10 comportamentos que se pode esperar de um embuste narcisista quando você o descarta

10 comportamentos que se pode esperar de um embuste narcisista quando você o descarta

As relações tóxicas, abusivas do ponto de vista emocional, quase sempre são marcadas por 3 fases que já expliquei extensivamente aqui num texto chamado “As 3 fases do relacionamento tóxico”.

Basicamente são: a fase da idealização, ou seja, do conto de fadas, em que o alvo do abusador mal pode acreditar na sorte de tê-lo encontrado tamanho é o bombardeamento de amor e atenção, a fase da desvalorização em que o alvo se encontra diante do príncipe que vira sapo e passa a submetê-lo a todo tipo de abuso, desde humilhações, abandonos a agressão verbal e física e a fase do descarte, em que, sugado de toda sua energia vital, o alvo é simplesmente descartado como um papel higiênco sujo pelo príncipe que virou sapo.

Embustes abusadores emocionais manipulam a verdade com tanta maestria que raramente é o alvo a descartá-lo. Suas vítimas ficam como zumbis, aceitam o inaceitável e mesmo após o descarte, sofrem e correm atrás de seus algozes. Se sentem culpadas e responsáveis e custam a abrir mão da figura idealizada.

Ocorre que, ainda que mais raramente, algumas vezes é a vítima desses abusadores a dar um basta. Num instinto gigantesco de sobrevivência, rompem, ainda que com dor, o ciclo abusivo e partem em busca de juntar seus cacos e recuperar o tempo perdido.

O que estes alvos não sabem é que embustes com características de narcisismo patológico não lidam bem com rupturas não iniciadas por eles. Não aceitam que lhes tirem das mãos o controle e farão qualquer coisa para tê-lo de volta, ainda que seja apenas para reatar e descartar, deixando claro quem manda na relação. A recusa do alvo para o embuste narcisista se traduz em enorme humilhação e injustiça, levando-o a ficar obcecado por aquela pessoa o que descartou, explicando essa obsessão como amor. Além disso, o sentimento de abandono e rejeição em alguém cuja ferida narcísica está aberta é magnificado e insuportável e fará qualquer coisa para trazer seus alvos de volta para o inferno, utilizando para tanto técnicas de “hoovering”*.

Tendo em mente este cenário, passo a fazer uma lista de possíveis comportamentos que essas figuras grandiosas e arrogantes têm diante do descarte inesperado. Descartados, muitas vezes ostentam comportamentos persecutórios, diretos ou indiretos, agindo como “irremediavelmente apaixonados”, o que pode levá-los a ter os comportamentos a seguir descritos nesta ordem ou não. Algumas vezes não se utilizarão de todas essas técnicas e outras transitarão entre uma e outra, segundo sua conveniência.

1. DESPREZO/INDIFERENÇA

Trata-se de uma reação fria e indiferente ao momento em que o alvo anuncia que vai embora, que quer a separação ou o fim daquela situação. Se farão de indiferentes, o que, para o alvo que não tem a real intenção de romper e está dizendo aquilo apenas para provocar uma reação, é um balde de àgua fria que o fará recuar, tendo, desta forma, o embuste atingido seu objetivo de sugá-lo de volta para dentro da relação.

2. VITIMIZAÇÃO E CULPABILIZAÇÃO

Pensando na hipótese que, mesmo dianta de indiferença, o alvo esteja determinado a romper, entrará em cena um comportamento vitimista e culpabilizador no qual o embuste fará uma lista de “injustiças”, na sua maior parte imaginárias, que você cometeu contra ele e arruinou sua vida. A culpa da desgraça do casal será sua e se o alvo não estiver muito convicto de que não cometeu aqueles erros e injustiças, se sentirá culpado e voltará a submeter-se às regras do abusador.

3. DECLARAÇÕES DE AMOR E FASE DE IDEALIZAÇÃO

Se o alvo está esperto o bastante para não assumir culpas que sabe não serem suas, será surpreendido por algo muito mais difícil de resistir. De repente todos aqueles lindos comportamentos do início, a atenção, as flores, os presentes, as surpresas, as viagens, o casamento que nunca saiu e tudo aquilo que sempre sonhou que fizesse, o embuste apaixonado passará a fazer. Ele mudou; é tudo o que o alvo sempre quis. Ele descobriu finalmente que você é o amor da vida dele, que ele não soube valorizar, mas que agora tudo será diferente. Essa lua de mel tem fim imediatamente após sua decisão de dar uma segunda chance.

4. MEA CULPA E PROMESSA DE “SE TRATAR”.

Quando as técnicas anteriores não surtem efeito, entrará em ação o embuste arrependido que assumirá uma parte da culpa (nunca toda) e concordará que teve aqueles comportamentos apenas porque precisa de ajuda. Justificará colocando a culpa em alguém, em sua baixa autoestima ou no seu “medo de se entregar”. Prometerá fazer terapia, o que raramente passará de uma ou duas sessões, somente o bastante para que o alvo baixe a guarda acreditando que realmente o embuste arrependido deseja uma mudança. Nessa técnica também, apenas para se certificar de não perder o alvo de vista, costumam propor terapia de casal que, em pouco tempo, se mostra ineficaz. Enquanto para casais saudáveis com problemas pontuais pode ser a tábua de salvação, terapia de casal com embustes narcisistas é um desperdício de tempo, dinheiro e energia.

5. ABORDAGEM AMIGA/NADA ACONTECEU

Então o alvo, que já está calejado, decide que não acredita mais nessas juras de amor e fica firme no propósito de tocar sua vida sem o embuste narcisista. Como lhe é típico, tentará uma abordagem de amigo, puxando assuntos do dia-a-dia ou fingindo-se preocupado com seu alvo, tentando a todo custo fazer-se presente, afirmando “respeitar” sua deicisão de por um fim. Pode até parecer sincero, mas atenção, aqui tem uma bandeira vermelha: se ele realmente respeitasse sua decisão, daria espaço ao seu alvo que deseja se desconectar. Saberia que talvez aquele não seja o melhor momento para ser “amigo”. Mas ele não respeita e se faz presente exatamente para que seu alvo não tenha tempo de se desconectar e, passada a raiva, volte como se nada tivesse acontecido.

6. A FILA ANDOU/NOVO ALVO

Num dia o alvo estava recebendo mensagens e juras de amor e súplicas por uma segunda chance e no outro lá está o embuste apaixonado ostentando um novo alvo nas redes sociais, se fazendo presente em lugares onde sabe que a informção chegará até você. Parecerá que está feliz e vivendo um linda história de amor, mas não raro continuará a fazer investidas para sugar sua antiga vítima de volta. Essa é uma técnica que costuma confundir muito os alvos desses embustes Don Juan, pois acreditam que deram espaço para outra pessoa e abriram mão de sua “felicidade”. Sentem ciúmes e dor, acreditando que perderam algo e que foram os culpados pelo término, afinal, o embuste “parece muito feliz ao lado da outra pessoa”. Essa é uma manobra perigosa que pode sugar o alvo de volta muitas vezes para compor com o novo alvo um triângulo amoroso do qual o embuste vampirão se alimentará e imporá suas novas regras. Esfrie a cabeça, ele não está feliz com ninguém, está apenas usando uma outra pessoa para atingir você e também para garantir alimento, já que não suportam a solidão.

