Psicanalista explica: existem pessoas que fazem mal sem sentir culpa alguma.

Psicanalista explica: existem pessoas que fazem mal sem sentir culpa alguma.

A partir do conceito de neurose, a psicanalista Evelyn Disitzer explica as três possibilidades de constituição de um sujeito: neurótico, perverso, e psicótico.

É o que apresenta este vídeo do Canal Philos.

Aprendendo a dissipar as mágoas

Aprendendo a dissipar as mágoas

Um dos sentimentos humanos que mais gera sofrimento é a MÁGOA. Infelizmente, ela não é tão aprofundada em textos pequenos, apenas em livros de Psicologia, de autoconhecimento, de espiritualidade…

Nesse texto venho propor a você uma reflexão de grande profundidade.

O que me inspirou a escrever esse texto foi um vídeo maravilhoso que assisti da querida palestrante Heloísa Capelas, no qual ela fazia uma associação riquíssima para essa palavra. Se quiser assistir ao vídeo completo, segue o link abaixo.

Ela dizia o seguinte: MÁGOA vem de MÁ + ÁGUA.

Veja só que palavras fortes! Má água quer dizer que ao nutrir esse sentimento, é como se águas poluídas estivessem circulando pelo interior do seu corpo.

E realmente a mágoa faz isso conosco, faz com que uma espécie de água parada comece a juntar mosquitos, e esses mosquitos podem gerar diversas doenças.

Como eu sou apaixonado pela Metafísica da Saúde, através dos estudos dessa ciência, aprendi que muitas doenças SANGUÍNEAS têm sua raiz no sentimento de MÁGOA.

Você percebe a relação entre a ciência e os sentimentos?

Mágoa é a conservação de uma má água no interior do seu corpo. E o que faz a água circular no corpo? O SANGUE! E se você tem doenças relacionadas com o sangue, a probabilidade de você estar nutrindo mágoas é muito grande!

A querida terapeuta Cristina Cairo, especializada em Linguagem do Corpo, sempre fala em suas palestras que se você estiver triste, com raiva, se maldizendo, remoendo o passado, com mágoas no coração etc. e fizer um exame de sangue, suas taxas estarão bastante alteradas.

E ela ensina também que se você buscar uma meditação, um Yoga, um Thai Chi Chuan, Reiki ou qualquer outra terapia alternativa, dentro de pouco tempo, com novos exames clínicos, as taxas sanguíneas são completamente diferentes. E não é num intervalo de anos, nada disso! Essa mudança pode ocorrer em semanas ou mesmo dias! Não é incrível?

Estou mostrando para você através desse texto o poder imenso da nossa mente atrelada a bons sentimentos. Você pode mudar toda a sua vida ao nutrir melhores sentimentos e pensamentos.

Esse texto está focado na mágoa, mas você pode levar para todos os sentimentos destrutivos.

Mas enfim! O que fazer para dissipar as mágoas afinal?

Bem meus amigos! Eu aprendi através de estudos e do convívio com pessoas extraordinárias, que uma das melhores formas de se curar na raiz o sentimento de MÁGOA é através de 4 ferramentas, que são: o PERDÃO, a ACEITAÇÃO, a NÃO RESISTÊNCIA e a GRATIDÃO.

Quero antes de mais nada me utilizar da gratidão nesse texto. Boa parte da inspiração desse texto eu devo ao meu grande amigo Anastácio Aguiar, que tem um coração gigantesco. Um ser humano que tem feito um brilhante trabalho como terapeuta na cidade onde moro, Fortaleza.

Ele utiliza dessas ferramentas e metodologias nas suas terapias e os resultados têm sido cada vez mais impactantes!

Das 4 ferramentas, sem sombra de dúvidas, a mais importante para a MÁGOA é o PERDÃO. Não apenas o perdão para outra pessoa que tenha lhe ferido, mas para você mesmo!

Muita gente não aprofunda isso, mas para que um sentimento de mágoa seja completamente dissolvido, é preciso perdoar o outro, mas juntamente com isso perdoar a si mesmo, ou seja, se AUTOPERDOAR.

Falo isso porque a mágoa muitas vezes vem acompanhada da CULPA, a pessoa sente culpa por uma série de razões e isso só faz com que o sofrimento se prolongue ainda mais.

Então, ao aliar o perdão e o autoperdão, com a aceitação de que tudo tem um propósito maior ligado à nossa evolução pessoal e não criando resistências a esse processo de cura, certamente ela acontece! Você poderá ressignificar tudo aquilo que em algum momento do passado lhe fez sofrer.

Você percebe que a mágoa sempre está ligada ao PASSADO? Você fica magoado por algo que vai acontecer no ano que vem? Ou daqui a 5 anos? Isso não faz o menor sentido não é mesmo? Pois é! É porque a mágoa só existe quando você fica acessando o passado em suas piores memórias! É possível mudar isso através de trabalhos terapêuticos e de autoconhecimento.

Esse texto é profundo, mas ao mesmo tempo é apenas um pontapé inicial em um processo que só terá eficácia se você se permitir, se você não gerar resistências internas.

Nessa hora, a GRATIDÃO é uma aliada fortíssima, porque ela tem uma profunda ligação com o momento PRESENTE, com o AGORA. Você tem se sentido agradecido pelas coisas que acontecem no seu momento presente? Você pode até se sentir grato por algo que já aconteceu, mas o sentimento vívido e profundo só pode acontecer no agora.

Veja só! Ao exercitar a GRATIDÃO, você desloca seus pensamentos do passado para o agora, para o que realmente importa, pois é nele que existimos, é nele que a realidade é tecida. Então, procure ser grato pelas imensas bênçãos e riquezas que você já tem! Tenho certeza que são muitas. Só de você estar lendo esse texto eu já lhe afirmo isso. Esse blog é acessado apenas por pessoas que estão buscando de alguma forma crescer na vida em consciência e amor! Você é uma dessas pessoas! Parabéns!

Aprenda a viver o momento presente com mais plenitude através da gratidão e de tudo que foi colocado nesse texto. Pode ter certeza que ao fazer isso, os sentimentos de mágoa que existem dentro de você começarão a ser dissipados quase que como mágica, e um novo mundo começará a se descortinar!

Desejo tudo de melhor na sua vida e saiba que pode contar comigo nesse processo! Paz e luz!

