13 filmes para quem não engole o racismo

13 filmes para quem não engole o racismo

“Quando crescer, todos os dias você verá brancos ludibriando negros, mas deixe-me dizer uma coisa, e nunca se esqueça disso: sempre que um branco trata um negro desta forma, não importa quem seja ele, o seu grau de riqueza ou a linhagem de sua família, esse homem branco é lixo.”- Citação do filme “o Sol é para Todos”

Uma lista para pessoas lúcidas e esclarecidas. Uma lista que nos faz crescer.

Josie Conti

1-  Bem-vindo a Marly-Gomont (Bienvenue à Marly-Gomon)

1975. Seyolo Zantoko (Marc Zinga) é um médico que acabou de se formar em Kinshasa, capital do seu país natal, o Congo. De lá, ele decide partir para uma pequena aldeia francesa, um vilarejo que lhe deu uma imperdível oportunidade de trabalho. Com a sua família ao seu lado, Zantoko embarca na maior jornada de sua vida, onde precisará vencer o preconceito e as barreiras culturais para vencer.

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2-  Viver sem endereço ( Shelter)

Dois moradores de rua, Tahir (Anthony Mackie) e Hannah (Jennifer Connelly) de Nova York vivem rodeados por desespero, perigos e incertezas. Eles acabam se conhecendo e se apaixonando. Tahir e Hannah encontram consolo e força e, aos poucos,  contam um ao outro como foram parar nesta situação de dificuldade, e percebem que juntos podem tentar construir uma vida melhor.

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3- O mordomo da Casa Branca ( The Butler)

1926, Macon, Estados Unidos. O jovem Eugene Allen vê seu pai ser morto sem piedade por Thomas Westfall (Alex Pettyfer), após estuprar a mãe do garoto. Percebendo o desespero do jovem e a gravidade do ato do filho, Annabeth Westfall (Vanessa Redgrave) decide transformá-lo em um criado de casa, ensinando-lhe boas maneiras e como servir os convidados.  Eugene (Forest Whitaker) cresce e passa a trabalhar em um hotel ao deixar a fazenda onde cresceu. Sua vida dá uma grande guinada quando tem a oportunidade de trabalhar na Casa Branca, servindo o presidente do país, políticos e convidados que vão ao local. Entretanto, as exigências do trabalho causam problemas com Gloria (Oprah Winfrey), a esposa de Eugene, e também com seu filho Louis (David Oyelowo), que não aceita a passividade do pai diante dos maus tratos recebidos pelos negros nos Estados Unidos.

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4- Raça (Race)

Cinebiografia de Jesse Owens (Stephan James), atleta negro americano que ganhou quatro medalhas de ouro nas Olimpíadas de Berlim, em 1936, superando corredores arianos em pleno regime nazista de Adolf Hitler.

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5- 12 anos de escravidão  (12 Years a Slave)

1841. Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor) é um escravo liberto, que vive em paz ao lado da esposa e filhos. Um dia, após aceitar um trabalho que o leva a outra cidade, ele é sequestrado e acorrentado. Vendido como se fosse um escravo, Solomon precisa superar humilhações físicas e emocionais para sobreviver. Ao longo de doze anos ele passa por dois senhores, Ford (Benedict Cumberbatch) e Edwin Epps (Michael Fassbender), que, cada um à sua maneira, exploram seus serviços.

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6- Histórias Cruzadas (The Help)

Jackson, pequena cidade no estado do Mississipi, anos 60. Skeeter (Emma Stone) é uma garota da sociedade que retorna determinada a se tornar escritora. Ela começa a entrevistar as mulheres negras da cidade, que deixaram suas vidas para trabalhar na criação dos filhos da elite branca, da qual a própria Skeeter faz parte. Aibileen Clark (Viola Davis), a emprega da melhor amiga de Skeeter, é a primeira a conceder uma entrevista, o que desagrada a sociedade como um todo. Apesar das críticas, Skeeter e Aibileen continuam trabalhando juntas e, aos poucos, conseguem novas adesões.

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7- O Sol é para Todos (To Kill a Mockingbird)

Jean Louise Finch (Mary Badham) recorda que em 1932, quando tinha seis anos, Macomb, no Alabama, já era um lugarejo velho. Nesta época Tom Robinson (Brock Peters), um jovem negro, foi acusado de estuprar Mayella Violet Ewell (Collin Wilcox Paxton), uma jovem branca. Seu pai, Atticus Finch (Gregory Peck), um advogado extremamente íntegro, concordou em defendê-lo e, apesar de boa parte da cidade ser contra sua posição, ele decidiu ir adiante e fazer de tudo para absolver o réu

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8- Tempo de Matar (A Time To Kill)

Em Canton, no Mississipi, dois brancos espancam e estupram uma menina negra de dez anos. Eles são presos, mas quando estão sendo levados ao tribunal para terem o valor da sua fiança decretada o pai da garota (Samuel L. Jackson) decide fazer justiça com as próprias mãos e mata os dois na frente de diversas testemunhas, além de acidentalmente ferir seriamente um policial. Ele é preso rapidamente, mas a cidade se torna um barril de pólvora e, além do mais, a defesa tem de se defrontar com um juiz que não permite que no julgamento se mencione a razão que fez o pai cometer o duplo homicídio, pois o julgamento é de assassinato e não de abuso.

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9- Selma- uma luta pela igualdade (Selma)

Cinebiografia do pastor protestante e ativista social Martin Luther King, Jr (David Oyelowo), que acompanha as históricas marchas realizadas por ele e manifestantes pacifistas em 1965, entre a cidade de Selma, no interior do Alabama, até a capital do estado, Montgomery, em busca de direitos eleitorais iguais para a comunidade afro-americana.

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10- Cidade de Deus

Buscapé (Alexandre Rodrigues) é um jovem pobre, negro e muito sensível, que cresce em um universo de muita violência. Buscapé vive na Cidade de Deus, favela carioca conhecida por ser um dos locais mais violentos da cidade. Amedrontado com a possibilidade de se tornar um bandido, Buscapé acaba sendo salvo de seu destino por causa de seu talento como fotógrafo, o qual permite que siga carreira na profissão. É através de seu olhar atrás da câmera que Buscapé analisa o dia-a-dia da favela onde vive, onde a violência aparenta ser infinita.

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11- Cidade de Deus 10 anos depois

Como o próprio título já diz, resgata os dez anos passados desde o lançamento de Cidade de Deus (2002), longa de Fernando Meirelles e Kátia Lund que recebeu quatro indicações ao Oscar. Procura mostrar as transformações vividas pelos atores do longa na última década. Deram entrevistas atores como Seu Jorge, Alice Braga, Leandro Firmino da Hora, Darlan Cunha, Roberta Rodrigues, dentre outros.

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12- Mandela- o caminho para liberdade (Mandela: Long Walk to Freedom)

nspirado na autobiografia de Nelson Mandela, lançada em 1994, o filme retrata todo o percurso traçado pelo líder sul-africano a partir de seu próprio ponto de vista, desde a sua infância, vivendo em uma pequena aldeia rural, até a eleição democrática ao cargo de Presidente da República da África do Sul. Em uma luta constante pelo fim do apartheid no país, Mandela (Idris Elba) chegou a passar 27 anos em cárcere pelo que acreditava.

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 Green Book: O Guia

Green Book é um filme de comédia dramática estadunidense acerca de uma turnê na região de Deep South, nos Estados Unidos, feita pelo pianista de jazz clássico Don Shirley (Mahershala Ali) e Tony Vallelonga (Viggo Mortensen), um segurança ítalo-americano que trabalhou para Shirley como motorista e segurança. Dirigido por Peter Farrelly, o roteiro foi escrito por Farrelly, Brian Hayes Currie e Nick Vallelonga, baseado nas entrevistas de seu pai e de Shirley, além das cartas que foram enviadas à sua mãe.[4] O título do filme foi influenciado pelo livro The Negro Motorist Green Book, informalmente chamado de Green Book, que se tratava de um guia turístico para viajantes afro-americanos, escrito por Victor Hugo Green para ajudá-los a encontrar dormitórios e restaurantes favoráveis.

