De acordo com uma análise feita nos Estados Unidos, submeter as crianças a aulas sobre os aspectos positivos da “masculinidade” pode ser uma medida eficaz para a diminuição nos índices de condutas não aceitáveisem em relação às mulheres. Os pesquisadores chegaram à conclusão após fazerem experimento com alunos do Ensino Fundamental.
Depois de uma série de atividades envolvendo a questão, os garotos mostraram entender melhor os problemas do uso de coerção e força bruta nas relações. Além disso, o programa mudou as crenças da turma sobre atitudes negativas nos relacionamentos com as mulheres.
“A maioria das pesquisas sobre más condutas contra as mulheres concentra-se em estudantes do Ensino Médio e Superior, mas pesquisas mostram que essas formas de má conduta também prevalecem entre estudantes do Ensino Funtamental”, disse Victoria Banyard, principal autora do estudo, em comunicado.
As aulas icluem quatro sessões de uma hora que exploram a normalização, a difusão e a natureza nociva dos pressupostos papeis de gênero. Os meninos envolvidos no programa aprenderam sobre empatia, relacionamentos saudáveis, agressividade baseada em gênero e receberam treinamento para saber como reagir ao presenciarem agressões físicas.
“Ao se concentrar em expressões positivas de masculinidade, como a capacidade de ser respeitoso nos relacionamentos, este programa ajuda os meninos a encontrar maneiras positivas de prevenir a agressividade”, contou Banyard.
O artista Lulu Santos no início da letra de sua música, com o título Tempos modernos, canta: “Eu vejo isso por cima de um muro/De hipocrisia que insiste em nos rodear.” Essa é uma palavra que deriva do latim hypocrisis e do grego hupokrisis, ambas significam a encenação de um ator.
Os atores gregos usavam máscaras conforme o papel que interpretavam no teatro, pois o termo hipócrita designava alguém que ocultava à realidade atrás de uma máscara de aparência. Hoje, esse conceito refere-se às pessoas que simulam comportamentos.
Um exemplo emblemático de hipocrisia é reclamar de alguém por realizar algum ato deplorável enquanto faz o mesmo. Assim, os hipócritas constroem os “muros” da falsidade para simular atitudes corretas, contudo não têm valor moral nenhum para si e seu grupo.
A hipocrisia usa vários tipos de máscaras, e precisa de platéia para dar seu show. Mas temos que aprender a desmascarar seus personagens, porque os hipócritas são incoerentes, que condenam os outros pelos mesmos erros ou pecados que cometem, objetivando obter vantagem financeira, emocional e moral.
Nicolau Maquiavel descreveu os hipócritas: “Os homens em geral formam suas opiniões guiando-se mais pela vista do que pelo tato, pois a todos é dado ver, mas a poucos é dado sentir. Cada qual vê o que parecemos ser, mas poucos sentem o que realmente somos.”
O pensamento de Maquiavel segue atual, uma espécie de me engana que eu gosto: ganha as eleições quem mente mais e promete mais. O cenário religioso não foge disso, já que temos os que se dizem piedosos, mas no cotidiano são hipócritas. Essa era conduta dos judeus beatos, que foram advertidos por Jesus: “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Limpais por fora o copo e o prato e por dentro estais cheios de roubo e de intemperança.”
Além disso, Freud desnudou e rompeu com os ideais do homem civilizado, revelando seu lado repleto de absurdos e incertezas. Ele apontou as bases do mal-estar, como lastros da civilização, que marcam a origem do desejo de morte e os alicerces da hipocrisia.
É inegável que atual civilização favorece a produção da hipocrisia. É como disse Thomas Hobbes: “O homem é o lobo do homem”. Essa atitude de lobo se revela na máxima: “Os fins justificam os meios”, inclusive a hipocrisia, mesmo que os hipócritas sejam políticos, amigos e familiares do âmbito das nossas relações? Parece uma batalha perdida?
Isso não quer dizer que perdemos a esperança, com diz a bela canção de Lulu Santos: “(…) Eu vejo um novo começo de era/ De gente fina, elegante e sincera /Com habilidade/ Pra dizer mais sim do que não, não, não (…)”. Então, gente sincera enfrenta a hipocrisia, e com isso desativa a influência dela sobre nós.
Para tanto Buda afirmou: “Mantenha sempre um diálogo interno consigo mesmo para lembrar quem você é, quais são os seus valores e quais são as suas grandezas. O que o hipócrita diz, faz ou pensa não vale e nem conta nada para a sua vida. É apenas ar, apenas sopro de um fantoche covarde que transformou a falsidade em seu reino de cartas. Mais cedo ou mais tarde o castelo vai cair.”
As facilidades e inovações trazidas pela era digital conquistaram adeptos de diversa gerações.
Mas, talvez haja numa proporção semelhante um grande número de críticos da internet, apontando os problemas da vida em rede.
Entre entusiastas e opositores da internet, no entanto, nem sempre há embasamento científico para o que é defendido.
Susan Greenfield, neurocientista britânica e pesquisadora sênior da Universidade de Oxford, estuda a psicologia do cérebro por um viés multidisciplinar.
Para ela, as tecnologias digitais afetaram nosso cérebro da mesma forma que qualquer elemento de interação que faça parte do nosso cotidiano.
O que a pesquisadora aponta de mais crítico é a forma como nossa vida em rede mudou a formação de nossa identidade, tornando-a dependente da visão das outras pessoas.
Segundo Greenfield, isso altera a forma como nos relacionamos com os outros e a distribuição do nosso tempo para determinadas atividades.
A internet afeta o cérebro?
Todos estão interessados em saber como as tecnologias digitais, especialmente a internet, afetam o cérebro. A primeira coisa a saber é que viver afeta o cérebro. O cérebro muda a todo instante de nossas vidas.
Tudo que é feito durante o dia vai afetar o cérebro. A razão disso é que o cérebro humano se desenvolveu para se adaptar ao ambiente, não importando qual fosse esse ambiente. É interessante notar que agora o ambiente é muito diferente, de maneira sem precedentes.
Como a imersão num ambiente virtual pode afetar o cérebro?
Há várias perguntas diferentes a serem respondidas. Eu acho que há três grupos abrangentes.
O primeiro é o impacto das redes sociais na identidade e nos relacionamentos.
