Por que um carinho na cabeça, um beijinho na testa e um abraço em público incomoda muitas pessoas

Por que um carinho na cabeça, um beijinho na testa e um abraço em público incomoda muitas pessoas

Infelizmente, existem sujeitos que se incomodam com as demonstrações públicas de afetos e têm aqueles que as encaram como atos pecaminosos, que devem ser proibidas em público. Eles acreditam que isso é “feio”, porque suas histórias de vidas e crenças são limitantes e não aceitam a exposição de afetos.

Estamos falando de demonstrações de afetos como uma forma de expressar um carinho. É explicitar o afeto através de um gesto gentil, que pode ser um carinho na cabeça, um beijinho na testa, um abraço, entre outros afagos discretos.

Mas os incômodos, que muitas pessoas sentem diante desses gestos, podem ter a sua origem em uma norma social aprendida e no conflito psíquico. Uma repressão que exerce sobre elas, que está inserida de modo simbólico na estrutura social, que coíbe as manifestações de afetos, sobretudo, em público.

Os incômodos crescem ainda mais quando alguém enfrenta a vigilância dos pensamentos e dos afetos, pois os afagos assustam e fazem os seres humanos refletirem sobre como lidam com sua afetividade. Aliás, começam a questionar como a coerção entrou na mente e como anseios pela censura dominam o corpo.

Um exemplo intrigante: grandes amigos se reuniram para um longo e afetuoso abraço em vias públicas de várias cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Nova York e Beijing. Porém, quem assistia essa troca de carinho em público mostrou expressão de espanto, acanhamento e admiração.

Foi o que registrou o ensaio do fotógrafo Calé Azad, publicado em livro. Calé ficou impressionado como um abraço pode gerar constrangimentos. A resposta pode estar em nossas relações de poder e de violência simbólica, que impõem aos indivíduos que abraçar em público não é “certo”.

Observamos nessas fotos, que as manifestações de afetos produzem mais ameaça do que os atos de violência urbana, tão banais em nosso cotidiano. Demonstrando que as pessoas estão desacostumadas com os gestos de carinho.

O que também é assustador perceber que têm indivíduos que não toleram ver um casal homoafetivo de mãos dadas em público, onde surgem olhares de reprovação e xingamentos, podendo vir à tona atitudes violentas.

O “entulho” que restou da nossa cultura patriarcal insiste em moldar comportamentos para reprimir as pessoas, sejam remediadas ou abastadas, que manifestam sua afetividade em escolas, universidades, igrejas, centros comerciais, repartições, bares e demais lugares de frequência pública.

No entanto, a repressão física e psicológica contra as demonstrações de afetos pode ser desconstruída, através da cura do preconceito culturalmente adquirido. Assim, a tolerância ou respeito aos gestos de afetos expressam uma multiplicação natural disso e ajuda a criar um mundo mais fraterno, evoluindo em nossos corações a cordialidade, que permitirá a expansão das conexões sadias de afetos.

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Imagem de capa: Calé Azad

Médico prescreve um animal de estimação a senhor que sofreu dois AVC´s e o resultado é emocionante.

Médico prescreve um animal de estimação a senhor que sofreu dois AVC´s e o resultado é emocionante.

José Ribeiro da Silva sempre foi um homem ativo. Começou a trabalhar jovem, como muitas vezes acontecia em sua época, formou-se em Engenharia Mecânica, casou-se, constituiu família e, 30 anos depois, aposentou-se na mesma empresa do ramo de fios onde trabalhava como Supervisor Mecânico das Máquinas de Linhas.

O destino, porém, nem sempre nos parece justo e , logo após a sua aposentadoria, o sr. José Ribeiro ficou viúvo e, alguns anos depois, em 2002, sofreu o primeiro AVC, quadro que se repetiu em 2007.

No início, o sr José Ribeiro, ficou totalmente paralisado, mas com o apoio e aceitação incondicional da filha caçula, a compradora Viviane Ribeiro, tratamentos médicos e fisioterápicos, ele teve muitas melhoras. Entretanto, a época do segundo AVC mais uma vez foi muito difícil e, dentre os sintomas, o sr. José Ribeiro tinha insônia. Para tentar ajudar, Viviane o levou para consulta em um neurologista chamado Dr. Ricardo Zanetti, médico que o acompanha até hoje, mas que, na ocasião, teve a sensibilidade de indicar um animal de estimação de forma terapêutica, umas vez que todas as necessidades de medicação do sr. José já estavam atendidas.

O Dr Ricardo Zanetti, então, perguntou: – Mas de que bicho ele gosta? E o sr. José Ribeiro, mais do que rápido e mesmo com a fala ainda enrolada, respondeu para seu médico: – Gato!

Pai e filha, que tinham deixado de morar em casa e haviam se mudado para apartamento, embora sempre tivessem tido animais, no momento não tinham nenhum bichinho com eles.

Depois da indicação do Dr Zanetti,  nasceu o Vovô Zé, o responsável pela escovação e alimentação da gatinha Tica.

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Vovô Zé escovando Tica
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Vovô Zé alimentando Tica

Além do vínculo afetivo e de todos os benefícios para saúde que todos os gateiros conhecem bem, a participação de Tica na vida do vovô Zé funcionou como complemento afetivo e estímulo cognitivo e motor, uma vez que ele precisava de muita fisioterapia por conta de sequelas na mão e perna esquerda.

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Tica dormindo na caixa de leite.

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“Esse ron-ron em seu peito não é doença, é carinho”  Ferreira Gullar, poema musicado por Adriana Calcanhoto

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Hoje, ele e a filha Viviane moram em um apartamento em São Paulo, no bairro Sacoman. Junto deles, além de Tica, também está na família a gatinha branca “Faísca Nina Nineza”, personagem de difícil resgate que inspirou Viviane a criar a página do Facebook RonRon de gato, espaço destinado a conscientização da adoção e posse responsável de gatos, mas que também é um cantinho onde um pouco do cotidiano da família humana e felina de Viviane aparecem de forma pontual. Ah, a página ainda traz sempre uma figura masculina na capa tanto para fazer o trocadinho com o nome “RonRon do gato” quanto para o aumento da aceitação de que homens também podem e devem gostar de gatos, diminuindo o esteriótipo de que gatos são animais de mulheres velhas e solteironas.

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Hora da soneca de Vovô Zé, dessa vez acompanhado por Faísca.

A Carta

Recentemente, ao voltar para casa, Vovô Zé contou para Viviane que tinha escrito uma carta para Tica, mais uma ação que, além deixar claro o amor que ele nutre pela gata, mostra o estímulo que vovô Zé sente a ponto de, apesar de todas as sequelas decorrentes dos AVC´s,  sentar-se e, muito lentamente e mesmo com erros, escrever sobre sua querida netinha felina.