Nota da página: após a publicação dessa matéria eu já ouvi ( e compreendi) algumas críticas sobre o filme no que se refere a posição, mais uma vez, de que existiria um “heroi branco” no filme e isso desabonaria o filme na lista. Assim, o filme também teria conteúdo racista. Eu, particulamente, acho que existem cenas muito ricas que ainda fazem valer, e muito, o tempo investido para ver o longa. Como sempre deve ser, sugiro que tenhamos uma leitura crítica da obra e de seus pontos fortes e fracos!

13- What Happened, Miss Simone?

A vida da cantora, pianista e ativista Nina Simone (1933-2003). Usando gravações inéditas, imagens raras, diários, cartas e entrevistas com pessoas próximas a ela, o documentário faz um retrato de uma das artistas mais incompreendidas de todos os tempos.

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Green Book teve estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Toronto, em setembro de 2018, onde foi galardoado com o People’s Choice Award, que premia os filmes mais populares entre os festivais. Em 16 de novembro de 2018, foi lançado teatralmente nos Estados Unidos por intermédio da Universal Pictures. O filme recebeu aclamação generalizada, cujas avaliações reconheceram prosseguidamente as atuações de Mahershala Ali e Viggo Mortensen. Além disso, foi escolhido pelo National Board of Review como o Melhor Filme de 2018, e entrou para um dos Melhores Dez Filmes selecionados pelo American Film Institute. Recebeu, ainda, indicações para o Prémios Globo de Ouro de 2019 nas categorias de Melhor Filme de Comédia ou Musical, Melhor Ator em Filme de Comédia ou Musical(Mortensen), Melhor Ator Coadjuvante (Ali), Melhor Direção e Melhor Roteiro.

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Seleção: Josie Conti. Imagens divulgação. Com sinopses de Adoro Cinema e Wikipedia

 

Jung e a Astrologia

Jung e a Astrologia

Muitos se perguntam qual seria a ligação de Jung com a astrologia. A verdade é que existe uma intensa ligação.

Para desenvolver o conceito de sincronicidade, Jung se debruçou no estudo do I Ching, mas conforme relata precisou da astrologia, pois esta oferecia uma forma de avaliação mais exata (Jung, 2012).

Seu interesse era tão intenso, a ponto de sua segunda filha, Gret Baumann-Jung, tornar-se a mais famosa astróloga de Zurique e professora de astrologia. No artigo escrito por ela, intitulado O Horóscopo de Jung, publicado pela revista Planeta número 35-A (dedicada ao Centenário do Nascimento de Jung) – Editora Três, São Paulo, 1975:

“Novamente vemos como ele foi fiel ao seu horóscopo. Pouco antes de sua morte, falávamos sobre horóscopos e meu pai notou: O engraçado é que essa coisa danada funciona até mesmo depois da morte. E de fato, logo após sua morte o MC em progressão fez um trígono exato com Júpiter nativo. Num momento como esse pode-se ficar famoso. Seu livro Memórias, Sonhos, Reflexões, então recém-publicado, tornou-se um best-seller.”

Em muitas cartas Jung confessa seu interesse pela Astrologia, como se pode observar em uma carta enviada a Freud em maio de 1911:

“No momento incursiono pela Astrologia, que se revela indispensável para a perfeita compreensão da mitologia. Há coisas realmente maravilhosas e estranhas nesses domínios obscuros. As plagas são infinitas, mas não se preocupe, por favor, com minhas erráticas explorações. Hei de, em meu regresso, trazer um rico despojo para o conhecimento da alma humana. Por longo tempo ainda tenho de me intoxicar de perfumes mágicos a fim de perscrutar os segredos que se ocultam nas profundezas do inconsciente.”

A linguagem é toda simbólica e mitológica, o que foi um prato cheio para Jung compreender ainda mais sobre as camadas subjetivas da psique inconsciente tanto individual quanto coletiva.

Em 12 de Junho de 1911 Jung escreve:

“Prezado Professor Freud, minhas noites são, em grande parte, tomadas pela Astrologia. Faço cálculos, com horóscopos a fim de encontrar pistas que me conduzam ao âmago da verdade psicológica. Há coisas notáveis que certamente não lhe parecerão dignas de crédito. O cálculo da posição dos astros, no caso de uma senhora, indicou um quadro caracterológico perfeitamente definido, com numerosos detalhes biográficos que, todavia, não se aplicavam a ela, mas à mãe dela, a quem as características assetavam como uma luva. E a senhora em questão, sofre de um extraordinário complexo de mãe. Atrevo-me a dizer que a Astrologia se poderá ainda descobrir um dia uma boa parcela de conhecimento que foi intuitivamente projetada nos céus. Há indícios, por exemplo, de que os signos do zodíaco são imagens caracterológicas ou, em outras palavras, símbolos libidinais que representam as qualidades da libido num determinado momento. Cordialmente, JUNG”

Para Jung, era muito clara a ligação do mapa natal com a personalidade. Ele observou que a astrologia consistia de imagens míticas poderosas e a de que forma essas imagens se relacionavam e afetavam a psique do individuo.

Para o Astrólogo André Barbault, Jung escreve:

“Existem muitos exemplos de notáveis analogias entre constelações astrológicas e eventos psicológicos ou entre o horóscopo e a disposição geral do caráter. É até mesmo possível prever até certo ponto, o efeito físico de um trânsito astrológico. Podemos esperar, com considerável certeza, que uma determinada situação psicológica bem definida seja acompanhada por uma configuração astrológica análoga. A astrologia consiste de configurações simbólicas do inconsciente coletivo, que é o assunto principal da psicologia; os planetas são deuses, símbolos dos poderes do inconsciente”

Existem correspondências, inclusive, apontando a forma como a utilizava o mapa natal em análise, especialmente com clientes com as quais tinha um entendimento difícil do processo.

Em uma carta para o Professor B V. Raman, de setembro de 1947, ele diz:

“Como sou psicólogo, estou principalmente interessado na luz particular que o horóscopo derrama sobre certas complicações existentes no caráter. Nos casos de diagnóstico psicológico difícil, eu normalmente providencio um horóscopo para poder ter um ponto de vista partindo de ângulo inteiramente diferente. E digo que muitas vezes descobri que os dados astrológicos elucidam certos pontos que eu de outro modo não teria sido capaz de entender.”

A astrologia, com suas imagens míticas, permite a personificação dos arquétipos na forma do mapa natal individual.

Conforme Von Franz (1995):

“As constelações astrológicas representam o inconsciente coletivo: são imagens dos arquétipos projetadas no céu. O horóscopo natal revela uma combinação individual e específica de elementos arquetípicos – isto é, coletivos – semelhante ao caráter coletivo de fatores biológicos hereditários; mas, no indivíduo, esses traços aparecem numa combinação individual. A combinação dos astros no horóscopo indica, em boa medida, as características do indivíduo e seu destino psíquico.”

Mais do que uma projeção de aspectos do inconsciente coletivo, o mapa natal seria a encarnação de forças arquetípicas na vida humana.

Todas as nossas experiências psíquicas, tanto subjetivas quanto objetivas, são arquetípicas. São personalizações dos arquétipos.

As 12 casas astrológicas, no mapa astral, representam as áreas da vida humana, comum a todos os seres humanos. Em cada setor de nossa vida temos nossa forma pessoal de manifestação, pois cada casa possui uma energia, ou seja, um signo. E algumas são povoadas com planetas.

Os signos estão representados por constelações zodiacais associadas a uma imagem mitológica, assim como os planetas.

Ou seja, cada área da nossa vida contém uma imagem arquetípica, sinalizando um esforço do arquétipo para alcançar a encarnação pessoal por meio da vida humana.

