Por que resolvemos fazer faxina e arrumação quando estamos estressados?

Por que resolvemos fazer faxina e arrumação quando estamos estressados?

Marie Kondo adora bagunça, mas só na casa dos outros. A youtuber estreou um reality próprio na Netflix, Ordem na Casa, em que visita oito casas do sul da Califórnia com uma única missão: trazer felicidade às pessoas através da limpeza e da ordem. A moral do programa é algo assim como “ordena a tua casa, e ordenarás a tua vida”. Mas é efetivo o método dessa Mary Poppins japonesa?

Como explica ao EL PAÍS Tasio Rivallo, psicólogo e pedagogo especializado em terapia cognitivo-comportamental, a limpeza e a ordem influem muito na nossa saúde mental. “O ser humano tende a procurar sempre um equilíbrio, tanto interno, que se denomina homeostase, como externo, que tem a ver com o entorno. Se formos reparar, tudo obedece a uma ordem, inclusive a natureza, e como animais estamos programados para essa ordem”, comenta.

O método KonMarie – assim se chama – baseia-se em uma tradição nipônica, o Oosouji (“a grande limpeza”), que consiste em fazer a cada 28 de dezembro uma faxina exaustiva no lar e se desfazer do que já não serve mais, para assim receber o ano novo sem cargas, livres e limpos, física e espiritualmente. “Limpar e ordenar nos faz liberar endorfinas, uma substância que o cérebro segrega e que produz sensação de bem-estar. E jogar fora aquilo de que já não precisamos funciona como uma catarse”, observa Rivallo. “Desta forma, também evitamos as consequências da desordem”, acrescenta.

Os participantes de Ordem na Casa se queixam dos problemas que o caos doméstico causa nas suas vidas. “A desordem pode nos provocar ansiedade, transtornos de sono ou redução da concentração”, explica o psicólogo. “É muito típico que na época de provas você resolver ordenar seu quarto ou seu escritório. Você precisa de um espaço limpo e ordenado para se sentir à vontade. Talvez não tenha essa reação num momento mais ocioso da sua vida.”

Rivallo acha que “uma casa desordenada toma muito tempo, gera frustração e cansaço por você não conseguir encontrar as coisas”, como acontece com a família Mersier num dos episódios da série. “Se você arrumar sua casa, ficará menos estressado, poderá ficar mais à vontade nela e terá mais tempo para usar em outras coisas”, acrescenta o psicólogo.

Em busca do equilíbrio

Às vezes sofremos ataques repentinos de limpeza que podem ter a ver com nosso estado de ânimo. “Talvez, inconscientemente, estejamos tentando nos reequilibrar mentalmente e começamos com algo mais fácil de controlar, que é o entorno”, diz Rivallo. E acrescenta: “Acontece o mesmo quando resolvemos mudar os móveis de lugar. Estamos procurando uma mudança metafórica em nossas vidas, soluções que nos façam sentir mais cômodos ou nos vermos melhor”.

Mas a ordem e a limpeza não determinam sempre como nos sentimos. “Pode ser que nos encontremos bem, que estejamos tranquilos conosco mesmos e, entretanto, tenhamos a casa nojenta. Talvez estejamos apostando mais em outras coisas, relações sociais, por exemplo, e não estejamos dando prioridade a esse entorno mais privado”, explica Rivallo.

Mas o psicólogo acrescenta que “embora limpar e ordenar seja uma boa ferramenta para reduzir o estresse e resolver certos problemas”, não pode servir sempre como terapia. “Tem pessoas para quem arrumar funciona muito bem, e outras que não, porque nunca acabam de arrumar e não passam à ação. A ordem pode ser uma válvula de escape quando você precisa começar a trabalhar certas coisas da sua vida. Ordenamos primeiro objetos materiais e pensamentos, e depois nos pomos a trabalhar para nós mesmos.”

Ao final de cada capítulo, os protagonistas agradecem a Marie Kondo por sua ajuda e confessam se sentir muito melhores com “seu novo lar”. A japonesa se despede satisfeita por ter conseguido seu propósito. Agora são mais felizes graças à ordem e a limpeza. Serão capazes de manter a casa assim?

Fonte: ElPaís

Ela quase foi expulsa do ônibus por não acreditarem que seu companheiro era um cão-guia.

Ela quase foi expulsa do ônibus por não acreditarem que seu companheiro era um cão-guia.

“Os cães-guia são labradores amarelos e seu cachorro é preto“, disseram-lhe.

Cães de assistência são treinados para melhorar a qualidade de vida de pessoas que sofrem de uma deficiência ou dificuldade.  Alguns são guias para pessoas cegas, outros ajudam a controlar ataques de epilepsia e outros ajudam pessoas com mobilidade reduzida. Em geral, temos a imagem de que esses cães são o típico labrador de pele clara, mas na realidade podem ser de qualquer raça e cor.

Megan Taylor, uma cega de 22 anos e seu cão-guia Rowley tiveram um momento desagradável dentro de um ônibus quando uma pessoa os repreendeu e pediu para saírem do veículo.