O segundo é o impacto dos videogames na atenção, agressividade e dependência. E o terceiro é sobre o impacto dos programas de busca no modo como diferenciamos informação de conhecimento, como aprendemos de verdade. É claro que há muitos estudos que ainda precisam ser feitos, mas certamente há cada vez mais evidências sobre aspectos positivos e negativos.
Por exemplo, já foi demonstrado que jogar videogames pode ser similar a fazer um teste de QI. Pode ser que o aumento de QI visto em alguns testes aconteça graças à repetição de uma certa habilidade ao jogar videogames.
Agora, só porque vemos um aumento de QI em quem joga videogames não quer dizer que haja um aumento de criatividade ou capacidade de escrita. Também se sabe, por alguns estudos, e por exames de imagem, que os videogames aumentam áreas do cérebro que liberam dopamina. Também sabemos que, em casos extremos, nos quais as pessoas gastam até 10 horas por dia na frente da tela, existe uma forte correlação com anormalidades em exames cerebrais.
Como costumamos dizer, uma andorinha só não faz verão. Então é importante fazer mais estudos. Isto não é definitivo, em se tratando de ciência nada é definitivo, por isso é importante começar a fazer pesquisa básica porque, até agora, está claro que coisas boas e coisas ruins estão acontecendo de um modo que não haviam acontecido em gerações passadas.
Existe um limite de tempo seguro para navegar na internet?
É claro que muitos pais já me perguntaram: ‘com que frequência meus filhos devem usar a internet? Até quando é seguro?’
O que acontece na Inglaterra, acho que aqui também, é que alguns pais falam para os filhos ‘façam uma pausa a cada 10 minutos’. Mas eu não conheço ninguém que no meio do jogo pensa ‘está na hora da minha pausa de 10 minutos’.
Minha sugestão é agradar as crianças, em vez de dizer ‘você só vai jogar por uma ou duas horas, ou você simplesmente não pode jogar.’ Não seria melhor se a criança decidisse sozinha que não quer jogar? E por que eles fariam isso? Porque o que você vai oferecer a ele é muito mais excitante, muito mais agradável, muito mais interessante do que esse jogo.
É um desafio, mas o que temos que fazer é tentar pensar em maneiras, não tentar negar a tecnologia. Nós podemos, na nossa sociedade maravilhosa, com toda essa tecnologia, com todas as oportunidades que temos, dar aos nossos filhos um mundo tridimensional interessante para viver.
Há quem associe o aumento da incidência do transtorno de déficit de atenção e da hiperatividade (TDAH) ao uso da internet pelas crianças. Essa ligação faz sentido?
Está havendo um crescimento alarmante de TDAH. Sabemos que a prescrição de drogas como ritalina, usadas para TDAH, triplicaram, quadruplicaram nos últimos 10 anos.
É claro que isso é muito. A condição pode estar sendo mais diagnosticada ou pode ser que os médicos estejam prescrevendo mais os remédios. Há, porém, outro fator importante: a causa pode ser as tecnologias digitais.
Por que culpar a internet e não a TV, por exemplo?
Algumas pessoas dizem que a TV é a mesma coisa que a internet. Mas já se mostrou que não é o caso. Há uma grande diferença para o que fazemos na internet, que é altamente interativa e também tende a ser mais estimulante.
Nós também sabemos que, quando se joga videogame, uma substância química no cérebro relacionada com o estímulo, chamada dopamina , é liberada. O que é interessante é que, quando se toma ritalina, a dopamina também é liberada.
Então, agora as pessoas estão pensando que talvez as crianças estejam viciadas em videogames. E estão medicando essas crianças porque elas teriam TDAH, e estão fazendo, embora não façam ideia, com que haja mais dopamina no cérebro.
Então, certamente há uma ligação entre TDAH e videogames, mas precisamos entender mais sobre os mecanismos cerebrais para entender como isso funciona.
Como a senhora acha que a geração atual será no futuro?
É interessante pensar no caráter, nas aptidões da próxima geração, os cidadãos da metade do século 21. Eu acho que haverá coisas boas e coisas ruins. Imagino que talvez eles tenham um QI maior e uma boa memória.
Acho também que eles correrão menos riscos que nossa geração – isso pode ser tanto bom quanto ruim. Por um lado, ninguém quer pessoas que nunca se arriscam, que são excessivamente precavidas, mas, por outro lado, também não queremos pessoas inconsequentes.
Infelizmente, também acho que essa geração terá um senso de identidade mais frágil, menos empatia, menos concentração, e podem ser mais dependentes ao viver o “aqui e agora” em vez de ter um passado, presente e futuro. Talvez eles fiquem mais presos ao presente.
Por que o senso de identidade seria menor?
Até recentemente, em muitas partes do mundo, os seres humanos tinham preocupações mais imediatas, como sobreviver, se manter aquecido, não ter dor, não viver com medo e ter onde se abrigar.
Essas questões eram as mais importantes quando se era um adulto. Mas agora a tecnologia, em sociedades mais privilegiadas, como o Brasil e a Grã-Bretanha, está permitindo que a população, pela primeira vez na história, viva muito mais e tenha uma vida saudável.
Uma criança tem, agora, uma em três chances de viver mais de 100 anos. Então o que fazer com esse tempo? Essa é uma pergunta que não se fazia no passado porque as pessoas morriam de doenças ou estavam preocupadas com outras coisas. Mas agora é factível presumir que as pessoas não saberão o que fazer com a segunda metade de suas vidas, após seus filhos estarem criados. Se elas estiverem saudáveis, em forma, mentalmente ágeis, não poderão simplesmente jogar golfe todo dia, ou sudoku.
Acho que uma das grandes questões para eles será fazer perguntas que tradicionalmente apenas adolescentes fazem: “Quem sou eu? Qual é o sentido da vida? Para onde estou indo? Qual o propósito disso tudo?” Na minha opinião, isto pode ajudar a explicar por que, de uma maneira engraçada, Facebook e Twitter são tão populares.
Por quê?
As pessoas têm um senso integral de identidade. De repente elas se sentem importantes porque gente ao redor do mundo está se comunicando com elas, comentando o que elas disseram.
Então, este tipo de pessoa, que no passado vivia em uma comunidade local, e tinha uma identidade dentro daquela cultura, dentro daquele país, agora tem uma presença global, mas que é construída externamente.
Não é real. É como em uma ocasião na qual estava em um café da manhã com Nick Clegg (vice-primeiro-ministro da Grã-Bretanha) e tinha uma mulher perto de mim tão ocupada contando a todo mundo que ela estava tendo um café da manhã com Nick Clegg que nem conseguiu prestar atenção ao que ele estava dizendo. Ela só ficava tuitando o tempo todo: “café da manhã com Nick Clegg”.