Tenha responsabilidade amorosa com quem te ama

Tenha responsabilidade amorosa com quem te ama

Por incrível que pareça, muitas vezes deixamos de prestar atenção em tudo de bom e em todas as pessoas maravilhosas que caminham conosco, focados que estamos nas atribulações mecânicas de nosso cotidiano. Debruçamos sobre nossos trabalhos com todas as nossas forças, esquecendo-nos de alimentar a nossa alma, de recarregar o nosso emocional, nossa afetividade.

Esvaziamo-nos de sentimentos, na esperança de conseguirmos obter cada vez mais bens materiais, pois queremos galgar vários degraus do êxito profissional, da ascensão social. Afinal, hoje, status relaciona-se tão somente ao tanto de matéria acumulada e aos dígitos impressos em nossa conta bancária.

Pouco se atenta para o que as pessoas sentem, fazem sentir, para o que acumulamos dentro de nós. Se ninguém vê aquilo tudo que nos enriquece as alma, que se sobressaiam os enriquecimentos visíveis e ostentáveis pelas ruas, pelos bairros, pelas redes sociais. Infelizmente, há muito tempo sendo dedicado a viagens chiques, a estilos de vida nababescos, ao passo que pequenos gestos de amor são relegados a segundos e terceiros planos.

Nesse contexto de valores invertidos, muitos de nós priorizamos o que não se relaciona com as pessoas mais próximas, com o afeto verdadeiro que têm para conosco. Preocupamo-nos mais com o que o fulano da esquina pensa do que com o que a pessoa que nos ama sente. E é assim que deixamos de nos responsabilizar amorosamente com quem torce por nós verdadeiramente. É assim que perdemos, aos poucos, todos que teríamos que manter por perto.

As pessoas que não possuem relação afetiva conosco não serão atingidas a fundo por nós. Machucamos, profundamente, somente as pessoas que nos amam. Portanto, tenha responsabilidade amorosa com o outro. Coisas se vão e se substituem; coisas a gente compra de novo. Pessoas a gente perde para sempre…

O afeto conduz a alma como os pés conduzem o corpo

O afeto conduz a alma como os pés conduzem o corpo

Esses dias, em meio a diversas leituras, eu me deparei com uma frase absolutamente maravilhosa atribuída a Santa Catarina de Siena, filósofa escolástica e teóloga do século XIV. Apesar de curta, ela pode nos levar a reflexões profundas.

Sua frase dizia o seguinte: “O afeto conduz a alma como os pés conduzem o corpo”.

Eu me senti muito tocado ao ler isso, o que me inspirou a escrever esse texto que você lê agora.

Não precisa acreditar em Deus ou ser religioso para compreender a verdade contida nessa frase. Inclusive, posso falar isso com tranquilidade, pois venho estudando Filosofia com bastante afinco e muitos teóricos falam sobre a alma sem uma conotação religiosa, entre eles o mestre Platão por exemplo.

Catarina cita o verbo conduzir, que encaixa perfeitamente na ideia que ela quis transmitir. Conduzir está ligado a sair de um ponto A em direção a um ponto B. Ou seja, está ligado a MOVIMENTO, a FLUXO, e obviamente, às MUDANÇAS.

Ao escrever isso até lembrei uma das mais célebres frases do filósofo da antiguidade Heráclito“Não se entra duas vezes no mesmo rio”. O que interpretamos como esse fluxo de mudanças. Quando nos dirigimos ao rio uma segunda vez, nem ele é o mesmo, pois novas águas estão fluindo em sua correnteza, nem nós somos os mesmos, porque estamos um pouquinho mais velhos, tivemos algumas experiências a mais, milhões de células nasceram e morreram etc.

Vou aprofundar de trás pra frente OK? Os pés conduzem o corpo. Todos nós sabemos que os pés são nossa BASE DE SUSTENTAÇÃO. Sem eles, e principalmente sem os dedos, que são flexíveis e recobertos por fortes tendões, não conseguiríamos ficar em pé, não conseguiríamos sequer nos mover. Provavelmente nos deslocaríamos de forma semelhante aos animais que rastejam.

A anatomia dos nossos pés possui uma engenharia absolutamente impressionante. Ele tem especialidades que nos auxiliam de “n” maneiras diferentes, posso citar apenas algumas: a flexibilidade dos tornozelos  nos ajuda a pisarmos em locais perigosos, como espinhos ou cacos de vidro, sem ter que colocar toda a área do pé; a força dos tendões dos dedos nos possibilitam dançar em quase todas as posições possíveis e imagináveis, a junção dos tendões à musculatura da panturrilha nos permite até mesmo andar para trás com a ponta dos pés se for do nosso interesse…

As especialidade podem ir muito longe, mas deixo isso para meus amigos que são formados em Educação Física. Eles podem explicar muito melhor do que eu a anatomia dos pés e seus movimentos.

Escrevi tudo isso para mostrar o quanto nossos pés são importantes e acima de tudo, lembrar você o quanto não agradecemos por termos pés que nos possibilitam caminhar à vontade. Tenho certeza que alguém que não possa caminhar, muitas vezes se imagina correndo ou dançando e não pode fazer isso. Inclusive a teoria dos sonhos desenvolvida por Freudmostra bem isso. Analise alguns sonhos de uma pessoa que seja paraplégica por exemplo! Em muitos deles, a pessoa aparece correndo, dançando, nadando etc. porque se tratam de desejos profundos do inconsciente dela, entende?

Portanto! Agradeça! Agradeça todos os dias por ter pés saudáveis que conduzem o seu corpo.

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O começo da frase é mais profundo ainda, por isso deixei para o final. O afeto conduz a nossa alma. E eles estão diretamente ligados aos SENTIMENTOS e EMOÇÕES. Vivemos numa sociedade adoecida, que coloca o fazer, o trabalhar, o competir com os outros, o desejo de superioridade etc. como molas propulsoras do nosso destino. Sempre digo e repito! Se continuarmos com tal mentalidade, correremos um sério risco de destruirmos completamente nossa humanidade. E quero que me entenda bem nesse ponto! Não estou falando aqui sobre o “fim do mundo”, “destruirmos o planeta Terra”. Estou falando de HUMANIDADE.

Parece que esquecemos que somos humanos, e o que mais nos caracteriza é exatamente a nossa capacidade de nos unirmos aos outros, ou seja, sermos gregários.

Se não valorizarmos os afetos, estaremos afastando o que há de mais belo e puro em nós.