7. ACUSAÇÕES E AGRESSÃO VERBAL

Não adianta, o alvo está mesmo decidido a ir adiante sem aquela relação que já lhe fez tão mal. O embuste incansável já tentou de tudo e nada funcionou. Ele está transtornado e sua fúria narcísica foi acessa. Ele se sente humilhado e vítima de sua frieza. Aqui começam as agressões verbais de uma violência jamais experimentada antes, sem máscaras, nua e crua, sob medida para fazer o alvo se sentir com 2 centímetros de altura. Haverá nessa fase também acusações de traições de todo tipo. O alvo será de ter atrapalhado sua vidae seus sonhos, de ter tido amantes, terá suas preferências sexuais colocadas e check, será acusado de ter vícios que nunca teve, entre outras agressões verbais que objetivam uma única coisa: causar dor, desespero e desestabilização emocional, afinal, para embustes narcisistas, atenção, seja boa ou ruim, é alimento vital e sua reação às agressões lhe será nada mais que alimento.

8. DIFAMAÇÃO E RECRUTAMENTO

Paralelamente iniciará uma campanha de difamanção entre seus amigos, familiares e muitas vezes, colegas de trabalho. Seu objetivo aqui é manchar seu nome, colocar pessoas contra você , modificando o modo que as pessoas o veem. Nessa fase há o “recrutamento” de possibilitadores, macacos voadores e puxa-sacos que o ajudarão destruir sua presa. Não raro, pessoas perdem o emprego como resultado dessa difamação.

9. PERSEGUIÇÃO E AMEAÇAS

Quando o embuste inconformado chega a esse ponto ele pode ficar perigoso. Passa a perseguir por todos os lados. Bloqueado, entra em contato através de outros números e perfis falsos. Invade residências, surge no ambiente de trabalho ou escola, pratica stalking de todas as formas, tentando amizade com seus amigos e familiares ou surgindo em lugares que você costuma frequentar, tenta se fazer presente; A isto, podem agregar ameaças seja revelar segredos ou intimidades, matar o alvo ou pessoas/animais ligados a ele, seja de se matar, numa tentativa derradeira de despertar a preocupação do alvo que correria em seu socorro. Nessa fase, é importante informar o máximo de pessoas possível do que está acontecendo e evitar o confronto ou os convites para “ter uma última conversa”. Se possível, lavre boletins de ocorrência e se necessário, busque medidas protetivas.

10. AGRESSÃO FÍSICA E MORTE

Apesar de não ser um comportamento presente na maioria dos abusadores emocionais, que normalmente agem no silêncio e na surdina, levando suas vítimas a experimentar dores emocionais inimagináveis sem jamais tocar-lhes um dedo, todo embuste emocionalmente violento tem potencial para machucar, portanto, subestimá-los é um erro. São capazes de coisas inenarráveis tais como multilar, atear fogo e outras substâncias voltadas a desfigurar o alvo que ousou dispensá-lo, além dos espancamentos que deixam cicatrizes, ossos e dentes quebrados. Em casos mais extremos, apoiados no mantra “não fica comigo, não fica com mais ninguém”, ceifam a vida de suas vítimas como quem quebra um copo de R$1,99.

Assim, se você rompeu e se identifica com alguma dessas fases, esforce-se para não entrar no ciclo de idas e vindas, rompendo com decisão e coragem, de modo a poder realmente retomar sua vida de forma saudável, sabendo que à medida que esses ciclos se reiniciam, os níveis de violência aumentam e seu limite do tolerável se expande, trazendo você cada vez mais perto do item 10. Acredite, você não quer e não precisa chegar até aqui.

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Obs. Este texto é parte de um livro em fase de finalização. Você pode compartilhar livremente, mas só pode ser reproduzido indicando-se a autora (Lucy Rocha) e a fonte https://www.facebook.com/RelacoesToxicas/

*O termo “hoovering” vem da palavra Hoover, marca famosa de aspirador de pó em vários países, que descreve os comportamentos que abusadores emocionais têm para “sugar” ou “aspirar” suas vítimas para dentro da relação após uma ruptura.

A banalização do machismo

A banalização do machismo

Circulam pela internet vídeos produzidos por turistas brasileiros na Rússia. Os jovens – nem tão jovens assim, vá lá – aproximam-se de garotas russas, e em clima de festa convidam as moças a repetir frases pornográficas em português. Elas embarcam no clima de festa e de irmandade da Copa do Mundo, repetindo textos que muito provavelmente não pronunciariam se compreendessem o significado.

As imagens foram um soco no estômago das mulheres com um mínimo de consciência. Se o debate já tivesse mudado de nível, os marmanjos brincalhões apareceriam como fósseis vivos viralizando pela internet. Eles encarnariam uma imagem anacrônica, fora de moda, caricatural, vintage, mesmo, do homem brasileiro.

É “só que não” que fala?

Há dois meses, bem de frente à minha casa, no coração do plano piloto, por sua vez o coração de Brasília, que é também o coração do Brasil, uma moça foi estuprada a caminho do metrô. Ninguém encontrou o criminoso, e o assunto caiu no esquecimento.

Prossiga para entender o que o fato tem a ver com o mau gosto dos fanfarrões tupiniquins na Rússia.

Enquanto as feministas derramam sua bílis, muitos julgam que elas exageram, que lhes falta o que fazer. Era só uma brincadeira…Onde fica o espírito de Copa? E os rapazes, ah, estavam certamente bêbados…

Bêbados? In vino veritas, diz o provérbio . Em tradução livre, na embriaguez, deixamos transparecer a verdade. É certo que isso inclui o essencial de nossa natureza, nossos valores, costumes, sentimentos.

A situação me evoca Hannah Arendt. E sigo na mesma tônica de “Racismo, Linchamento e Meias-Verdades“, publicado aqui há algum tempo.

Nos anos 60, o nazista Adolf Eichmann foi abduzido em Buenos Aires, e ressurgiu em um tribunal de Jerusalém, onde deveria responder por atrocidades perpetradas contra os judeus.

A filósofa Hannah Arendt, ela mesma uma judia que conseguira fugir do Holocausto e se radicar nos Estados Unidos da América, ofereceu-se para fazer a cobertura do julgamento de Eichmann para a publicação norte-americana The New Yorker. Os textos de Hannah surpreenderam a todos, e foram compilados no clássico “Eichmann em Jerusalém.”

Quando Arendt afirmou que Eichmann não era um monstro, mas um medíocre burocrata, foi mal interpretada. Entenderam que ela, ao compreender o percurso psicológico do criminoso, dava margem ao perdão.