Ambos estavam no transporte público quando uma mulher se aproximou e disse: “Por que há um cachorro no ônibus? Tirem isso!” Megan tentou educadamente explicar que Rowley era um cão-guia, mas a mulher a chamava de mentirosa porque “os cães-guia são labradores amarelos” e o dela era preto.

contioutra.com - Ela quase foi expulsa do ônibus por não acreditarem que seu companheiro era um cão-guia.

“Eu não acreditava no que estava ouvindo, tentei explicar que os cães guia e de assistência podem ser de qualquer cor e não precisam ser labradores, embora Rowley seja dessa raça”, disse Megan em uma conversa com a 9GAG. “Ela me disse que eu estava errada. Decidi que neste momento não havia nada que eu pudesse dizer para educar essa mulher e que não valia a pena. Em vez disso, optei por ignorá-la enquanto ainda falava bobagens”, disse ela.

Megan sofre de cegueira episódica desde que sofreu um ferimento na cabeça aos 15 anos, acidente que também causou uma série de outros problemas médicos, tais como perda auditiva, diminuição do equilíbrio, crises frequentes de desmaios e tonturas. Rowley ajuda Megan diariamente, o que inclui recuperar itens que caíram, e pode até pedir ajuda se Megan perder a consciência.

Infelizmente a menina revelou que esta não é a primeira vez que ela foi discriminada no transporte público, assegurando que chegou a ser expulsa uma vez.

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Tradução feita pela CONTI outra, do original de UPSOCL.

Não conte às pessoas mais do que elas precisam saber

Não conte às pessoas mais do que elas precisam saber

Existem pessoas que são extrovertidas e bastante transparentes, pois não conseguem esconder o que sentem, de maneira nenhuma. A gente percebe pela expressão do rosto delas quando estão bem, quando estão felizes, ou quando estão tristes e chateadas. Algumas delas, inclusive, abrem-se e contam como se sentem a quem estiver por perto, pois sentem necessidade de compartilhar o que possuem dentro de si. Isso, porém, nem sempre é bom.

Colocar para fora o que engasga pode ser muito benéfico, uma vez que, à medida que expomos o que incomoda, é como se dividíssemos o peso, que sai um pouco de nossas costas. Além disso, o ouvinte enxerga aquilo tudo de fora, sendo capaz de analisar racionalmente, acalmando-nos. Muitas vezes, ao verbalizar nossos sentimentos, eles podem se tornar menos pesados, menos densos, à medida que vão saindo um pouco de dentro de nós.

Por outro lado, pode haver quem nunca fará bom uso do que souber a respeito de alguém. Algumas pessoas são incapazes de guardar segredo e, pior ainda, deturpam o que sabem e transmitem aquilo de uma forma negativa e descontextualizada, para simplesmente sujar a imagem do outro. Jamais teremos certeza absoluta sobre todo mundo, sobre as reais intenções de quem se aproxima de nós, pois é preciso muito tempo para conhecer minimamente alguém.

Alguns indivíduos perguntam sobre nossa com o mero intuito de obter munição a ser usada de forma distorcida e cruel. Da mesma forma, há quem não queira nem pensar em ajudar, apenas tem curiosidade, apenas é enxerido e vive se metendo onde não é chamado. O mundo anda por demais superficial e materialista, portanto, nossos sentimentos devem ser preservados e não expostos a qualquer um.

Temos, portanto, que tomar muito cuidado com nossos sentimentos, pois eles são preciosos, são tesouros, que não merecem ser violados pela maldade e pela falsidade de quem não sabe fazer nada mais do que destruir tudo o que toca. E tem muita gente torcendo contra nossas conquistas. Não conte às pessoas mais do que elas precisam saber. Na verdade, a maioria delas não tem que saber nada sobre nós.

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Imagem de capa meramente ilustrativa: cena do filme “Dormindo com o Inimigo”

Texto publicado originalmente em Prof Marcel Camargo

O melhor presente para as crianças é o tempo.

O melhor presente para as crianças é o tempo.

Tempo, esse é o nome do melhor presente para as crianças. Não é vendido em lojas de brinquedos ou online. Somente nós podemos dar-lhes esse presente, como em nossa disposição de estar ciente de que uma história não pode ser lida em 2 minutos.

Dedicar tempo às crianças não significa deixar o celular, dar-lhes o tablet ou conectar a televisão ao seu canal favorito. Isso não é educação.

A infância é uma das etapas mais importantes da vida, na qual o tecido da nossa evolução está entrelaçado. Assim, as crianças estão imersas em milhares de mudanças que às vezes os adultos nem percebem e que, portanto, perdemos se não estamos atentos.

“A pressa é negativa, não explicar as coisas com calma pode levar a mal-entendidos. Você tem que criar o clima para as crianças fazerem perguntas e dar tempo para que tudo seja arredondado e não haja falhas. Qualquer sujeito que conte com calma e entusiasmo capta o interesse das crianças. Mas para isso você tem que viver, acredite. Tudo fica dentro se você não tem tempo para tirá-lo ” -Ana Etchenique-

Parentalidade lenta, amadurecimento lento

Educar e compartilhar momentos “lentamente” significa respeitar seus ritmos, dando-lhes espaço para se desenvolverem, sem pular etapas, crescendo e evoluindo sem o estresse e a exigência que geramos em torno deles.

