Talvez você precise ler isso hoje

Talvez você precise ler isso hoje

Por  Josielly Pinheiro Westphal, psicóloga

Numa manhã qualquer, num dia de verão, você liga o celular e recebe uma mensagem comunicando que seu amigo de infância sofreu um acidente e está em coma no hospital.

Numa terça ensolarada, você vê nas redes sociais que uma das meninas que se formou no ensino fundamental na sua turma está com câncer.

Numa tarde de quinta seu irmão liga em prantos falando que o resultado da tomografia apontou um tumor maligno.

Em uma segunda de carnaval sua tia liga pra informar que seus pais sofreram um acidente e o estado é grave. Na virada do ano você é informada que a mãe de uma das suas amigas faleceu.

Parece que a vida vai correndo normalmente até que notícias como essas nos fazem encarar a nossa finitude de frente. Nos fazem enxergar que a vida é sim um sopro e que nada sabemos sobre os revezes que ela poderá dar até o dia que a notícia será sobre a gente. Mas temos vivido tão mal…

Temos vivido como se nosso prazo por aqui fosse eterno. Porém, não é. Um dia serão os nossos exames que apontarão algo estranho, um dia seremos nós o motorista envolvido naquele acidente, um dia seremos nós a receber um prognóstico nada favorável, um dia seremos nós que veremos a nossa vida chegando ao fim. Se sabemos que somos finitos e que todos ao nosso redor também são (não importa o quanto você ama essas pessoas), por que não aproveitamos cada segundinho pra fazer essa estadia mais leve, mais feliz, mais bem vivida?

Por que perdemos tanto tempo juntando coisas, acumulando bens, guardando dinheiro, trabalhando 12h por dia enquanto nossos filhos estão crescendo sem a nossa presença, enquanto nossos pais estão envelhecendo sem a atenção e o cuidado que merecem?

Por que guardamos mágoa e rancor, discutimos por motivos banais, alimentamos ódio quando tudo poderia ser resolvido com um gesto muito simples, com apenas uma atitude de humildade, com um pedido de perdão?

Por que nos alimentamos com tantas porcarias (alimentos e sentimentos), não cuidamos da nossa saúde, temos preguiça de praticar alguma atividade física, nos entupimos de coisas que de antemão sabemos que são prejudiciais a nossa saúde ao invés de termos um mínimo cuidado com aquilo que sabemos que é tão frágil?

Por que passamos uma vida numa profissão que não nos realiza, trabalhando em algo no qual não acreditamos, acordando todos os dias sem a mínima vontade de sair da cama enquanto poderíamos buscar algo que nos fizesse feliz, que nos fizesse sair da cama cantando, que mesmo que não tivesse um retorno financeiro tão bom nos traria mais paz e satisfação ao invés de apenas mais dinheiro? Por quê? Porque não nos damos conta que nossa vida é um cristal, porque não nos damos conta que a vida das pessoas que amamos também vai acabar, porque não paramos pra refletir sobre o que realmente importa, sobre o que realmente tem valor.

Tudo o que temos é só o hoje, tudo o que temos é o presente (que não por acaso tem esse nome). Tomara que acontecimentos como esses nos façam enxergar que as coisas mais simples da vida é que são as mais importantes, que dinheiro acumulado não é garantia de felicidade, que depois de perder saúde você poderá gastar tudo e mesmo assim não tê-la de volta, que cada momento é único e não torna a se repetir, que as pessoas erram e a gente também erra, então todos merecemos perdão, que não vale a pena trabalhar tanto para adquirir coisas que você nem está tendo tempo para usufruir. Porque a vida passa, a vida está passando…

E tomara que a gente esteja realmente vivendo. Tomara que a gente esteja dando valor a essa passagem por aqui, que pode ser breve, só não pode ser insignificante.

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Artigo publicado originalmente em nossa página parceria A Soma de Todos os Afetos.

Dê valor ao que você tem, antes que seja tarde para isso.

Dê valor ao que você tem, antes que seja tarde para isso.

Possivelmente você se consideraria cansado de ouvir este pensamento. Talvez esteja mesmo. Mas você já se deu conta da verdade que ele contém? Se sim, você é um felizardo, porque já aprendeu o que há de mais importante nesta vida, que é valorizar o que se tem. E neste contexto estamos falando de bens materiais sim, mas estamos falando principalmente do que não pode ser comprado: pessoas, sensações e sentimentos.

É muito comum nos acostumarmos ao que temos e passar a olhar e a sentir tudo de forma mecânica, automática. Muito comum também é olharmos demais para o futuro e atropelarmos o presente, com nossa pressa sem freio e nossa desatenção constante.

Quantas oportunidades perdidas, quanto desperdício de vida!

Por mais que o futuro seja importante, saber viver o presente é extremamente necessário. E cada um deve saber o que precisa valorizar, o que lhe é essencial e o que acarretaria em perda irreparável à sua vida.

A autora Fabíola Simões sabiamente escreveu que: “É preciso se saber feliz. É preciso se lambuzar de alegria presente e ser grato pelo que se concretizou em nossa vida.”

Todos já passamos por sustos que provam que a vida é feita de altos e baixos. Por isso há que ser feliz na varanda dos dias, quando ainda há luz e calor.
Não deixar para depois o reconhecimento de nossas dádivas, presentes que querem ser desembrulhados agora, com a euforia de meninos na noite de natal.

Não deixe empoeirar os presentes que você recebe hoje. Não permita que a ferrugem do tempo estrague o brilho de suas realizações ao perceber, tarde demais, que abriu mão de suas maiores riquezas na ânsia de ser “muito” mais feliz. Tem gente que espera ser feliz no próximo ano, no próximo aniversário, na próxima primavera. Não percebe que a felicidade não obedece calendários nem floresce de acordo com as estações do ano.”

Assim sendo, e mesmo que isso pareça conselho repetido, valorize o que você tem. Valorize a rotina que te é indispensável, a companhia das pessoas, valorize as pequenas coisas, os pequenos prazeres, a vida em todas as suas manifestações. Se preciso redefina suas prioridades, abra seus olhos, procure enxergar com a alma. Mas acima de tudo, valorize-se. Dar valor é diferente de conformar-se com o que te faz mal.