Eu vi um filme com duas meninas conversando dentro de um carro e uma pergunta para a outra: “Como você se sente dentro deste carro?” Ela não responde “estou triste” ou feliz ou animada, nada disso. Ela diz: “o carro é digno de um post no Facebook.”
Por que isso é preocupante?
A partir disso eu infiro que as pessoas estão construindo uma identidade no ciberespaço que em boa parte é formada pela visão das outras pessoas. Existe um site chamado KLOUT. Se você entrar nesse site, ele te diz o quão importante você é, te dá um número chamado Klout Score. Klout, em inglês, significa importante. As pessoas pagam para ver qual é a sua pontuação e para aumentá-la.
Eu acho interessante essa tendência de que mesmo que você sinta-se muito importante, muito conectada, você se sente insegura, tenha baixa autoestima, sinta-se constantemente inadequada.
Existe um livro muito bom escrito por Sherry Turkle chamado Alone Together – Why We Expect More From Technology and Less From Each Other (algo como “Juntos sozinhos – Por que esperamos mais da tecnologia e menos de cada um de nós”, lançado em janeiro, ainda sem editora no Brasil). Ela disse: “bizarramente, quanto mais conectado você está, mais você está isolado.”
Hoje, entretanto, a maior parte das pessoas continua levando suas vidas normalmente, fora do ciberespaço, e apenas uma pequena parte dentro dele. Isso se inverterá no futuro?
A maioria das pessoas dirá que, se tirarmos um instantâneo da sociedade hoje, um monte de pessoas está vivendo normalmente e feliz em três dimensões. Elas têm amizades saudáveis e gostam de estar no Facebook e no Twitter.
Com certeza, é apenas uma minoria de pessoas que gastam até 10 horas por dia em frente do computador. Porém eu acho esse tipo de argumento problemático porque é solipsista – você está argumentando a partir do seu ponto de vista. Já falei várias vezes com jornalistas, que geralmente são de meia-idade e de classe média, e dizem que usam isso e aquilo e é fantástico.
Às vezes, sou criticada porque não estou no Facebook, não estou no Twitter, e mesmo assim estou comentando a respeito. Eu respondo que, mesmo se eu estivesse me divertindo muito no Facebook, isso não quer dizer que todos sejam como eu ou que vão usar do mesmo modo que eu uso, ou que vão ter o mesmo tipo de amizades que eu tenho.
O uso então é exagerado?
Eu acho que precisamos olhar para as estatísticas em vez de apenas levar em conta as impressões pessoais ou os meios de comunicação.
De acordo com as estatísticas, os chamados nativos digitais, gente que nasceu após 1990, apresentam níveis de uso alarmantes.
Por exemplo, um estudo americano, de 2010, mostrou que mais da metade dos adolescentes entre 13 e 17 anos estavam gastando mais de 30 horas por semana na internet.
O que me chama atenção não são as 30 horas, mas o que vai além disso. Isso significa pelo menos quatro ou cinco horas por dia em frente ao computador.
O problema com isso é que, não importando o quão fantásticas ou benéficas sejam as redes sociais – vamos dizer que sejam 100% maravilhosas – ainda são quatro ou cinco horas por dia não andando na praia, não dando um abraço em alguém, não sentindo o sol no rosto, não subindo em uma árvore, não fazendo todas as coisas que as crianças costumavam fazer.
Acho que devemos prestar atenção a essa questão. Acho também que podemos comparar o que acontece hoje com o momento dos anos 50 quando as pessoas começaram a mostrar uma relação entre o câncer e o cigarro.
A indústria do tabaco foi hostil a essa descoberta, tentou negar e insistir que fumar não era viciante. E se você tem um grupo de pessoas se divertindo e outro grupo fazendo dinheiro com isso, esse é um círculo perfeito. A primeira coisa a fazer quando pensamos na relação entre os jovens e a internet é reconhecer que talvez aí exista um problema.
Não se trata de excesso de zelo?
Existem outras questões também. Há uma grande diferença entre os chamados “imigrantes digitais”, pessoas como eu e possivelmente pessoas como as que estão lendo essa entrevista e que tiveram uma educação convencional, cresceram lendo livros, tendo relações apropriadas, em três dimensões, e as crianças que estão crescendo agora, recebendo um comando evolucionário para se adaptar ao meio ambiente.
Se esse ambiente é incessantemente o ciberespaço, elas não vão aprender como olhar alguém nos olhos, elas não vão aprender a interpretar tons de voz ou a linguagem corporal.
Elas não vão aprender como é quando se toca alguém, se tem um contato físico. O que significa que, se alguém ficar cara a cara com alguém no mundo real será mais desagradável, mais agressivo, então as pessoas vão preferir se comunicar por meio das telas.
Já é o caso da Grã-Bretanha, não sei como é aqui no Brasil. Escritórios se tornaram locais bastante silenciosos, porque, em vez de conversarem entre si, as pessoas preferem enviar mensagens.
Outro problema que, acho eu, mostra uma tendência, é um fantástico aplicativo – é fantástico que as pessoas paguem por isso. São dois, na verdade. Um deles se chama Self Control (Auto controle). O outro se chama Freedom (Liberdade). Você paga para que eles não o deixem usar a internet obsessivamente. Eles desligam seu computador a cada 50 minutos ou a cada hora.
Por que as pessoas deveriam pagar por algo que elas mesmas poderiam fazer facilmente, a menos que estejam obcecadas ou tenham se tornado dependentes?
Eu posso chegar para você e dizer que tenho uma maneira brilhante de ganhar dinheiro: você me paga para eu desligar seu computador para você. Você vai me dizer que estou louca.
Um sinal de alerta precoce para Parkinson, que aparece anos antes de qualquer sintoma, foi descoberto pelos cientistas. Pesquisadores do King’s College London descobriram que os danos ao sistema de serotonina do cérebro eram um “excelente marcador” para a cruel doença. Especialistas elogiaram as descobertas, classificando-as de “fascinantes” e dizendo que elas ajudam a preencher uma “lacuna crucial” no conhecimento da condição.
O Parkinson toma conta do cérebro anos antes de os pacientes notarem sintomas, que incluem tremores e movimentos lentos. Identificar o distúrbio incurável mais cedo poderia melhorar os resultados para milhões de pacientes e interromper a progressão.