Essa perspectiva educacional é baseada na filosofia lenta, que manifesta a necessidade de privilegiar um ritmo de vida mais calmo, promovendo assim a maturidade, a evolução e a criação de vínculos a partir da progressão natural da criança, sem pressa.

Isto é obtido apoiando a criança em cada passo, não forçando seus estágios evolutivos e oferecendo oxigênio psicológico à sua educação, marcando cada pequeno aprendizado e demonstrando afeto.

Que a pressa não roube a magia da infância

A pressa é a inimiga da perfeição. Ela é responsável ​​por roubar os momentos mais preciosos e os mais maravilhosos detalhes da magia da infância. Agora, se pararmos para pensar, talvez possamos remediar isso.

Deveres… arrumar o quarto, tomar banho, futebol aos seis anos, aniversários para ir, jantar às dez … O dia todo é corrido… O que queremos alcançar com isso? Nossos filhos estão gostando? Estamos conscientes do que estamos perdendo e do que estamos fazendo com que eles percam?

Provavelmente não. Devemos fazer o exercício de refletir se oferecemos tempo aos nossos filhos, se brincarmos com eles o suficiente e se organizarmos o seu dia a dia reservando momentos em que nos dedicamos exclusivamente a eles e a nós em conjunto.

Assim, é importante que:

  • Deixe de lado a correria da primeira hora do dia, acorde as crianças com carinho e ofereça um café da manhã de amor com tranquilidade.
  • Prove cada refeição com eles sem distrações como televisão ou revistas. Podemos brincar de ver, podemos falar sobre coisas cotidianas e aprofundar a expressão de sentimentos e emoções.
  • É bom preservar “momentos de sigilo” nos quais falaremos apenas sobre nossas coisas com total sinceridade.
  • Podemos fazer excursões para lugares tranquilos, paisagens naturais e ambientes que nos convidam a explorar e experimentar juntos.
  • É bom tomar um banho calmo de vez em quando em vez de tomar banho com pressa.
  • É essencial deixá-los escolher, porque às vezes marcamos o seu dia a dia e boicotamos seus desejos, expectativas e decisões.
  • Desligue os celulares e todos os dispositivos eletrônicos que, como sabemos, absorvem nossa atenção.
  • Ocasionalmente podemos ficar em qualquer lugar da casa e não fazer absolutamente nada.
  • Encontre jogos que melhorem sua criatividade, sua inteligência e sua capacidade de sentir.

Não deixemos que a criação de nossos filhos seja marcada pela pressa ou maus hábitos que existem hoje. O melhor presente não é o centro de comando dos desenhos de moda ou os mais recentes bonecos da Disney. O melhor presente é compartilhar com eles o bem mais precioso que existe na vida e que nunca retorna: o tempo.

Tradução feita pela CONTI outra, do original de Rincon del Tíbet

Mulheres que ficam solteiras ou se divorciam são as mais saudáveis

Mulheres que ficam solteiras ou se divorciam são as mais saudáveis

Por Bella DePaulo

Um recente estudo mostrou evidências de que pessoas que ficam solteiras ao invés de se casar, ou que se divorciam ao invés de ficarem casadas têm mais chances de serem saudáveis.

Pesquisadores sobre casamento têm insistido por décadas de que pessoas casadas são mais saudáveis, e são mais saudáveis porque são casadas.

Se isso fosse verdade, então as pessoas que se casaram deveriam se tornar mais saudáveis do que quando eram solteiras, e pessoas que se divorciam deveriam ser menos saudáveis do que quando eram casadas. A crença de que o casamento protege a saúde tem sido questionável.

Em um novo estudo, mais de 79 mil mulheres foram analisadas por um período de mais de três anos enquanto não-casadas, casadas ou em um relacionamento que parecia casamento, permaneceram casadas ou se divorciaram/separaram. Essas mulheres tinham idades entre 50 e 79 anos, e foram recrutadas de 40 lugares diferentes dos EUA. Todas já tinham passado da menopausa. Viúvas não foram incluídas.

A maioria dos estudos sobre saúde se baseiam nos relatos dos próprios participantes, mas não foi o caso desse estudo em particular. Foram analisados pressão sanguínea, circunferência da cintura, índice de massa corporal entre outros dados. As participantes ainda relataram seus hábitos com bebida alcóolica, cigarro, exercícios e alimentares.

O que aconteceu com as solteiras que se casaram:

– O IMC aumentou;
– Elas começaram a beber mais;
– A pressão sanguínea sistólica aumentou.

O que aconteceu com as mulheres casadas que se divorciaram ou separaram, em comparação com as que permaneceram casadas:

– O IMC diminuiu;
– A circunferência da cintura diminuiu;
– Melhoria na alimentação saudável;
– Maior atividade física;
– Entre as que não fumavam antes do estudo, as que se divorciaram tinham mais chances de começar a fumar.

Em resumo: com apenas uma exceção, todas as diferenças na saúde física favoreciam as mulheres que ficaram solteiras (e não se casaram) e as que se divorciaram (ao invés de permanecerem casadas).

Os pesquisadores se perguntaram se a perda de peso nas mulheres que se divorciaram poderia ser resultado de stress e fadiga emocional, ao invés de ser resultado da tentativa de ser mais saudável.