Muito emocionada, Viviane a transcreveu em sua página do Facebook para que ficasse mais clara para os leitores:

“RonRons… Ontem cheguei em casa e o Vovô Zé disse que tinha feito uma “carta” pra Tica que chama de Tatica. Ao ler me emocionei muito. Embora a letra confusa, sem regras gramaticais e a falta de coordenação de quem tem sequelas de 2 AVCs é a coisa mais linda que vi e li até hoje.
Ainda deixou espaços em branco pra eu preencher porque teve lapso de memória.
Mais tarde eu transcrevo a “carta”… ( Já digitalizei).
Tenho muito orgulho de ser filha do seu Zé. Meu Amor ❤?
*Digitalizada na ìntegra*
Ela não chama Tatica tem outro nome Sophia Kyara Ribeiro. Ela dorme no sofá, tabua de passar roupa, cadeira, no chão, na cama da mãe dela no “raqui”, estante. A Viviane deixou um osso de frango em um prato jogar fora e ela pegou levou para cama. A Viviane foi deitar e começou machuca as costas dela era ossos que a Tatica tinha deixado no lençol. Ela gosta de danone na colher, sentada na cadeira. Ela levanta 1/2 dia come bebe vai no banheiro dela e depois vai arranhar o pneu da minha cadeira pra avisar que ela já levantou. Ela ronca muito quando esta dormindo. Ela gosta muito de comer. Quando ela está animada vai sentada no banco do passageiro olhando para todo lado como uma Madame. A Tatica passa muito tempo na janela da sala. Primeiro ela sobe na tabua de passar roupa, entra numa caixa que fica sempre para ela deitar. É uma caixa pequena mas ela dá um “geito” de caber dentro para ela dormir com o pescoço e rabo pra fora.
Ela sobe na tabua de passar roupa e passa para o lado de fora da janela entre o vitro e a tela. Ela fica olhando o passarinho vendo a portaria. O apartamento fica 8 metros da rua e lá fica muito carro estacionado motos e ela fica tomando sol e se distrai tanto com o movimento ela deita e dorme na Janela.”

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Apesar das limitações, seu José Ribeiro segue feliz ao lado da família. Quando não está em casa, passeia pelo condomínio com a sua cadeira motorizada em velocidade além da permitida, acreditem se quiserem!

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Para saber mais das peripécias do vovô Zé, acompanhe a página RonRon do Gato.

Você ainda será tão amado (a) ao ponto de perdoar quem o fez duvidar do amor.

Você ainda será tão amado (a) ao ponto de perdoar quem o fez duvidar do amor.

Quero falar de um amor que coopera para o resgate da nossa identidade. Sim, ele existe, sou testemunha disso. Estou falando daquela pessoa que chega em nossas vidas e nos mostra que não há nada de errado em nosso jeito de ser. Essas pessoas que têm um abraço gostoso, com cheiro de roupa limpa e seca ao sol.

Quando falo sobre resgatar a nossa identidade, falo das circunstâncias em que temos muitos ferimentos oriundos de outros relacionamentos. É que há casos em que um relacionamento foi tão nocivo ao ponto de fazer uma pessoa sentir-se indigna de ser amada por alguém um dia. Um parceiro tóxico tem esse poder de fazer uma pessoa rejeitar a própria essência, sentindo-se inadequada em sua própria identidade.

É sério isso, acontece de alguém reprimir aquele traço da própria personalidade que é muito encantador nele, por ter sido muito criticado num relacionamento abusivo. Quer um exemplo? Uma mulher muito sorridente e espontânea foi tão ridicularizada em função disso, pelo ex parceiro, que acabou sentindo-se inadequada. Daí, um dia, ela encontra um homem que sente-se extremamente encantado pela espontaneidade dela. Diante disso, ela percebe que não há nada de errado em ser quem ela é. Inadequado foi aquele relacionamento que a deixou doente, insegura, machucada e sem liberdade para sorrir. Nessa percepção, há uma cura e um resgate de si mesma, compreendeu?

Não se trata de uma mulher depender de alguém para afirmar como ela deve ser, falo de ela perceber que pode ser amada como ela é, na plenitude da sua essência. Ocorre que, diante de alguém que nos aceita e nos ama como somos, percebemos que o amor não impõe condições para nos abraçar. Não faz sentido e nunca será saudável reprimirmos algo que pulsa forte em nós para cabermos no mundo de alguém. Aos olhos de quem, realmente, se interessa por nós, somos incríveis e, isso incluem as nossas imperfeições também.

Eu acredito, piamente, que, para cada pessoa que nos feriu, existe uma ´para nos curar. Contudo, precisamos estar disponíveis e interessados nesse resgate. Isso inclui descartar algumas crenças aniquiladoras. Sabe, por mais machucado(a) que você esteja, é preciso insistir na crença de que você merece ser feliz. Aquele relacionamento com alguém que não enxergou o seu valor e que ainda o fez duvidar que você o possua, não pode ser a bússola do seu destino. Acredite, existem muitas pessoas maravilhosas desejando uma relação bacana, e uma delas pode cruzar o seu caminho.

E, chegarão os dias em que você vai estar sorrindo por aí, com a boca, com os olhos e com a alma. Nesses dias, você vai pedir desculpas a Deus e ao Universo por ter duvidado que o amor ainda existisse. Você vai receber tanto carinho, tanto amor e tanto afeto que seu coração vai transbordar. Você vai se sentir inteiro novamente, e vai perceber que os seus ferimentos emocionais estão cicatrizados. Você vai liberar perdão a quem o feriu no passado, porque em seu coração não haverá mais espaço para mágoas, isso porque a gratidão e o contentamento vão inundar a sua alma.

Talvez você demore um tempo para se acostumar com esse amor, pois será tão bom que você vai achar que a esmola é grande demais para o santo. Mas, com o passar dos dias, você vai se agasalhar nele direitinho e, vai perceber que esse amor é o seu número, feito sob medida para você. Você vai experimentar a indescritível sensação de sentir-se abraçada(o) por inteiro, com tudo o que você possui e carrega em sua bagagem de vida. Esse amor vai resgatá-lo(a) desse lugar de inadequação que aquele relacionamento doentio o levou. Confie…acredite!

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Photo by John Schnobrich on Unsplash

Não só a tristeza indica depressão, a irritabilidade também

Não só a tristeza indica depressão, a irritabilidade também

Por Raquel Brito

Não apenas a tristeza contínua e intensa ou, melhor dizendo, o estado de ânimo sem esperanças, desanimado ou “no fundo do poço” é indicativo de depressão. De fato, a tristeza como sintoma pode não se manifestar em uma pessoa deprimida, sendo a sua prima irmã a irritabilidade.

Sim. Por mais estranha que esta afirmação pareça, uma pessoa deprimida pode não se mostrar triste mas se manifestar de forma irritada, instável ou frustrada. As queixas somáticas, o mau humor, os incômodos, as dores físicas, as montanhas russas emocionais, etc. Tudo isso pode substituir a tristeza como sintoma de um problema emocional como a depressão.