Conhecer nosso mapa natal é uma forma do ego se conscientizar a respeito das energias arquetípicas que estão se manifestando em cada setor da vida. Dessa forma o ego pode colaborar ativamente para a manifestação e a realização dos arquétipos em sua encarnação pessoal.

Essa consciência traz sentido à vida, pois se trata da manifestação da nossa personalidade mais profunda que o ego.

Jung cita que a alma como Anima Mundi, a Alma do mundo, é um elemento redondo, que gira. O mapa em forma de mandala, redondo representa a roda do universo que gira ao redor de um eixo.

A forma mandalica do mapa, simbolicamente representa a totalidade da vida humana.

A Cruz contida em seu interior, representa a ligação do macrocosmo com o microcosmo (linha vertical) e a linha horizontal, a matéria e o espírito. A cruz une céu e terra. Ela é o grande mediador entre o ego e o Self.

Para finalizar, a Astrologia fez parte do interesse de Carl Jung e foi de grande importância na compreensão de aspectos psicológicos na clínica. Portanto, trata-se de uma ferramenta de análise profunda, se utilizada seriamente.

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Referências bibliográficas:

FREUD, S. A correspondência completa de Sigmund Freud e Carl G. JUNG – William McGuire (organização) – Rio de Janeiro; Imago, 1993JUNG, C.G – Letters Volume I 1906- 1950. Volume II 1951 – 1961 USA; Princeton University – 1973.

JUNG, C.G. – Aion. Petrópolis, Vozes, 2012.

JUNG, C.G. – Sincronicidade; Petrópolis. Vozes, 2012.

VON FRANZ, M. L. Os sonhos e a morte – uma interpretação junguiana. São Paulo. Cultrix, 1995.

Sem educação, os homens ‘vão matar-se uns aos outros’, diz neurocientista António Damásio

Sem educação, os homens ‘vão matar-se uns aos outros’, diz neurocientista António Damásio

O neurocientista António Damásio advertiu que é necessário “educar massivamente as pessoas para que aceitem os outros”, porque “se não houver educação massiva, os seres humanos vão matar-se uns aos outros”.

O neurocientista português falou no lançamento do seu novo livro A Estranha Ordem das Coisas, na Escola Secundária António Damásio, em Lisboa, onde ele defendeu perante um auditório cheio que é preciso educarmo-nos para contrariar os nossos instintos mais básicos, que nos impelem a pensar primeiro na nossa sobrevivência.

“O que eu quero é proteger-me a mim, aos meus e à minha família. E os outros que se tramem. […] É preciso suplantar uma biologia muito forte”, disse o neurocientista, associando este comportamento a situações como as que têm levado a um discurso anti-imigração e à ascensão de partidos neonazis de nacionalismo xenófobo, como os casos recentes da Alemanha e da Áustria. Para António Damásio, a forma de combater estes fenômenos “é educar maciçamente as pessoas para que aceitem os outros”.

Em ” A Estranha Ordem das Coisas”(editora: Temas e Debates), Damásio volta a falar da importância dos sentimentos, como a dor, o sofrimento ou o prazer antecipado.

“Este livro é uma continuação de O Erro de Descartes, 22 anos mais tarde. Em ‘O Erro de Descartes’ havia uma série de direções que apontavam para este novo livro, mas não tinha dados para o suportar”, explicou António Damásio, referindo-se ao famoso livro que, nos finais da década de 90, veio demonstrar como a ausência de emoções pode prejudicar a racionalidade.

O autor referiu que aquilo que fomos sentindo ao longo de séculos fez de nós o que somos hoje, ou seja, os sentimentos definiram a nossa cultura. António Damásio disse que o que distingue os seres humanos dos restantes animais é a cultura: “Depois da linguagem verbal, há qualquer coisa muito maior que é a grande epopeia cultural que estamos a construir há cem mil anos.”

O neurocientista acredita que o sentimento – que trata como “o elefante que está no meio da sala e de quem ninguém fala” – tem um papel único no aparecimento das culturas. “Os grande motivadores das culturas atuais foram as condições que levaram à dor e ao sofrimento, que levaram as pessoas a ter que fazer alguma coisa que cancelasse a dor e o sofrimento”, acrescentou António Damásio.

“Os sentimentos, aquilo que sentimos, são o resultado de ver uma pessoa que se ama, ou ouvir uma peça musical ou ter um magnífico repasto num restaurante. Todas essas coisas nos provocam emoções e sentimentos. Essa vida emocional e sentimental que temos como pano de fundo da nossa vida são as provocadoras da nossa cultura.”

No livro o autor desce ao nível da célula para explicar que até os microrganismos mais básicos se organizam para sobreviverem. Perante uma plateia com centenas de alunos, o investigador lembrou que as bactérias não têm sistema nervoso nem mente mas “sabem que uma outra bactéria é prima, irmã ou que não faz parte da família”.

Perante uma ameaça, como um antibiótico, “as bactérias têm de trabalhar solidariamente”, explicou, acrescentando que, se a maioria das bactérias trabalha em prol do mesmo fim, também há bactérias que não trabalham. “Quando as bactérias (trabalhadoras) se apercebem que há bactérias vira-casaca, viram-lhes as costas”, concluiu o neurocientista, sublinhando que estas reações são ao nível de algo que possui “uma só célula, não tem mente e não tem uma intenção”, ou seja, “nada disto tem a ver com consciência”.

E é perante esta evidência que o investigador conclui que “há uma coleção de comportamentos – de conflito ou de cooperação – que é a base fundamental e estrutural de vida”.

Durante o lançamento do livro, o investigador usou o exemplo da Catalunha para criticar quem defende que o problema é uma abordagem emocional e não racional: “O problema é ter mais emoções negativas do que positivas, não é ter emoções.”

“O centro do livro está nos afetos. A inteira realidade dos sentimentos e a ciência dos sentimentos e do que está por baixo dos sentimentos. O sentimento é a personagem central. É também central uma coisa que me preocupa muito, o presente estado da cultura humana. Que é terrível. Temos o sentimento de que não está apenas a desmoronar-se, como está a desmoronar-se outra vez e de que devemos perder as esperanças visto que da última vez que tivemos tragédias globais nada aprendemos. O mínimo que podemos concluir é que fomos demasiado complacentes, e acreditamos, especialmente depois da Segunda Guerra Mundial, que haveria um caminho certo, uma tendência para o desenvolvimento humano a par da prosperidade. Durante um tempo, acreditamos que assim era e havia sinais disso”

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Leia a instigante entrevista de António Damásio “Quando me perguntam qual é o maior cientista de sempre, respondo: na minha área, é Shakespeare”. acessando AQUI!

Fonte: Jornal Público

Fonte mais do que indicada:  Revista Prosa, Verso & Arte

O abrigo para animais abandonados do RJ que será cuidado por moradores em situação de rua que também possuem bichinhos

O abrigo para animais abandonados do RJ que será cuidado por moradores em situação de rua que também possuem bichinhos

Não raras vezes, encontramos pelas calçadas das cidades moradores em situação de rua que possuem animais de estimação. São pessoas que vivem em estado de extrema dificuldade e ainda assim escolhem dividir o pouco que têm com seus bichinhos – seja uma garrafa de água, um sanduíche, um cobertor ou ainda um papelão.

E quem mais confiável e apaixonado do que uma pessoa dessas para cuidar com amor e dedicação de um abrigo para animais abandonados?

A sacada foi do jornalista norte-americado Glenn Greenwald – famoso, inclusive, por denunciar o uso de espionagem pelo governo dos EUA no caso de Edward Snowden – e seu marido brasileiro, David Miranda. Os dois estão com uma campanha de financiamento coletivo aberta no GoFundMe, que visa arrecadar US$ 200 mil para a construção de um abrigo para animais abandonados que será cuidado por pessoas em situação de rua que possuem bichos de estimação.