Eles mediram o bem-estar emocional das mulheres, a funcionalidade social e os níveis de depressão e viram que nada mudou nas análises. As melhorias na saúde aconteceram porque elas quiseram ser mais saudáveis.

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Texto originalmente publicado no Psychology Today , livremente traduzido e adaptado pela equipe Revista Bem Mais Mulher

Filhos que são amados tornam-se adultos que sabem amar

Filhos que são amados tornam-se adultos que sabem amar

Nossas primeiras experiências com o mundo marcam nosso desenvolvimento emocional. Na infância, uma rede que conecta nossa mente e nosso corpo está entrelaçada, o que determinará em grande parte o desenvolvimento da capacidade de sentir e amar.

Nesse sentido, nosso crescimento emocional dependerá de nossas primeiras trocas emocionais, que não ensinarão o que ver e o que não ver no mundo emocional e social em que nos encontramos.

Assim, o campo da nossa infância nos permite semear as sementes do amor de forma natural, o que determinará que a capacidade de amar e ser amado cresce de forma saudável e nos ajuda a desenvolver.

Se alimentamos as crianças com amor, os medos vão morrer de fome

Os sinais de afeto e carinho elevam a autoestima das crianças e as ajudam a construir uma personalidade emocionalmente adaptada e inteligente. Ou seja, nosso amor os ajuda a administrar os medos naturais que surgem em diferentes idades, promovendo um grau de sensibilidade saudável.

As crianças têm uma confiança natural em si mesmas. De fato, nos surpreende que, diante de desvantagens intransponíveis e fracassos repetidos, não desista. Ou seja, persistência, otimismo, auto-motivação e entusiasmo amigável são qualidades inatas.

Perceber isso nos ajuda a estar conscientes do importante papel de amar nossos filhos e educá-los a partir do respeito, da empatia, da expressão e da compreensão dos sentimentos, do controle da raiva, da adaptabilidade, da bondade e da independência.

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O que podemos fazer para criar crianças felizes e saudáveis?

O temperamento de uma criança reflete um sistema de circuitos emocionais inatos específicos no cérebro, um esquema de sua expressão emocional presente e futura e seu comportamento. Estes podem ou não ser apropriados, pelo que a educação deve tornar-se apoio e orientação para eles.

Para alcançar a saúde emocional ideal, precisamos mudar a maneira como o cérebro se desenvolve. A ideia é que, através do amor e da educação emocional, encorajamos certas conexões neuronais saudáveis.

Por exemplo, o fato de uma criança ser tímida por natureza faz com que os adultos ao nosso redor a superprotegem, deixando-o ansioso e perturbado com o tempo.

Nesse sentido, com o que conhecemos hoje, a educação emocional requer algum desaprendizado adulto. Uma criança tímida deve aprender a nomear suas emoções e encarar o que o perturba, ele não deve sentir que nós cortamos suas asas porque ele é vulnerável.

Um adulto tem que demonstrar empatia sem reforçar seus gritos e preocupações, propondo, por sua vez, novos desafios socioemocionais que lhes permitam evoluir. Ou seja, você tem que proteger sua saúde emocional através do desenvolvimento de suas características naturais.

As chaves básicas de uma educação emocional saudável

1. Especialistas geralmente recomendam que as crianças falem sobre suas emoções como forma de entender a si mesmas e aos outros. No entanto, as palavras representam apenas uma pequena parte (10%) do verdadeiro significado que obtemos através da comunicação emocional.

Por essa razão, não podemos permanecer sozinhos na verbalização, mas temos que ensiná-los a entender o significado da postura, expressões faciais, tom de voz e qualquer tipo de linguagem corporal. Isto será muito mais eficaz e completo para o seu desenvolvimento.

2. Durante anos, o desenvolvimento da auto-estima de uma criança foi promovido através de constantes elogios e reforços. No entanto, isso pode fazer muito mais mal do que bem. Os prêmios só ajudarão nossos filhos a sentirem-se bem consigo mesmos se estiverem relacionados a conquistas específicas e domínio de novas habilidades.

3. O estresse é um dos grandes inimigos da infância. No entanto, é um inconveniente que eles têm que conviver, então protegê-los em excesso é uma das piores coisas que podemos fazer. Eles têm que aprender a enfrentar essas dificuldades naturais de tal forma que desenvolvam novos caminhos neurais que lhes permitam adaptar-se ao ambiente em que vivem.

Tradução A Soma de Todos os Afetos, via Rincón del Tibet

A sabedoria dos patos

A sabedoria dos patos

Estava ouvindo na Radio Mundial de São Paulo o programa Entrevidas com o professor e terapeuta Marcello Cotrim e achei muito interessante a abordagem motivacional e metafísica que ele levantou para explicar que os patos têm uma sabedoria maravilhosa a nos transmitir. Com a leitura desse texto você nunca mais vai olhar para os patos da mesma forma.

Ele explicou fazendo um comparativo entre os arquétipos da águia e do pato, só lembrando que arquétipos são espécies de modelos mentais ou representativos e que são universais, ou seja, tanto no Brasil como em qualquer lugar do mundo, a concepção é a mesma.