Portanto, poderíamos dizer que as manifestações de raiva, como a insensibilidade, a irritabilidade, a agressividade, e o comportamento “autoritário” são, às vezes, gritos que pedem para sair do buraco de escuridão no qual a depressão sufoca.

A irritabilidade como critério diagnóstico de depressão

Segundo critérios tanto do Manual Diagnóstico dos Transtornos mentais na última versão (DSM-5) como na Classificação Internacional de Doenças (CIE-10), um diagnóstico clínico de depressão pode ser realizado se a pessoa mostrar, entre outras condições, irritabilidade em vez de tristeza.

Isto é, se uma pessoa constantemente mal-humorada mostra uma ira persistente, uma tendência a responder aos acontecimentos com ataques de ira, insultando aos outros ou com um sentimento exagerado de frustração por coisas sem importância, pode estar afundada em um estado de ânimo depressivo patológico.

Em crianças e adolescentes pode se manifestar um estado de humor irritadiço ou instável mais que um estado de ânimo triste e desanimado. Isto precisa ser diferenciado do que se considera um padrão de “menino mimado”, com irritabilidade frente às frustrações.

Contudo, cabe ressaltar que do mesmo jeito que a tristeza por si só não é um critério suficiente de depressão e precisa de outras conotações para ser considerada patológica, o mesmo acontece com a irritabilidade.

Concretamente, para fazer um diagnóstico de depressão segundo os sistemas classificatórios citados, estas duas condições em separado são necessárias, mas não suficientes. Portanto, não se pode interpretar que basta estar triste ou irritado para estar deprimido.

A tristeza e a irritabilidade, por si sós, são estados emocionais saudáveis, pois pretendem nos informar de que existe algo que nos incomoda e que está nos prejudicando. Eles somente se transformam em patológicos quando distorcem as nossas vidas e deterioram demasiadamente as nossas esferas sociais e profissionais durante muito tempo.

Em geral, é preciso ter cuidado com a irritabilidade porque ela pode nos levar a fazer qualquer coisa sem que consideremos as consequências negativas. Portanto, um estado persistente tingido desta instabilidade característica pode chegar a ser devastador.

Perder a linha com facilidade, fazer comentários desagradáveis, ser pouco tolerante, demonstrar impaciência, sentir nervosismo, manifestar agitação, ter reações inadequadas, começar a se afastar de certas pessoas por serem desagradáveis, etc. Tudo isso indica que alguma coisa não está bem na própria vida e que é preciso tomar medidas.

Portanto, a ira ou a irritabilidade que se manifestam quando padecemos de uma depressão é uma forma de externalizar o que se sente e não está sendo expressado. Podemos dizer que a pessoa deprimida tem a sensação de estar oprimida, de levar no pescoço um cachecol que pesa toneladas.

Isto a faz se sentir afundada, vulnerável, com a impressão de que esse cachecol não a deixa caminhar, dificultando a sua vida e descompensando o seu ânimo. Isto causa a instabilidade e a dificuldade que essas pessoas têm de realizar suas atividades no dia a dia.

Portanto, com a pouca força que esse tenebroso cachecol lhes permite ter, conseguem, quando muito, comer alguma coisa e dormir. Este é o peso da angústia, a qual se traduz em uma realidade asfixiante de tristeza ou irritação dependendo da pessoa e, obviamente, do momento.

TEXTO ORIGINAL DE A MENTE É MARAVILHOSA

Sou mãe, não escrava das tarefas domésticas”: a carta viral de uma mulher australiana

Sou mãe, não escrava das tarefas domésticas”: a carta viral de uma mulher australiana

“Ser mãe não me transforma em escrava do lar nem das tarefas domésticas”. Esta frase se tornou viral recentemente, vinda de uma interessante carta que uma mulher australiana de 32 anos escreveu em seu perfil no Facebook.

Constance Hall é uma jovem muito ativa nas redes sociais que tem o seu próprio blog, no qual exibe um estilo de vida muito ativa com seus bebês. Ela não hesita em mostrar as estrias de suas gestações ou a importância de manter suas relações sociais, seus interesses, suas paixões.

Faz um tempo que ela publicou uma carta que, mais do que uma opinião, tornou-se quase um apelo de que a mulher demanda espaço na sociedade e tem direito de seguir cuidando do seu crescimento pessoal, ao mesmo tempo em que integra as responsabilidades de criação.

Hoje, em nosso espaço, queremos convidá-los a refletir sobre isso.

Sou mãe, sou mulher: a carta de Constance Hall

Constance Hall é uma destas mulheres que não hesita em levar seus filhos a quase qualquer lugar. Ela os carrega nos braços e passa horas na praia, em encontros com outras crianças e suas amigas, ou saindo para fazer compras com os pequenos.

Ela não quer renunciar a nada, e por isso estabeleceu algumas prioridades muito firmes em sua vida: seus filhos e ela.

Cansada pelo fato de que muitas de suas amigas se definiram como “donas de casa” antes de “mães”, e de que algumas delas caíram em estados depressivos ao sentirem-se sozinhas, ela decidiu publicar estas linhas interessantes que reproduzimos abaixo:

 

“Escrevo para a mulher que está no parque, olhando seu telefone sem dar muita atenção aos seus filhos. Eu a cumprimento.”

Em vez de estar presa à tela dos seus aparelhos eletrônicos, você deveria se conectar um pouco mais com o mundo, com seus filhos, e não com estes grupos de mães que só se falam através das redes sociais.

Porque você deve lembrar de que não há motivo para se importar com absolutamente nada do que pensa este “grupinho de mães”. Saia para brincar com os seus filhos.

A mulher que tem um monte de pratos para lavar na sua cozinha e, ainda assim, é capaz de sair com seus filhos e ir tomar um café com seus amigos.

Eu a cumprimento. Ser uma boa mãe ou esposa ou um bom ser humano não significa passar a eternidade limpando a sua casa. Se você ficar obcecada demais com isso, seus amigos vão começar a seguir sua vida, mas sem você.

À mulher que, depois do parto, aguarda que seu médico lhe receite antidepressivos, eu a cumprimento. Ainda que você não acredite, seguirá lutando contra as suas tristezas quando seus filhos crescerem, não confunda a depressão com lutar, e saiba que não há problema se em algum momento você se atrever a pedir ajuda. Vale a pena!

Não se preocupe, não há problema nenhum. Porque ser mãe é um novo trabalho que requer a sua atenção 24 horas por dia, mas pelo qual você não vai receber nada.

De fato, é um trabalho que não vai terminar nunca. Assim, não hesite em comer aquele doce se quiser. Seu corpo depois do parto não é um assunto público, por isso, esqueça os comentários que forem feitos sobre o seu corpo: isso não é da conta de ninguém.

A importância de estabelecer prioridades em nossa vida

Cada um de nós pode concordar ou não com as palavras de Constante Hall.Uma mulher pode ter a casa sempre limpa e os pratos no lugar, para depois ter todo o tempo do mundo para seus filhos.