De fato, atribuir suas ações a uma ideologia criminosa sedimentada no tecido social poderia funcionar como atenuante no âmbito do processo penal. Isso é tudo que a justiça penal internacional não quer. Procura-se aí, justamente o caminho inverso, o da responsabilidade individual, a construção da ideia de que é possível violar o direito internacional, mesmo agindo em estrita observância à ordem jurídica de determinado Estado.

Mas Arendt não tinha o pensamento moldado pelo direito. Sua lógica era outra. “Compreender não é perdoar”, insistia. Ela estava interessada no fenômeno que havia conduzido à barbárie, e não no castigo propriamente dito.

A pensadora acabou se colocando na linha de fogo da comunidade a que pertencia, porque a raiva era – como costuma ser, aliás – o caminho da catarse. É muito difícil dar conta da complexidade dos fatos. É mais simples eleger um personagem como objeto de indignação. “Que nojo desses brasileiros”, eis o mantra que ecoa nas redes sociais.

Mas os protagonistas do vídeo possivelmente desconhecem o que a trolagem deles incorpora e propaga. Os indiferentes, tampouco.

A mulher ficou exposta, mas quem mandou dar conversa para estranhos? A culpa é da idiota da Chapeuzinho Vermelho, não do Lobo Mau. A moça de Brasília usava mini-saia? Ela gritou no momento do estupro? Juro que ouvi isso de pessoas esclarecidas.

O vídeo dos nossos compatriotas na Rússia incorporam o desrespeito ao gênero feminino como um todo, difundido e consolidado em nossa sociedade. Dizer isso não é minimizar atitudes. Eles devem, sim, desculpas a todas as mulheres do mundo.

Mas é preciso reconhecer que em seu primitivismo, sua falta absoluta de cultura, maturidade e educação, aqueles homens denunciam a misoginia impregnada em nossa cultura. Essa é a verdadeira tragédia.

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Abaixo, a publicação de Cristinano Santos, no Facebook, também debate o tema e mostra o vídeo.

 

Pai é pai, não ajudante de mãe!

Pai é pai, não ajudante de mãe!

Paternidade é uma função própria do pai, com direitos e obrigações familiares importantes. Pai não é coadjuvante da mãe, é seu complementar. A mãe costuma pedir ajuda ao pai: ajude aqui, por favor, fique um pouco com as crianças! Ele acha que está apenas ajudando a mãe e não se sente fazendo a sua parte.

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Muitos pais nada fazem enquanto suas mulheres não pedem. Para os filhos não interessa se é a mãe que está muito ativa ou se o pai é muito passivo. O que eles precisam é de pai e de mãe.

Neste ponto, alguns pais reclamam que suas mulheres os tratam como se fossem filhos. Paternidade é a atitude de estar pronto a atender seus filhos, sem esperar que a mãe peça. Um pai acomodado, além de não ser um bom exemplo na família, estimula o filho a explorar a mãe.

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Numa família assim pode se estabelecer uma confusão entre pai acomodado/pai bonzinho e mãe ativa/mãe rabugenta – quando na realidade o pai é negligente e a mãe ativa é obrigada a cobrar as obrigações de todos.

Fica muito clara essa situação quando uma mãe reclama que ela é a “pãe” da família. Ela tenta preencher também as funções de pai, o que é quase impossível. Há muitos homens, no entanto, que já assumem bem mais seu papel. Muito longe de querer substituir a mãe, eles querem tomar parte na educação do filho.

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O editorial é de nossa página parceira Psicologias do Brasil.

A mera possibilidade de um amor leve

A mera possibilidade de um amor leve

Às vezes é comum, entre um desencontro e outro, a gente imaginar o amor de um jeito que encaixe melhor nos nossos sonhos. A mera possibilidade de um amor leve já faz com que sorrisos brotem, inclusive nos corações mais frios.

Porque ninguém gosta de penar por um amor. Mesmo quem vende essa ideia do amor heroico e que atravessa tempestades, sabe que o mais importante é quando o amor combina, com respeito e admiração, os sentimentos dos envolvidos. Só assim dá certo. Não é uma fórmula mágica, é apenas bom senso emocional. Sim, o amor também deve respirar pela razão. É colocando vírgulas e pontos que um relacionamento amadurece e permanece. Se a gente permite muitas reticências e exclamações, o amor logo descamba pro desapego e, com isso, também para desrespeito. É assim que nascem os relacionamentos abusivos, além daqueles preguiçosos, chatos e cansativos encontros que não acrescentam em nossas vidas. Daqueles que deixam rastros de decepções e arrependimentos.

Prefiro pensar que a gente merece um amor leve. Um amor que segure a minha mão e caminhe em direção aos mesmos cuidados, objetivos e desejos. Seja para compartilhar um filme, uma viagem ou uma barra de chocolate. Um amor leve que entenda o quanto é sincero e mais bonito quem conversa, abertamente, sobre tudo o que importa. Sobre interesses, sonhos, medos… enfim, qualquer assunto.

Um amor leve que tenha tesão pelo corpo entre lençóis, mas também pelas emoções e gestos simples vindos de quem está junto. É a mera possibilidade de viver um amor assim, leve e saudável, que faz a gente querer alguém do lado. Mas a realidade é dura às vezes. O amor nem sempre é certeiro, paciência. Mas a gente continua tentando, mesmo que discretamente, em reproduzir esses entrelaces honestos de gentilezas e proximidades.

A mera possibilidade de um amor leve não afugenta, mas arremata todos os meus esforços e sentimentos. Porque para um amor leve não existe peso, existe reciprocidade. E quem tem isso, tem tudo, inclusive sorte. Ame com os pés no chão e descalços. Vale a pena viver para sentir.

Photo by Ryan Jacobson on Unsplash

Rapaz, entenda, mulher intensa não é pra você.

Rapaz, entenda, mulher intensa não é pra você.

O que você quer com essa moça, rapaz? Será que passa pela sua cabeça que vai transformá-la numa mulher “água com açúcar”? Ah, meu caro, tire o seu cavalo da chuva. Preste atenção! Pelo visto você já se esqueceu da última vez em que tentou fazer isso, né? Investiu numa mulher e fez de tudo para matar a essência dela, e conseguiu por um bom tempo. Acontece que um dia ela acordou e sentiu falta de si própria e reagiu, olhou-se no espelho, fez as malas, olhou nos seus olhos e disse: acordei desse pesadelo, tô indo ao encontro de mim mesma e é um caminho sem volta.

Lembra que você ficou sem chão e sem juízo com a partida dela? Pois é, eu achei foi pouco pra você. Eu, até hoje bato palmas para a atitude daquela mulher fantástica. Eu fui testemunha do quão infeliz ela foi contigo. Ela mais parecia uma morta-viva, sem brilho, sem viço, sem sonhos, apenas existindo. E você vivia ostentando para a família e para a sociedade que tinha uma esposa do seu jeito. Você, de tão egoísta que sempre foi, nunca se perguntou se aquela mulher estava feliz ao seu lado. Você estava mais preocupado em apresentá-la ao seu meio social, como um troféu. Você fazia de tudo para aniquilar o que ela tinha de mais incrível: a espontaneidade.