A felicidade deriva da valorização e por consequência, da gratidão. Quer sentir-se mais feliz? – Valorize o que você tem, antes que a vida te ensine a chorar pelo que você tinha e que agora, já não te pertence mais.

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Photo by Rémi Walle on Unsplash

Nove dicas simples de um neurologista de Stanford para um sono de qualidade

Nove dicas simples de um neurologista de Stanford para um sono de qualidade

As graves consequências da privação do sono chamam a atenção da sociedade. E, quando as crianças voltam para a escola, o sono e a falta dele são particularmente preocupantes.

Em comparação com as normas históricas, como as nossas expectativas contemporâneas de sono mudaram? Quais são os efeitos do sono inadequado? O que pode ser feito para otimizar a experiência do sono, especialmente no contexto de insônia?

Eu sou um médico e pesquisador do sono que trata pessoas com problemas de sono. Eu acho que há poucas razões para suspeitar que nossas necessidades coletivas de sono mudaram dramaticamente no passado recente, enraizadas como estão, em processos fisiológicos imutáveis. Devemos, no entanto, prestar atenção às nossas necessidades pessoais de sono, e isso não é tão difícil quanto parece.

AFINAL, O QUE É O SONO?

Do ponto de vista clínico, o sono é definido como um estado comportamental reversível de falta de resposta e desengajamento perceptivo do ambiente. É dependente do equilíbrio entre o impulso do sono – o desejo de sono que se constrói durante a vigília e está ligado ao acúmulo e eliminação de substâncias químicas no cérebro, como a adenosina – e do sinal de alerta circadiano. O ritmo circadiano coordena os processos do corpo com os padrões ambientais de luz e escuridão. O sono adequado é e sempre foi restaurador para o corpo. Dar respeito ao sono e preservá-lo para o benefício da saúde não tem sido tão permanente.

Pesquisadores aprenderam mais sobre o sono nos últimos 100 anos do que em todos os milênios anteriores combinados.

O advento e o acesso barato à luz artificial, sem dúvida, marcaram uma mudança significativa nessa história. A compreensão científica do sono, entretanto, continua evoluindo e permanece incompleta.

No entanto, parece que as pessoas estão dormindo menos agora do que nas últimas décadas. Pesquisas nacionais de autorrelatos recentes entre adultos americanos consistentemente sugerem que os americanos não estão conseguindo dormir adequadamente. Isso levanta a questão: de quanto sono as pessoas realmente precisam?

O SONO PRECISA DE MUDANÇA DURANTE A VIDA ÚTIL

O sono precisa mudar ao longo da vida. As crianças podem precisar de 11 a 14 horas de sono para se sentirem descansadas e normalmente tiram sonecas.

Durante a adolescência, a necessidade de sono diminui até se aproximar da média adulta. Um adulto típico precisa de sete a nove horas de sono noturno para evitar os efeitos da privação do sono. Adultos com mais de 65 anos podem necessitar de apenas sete a oito horas de sono.

Pesquisas sugerem que de 35 a 40% da população adulta dorme menos de sete a oito horas diárias durante a semana. Esses dados de sono autorrelatados podem superestimar o sono objetivamente medido em até uma hora, devido ao tempo gasto pegando no sono ou voltando a dormir. Estamos com problemas.

Se alguém come muitas calorias, ou muito poucas, os efeitos no corpo tornam-se aparentes. Infelizmente, não há uma “balança do sono” para avaliar os danos físicos da privação de sono. A privação do sono, seja por não reservar tempo suficiente para dormir ou devido a distúrbios do sono, como a insônia, pode ter consequências importantes.

RUIM PARA O CÉREBRO?

Além da sonolência, a privação do sono causa estragos no cérebro, afetando o humor e agravando a depressão, exacerbando a dor e minando as funções executivas que afetam o julgamento, o planejamento, a organização, a concentração, a memória e o desempenho. Os hormônios que influenciam o peso e o crescimento ficam desequilibrados. A disfunção imunológica, levando a um aumento da susceptibilidade à doença, e um estado pró-inflamatório se desenvolvem.

A privação do sono também pode ser mortal. O aumento do risco de acidentes de trânsito fatais associados à perda de sono é paralelo ao relacionado ao consumo de álcool. Aqueles que dormem menos de cinco horas por noite têm de duas a três vezes o risco de um ataque cardíaco. A perda crônica do sono pode minar lentamente os pilares centrais da saúde.

DESCARTE OS DISPOSITIVOS DIGITAIS, MANTENHA UMA ROTINA

Como podemos evitar os perigos do sono inadequado?

Primeiro, priorize o sono e assegure-se de que você está obtendo horas suficientes para se sentir descansado. Garanta uma transição fácil para o sono, mantendo uma hora para relaxar, com atividades calmantes antes de ir para a cama.

Reserve o quarto como um espaço para dormir: deixe aparelhos eletrônicos em outro lugar.

Mantenha um horário regular de sono/vigília, especialmente fixando o horário de vigília, inclusive nos finais de semana.

Obtenha de 15 a 30 minutos de luz do sol ao despertar ou ao nascer do sol.

Sempre vá para a cama com sono, mesmo que isso signifique atrasar um pouco a hora de dormir.

Conforme necessário, considere reduzir o tempo na cama se passar mais de 30 minutos permanentemente acordado.

Seja fisicamente ativo.

Modere o uso de álcool e cafeína.

Quando os problemas do sono persistirem, peça ajuda.

Se isso não funcionar, considere a avaliação de um médico do sono certificado pelo conselho. A insônia crônica pode responder bem à terapia cognitivo-comportamental para insônia. Este tratamento é cada vez mais acessível através de terapeutas treinados, workshops, cursos on-line e livros.

Sintomas como despertares frequentes ou precoces, sonolência diurna excessiva, roncos, pausas na respiração, fazer xixi frequente à noite, suores noturnos, ranger de dentes e dores de cabeça matinais podem sugerir a presença de apneia do sono. Uma avaliação abrangente e testes apropriados podem levar a um tratamento eficaz.

O sono deve vir naturalmente. Nunca deve se tornar uma fonte adicional de estresse. Ajustes simples podem render benefícios rapidamente.

Felizmente, o primeiro passo para dormir melhor é reconhecer sua importância – um objetivo que, esperamos, foi alcançado. Agora, considere fazer algumas mudanças e, se necessário, acessar mais recursos para obter benefícios a longo prazo para a saúde e o bem-estar que somente o sono pode oferecer.