O mal de Parkinson é o segundo distúrbio neurodegenerativo mais comum, ficando atrás apenas do mal de Alzheimer, de acordo com o NHS. Ele causa rigidez muscular, lentidão de movimentos, tremores, distúrbios do sono, fadiga crônica, comprometimento da qualidade de vida e pode levar à incapacidade grave.
É uma condição neurológica progressiva que destrói as células na parte do cérebro que controla o movimento. Os sofredores são conhecidos por terem diminuído o suprimento de dopamina porque as células nervosas que o fazem morreram.
Atualmente não há cura e não há como impedir a progressão da doença, mas centenas de testes científicos estão em andamento para tentar mudar isso.
Espera-se que as recentes descobertas científicas levem a novas ferramentas de rastreamento para identificar pessoas com maior risco, de forma que elas possam interromper a progressão da doença.
Ser mãe responde – quase sempre é uma escolha pessoal. É verdade que ninguém pode prever tudo o que isso implicará: os esforços, desafios e sacrifícios que essa decisão pode implicar. No entanto, quando uma mulher é mãe, ela assume tudo isso com certeza, porque é o que ela quer, porque é sua escolha e ela acha que é a melhor que já fez.
Essa ideia que, sem dúvida, a maioria de nós compartilha, não é algo assumido por toda e qualquer mulher. A maternidade impõe muitas demandas, requer tomar 25 horas por dia, acumular sono, engolir algumas frustrações, relegar muitos dos nossos hobbies e multiplicar por 4 para alcançar tudo. É ou não é um sacrifício? É, sem dúvida, mas é um sacrifício maravilhoso.
Agora, a maioria das mães que se sentem realmente “dominadas” deve-se a várias razões muito específicas que explicamos agora. Se você teve essa mesma ideia em algum momento, você também não deve se sentir mal. Ocasionalmente, é comum ter alguns altos e baixos emocionais. Mais tarde, quando a mente clareia, o corpo descansa e você olha para o seu filho, percebe que não mudaria absolutamente nada.
Vamos encarar isso, ser mãe pode ser desgastante em certos momentos
Paternidade pode ser especialmente intensa, exigente e estressante durante os dois primeiros anos de vida de nossos filhos. É uma época em que os bebês precisam de um alto nível de atenção constante e, por sua vez, é um período em que o cérebro da mãe fica constantemente “alarmado”.
A necessidade de proteção, de prevenir riscos, de comparecer e supervisionar é tão alta que é comum experimentar gotas de humor onde, de fato, o pensamento pode parecer que “ter um filho tira mais do que você oferece”.
. No entanto, esse sentimento geralmente está ligado a certas dinâmicas pessoais muito específicas. Em um estudo publicado na revista “Today Moms”, foi revelado que os casais que não compartilhavam as responsabilidades da paternidade sentiam maior estresse e o sentimento de que ter um filho era um desafio, um desafio que eles não haviam previsto. .
. Quando o casal não assume responsabilidade e deixa cada tarefa nos ombros da outra pessoa, o nível de estresse e ansiedade aumenta. No entanto, devemos ter cuidado ao analisar esses dados. Porque a sobrecarga não se refere exclusivamente ao fato da criação de um bebê. É o sofrimento emocional causado por uma relação afetiva de baixa qualidade que determina esses pensamentos negativos.
Quando você sabe o que é importante, nenhum esforço pesa em você
Ter algum tipo de ajuda é essencial para gerenciar melhor o desafio de ser mãe. Não delegar em outros que você quer menos a um filho, não deixá-lo com os avós, por exemplo, significa que você é “mãe má”. Nem muito menos. Trata-se apenas de saber o que é importante, como organizar e como ser um bom gestor de todas as necessidades que envolvem a difícil mas maravilhosa tarefa de criar um filho.
Às vezes você sai correndo, mas todo dia você se sente mais cheia e mais forte
Tudo bem se às vezes você reclamar. Não tenha medo de dizer que “você não pode fazer mais”, que hoje foi um dia horrível e que você sente vontade de chorar. É normal. Criar uma criança é como a própria vida, às vezes há dias e dias perfeitos que são menos.
. No entanto, admita: você está aprendendo muitas coisas, está se forjando em tantas forças, em tantas sensações e desafios que se sente orgulhoso de si mesmo, de seu filho e de tudo que conquistou.
Você pode estar exausta no final do dia, mas se sente realizada.
Você não perdeu nada, e se algo foi deixado para trás, é porque foi necessário
Algo que você sabe como mãe, é que é verdade que há algumas coisas que foram deixadas para trás desde que você teve seu primeiro filho.
. É possível que você não tenha mais relacionamentos com alguns amigos.
. Você pode ter parado de fazer algumas coisas que gostou antes.
. Você também pode ter decidido mudar de emprego, encontrar uma nova profissão que lhe permita combinar melhor a educação do seu filho.
. Por sua vez, é comum que agora você tenha novos interesses, e que as coisas que até pouco tempo atrás você dava prioridade, tornaram-se algo secundário.
Estes são aspectos que, de fato, foram deixados para trás. No entanto, não devemos ver essas coisas como “perdas”, porque na realidade elas não são, já que o que temos feito é avançar, é crescer, é dar prioridade ao que mais queremos: nossos filhos.
A vida é diferente agora, não há dúvida, mas essa diferença lhe agrada, enriquece e faz você se sentir feliz e satisfeito. Você não mudaria nada!
A única pessoa do mundo que foi premiada com um Oscar, um Grammy, o Globo
de Ouro, o pulitzer e o Nobel, Bob Dylan é considerado por muitos, e por mim, o
compositor mais importante dos tempos modernos. E por mais que receber
alguns desses prêmios não queira dizer muita coisa, ser a única pessoa do
mundo a receber todos eles tem lá sua importância.
Mas, independentemente disso, muito antes de receber essa coleção de prêmios,
Bob Dylan já impactava a vida de milhões de pessoas com as suas músicas e a
mensagem que ele passava pelas suas letras.
Quase nada que Bob Dylan diz é preto no branco ou tem uma interpretação
exatamente definida. Ele sempre fez questão de não explicar o significado das
letras para a imprensa e, quando possível, confundir ainda mais.
Mas já vamos entender isso melhor com oito frase geniais que vão: ou mudar a
sua vida, ou explodir a sua cabeça ou… se você tiver sorte, os dois.