O projeto trabalhará em parceria com dois grupos de voluntários: um formado por veterinários, que visa cuidar dos animais abandonados e prepará-los para adoção, e outro constituído por profissionais especializados em ajudar pessoas a sair da situação de rua, como psicólogos, assistentes sociais e educadores financeiros.

Isso porque a ideia é que os moradores em situação de rua contratados para trabalhar no abrigo fiquem empregados por lá temporariamente, até terem condição de conseguir um emprego permanente e darem sua vaga para uma outra pessoa em situação de rua que tenha o perfil. Para tanto, ao serem contratados pelo abrigo, receberão moradia temporária, roupas novas e acompanhamento necessário para sua inclusão no mercado de trabalho. Bem bacana, não?

A ideia surgiu em 2015, quando Glenn, apaixonado por animais, resolveu estudar a fundo a relação das pessoas em situação de rua com seus bichos de estimação. O trabalho do jornalista resultou em um curta-metragem sobre o assunto, chamado Birdie, e inspirou-o a lançar a campanha de financiamento coletivo para a construção do abrigo. Quer saber mais a respeito da ideia? Assista ao vídeo abaixo!

Fonte mais do que indicada!!!! The Greenest Post

“Palavras erradas costumam machucar para o resto da vida, já o silêncio certo pode ser a resposta de muitas perguntas”

“Palavras erradas costumam machucar para o resto da vida, já o silêncio certo pode ser a resposta de muitas perguntas”

Dia desses fui adicionada a um grupo no WhatsApp e, logo que entrei, uma pessoa com quem não tenho contato há pelo menos 25 anos, fez uma gracinha recordando uma passagem não muito agradável da minha adolescência. Por sorte, ninguém deu corda para o comentário da ex colega – que deve ter parado no tempo – e eu respondi com meu silêncio.

O fato trouxe à tona situações vexatórias que passei nessa fase da minha vida, em que a menina tímida, introvertida e insegura que eu era se deixava abalar por comentários maldosos, nada agradáveis, da turminha “popular” do colégio. A fase de timidez e inseguranças foi embora, e deu lugar a uma compreensão e acolhimento das angústias experimentadas.

Então me lembrei de uma frase que li certa vez, que dizia mais ou menos assim: “Quando a sua brincadeirinha constrange o outro, não é brincadeira, é desrespeito.” Assim, antes de tentar fazer graça e desejar arrancar gargalhadas de seus aliados às custas da intimidação de alguém, reflita se não é preferível o silêncio. Palavras erradas costumam ferir por muito tempo, e nem sempre quem feriu o outro se lembrará disso.

“Quem bateu, esquece. Quem apanhou, não”. Palavras mal proferidas podem cortar, ferir, machucar para o resto da vida. Temos que ser cuidadosos, principalmente quando nossa “brincadeira” intimida e constrange o outro. Igualmente nos momentos de raiva, em que agimos por impulso e falamos sem conhecer, julgamos e condenamos baseados em deduções, ofendemos e denegrimos a imagem de alguém movidos por uma ânsia cega, há que se ter prudência.

O popular conselho de contar até dez ou cem nunca foi tão verdadeiro, principalmente nessa era de hipercomunicação, em que o celular é quase um prolongamento de nossos braços, e num piscar de olhos podemos tanto mandar uma mensagem em CAPSLOCK acompanhada de emoticons raivosos num momento de ira, quanto um coração pulsante num momento de carência afetiva.

Quantas vezes recebemos comentários maldosos em nossas postagens, má interpretação de nossas palavras, julgamentos de nossa alegria, acusações maldosas de nossa euforia… e, no ímpeto, temos a tendência de responder, retrucar, sair em nossa defesa. Porém, na maioria das vezes, estaremos dando ibope para a maldade. E, confie em mim, não vale a pena. Nesse caso, a melhor defesa continua sendo o silêncio. Aprenda: isso basta.

Na dúvida, melhor distanciar e calar. Dar um tempo, uma pausa para acomodar as emoções, um banho morno e algumas orações. Colocar o celular em modo avião, baixar as persianas do quarto e da alma, reconectar-se consigo, recordar o próprio valor. E, acredite em mim, o silêncio certo pode ser a resposta de muitas perguntas!

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*Compre meu livro “Felicidade Distraída” aqui: https://amzn.to/2P8Hl2p

*A frase título desse texto é do Padre Fábio de Melo

Imagem de capa: Photo by Dalila Dalprat from Pexels

Mendigo encontrou a carteira de um milionário, devolveu e o dono o recompensou com casa e trabalho

Mendigo encontrou a carteira de um milionário, devolveu e o dono o recompensou com casa e trabalho

Um mendigo chamado Woralop, na Tailândia, viu como a sorte mudou a seu favor em um segundo. Ele estava dormindo em uma estação de metrô quando viu que um jovem deixou a carteira cair sem perceber. Sua reação, imediatamente, foi pegar a carteira, cuidar dela e depois ir e devolvê-la à polícia para que seu dono pudesse recuperá-la. Ele nunca pensou como uma ação nobre e sincera traria uma vida melhor para ele.

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Woralop encontrou a carteira de Nitty Pongkriangyos, um empresário milionário de 30 anos. Na carteira havia um cartão de crédito e mais de 20 mil baht tailandeses (quase 600 dólares) e, Woralop não tinha mais de um dólar no bolso. Quando Nitty descobriu que alguém encontrou sua carteira, ficou surpreso, porque ele não havia notado seu desaparecimento. Ele foi à polícia e ficou chocado com a pessoa que havia devolvido seus pertences.

“Fiquei realmente surpreso quando me disseram que tinham encontrado a minha carteira, porque eu não sabia que tinha perdido. Minha primeira reação foi: “Uau, se eu estivesse no seu lugar, sem dinheiro, eu teria ficado”. Mas ele era um mendigo e não tinha dinheiro, e ainda assim ele devolveu minha carteira. Isso é um sinal de que ele é uma pessoa boa e honesta. É o tipo de pessoa que precisamos em nossa equipe”. Nitty Pongkriangyos

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Em gratidão pelo que Woralop fez, Nitty decidiu oferecer-lhe uma recompensa, mas depois quis dar-lhe um emprego, além de uma casa e um bom salário. Woralop aceitou e agora está feliz com sua nova vida. Na verdade, ele agradeceu a Nitty pela oportunidade que ele lhe deu e pela gentileza.

“Ter uma cama limpa para dormir me deixa muito feliz agora”. -Woralop

Traduzido do site UPSOCL. Tradução A Soma de Todos Afetos

Este menino faz crochê, ensina online e doa para orfanatos

Este menino faz crochê, ensina online e doa para orfanatos

Jonah tem 11 anos de idade. Ele não apenas dominou a arte do crochê, ele se tornou uma lenda de mais de 130 mil seguidores no Instagram. Jonah começou a fazer crochê aos cinco anos de idade, assistindo aos tutoriais do YouTube que o fizeram aprender suas habilidades. Desde que assistiu ao primeiro vídeo, Jonah faz crochê todos os dias, entre duas e cinco horas da tarde.

Quando ele começou a compartilhar suas criações no Instagram, foi inundado com 4.000 pedidos de pessoas de todo o mundo, desesperados para ter um cachecol, chapéu ou cobertor feito por Jonah. Ele tem apenas 11 anos, e ainda tem que ir para a escola e fazer tarefas domésticas, então não foi capaz de atender todos os 4.000 pedidos, mas completou 100.

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Não bastasse, Jonah faz mais.

No início deste ano ele doou uma coleção de seus itens de crochê para o orfanato etíope de onde seus pais o adotaram, e realizou um leilão de suas criações para enviar centenas de dólares para lá também. Ah, e ele também deu muitos presentes à sua mãe – incluindo um cardigã personalizado.