No entanto, as ideias que ela nos deixa vão muito além disso.

Ser mãe não significa ter que renunciar da noite para o dia à nossa vida de antes, a nossas amizades, nossos sonhos ou projetos profissionais. Não se renuncia, você cresce, porque avança como pessoa
Temos claro que nosso dia a dia não vai mais ser igual, que surgirão desafios, complicações, e que em algum momento iremos nos desesperar. No entanto, viver, educar e ser mãe implica ser forte, flexível, e lutar todos os dias pelo que mais amamos.

É necessário estabelecer prioridades: lembre-se de que se você não for feliz, não poderá fazer aqueles que você ama felizes.

Assim, se em algum momento o desespero a alcançar, não hesite em sair de casa com seus amigos, tomar um sol, falar com outras mães, rodear-se de pessoas que, sem dar lugar a dúvidas, irão lembrá-la do quão maravilhosa é a vida e a criação de nossos filhos.

TEXTO ORIGINAL DE MELHOR COM SAÚDE

“Os homens querem uma mulher que não existe” por Arnaldo Jabor

“Os homens querem uma mulher que não existe” por Arnaldo Jabor

Abaixo, um vídeo apresentado pelo canal Provocações Filosóficas, apresenta, em pouco mais de 2 minutos, a opinião de Arnaldo Jabor sobre a ilusão masculina com relação ao que seria “A mulher perfeita”

Confiram:

 

Mais do que orar, sinta!

Mais do que orar, sinta!

Seja lá qual for o nome que você dê à força superior geradora de tudo: Deus, Universo, Criador, Grande Espírito, Pai, Energia, Divindade , mas, uma vez que você ore, seja de forma for – com as suas palavras , com canções, com orações pontas, com meditação -, o mais importante é SENTIR.

Quantas pessoas vemos repetindo freneticamente “Pais Nossos” e “Ave Marias” por aí, ou entoando cantos, muitas vezes dentro de igrejas, mas que estão com a cabeça lá longe, que estão no modo automático, fazendo por pura obrigação, que muitas vezes se autoimpuseram.

Não que não tenha valor, mas quando SENTIMOS a coisa, tudo muda. Tudo fica mais intenso, mais verdadeiro, mais palpável. Mais necessário, inclusive. É estabelecer uma CONEXÃO. Você não se sente mais falando com as paredes, com um ser que está longe (“lá no céu”, possivelmente) e que “pode”, eventualmente, estar te ouvindo.

É por isso que rezos impostos são complicados. Porque a pessoa tem que QUERER estabelecer a conexão, a pessoa tem que SENTIR, e por ela mesma.

Quando rezamos sentindo o que estamos fazendo, a conexão ocorre naturalmente. E cada um tem o seu modo de percebê-la, podendo ser sentindo calores, calafrios, luzes ou, simplesmente, PAZ. Uma profunda e sincera paz que demonstra que não estamos sozinhos, que somos amparados, que podemos confiar e nos entregar.

Sem necessidade de tempos prolongados, sem ter que deslocar a um lugar específico, sem obrigação com textos prontos, sem quantidade, mas com qualidade.

Faz toda a diferença, pode experimentar!

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Photo by Steve Halama on Unsplash

Como um diário de gratidão e afirmações positivas podem mudar sua vida

Como um diário de gratidão e afirmações positivas podem mudar sua vida

Imagine passar pelo dia a dia cheio de todas as responsabilidades e desafios usuais, você provavelmente terá muito ressentimento acumulado em sua mente.

E se eu disser que há uma maneira simples de fazer você mais feliz a cada dia? Não é possível, você vai dizer?

Acontece que há de fato uma prática simples que pode deixar você mais feliz, mesmo quando as circunstâncias ainda são as mesmas.

Esta prática de que estou falando é começar um diário de gratidão.

Isso pode soar bobo para você, mas na verdade não é.

Continue lendo para ver todas as evidências convincentes que mostram como a prática da gratidão pode mudar sua vida para melhor.

ÍNDICE

  1. Por que a gratidão é importante para você
  2. Como a gratidão te faz mais feliz
  3. Começando um diário de gratidão
    • Dicas iniciais simples
    • Técnicas básicas
    • Técnicas mais avançadas
  4. A gratidão é a atitude

Por que a gratidão é importante para você?

“Sempre que há um momento de gratidão, eu anoto. Eu sei, com certeza, que apreciar o que aparecer para você na vida muda sua vibração pessoal. Você irradia e gera mais bondade para si mesmo quando está consciente de tudo o que tem e não se concentra no que não tem”. — Oprah

Uma pesquisa mundial mostrou que 85% das pessoas relataram estar desengajadas em seus empregos.[1] Muitas delas odeiam seus empregos e especialmente seus chefes.

Além disso, 1 em cada 6 americanos estão sob alguma forma de medicação psiquiátrica.[2] Os antidepressivos são o tipo mais comum, seguido por medicamentos antiansiedade.

Não há como negar que as pessoas estão infelizes.

Você pode estar se perguntando como pode se sentir grato, especialmente quando sua situação pode ser legitimamente ruim. Pode não ser fácil, mas não perca a esperança porque é definitivamente possível.

Aqui está a boa notícia:

A gratidão é uma habilidade que qualquer um pode desenvolver.

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Photo by gabrielle cole on Unsplash

Tudo o que é preciso é um pouco de prática diária.

É a única coisa que vai ajudá-lo a se tornar mais feliz, mesmo se as circunstâncias ruins que você possa estar ainda não tenham mudado.

O monge e estudioso inter-religioso, David Steindl-Rast, diz o seguinte sobre gratidão em seu TED Talk:

“São as pessoas felizes que são gratas? Todos nós conhecemos um grande número de pessoas que têm tudo o que é preciso para serem felizes, e não são felizes, porque querem outra coisa ou querem mais do mesmo. E todos nós conhecemos pessoas que têm muitos infortúnios, infortúnios que nós mesmos não queremos ter e são profundamente felizes. Elas irradiam felicidade. Você fica surpreso. Por quê? Porque elas são gratas. Se você acha que é a felicidade que faz você grato, pense novamente. É gratidão que te faz feliz.”

Como a gratidão te faz mais feliz

A neurociência mostrou que o ato de ser grato libera dopamina e serotonina no cérebro. [3]

A dopamina é o que faz você se sentir bem e faz com que você queira mais, então simplesmente começar a prática da gratidão o ajudará a desenvolver o hábito de fazê-lo.

A serotonina é um neurotransmissor que ativa o centro de felicidade de seu cérebro, que é semelhante à forma como os antidepressivos funcionam. Então você pode basicamente considerar a gratidão como um antidepressivo natural e alguns argumentam que é ainda melhor do que as drogas.