1. Não existe sucesso como fracasso e o fracasso não é sucesso de forma alguma.
Hoje em dia uma das dicas mais propagadas , seja por escritores,
empreendedores ou qualquer um que tenha alcançado o sucesso é que ninguém
chega lá sem fracassar várias e várias vezes, mas nessa frase Bob Dylan nos
lembra do que a maioria se esquece de dizer: fracassar em si não é sucesso de
forma alguma. Só quando aprendemos com o fracasso é que seguimos em
direção ao sucesso.
A definição de insanidade é fazer a mesma coisa repetidamente e esperar
resultados diferentes , mas tem mais: essa frase do Bob Dylan vai alem, vivemos
numa sociedade que valoriza o fracasso, onde ter sucesso é condenável.
Independentemente da forma como esse sucesso se manifesta, as pessoas têm
vergonha de mostrar o que alcançaram, se orgulham de ter pouco dinheiro,
poucas conquistas, etc, e a população no geral apoia esse comportamento.
Vamos pensar naquele caso clássico de um cara que adora uma banda
desconhecida e, quando ela estoura e fica famosa, ele para de ouvir porque a
banda virou “modinha”. A banda só era boa enquanto era fracassada, assim
que alcançou o sucesso, perdeu o seu valor. Então fracassando você é
considerado bom, mas sabemos que o fracasso não é sucesso, é simplesmente
fracasso, por mais glamourizado que seja.
2. Aquele que não está se ocupando em nascer, está se ocupando em morrer
Essa é sem dúvida uma das frases mais famosas de Bob Dylan. Ao primeiro
olhar muitos interpretam o que parece óbvio, mas que mesmo assim surpreende
que a partir do momento em que nascemos estamos começando a morrer, o que
não parece muito bom, principalmente considerando o medo de morte que isso
traz à tona e que muita gente compartilha. Mas, e se na verdade ela tiver um
significado muito mais engrandecedor?
No momento em que paramos de nos reinventar, ou seja, renascer, começamos a
morrer. Não é da morte que devemos ter medo, é do comodismo, da
estagnação. Não podemos ficar parados, devemos estar sempre nos ocupando
em nascer de novo, mudar, evoluir, crescer ou então estaremos nos ocupando
em morrer.
3. Você não precisa de um meteorologista para saber para que lado o vento sopra
Você não precisa de ninguém para te dizer o óbvio ou o que você pode
descobrir por si mesmo. Ainda assim muitas pessoas buscam nos outros uma
forma de aprovação e esperam que os outros os apontem as direções e
decidam os caminhos que elas podem e devem decidir sozinhas.
E essa frase tem uma relação direta com uma das músicas mais famosas de
Bob Dylan, Blowin in the Wind, que foi o primeiro grande sucesso logo no
começo da sua carreira, trazendo uma explosão repentina de fama quando
começaram a vê-lo como um novo profeta, um porta-voz da sua geração.
Em Blowin in the Wind ele faz vários questionamentos sobre a condição humana
e diz que as respostas estão soprando no vento, mas ele sempre recusou os
títulos de profeta, d e porta-voz da suia geração. Então, quando ele diz que você
não precisa de um meteorologista para saber para que lado o vento sopra, ele
diz que você tem que achar as respostas soprando no vento por conta própria e
não esperar que ele ou qualquer outro grupo místico, como vemos muito hoje em
dia, tragam as respostas para você.
4. Roube um pouco e eles te jogam na cadeia, roube muito e eles te fazem rei
Não é exatamente isso que temos vividos agora, ou melhor, que temos vividos
desde sempre? essa frase atemporal de Bob Dylan é simples e crua: ou você
rouba o suficiente para mandar em quem vai te julgar, ou você paga pelos seus
crimes.
Temos quase um réu julgado em segunda instância da Lava Jato sendo solto por
semana, pelo simples fato que eles reinam sobre quem determina as suas
próprias sentenças. É a forma como a sociedade opera e ainda que a palavra
rei seja usada no sentido figurado, podemos transferir essa mesma máxima
para o poder do estado e para cada vez que temos que pagar impostos.
5. Eu era tão mais velho antes, eu sou mais jovem agora
A frase é de cara totalmente contraditória e a ideia é justamente essa. Bob Dylan
se deu conta que não envelheceu com o tempo, mas sim, rejuvenesceu,
deixando para trás velhas ideias e absorvendo, cultivando e desenvolvendo
ideias novas.
Podemos quebrar o feitiço do tempo vivendo assim, sem ficarmos presos no
passado, sem nos apegarmos a ideias que já são ultrapassadas por orgulho,
aceitando que as derrotas não são nada além de aprendizados.
Vivemos uma constante mudança, não somos o que éramos ontem e muito
menos o que éramos ano passado, mas não somos necessariamente mais
velhos. Se simplesmente levarmos em conta que com o tempo deixamos o que
era antigo para trás e nos abrimos para o novo, podemos ficar cada vez mais
jovens.
6. Para viver fora da lei você deve ser honesto
Aqui podemos entender que Bob Dylan fez um trocadilho com viver fora da lei no
sentido jurídico e no sentido social. Quando tantas coisas que discordamos são
impostas como leis pela sociedade, só alguém muito desonesto, com seus
próprios princípios consegue viver bem com isso. Só alguém muito hipócrita
engole todas as convenções e age de acordo com que os outros esperam, e
mesmo assim isso representa a grande maioria das pessoas. São
extremamente raras as que têm coragem de ser honestas o suficiente para viver
fora da lei e desafiar o meio em que vive, ir além das fronteiras do que é
aceitável e quebrar barreiras que até então impedem o crescimento. São esses
foras da lei honestos que impulsionam o mundo para frente
7. Atrás de qualquer coisa bonita existe algum tipo de dor
Eu me lembro da primeira vez em que ouvi essa frase, eu pensei que ela não
podia estar certa, que era pessimista demais, mas aí eu comecei a pensar, e
quanto mais eu pensava, mais verdadeira a frase parecia. Eu não conseguia
encontrar nenhuma exceção, então eu entendi que o pessimismo de Bob Dylan
tava certo, realmente atrás de qualquer coisa bonita existe algum tipo de dor.
Mas foi só depois de rever essa frase mil vezes que eu me dei conta que sim, ela
é a mais pura verdade, mas não é necessariamente pessimista. É só a verdade
sobre de onde nascem as coisas mais bonitas do mundo, sobre o fato de que o
sofrimento, mesmo que inevitável, não determina o resultado. Do sofrimento
mais horrível pode nascer a vitória mais deliciosa, a arte mais maravilhosa e,
como exemplo, temos a própria música de onde essa frase foi retirada: Not Dark
Yet.