Jonah está agora trabalhando em um livro sobre suas aventuras de crochê e planeja continuar experimentando novos projetos. Mas apesar do crochê sempre ser uma parte importante de sua vida, o grande sonho de Jonah é se tornar um cirurgião. “Eu não faço crochê pela fama ou pelos programas de TV”, diz Jonah. “Eu faço isso porque é uma atividade que me ajuda a relaxar. E também porque une todos ao redor do mundo.

TRADUZIDO E ADAPTADO DE METRO

Via A Soma de Todos os Afetos

 

Como a Psicologia pode ajudar a vender em uma loja virtual

Como a Psicologia pode ajudar a vender em uma loja virtual

A mente humana realmente é algo surpreende. Somo a todo instante condicionados tanto pelo nosso consciente quanto pelo nosso subconsciente.

Pense o seguinte, quando você precisa escrever um texto, ou fazer alguma conta você pensa bastante sobre o assunto, raciocina e o fez certo?

Nesse momento é o seu consciente dominando, pois você precisa raciocinar sobre como desenvolver a atividade da melhor maneira.

contioutra.com - Como a Psicologia pode ajudar a vender em uma loja virtual

Agora imagina duas situações, em uma você vai escovar os dentes, você pega a pasta, e faz a escovação diária. Você fica raciocinando em como escovar os dentes?

Aposto que não. Você automaticamente começa a escovação mecanicamente, afinal o seu subconsciente acredita que sabe como fazer.

Imagina uma outra situação, você sem querer colocou a mão em uma panela quente, você irá pensar “Nossa, essa panela está quente preciso tirar minha mão”?

Provavelmente não, ao mesmo tempo em que colocar a mão instantaneamente você a tirará após sentir queimá-la. É o seu subconsciente agindo.

Dessa maneira, empresas do mundo todo, tanto físicas quanto virtuais passaram a estudar o comportamento humano para ampliar as vendas. E os resultados? Surpreendentes.

Resumidamente, todos nós possuímos mecanismos cognitivos – também conhecidos como gatilhos mentais – responsáveis por nossas escolhas, digamos, no piloto automático.

Quais os melhores gatilhos mentais para uma loja virtual?

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Antes de falar propriamente sobre os gatilhos mentais é importante você ter em mente que o ser humano vive resumidamente para tomar decisões.

Sejam pequenas ou grandes, conscientes ou subconscientes, a todo o momento estamos tomando decisões, inclusive essa que você tomou agora para ler esse artigo.

Nesse sentido, comprar e vender produtos e serviços não seria diferente, afinal, para adquirir qualquer produto é necessária uma tomada de decisão.

Aí entra os gatilhos mentais, afinal, como você toma uma decisão tanto conscientemente quanto inconscientemente, a decisão de compras não seria diferente, correto?

Ou vai dizer que você nunca comprou nada por impulso, e depois ao racionalizar o custo-benefício se perguntou “Onde eu estava com a cabeça”?

Foi à empresa utilizando as técnicas de gatilhos mentais que certamente funcionaram.

Então se você está aprendendo a como abrir uma loja virtual, é muito importante usar a psicologia ao seu favor, para isso separamos cinco gatilhos mentais que você deve aplicar imediatamente no seu e-commerce.

1 – Urgência

Você precisa começar hoje mesmo, antes que seja tarde. Entre agora na página do seu e-commerce e não perca mais tempo.

Garanto que você correu abrir a página do seu e-commerce, correto?

Esse é o gatilho mental da urgência, afinal, é através dele que você evitará o pensamento racional da pessoa, procurando fazê-la agir por impulso.

Muitas empresas utilizam com maestria, e uma data bastante comum que é uma aplicação do gatilho de urgência é o Black Friday.

Nesse sentido, para ativar o gatilho da urgência é necessário despertar no subconsciente da pessoa que caso não tome aquela decisão AGORA irá perdê-la.

Então, quando se pensa em promoção de algum produto ele deve possuir um prazo, e quanto mais curto melhor.

2- Escassez

Vou te oferecer um treinamento por apenas R$ 199,00. É isso mesmo, mas você precisa acessar agora meu site, pois só existem duas vagas, e uma precisa ser sua.

Já está querendo adquirir meu treinamento?

Repare que nesse gatilho utilizei a urgência e a escassez ao meu favor. Afinal você tinha que pensar rápido, pois só existiam duas vagas

Nesse sentido, os gatilhos mentais de urgência e escassez são geralmente usados juntos e tem uma grande importância afinal:

  • A pessoa precisa tomar uma decisão rápida;
  • Os produtos irão se esgotar em pouco tempo;
  • O site pode sair do ar em poucos segundos;
  • Você irá ficar sem o produto caso não decida agora.

Repare que ele mexe profundamente com o seu subconsciente, tirando completamente sua capacidade de raciocínio na decisão.

Por essa razão, aplicar essa técnica na sua loja virtual ajudará sobremaneira a ampliar as vendas do seu negócio.

3 – Autoridade

Você já comprou algo de um e-commerce que não confiava? Já tomou alguma vitamina de uma marca que nunca ouviu falar?

Provavelmente não. Dessa maneira, mesmo utilizando os gatilhos mentais da urgência e escassez, você não terá resultado algum se não criar o gatilho mental da autoridade.

O gatilho da autoridade pode ser criado de diversas maneiras, a mais comum é desenvolver conteúdos pertinentes ao seu nicho colocando-se como especialista.

Para exemplificar, imagine que você venda roupas em sua loja virtual, você pode criar um e-book gratuito falando tudo, absolutamente tudo sobre as tendências da moda.

Na autoria do e-book você coloca o seu nome e denomina-se especialista em moda.

Para dar ainda mais credibilidade, nesse caso citado, você pode criar diversos artigos relacionados ao tema, e em todos colocar o seu nome denominando-se especialista em moda.

Quando oferecer o produto e buscar ativar o sentido de urgência na mente do seu cliente, e ele entrar no seu site, verá que o proprietário é o “especialista em moda”.

E, comprar uma roupa exclusiva que vai acabar em pouco tempo, com um bom preço e feita por um especialista de moda, é absolutamente fantástico, não é mesmo?

4 – Prova social

As pessoas geralmente costumam seguir outras pessoas.

Você pode observar esse comportamento em tudo na sua vida, no trabalho, nos estudos, e até mesmo nos momentos de lazer.

Desse modo, se você tem um amigo que entende um pouco de determinado assunto e precisa adquirir algo sobre aquele assunto acaba sempre o consultando, acertei?

Esse gatilho mental está absolutamente vinculado ao gatilho da autoridade, pois, muitos “entendedores” indicando o mesmo produto, tornam esse produto uma referência.

Dessa maneira, existem os influenciadores digitais. Pessoas que entendem sobre determinado assuntos e que são contratadas para fazer a divulgação do seu produto ou serviço.

Esses influenciadores, muitas vezes ganham por comissão ou conversão, e ajudam o seu e-commerce a ganhar autoridade digital.

Através dos influenciadores, as pessoas entrarão do site do “especialista” que terá um produto extremamente barato que acabará em pouco tempo.

Com tanta gente atrás desse produto, é melhor garantir logo, não é mesmo?

5 – Reciprocidade

Esse gatilho mental tem bastante particularidade com que dissemos sobre oferecer um e-book gratuito para gerar autoridade.

As pessoas são subconscientemente condicionadas a retribuir gentilezas, afinal, se alguém lhe fez um favor, você procura todos os meios de retribuir esse favor.

Logo, quanto mais o seu e-commerce fizer pelas pessoas, mais elas retribuirão a gentileza, comprando o seu produto.

Nesse momento existem as chamadas iscas digitais, que podem ir desde simplesmente ganhar um e-book em troca de um e-mail, quanto um brinde exclusivo.

É importante definir bem a estratégia da reciprocidade para passar realmente a impressão de gentileza para o seu cliente.

Nesse ínterim, quanto mais gentilezas você fizer, mais as pessoas vão retribuir.