Aquela mulher de riso fácil foi, pouco a pouco, murchando tal qual uma planta desidratada. E você, de tão incompetente que era, nunca a fizera sentir-se mulher. E ela se sujeitava, mesmo violentando a si mesma. Na verdade, você nunca acessou a alma daquela mulher. Você mal tocava a pele dela, quando eu digo mal, é no sentido literal da palavra mesmo porque você nunca soube tocá-la. Seus toques eram todos previsíveis e miseráveis. Toques de homem analfabeto em se tratando de mulher. Ah que sexo miserável que você oferecia a ela, tenha a santa paciência. Você não entende nada de mulher, meu caro, eu ouvia os desabafos dela.

Eu torcia muito por ela, eu sempre desejei que ela acordasse daquela anestesia. Eu a conheço desde menina, ela era o tipo de mulher que sorria pelos olhos, daí, veio você e acabou com tudo. Você sempre teve medo de mulheres intensas, nunca foi homem o suficiente para ter uma mulher inteira ao seu lado, por isso assassinava a sangue frio a essência das mulheres com as quais você se relacionava. Era o seu ponto forte. Se interessava por uma mulher exuberante, e, era só colocar uma aliança no dedo anelar esquerdo dela que você se revelava.

Mas, a sua última mulher teve um final feliz. Ela foi liberta das suas garras. Eu assisti, de camarote, a minha amiga assinando a própria carta de alforria. Ah, cara, nem te conto, ela está muito feliz e com as emoções restauradas. Ao contrário do que você pensa, ela não foi embora da sua vida por causa de outro homem. Ela foi embora porque estava muito infeliz contigo e ela já estava a um passo de perder a lucidez. Ela nunca encontrou em você os abraços que ela sonhava, nem os beijos, nem a cumplicidade…nada. Na verdade, nem amigo dela você foi.

Tem certeza de que você quer mesmo saber? Bem, já que insiste, vou dizer: sua ex está, sim, namorando. Cara, ela tá muito feliz, rindo á toa. Ela encontrou um homem à altura da intensidade dela, e, ao contrário de você, ele não se sente intimidado por ter aquele mulherão ao lado. Ela não precisa mais se preocupar em modular as gargalhadas dela, tão inconfundíveis. Ela não precisa mais viver se escondendo dentro de roupas largas para esconder as curvas, como fazia contigo. Ela me disse que ele tem uma incrível capacidade de lê-la e de fazê-la sorrir. Hoje, ela agradece por não ter dado certo com ninguém, pois do contrário, não teria oportunidade de viver esse amor. Ela me disse, com aquela voz risonha que, quando conversa com Deus ela agradece por esse amor assim: “meu Deus, obrigada, era disso que eu sempre falei, era esse amor que eu sempre desejei”.

Ah, aceita um conselho? Essa moça que você está interessado, ao que parece, é muito intensa e cheia de vida, ela não combina contigo. Busque uma mulher “tranquilinha” para você se relacionar. Sugiro também que busque uma psicoterapia para que você possa entender a origem dessa necessidade de anular a essência de uma mulher para sentir-se seguro ao lado dela.

Você anda cheio de dúvidas? Ainda bem!

Você anda cheio de dúvidas? Ainda bem!

Só os idiotas têm certeza. Estão certos de que aquela sacanagem que aprontaram “foi para o seu bem”. Estão convencidos de que quando dá certo para eles é porque mereceram e que quando dá certo para você é porque alguém fez alguma coisa ilegal para te ajudar.

Certezas só habitam cabeças vazias. Cabeças ocupadas não disponibilizam espaço para certezas. Cabeças ocupadas criam, descobrem, aprendem, ensinam, evoluem. Cabecinhas coroadas de certeza habitam corpos ungidos pelo deus da hipocrisia. Sabem de tudo um pouco, mas nada tanto assim.

Não é que eu seja desprovida de certezas. Lógico que não! Também eu tenho meus momentos imbecis, dentro dos quais eu piro na batatinha e sento confortavelmente sobre fofos e convenientes pensamentos certeiros “claro que é assim!”, “agora foi!”, “nunca mais faço isso!”, “não falei que eu tinha razão?!”.

É uma delícia ter certeza de alguma coisa, qualquer coisa. Só assim temos uns abençoados momentos de trégua para, logo ali na outra curva, descobrir que NADA está garantido e que NUNCA estaremos prontos.

Sem esses oásis de certezas momentâneas nós teríamos um colapso nervoso por dia, não duraríamos nem um semestre depois de chegar à vida adulta. Isso porque enquanto somos crianças ou adolescentes não temos esse apego afetivo com o advento de estarmos certos. Criança se ocupa em viver; e adolescente se ocupa em contestar. Simples assim!

Eu agora, por exemplo, tenho uma certeza de estimação: o café da manhã. É um alívio enorme isso, me desobriga de pensar. Mamão com mel e aveia, café preto sem açúcar, pão integral com queijo branco e seis bolachas de maisena. Pronto! É quase um uniforme! É quase uma segunda pele!

E ando apaixonada por essa certeza! Ela é meu “Crush”! Mas… como me conheço há 55 anos, sei bem que isso não vai durar. E, em verdade, confesso que mesmo estando enamorada dessa pausa bendita, ando flertando com o sonho de, numa manhã qualquer acordar rebelde e cheia de dúvidas.

Já me vejo bradando a escova de dentes ao espelho pela manhã! Chega de mamão papaia! Joguem fora essa maldita aveia! Nunca mais quero ver uma gota de mel na minha frente! Quero açúcar de verdade no meu café! De agora em diante só queijo prato! E viva o pão francês!… a bolachinha de maisena pode ficar… hehehehe.

Mas… enquanto minha alma não acha outra confortável certeza para repousar… sigo obediente. Tranquila. E em paz com o meu frugal desjejum de baixas calorias. É o que temos pra hoje!

Muitas tempestades, em vez de atrapalhar, limpam nossos caminhos

Muitas tempestades, em vez de atrapalhar, limpam nossos caminhos

Ninguém tem a lucidez necessária para, em meio às tempestades que devastam suas vidas, conseguir analisar aquilo tudo com ponderação e esperança. Existem acontecimentos que derrubam, machucam, desesperam, cegando qualquer possibilidade mínima de alguma luz no fim do túnel. Nesse momento, será quase que inútil qualquer tentativa de conselhos, pois dificilmente serão ouvidos com sobriedade.

Embora pareça uma ideia simplista demais, ter a consciência de que cada tombo nos traz força e sabedoria, após termos sobrevivido, é o que nos salvará em muitos momentos. Queremos as respostas de imediato, esperamos os resultados ansiosamente, esquecendo-nos, assim, de prestarmos atenção no tanto de coisa ruim que vai embora junto com as perdas de nossas vidas.