Eu não consigo falar sobre isso sem lembrar um figurão que admiro imensamente chamado Eduardo Marinho, muito conhecido como “o filósofo das ruas”. Ele, de uns anos pra cá, se tornou bastante conhecido por falar sobre as injustiças e aprisionamentos do nosso sistema de uma forma muito simples e profunda.

Nos seus vídeos ele sempre diz que a sociedade como um todo foi sabotada, fazendo com que acreditassem que o correto é ser um “vencedor”. E ser um vencedor é ganhar muito dinheiro, ter um carrão, uma casa de praia, um emprego de grande status etc. etc. e na realidade não é nada disso que define ser um “vencedor”.

contioutra.com - O afeto conduz a alma como os pés conduzem o corpo

“Eu que já não quero mais ser um vencedor, levo a vida devagar, pra não faltar amor” – Los Hermanos

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Vencer na vida é desenvolver laços fortes com as pessoas que amamos. Quem de fato consegue fazer isso alcança uma felicidade magnífica, mas infelizmente são poucos os que atinam para isso.

Venho com esse texto apenas lhe relembrar tudo isso. Eu sei que você já ouviu sobre isso, talvez já tenha lido sobre isso, mas não do jeito que estou colocando, não com as palavras que estou utilizando…

Os afetos são os nossos sentimentos, de toda natureza viu? Não apenas os afetos bonitinhos e cor de rosa. Há também os afetos destrutivos aqui! Não sejamos tão ingênuos assim! Mas a frase continua verdadeiríssima. Perceba!

Os afetos conduzem a nossa alma! Ou seja, nos levam de um ponto A para um ponto B.

Nessa hora acabo levando para o campo da espiritualidade. Tudo que fazemos gera alguma repercussão. Se fizermos algo bom e benéfico, isso volta para a gente. Da mesma forma, se fizermos algo ruim e destrutivo, isso também volta para nós de alguma maneira, muitas vezes vem até na forma de alguma doença física.

Meu desejo é que você busque o amor e queira que ele seja o alimento para a sua alma. Dessa forma, a alma sendo alimentada pelo amor, terá energia, força, vitalidade, vibração, para lhe conduzir para o bem, o belo, o justo e o verdadeiro.

Talvez você não saiba, mas estou fazendo uma releitura de Platão e parte de sua magnífica obra.

Aquele que é bom, justo e cultiva a beleza, essa pessoa tem uma alma boa e que certamente também tem afetos genuinamente belos. Sei que esse é o famoso ideal platônico, como provavelmente você já ouviu falar. Mas esse é o grande desafio, e vale a pena segui-lo, pois é esse desafio que pode elevar a nossa alma.

Não foi menos do que isso o que a querida Santa Catarina de Siena quis nos dizer com essas 11 palavras.

Claro que há muito mais a ser dito, a ser aprofundado, mas a ideia central que queria transmitir é essa. Desenvolva as virtudes que elevam a alma. E isso só pode ser possível através dos afetos, da expressão direta dos sentimentos para com todos que amamos e até com quem não amamos, pois uma alma conduzida pelos afetos amorosos se guia pelo que o mestre Jesus nos deixou: Amai os vossos inimigos…”.

O amor como centro dos afetos guia a nossa alma, enquanto os pés guiam nosso corpo em harmonia com tais princípios.

Paz e luz.

A infelicidade no trabalho pode te deixar doente e obeso

A infelicidade no trabalho pode te deixar doente e obeso

Uma pesquisa revela que 56% dos brasileiros estão insatisfeitos com seu trabalho.

Parece incrível, mas em meio a maior crise de desemprego que o país enfrenta, muitos dos que estão empregados declaram que são infelizes com suas ocupações.

Acontece que, muitas vezes, passamos mais tempo no ambiente de trabalho do que em casa ou em qualquer outro lugar.

Portanto, se somos infelizes trabalhando, ficamos quase que condenados a não sermos felizes.

A Organização Mundial de Saúde aponta algumas doenças e problemas de saúde, cujas causas estão diretamente ligadas à insatisfação no emprego.

1 – Obesidade: Há um número considerável de pessoas que desconta na comida sua tristeza e frustração. Se a pessoa estiver aborrecida e infeliz com seu trabalho, a chance de ela se alimentar mal e ingerir alimentos calóricos para compensar a insatisfação é muito grande. Assim, num curto espaço de tempo, há quem revele ter ganhado 20 quilos em menos de um ano.

2 – Transtorno de ansiedade: quem é infeliz no trabalho pode começar a antecipar o sofrimento da rotina para os momentos em que ainda está em casa ou envolvido com outras ocupações. É o caso de algumas pessoas que relatam já acordar sentindo um aperto no peito pela obrigação de ter de ir trabalhar em um local que traz angústia e sofrimento.

3 – Depressão: A tristeza prolongada, causada por uma rotina insatisfatória vai tirando da pessoa o prazer e a alegria de viver. A pessoa pode desenvolver um quadro depressivo com origem na frustração diária. A depressão, uma vez instalada, é difícil de ser tratada e afeta todas as outras áreas da vida, não apenas a profissional.

4 – Insônia: Muitas vezes os quadros de insônia, seja caracterizada pela dificuldade em pegar no sono ou pelo fato de acordar muitas vezes durante a noite, podem ter origem na insatisfação com a rotina profissional. O excesso de preocupação pode afetar o descanso e provocar distúrbios do sono. Sem dormir direito a pessoa sente-se exausta e desmotivada, sem condições para reagir.

5 – Síndrome do pânico: presa a uma situação de sofrimento diário, a pessoa pode começar a se sentir prisioneira em seu próprio corpo, o que pode dar origem à síndrome do pânico, transtorno psicológico que faz com que a pessoa tenha sintomas muito parecidos com um ataque do coração: palpitações, dor no peito, boca seca e suor nas mãos. Assim como no caso da depressão, a síndrome do pânico pode levar muito tempo para ser curada.

Trabalhar é uma obrigação, cujo fruto é o nosso sustento. Mas não pode ser só isso! Trabalhar insatisfeito adoece sim! E, se olharmos um pouco mais atentamente veremos que há saídas. Muitas vezes, o caminho passa por uma ocupação que surge como provisória e que acaba se revelando um dom e uma ótima oportunidade de ganhar dinheiro. Pense nisso!