E quando a gentileza vem de uma autoridade no assunto, indicada por inúmeros entendedores, e ainda tem um produto barato e exclusivo para oferecer, não dá pra resistir.

Entendeu a psicologia?

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Sabendo usar muito bem esses cinco gatilhos mentais, certamente a sua loja virtual começará a dar um salto em relação ao seu concorrente

Todavia, existe na internet hoje muitas pessoas trabalhando intensamente os gatilhos mentais para conversão de seus produtos.

Sendo que, alguns setores encontram-se bastante saturados de “autoridades no assunto”.

Dessa maneira, usar a criatividade aplicando os gatilhos mentais faz toda a diferença, inclusive, participando de cursos sobre o assunto.

Então se você está começando no universo digital, certamente precisará se aprofundar no assunto para usar a psicologia a favor da sua loja virtual.

 

Jovens brasileiras criam dispositivo que detecta ao menos 15 doenças através do sopro (diabetes e pneumonia estão entre elas)

Jovens brasileiras criam dispositivo que detecta ao menos 15 doenças através do sopro (diabetes e pneumonia estão entre elas)

Duas irmãs da cidade de Feira de Santana, na Bahia, criaram um dispositivo que detecta ao menos 15 tipos de doenças a partir do sopro. O OrientaMed, que funciona como uma espécie de bafômetro, surgiu a partir de pesquisas das estudantes Júlia, 26 anos, e Nathália Nascimento, 31.

O aparelho entrega o resultado em 5 minutos e pode facilitar a triagem de várias doenças infecciosas, como pneumonia, e crônicas, como gastrite e diabetes, tudo a partir de um único sopro. As doenças são detectadas com a análise dos gases exalados pelos usuários.

O OrientaMed foi desenvolvido inicialmente por meio de aplicações de inteligência artificial de um trabalho científico de Nathália, que atualmente faz doutorado em Computação. A pesquisa resultou na criação da startup AinBio, fundada pelas irmãs e pelo biotecnologista Rheyller Vargas, que ingressou no projeto durante um hackathon disputado pela equipe.

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Júlia Nascimento, Rheyller Vargas e Nathália Nascimento estão à frente da AinBio

Atualmente, o trio busca parcerias com hospitais para oferecer uma alternativa de detecção de doenças ainda mais ampla e escalonar a produção do produto. Para conhecer melhor a startup AinBio e o OrientaMed, clique aqui.

Fonte indicada:  SIMI

Eu vou te ensinar a valorizar a si mesmo, meu filho, porque você é a coisa mais linda do mundo

Eu vou te ensinar a valorizar a si mesmo, meu filho, porque você é a coisa mais linda do mundo

Eu vou te ensinar a valorizar-se, meu filho, eu vou fazer com que perceba que você é digno deste mundo, que você pode realizar os sonhos que você quiser porque seus pés são fortes e sua mente é livre alcançar qualquer coisa e também para tocar os seus dedos nas estrelas. Eu lhe ensinarei a humildade, meu filho, mas também a grandeza daqueles corações que sabem respeitar a si mesmos.

Essa mensagem, essa ideia, é algo que todos nós, mães, pais e educadores, geralmente temos em mente. No entanto, como Wayne Dyer nos explicou no livro “Your Erroneous Zones”, quando você se ama o suficiente, a desaprovação de alguém não é algo que nos preocupa. Isso, como adultos, sabemos muito bem, no entanto, não é o mesmo no caso das crianças.

“O amor-próprio é o ponto de partida do crescimento da pessoa que sente a coragem de assumir a responsabilidade por sua própria existência” -Viktor Frankl-

Além do que podemos pensar, não é fácil promover um bom autoconceito ou uma autoavaliação forte e saudável de que toda criança deve começar a construir muito cedo. Não é, em primeiro lugar, por uma razão muito simples: se mamãe e papai não se valorizam, eles semearão fraquezas e inseguranças no coração de seus filhos.

Eu vou te ensinar a valorizar a si mesmo, eu vou cuidar de mim como uma pessoa para transmitir meus pontos fortes

Algo que sem dúvida comentamos muitas vezes em nosso espaço, é que você investe no seu bem-estar, na sua saúde emocional, no seu crescimento pessoal. Se você é feliz, você vai dar felicidade. Se você sabe como dar felicidade, você dará ao mundo homens e mulheres fortes.

A tarefa e o esforço valem a pena.

E saber corrigir nossos filhos é uma arte que nem todos os pais e mães têm. Nós nunca devemos cair na situação típica de “você quebrou outra coisa novamente, é que você é a pior criança do mundo”, “você falhou no exame porque está claro que você não é digno de matemática, seu irmão é mais estudioso do que você”.

. O reforço positivo na correção é baseado em saber como dizer à criança o que ele fez de errado e como ele pode fazer melhor.

. No reforço positivo, as comparações nunca são feitas.

Algo que devemos saber é que, em muitas ocasiões, certas palavras, frases e adjetivos, em princípio, positivos, não são úteis quando se trabalha a autoestima.

Expressões como “você é o mais bonito”, “é o cara mais inteligente do mundo” ou aquela forma de adoração, onde vemos apenas a imagem da criança e lhe dizemos “muito bom”, na verdade, essas palavras não servem pra eles.

Reforçar o reforço, aquilo que promove a autoestima e ajuda a criança a se valorizar positivamente, exige que ela seja sincera, lógica, ajustada e acima de tudo real.

Eu vou te ensinar a valorizar-se através da autonomia e responsabilidade

Para fomentar sua autoestima é imprescindível que a criança tenha responsabilidades e que aprenda pouco a pouco a ser autônoma, assim se sentirá orgulhosa de suas conquistas, de suas habilidades.

No entanto, a autonomia sempre estará em relação às suas habilidades e como elas nos mostram que são capazes de assumir com sucesso certas responsabilidades.

Isso nos será mostrado ao longo do tempo, onde nos tornaremos facilitadores habilidosos, pais sábios que sabem como e de que maneira oferecer asas, mas construindo raízes fortes por sua vez.

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Traduzido e adaptado do site Eresmamá

Contra extinção, Curitiba vai implementar “ilhas” com abelhas sem ferrão em seus parques públicos

Contra extinção, Curitiba vai implementar “ilhas” com abelhas sem ferrão em seus parques públicos

Nos últimos anos, o desaparecimento das abelhas vem preocupando a comunidade científica internacional. Algumas hipóteses até ajudam a explicar o declínio – como o uso de pesticidas e a Síndrome do Colapso das Abelhas (um abandono repentino e massivo de colmeias) –, porém ainda não há uma justificativa plena sobre o assunto. No Brasil, soma-se ao problema a questão da seca, que atinge principalmente a região Nordeste.

O que pouca gente se dá conta é que, apesar de pequenas, as abelhas são consideradas importantíssimas para o equilíbrio ambiental. Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), elas são responsáveis por pelo menos um terço da produção mundial de alimentos. Sem elas, não falta apenas mel, mas também o trabalho de polinização tão essencial para a reprodução e manutenção da variabilidade genética das plantas e do equilíbrio da biodiversidade.

Em Curitiba, no Paraná, uma iniciativa promete diminuir o problema. Para promover a polinização natural na cidade, o projeto Jardins do Mel deve ser instalado em 15 parques da capital paranaense. A ideia é espalhar abelhas de espécies nativas sem ferrão. A ação também deve ter um viés educacional, com a utilização de jogos didáticos que abordem a importância da preservação dos rios, da compostagem e da prática da agricultura orgânica para a conservação das abelhas.

Cada jardim terá seis colmeias com textos e fotos sobre a espécie contida ali. Ao todo, o projeto pretende colocar 90 caixas, que imitam colmeias – cada uma delas com 500 a 2 mil abelhas. As colmeias serão protegidas para evitar depredação, mas ficarão todo o tempo abertas – desta maneira, os insetos poderão ir e vir para polinizar a mata nativa da região.