Seu cérebro não pode se concentrar em coisas positivas e negativas ao mesmo tempo. Essa é uma das principais razões do por que a prática da gratidão pode ajudá-lo a mudar seu foco de tristeza pelas coisas que você não tem em sua vida para ficar contente com as coisas que você tem.

Começando um diário de gratidão

Você pode usar qualquer coisa para começar a registrar coisas pelas quais você é grato.

Seja em um diário regular, um caderno ou apenas um pedaço de papel, qualquer coisa pode ser usada para simplesmente observar as coisas pelas quais você é grato. A chave é apenas fazê-lo intencionalmente e de forma consistente.

Conheça também o pote da gratidão.

Dicas iniciais simples

  1. Mantenha seu diário de gratidão em um local que você verá regularmente. Sua mesa de cabeceira é um bom lugar, onde é a primeira coisa que verá quando acordar e a última coisa quando vai para a cama. Pessoalmente, eu gosto de manter o meu no balcão do banheiro, para que seja a primeira coisa que eu faça quando estou me preparando para começar o meu dia.
  2. Você não precisa encontrar as respostas certas. Comece mantendo as coisas simples e escreva qualquer coisa que lhe venha à mente. Você pode ser grato por coisas como uma refeição que acabou de comer, um filme que acabou de assistir ou um amigo com quem passou algum tempo.
  3. Desenvolva consistência. Tente criar o hábito de levar algum tempo regularmente para desacelerar e apenas refletir sobre as coisas pelas quais você é grato. Gastar apenas cinco minutos por dia mostrou ser eficaz. Se você perder um dia, está tudo bem.

É importante escrever tudo, porque o registro em diário mostrou ativar o hemisfério direito do cérebro, que é a parte do cérebro que processa emoções e sentimentos.

Quando você começar a acompanhar as coisas pelas quais você é grato, começará a se sentir mais feliz por causa do fato de que o hemisfério direito do seu cérebro está se conectando com aquelas emoções boas, associadas à gratidão.

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Um dos maiores especialistas do mundo na ciência da gratidão, Robert Emmons apontou para pesquisas mostrando que expressar seus pensamentos escrevendo tem mais vantagens do que se apenas pensasse. Isso torna você mais consciente deles e pode aprofundar o impacto emocional que tem sobre você.

Técnicas básicas

Jason Marsh, da revista Greater Good, na Universidade da Califórnia em Berkeley, entrevistou Emmons para pedir dicas sobre como aproveitar ao máximo o seu diário de gratidão[4] e aqui estão algumas das dicas abaixo.

  1. Não basta apenas passar pelas emoções. É importante ser intencional sobre por que você está fazendo este exercício. Em vez de fazer isso porque alguém está dizendo para você, pense sobre o que está esperando ganhar com esse exercício. Aproveite o tempo para reconhecer que está fazendo isso porque cultivar mais felicidade em sua vida é importante para você. “A motivação para se tornar mais feliz desempenha um papel na eficácia do registro em diário”, diz Emmons.
  2. Prefira a profundidade em vez da abrangência. Depois de desenvolver um hábito de diário de gratidão, será útil se tornar mais específico com as coisas pelas quais você é grato. Ser capaz de expressar uma coisa pela qual você é profundamente grato é muito mais significativo do que agradecer por um monte de coisas superficiais.
  3. Seja pessoal. Ter tempo para se concentrar nas pessoas que você é grato tem mais impacto do que focar nas coisas pelas quais você é grato.
  4. Tente subtração, não apenas adição. Se você está tendo problemas para encontrar as coisas pelas quais você é grato, um truque simples para despertar alguma gratidão é começar a pensar em como seria sua vida se você não tivesse algumas das coisas que você tem agora.
  5. Saboreie surpresas. Esteja ciente de surpresas agradáveis ​​ou inesperadas, pois essas são ótimas coisas para refletir quando você tem uma chance. Você pode acabar descobrindo que refletir sobre esses momentos pode trazer sentimentos mais fortes de gratidão.

Emmons continua dizendo que ele recomenda que as pessoas vejam cada item em seus diários de gratidão como um presente e que todo o processo não seja uma tarefa a ser feita apenas por fazer. Em vez disso, deve ser algo em que você se envolve ativamente para se conectar com as coisas pelas quais você é genuinamente grato.

“Em outras palavras, dizemos a eles para não se apressarem com este exercício, como se fosse apenas outro item em sua lista de tarefas. Dessa forma, o diário de gratidão é realmente diferente de apenas listar um monte de coisas agradáveis ​​na vida de alguém”.

Técnicas mais avançadas

Apesar de ser provado que ter um diário de gratidão é útil, ele se torna mais impactante quando você não apenas guarda para si mesmo.

Ao contrário de ter um diário pessoal, onde ele deve ficar trancado em um espaço secreto, um diário de gratidão tem o poder de não apenas mudar positivamente você, mas também as pessoas ao seu redor.

Aqui estão algumas técnicas avançadas que você pode usar em seu diário de gratidão para maximizar sua eficácia:

  1. Use seu diário de gratidão para fornecer tópicos para conversas

É fácil entrar em conversas que envolvem fofoca, negatividade e pessimismo, porque na verdade é a maneira de o cérebro tentar se sentir melhor. Infelizmente, esses tipos de conversas tendem a ser improdutivas e vazias.

Dirigir suas conversas sobre coisas pelas quais você é grato pode elevar seu próprio espírito, assim como das pessoas com quem você está falando.

O que fazer?

Da próxima vez que falar com alguém, insira coisas pelas quais você é grato na conversa. Algumas ideias incluem apontar quão bom é o clima, quão deliciosa é sua refeição ou o quanto você gostou de passar um tempo com seu amigo.

contioutra.com - Como um diário de gratidão e afirmações positivas podem mudar sua vida
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  1. Diga a quem você ama porque você é grato por eles

Você pode ser grato por algo que seus amigos ou seu parceiro faz por você, mas a gratidão será muito mais poderosa quando você for grato pelo caráter deles.

Por exemplo, você pode ser grato que seu parceiro tire o lixo, mas você é ainda mais grato porque ele/ela faz isso apenas porque ele/ela é atencioso o suficiente para saber que você odeia fazer isso.

No final das contas, ser grato pelas pessoas em sua vida inicia um ciclo de generosidade. Isso faz com que você esteja disposto a fazer mais por eles e isso provavelmente os leva a responder com gratidão, fazendo mais por você.

O que fazer?

Escreva coisas específicas sobre o caráter de alguém que você é grato e mantenha seu diário à mão. Quando você passar um tempo com essa pessoa, reserve um momento para compartilhar o que escreveu sobre ela.

  1. Use seu diário de gratidão para escrever notas de agradecimento

O Journal of Happiness publicou um estudo onde 219 homens e mulheres participantes escreveram três cartas de gratidão durante um período de três semanas.[5] Os resultados mostraram que escrever cartas de gratidão aumentou sua felicidade e satisfação com a diminuição dos sintomas depressivos.