Nada de smartphones e tablets às crianças menores de 2 anos, alerta pediatra

Nada de smartphones e tablets às crianças menores de 2 anos, alerta pediatra

Zero telefones celulares para crianças. Uma associação de pediatras italianos acaba de publicar um documento oficial sobre o uso de telefones celulares e outros dispositivos eletrônicos, em crianças de 0 a 8 anos de idade, pedindo para limitar e ou proibir o uso destes aparelhos.

Segundo estes especialistas, deve ser proibido o uso de smartphones e tablets, nas seguintes condições:

  • antes dos dois anos de idade,
  • durante as refeições
  • e antes dormir.

Os pediatras italianos analisaram as consequências da exposição aos dispositivos móveis, especialmente em crianças pré-escolares.

O relatório que vem depois de muitos estudos se concentrou nos efeitos negativos da exposição precoce e prolongada à tecnologia digital em crianças, desde a má-postura devida ao uso dos celulares, ao desenvolvimento emocional inadequado. Muitas crianças hoje usam tablets e smartphones sem nenhum tipo de freio, e isso pode não apenas interferir no seu crescimento, mas também no aprendizado, no bem-estar, no sono, visão, audição e relacionamentos sociais.

Assim, enquanto na França foram proibidos o uso de telefones celulares em salas de aula, os pediatras italianos em suas diretrizes publicadas no Journal of Pediatrics pedem para limitar o uso destes dispositivos ao máximo de uma hora por dia para crianças entre 2 e 5 anos e máximo de duas horas por dia para aquelas entre 5 e 8 anos.

“Não criminalização das tecnologias digitais, mas como pediatras que se preocupam com a saúde física e mental das crianças, não podemos ignorar os riscos documentados da exposição precoce e prolongada dos smartphones e tablets – explica Alberto Villani, Presidente da Sociedade Italiana de Pediatria. Existem numerosas evidências científicas sobre interações com o desenvolvimento neuro-cognitivo, sono, visão, audição, funções metabólicas, relações entre pais e filhos”.

Pense nisso: telefones celulares distraem a díade pai-filho das interações face a face, tendo um grande impacto no desenvolvimento cognitivo, linguístico e emocional. E não só entre os efeitos colaterais do smartphone, há um total de distanciamento dos pequenos à realidade da vida, porque muitas vezes os pais dão aos seus dispositivos quando eles fazem o trabalho doméstico, para mantê-los quietos em casa ou em locais públicos, durante as refeições ou até para as crianças se adormentarem como se celulares fossem chupetas.

O que os pediatras esperam então é colocar limites nos pequenos e encontrar formas alternativas de entretê-los e acalmá-los. Os pais devem ser os primeiros a dar um bom exemplo limitando o uso dos celulares, porque sabemos que as crianças são grandes imitadoras dos adultos.

Vamos deixar o celular de lado e fazer outra coisa, junto com as crianças. Vamos descobrir o mundo longe da pequena tela!

Texto original de GreenMe

Tenho amigos de internet mais próximos do que alguns amigos que vejo sempre

Tenho amigos de internet mais próximos do que alguns amigos que vejo sempre

O mundo virtual já passou a fazer parte da vida de cada um de nós, com maior ou menor intensidade. Temos contato com a tecnologia em simples afazeres cotidianos, ou seja, ninguém mais consegue sobreviver sem se conectar de alguma forma. Dentre tais formas, as redes sociais alcançam grande parte da população mundial, tornando próximas pessoas dos mais variados cantos do planeta.

Embora nada seja capaz de substituir a presença, as demonstrações físicas de afeto e um bom bate papo frente a frente com o interlocutor, fato é que, hoje, já somos capazes de nos tornar íntimos de pessoas que não conhecemos pessoalmente. Todos temos algum conhecido virtual que mora longe e nunca chegou a estar no mesmo ambiente que nós. E mais, muitos de nós chegamos até mesmo a conversar com frequência e profundamente com alguém que nunca vimos pessoalmente.

Várias pessoas passam um tempo considerável imersas nas redes sociais, seja pelo computador, seja pelo smartphone, uma vez que estamos por demais assoberbados de trabalhos acumulados, o que torna uma olhadinha no mundo virtual um descanso breve em meio ao redemoinho diário. Nesse contexto, adicionamos amigos em nossos perfis sociais da internet e, não raro, conhecemos pessoas interessantes, cuja conversa flui naturalmente.

Talvez pela segurança que a tela fria dos aparelhos traz, pela distância física com o interlocutor, que não precisamos encarar de frente naquele momento, sentimo-nos mais dispostos a falar e comentar sobre coisas a que normalmente não nos referimos no dia a dia. E, por incrível que pareça, acabamos, algumas vezes, conversando virtualmente com alguém que tem muito a ver com a gente. Ficamos muito à vontade ali no bate papo virtual, às vezes de uma forma que nunca ficáramos com quem encontramos diariamente.

Embora um abraço apertado desafogue muita tristeza na gente, existem pessoas cujas mensagens inbox são verdadeiros bálsamos, que acolhem, surpreendem, acalmam e curam. No mais, antes positividade e sorriso via internet do que aborrecimento e cara de ovo bem ali na nossa frente. Simples assim.

7 dicas de um monge budista para limpar a sua casa de más energias

7 dicas de um monge budista para limpar a sua casa de más energias

Se você tenta reunir energia para se dedicar a desempoeirar e limpar todos os cantos da casa, mas sempre encontra algo melhor para fazer, leia este texto. Aparentemente, os monges budistas dão à limpeza da casa um significado profundo, o que poderia ser útil. Nós revelamos para você como transformar as tarefas domésticas em um exercício espiritual.

O monge Tulku Thondup trabalhou toda a sua vida na tradução e interpretação de textos antigos do budismo tibetano e publicou uma dúzia de livros sobre os ensinamentos budistas.

Depois de ter vivido na Índia e nos Estados Unidos, ele está atualmente recluso em um mosteiro de onde mantém um site. Segundo ele, limpar o mosteiro é uma das tarefas espirituais mais importantes.

Se soubéssemos a virtude, o mérito e o propósito da limpeza, poderíamos apreciar a tarefa como um privilégio em vez de um fardo. Não nos parecerá mais um trabalho sujo, mas sim uma oportunidade de praticar a meditação de uma maneira única.

Poderia até se tornar uma fonte incrível de benefícios e uma maneira de crescer em força espiritual, mental e emocional. Limpar o lugar em que habitamos de maneira consciente pode transformar nossa vida porque nos permite limpar a mente, esclarecer problemas, fortalecer a concentração, meditar em movimento e crescer espiritualmente.