“Em cada ponto promoveremos cursos com a comunidade local e quem mais quiser participar. Estes serão eleitos os ‘guardiões do parque’, ajudando a cuidar das caixinhas e fiscalizá-las. Foi produzido também um material didático para as crianças, com jogos e brincadeiras que contam a história da cidade, conceitos de agricultura orgânica, a importância de não poluir os rios e do saneamento”, explica o agroecólogo e idealizador da iniciativa, Felipe Thiago de Jesus, que conta ainda que tem a intenção de expandir o projeto para outras cidades.

No Paraná, eles têm um reforço: recentemente, a Amamel (Associação de Meliponicultores de Mandirituba), localizada na região metropolitana de Curitiba, obteve oficialmente uma certificação do Serviço de Inspeção Federal que permite a comercialização, em locais públicos, de mel produzido por abelhas nativas sem ferrão.

Foto: Divulgação/ Barbara Becker Arquitetura.
Fonte sempre indicada!  The Greenest Post

Não importa o quanto alguém te ama, se não te respeita, não serve

Não importa o quanto alguém te ama, se não te respeita, não serve

Certamente alguns podem dizer que sem respeito não há amor, no entanto, aqui nós englobamos o amor verdadeiro e incondicional e todas as formas que se assemelham ou, pelo menos, de quem sente isso e assume como tal.

O ponto central desta conversa será o respeito como o pilar fundamental de um relacionamento, sem o qual qualquer elo se torna uma fonte inesgotável de dor. Quando não há respeito pela outra pessoa com quem temos um relacionamento, também não existe para nós mesmos. De fato, e embora seja difícil para nós digerir, as pessoas que formam casais onde o respeito está perdido têm ambos alguns problemas a serem resolvidos.

A falta de respeito dependerá dos acordos entre o casal, no entanto, há alguns que são inegociáveis e que podem entrar na lista em que classifica uma amostra de desrespeito:

. Agredir fisicamente ou emocionalmente o outro.

. Ridicularizar o casal sozinho ou na frente de terceiros.

. Menosprezar seus sonhos, projetos, atividades, etc.

. Fazer com que alguém se sinta incapaz de algum trabalho.

. Mentir ou convenientemente manipular informações.

. Subestimar a inteligência do parceiro (a), assumindo que o engano é convincente.

. Fazendo piada de uma nova oportunidade recebida, e repetindo as mesmas ações.

. Querendo controlar as ações do outro.

. Não concedendo ao outro a liberdade de reconstruir sua vida.

. Limitando os relacionamentos normais e inofensivos do outro.

. Invadindo os espaços do outro.

. Ignorando as necessidades do outro.

. Evitando a resolução de conflitos, permitindo que eles piorem gradualmente.

. Aproveitando-se do o amor e da paciência do outro.

Essa lista pode ser facilmente estendida, ainda mais quando todos veem através de seus olhos uma realidade particular. Em qualquer caso, devemos lembrar o que queremos num relacionamento afetivo. Quando motivadores e justificativas são esquecidos, podemos estar imersos em uma dinâmica nociva, sem um propósito real ou com um prognóstico que pode diferir consideravelmente, do que poderia ter nos levado a estabelecer um relacionamento.

Nós podemos nos acostumar com muitas coisas, incluindo uma relação tempestuosa, mas devemos lembrar que não somos uma árvore, não estamos presos, sem possibilidade de movimento, pelo contrário, temos a capacidade de melhorar, para estabelecer limites em nossos relacionamentos, e temos a liberdade de sair se não nos satisfazem e a possibilidade de fazer uma versão de nós que não tem nada a ver com o que podemos viver em um relacionamento onde o respeito é muitas vezes ausente.

A vida é curta para investirmos em relacionamentos que de alguma forma nos levam a ser menos do que podemos e merecemos.

***

Traduzido e adaptado do texto escrito por Sara Espejo – Rincón del Tibet

Novo desafio das redes sociais inspira pessoas a apanharem lixo por todo o Mundo

Novo desafio das redes sociais inspira pessoas a apanharem lixo por todo o Mundo

Todos os dias as redes sociais são “invadidas” com novos desafios lançados por utilizadores, sendo que alguns deles acabam mesmo por viralizar, como “Dele Alli Challenge”, que consistia em colocar a mão sobre o olho de uma forma um pouco “peculiar”, tipo isto:

 

Visualizar esta foto no Instagram.

 

#deleallichallenge tardee pero lo hice ? por cierto ignoren mi caraa!!:’v siempre fea nunca infea ;-;?

Uma publicação compartilhada por Monica_Andrade.ht (@monismurf.a_ht) em

(Parece mais fácil do que é na realidade ?)

Ou até mesmo o “What The Fluff Challenge” que consistia em “enganar” os animais de estimação escondendo-se atrás de uma manta ou lençol e desaparecendo depois, tipo assim:

Contudo, também existem outros desafios não tão divertidos quanto estes, sendo a sua maioria direcionada mais propriamente para as crianças e jovens, que resultam em situações perigosas e/ou até mesmo fatais, como o caso do “In My Feelings Challenge” que consistia em dançar uma música de Drake em cima ou ao lado de veículos em movimento, que chegou a provocar alguns acidentes.

Felizmente, recentemente um utilizador do Facebook chamado Byron Román teve a excelente ideia de publicar uma foto de antes/depois de um jovem que havia limpo uma determinada área que estava cheia de lixo, desafiando os internautas a fazerem o mesmo e a partilharem com a hastag #BasuraChallenge.

Desde então, as redes sociais têm-se enchido de fotos de pessoas por todo o Mundo que acabaram por aderir ao desafio mais ecológico que alguma vez foi criado.

Sem dúvida um desafio que devia ser aceite por todos nós ❤️ O Planeta agradece ?

Fonte indicada: Sábias Palavras

Você já é alguém e já chegou lá

Você já é alguém e já chegou lá

A vida em sociedade requer padrões para “bem viver”, e isso é normal, contudo há uma padronização nada saudável e imposta de pessoas, de hábitos, de conceitos, de tudo. A autenticidade não é bem aceita, parece. Não há normalidade em ser diferente dos demais, embora sejamos humanos singulares, mas verdadeiro desafio. Diferir dói. Ser diferente de quem dita as normas, dá as cartas no mundo e influencia pensamentos é pior ainda.

De acordo com as classes sociais de maior prestígio é determinado o que é certo ou errado, devido ou indevido na sociedade. Se meus pais – humildes desde a origem – quisessem algum dia influir na gênese dos pensamentos alheios seria sumariamente vão. E por que eles não poderiam influenciar? O motivo é bem simples: falta tostão. Nenhum deles guarda o componente do “sucesso”. Esse sim confere autoridade e respeito a alguém, e há uma fórmula bastante questionável para defini-lo.

Em algum momento da História fomos levados a acreditar que sucesso está atrelado à condição socioeconômica. A ideologia perversa que enxerga o acúmulo de riquezas acima de qualquer coisa, que classifica pessoas de acordo com o dinheiro que elas têm, que alimenta o individualismo e a postura do “cada um por si” certamente que nutriu a raiz desse pensamento frágil, assim como o surgimento de expressões aparentemente inofensivas, como a de ser “alguém na vida”. Ora, caro amigo, se não somos gente, o que somos então? É óbvio que somos alguém. Por que essa desumanização de quem não tem dinheiro e status? A quem ela serve? A quem ela prejudica? Essa ideia faz muito sucesso, mas é um crasso equívoco. Esse é um conceito raso, equivocado, forjado em preconceito. Sendo ou não místico, tendo ou não alguma fé transcendente, temos condição humana. Somos igualmente gente, igualmente alguém. Nascemos, respiramos, comemos, adoecemos, sentimos, sangramos, relacionamo-nos, morremos. De nada adianta ser rico ou pobre, a condição humana é equivalente. Somos da mesma raça.