A águia é um animal lindíssimo, tem força, tem resistência, tem longevidade, tem uma visão de longo alcance, voa acima das nuvens. Além disso, existe uma famosíssima lenda da renovação da águia e conta que quando chega à metade do seu tempo de vida, passa por um processo doloroso de renovação das penas, das unhas e do bico. Ela vai para as mais altas montanhas e fica lá, solitária, batendo o bico nas pedras até ele cair, depois espera pacientemente que nasça um novo. Em seguida ela arranca as penas e unhas e se prepara para um novo ciclo de vida.

Essa lenda da renovação da águia é vista por nós como o processo de sofrer para crescer, sofrer para se renovar, viver a solidão para conseguir se superar etc. etc. Se observarmos bem, o arquétipo da águia é como o de um MÁRTIR, alguém que sofre, mas que se torna maior do que as outras pessoas, se torna inesquecível. E no mundo em que vivemos, quase todos querem se tornar inesquecíveis, porque isso soa bonito, dá uma sensação imensa de ser importante, de ser insubstituível.

Porém, o risco está em querer ser águia o tempo inteiro. Isso é muito desgastante, é você se esforçar para ser sempre o melhor em tudo e alcançar patamares incomparáveis. A grande verdade é que ninguém consegue ser o melhor em tudo, e o barato da vida é exatamente esse, porque dessa forma podemos nos unir com outras pessoas, podemos pedir ajuda e fazer parcerias interessantes entende?

Essa ideia coletiva que se tem das águias reforça um perfil mais egoísta e autossuficiente, como se não precisássemos uns dos outros. É nessa hora que entra a figura do pato.

Ele é meio desengonçado na forma de andar, sabe nadar mas não é um exímio nadador, também consegue voar, mas não alcança grandes alturas, não sabe fazer voos rasantes etc. Perceba! Ele consegue transitar pela terra, pela água e pelo ar. Que animal além dele consegue fazer isso? Em outras palavras, o pato é MULTI-TAREFAS. Tem talentos diversos, mas está longe de ser um especialista em suas capacidades.

Olhar para esse animal e pegar esse modelo para a nossa vida é incrível, porque a vida não nos exige que sejamos os melhores em tudo e o tempo todo, não! Somos nós que nos auto-impomos esse padrão que por vezes chega até a nos adoecer.

No mundo hiper moderno que vivemos hoje, o ideal é que desenvolvamos nossos potenciais diversos, sem querermos ser os melhores em tudo. Isso por si só já nos deixa mais serenos, menos exigentes consigo mesmo e com uma possibilidade de ajudar muito mais pessoas.

Vale ressaltar que existem águias em todas as áreas da vida e em todas as profissões, mas não adianta ficar se comparando, porque na comparação nos menosprezamos e deixamos de fazer algo bom, que poderia ajudar a si mesmo e aos outros.

Por exemplo, eu escrevo bem, mas sei que não sou o melhor na arte da escrita. Não sou um Machado de Assis, porém, se eu não escrevesse, seria menos feliz e realizado do que sou e deixaria de levar conhecimentos e consciência para centenas de pessoas.

Gosto de jogar basquete, mas estou longe, absolutamente longe de ser um Michael Jordan ou Lebron James. Se me comparasse com esses gladiadores do basquete nem pisaria numa quadra, deixaria de me exercitar e de me divertir com esse lindo esporte.

Também gosto de cantar e tenho uma voz afinada, mas não sou um Freddie Mercury. Se só cantasse se tivesse uma voz potente como a dele não só eu, mas milhares de pessoas no mundo todo jamais se atreveriam a cantar.

Poderia citar mais exemplos, mas com esses acho que já deu pra você entender! O resumo de tudo é isso. Faça! Não queira se comparar com as águias. Sempre existirão águias em todas as áreas, mas entre ser uma águia, perita em apenas uma coisa, e ser um pato, que se esforça para desenvolver diversos talentos, sem auto-exigência, é preferível ser como um pato!

Sem contar que os patos vivem em bandos, eles muito facilmente se organizam em equipe e não tem o pato-alfa, que lidera a todos, não! Imitando o arquétipo do pato podemos até ser amigos melhores, sem querermos ser o chefe, o comandante. Isso também é desgastante e nos coloca num lugar solitário.

Enfim! São diversos ensinamentos incríveis que aprendi ao ouvir esse programa. Espero que tenha gostado tanto quanto eu gostei. Concluo deixando o link do programa para que você ouça e tenha a possibilidade de aprender um pouco mais…

“Paninho de estimação” tem a sua importância, se você soubesse…deixaria seu filho ter um

“Paninho de estimação” tem a sua importância, se você soubesse…deixaria seu filho ter um

Um paninho, só um paninho. Ou pode ser um brinquedo, ou uma simples coberta. Praticamente qualquer outro objeto pode ser uma importante fonte de valor sentimental para crianças pequenas. Eles são conhecidos como de “objetos de transição”, e estas pequenas coisas ajudam o bebê a encarar as mudanças na infância.

O que são objetos de transição?

