não e não? Muitas.

Pessoas disponíveis costumam colocar os outros no topo de suas prioridades e aceitam serem substitutas. Serem um estepe para dias de chuva quando um dos pneus principais fura. Pessoas disponíveis dão o poder de decisão quase que integralmente ao outro e deixam que esse outro escolha transitar por suas vidas como bem entender, fazendo estragos homéricos. Pessoas disponíveis ainda não perceberam o poder que têm. Ainda não enxergaram a beleza de serem como são diante do espelho da vida. Pessoas disponíveis não perceberam que tem muita gente por aí que não quer um companheiro, mas sim um súdito para beijar-lhes os pés.

Pessoas disponíveis merecem ser estupidamente amadas, mas só o serão quando entenderem que é bonito demais amar desmedido, mas só quando o amor pelo outro for recíproco e não for maior que o nosso autorrespeito e amor-próprio.

Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

Atribuição da imagem: pixabay.com – CC0 Public Domain

8 emocionantes interações entre homens e gatos

Eu já admiti publicamente que sou completamente apaixonada por gatos e, para mais uma vez celebrarmos esses lindos e fieis animais, nada mais justo do que apresentar algumas imagens e histórias de pessoas que tiveram suas vidas tocadas, e até radicalmente alteradas, após o convívio com um felino.

1- Mulher encontra seu gato vivo 16 dias após a passagem do Tornado Joplin que aconteceu no Missouri, em 2011.

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imagem reprodução

2- Imagens da fotógrafa japonesa Miyoko Ihara que registrou a relação da sua avó de 88 anos, Misa, com o gatinho que ela adotou, Fukumaru. A história de amor entre eles deu origem a um livro de fotografias intitulado Misao the Big Mama and Fukumaru the Cat.

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3- Guarda de trânsito Barbara Scalla na escola “Killybrooke Elementary”, em COSTA MESA. A gatinha Stormy, de 17 anos, é sua companheira de jornada.contioutra.com - 8 emocionantes interações entre homens e gatos

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4- Bob, é um gato amarelo que certo dia apareceu nos corredores do apartamento do inglês James Bowen, que na época era viciado em heroína.  A história dessa relação salvou a vida de James e inspirou o livro “Um Gato de Rua Chamado Bob”.contioutra.com - 8 emocionantes interações entre homens e gatos

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5- Imagem de Dobri Dimitrov Dobrev  também conhecido como Vovô Dobri, Velho Dobri ou O Santo de Bailovo. Ele foi um pedinte búlgaro que andava vários quilômetros por dia até os entornos da Catedral de Alexandre Nevsky em Sofia para recolher dinheiro para causas beneficentes. Dobri viveu numa humilde acomodação, vivendo somente de uma pensão mensal de 80 euros. Apesar disso, o Santo de Bailovo doava todo o dinheiro que recolhia para instituições de caridade, orfanatos, igrejas e mosteiros. Dobri era cristão ortodoxo. Seu nome em búlgaro significa bom ou gentil. Fica fácil entender sua ternura com o gatinho.

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6-  Um encontro inesperado entre um fotógrafo e paramédico e um gatinho que precisava de ajuda.

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Imagem de Graham Lavery
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7- Gatinho sendo salvo em incêndio

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8- Ilustradora americana Tasha Tudor, internacionalmente conhecida não apenas por seu trabalho, mas também pelo seu estilo de vida e amor pelos animais.

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Amadurecer é aprender que o amor também dá voltas

Amadurecer é aprender que o amor também dá voltas

Amadurecer é aprender que o amor também dá voltas, mesmo quando a gente acha que ele se perdeu. Nem sempre é com o tempo que o amor encontra o seu lugar. Às vezes depende das nossas escolhas, das nossas experiências.

A bagagem que carregamos de laços anteriores ajuda a determinar os nossos próximos amores. Se você plantar egoísmos, você colherá pouquíssimos encontros. Se você despertar entendimento e ternuras, você terá o cortejo do recíproco. Abrir os olhos para essa clareza no coração é o que anda ausente em muitos relacionamentos e, por causa disso, grande parte deles perdem o entrelace.

Não é sobre quem tem mais a dizer ou sentir, mas sobre quem está possível para acolher e permitir. É um grau de maturidade que não vem de graça. Leva algumas quedas e dores bem profundas até que você acorde para esse estado. Mas vale a pena, prometo. Nada compensa o sentimento de você se conhecer.

Pode machucar às vezes deixar o próprio amor tão vulnerável mas, quando você finalmente o encara, nenhuma espera por respostas terá tanto peso. Afinal, o seu amor já completou o caminho e agora pode repousar de novo.