Dicas de um monge budista limpar sua casa:

Medite fazendo tarefas domésticas:

Este espaço sagrado que nos contribui tanto, também tem suas necessidades, às vezes negligenciadas, esquecidas na correria da vida cotidiana. E assim os papéis se acumulam, as roupas são empilhadas no armário, a pilha de pratos sem lavar cresce na cozinha e não conseguimos encontrar um lugar para colocar nada.

A casa então deixa de ser um abrigo para se tornar uma fonte de estresse e infelicidade, um fardo, não apenas físico, mas também mental e espiritual. É como se a casa caísse sobre nós, aquela sensação de “não me concentro em nada” e “tudo deixo sem terminar”.

Aqui está uma lista de dicas do Thondup para limpar nossa casa:

1. “Aqueles que não cuidam dos objetos não cuidam das pessoas também”

Não devemos esquecer que cada objeto foi criado com o trabalho de alguém e ter cuidado ao limpá-lo demonstra respeito e gratidão por esse trabalho.

2. Devemos ser gratos pelas coisas que nos serviram uma vez

Precisamos reciclar o que não precisamos mais para que nós, ou outra pessoa, possamos continuar a usá-lo.

3. “Se começarmos em silêncio, rodeados de calma, quando a vegetação e as pessoas ao redor ainda dormem, nosso coração vai se sentir em paz e nossa mente, clara”

É por isso que devemos começar a limpar no início do dia. Antes de dormir, devemos meditar um pouco para começar a limpeza no dia seguinte.

4. Devemos abrir as janelas e deixar o ar circular pela casa antes de começar a limpar

O ar puro nos deixará mais ávidos para limpar e também nos permitirá “entrar em contato com a fragilidade humana, a natureza e a força da vida”.

5. Não deixe pratos sujos ou restos de comida durante a noite

Os pratos são lavados no final do dia e os resíduos orgânicos tornam-se compostos para as plantas. Tudo em casa funciona como um ecossistema.

6. Quando estiver limpando, pense apenas na tarefa que está fazendo naquele momento

Evite que sua mente vagueie ou se concentre em outras coisas. Mantenha sua atenção no aqui e agora da tarefa que você faz.

7. Sempre divida a limpeza com o restante dos membros da família ou com as pessoas com quem você compartilha a casa

Dessa forma, você aprenderá a valorizar o trabalho dos outros e entenderá que dependemos uns dos outros.

Não importa o quanto limpemos, sempre há algo para limpar. Envolva toda a família nas tarefas. A limpeza é uma fonte de renovação diária disponível para todos.

Se você está de acordo, ajude-nos a espalhar a mensagem. Compartilhe.

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Texto de El Librero de Guternberg, traduzido e adaptado por Portal Raízes.

Imagem de capa: vectorx2263/shutterstock

 

O amor profundo exige amor próprio e desapego

O amor profundo exige amor próprio e desapego

Esse é um texto mais aprofundado, vou procurar transmitir da maneira mais simples possível, mas minha sugestão é que você o guarde para reler de tempos em tempos…

A inspiração para escrevê-lo veio a partir de um pequeno texto do escritor Gustavo Gitti…

“Ao valorizar a família e o casamento eterno, na verdade o que desejamos são seres que fiquem. Porque somos inábeis em cultivar relações duradouras, apostamos na conexão sanguínea, que obriga a continuidade. Funciona como uma garantia: você é meu irmão, não há como me largar. “Você entrou para a família” é sinônimo de “Agora posso contar contigo”.

 É muito mais raro nos posicionarmos de modo elevado para que isso surja com mais gente, então trocamos a grande família da humanidade por uma família que cabe em um churrasco. Isso explica a quantidade de relações nas quais ambos se agridem, mas nunca cogitam a separação — o outro só me atrapalha, mas ele volta pra casa há mais de 10 anos… onde vou achar outra pessoa permanente assim?”

 Gustavo Gitti

O que ele está transmitindo com essas palavras é de uma profundidade impressionante. Assim que terminei de ler consegui me ver no texto e também diversas pessoas que foram mal compreendidas ao longo da história.

Todos nós somos seres mutáveis, o tempo todo estamos mudando, porém, também existe um MEDO terrível que nos impede de crescer e de evoluir, medo este que está atrelado acima de tudo aos APEGOS.

Para conseguir amar de uma forma mais profunda, é preciso SIM cultivar o desapego, ter a consciência de que nossa passagem nessa vida é muito rápida. Daqui a pouco não estaremos mais aqui!

Quando não temos essa consciência, a vontade que temos é de segurar pessoas que amamos para sempre com a gente. Mas como garantir isso?

As palavras finais do texto do Gustavo foram as que mais me impactaram: “mas ele volta pra casa há mais de 10 anos… onde vou achar outra pessoa permanente assim?”.

Essa é uma questão bem forte! Quem não se comporta como o homem citado nesse texto, na realidade certamente é alguém que tem todos os recursos para amar com mais profundidade! Exatamente.

A gente sabe quando alguém ama com profundidade quando pensa antes de qualquer coisa na própria felicidade e só depois na felicidade do outro.

Essa é uma das chaves da autolibertação! Pelo fato de estarmos no ocidente, praticamente ninguém entende isso!

Só para descontrair um pouco, tem uma música que aboli da minha vida. Escutava na adolescência porque não tinha a consciência que tenho hoje, mas a letra dela é quase um suicídio no que se trata do amor próprio e deste amor mais universal que estou propondo aqui. Trata-se da música “Eu amo mais você”, da banda Catedral.

Seu refrão repete diversas vezes: “Eu amo mais você do que eu…”.

Meu amigo! Quem faz isso só pode ter como destino final a infelicidade e a completa dependência emocional das outras pessoas.

Essa é principal mensagem que quero lhe transmitir hoje. Ame profundamente a você mesmo! Tenha um caso de amor consigo mesmo. Aprenda a se olhar no espelho como que dizendo: “Caramba! Esse cara na frente do espelho é incrível…”, “Essa moça na frente desse espelho é a mulher mais espetacular do mundo…”.

São poucas as pessoas que tem essa autoestima e autoconfiança!

Desenvolvendo esse amor próprio, passamos a ter a sensibilidade para perceber o nível de sintonia e afinidade que temos com as outras, isso em todos os sentidos viu? Na família, nas amizades, nos relacionamentos amorosos, nas relações de trabalho etc.