Este termo foi criado na década de 50, pelo pediatra e psicanalista Donald Winnicott. Segundo ele, o bebê no início da vida imagina que ele e sua mãe são a mesma pessoa. Logo, ter um objeto de transição significa segurança e conforto ao bebê.

Com o passar dos meses, ele vai percebendo que a mãe nem sempre pode estar presente em todos os momentos e que ele precisa exercer a sua individualidade. É por isso que os pequenos procuram apoio nesses objetos – seja um ursinho, paninho ou fralda. O pediatra Dr. Moises Chencinski também reforça que a naninha proporciona tranquilidade às crianças, já que podem vir a substituir o colo materno no imaginário infantil.

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Além de acalmar, a escolha de um item pela criança ajuda a ganhar confiança para enfrentar outros obstáculos da vida, incluindo a hora de dormir sozinho, o primeiro dia na creche e escola e etc.

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Publicado originalmente em A Soma de Todos os Afetos

Clínica veterinária abriu vaga de emprego para “abraçador de gatos”

Clínica veterinária abriu vaga de emprego para “abraçador de gatos”

Se você ama gatos e ainda não está completamente satisfeito com seu emprego, então esta é a sua oportunidade!

A clinica veterinária da Irlanda, Just Cats, está a oferecer emprego para um “abraçador de gatos”.
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E a vaga consiste em basicamente você passar o dia inteiro a acariciar gatinhos internados naquele espaço.

Segundo a clinica, a pessoa escolhida deverá ter mãos suaves capazes de acariciar gatos por longos períodos de tempo, falar suavemente e ser capaz de sussurrar para os gatos de forma a acalmar o stress de alguns dos pacientes hospitalizados.

Porém, a capacidade de compreender diferentes tipos de ronronar é uma vantagem adicional distinta, que poderá ajudar a garantir a posição.

De que é que está a espera?? Deixe já sua candidatura aqui e se prepare para passar o resto da sua vida a ser pago para dar abraços a gatinhos fofinhos!

Fonte: Portal do Animal

Série de ilustrações mostra o verdadeiro significado de amar

Série de ilustrações mostra o verdadeiro significado de amar

Amar alguém não é apenas estar junto da pessoa em momentos felizes e românticos, uma parceria é necessária quando o amor acontece. Ser companheiro em situações difíceis é uma bela demonstração de carinho e afeto.

É o que nos mostra essa série de ilustrações, com elas você pode ver o verdadeiro significado de amar.

Afinal….AMAR É….

 

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Ah…se se vocês não perceberam…a série acima foi inspirada nas ilustrações ‘Amar é…”

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Imagens: ‘De Tudo Um Pouco’

Com informações de Universo Curioso

Depois dos 50, é preciso tomar a vacina contra o herpes-zóster

Depois dos 50, é preciso tomar a vacina contra o herpes-zóster

Este artigo, escrito por Juliana Conte para o site do Dr. Dráuzio Varella, fala da importância de pessoas com mais de 50 anos serem vacinadas contra o herpes-zóster, uma doença que provoca dor intensa e, se não tratada a tempo, pode levar à morte. É preciso ficar atento: ao primeiro sinal, vá ao médico. A única maneira de se proteger contra a doença é tomar a vacina, que não está disponível nos postos de saúde do SUS, apenas em clínicas e laboratórios particulares. O preço, em São Paulo, está em torno dos 450 reais.

Leia o artigo:

Poucos sabem, mas existe uma vacina disponível no mercado que previne o herpes-zóster (cobreiro), uma doença que vai acometer uma a cada três pessoas ao longo da vida. Na prática, qualquer indivíduo que teve catapora ou contato com o seu causador, o vírus varicela zóster, pode em algum momento ter herpes zóster. Mas como o tempo de incubação é longo, mais de 60% dos casos ocorrem após os 50 anos, por isso a indicação da vacina é para pessoas a partir desta faixa etária.

O grande problema do herpes é que ele pode causar aos portadores dor intensa, que muitas vezes impossibilita movimentos simples, como vestir uma peça de roupa, deitar na cama ou até mesmo se mexer. Denominada nevralgia, essa dor pode durar de três semanas a seis meses dependendo do paciente, e exige prescrição de remédios potentes para ser atenuada. A enfermidade provoca lesões avermelhadas num único lado do corpo e pode atingir diferentes locais, como perna, coxa ou cabeça.

Aprovada pela Anvisa no ano passado, a vacina pode ser administrada mesmo que o paciente já tenha tido um episódio de herpes na vida. Segundo Eliane Tiemi Iokote, infectologista do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, é importante o paciente considerar ser vacinado, principalmente se ele possui mais de 50 anos, quando o risco de infecção é elevado. “Mesmo que a doença já tenha aparecido, vale a pena tomar a vacina, pois ajuda a reduzir a dor aguda ou crônica que costuma vir associada ao herpes.” Apesar dos benefícios, o grande entrave da vacina é o preço (ela não faz parte do calendário do SUS). Nas clínicas de São Paulo, o custo está em aproximadamente R$450.

Como toda vacina, as contraindicações são específicas. Nesse caso, os pacientes que fazem uso frequente de corticoides devem perguntar ao médico antes se podem ser imunizados ou não. Além disso, aqueles com imunidade baixa e gestantes não devem tomá-la.