A solidão às vezes é um processo seletivo da felicidade

A solidão às vezes é um processo seletivo da felicidade

A gente tenta evitar, mas às vezes a solidão é um sentimento que não sabe ficar na reserva. Você tenta disfarçar com uma notícia boa ou com uma foto feliz mas, nesse caso, a falta não é necessariamente da companhia. Tem solidão que é diferente. Às vezes ela é interna e ninguém percebe, não adianta.

Ainda bem que o coração logo percebe e trata de buscar alguma reposta, mesmo que não seja uma completa. Mas calma, essa solidão do bem. Ela chega pra gente aprender a amadurecer. Ela serve também pra gente abrir os olhos e cuidar melhor dos sentimentos entregues.

É, a solidão às vezes é um processo seletivo da felicidade. Ao menos uma vez na vida, quando menos esperar, ela vai te surpreender e fazer com que você repense os seus inteiros. Dói um pouco, não vou mentir. Ainda assim, escolhi acreditar que é um tipo de dor que vem para provocar sorrisos mais adiante.

Porque a solidão não é um estado de separação ou abandono. A solidão é uma chance de pertencimento entre você e a vida, onde cada silêncio pode desencadear novas liberdades. Lide com ela. Tenha coragem. Respeite-a. Ela passa, mas deixa lições valiosas. Tome nota.

O amor maduro

O amor maduro

O grande psicanalista, filósofo e sociólogo alemão Erick Fromm, escritor de um dos maiores best-sellers sobre o amor chamado “A arte de amar”, definiu em uma frase simples e direta, o que seria o amor maduro. Farei uma breve reflexão a partir desta frase:

“O amor imaturo diz: ‘Eu te amo porque preciso de você’. O amor maduro diz: ‘Eu preciso de você porque eu te amo’.”

Uma simples mudança de perspectiva muda completamente o significado da palavra amor e sua vivência. Na primeira colocação, a fonte do amor é a necessidade de ter a outra pessoa, o que representa uma relação possessiva e sufocante. Na segunda, a fonte do amor é o próprio amor, o que revela equilíbrio e serenidade.

Essa pequena frase diferencia bem o amor da paixão. O próprio significado da palavra paixão quer dizer SOFRIMENTO. Quem está apaixonado está movido por um sentimento inquietante, impulsivo muitas vezes, e voltado para a necessidade de ter o outro por perto sempre. Já o amor não, ele é sereno, ele transmite confiança mútua, não há jogos de manipulação, ciúmes, invejas, intrigas, nem nada parecido. Quando se tem esse amor maduro, você busca a presença da outra pessoa como um complemento, alguém para somar à sua alegria, à sua felicidade, ao seu conhecimento etc.

Acho muito pertinentes as palavras do terapeuta e escritor Bruno J. Gimenes ao diferenciar os relacionamentos movidos pelo amor e pela paixão através do completar e complementar. Nos que são movidos pela paixão, uma pessoa se sente incompleta e busca a completude na outra. Já os que são movidos pelo amor, um busca o complemento no outro. Ou seja, quem é maduro sabe que tem sua individualidade e identidade complemente únicas, e que a outra pessoa não interfere nisso, e os imaturos entram em um relacionamento desequilibrado, muitas vezes perdendo a própria identidade…

“A pior escravidão é aquela que acontece em função dos apegos, em que a pessoa tem a ilusão que precisa necessariamente de coisas e pessoas para ser feliz.

Muitos atribuem a arte de encontrar felicidade a um relacionamento ideal, a um emprego bom, um carro do ano, uma casa na praia. Todas essas coisas, se aproveitadas com equilíbrio, podem complementar felicidade na vida de qualquer pessoa, jamais completar, o que é bem diferente. Complementar quer dizer aumentar algo que já existe. Completar quer dizer preencher algo que está vazio.”

Bruno J. Gimenes

As pessoas que esperam ser completadas por outra, na realidade estão vazias de um sentido pleno para suas próprias vidas. Mesmo sendo clichê, é uma pura verdade, é impossível amar profundamente outra pessoa se você não se ama primeiro. Alguém vai amar você na mesma proporção que você mesmo se ama.

Portanto. Para amar de uma forma madura, é preciso primeiro se encher deste amor, para que ele transborde e seja complementado pelo amor da outra pessoa.

Para concluir, mais algumas palavras do Erick Fromm como reflexão para você…

“O amor consiste em dar, não em receber. Amar é um verbo, e verbos implicam uma ação concreta. A ação correspondente ao verbo amar é dar-se, sem pedir, cobrar ou esperar. A recompensa do amor é o próprio amor que se sente, que inunda o coração, não o amor que se recebe do outro.”

Erick Fromm

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