O verdadeiro amor aproxima os que vibram de forma semelhante e distancia os que vibram de forma diferente.

Os grandes conflitos começam e crescem por causa dos nossos APEGOS e também das diversas CRENÇAS que nos foram ensinadas.

Uma crença fortíssima é essa aqui: “Até que a morte nos separe…”, que acontece nos casamentos religiosos.

Se as pessoas tivessem uma consciência profunda jamais se sujeitariam a uma promessa tão perigosa quanto essa. Espera aí! Não fuja do texto agora. Pode se contorcer, mas fique por aqui.

Por que digo perigosa? Porque hoje eu sou uma coisa, amanhã eu não faço a menor ideia. Aliás, ninguém, absolutamente ninguém faz a menor ideia.

Em resumo. A vida não nos dá garantias de nenhuma natureza. Você já reparou que criamos as garantias dos produtos eletrônicos e dos serviços e queremos fazer a mesma coisa nos relacionamentos? Como assim? Vou repetir! NÃO EXISTEM GARANTIAS NA VIDA.

Quero concluir falando de pessoas que amaram muito e foram mal compreendidas. Não vou falar sobre elas porque senão esse texto ficaria imenso: Jesus Cristo, Osho, Krishnamurti, Fernando Pessoa, Mario Quintana, Vinicius de Moraes, Raul Seixas etc. etc.

Eu mergulhei fundo no pensamento de todos esses homens que citei aqui e hoje sei que eles amaram de verdade e ensinaram isso através das suas mensagens.

Concluo deixando algumas mensagens de amor profundo para você continuar refletindo…

“Ame ao próximo como a si mesmo” – Jesus Cristo

“O amor só dura em liberdade” – Raul Seixas

Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.” –Vinicius de Moraes

“O segredo é não correr atrás das borboletas… É cuidar do jardim para que elas venham até você.” – Mario Quintana

“Se a humanidade crescesse, amadurecesse, essa seria a maneira de amar: as pessoas se conhecendo, compartilhando, seguindo em frente, sem possessividade, sem dominação. Do contrário, o amor se torna um jogo de poder.” – Osho

Às vezes, é preciso dizer “Eu te amo”; outras vezes, é necessário dizer “Eu não te amo mais”

Às vezes, é preciso dizer “Eu te amo”; outras vezes, é necessário dizer “Eu não te amo mais”

Os começos de nossos romances costumam ser bonitos, cheios de emoção, de esperanças, de juras e de beijos roubados. Quanto aos finais dos mesmos, ocorre exatamente o contrário, na grande maioria das vezes. O rompimento não é fácil, nem para quem ainda ama, nem para quem já deixou de amar. É preciso coragem para se lançar ao amor, é preciso coragem para sair dele.

Talvez uma das maiores dúvidas que acometem os casais, depois de bastante tempo juntos, seja relacionada ao tanto de amor e ao tanto de costume que existe ali. Porque a gente se habitua ao amor, mas também se habitua à presença do outro, mesmo que não mais haja amor na relação. Inclusive, podemos até mesmo nos apegar ao que seja o oposto do amor, uma vez que, infelizmente, a gente se acostuma com a dor também.

E, por incrível que pareça, muitas vezes, a pessoa tem ciúmes de quem ela nem quer mais ter como companheiro, com receio de que o outro possa ser feliz de novo longe dela. Parece, nesses casos, que o indivíduo quer ter o outro por perto, mas, ao mesmo tempo, não o ama mais. Deixa, assim, o companheiro em estado dormente, feito um estepe, que fica socado no porta-malas, para ser usado em situações emergenciais.

Além disso, o parceiro pode até ter percebido que o amor arrefeceu, mas ainda possui esperanças de que existem chances, mínimas que sejam, de reacender a luz que clareou por tempos o relacionamento a dois. Será necessário, então, que ele leve um banho de verdade, um choque de realidade, pois necessitará ouvir do outro que acabou de vez. Caso contrário, muitos parceiros continuarão lutando em vão por uma batalha que já foi perdida .

Do mesmo jeito que é preciso dizer “eu te amo”, algumas vezes será necessário dizer “eu não te amo mais”. É covardia ficar levando o amor alheio em banho-maria, mantendo alguém do seu lado, sem amá-lo. Liberte o amor que não te serve mais, para que ele repouse junto a alguém que o acolherá com verdade e reciprocidade. Todos merecemos ser felizes, onde houver amor de fato.

Como enfrentar a difícil tarefa de sermos pais dos nossos pais

Como enfrentar a difícil tarefa de sermos pais dos nossos pais

“Meu pai tem 92 anos. Todas as semanas espera o domingo ao meio-dia, dia da família se reunir. Espera ansioso pelo “dia da história”. Nós dois amamos o mundo da fantasia, do cinema e dos livros. Ele me ensinou a navegar no universo de princesas, piratas, dragões.  Porém meu herói mais fantástico foi sempre ele. Hoje já não caminha, mas de sua cadeira espera como uma criança que alguma história o surpreenda. Cinquenta anos depois, quem inventa as histórias sou eu. No começo, eu ficava triste por isso. Mas agora eu desfruto desses momentos e devolvo para ele algo que me disse desde pequena. Uma história é fechada, bonita e triste ao mesmo tempo. Como a vida, não é?”

Essas são história que ouvi e me atingiram muito, também me comoveram e me fizeram questionar.

Os braços fortes que nos embalavam, agora tremem. Os olhares que nos protegeram agora se transformam em bolas confusas e medrosas. A segurança que veio desses lábios transforma-se em impotência. Quem inventava maneiras de comermos bem, passa a necessitar que cortemos a comida em pequenos pedaços. Quem contava “um, dois, três” para nos lançar para o céu, hoje não pode subir a escada sem precisar do nosso apoio.

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Da antiga pressa para chegar logo ao destino, passam a perguntar “Que dia é hoje, filho?” O tempo passa e nossos pais também crescem, isso é difícil.

Ser pai é conter, apoiar, acompanhar o crescimento, ser fiador dos nossos filhos. Somos crianças quando nascemos e voltamos a ser quando envelhecemos. Nesta curva, nós filhos deixamos de sermos cuidados e passamos a ser cuidadores. A equação de proteção é invertida, aqueles que antes nos vigiavam passam a precisar da nossa proteção. E homens e mulheres estão preparados – embora muitas vezes não saibamos como – administrar a educação de nossos filhos. Mas não estamos em condições de fazer isso com nossos pais. Podemos nos questionar e perguntar por que isso nos custa tanto.