8. Não critique o que você não consegue entender
A definição perfeita de um hater, aquele que critica o que não consegue
entender, todo mundo lida com gente assim. Só que mesmo que o termo seja
novo, esse tipo de pessoas sempre existiu e Bob Dylan lidou com eles a vida
inteira. Sempre foi questionado pelo seu sucesso, pelas suas letras, pelas suas
habilidade vocais, pela sua constante mudança de estilo musical , mas deixou
essa resposta simples e direta: Não critique aquilo que você não consegue
entender.
Isso é uma coisa que devemos levar para a vida toda. Sempre que somos
confrontados com algo desconhecido, novo, que desafia os nossos
conhecimentos, nos vemos cara a cara com a nossa própria ignorância e isso
pode ser doloroso, então a nossa tendência é atacar, mas podemos ser
maiores do que isso, principalmente nos tempos de extremismos que vivemos
hoje. Se não entendemos o discurso que vem do outro lado, tudo bem, não
precisamos conhecer tudo, podemos assumir a própria ignorância ao invés de
criticar o desconhecido, essa é a única forma de aprender.
E por mais que tenhamos chegados ao fim, nada começa nem termina quando
se trata de Bob Dylan, então eu vou finalizar com uma frase do próprio, que nos
mostra que provavelmente não ouvimos e nunca ouviremos nem metade do que
ele realmente teria a nos dizer:
“E se meus sonhos e pensamentos pudessem ser vistos, eles provavelmente
colocariam a minha cabeça em uma guilhotina”
Mas, sorte a nossa que o que ele pode nos mostrar sem perder a cabeça, nós já
temos o suficiente para uma vida de aprendizado.
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Voltando ao tempo dos gregos antigos, inúmeros filósofos têm contemplado a natureza da inveja, ou o que Immanuel Kant descreveu como a “tendência a perceber com desprazer o bem dos outros”. (Immanuel Kant)
Aqueles que escreveram sobre a inveja, seja Aristóteles, Tomás de Aquino, Adam Smith, Schopenhauer ou Nietzsche, chegaram a uma conclusão semelhante – a inveja é um estado de espírito destrutivo e doente que prejudica não apenas o invejoso, mas aqueles a quem inveja. direcionado para a sociedade como um todo.
Mas hoje o vício pessoal da inveja foi transformado em virtude pelos políticos. Ao manipular a tendência humana à inveja, os políticos tropeçaram em um meio muito eficaz de ganhar poder e controle sobre populações desprevenidas. Neste artigo, examinaremos esse fenômeno enquanto analisamos a natureza da inveja em geral, como as tentativas de impor a uniformidade só exacerbam ironicamente a inveja e como os aflitos de inveja devem, para seu próprio bem-estar, se livrar dela .
A inveja é uma emoção dirigida, em outras palavras, pressupõe a coexistência de duas ou mais pessoas – o invejoso que experimenta a emoção e o invejado que é o alvo da emoção. Uma boa definição de inveja é encontrado no dicionário alemão do século de Grimm:
“A inveja expressa aquele estado de espírito vingativo e interiormente atormentador, o desprazer com que se percebe a prosperidade e as vantagens dos outros, inveja-os dessas coisas e, além disso, deseja que alguém seja capaz de destruir ou possuir a si mesmo.” (Grimm’s German Dictionary )
Um equívoco comum é confundir inveja com indignação. Na obra Retórica de Aristóteles, ele enfatiza a diferença entre os dois conceitos que escrevem:
“A pessoa indignada sente raiva da prosperidade daqueles que não a merecem e da inveja de todos.” (Retórica, Aristóteles)
Ou como ele coloca de maneira mais simples:
“A indignação é sentida no bem-estar das pessoas más, enquanto a inveja é da felicidade das boas.” (Retórica, Aristóteles)
Em contraste com a inveja, a indignação não é vice-versa, pois está enraizada em um desejo de justiça. A inveja, por outro lado, como observou Schopenhauer, está enraizada na
“A inevitável comparação entre a nossa própria situação e a dos outros” (Ensaios e Aforismos, Arthur Schopenhauer)
Quando comparado a outros desperta a consciência de nossas inferioridades – seja em termos de riqueza, posses, características mentais ou físicas – isso pode gerar inveja se acreditarmos que o que nos falta em comparação a outros explica nossa relativa infelicidade.
Indivíduos tomados pela inveja vêem aqueles superiores a eles como inimigos. Em vez de se concentrar em melhorar a si mesmos, os invejosos acreditam que seu caminho para a felicidade está ligado ao destino daqueles que invejam. Em outras palavras, eles acreditam que de alguma forma a felicidade deles será aumentada se eles puderem puxar os outros para baixo.
O desejo de ver outros derrubados não alimenta uma sociedade próspera, mas impede o progresso social. Aqueles que são devorados pela inveja provavelmente não se tornarão os grandes inventores, artistas, escritores, empreendedores ou cientistas que ajudam a promover uma sociedade. Pelo contrário, eles desprezam indivíduos de grande talento, pois sua existência apenas torna mais óbvias as inferioridades da inveja.
A natureza destrutiva da inveja tem feito o uso de instituições e práticas para inibir seu impacto extremamente comum ao longo da história. Como Helmut Schoeck afirma em seu livro Envy: A Theory of Social Behavior
“… nenhuma sociedade pode existir na qual a inveja é elevada ao status de uma virtude normativa … Mesmo a superstição de sociedades simples, vê a inveja como uma doença, o homem invejoso como perigosamente doente – um câncer do qual o indivíduo e o grupo deve ser protegido – mas nunca como um caso normal de comportamento e empreendimento humano. Em nenhum lugar, com pouquíssimas exceções, encontramos a crença de que a sociedade deve se adaptar ao homem invejoso, mas sempre deve procurar proteger-se contra ele. ”(Inveja: Uma Teoria do Comportamento Social, Helmut Schoeck)
Mas, desconcertantemente, uma perversão perigosa parece estar ocorrendo no mundo moderno. Em vez de confiar em práticas e instituições para inibir os efeitos da inveja, Gonzalo Fernández de la Mora, em seu livro Igualitarian Envy, adverte que as sociedades ocidentais estão sendo moldadas por políticos que estão alimentando as chamas da inveja com o propósito de ganhar poder e controle. .