Há uma falácia, a de que quanto mais você consome e tem, mais você será feliz. Antes até os economistas divulgavam isso, que era só estimular a compra que faríamos o desenvolvimento de qualquer país através do consumo. Além disso, acreditávamos que seríamos mais felizes também assim. Vimos com o tempo que não é dessa forma. Até alcançar o básico para viver (moradia, alimentação, segurança, saúde, por exemplo) o dinheiro ajuda a construir a nossa felicidade. Acima disso não, ele pode até aumentar os índices de depressão. Em países desenvolvidos é crescente o número de pessoas deprimidas, mesmo tratando-se de nações ricas.

A sociedade anda ansiosa e deprimida, os profissionais da área de saúde mental já alertaram. Em 2017, eram 350 milhões de pessoas deprimidas no mundo, segundo a OMS. A mesma pesquisa indicou que a cada quarenta segundos uma pessoa se mata no mundo e a cada vinte segundos uma pessoa tenta o suicídio. A correlação disso com as cobranças de padrões inatingíveis nos dias atuais é estreita. Hoje há muita opção, muita competitividade, muita exigência, culto à celebridade, famosos que não desempenham nada para ter sucesso, profissionais ricos vendendo mais obsessão pela felicidade e pelo sucesso do que a receita do trabalho gradual, árduo e honesto.

Desde que nascemos somos alguém. Não é necessário para isso nenhum sobrenome, título nobiliárquico, propriedades, futuro promissor, nada. Já somos alguém independente de tudo isso. Há a ideia de que a felicidade vem quando você chega ao lugar x. O mundo cobra-nos um desempenho e de uma maneira muito pesada. Há uma cobrança acima do que conseguimos lidar e as pessoas sentem-se muito pressionadas a desempenhar bem, e com pressa, e sempre mais, porque na idade delas já era para ter feito um monte coisas, casado, tido tantos filhos, comprado casa e carro, estar em tal emprego e com tal salário… Sempre tentando “ ser alguém” e “chegar lá”.

Entender que esse é um universo criado, e portanto paralelo, é fundamental para não alimentarmo-lo. Ele definitivamente não é saudável, é adoecedor e está adoecendo as pessoas em escala global. Psiquiatras têm alertado que ao invés de cuidar bem de nosso interior, nossa mente e nossas emoções, não fazemos isso e ficamos tentando resolver fora questões muito secundárias. Se não resolvemos questões delicadas dentro, fora ficamos vazios. Se dentro estamos oco, como construir solidez emocional ao redor? Como ter conforto existencial se não temos autoconhecimento? Devemos trabalhar nosso interior, o autoconhecimento, a compaixão, a ação benevolente no mundo. Isso tudo gerará um crescimento interno e, como consequência, resultados externos ocorrerão. E mesmo que não ocorram, estaremos felizes pois estaremos fazendo algo que é realmente valioso e útil para nós.

Não precisamos fazer coisas, realizar muitos feitos ou atingir patamares para ter valor, para sermos felizes. No Brasil há uma grande procura atual pelo coach. As pessoas têm investido mais nesse profissional do que em terapia e isso é muito sintomático, pois embora a terapia não prometa resultados rápidos e milagrosos como o coach, é um processo mais demorado, duradouro e profundo para o ser humano. Infelizmente o público é seduzido pelos “show coaches” que prometem o mundo, palestras-espetáculo com conteúdos que causam mais efeitos visuais do que a profundidade que um trabalho sério precisa ter.

Diante desse contexto de feirões da felicidade, é trabalho de gotinha ir contra o oceano bravio e tratar cada pessoa como individuo entendendo seu universo, mapas mentais, objetivos, empoderá-las e não torná-las dependentes do trabalho do terapeuta ou do coach para sempre. Por mais que os amigos, a TV ou mesmo o mercado digam que somos menos do que outros, que nada somos ou que precisamos fazer algo para sermos alguém e chegar a algum lugar, compreendamos que não é verdadeiro, que não precisamos de realizações para sermos validados como bem sucedidos. Precisamos tão somente SER, entender as programações que limitam e causam sofrimentos. Enquanto não tocamos na ancestralidade de quem somos, procurar o hétero suporte é vão, ou seja, procurar o suporte externo e superficial de pessoas para conseguir se organizar rapidamente e colocar em prática o que se quer fazer.

O Coaching vem sendo vendido com a ideia de “ Você não pode ter uma vida medíocre, então precisa conquistar grandes feitos”, ” Seja um super-humano, um super-herói!”. Isso é um grande problema. É um foco desrazoável no material, nas conquistas financeiras, numéricas. O mais grave é que enquanto não alcançamos isso parece que a existência fica interrompida, que ainda não somos alguém. Dizemos: “Quero ser incrível!”, “Serei alguém quando eu atingir tal coisa” ou “Serei feliz quando eu atingir tal coisa”, e enquanto isso a vida vai passando. Quando a gente cai nesse conto moderno, passamos a vida aguardando, ansiando, consumindo. Passamos uma vida consumindo e em função dessas matérias – casas, carros, empresas – não aproveitamos, não saímos muito com os amigos, não tomamos muitos cafés com a família, não fomos a shows – cinemas, dissemos poucos “Eu te amo” ou “Você é caro para mim”, preocupamo-nos muito com pequenas coisas, ironizamos para mascarar verdades, protelamos para não fazer aquilo que achávamos inviável. Parece que esquecemos que a família forma a base que monta nossa existência, que amigos são a família que a gente escolhe ( a família do amor ). Também esquecemos que as melhores companhias são as que a gente mais ama e as que fazem a gente mais feliz, e não quem é isso ou aquilo, não quem tem isso ou aquilo. Também olvidamos que tudo que é imposto é passível de ser questionado ( e deve sê-lo, aliás) e do quanto o “poder” não passa de uma relação, de uma abstração – uma ideia boba e um faz de contas que só serve para manipular pessoas a fim de que elas se achem desiguais. Fomos enganados, em suma.

Eis a receita certa para uma sociedade doente: afastar-se do interior e buscar no exterior a sensação de equilíbrio entre as necessidades vitais. Sabe, não dá para confiar grandes coisas ao externo, pois ele é filho do acaso, e como cantou Dorival Caymmi na linda “Nem eu” :

“ … O amor acontece na vida
Estavas desprevenida
E por acaso eu também
E como o acaso é importante querida
De nossas vidas a vida
Fez um acaso também…”

Sim, esses vários acasos podem fazer da vida um brinquedo. No poema é lindo. Na realidade não.

A gente vai achando que não é alguém ou que não chegou a nenhum lugar. Pura ilusão. Em consequência disso a gente vai medindo a vida pela régua alheia, vai tentando chegar lá, vai vivendo insatisfeito, vai guardando toalhas e louças para usar em ocasiões que serão “especiais”, vai guardando a roupa mais alinhada para aquele evento único, vai guardando o quadro bonito para quando estiver naquela casa, vai deixando de fazer aquela ligação importante porque está esperando aquela data especial, vai deixando de aproveitar os dias com amigos e família porque não pode ir ao restaurante de que gostaria, vai deixando de ir à praia porque não tem o “corpo do verão”, vai deixando de cantar porque a voz não é bonita, vai deixando de dançar porque não é o pé de valsa que gostaria, vai deixando de amar porque o parceiro ou a parceira não são aqueles que sempre povoaram os sonhos, vai deixando de viver, enfim.

A vida é muito, muito rápida. E quando ela passar? Não podemos ficar esperando o momento ideal para ser feliz, o momento ideal para dizer “ Eu te amo”, para arriscar, para criar boas memórias – pra gente e pra os que ficarem quando a gente se for, para declarar ao mundo que existimos, para viver um dia a dia com mais carinho, amor, inteireza… Inteiros porque somos alguém.

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Photo by Quaz Amir from Pexels

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