Importante lembrar que existem oito vírus diferentes da família Herpes que podem causar doença em humanos. Os Herpes tipo 1 (herpes oral), 2 (herpes genital) e 3 (herpes-zóster) provocam quadros semelhantes de lesões de pele que podem reaparecer após um período variável de ausência de sintomas. A vacina é somente para o tipo 3.

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Fonte: 50emais

Sou filha de um tempo simples

Sou filha de um tempo simples

Eu sou do tempo dos bilhetinhos na sala de aula. Dos desencontros que geravam brigas homéricas com o namorado. Das filas nos orelhões na cidade em que fiz faculdade. Da falta de informação, que só era atualizada às 20 horas, com o JN. Das noites em claro ao lado da minha mãe, que não sabia por onde andavam meus irmãos. Das mesas de carteado. Dos barzinhos lotados, onde a gente tomava cerveja e ninguém ficava de olho no celular, porque ninguém tinha um.

O mundo mudou rápido, e com ele chegou o tão maravilhoso Whatsapp. Foi paixão à primeira vista. Imediatamente você escolheu uma foto muito bacana para o perfil e adicionou todos que conhecia. Ficou feliz em ser adicionado ao maior número de grupos possível e se empolgou com as mensagens cheias de significado que recebeu. A cada “plim” do celular, você tinha mais certeza de que a vida ganhava outro sentido. Reencontrou amigos distantes, tranquilizou o coração da sua mãe, ficou por dentro dos comunicados da escola do seu filho, deu folga à formalidade do telefone, adquiriu molejo para abordar o crush.

Porém, aos poucos foi percebendo que estava se tornando refém do aplicativo. As pessoas, que antes você queria sempre por perto, começaram a cobrar feedback imediato, e você, pessoa educada que é, tentou dar conta do recado. Enquanto seu marido jantava sozinho e seu filho ficava sem resposta para mais um “por que”, você digitava freneticamente dando conselhos àquela amiga que só entra em canoa furada. Enquanto permanecia online, outras mensagens chegavam e, como ainda não há um modo de ficar invisível, você perdia o jantar e os momentos preciosos ao lado daqueles que ama em prol de uma política de boa vizinhança com aqueles que estão longe.

Então sua mãe, seu pai, sua tia, seu sogro e até sua avó foram fisgados pelo Whatsapp. Você fez festa, aplaudiu, teve orgulho da turma que não se intimidou com o progresso e a tecnologia. Mas daí você descobriu que eles estavam muito mais empolgados que você. Muito mais preocupados com o mundo também. E muito, mas muito mais engajados também. E entre achar graça e se preocupar com a nova onda entre os mais velhos, você tentou passar alguma dica importante: “não é tudo que a gente compartilha…”; “nem tudo é verdade…”; “você precisa ser seletivo…” e torceu para que eles ouvissem. Por não haver regras ou etiquetas para o uso do aplicativo, muita gente fica vulnerável a boatos, correntes de ódio, informação deturpada e “palestras” de pessoas desinformadas e despreparadas.

Hoje, diante dos benefícios e prejuízos que a internet trouxe, sinto-me privilegiada por conseguir manter um pouco de sanidade diante do whatsapp e suas delícias, discórdias, angústias e recompensas. Porque nada é só bom ou só ruim. O importante é aprender a usar, sem me sentir rejeitada quando a mensagem é visualizada e não respondida; sem me sentir cobrada toda vez que ouço o “plim” do celular; sendo seletiva e cuidadosa com as informações que compartilho; silenciando os grupos que participo para que o excesso de mensagens não me canse; sendo menos ansiosa à espera de respostas importantes.

Está na hora de mostrar ao Whatsapp quem é o dono da situação. Não quero ser dependente de suas notificações; submissa à sua urgência; obediente às suas ordens; desassossegada perante suas inconstâncias; crente em sua capacidade de substituir um contato físico, um olhar, uma certeza. Também quero ter meus momentos de quietude, longe de todos e perto de mim. Quero a liberdade de atrasar uma hora ou dez para me decidir, sem ser denunciada pelo momento em que estive online pela última vez. Quero a tranquilidade de desconhecer o momento em que fui lida, para não criar histórias mirabolantes dentro de mim só porque a resposta se atrasou. Quero a paz planejada de um estado offline sem que isso me cause mais angústia, e o encontro com uma caixa de mensagens vazia sem que isso me cause qualquer desconforto.

Sou filha de um tempo simples, em que a conta de telefone custava caro, e a gente escrevia cartas enormes para os amigos nas férias. As fotografias eram reveladas depois que o filme de 36 poses acabava, e as músicas eram gravadas em fitas, que a gente presenteava quem amava. Tudo era mais difícil, mais demorado, mais suado… mas a gente era dono da própria situação. Se tinha que resolver um assunto, era olho no olho, cara a cara. Se queria dar um tempo, vestia um pijama e esquecia. Era preciso mais paciência com as demoras, mas havia uma liberdade, uma possibilidade de não ser encontrado, uma alegria no anonimato e um respeito pela própria ordem interna que recompensavam todo o resto.