Não é fácil viver e sobreviver sem se alquebrar, pois ninguém foge ao enfrentamento dos fantasmas criados por si próprio, ou pelos maldosos de plantão. Pode-se tentar escamotear o sofrimento através do abuso de pílulas, drogas, álcool, dentre outros comportamentos destrutivos, porém, não tem outro jeito que não atravessar a dor e a escuridão, sentindo cada uma delas por todos os poros, para que, aos poucos, a alma da gente renasça, renovada e pronta para tentar ser feliz de novo.

Importante, nessa jornada, perceber que os ventos dolorosos que passam por nossas vidas acabam também por nos livrar de muita coisa que fazia mal, sem que fosse percebido. Somente depois de termos chorado por meses após um rompimento amoroso é que poderemos nos sentir muito melhor sem o ex. Somente depois de termos sofrido copiosamente pela perda de um emprego é que poderemos nos ver em uma ocupação bem melhor. Porque, infelizmente, a gente também se acostuma com trastes e com ferro velho.

A vida vem com força, derruba, esfola, escurece e tira. Deixa-nos, não raro, sozinhos e sem aquilo a que tanto nos apegávamos, desesperançosos e sem perspectivas. É assim que ela ensina. É assim que, inclusive, ela acaba por nos livrar do que nos emperra, limpando os nossos caminhos, oportunizando-nos novos recomeços, mais claros, mais lúcidos, com menos gente ruim por perto. Sigamos.

Mario Sergio Cortella nos alerta para a importância de não reproduzir notícias falsas durante uma crise

Mario Sergio Cortella nos alerta para a importância de não reproduzir notícias falsas durante uma crise

Em maio, o Brasil vivenciou uma situação histórica. A greve dos caminhoneiros deixou postos, hospitais e supermercados sem abastecimento. Diversas notícias chegaram por aplicativos de mensagens e Facebook, nem todas elas eram verdadeiras ou de fontes confiáveis. Mesmo assim, muitas pessoas as compartilharam.

Pensamos em alguém que talvez consiga falar um pouco sobre esse fenômeno e conscientizar minimamente da importância de não colaborarmos com boatos!

Então, abaixo está uma fala didática do professor de filosofia, Mario Sergio Cortella, sobre o que são as “fake news” e como é útil se proteger delas.

contioutra.com - Mario Sergio Cortella nos alerta para a importância de não reproduzir notícias falsas durante uma crise

“Uma das coisas mais fortes da tecnologia, é que ela permite uma ampliação da nossa capacidade de conhecimento, organização, e agregação de forças para fazermos uma vida mais decente. No entanto, a tecnologia não é neutra em relação ao seu modo de uso. Hoje a mesma rede social que admite uma expansão das boas práticas e melhores ideias, também admite a presença da patifaria, do desvio, da dissimulação.

Aliás, é assim. O problema não está na tecnologia. Por exemplo, se eu tenho em mãos uma faca e você tem em mãos uma maçã, posso usar essa faca para repartir contigo a maçã. Ou posso tomar a maçã de você com a faca. É claro que a questão não está na faca.

Hoje as falsas notícias estruturadas como estão por parte de alguns grupos que têm nisso o seu modo de conduta na vida coletiva, estas fake news são destrutivas. E só há uma maneira de enfrentá-las.

Antigamente, aparecia uma advertência quando a gente ia atravessar um trilho de trem. Todas as vezes que tinha um presidente que ia passar, um evento, um encontro de pessoas, tinha uma placa.  Que era pare, olhe, escute. Isto é, não caia na armadilha de tomar uma posição nem a favor, nem contrária, antes de ter clareza se aquilo faz sentido, se existem outras fontes de confiabilidade.

As fakes news têm um conteúdo malévolo a medida que  distorcem a nossa consciência, prejudicam nossa ação, e acima de qualquer coisa  deturpam a capacidade de uma convivência que seja sadia.

É preciso parar, olhar e escutar para agir contra as notícias falsas e desmenti-las e debatê-las. Para que a gente tenha cada vez mais “news” e menos “fake”.

Fonte: publicado originalmente em nossa página parceira Psicologias do Brasil.

Acredito na força do pensamento: pensar positivo atrai o que é bom

Acredito na força do pensamento: pensar positivo atrai o que é bom

Se formos acreditar tão somente naquilo que a ciência comprova, teremos bastante dificuldade em atravessar as escuridões de nossa jornada. A vida é muito imprevisível e costuma nos derrubar, ou seja, caso não tenhamos alguma crença dentro de nós, alguma fé, demoraremos muito tempo para sair daquelas ocasiões em que a vida dói fundo.

Todo mundo quer se prender a algum tipo de segurança, de linearidade, para que o caos lá de fora não se instale dentro de suas vidas, de seus lares. A rotina nos ajuda muito a manter essa linha segura em nosso dia-a-dia, pois, assim, pelo menos um pouco de previsibilidade teremos diante de nós. Porém, por mais que mantenhamos uma agenda com compromissos detalhados, por mais que tentemos controlar a nossa vida, uma ou outra hora tudo dá errado, sai do prumo.

Daí a necessidade de mantermos uma postura positiva, acreditando sempre que ainda há muita coisa boa nos esperando, para que o peso de um hoje desagradável não nos desvie de amanhãs melhores. Manter uma atitude otimista, fugindo de falas maldosas, é o que nos ajuda a enxergar luz, ainda que fraca, em meio aos dissabores que enfrentamos diariamente – e que não são poucos. A muitos poderá parecer conversa de botequim, mas energia atrai energia de mesma intensidade, dentro e fora de nós.

Nesse percurso, será imprescindível não nos contaminarmos pela negatividade e pela maldade alheias, para que não sejamos sugados para dentro das escuridões que não nos pertencem. Evite falar mal dos outros, lamentar-se exageradamente, reclamar de tudo, e verá que o dia vai ficando mais leve. Quando nos afastamos do que carrega energia ruim, passamos a enxergar com mais clareza, com mais otimismo, com mais confiança. A esperança não se aloja em corações inseguros.

Por isso é que se deve acreditar na força do pensamento, para que tenhamos sempre a esperança de que o melhor virá, de que o amanhã trará agradáveis surpresas. Gente positiva faz bem a si mesma e aos demais, porque enxerga com olhos de luz, olhos que nos veem de verdade. Atraímos o que pensamos. Atraímos o que somos.

7 táticas altamente manipuladores que Narcisistas, Sociopatas e Psicopatas usam para silenciar você.

7 táticas altamente manipuladores que Narcisistas, Sociopatas e Psicopatas usam para silenciar você.

Pessoas tóxicas, como narcisistas malignos, psicopatas e pessoas com traços anti-sociais, praticam comportamentos mal-adaptativos em relacionamentos e acabam por explorar, rebaixar e ferir seus parceiros íntimos, familiares e amigos. Usam uma infinidade de táticas que distorcem a realidade de suas vítimas. Embora aqueles que não são narcisistas também possam empregar essas táticas, os narcisistas abusivos utilizam excessivamente, em um esforço para escapar da responsabilidade por suas ações.