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Este artigo foi originalmente publicado no The Conversation. Leia o artigo original.

Tradução CONTI outra. Fonte A STANFORD NEUROLOGIST’S NINE SIMPLE TIPS FOR QUALITY SLEEP, artigo de  Brandon Peters-Mathews

Capa: Reuters/Eloy Alonso

Se você tem que mudar para ser aceito por um grupo, esse grupo não é seu.

Se você tem que mudar para ser aceito por um grupo, esse grupo não é seu.

O ser humano ainda não consegue lidar direito com a rejeição, seja qual for o setor de sua vida. A necessidade de aceitação acompanha as pessoas desde a infância. Quando crianças, necessitamos da aprovação dos pais; quando adolescentes, queremos ser aceitos pelos amigos. E, embora na fase adulta tenhamos que nos tornar autônomos o bastante, para não termos que dar importância às opiniões alheias, infelizmente ainda se veem muitos crescidos clamando pela aceitação do outro.

Teríamos que ter amor próprio e autoestima suficientes para que não relevássemos, por exemplo, o que pensam de nós as pessoas ao nosso redor que não estejam incluídas em nossas vidas. Isso porque, ponto pacífico, caso o indivíduo não esteja incluído nas escolhas do outro, elas não são de sua conta – ou não deveriam ser. Acontece que existem muitas pessoas que teimam em meter o bedelho onde não foram chamadas, palpitando sobre aqueles que mal lhes cumprimentam.

Com isso, acabamos, muitas vezes, sendo vitrines sociais, mesmo sem querer, uma vez que a vizinhança parece ter tempo de sobra para cuidar da vida alheia. E isso se torna ainda mais forte quando somos autênticos, quando assumimos tudo o que somos, mesmo remando contra a maré das convenções sociais, quando não trocamos nossa felicidade pelas regras ditadas por quem não tolera aquilo que desconhece. Muitos têm medo daquilo que foge à regra e acabam condenando formas de viver que não estejam escritas em manuais de etiqueta ou em versículos bíblicos.

Por essa razão, existem pessoas que acabam sufocando suas verdades, seus sonhos, suas necessidades emocionais, por conta de reprimendas e de censuras por parte de grupos de gente bisbilhoteira e infeliz. Temem machucar os familiares, os supostos amigos, fingindo um papel teatral que em nada condiz com suas verdades mais íntimas, machucando a si mesmas dolorosamente. Na ânsia por serem aceitas por um grupo que não tem nada a ver com elas, acabam por agradar os outros, em detrimento da própria felicidade.

Temos, no entanto, que parar de tentar agradar quem não nos aceita como realmente somos, quem dita regras para tolerar a nossa companhia, quem pensa na contramão de nossos sonhos. Não podemos sufocar a nossa essência por medo de julgamentos e de dedos apontados contra as nossas verdades. Caso não estejamos prejudicando ninguém, o nosso caminho deve ser trilhado no compasso sereno das batidas de nossos corações.

Quando temos que mudar para sermos aceitos por um grupo, aquele grupo não é nosso, nunca foi, nem nunca será. Haveremos de encontrar e de nos encontrar, sem ter que enterrar nossa alma sob os olhos impiedosos de quem não sabe o que é ser feliz de fato. Vivamos!

A Suécia abre uma jornada de trabalho de 6 horas sem baixar os salários … e no seu país?

A Suécia abre uma jornada de trabalho de 6 horas sem baixar os salários … e no seu país?

As autoridades suecas acreditam que, com um dia de trabalho mais curto, os trabalhadores “se sentirão melhor fisicamente e mentalmente”. Essa redução de tempo busca aumentar a eficiência do trabalho, economizar recursos do estado e abrir novas oportunidades de emprego. Embora seja um teste, os gerentes de projeto têm plena confiança nos resultados.

contioutra.com - A Suécia abre uma jornada de trabalho de 6 horas sem baixar os salários ... e no seu país?

O teste começará com os trabalhadores municipais de Gotemburgo, que serão os primeiros a participar de uma experiência de trabalho que permitirá “avaliar” o sistema de seis horas por dia, cinco dias por semana, iniciativa das forças políticas de esquerda.

“Chegou a hora de testar se isso realmente funcionará na Suécia. Vamos fazer o experimento e comparar, então tomaremos uma firme decisão legislativa que pode ser estendida a todos os trabalhadores “, explicou Mats Pilhem, vice-prefeito de Gotemburgo, ao jornal sueco The Local.

Os trabalhadores municipais serão divididos em dois grupos para fazer as comparações do caso: o primeiro manterá seu ritmo atual de sete horas por dia, enquanto o segundo realizará tarefas por seis horas. Ambos manterão os mesmos salários que no presente. As autoridades acreditam que com um dia de trabalho mais curto, os trabalhadores “sentir-se-ão melhores fisicamente e mentalmente” e também perderão menos e terão melhor apresentação do trabalho. Paralelamente, se a experiência der resultados positivos, espera-se criar novos empregos.

A experiência já foi feita em Gotemburgo, em uma fábrica de automóveis e os resultados foram animadores, de acordo com os empresários.

contioutra.com - A Suécia abre uma jornada de trabalho de 6 horas sem baixar os salários ... e no seu país?

A iniciativa recebeu fortes críticas da oposição política à esquerda, que acusa Pilhem de fazer a experiência no momento em que as eleições se aproximam. A defesa do prefeito argumenta que a questão havia sido pensada e planejada de antemão.

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Tradução CONTI outra. Do original Suecia estrena jornada laboral de 6 horas sin bajar salarios… ¿y en tu país?

10 passos para deixar de levar as coisas para o lado pessoal

10 passos para deixar de levar as coisas para o lado pessoal

Se você está pronto para aprender a não mais levar as coisas para o lado pessoal e desfrutar de uma vida de paz, alegria e contentamento, essa lista de 10 coisas o ajudará a seguir nessa direção.