Criar nossos filhos é acompanhar com alegria, medo, sucessos e erros o começo da vida. E pensar no declínio e na morte de nossos próprios pais nos deixa tristes, irritados e confusos. Isso nos angustia, nos irrita e nos confronta com o filme de nossa própria finitude. Ver nossos idosos envelhecendo é testemunhar um lento declínio dos guerreiros. 

“Parte meu coração vê-la tão frágil, indefesa e desamparada. Eu não consigo me acostumar a vê-la assim. “

A expectativa de vida é muito maior hoje do que há décadas, devido aos avanços da medicina, às políticas de vida mais saudáveis ​​e à evolução das espécies. Isso é fantástico, mas tudo tem prós e contras. Nossos pais terão mais chances de chegarem a ser idosos, mas… Cuidar deles é também dizer adeus. É relembrar a nossa relação, os desafios, os carinhos, as tristezas e alegrias. A morte existe e entristece, e se é de nossos pais mais ainda.

Mas, como Victor Frankl disse no horror de um campo de extermínio do genocídio nazista, “a última coisa que  podem nos tirar é nossa liberdade”. E mesmo nessa situação de dor, temos opções. 

Há tantas combinações possíveis quanto histórias de pais e filhos, mas basicamente há três maneiras de lidar com essa situação. 1.Podemos ser filhos super-protetores e hipotecar nossas vidas, mas claramente não recomendo isto. 2. Podemos negar que estamos nos distanciando emocionalmente.

E a 3. Ou podemos tentar, o mais difícil, isto é: um equilíbrio saudável e amorosamente acompanhar esta fase de suas vidas. O equilíbrio é sempre a melhor maneira de evitar a superlotação de consultórios psicológicos. Diversas consultas em meu consultório estão relacionadas à gestão de pacientes adultos no relacionamento com seus pais, como cuidar deles sem invadir espaços, como acompanhar sem exageros, de um lado ou de outro.

Naturalmente, ter dinheiro será um aliado quando se trata de construir dispositivos de assistência e suporte. Mas além disso, o que eu quero apontar é a maneira como você se sente, pensa e se comporta diante dessa realidade inevitavelmente dolorosa.

E se nossos pais não foram amorosos conosco?

Alguns vão pensar “meus pais não me amaram e eu sofri muito com isso,  como eu me importo com eles agora?” É  um dos pontos mais difíceis desta questão, quando a relação foi ruim e o amor esteve apenas em segundo plano. Torna-se muito mais complicado transformar um filho no pai de seu pai.

Há mães e pais que fazem o melhor que podem. Mas eu também devo dizer, e isso é controverso e deixo o debate em aberto, há pais que não foram capazes, não quiseram ser pais amorosos.  Se os filhos sofreram muito essa falta de carinho, é muito complicado que devolvam o que não receberam.

Também é importante saber que enquanto o passado grita, o presente se torna sombrio. É importante resolver os problemas pendentes com nossos pais quando eles estão vivos. É até idiota dizer isso, mas com lápides não podemos resolver ou administrar conflitos. Não vamos deixar para amanhã os conflitos que podemos resolver hoje.

A arte de colocar limites

Por outro lado, nossos pais e nós precisamos colocar em funcionamento  limites e estratégias para lidar com novas situações. Teremos que lidar com suas ansiedades, entender  angústias, mas também saber dizer não. Pessoas muito idosas podem ser extremamente exigentes e seus filhos terão que se diferenciar quando algo é importante e quando não é.

Caixa de Ferramentas

Paciência:

  • Quase tanto quanto tiveram conosco quando éramos pequenos. Se eles não se lembram de coisas, se levam muito tempo para se vestir, se são desajeitados com suas tarefas. É difícil, é difícil, mas paciência.

Criatividade:

Estratégias de busca para enfrentar essa nova realidade são necessárias. Encontre momentos de reuniões, aproveite o que puder, aproveite a oportunidade para perguntar tudo o que queremos saber sobre a nossa história, ser criativo ajuda a superar momentos difíceis em nossas vidas.

Capacidade de colocar palavras em nossas emoções:

A raiva é geralmente o disfarce da tristeza. Identificar se é um ou outro nos permitirá agir melhor.

Os filhos têm a possibilidade de acompanhar e serem protagonistas dos últimos anos de vida dos pais, têm a chance de dar um pouco do amor que receberam, têm a maravilhosa oportunidade de administrar a dor com amor e integridade, e talvez um dia , a ideia de morte torna-se menos tortuosa se conseguirmos fechar de forma saudável os duelos e desafios que a vida está colocando no caminho.

Leia também: Plano de autocuidados para cuidadores

Este texto é uma tradução adaptada do site Psicologias do Brasil. Do texto original:  “Cómo afrontar la difícil tarea de ser padres de nuestros padres” do psicólogo Alejandro Schujman para o Clarín.

Veja algumas das imagens mais marcantes do resgate dos meninos da caverna

Veja algumas das imagens mais marcantes do resgate dos meninos da caverna

Após 3 dias de operação de resgate, todos os 12 meninos e o treinador foram retirados com segurança da caverna da Tailândia.

O mundo se uniu em orações. Especialistas de vários países se deslocaram para ajudar. A população local esteve presente. O mergulhador voluntário, Saman Kunan, morreu durante o processo.

Abaixo, separamos algumas das imagens mais significativas que foram capturadas durante todo o período que foi do início das buscas até o final dos salvamentos.

Equipes de voluntários e militares reunem-se para busca

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Trabalhos de retirada de água para facilitar o acesso às crianças é iniciado

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São iniciadas as buscas e o processo de drenagem e contenção de água

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Comunidade auxilia fornecendo alimentação a ajudando com o transporte até o local

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Equipe de mergulhadores britânicos localiza o grupo

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Jovens e treinador são localizados vivos. Embora debilitados, encontram-se sem nenhum problema grave de saúde.

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O treinador, ex monge budista, era a pessoa mais debilitada quando todos foram encontrados. Ele teria aberto mão da maior parte dos alimentos para as crianças. Suas técnicas de meditação e calma, segundo especialistas, foi fundamental para a manutenção da vida de todos os envolvidos.

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Pessoas locais emocionadas após receber boas notícias sobre o grupo.