Quero aproveitar as ferramentas que o novo mundo me dá, mas preservar minha liberdade, o tempo que tenho com aqueles que estão perto, a necessidade de ficar sozinha, o direito de esquecer o celular por alguns instantes, a paz de não querer ter razão, a possibilidade de me relacionar sem a ajuda de emojis e a satisfação de não me viciar à conexão virtual. Como diz um amigo meu: “Menos internet, mais cabernet”…

Fique sozinha um tempo antes de se imaginar inteira na vida de alguém

Fique sozinha um tempo antes de se imaginar inteira na vida de alguém

Você já considerou ficar sozinha um tempo? Para aprender mais sobre você, para conhecer novas ideias, para permitir florescer novos sentimentos, para selecionar com mais calma quais coisas e pessoas combinam com você.

Talvez você não precise dessa pressa toda que a vida coloca para a gente ter alguém. É quase impossível existir uma relação saudável que nasça da urgência em não querer ficar só. O tempo está aí para você aproveitar. Cuide-se mais, ame-se mais. Seja inteira por e para você antes de qualquer entrega. E através do amadurecimento emocional que você vai adquirir com esse intervalo de expectativas, é bem provável que o futuro te envolva em reciprocidade e honestidade. Mas nunca antes de você elevar a sua autoestima, a sua disposição em ajudar-se.

Esqueça isso de estar ficando para trás porque não tem um relacionamento estável e duradouro. Não se compare com outras relações, com outras escolhas. Trilhe o seu caminho da forma mais fiel que puder, e de acordo, sempre, com as intenções e pensamentos que te despertam equilíbrio interno.

Não tenha vergonha ou medo de ficar sozinha. É um ato de coragem se escolher assim, principalmente durante um tempo. Porque quando você estiver sozinha, você entenderá o valor das coisas. Você perceberá o quanto pode ser frágil o laço de um relacionamento e que é justamente por causa disso que a sua inteireza não tem a obrigação fazer parte de qualquer um que apareça.

Fique sozinha um tempo antes de se imaginar inteira na vida de alguém. Assuma esse compromisso de evoluir os seus vários eus até que encontre o melhor ou o mais próximo da versão que você entende como sendo a certa para você.

Não te curto mais.

Não te curto mais.

É isso mesmo. Não te curto mais. Como o nosso relacionamento já está desgastado há algum tempo, esse post não vai ser uma surpresa. Sou do tempo em que se escreviam cartas quando faltava coragem nos momentos de decisão. O frio na barriga ao ver o nome do remetente. Essa coisa de postagem é muito prática, mas não surte o mesmo efeito. Por exemplo, já tentou bater o telefone na cara de alguém com o celular? Ridículo, não é?

A verdade é que a rotina desgastou o que não houve entre nós. Isso mesmo. Nunca houve algo real entre nós. Talvez um interesse temporário motivado pelas nossas diferenças. Uma mulher low profile e um bon vivant. Se tivéssemos publicado o status do nosso relacionamento ele seria “em um relacionamento instável”. O que eu vi em você? E aquela mania de sugerir que eu fizesse novas amizades? Era irritante. Qual o problema em ter poucos amigos? Pelo menos eu sabia que tinha vínculos afetivos reais com as pessoas do meu grupo restrito.

Tá bom, confesso que no início tudo era novidade. Eu me sentia tão validada. Você sempre perguntava o que eu estava pensando ou sobre os meus sentimentos. Como você adivinhava as minhas preferências tão perfeitamente? Enfim, um romance que tinha tudo para dar certo. Só que não deu. Cansei, sei lá. Fique sabendo que tem outros bem mais interessantes que você. Manter a nossa relação só para ser lembrada de todos os aniversários dos meus conhecidos não é digno. Não posso fazer isso com você.

Eu sei que as palavras parecem muito duras, mas provavelmente você não vai nem se dar conta da minha ausência. Só fui mais uma a ser atraída para sua rede. Afinal, quantas pessoas sabiam que mantínhamos uma relação? Acho que por volta de umas 150… 200, não lembro. Do seu lado são bem mais pessoas, eu sei. Vamos confessar que da sua extensa lista você tem contato próximo com no máximo uns 20… 30, ok? Não adianta tentar me enganar.

Há, tem mais uma coisa. Eu não vou sentir falta daquela sua mania de pedir fotos recentes minhas. O que era isso? Agora a minha imagem vai ficar só na sua lembrança. Afinal, quem não valoriza o contato acaba deletado.

Quem sabe conseguimos ficar amigos agora que não vou mais aparecer no seu story. Pensando bem, eu podia te administrar. Te manter na reserva para alguma emergência. Você tem essa coisa boa de estar sempre me informando sobre o que está acontecendo ao meu redor. Isso é mágico. Nem quando alcanço o mais profundo estado de meditação consigo receber esses insights. Será que consigo ficar muito tempo desconectada de você?

Melhor terminar por aqui senão acabo mudando de ideia. A única coisa que tenho certeza é que o que vivemos juntos jamais será apagado. A nossa conexão foi muito especial. Agora cabe a cada um seguir seu caminho. Sem mágoas. Saiba que mesmo que eu venha a me relacionar com outro, aprendi muito com você. Tanto que vou compartilhar esse momento com todos. Sem restrição.

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