  1. Não é sobre você, é sobre eles.

“Mas não é o que estou dizendo que está ferindo você; é que você tem feridas que eu toco com as coisas que eu disse. Você está se machucando. Não há como eu levar isso para o lado pessoal.” ~ Don Miguel Ruiz

Você tem que entender que a maioria das pessoas é muito inconsciente de sua própria inconsciência – projetando sua própria escuridão, dor e lutas internas sobre os outros e pensando que “outras pessoas” são sempre a fonte de sua angústia. Mas as palavras dos outros não descrevem você ou as pessoas que estão “atacando”, mas revelam a dor, o sofrimento, a escuridão e as muitas feridas que estão presentes em si mesmas.

Como você pode levar as coisas para o lado pessoal?

Você não é o problema – o que está do lado de fora não é o problema, mas sim o que está dentro – o que está dentro de seus próprios corações é o que realmente os incomoda…

  1. Não dê muita atenção.

“As pessoas tendem a ser generosas quando compartilham seu absurdo, medo e ignorância. E enquanto elas parecem muito ansiosas para alimentar sua negatividade, lembre-se que às vezes a dieta em que precisamos estar é espiritual e emocional. Seja cauteloso com o que você alimenta sua mente e alma. Abasteça-se de positividade e deixe que esse combustível o impulsione para uma ação positiva”. ~ Steve Maraboli

Uma vez que os pensamentos têm poder – poder criativo, é muito importante não insistir na negatividade que outras pessoas tentam direcionar para que essas coisas tóxicas tenham o poder de envenenar seu coração, mente, corpo e toda a sua vida. E você não quer isso.

  1. Não leve as coisas para o lado pessoal. Apenas seja você mesmo.

“Seja quem você é e diga o que sente, pois aqueles que se importam não são importantes, e aqueles que são importantes não se importam.” ~ Bernard Baruch

As pessoas dizem e fazem muitas coisas malucas, e a maioria delas não tem nada a ver com você. Então, por que levar as coisas para o lado pessoal?

Nunca faça com que as opiniões de outras pessoas sobre você sejam mais importantes do que sua própria opinião sobre si mesmo.

Permaneça fiel a quem a vida criou para você ser e lembre-se com a maior frequência possível de que seu trabalho aqui na Terra é seguir seu caminho e viver em alinhamento com seu propósito. E se certas pessoas têm um problema com isso, isso é problema deles, não seu!

  1. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.

Em The Tao Te Ching, este incrível livro que foi escrito há mais de 2.500 anos (muitas pessoas consideram o Tao Te Ching o livro mais sábio já escrito), há uma ótima frase que diz assim:

“Preocupe-se com a aprovação das pessoas e você será seu prisioneiro.” ~ Lao Tzu

A verdade é que, uma vez que você se importa com o que as outras pessoas pensam de você – perseguindo sua validação e aprovação e saindo do seu caminho para ser visto e amado por elas, você imediatamente se torna prisioneiro delas.

Não permita que ninguém o coloque nessa posição!

Lembre-se constantemente de que o que as pessoas pensam de você não é da sua conta e que suas palavras, ações e comportamentos têm pouco ou nada a ver com você, mas muito a ver com quem eles são.

“Não leve nada para o lado pessoal. Nada que os outros fazem é por sua causa. O que os outros dizem e fazem é uma projeção da realidade deles, o sonho deles. Quando você está imune às opiniões e ações dos outros, você não será vítima de sofrimento desnecessário”. ~ Don Miguel Ruiz

  1. Não vale o seu tempo e energia.

É incrível quanto tempo e energia estamos dispostos a desperdiçar tentando entender por que certas pessoas não gostam de nós. Em vez de concentrar nosso precioso tempo e energia naquelas pessoas que nos amam e nos estimam, e em vez de alimentar nossos corações e almas com o amor e a bondade que verdadeiramente merecemos, escolhemos enfatizar a negatividade daqueles que não gostam de nós, falhando em perceber que, ao fazer isso, não apenas desperdiçamos nosso precioso tempo e energia, mas também estamos envenenando nossas vidas e as vidas daqueles que amamos.

Simplesmente não vale a pena…

  1. As pessoas dão o que elas têm em seus corações para dar.

Eu realmente acredito que todos nós nascemos com essa necessidade inata de dar, oferecer àqueles que nos rodeiam aquilo que temos em nossos corações para oferecer – as pessoas que estão em paz e cujos corações estão cheios de amor, bondade e compaixão, dão amor a todos com quem eles entram em contato; eles dão alegria, riso, paz e felicidade. Enquanto aquelas pessoas que estão angustiadas, cujos corações estão feridos por causa dos muitos desafios, provações e dolorosas experiências pelas quais passaram – elas causam medo, dor e muita negatividade.

Isso é o que elas têm para oferecer no momento…

As pessoas dão aquilo que têm em seus corações para dar – nada menos e nada mais. Dito isso,

“Alguém pode ser justificado em responder com raiva ao pedido de ajuda de um irmão? Nenhuma resposta pode ser apropriada, exceto a vontade de dar a ele, por isso e só isso é o que ele está pedindo.” ~ACIM 

  1. Nunca confunda o comportamento com a pessoa.

Todos nós sabemos que as crianças nascem puras e inocentes e que tudo o que elas têm para oferecer é o seu amor infalível. Mas à medida que envelhecem, e quando começam a experimentar a vida através dos filtros das muitas crenças e limitações que adotam dos que as rodeiam, sua inocência começa a desvanecer-se.

No começo, todos nós olhamos para a vida com olhos de amor – acolhendo tudo e todos em nossos corações puros e amorosos. Mas à medida que envelhecemos, aprendemos que não era seguro viver assim…

Aprendemos que não era seguro confiar e oferecer nosso amor a todos. Assim, começamos a nos esconder. E o amor que uma vez tivemos em nossos corações puros e inocentes foi lenta, mas seguramente, substituído pelo medo – medo de ser ferido, medo de ser abandonado, medo de ser rejeitado, medo de ser deixado de lado, medo de ser visto e assim por diante. E infelizmente, esse medo está agora governando os corações de tantas pessoas que andam nesta Terra.

Estamos todos com medo de algo…

E quando você está com medo, age de maneira prejudicial não apenas para si mesmo, mas para todos ao seu redor. E é importante lembrar-se constantemente de que o comportamento não define a pessoa. E no final das contas, somos todos seres puros famintos por amor.

Não leve as coisas para o lado pessoal.