Reservar tempo para escrever notas de agradecimento é uma maneira extremamente simples e fácil de escrever o que você está grato e dar afirmações positivas para outra pessoa no processo.

Eu comprei uma caixa grande de cartões de agradecimento simples e guardei em casa para escrever notas de agradecimento sempre que tenho uma chance e enviá-las. Isso sempre levou a experiências positivas.

O que fazer?

Compre um conjunto de cartões de agradecimento ou crie o seu próprio. Uma vez por semana, examine seu diário de gratidão para encontrar algo que você escreveu sobre alguém pelo qual você é grato e use o que você escreveu para escrever um cartão de agradecimento e enviá-lo para ele.

  1. Deixe que a gratidão ajude a transformar as circunstâncias negativas em positivas

Eu conheci uma mulher chamada Penny na Tailândia, que administrava um orfanato com crianças que foram afetadas pelo vírus da Aids. Ela sozinha me mostrou o poder de praticar gratidão através de sua própria vida e isso mudou minha vida.

Ela estava cuidando de todas essas crianças doentes que não eram dela, mas também havia um grande obstáculo:

Ela tinha câncer.

Mas ela não deixou que isso a impedisse.

Em vez de ver a doença como algo que estava arruinando sua vida, ela compartilhou isso comigo.

“É como uma sentença de morte quando o médico diz que ‘você é HIV positivo’ ou ‘você tem câncer’ e isso me dá a capacidade de me identificar com essas crianças que são HIV positivas, então sou grata pelo câncer por causa disso, se nada mais.”

Ela é um exemplo vivo de que podemos encontrar algo para agradecer mesmo nas situações mais difíceis. Eu mantenho isso em mente especialmente quando estou passando por alguns dos meus próprios desafios difíceis.

O que fazer?

Pense em um momento da sua vida que foi uma experiência muito difícil ou triste. Reserve um momento para refletir em seu diário, para ver se consegue encontrar algo pelo qual seja grato como resultado dessa experiência.

A experiência negativa o ajudou a crescer de alguma forma? Ou talvez tenha ajudado você a entender ou confortar alguém que está passando pela mesma experiência?

A gratidão é a atitude

Dizem que as pessoas se sentem mais felizes durante o período de Ação de Graças por causa de toda a serotonina que produz triptofano que existe na comida, mas isso é, na verdade, um mito. A comida não contém quantidade significativa de triptofano para ter um efeito tão grande no seu humor.

Então, por que as pessoas se sentem muito mais felizes durante esse período?

A resposta está no nome do feriado em si – Ação de Graças.

É por causa de algo que não é nada além de gratidão.

Portanto, antes de prosseguir e se convencer de que não tem muito a agradecer, tente começar um diário de gratidão.

Você pode descobrir que você mesmo está desenvolvendo uma habilidade que pode ser aprendida para se tornar mais feliz e realizado.

Você não se encontrará mais limitado e definido pela sua situação atual, mas poderá encontrar alegria independentemente de suas circunstâncias.

Então, por que não tentar hoje?

Referência

[1] ^ Gallup: The World’s Broken Workplace
[2] ^ Scientific American: 1 in 6 Americans Takes a Psychiatric Drug
[3] ^ Wharton Health Care: The Neuroscience of Gratitude
[4] ^ Greater Good Magazine: Tips for Keeping a Gratitude Journal
[5] ^ Journal of Happiness: Letters of gratitude: Further evidence for author benefits.

 

Tradução CONTI outra. Do original How a Gratitude Journal and Positive Affirmations Can Change Your Life, de Eugene K. Choi

Imagem de capa: Photo by Giulia Bertelli on Unsplash

A importância da perseverança

A importância da perseverança

Existem muitas pessoas que falam sobre a PERSEVERANÇA, mas são poucas que fazem uma reflexão profunda sobre esse tema. Quase sempre ele é levado mais para o campo profissional, porém pode e se faz necessário levar para todos os campos da vida.

Gosto de conhecer as raízes das palavras e recentemente aprendi o quão rica essa palavra é etimologicamente. Vamos ao seu significado!

PERSEVERANÇA => per+ser+vero => por ser verdadeiro

Ao quebrar essa palavra é isso que temos. Perseverança é se manter firme em tudo aquilo que é verdadeiro.

Nessa hora, é impossível não fazer uma reflexão mais filosófica! O que é a verdade? Eu jamais conseguirei responder a essa pergunta! Ela tem zilhões de respostas. Cada pessoa tem as suas verdades e estas se modificam o tempo todo.

Porém, gosto de levar a palavra verdade ao nosso CORAÇÃO.

Perseverança é tudo aquilo que é verdadeiro e vem do coração!

Esse é o ponto principal que quero me focar nesse texto. É muito importante ter perseverança, mas antes de tê-la, é ainda mais importante se AUTOCONHECER, para ter a certeza de que se está prosseguindo em algo que valha a pena, em algo que gere crescimento para si e para as outras pessoas!

Os grandes profissionais que trabalham com a motivação e a prosperidade sempre tocam nessa tecla, de nunca confundir PERSEVERANÇA, que tem relação com a PERSISTÊNCIA, com TEIMOSIA. Elas são muito diferentes!

Persistência é quando você continua em algo que sente que é bom para si e para os outros, e isso não causa em você sofrimento. Já a teimosia é quando você insiste em algo por orgulho, mesmo que isso lhe gere sofrimento!

Se você age por teimosia, é bom rever sua vida, seus conceitos e tudo o que aprendeu até esse momento. Certamente existem muitos condicionamentos em você, crenças que precisam ser ressignificadas e trocadas por outras mais prósperas!

Se você está aqui lendo esse texto já está dando um passo fundamental nessa direção! Parabéns!

Quero lhe levar hoje a se questionar um pouco OK?

O que tem sido verdadeiro para você nesse exato momento? Você está insistindo em algo que não é verdadeiro por causa de medos, de receios, de inseguranças, de condicionamentos adquiridos? Você tem medo de que as suas verdades do coração sejam rejeitadas pelas outras pessoas?

Todos esses questionamentos e muitos outros são transformadores quando analisados de coração e mente aberta!

Portanto! Quero concluir lhe deixando todas essas reflexões e lembrando o quanto é importante ser perseverante.

Ouça o seu coração, confie nas suas intuições e saiba que elas lhe conduzirão a cumprir cada vez melhor a sua missão de vida nesse planeta!

Perseverança é aquilo que traz a verdade do coração!

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Photo by Gabriel Matula on Unsplash

É permitido se apegar, sim! Você não é uma máquina, é um ser humano.

É permitido se apegar, sim! Você não é uma máquina, é um ser humano.

Eu quero falar contigo que, apesar de ter se esforçado tanto para evitar, acabou se apegando a essa pessoa. Imagino que você esteja assustado(a), inseguro(a) e sentindo-se vulnerável. Certamente, você está cansado de ler aqueles textões que prega sobre o cuidado de não se apegar. Quem escreve esse texto, entende o que se passa contigo, sinta-se abraçado(a) pela minha empatia.