Aqui estão 7 táticas que pessoas tóxicas usam para silenciar você.

1. Gaslighting

Gaslitghting é uma tática manipuladora que pode ser descrita em diferentes variações de três palavras: “Isso não aconteceu”, “Você imaginou” e “Você está louco?”

Trata-se de talvez uma das táticas manipuladoras mais recorrentes por aí, ela trabalha para distorcer e desgastar seu senso de realidade; corrói a sua capacidade de confiar em si mesmo e, inevitavelmente, impede você de sentir ter razão em contrariar abusos e maus-tratos.

Quando um narcisista, um sociopata ou um psicopata lhe ferir, você pode estar propenso a se iludir. Como uma maneira de reconciliar a dissonância cognitiva que possa surgir. Duas crenças conflitantes batalham: essa pessoa está certa ou posso confiar no que experimentei? Uma pessoa manipuladora irá convencê-lo de que a primeira é uma verdade inevitável, enquanto a segunda é um sinal de disfunção da sua cabeça.

Para resistir é importante se ater em sua própria realidade – às vezes, escrever as coisas à medida que acontecem, dizer a um amigo ou reiterar sua experiência para uma rede de apoio pode ajudar a neutralizar o efeito do gaslitghting. O poder de ter uma comunidade de validação é que ela pode redirecioná-lo da realidade distorcida e voltar à uma orientação mais saudável.

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2. Projeção

Um sinal claro de toxicidade é quando uma pessoa está cronicamente indisposta a ver suas próprias deficiências e usa tudo o que está ao seu alcance para evitar ser responsabilizada. Isso é conhecido como projeção. A projeção é um mecanismo de defesa usado para deslocar a responsabilidade de seus comportamentos e características negativos atribuindo-os a outra pessoa. Em última análise, ele age como uma digressão que evita a auto-observação e a responsabilidade.

Por exemplo, uma pessoa que se envolve em mentira patológica pode acusar seu parceiro de mentir; cônjuge super-carente pode chamar seu companheiro de “pegajoso” na tentativa de descrevê-lo como aquele que é dependente; um empregado rude pode chamar seu chefe de ineficaz em um esforço para escapar da verdade sobre sua própria produtividade.

Solução? Não “projete” seu próprio senso de compaixão ou empatia em uma pessoa tóxica e não absorva nenhuma das projeções da pessoa tóxica. Como especialista em manipulação e autor Dr. George Simon (2010) observa em seu livro In Sheep’s Clothing, projetar nossa própria consciência e sistema de valores em outros tem a conseqüência potencial de torna-se uma exploração emocional.

3. Conversas absurdas

Se você acha que vai ter uma discussão cuidadosa com alguém que é tóxico, esteja preparado para o mindfuckery épico, em vez de mindfulness conversacional.

Narcisistas e sociopatas malignos usam salada de palavras, conversas circulares, argumentos ad hominem, projeção e gaslighting para desorientar você e tirá-lo do rumo se discordar deles ou desafiá-los de alguma forma. Eles fazem isso para desacreditá-lo, confundi-lo e frustrá-lo, distraí-lo do problema principal e fazer com que você se sinta culpado por ser um ser humano com pensamentos e sentimentos reais. Na visão deles, você é o problema se você existir.

Lembre-se: pessoas tóxicas não discutem com você, elas essencialmente discutem com elas mesmas e você fica a par dos seus longos e pesados monólogos.

4. Generalizações

Narcisistas malignos nem sempre são intelectuais espertos – muitos deles são intelectualmente preguiçosos. Ao invés de dedicar um tempo para considerar cuidadosamente uma perspectiva diferente, eles generalizam tudo e qualquer coisa que você diz, fazendo declarações gerais que não reconhecem as nuances em seu argumento ou levam em conta as múltiplas perspectivas possíveis.

Em uma escala maior, as generalizações e declarações gerais invalidam experiências que não se encaixam nas suposições, esquemas e estereótipos da sociedade; eles também são usados para manter o status quo. Essa forma de digressão exagera uma perspectiva até o ponto em que uma questão de justiça social pode se tornar completamente obscurecida. Por exemplo, as acusações de estupro contra figuras populares são freqüentemente acompanhadas da lembrança de que há relatos falsos de estupro. Relatos falsos realmente ocorrem , mas eles são raros, e neste caso, as ações de um tornam-se como o comportamento da maioria, enquanto um caso específico em si permanece sem solução.

Pessoas tóxicas empunhando afirmações genéricas não representam a riqueza completa da vida – elas representam o limitado de uma experiência singular e de um senso de questionamento auto-inflado.

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5. Deturpar seus pensamentos e sentimentos ao ponto do absurdo.

Nas mãos de um narcisista maligno ou sociopata, suas opiniões divergentes, emoções legítimas e experiências vividas são traduzidas em falhas de caráter e evidência de sua irracionalidade.

Narcisistas tecem contos altos para reformular o que você está realmente dizendo como uma maneira de fazer suas opiniões parecerem absurdas ou hediondas. Digamos que você mostre o fato de estar insatisfeito com a maneira como um amigo tóxico fala com você. Em resposta, ele ou ela pode colocar palavras em sua boca, dizendo: “Ah, então agora você é perfeita?” Ou “Então, eu sou uma pessoa ruim, hein?” Quando você não fez nada além de expressar seus sentimentos. Isso permite que eles invalidem seu direito de ter pensamentos e emoções sobre um comportamento inadequado e incutir um sentimento de culpa quando você tenta estabelecer limites.

Enquanto a pessoa tóxica pode desviar-se de seu próprio comportamento, podem conseguir convencê-lo de que você deveria ser “envergonhado” por dar-lhes qualquer tipo de feedback realista.

6. Críticas desnecessárias

A diferença entre crítica construtiva e crítica destrutiva é a presença de um ataque pessoal e padrões impossíveis. Esses chamados “críticos” muitas vezes não querem ajudá-lo a melhorar, só querem descobrir uma fraqueza e expô-la de qualquer maneira. Narcisistas e sociopatas abusivos empregam uma falácia lógica conhecida como “mover os postes” para garantir que eles tenham todos os motivos para estarem sempre insatisfeitos com você.

Você tem uma carreira de sucesso? O narcisista começará a entender por que você ainda não é um milionário. Você já cumpriu sua necessidade de ser excessivamente atendido? Agora é hora de provar que você também pode permanecer “independente”. Os postes da meta mudam constantemente e podem nem estar relacionados uns com os outros; eles não têm outro ponto além de fazer você disputar a aprovação e validação do narcisista.