  1. Guarde seu coração, pois tudo que faz flui dele.

“Acima de tudo, guarde seu coração, pois tudo o que você faz flui dele.” ~ Provérbios 4:23

Não importa o que alguém possa dizer ou fazer com você, e não importa o quanto você seja tentado a descer ao nível deles e nadar na mesma escuridão em que eles nadam, faça o possível para não fazer isso!

Não deixe a escuridão das outras pessoas se tornar sua. Não deixe que o ódio, medo e insegurança delas contaminem seu coração e danifiquem toda a sua vida. Defenda seu terreno, mantenha a calma e mantenha seu coração livre do mal.

  1. Deixe o amor perdoar.

“O medo condena e o amor perdoa. O perdão, portanto, desfaz o que o medo produziu”. ~ ACIM

Condenar é fácil – qualquer um pode fazer isso, mas perdoar é um desafio real, um desafio que apenas as pessoas mais fortes estão dispostas a aceitar.

Deixe o amor perdoar.

Desate os nós do ressentimento. Deixe o amor libertar você das cadeias de medo, raiva e escuridão. E abra-se para o infinito reservatório de amor presente em seu coração e compartilhe esse amor com aqueles que são pobres demais para dar outra coisa além de dor.

  1. Defina a paz de espírito como seu objetivo mais elevado.

“Dedique-se ao bem que você merece e deseja para si mesmo. Dê a si mesmo paz de espírito. Você merece ser feliz. Você merece deleite.” ~ Mark Victor Hansen

Sempre que se deparar com uma pessoa difícil ou com uma situação desconfortável, faça algumas respirações profundas e pergunte-se:

Como posso me comunicar com essa pessoa de uma maneira que me torne melhor, não amarga?

Como posso lidar com essa situação de uma maneira que não perturbe minha paz interior?

Defina a paz de espírito como seu objetivo mais elevado na vida e não deixe nada e ninguém interferir neste objetivo precioso.

E estas são as 10 coisas que você pode fazer para não levar mais as coisas para o lado pessoal. Espero que você se comprometa com cada uma delas e espero que permita que elas ensinem a você como dois vivem em paz e harmonia – com você e com todos ao seu redor.

~ Com amor, Luminita

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Tradução CONTI outra. Do original How to No Longer Take Things Personally , artigo de  Luminita D. Saviuc 

Photo by Giulia Bertelli on Unsplash

Depressão não é meio de vida, bipolaridade não é frescura, ansiedade não é falta do que fazer

Depressão não é meio de vida, bipolaridade não é frescura, ansiedade não é falta do que fazer

Existe certa dificuldade de se aceitarem as chamadas “doenças da alma”, uma vez que seus sintomas muitas vezes não são visíveis fisicamente. Estamos tão acostumados a enxergar apenas o que pode ser visto, que tudo aquilo que os olhos não veem cerca-se de hesitações. Materialistas que somos, amantes das aparências, tendemos a neutralizar o que requer profundidade e sentimento.

Nesse contexto, pode-se dizer que há um certo preconceito em relação a estados de espírito, pois, caso não existam sintomas visíveis, a doença existe como? E é assim que muitas pessoas reagem mal ao se depararem com doenças e/ou transtornos mentais, não os aceitando, inclusive desdenhando de quem padece desses males. Afinal, vendo a pessoa, ali na frente, sem manchas pelo corpo, sem febre, aparentemente normal, a muitos não ocorre perceber que há um mundo dentro de cada um de nós.

Possivelmente, somente quem já passou por um quadro depressivo ou viu algum familiar assim pode dimensionar a dor que isso traz, tanto para quem sofre como para quem ama e convive com ele, da mesma forma ocorrendo com transtorno ansiedade generalizada e bipolaridade. Todos os envolvidos acabam atingidos de alguma forma, porque as cicatrizes são invisíveis e o pedido de socorro vem do fundo do olhar.

Se atentarmos para as características da sociedade de hoje, perceberemos que há um terreno propício para que o emocional se abale, haja vista a pouca importância dada ao que vem de dentro de cada um. A supervalorização das superficialidades, a superexposição de conquistas materiais, a busca desenfreada pela fama virtual, entre outros, caracterizam uma sociedade descuidada com o que os sentimentos possam dizer e, portanto, claramente suscetível a padecer de doenças emocionais.

A depressão é escuridão. A ansiedade é desespero. A bipolaridade é insegurança. E vice-versa. Enquanto os sentimentos não forem valorizados pela sociedade, as doenças da alma dificilmente serão encaradas socialmente com a urgência que se requer, como realmente deveria ser. Se o essencial é invisível aos olhos, as escuridões dolorosas de uma alma que sofre também o são. Entender isso é o mínimo a se fazer. Com urgência.

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O que faz uma pessoa mudar? | Monja Coen

O que faz uma pessoa mudar? | Monja Coen

Nesse pequeno vídeo, Monja Coen apresenta uma descrição da maneira como as pessoas se comportam frente a necessidade de mudança comparando-a com 4 tipos de cavalos.

O resultado é bastante ilustrativo, educativo e engraçado.

Contira.

Para mais vídeos como esse,acompanhe o canal Mova

Para recarga máxima, tire a QUARTA-FEIRA de folga

Para recarga máxima, tire a QUARTA-FEIRA de folga

Se de segunda a sexta-feira for o seu horário de trabalho normal, você se sentirá mais relaxado e revigorado depois de um intervalo no meio da semana do que depois de um final de semana de três dias. Há ciência para apoiar isso.

A chave é dar-se uma folga, um dia para fazer o seu próprio ritmo e para quebrar a tirania da semana de trabalho sobrecarregada. Nossa experiência humana do tempo é ordenada por “ritmos”, tanto internos (como ser uma “pessoa matinal” ou uma “coruja da noite”) quanto externos, como a semana de trabalho ou um prazo, diz Dawna Ballard, professora de comunicação da Universidade de Texas em Austin e estudiosa de cronometria, o estudo do tempo e da comunicação. “Cada um tem um cronotipo diferente. Algumas pessoas são mais lentas, algumas se movimentam mais rápido”, ela me disse pelo telefone. “Nosso trabalho, no entanto, apenas deixa claro e diz: “É nesse ritmo que você precisa trabalhar, aqui é quando você precisa trabalhar.”