De verdade, com toda a minha sinceridade, eu quero pedir que você abandone esse sentimento tão negativo sobre si mesmo(a). Moço(a), você não é nenhum(a) ridículo(a), tampouco, uma pessoa fraca. Sabe o que você é? Você é uma pessoa que sente amor, você é alguém que, apesar de todas as feridas que te causaram, não desistiu de acreditar que ainda existam pessoas decentes para se relacionar. Por favor, guarde essas palavras, não as escrevo da boca para fora. Você enxerga o mundo, as pessoas e os relacionamentos com a uma visão bonita, você não se contaminou o suficiente para achar que ninguém presta, pois isso não é verdade, e você é uma prova disso.

Se você se apegou a essa pessoa, foi porque você encontrou motivos para isso. Você se encantou, que mal há nisso? Sabe, o mundo anda chato demais, por todos os lados existem esses avisos de advertência: “não se apegue”. Meu Deus, somos humanos, e precisamos de encantamento para dar sentido à nossa existência. Não somos máquinas, não somos pedras! Temos um coração que pulsa e  uma alma que anseia por afeto. Como exigir que não nos apeguemos a quem nos oferece amor de uma forma tão linda? Como não se encantar com uma pessoa que nos acaricia a alma? Como resistir a quem nos enxerga por dentro e nos devolve o riso?

Ao que parece, tudo conspira para que nos blindemos contra o amor. Vejo muita gente se protegendo de sentir afeto, fingindo que não se importa, vestindo uma máscara de indiferença e frieza que não condiz com a realidade. É como se sentir afeto e demonstrá-lo fosse algo vergonhoso e diminuísse alguém. Eu concordo e defendo que não é sensato oferecer o nosso sagrado a quem não tem nada a nos devolver. Se não existe reciprocidade, o melhor a fazer é manter distância mesmo, isso é auto cuidado, é respeito por si mesmo(a). Contudo, se há uma sintonia, se existe uma troca gostosa, e se há conexão, por que não viver? Por que não retribuir? Por que se esquivar?

As pessoas sentem tanto medo das rupturas que acabam se privando de viver uma experiência que poderia ser bem gratificante e enriquecedora. É aquela história, quem se protege demais, acaba se protegendo também das experiências boas. Seria mais fácil se entendêssemos que as rupturas fazem parte dos relacionamentos e, que elas não devem  ser encaradas como bicho papão.

Voltando ao seu encantamento por essa pessoa, viva-o em sua plenitude. Aproveite, sem moderação. Existe experiência mais gostosa que amar? Se existe, não me apresentaram ainda. Não se preocupe se vai durar uma semana ou uma década, apenas viva cada momento com a sua máxima intensidade. Ah, vamos combinar uma coisa: se alguém vier tentar amarelar o seu sorriso com o velho jargão “cuidado com esse apego”, responda o seguinte: Vou me permitir viver isso enquanto for recíproco e gratificante para ambos. Se acabar, saberei lidar com o novo ciclo, mas não vou me privar de viver por medo de sofrer. Como bem canta Lulu Santos: “Se amanhã não for nada disso, caberá só a mim esquecer, o que eu ganho ou o que eu perco, ninguém precisa saber”.

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Carta de mãe para pai que não paga pensão viraliza

Carta de mãe para pai que não paga pensão viraliza

Texto original de Revistar Crescer

O desabafo de uma mãe criticando o ex-parceiro por não pagar a pensão devida aos seus filhos viralizou nas redes sociais e recebeu milhares de comentários de mulheres passando por situações parecidas. O texto foi escrito anonimamente por uma britânica através da página “Mãe Solteira Ainda de Pé”.

No post, a mãe chama o ex-parceiro de declarar muito menos do que realmente ganha para não pagar o que é devido aos seus filhos. “O que você ganha não financia meus feriados”, escreveu. “Não uso seu dinheiro para comprar roupas, champagne, academia ou aumentar minha poupança (que não existe).

Quando você stalkeia minhas redes sociais e me vê aproveitando os fins de semana com amigos, tenha certeza de que estou pagando. Tenho dois empregos para financiar meu estilo de vida e suprir as necessidades das crianças. É um conceito que você parece incapaz de entender. Não importa o que aconteceu entre você e a mulher que você amou o suficiente para ter dois filhos, você ainda tem uma responsabilidade financeira com eles. Só porque você me odeia, não os faça sofrer”.

 

Ela continuou afirmando: “Deixe-me soletrar para você: todo o dinheiro que você me paga vai direto para nossos filhos, para as roupas deles, sapatos, aulas de natação e presentes de aniversário. O juiz definiu o que você deve pagar baseado no que você diz que ganha, mas você mentiu e declarou um valor muito menor.

Tudo que sei é que estou tentando dar para nossos filhos uma vida com padrão similar ao que eles teriam se ainda estivéssemos juntos. Quando você não paga o valor correto, está falhando mais uma vez como pai. Assim como você falhou quando não apareceu na peça de Natal do nosso filho depois de prometer que estaria lá.

Falhou quando se recusou a levar o nosso filho ao seu tão amado futebol nos SEUS fins de semana, e quando fez nossa filha parar de ir a aula de dança no dia em que estiver com ela. A lista continua. Não espero que faça a coisa certa. Você é uma porcaria de pai. Felizmente, eles têm a mim.”.

Nos comentários, diversas mães apoiaram a autora. “Perfeito! Não poderia ter escrito melhor. Passo pela mesma coisa aqui em casa”, escreveu uma delas.

Confira o post original abaixo:

https://www.facebook.com/singlemumstillstanding/photos/a.123340564985053.1073741829.122993601686416/178634176122358/?type=3

O bullying mata: ensinem seus filhos a amar!

O bullying mata: ensinem seus filhos a amar!

Recentemente, o depoimento de uma mãe cujo filho de 9 anos de idade se suicidou em decorrência de bullying sofrido por ser gay, nos Estados Unidos, chocou a opinião pública. A mãe, Leia Pierce, deixa-nos uma mensagem simples, mas essencial, nos dias de hoje: “Ensinem seus filhos a amar. Que é tudo bem ser diferente, porque somos todos diferentes. Ninguém é igual e, se fôssemos iguais, esse mundo seria muito chato. Nossas diferenças nos tornam iguais. Ensinem compaixão aos seus filhos. Ensinem respeito. Ensinem a aceitarem mais uns aos outros.”

O termo bullying é praticamente recente e serve para caracterizar atitudes intencionais e repetitivas, por parte de uma pessoa ou mais, revestidas de violência psicológica e/ou física. O termo foi proposto por Dan Olweus, após o massacre escolar de Columbine, ocorrido nos Estados Unidos, em 1999, onde dois estudantes mataram doze colegas e um professor, além de ferirem mais de vinte pessoas.