Não se deixe enganar e mudar as suas metas – se alguém escolher relembrar repetidamente uma coisa irrelevante a ponto de não reconhecer o trabalho que você fez para avançar. Essa pessoa só quer provocar ainda mais a sensação de que você tem que provar algo constantemente a si mesmo. Valide e aprove você mesmo. Saiba que você é o suficiente e não precisa se sentir constantemente deficiente ou indigno.

7. Abuso verbal disfarçados de piadas

Os narcisistas secretos gostam de fazer comentários maliciosos às suas custas. Estes são geralmente vestidos como “apenas piadas” para que eles possam se safar dizendo coisas assustadoras enquanto mantêm um comportamento inocente e legal. No entanto, toda vez que você fica indignado com uma observação dura e insensível, você é acusado de não ter senso de humor. Essa é uma tática freqüentemente usada no abuso verbal.

***

Este texto é uma tradução adaptada pelo Psicologias do Brasil de20 Diversion Tactics Highly Manipulative Narcissists, Sociopaths And Psychopaths Use To Silence You  da autora Shahida Arabi no site Thought Catalog

As crianças precisam ser felizes, não serem as melhores.

As crianças precisam ser felizes, não serem as melhores.

Vivemos em uma sociedade altamente competitiva em que nada parece ser suficiente, e temos a sensação de que se não entramos nessa pilha, ficaremos para atrás, sendo atropelados pelos novos avanços.

Por essa razão, não é estranho que nas últimas décadas muitos pais tenham assumido um modelo de educação sustentado na hiperpaternidade. São pais que querem que seus filhos estejam preparados para a vida, mas no sentido mais restrito do termo: eles querem que seus filhos tenham o conhecimento e as habilidades necessárias para ter uma boa profissão, obter um bom emprego que ganhe o máximo possível.

Esses pais definiram um objetivo: querem que seus filhos sejam os melhores. Para conseguir isso, não hesitam em ocupá-los em muitas atividades extracurriculares, abrindo caminho para limites inacreditáveis e, é claro, empurrando para o sucesso a qualquer custo. E o pior de tudo é que acreditam fazer isso “para o bem deles”.

O principal problema desse modelo educacional é que ele acrescenta pressão desnecessária às crianças, uma pressão que atrapalha a infância e cria adultos emocionalmente quebrados.

Os perigos de pressionar crianças a terem alto sucesso

Sob pressão, a maioria das crianças é obediente e pode alcançar os resultados que seus pais lhes pedem, mas, a longo prazo, isso limita o pensamento autônomo e as habilidades que podem levar ao sucesso real. Se não lhe dermos espaço e liberdade para encontrar seu próprio caminho, porque o enchemos de expectativas, a criança não será capaz de tomar suas próprias decisões, experimentar e desenvolver sua identidade.

Portanto, fingir que as crianças devem ser as melhores contém sérios perigos:

Gera pressão desnecessária que rouba sua infância. A infância é um período de aprendizado, mas também de alegria e diversão. As crianças devem aprender de uma forma divertida, devem cometer erros, perder tempo, deixar a imaginação correr solta e passar tempo com outras crianças. Esperar que as crianças sejam “as melhores” em um determinado campo, colocando expectativas muito altas nelas, só fará com que seus frágeis joelhos se curvem ao peso de uma pressão de que não precisam. Essa maneira de educar acaba tirando a infância deles.

– Causa perda de motivação e prazer. Quando os pais se concentram mais nos resultados do que no esforço, a criança perde a motivação intrínseca porque entenderá que o resultado conta mais do que a maneira como ele seguiu. Portanto, a probabilidade de cometer fraude na escola aumenta, por exemplo, já que não é tão importante o que você aprende quanto a nota que você recebe. Da mesma forma, ao focar nos resultados, você perde o interesse pelo caminho e deixa de apreciá-lo.

– A semente do medo do fracasso. O medo do fracasso é uma das sensações mais limitantes que podemos experimentar. E esse sentimento está intimamente ligado à concepção que temos sobre o sucesso. Portanto, empurrar as crianças cedo para o sucesso geralmente serve apenas para plantar nelas a semente do medo do fracasso. Como resultado, é provável que esses pequenos não se tornem adultos independentes e empreendedores, como seus pais querem, mas pessoas que aceitam a mediocridade apenas porque têm medo de fracassar.

– Perda de auto-estima. Muitas das pessoas mais bem sucedidas, profissionalmente falando, não têm certeza de si mesmas. De fato, muitas supermodelos, por exemplo, confessaram acreditar que são feias ou gordas, quando na realidade são ícones de beleza. Isso acontece porque o nível de perfeccionismo ao qual eles sempre foram submetidos os faz acreditar que isso nunca será suficiente e que o menor erro é suficiente para os outros desprezá-los. As crianças que crescem com essa ideia tornam-se adultos inseguros, com baixa auto-estima, que acreditam que não são boas o suficiente para serem amadas. Como resultado, vivem super-dependendo das opiniões dos outros.

O que realmente a criança deve saber?

As crianças não precisam ser as melhores, só precisam ser felizes. Portanto, você só deve se certificar de que seu filho saiba que:

– Que ele é amado, incondicionalmente e em todos os momentos, não importa quais erros ele cometa.

– Que ele está seguro, que você irá protegê-lo e apoiá-lo sempre que puder.

– Que ele pode bancar o “bobo”, “perder tempo” fantasiando e brincando com seus amigos.

– Que ele possa escolher o que mais gosta e dedicar-se a essa paixão, não importa o que seja. Que você pode gastar seu tempo livre fazendo colares de flores ou pintando gatos com seis pernas, se é isso que você quer, em vez de praticar exaustivamente coisas que não gosta.

– Que ele é uma pessoa especial e maravilhosa, como muitas outras pessoas no mundo.

– Que ele merece respeito e que ele deve respeitar os direitos dos outros.

E o que os pais não devem esquecer?

Também é essencial que os pais saibam:

– Que cada criança aprende no seu próprio ritmo, e que não se pode confundir a estimulação que se desenvolve com a pressão que sobrecarrega.

– Que o fator que mais influencia o desempenho acadêmico das crianças é que os pais leiam para seus filhos, que dedicam alguns minutos a cada noite para cultivar juntos aquela paixão pela leitura, não escolas caras ou brinquedos hiper-tecnológicos.

– Que a criança que recebe as melhores notas nem sempre é o menino mais feliz porque a felicidade não é medida nesses termos.

– Que as crianças não precisam de mais brinquedos, mas de uma vida mais simples e despreocupada, assim como mais tempo com os pais.

– Que as crianças merecem a liberdade de explorar tudo e decidir por si mesmas o que as fazem felizes.

Este é um texto traduzido e adaptado pelo site parceiro Psicologias do Brasil. Do original Rincon Psicologia.

Queira um relacionamento que mude a sua vida e não o seu status no Facebook

Queira um relacionamento que mude a sua vida e não o seu status no Facebook

Embora existam pessoas que priorizem a carreira, os estudos, antes de pensarem em firmar relacionamentos e constituir famílias, ainda há quem se preocupe primordialmente em encontrar sua alma gêmea. Querer ou não formar um lar, ter filhos, diz respeito somente a cada um, pois ninguém tem que se intrometer nessa questão pessoal. O problema é querer, a todo custo, alguma coisa, esquecendo-se de si mesmo nesse percurso.