Fatos únicos, como um prazo para um grande projeto, podem temporariamente reestruturar nossas vidas, mas os ritmos cíclicos, como um final de semana de dois dias seguido por uma semana de trabalho de cinco dias, têm influência psicológica excessiva, parcialmente devido à repetição, e parcialmente imitam o natural cíclico de nosso ritmo mais fundamental – o dia e a noite.

“A semana obviamente continua se repetindo e, assim, como continua se repetindo, desenvolve um poder real”, diz Ballard. “Da mesma forma que o sol, o ciclo diurno, continua se repetindo, é incrivelmente poderoso porque também somos organismos cíclicos.”

Uma das marcas da vida moderna é que nossos ritmos internos e externos estão sempre em conflito uns com os outros – uma das razões pelas quais as manhãs de segunda-feira são difíceis. “Você está saindo de um fim de semana, onde você tem o seu próprio ritmo”, diz Ballard, explicando a tristeza da segunda-feira do ponto de vista das ciências sociais. “Há um atrito em ter que ir do seu ritmo para outro ritmo.”

Uma folga de quarta-feira interrompe o ritmo de trabalho imposto externamente e lhe dá a chance de redescobrir seus ritmos internos por um dia. Embora um fim de semana prolongado lhe dê um pouco mais de tempo, com os seus próprios horários, ele não quebra o poder do ritmo da semana. Uma quarta-feira livre constrói espaço em ambos os lados e altera o equilíbrio entre o seu ritmo e o do trabalho – a seu favor.

Há muitas vantagens em tirar uma quarta-feira de folga: praias, parques, museus e cinemas vazios, por exemplo. Mas a diversão não é a única razão para ter um dia para recalibrar a sua vida, para que seus impulsos internos e externos estejam em melhor harmonia. “O desalinhamento crônico entre nosso estilo de vida e o ritmo ditado pelo nosso cronômetro interno está associado ao aumento do risco de várias doenças”, escrevem Jeffrey C. Hall, Michael Rosbash e Michael W. Young, vencedores do Prêmio Nobel 2017 por seu trabalho em relógios corporais.

Essa mesma lógica explica por que ohome office das quartas-feiras” tem sido tão bem-sucedido em algumas empresas. É uma prática que Ballard diz ter o potencial de manter nossos relógios internos e externos em sincronia. “Você começa a semana sabendo: ‘Eu só tenho dois dias nesse ritmo e depois volto para o meu’”, diz Ballard, descrevendo a mudança de perspectiva que vem de uma quarta-feira de folga. “Há uma maior sensação de calma e controle.”

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Tradução CONTI outra. Do original: FOR MAXIMUM RECHARGE, TAKE A WEDNESDAY OFF

Photo by Jez Timms on Unsplash

Túneis existenciais

Túneis existenciais

Sem pressão não há diamantes
Mary Case

Há certos aromas de infância, inesquecíveis… Assim como há certas sensações que permanecem sempre, muito fiéis.

Lembro-me do friozinho gostoso na barriga quando minha tia passava com seu jipe, em alta velocidade, pela depressão da Avenida Benjamin Constant. UAU!

E daquela expectativa maravilhosa quando visualizávamos os túneis da Serra do Mar, rumo à cidade de Santos. Meu pai dizia: “Abaixem as cabeças” e, meus irmãos e eu obedecíamos mais do que depressa.

Hoje, trago na memória essa vivência de infância e quando passo por túneis, normalmente, sinto tranquilidade.

Agora me pergunto: Por que nos sentimos tão seguros e confiantes com as obras humanas e nos desesperamos com as obras de Deus?

Sim! Há momentos em que entramos em túneis existenciais, onde tudo fica muito escuro e ameaçador. Nossos faróis de percepção e discernimento, nossas emoções equilibradas e saudáveis enfraquecem e, em muitos momentos, desacreditamos de que chegaremos a apreciar o Sol novamente.

Parece até que a força de atração desses túneis não é para frente e sim, para o fundo, cada vez mais fundo… Cada vez mais em contato com rochas duras de se quebrar.

Entretanto, assim como nos túneis construídos pelos homens há luzes em suas extremidades para diminuir o breu total, assim também ocorre quando passamos pelos túneis existenciais. Amigos, familiares e profissionais nos auxiliam muito, no entanto, temos ciência de que são nossas mãos e nossas habilidades pessoais que nos levarão, mesmo enfraquecidos, a fazer a travessia.

São momentos difíceis, mas propícios para conhecer subterrâneos interiores, entrar em contato com as sombras, diminuir a velocidade das ações e colocar luz baixa para um melhor foco nas rochas psíquicas que deverão ser trincadas ou quebradas para dar espaço às novas aberturas e nascimento de uma nova subjetividade.

Não há como evitar esses túneis existenciais, todos passam por eles, em algum momento da vida. Alguns curtos, outros mais compridos e difíceis. São as já conhecidas “crises previsíveis da vida”.

Ganhamos quando, na chegada, realizamos uma metamorfose do Ser, quando conseguimos entender que tudo foi graça e não maldição, quando saímos mais fortes e mais próximos da luz Divina.

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Photo by Kyle Head on Unsplash

Amores que dão certo

Amores que dão certo

Durante muito tempo me apeguei mais às perdas que aos ganhos, como quem recebe uma única crítica numa enxurrada de elogios e só consegue enxergar a rasura, a descostura, o defeito. Durante muito tempo fui como aquele pai do filho pródigo, que corre para fazer festa para o filho perdido, enquanto o outro herdeiro, que sempre esteve ao seu lado, recebe um tratamento comum. Eu sei, a Bíblia diz que essa história representa a “ovelha perdida”: “O filho estava morto e reviveu, tinha perecido e foi encontrado”. Porém, como disse Santo Agostinho em seu livro “Confissões”, minha dúvida sempre foi essa: “O que se opera na alma, quando se deleita mais com as coisas encontradas ou reavidas que ela estima do que se as possuísse sempre?” Pois sempre me perguntei: Por que muitas vezes damos mais valor àquilo que perdemos do que aquilo que possuímos?

Hoje quero celebrar o amor que deu certo. O amor que possuo e que me faz ter a certeza de que não preciso olhar para as coisas perdidas, rasuradas e mal costuradas que já fizeram parte da minha vida. O amor que me assegura que não necessito me deleitar mais com o que perdi do que com o que possuo, e que me garante que não corro o risco de me machucar ao reconhecer suas qualidades, pois realmente é bom e perfeito para mim.