Caracterizam comportamentos relacionados ao bullying: insultos, ataques físicos recorrentes, fofocas sem fundamento, depreciações, persuasões forçadas, sempre diminuindo a vítima, denegrindo sua imagem, fazendo-a passar vergonha na frente dos outros, de forma covarde e sem motivo aparente. E, embora o termo seja praticamente novo, a sua prática é antiga e deve remontar a séculos e séculos, desde que o homem passou a viver em sociedade.

Apesar de toda dor e consequências traumáticas que o bullying apresenta, não nos cansamos de ver comentários que perigosamente parecem amenizar a gravidade que essa prática encerra, os quais se valem, em sua maioria, de comparações entre o ontem e o hoje. Há muitos que dizem terem sofrido bullying e nem por isso deixaram de viver, de levar uma vida normal.

Primeiramente, há que se deixar claro que, hoje, os valentões não se comprazem tão somente apelidando alguém por ter um nariz grande ou por ser gordo, por exemplo. O advento da internet deixou tudo ainda mais sério e agressivo, porque as redes sociais vêm sendo usadas como canal de ofensas, de ridicularizações, expondo as pessoas mundialmente. As coisas não ficam mais circunscritas entre os muros do clube ou da escola, mas ganham proporções assustadoras e incontroláveis.

E mais, cada um sente a dor de uma forma única e própria, sem que possamos comparar as dores de uns com a de outros. Tanto que filhos de um mesmo casamento reagem de forma diversa à separação dos pais, por exemplo. Digerimos o que nos chega de acordo com o que temos aqui dentro, ou seja, a dor emocional é subjetiva, pois depende da bagagem de cada ser humano. Chega a ser desumano comparar as dores das pessoas frente ao que lhes acontece.

Há inúmeros artigos, reportagens, livros, filmes que tratam do assunto, ou seja, não podemos mais alegar ignorância sobre o assunto, principalmente pais e educadores, no sentido de ficarem atentos a sinais de que algo não vai bem, de que o filho, o aluno ou o amigo possam estar sofrendo muito por conta de assédios diários. Ficar dizendo que antigamente não havia essa frescura só vai piorar as coisas, porque quem sofre não precisa de ninguém mais o julgando, pois já vem atravessando um caminho doloroso de achatamento da própria autoestima.

Como tão bem nos ensinaram nossos avós, muito ajuda quem não atrapalha. E esse discurso comparativo não faz mais nada do que atrapalhar. Empatia, por favor.

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Photo by Chinh Le Duc on Unsplash

Pequenos descuidos significam grandes perdas

Pequenos descuidos significam grandes perdas

Primeiro, a paixão. A vontade em ficarem juntos intensamente, sem horários, compromissos ou programação. Depois o amor. A admiração pela essência, o cuidado com o bem estar do próximo, a rotina com doses de carinhos diários. Essa seria a definição perfeita do desenvolvimento amoroso de qualquer relação. Porém, a falta de cuidado tem interrompido as relações mais incríveis e transformando o amor em mágoa, rancor e ressentimento.

Na fase da paixão é muito fácil conviver, já que o sentimento é bom em fantasiar e enganar os envolvidos na relação. A paixão inventa. Engana sem vergonha. Ilude sem limites. Bom seria se a paixão fosse suficiente para garantir uma relação, mas não é e no primeiro sopro abala todas as estruturas emocionais.

O amor não. Amor é pau para toda obra. Joga limpo. Escancara verdades. Amor é uma pedra preciosa difícil de encontrar. Mas, assim como a paixão o amor também acaba. E acaba das mais diversas formas.

Amor acaba no descuido dos detalhes. Acaba quando o beijo dá lugar às ofensas. Quando a vida profissional é negligenciada pelas cenas de ciúmes do outro. Quando o “bom dia” é substituído por “vamos logo porque estou atrasado”.

O amor acaba por obsessão e também por indiferença. Acaba por falta de cuidado e por excesso dele. Acaba pela saudade e pelo excesso da presença. Amor acaba por atitude e pela falta dela. Amor acaba sem que tenhamos percebido o quão importante ele era.

Amor acaba na fila do cinema, dentro do carro, no almoço de domingo com a família. Amor acaba na falta de desejo, no excesso de zelo, no vazio da cama.

A verdade é que nós somos muito bobos. Achamos que o terreno é nosso e que a guerra está ganha e deixamos o comodismo prevalecer, permitindo que o amor morra aos poucos, sob nossos olhos.

Esquecemos que, sem manutenção, nem uma construção se sustenta, que dirá um amor. Decretamos o fim da relação quando não há vontade de continuar e quando esquecemos que quem não sabe cuidar, não merece ter.

Foto de Tina Markova no Unsplash

Tem gente que nos tira o sono, tem gente que nos devolve os sonhos.

Tem gente que nos tira o sono, tem gente que nos devolve os sonhos.

Enquanto vivemos, encontramos várias pessoas por aí, algumas interessantes, outras especiais, muitas dispensáveis. Saber lidar com cada uma delas, colocando-as em seus respectivos lugares, dentro ou fora de nossos corações, será providencial, para que nossa jornada seja menos dura.

O problema é que nem sempre estaremos seguros o bastante para termos a consciência quanto ao que o outro realmente tem a nos ofertar, a trocar, a somar e a compartilhar. Muitas vezes, estaremos vulneráveis e nos tornaremos alvo fácil de gente que só pensa em se aproveitar das pessoas, com ingratidão e maldade.

Quanto mais nos abrirmos, acreditando no outro, mais ficaremos expostos em tudo o que nos define, inclusive nossas fraquezas, as quais, não raro, vemos sendo usadas contra nós, da pior forma possível. Nem todo mundo conseguirá ser consolo e compreensão e nem todo mundo conseguirá entender as nossas dores.

Por isso é que necessitaremos manter nossa autoestima em dia, para que possamos enfrentar as tempestades sem nos molharmos exageradamente, ou nossa alma adoecerá sem razão de ser. O que não nos cabe, o que não for verdade, nada do que fizerem para nos diminuir poderá ser mais forte do que nossa confiança naquilo que preenche os nossos mais belos sonhos de vida.

Felizmente, haverá quem nos ame verdadeiramente, pelo que somos, quem torcerá pela nossa felicidade, quem nos conhecerá como ninguém e nos acolherá, faça chuva, faça sol. Manter gente verdadeira por perto nos protegerá de todo e qualquer mal que tentarem usar contra nós, porque, então, teremos mãos fortes nos segurando e não cairemos.

Quem causa nossa insônia deve, aos poucos, sair de nossos caminhos. Quem nos devolve os sonhos, sim, deve ficar junto, caminhando conosco, abraçando-nos nas noites escuras da alma, para, então, comemorar conosco cada vitória, cada sorriso, cada conquista, como deve ser.

***

* O título deste artigo baseia-se em citação de David Rodrigues.

Foto por Cody Black em Unsplash

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