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Sistema de drenagem de água permaneceu ativo durante toda a operação. O risco de chuvas mais chuvas e piora da situação era constante.

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Familiares entram em contato com a imagem do grupo

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Antes do início da retirada dos jovadores, em um momento de muita tristeza, o mergulhador voluntário, Saman Kunan, faleceu sem oxigênio em uma viagem de retorno da caverna.

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REUTERS/Panumas Sanguanwong TPX IMAGES OF THE DAY

São liberadas imagens de simulação sobre como será o resgaste do grupo

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Pessoas locais vibram com a notícia da retirada dos primeiros 4 meninos da caverna

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Todos os meninos, após a retirada, eram levados de ambulância e depois de helicóptero para hospital onde devem ficar por cerca de 7 dias em observação preventiva devido ao risco de doenças que poderiam ter sido contraídas na caverna.

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Abaixo, o voo da liberdade!

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Porque você merece um novo recomeço.

Porque você merece um novo recomeço.

Talvez do lugar de onde você esteja agora seja quase impossível imaginar isso mas, te peço, tenta. Tenta porque você já encarou muitos fins. Tenta porque, apesar das incontáveis decepções e quebras de sentimentos, você encontrou forças para levantar nas manhãs seguintes e para tocar os seus sonhos. Não se culpe mais. Quem foi embora não precisa voltar. O importante é que você não perca a serenidade do próprio coração. Porque você merece um novo recomeço, todos os dias, e em todos os caminhos que escolher iniciar.

Depois de um tempo, você aprende que não tem mais a necessidade ou a obrigação de conviver com certos passados. É um direito seu abrir passagem para um novo recomeço, mesmo quando ainda sobram insistentes e inconvenientes estórias. Esse exercício de expulsar velhas feridas leva tempo, eu sei. Mas tenta. Tenta porque você já sofreu o suficiente. Tenta porque, apesar das muitas lágrimas e discursos de que não aguenta mais, você superou tantos dissabores que, quem sabe agora, você tenha a maturidade e a leveza para distinguir quem vai e quem fica na sua vida. Claro, pontuando cada um em ordem de reciprocidade e gentileza.

Um recomeço nessa altura da vida significa, além da chance de viver um capítulo que esteja inteiro e em sintonia com a sua intensidade, também desmonta a ideia do destino que você não deveria poder controlar. Mas você pode. Você pode qualquer coisa se tentar. Tenta, vai.

Tenta porque, contra todos os tombos e becos sem saída, você foi lá e descobriu novas formas de sentir de novo. Não se culpe mais. Não se maltrate a ponto de esquecer que o amor lá fora sorri todas as vezes em que você se olha com carinho aí dentro. Porque você merece um novo recomeço, todos os dias, e em todos caminhos que escolher se entregar.

Quem é o treinador e antigo monge budista que também salvou as crianças na gruta

Quem é o treinador e antigo monge budista que também salvou as crianças na gruta

Foi num templo dourado na região montanhosa do norte da Tailândia, quando era monge budista, que o treinador Ekkapol Chantawong, agora com 25 anos, aprendeu a manter-se calmo e a dominar a arte de meditar – uma habilidade que lhe viria a ser útil (talvez vital) durante os dias em que esteve preso, sem luz e sem comida, com um grupo de crianças numa gruta da Tailândia. E Ekkapol, mais conhecido pelos rapazes como “treinador Ake”, já tinha enfrentado adversidades antes: perdeu os pais quando tinha dez anos e deixou de ser monge budista para tomar conta da avó doente.

Os mergulhadores dizem que o treinador é um dos que está em pior condição física, já que abdicou da pouca comida que traziam consigo para a dar aos rapazes, deixando-lhes também grande parte da água que pingava das estalactites e que os manteve vivos. O treinador ensinou as crianças a meditar e a conservar o máximo de energia possível e os socorristas garantiram desde o primeiro dia em que o grupo foi encontrado que foram os esforços de Ekkapol que fizeram com que todos ficassem vivos. “Vejam o quão calmos eles estão [no vídeo], à espera. Ninguém estava a chorar sequer, é surpreendente”, disse a mãe de uma criança de 11 anos que pertence ao grupo, sem dúvidas de que a presença do treinador foi crucial.

Ekkapol Chantawong foi monge budista durante uma década. Mesmo depois de ter deixado a ordem religiosa há cerca de três anos, ainda tinha por hábito meditar com os monges do templo quase todos os dias. A família de Ekkapol diz que ele decidiu tornar-se monge pouco depois da morte dos seus pais, quando tinha dez anos, altura em que passou a viver com a avó, conta o New York Times. Não é mencionada a forma como o treinador perdeu os seus pais, ainda que existam relatos de que Ekkapol tenha também ficado sem um irmão.

Uma tia do treinador Ake, Tham Chantawong, disse à Associated Press que a sua capacidade de permanecer calmo foi a chave para manter o grupo vivo: “Ele conseguia meditar durante uma hora. E isso ajudou-o de certeza e provavelmente também ajudou os rapazes a ficarem calmos”.

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A última publicação de Ake no Facebook, feita no dia 23 de Junho – o dia em que desapareceram –, mostra o grupo de rapazes a jogar futebol. O vídeo foi partilhado por mais de seis mil pessoas e soma já mais de 31 mil comentários. A equipe só viria a ser encontrada por dois mergulhadores britânicos (Richard Stanton e John Volanthen) dez dias depois.

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O treinador pediu desculpa aos pais, eles disseram “não te preocupes”

“A todas as mães e pais: as crianças estão bem. Temos equipas a cuidar deles e tratar deles da melhor forma possível. Agradeço a todos o apoio moral, peço perdão a todos os pais”, escreveu o jovem treinador, de 25 anos, Ekkapol Chantawong, na carta divulgada pelos socorristas.”

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No Facebook de Ekkapol Chantawong, há fotografias de quando era monge, com as típicas vestes laranja, imagens da sua infância e muitas fotografias dele com as crianças da equipa: a andar de bicicleta, em campo, a jogar à bola, a passear.

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O grupo de jovens pertence à Academia Mu Pa (que significa “javalis selvagens” em tailandês), uma equipa de futebol da região de Mae Sai, em Chiang Rai. Quem conhecia a equipa, diz que eram todos unidos e que estavam sempre a participar em actividades juntos, bem além do futebol.

Com informações de Diário de Notícias e Público PT

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