Você se aproximou num dia que parecia ser só mais um dia comum e me convidou para jantar na Cantina Fellini. Foi um daqueles jantares em que a gente pede uma massa e um vinho, o maître nos posiciona frente a frente e conversamos amenidades.Tinha escolhido a roupa errada _ séria demais_, não tinha bolado minha listinha habitual de assuntos premeditados e não trazia comigo ilusões nem expectativas. Eu não reconheci de imediato, mas ali estava o amor que daria certo. Como numa daquelas retrospectivas em que aparece o efeito de uma página virada, lá de cima Deus me olhava e sussurrava: “Vai menina! Vai ser feliz!”

Gosto de brincar com nossas diferenças, que ficaram evidentes naquele primeiro encontro, há dezoito anos. Porém, mais tarde descobri que eram justamente essas características que faziam de você um homem singular, grande e humilde ao mesmo tempo, capaz de enxergar relevância em cada gesto meu. Naquela noite você segurou minha mão, ainda desajeitado pela timidez, e nunca mais soltou. Eu pedi um canelloni, e mesmo com vontade de raspar o prato, deixei um restinho para não dar bandeira da minha gulodice. Hoje sei que nada disso faria você desistir de mim, pois de uma forma que não sei explicar, você desejou ficar.

Amores que dão certo são recíprocos desde o início. Não causam dúvidas, não punem, não competem. Não causam insegurança, não machucam, não iludem. Amores que dão certo comparecem na hora marcada, respondem às mensagens, não desaparecem, não programam punições. Amores que dão certo não fogem, não se acovardam, não se escondem. Amores que dão certo cumprem o que dizem, revelam suas intenções, são transparentes em suas convicções. Amores que dão certo empenham-se, torcem e se entregam. Amores que dão certo respeitam, orgulham-se, andam lado a lado. Amores que dão certo não traem nem causam dúvidas, mas dão a certeza de que você fez a escolha correta.

É preciso aprender a valorizar os amores que dão certo. Não esperar eles morrerem para entendermos que eram perfeitos. Aprender a gostar do que é recíproco, real e verdadeiro, e deixar de ter olhos de ilusão para aquilo que não faz bem ao coração.

Bons relacionamentos são feitos de boas pessoas. Você nunca conseguirá ter um relacionamento realmente bom com uma pessoa ruim. Infelizmente sempre existirão pessoas que trazem dentro de si egoísmo, falta de empatia, intolerância, grosseria. Amar alguém assim, quando não somos assim, é muito difícil. Portanto, cabe a você reconhecer esse traço de personalidade e optar por insistir ou não num amor que não tem vocação para dar certo.

A gente precisa continuar acreditando que o amor pode dar certo. Que pode demorar, custar, nos fazer desanimar, mas ainda assim, dar certo. Que pode chegar e não ser reconhecido de imediato. Que muito provavelmente irá modificar algumas de nossas teorias, quebrar algumas de nossas regras e mostrar que nosso medo de ser feliz para sempre era infundado. A gente precisa continuar acreditando que um dia alguém irá fazer questão da gente e, de uma maneira que não seria possível antes, a gente irá gostar disso. Porque com o tempo a gente aprende que bom mesmo é ter um amor que nos valoriza, prioriza, corresponde. Bom mesmo é a gente querer aquilo que serve pra gente, e não viver de esperar quem nunca quis ser nosso par.

Para Luiz, meu amor que deu certo!

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Photo by Priscilla Du Preez on Unsplash

Nunca perca a oportunidade de dizer o quanto as pessoas são importantes em sua vida.

Nunca perca a oportunidade de dizer o quanto as pessoas são importantes em sua vida.

Não deixe as pessoas que você considera importantes para sua vida passarem por você sem que saibam como você se sente em relação a elas. Por mais que você considere que seja óbvio é bom certificar-se de que isso está bem claro. Sentimentos bons têm o poder de tornar a vida melhor e mais leve e merecem ser expostos, sobretudo a quem foi capaz de despertá-los.

Não perca nenhuma oportunidade de sentir a alegria que é dividir a vida com alguém que você considera especial. Aproveite todos os momentos possíveis para manifestar seu contentamento. Não deixe passar nenhuma chance, nenhuma oportunidade de encontro, nenhuma conversa. Não adie a aproximação, não se adie em relação ao outro. Ninguém é dono do tempo e jamais poderá prever quantas oportunidades terá de estar perto das pessoas que considera especial.

Não importa quantas sejam essas pessoas, nem a forma como entraram em sua vida. Se você sente que são especiais, elas precisam saber dessa condição. Não desperdice nenhuma chance de estar perto e fazer-se presente de corpo e alma. Ofereça sua presença a quem optou por estar presente em sua vida. Essa retribuição é bonita, prazerosa e construtiva.

O afeto é uma semente que precisa ser lançada. Claro que isso se aplica a todas as circunstâncias, com conhecidos e desconhecidos. Mas aos que queremos mais próximos, em nosso círculo mais íntimo, essa semeadura precisa ser feita. Não é opção, é uma necessidade. E isso pode ser feito de muitas formas e jeitos. As opções incluem convites variados, conversas espontâneas, abraços e sorrisos. São a gosto, desde que tenham o ilustre objetivo de promover alegria, bem-estar e aproximação.

É muito comum nos acostumarmos à presença de algumas pessoas e encaramos a proximidade com naturalidade e de forma automática, como se isso for ser eterno. E a verdade é que temos andado muito distraídos com nossos afazeres e compromissos. Cada vez mais trancados dentro de nós mesmos, temos feito pouco da presença do outro. Contudo, seria esplêndido se nosso comportamento fosse revisto e reajustado.

É bom lembrar que são nossas pessoas especiais que nos levam a sorrir com os olhos e a encarar quantos obstáculos possam surgir. São elas que nos trazem alívio e sossego nos momentos mais difíceis. E merecem saber o quanto somos gratos e felizes pela oportunidade de convivência.