Este é um fenômeno relativamente recente, que remonta ao final do século 19 e ao surgimento das tecnologias de comunicação de massa. Antes do surgimento dessas tecnologias, a inveja era direcionada, quase exclusivamente, para os membros da própria comunidade. Alguém que vive na Europa no século 17, por exemplo, dificilmente invejaria as riquezas de um imperador de uma terra distante, como condição para o surgimento da inveja a observação da felicidade de outra. No entanto, a ascensão da mídia de massa mudou essa situação. Agora podemos observar intimamente a vida de pessoas com quem não temos contato pessoal e, assim, fazer julgamentos sobre sua felicidade. de La Mora explica o significado desta situação, afirmando:
“As pessoas contemporâneas estão sujeitas a um fornecimento maciço de informações através da mídia de massa; consequentemente, as pessoas podem ter opiniões sobre a felicidade daqueles que nunca conheceram ou grupos de pessoas às quais não pertencem; e, como resultado desses sentimentos, eles podem invejar. Essa possibilidade torna-se uma probabilidade se, como é habitual nos meios de comunicação, a informação é distribuída já “focalizada” por uma seleção parcial, uma edição intencional, mistificadora ou simplesmente um preconceito que, no nosso caso, é direcionado para ressaltar as diferenças. entre os indivíduos. . . Ninguém inveja esta ou aquela pessoa, mas uma abstração, como “os ricos” ou “os elitistas”. ”(Gonzalo Fernández de la Mora, Inveja Igualitária)
Ao promover e apelar para essa inveja, os demagogos podem desencadear conflitos e tornar potenciais vítimas fora de todos nós – pois quem não se achará inferior a um grupo idealizado de pessoas. Mas aqueles que invejam dessa forma coletiva, e especialmente aqueles que a promovem, nunca admitirão seus verdadeiros motivos, ao contrário do que afirma La Mora em uma passagem extremamente relevante para os dias modernos:
“Um disfarce contemporâneo da inveja coletiva é o que é chamado de“ justiça social ”. Como essa argumentação ideológica… é executada? Estabelece-se um postulado fundamental de que, quanto mais justa a sociedade, mais iguais seus membros são em oportunidades, posição e riqueza; e imediatamente fica estabelecido que o partido lutará sem descanso para alcançar tal “justiça”. ”(Gonzalo Fernández de la Mora, Egalitarian Envy)
Mas a justiça social, ou a tentativa de nos tornar mais iguais usando a força do Estado, não trará uma sociedade menos propensa à inveja. De fato, à medida que essa uniformidade antinatural é imposta a uma sociedade, novas fontes de inveja surgirão e serão muito mais perniciosas. Por exemplo, se de alguma forma todos fossem feitos iguais em termos de riqueza material, isso não livraria o mundo da inveja. Pelo contrário, isso só significaria que aqueles propensos à inveja iriam direcionar sua atenção para outras formas de desigualdade, como as desigualdades nas características físicas e mentais. Schopenhauer alertou sobre esse tipo de inveja, escrevendo que a inveja
“Dirigido contra as qualidades pessoais é o mais insaciável e venenoso, porque o invejoso fica sem esperança; é também o tipo mais baixo de inveja, pois odeia o que deveria amar e respeitar. ”(Arthur Schopenhauer)
Além de trazer à tona formas mais perigosas de inveja, as sociedades que são vítimas do apelo demagógico por mais igualdade, ironicamente, vêem o crescimento da forma mais insidiosa de desigualdade possível – uma vasta desigualdade de poder entre a elite dominante e o resto da população. Para cumprir sua promessa de trazer cada vez mais justiça ao mundo e cada vez mais igualdade, os governos devem ter poderes imensos para refazer a sociedade.
Mas com tudo isso dito, podemos escolher não sermos vítimas desse estratagema político. Em vez de ver nossas inadequações como razões para derrubar os outros, podemos escolher reações mais construtivas, como emulação e auto-aperfeiçoamento. A emulação ocorre quando o reconhecimento de suas inferioridades os leva a ver o superior não como inimigos, mas exemplos para aprender e figuras de motivação. Em vez do desejo de nivelar tudo, a emulação leva a pessoa a elevar-se ao nível dos melhores, ou mesmo a superar aqueles que uma vez procuraram. Kierkegaard observou que “a inveja é uma admiração oculta” e, portanto, a emulação pode ser vista como a reação positiva ao que leva os indivíduos mais fracos à inveja.
Reagir às inferioridades da pessoa com o desejo de melhorar a si mesmo não é apenas bom para o indivíduo, mas para a sociedade como um todo. Isso significa que mais pessoas se concentrarão na criação do novo e do melhor, em vez de na destruição de outros. Mas, por outro lado, se a nossa sociedade continua a percorrer um caminho conduzido pela inveja que alimenta a retórica dos demagogos, chegaremos a um ponto, segundo Nietzsche, em que as pessoas ficarão tão ressentidas com outras que até mesmo o feliz entre nós começará a questionar se tem direito a sua felicidade:
Todas essas pessoas ressentidas são fisiologicamente distorcidas e alimentam o verme da inveja em seu intimo, em muitos casos não se contentando apenas em deturpar a imagem do seu invejado, mas planejando derrubá-lo e destitui-lo da posição vista e entendida como superior. Como disse Nietzsche: “É uma pena ser feliz! Há muita miséria!” (Sobre a Genealogia da Moralidade, Nietzsche)
A era tecnológica tornou ainda mais complexas as discussões sobre a forma de se relacionar do ser humano. Com a internet, ter contato dá menos trabalho, a distância não parece intransponível, e é possível até mesmo o cultivo de laços com pessoas que nem sequer conhecemos pessoalmente. Mas até que ponto o contato propiciado pela tecnologia supre, de fato, as necessidades afetivas do homem? Qual é a medida para não se deixar adoecer pelas relações estabelecidas on-line?
O questionamento – comum, considerando o aprofundamento de contradições nas relações sociais da atualidade – é um dos pontos tocados pelo filósofo Luiz Felipe Pondé em entrevista à Deutsche Welle Brasil. Sem fazer ataques ferrenhos à interação das pessoas nas redes sociais, Pondé reflete sobre o sentimento generalizado de solidão da sociedade contemporânea, e critica a dificuldade encontrada pelos jovens em desenvolver a generosidade e realizar concessões ao se relacionar.