Quando se quer algo demasiadamente, a gente acaba, muitas vezes, atropelando tudo, pois age sem pensar direito. Quem nunca comprou uma roupa que nunca usou ou um eletrodoméstico que está encostado no armário? Não são poucas, por exemplo, as esteiras paradas num cômodo da casa, utilizadas, quando muito, como cabides. E é assim que as coisas desandam também com os sentimentos, com as escolhas diárias que a vida nos traz.

Pensar e refletir, antes de agirmos, é necessário, no entanto, devemos evitar que isso se transforme em dúvidas intermináveis que consomem nossa saúde e instalam ansiedade desnecessária dentro de nós. Como diz a sabedoria popular, quem não sabe o que quer acaba perdendo o que tem. Certas coisas e determinadas pessoas não possuem todo o tempo do mundo para ficarem aguardando nossa indecisão. Aliás, nem o amor é capaz de esperar para sempre.

Não podemos é aceitar qualquer esmola como amor, vivendo uma mendicância afetiva que nos afaste de nosso amor próprio, de nossas verdades, da essência que caracteriza nossa maneira de ser e de pensar. Não podemos é estender por dias, meses ou anos relacionamentos falidos, em que as lágrimas e o vazio sejam constantes, por medo de solidão. Exercitemos o amar-se, para que não nos conformemos, jamais, com menos do que merecemos.

Não queira apenas mudar status de rede social, ostentando sentimentos que inexistem, iludindo-se com o que nunca será uma verdade completa. Ninguém, afinal, tem nada a ver com o amor que você deseja compartilhar, a não ser aquela pessoa que estiver disposta a dividir o seu melhor, juntinho, pertinho, faça chuva, faça sol. É assim que tem de ser.

A vida não pode ser só pagar boletos e tentar emagrecer!

A vida não pode ser só pagar boletos e tentar emagrecer!
SUITS -- "Skin In the Game" Episode 701 -- Pictured: Meghan Markle as Rachel Zane -- (Photo by: Ian Watson/USA Network)

Tenha a santa paciência! Mal a gente paga aquela infinidade de contas e o carteiro já começa a enfiar as próximas por debaixo da porta! Uma vez uma amiga minha disse “Se você estiver se sentindo carente, atrase alguns boletos… seu celular não vai parar de tocar”! Ahhhh sim… seria muito engraçado se não fosse o fim da picada! E o pior é que a danada tem razão!

No dia do casamento do príncipe ruivinho Harry com a maravilhosa morena Megan – já imaginou os filhinhos que vão sair dessa combinação?! -, bem, nesse dia, começou a rolar um “MEME” na web com uma foto da moça plena e maravilhosa, cujos dizeres eram “a plenitude de quem nunca mais vai ver um boleto na vida”! E não é que é verdade?! Sei lá se é um grande negócio casar com o príncipe da Inglaterra e passar a viver na mira implacável da “Beth”, aquela senhorinha que usava verde limão no casamento e finge que manda na coisa toda. Mas… que seria uma maravilha nunca mais ter um boleto para pagar… ahhhhh isso ia!

O fato é que mesmo livre da encheção de saco dos boletos, nem a maravilhosa Megan – que a propósito virou duquesa… chique demais da conta, né? -, nem mesmo ELA vai ficar livre da maldição de não poder engordar. Pois é…

Nesse mundo aqui fora, seja você da nobreza, da realeza, ou da pindaíba, não vai ter jeito… todo mundo repara na sua barriga, no seu culote, na sua bochecha… se elas aumentarem, é claro! Porque quando a gente emagrece, o povo até repara, mas raramente comenta. Principalmente se o povo em questão forem as suas amigas mulheres.

E a explicação é simples: ao comentar que você está mais enxutinha, automaticamente o seu olhar será atraído para o shape da coleguinha, e caso ela esteja naqueles dias da TPM dos infernos, ou tenha se jogado numas panelinhas de brigadeiro recentemente, vai sacar no seu jeito de olhar, o julgamento.

Mulher é um bicho danado de estranho!

Os homens, espertinhos que são, já se tocaram de que NUNCA devem tecer comentários acerca de alterações de figurino. Se falam que a mulher emagreceu, ela logo revida “Por quê? Eu estava gorda antes??? É isso que você está falando???”. Se falar que a mulher deu “uma engordadinha”… Virgimaria! Divórcio litigioso!

Portanto, minha menina linda que me lê agora – e tanto faz se a balança foi bacana ou megera com você hoje pela manhã – o fato é que não há mágica para fazer sumirem os malditos boletos de debaixo da sua porta. E, como você é bem capaz de ser dona do seu lindo narizinho, a verdade é que boletos pagos por nós mesmas podem ser revertidos em esplendorosas histórias de libertação.

Quanto aos quilinhos indecisos, que não sabem se ficam ou se vão – e se forem, bem que podiam perder o caminho de volta, não é mesmo?! -, bem, quanto a eles… Chuta que é macumba, meu bem! Aí nesse corpinho tem coisas belas e valiosas demais para serem amadas! Dá umas férias para a balança e vai ser feliz!

Como levar o minimalismo para a sua vida?

Como levar o minimalismo para a sua vida?

Todos os dias nos sobrecarregamos com coisas e informações desnecessárias, mas, em vez de prazer, acumulamos mais e mais estresse. O minimalismo, como modo de vida, ajudará a colocar as coisas em ordem.

Coloque as coisas em ordem em casa e no trabalho. O espaço fica bagunçado com roupas, livros, cosméticos e até mesmo pelas guias do navegador.

Se você achar difícil se livrar de suas coisas favoritas, tente guardá-las em pacotes ou caixas e escondê-las: se durante as próximas duas semanas você se lembrar delas e se arrepender de tê-las retirado, devolva-as e aproveite-as. Mas com 90% de probabilidade, você simplesmente esquecerá o que colocou nessas caixas.

Itens e coisas desnecessárias podem ser doados para instituições de caridade, ou vendidos para lojas de segunda mão ou pela Internet. Também se pode organizar uma “venda de garagem” para amigos, ou levar todos os objetos para serem processados ​​por lojas de redes que oferecem um desconto. Aqui você pode ler algumas dicas sobre como organizar seu guarda-roupa.

Pare de ouvir fofocas, fale de forma honesta e com propriedade. Com o tempo, você verá como as pessoas tóxicas desaparecem sozinhas de sua vida.

Assuma a responsabilidade por seus pensamentos, tente pensar positivamente.

Concentre-se em seus objetivos e valores, não tente alcançar tudo de uma vez.

Pelo menos uma vez por semana, desligue o telefone e as notificações irritantes e passe tempo com seus entes queridos.

Com informações de Incrível

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