Também nunca será demais lembrar que nosso tempo aqui é passageiro, assim, todas as pessoas especiais também estão de passagem. Seja em muito ou em pouco tempo, o elo que construímos será quebrado e o que restará será a certeza, ou não, de que o tempo foi bem aproveitado. E já de antemão é possível assegurar que a dúvida nesses casos é cruel e que não há nada pior que o arrependimento.  A única forma de evitarmos que isso aconteça é aproveitando o melhor de cada momento.

Ao mais, esse tipo de amor existe para ser externado. Fale, expresse, manifeste, porque ninguém será feliz por completo se guardar um amor bonito desses apenas para si.

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Photo by Becca Tapert on Unsplash

Eu não forço mais o amor. Se tiver que ser recíproco com alguém, será.

Eu não forço mais o amor. Se tiver que ser recíproco com alguém, será.

E se não for agora, amanhã ou depois, tudo bem. A minha vida não tem espaço para essa relação de dependência do amor e da companhia de alguém. Só quero viver um amor quando realmente for inteiro para ambos os lados. Não preciso dos relacionamentos forçados, dos relacionamentos acomodados, dos relacionamentos comerciais de margarina. Nada disso me impressiona ou me deixa com vontade de ter um amor às pressas.

Estamos todos correndo atrás para viver o verdadeiro amor, o sincero apego. Mas não é sempre que ele acontece e a gente precisa aprender isso. Não são com declarações seguidas, com demonstrações públicas de afeto ou mesmo com largos e disponíveis sorrisos que alguém cairá no nosso colo cheio de amor. Às vezes não é compatível, às vezes não tem aquela chama. Seja qual for o motivo, às vezes o amor não é suficiente e pronto. Querer forçá-lo a entrar na gente é ir contra a liberdade na qual ele precisa para existir. Sim, o amor é livre. Ele nasce, cresce e vive dentro de quem é sintonia. Nem sempre é o entrelace que a gente quer, que a gente merece. Mas ninguém pode controlar ou domar o amor. Ele também escolhe. Ele também é chegada e partida.

Então, enquanto o amor não chega, aproveite a jornada. Tenha nos olhos a essência de quem está aprendendo sobre o mundo e as pessoas que vivem nele. Acumule sentimentos, preencha a alma de gratidão e boas estórias. Não viva refém do passado e não deixe o presente ser perdido. Apenas continue. Colecione paixões, belezas e outras molduras que caibam no seu coração. E quando o amor surgir, não o pressione, não o obrigue a sê-lo. Deixe que ele respire e aceite-o se for recíproco. Porque se tiver que ser de verdade na vida de alguém, será.

O TDAH explicado por Içami Tiba

O TDAH explicado por Içami Tiba

TDAH significa Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. Transtorno também conhecido como Distúrbio (DDAH) é alteração ou mal funcionamento de um órgão ou comportamento humano.

Déficit de Atenção é uma alteração na área mental da atenção, quando a atenção se volta automaticamente para alvos diferentes do seu foco original. Isto é, mesmo querendo prestar atenção no que alguém esteja falando, de repente, quando se percebe já está com seus pensamentos bem distantes, “viajando” solto, dando a impressão ao alheio de que ele está no “mundo da lua”.

Hiperatividade é quando o garoto não consegue parar quieto, sempre mexendo com os dedos, balançando os pés, mudando o corpo de posição etc. Parece estar com o “bicho carpinteiro’ correndo no seu corpo”, uma expressão antiga para identificar alguém que não parasse quieto. Este bicho-carpinteiro é um inseto um tipo besouro.

O TDAH atinge de 5 a 6% da população mundial e tem origem basicamente genética. Geralmente uma criança tem na sua família de origem alguma outra pessoa também com o mesmo transtorno. Em hiperatividade, de cada 5 crianças, 4 são meninos e 1 menina. Já em Déficit de Atenção, são 4 meninas para 1 menino.

Esta nomenclatura é relativamente nova, de algumas décadas, para um transtorno que já era conhecido pelos psiquiatras há muito mais tempo. Dava-se o nome de Disfunção Cerebral Mínima – DCM, caracterizado pela presença simultânea de instabilidade, impulsividade, irritabilidade e agressividade. O tratamento era sempre medicamentoso, sendo o mais utilizado a carbamazepina, o comercial Tegretol ou também outros anti-epiléticos. Na prática, este tratamento trazia resultados pouco satisfatórios.

Um exame feito na época para buscar sua origem orgânica era o EEG (eletroencefalograma). Havia uma tendência a justificar este DCM pelas alterações eletroencefalográficas nem sempre encontradas nas regiões temporais. Este exame era muito impreciso e só tinha valia quando tais alterações eram encontradas. O não encontrar estas alterações não afastava o diagnóstico de DCM. A medicação usada também tinha uma baixa eficácia. Assim, muitos DCM não eram tratados e tinham que aprender a conviver com o seu transtorno.

Na década de 70, usava-se tratar os deprimidos com psico-estimulantes. Um destes era o cloridrato de metilfenidato, o comercial Ritalina, Os pesquisadores notaram que os deprimidos com DCM melhoravam do DCM, e nem sempre da depressão. Foi nesta época que o metilfenidato passou a ser usado especificamente para DCM que passou a ser chamada de TDAH.

Atualmente as crianças são agitadas como sempre foram, mas com a falta de limites e disciplina que os pais não lhes educaram, passaram a ser agitadas, sem controle. Assim, elas foram confundidas por portadoras de TDAH, dando a impressão de que aumentou muito o número de pessoas com estes transtornos.

Não é à toa que o Serviço Sanitário Local exige do psiquiatra a Notificação de Receita A numerada, de cor amarela, e controla as vendas da metilfenidato nas farmácias, pois seu uso abusivo pode provocar tolerância e dependência psicológica com alterações comportamentais.

Os portadores que conseguem incorporar seus transtornos na sua vida acabam encontrando uma atividade e uma qualidade de vida apesar do grande sofrimento. Mas outros há que não conseguem e acabam reduzindo muito sua produtividade e ter uma péssima qualidade de vida, sem conseguir realizar seus desejos e acomodando-se com o que conseguem fazer.

Ninguém tem culpa de ser vítima deste transtorno, e quem o tem merece um tratamento adequado com um especialista nesta área para não ser mal conduzido e sofrer a vida toda de um problema que pode ser muito bem controlado na sua grande maioria.

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Fonte indicada: Içami Tiba- site oficial

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