Luiz Felipe Pondé e psicanalista, filósofo, Ph.D em Epistemologia pela Universidade de Tel Aviv, e trabalha hoje como professor na Pontifícia Universidade de São Paulo e na Fundação Armando Álvares Penteado. O pensador brasileiro escreve semanalmente para a Folha de S.Paulo e já publicou diversas obras, como O homem insuficiente, Crítica e profecia, Conhecimento na Desgraça e Ensaios de filosofia da religião.
Ser solteiro ou, como diz o termo vigente, ser single está na moda? Por quê?
Toda hora inventam uma modinha para dar um nome a um comportamento. Por exemplo, à dificuldade de partilhar a vida com uma pessoa, agora se dá o nome de single; não é mais solteiro ou sozinho, é single. E tem tanta gente single no mundo hoje porque as pessoas estão exigentes demais, insatisfeitas, e porque a vida sozinho é mais possível, mais barata. Para viver com uma pessoa, você tem de fazer concessões, precisa ser corajoso, tem de investir na pessoa com todos os riscos que o “investimento” traz. A vida single está na moda porque há um ônus enorme na vida partilhada.
Quem é sozinho acaba cada vez mais solitário?
Quanto mais sozinha, mais viciada na solidão a pessoa fica. E aí é mais difícil fazer concessões. Não estou falando só de amor romântico, mas de amizade, de vínculos. Hoje se tem todo um equipamento urbano pra viver sozinho. A pessoa pode falar com amigos que estão longe – ou mesmo que não existem – pode comprar comida sozinha, pode ter um cachorro, para brincar de parceria com ele. O cachorro tem sempre amor incondicional, por isso é mais fácil do que gente.
Então viver sozinho é um caminho sem volta?
Quando alguém fica sozinho, não precisa se submeter às vontades, taras, desejos e dificuldades do outro. À medida que você vai ficando sozinho porque está bom, uma hora tenta ficar com alguém e não consegue. Está acostumado.
Mas há quem queira encontrar alguém e não consegue.
Não consegue porque ninguém quer mais saber de ninguém. Os jovens estão cada vez mais narcisistas. Quando uma pessoa fala que quer alguém, ela quer alguém pra preencher o vazio que sente. Mas esse alguém não é real, que vem com os problemas de alguém real.
E mais: as pessoas estão cansadas do cotidiano. Elas têm de trabalhar muito, têm que investir muito na carreira. Às vezes, é mais seguro investir na carreira e na grana do que numa parceria. Os mais jovens têm cada vez mais medo da vida, e ficam cada vez mais cansados. Porque viver com medo cansa.
Você sente uma inquietação na sociedade para mudar isso?
Existe, sim, a inquietação. Mas acho que isso é fruto da estrutura capitalista. O capitalismo – e não sou marxista -, mas, analisando o contexto histórico, o capitalismo produz pessoas sozinhas e produtivas. Claro que eles continuam fazendo propaganda para família porque família consome. É uma contradição. Porque ao mesmo tempo que o capitalismo gera como efeito colateral o narcisismo, a solidão, o egoísmo, essa autonomia do ser single produz sofrimento.
As mídias sociais têm alguma responsabilidade nesse cenário?
Elas não criaram isso, mas têm responsabilidade no sentido de que são uma mensagem de solidão. Como o conceito da Teoria da Comunicação, de que o meio é a mensagem. As mídias sociais são uma mensagem no seguinte sentido: você pode ter vínculos com as pessoas desde que não sejam “sujos”. “Sujos” no sentido de que sejam reais. É mais ou menos como você ter uma vida mergulhada no álcool-gel. As mídias sociais são uma ferramenta da solidão. Claro que ela também faz você encontrar pessoas, fazer networking, mas observo que as pessoas mais jovens – dou aula e trabalho com jovens – têm cada vez mais uma alienação da vida real.
Nós estaríamos mais felizes hoje se vivêssemos mais o afeto em relações duradouras?
A vida afetiva faz parte da experiência humana ancestral. Na hora em que você não tem vida afetiva, isso causa sofrimento. Mas quando uma pessoa opta por ter uma vida afetiva porque está infeliz não dá certo. Não vai adiantar fazer uma fórmula: você está infeliz porque está sozinho. Procura um parceiro que você vai ser feliz. Não vai funcionar. Você vai procurar um parceiro porque quer que ele te faça feliz.
O que falta para revertermos esse cenário?
Não é só uma coisa que falta, mas uma seguramente é a generosidade. Ninguém é mais generoso, todo mundo só quer ser feliz. Uma vida afetiva pode deixar a pessoa mais equilibrada, com capacidade melhor de convívio, menos egoísta, mais tolerante.
Mas então você defende que as pessoas são mais felizes com alguém?
Eu acredito que tem pessoas que vivem bem sozinhas. E são mais felizes assim. Assim como acho que tem pessoas que são mais felizes não tendo filhos. A questão é outra. A questão é que existe hoje uma epidemia de solidão por fruto de narcisismo, egoísmo, falta de generosidade, entropia afetiva. Sempre existiram pessoas que viviam melhor sozinhas, mas é a minoria.
Uma vacina para tentar prevenir ou retardar o câncer em cães poderá ser testada em pessoas, de acordo com pesquisadores.
Os cientistas estão se preparando para testar uma droga que espera treinar o sistema imunológico para reconhecer e atacar uma parte específica das células cancerígenas.
Eles escolheram uma parte das células cancerígenas às quais as células do sistema imunológico – as células brancas do sangue – normalmente se ligam, e que acreditam ser comuns a vários tipos de câncer.
Ensinar o corpo a atacar isso sempre que achar que poderia significar que os corpos dos cães têm uma linha de defesa muito precoce contra tumores.
E como o câncer em cães se desenvolve de maneira semelhante aos humanos e pode ser desencadeado por fatores ambientais semelhantes, o jab pode um dia ser dado às pessoas.
Pesquisadores da Universidade Estadual do Arizona e da Universidade Estadual do Colorado testarão sua vacina em 800 cães para ver se há alguma chance de sucesso.
Os resultados possíveis são que menos cães têm câncer, a doença leva mais tempo para se desenvolver ou a vacina não funciona.
Falando sobre os resultados, o Dr. Doug Thamm disse à CNN : ‘Um é que há menos câncer nos cães que recebem a vacina. Isso seria uma grande vitória.
Você já se sentiu grato hoje por todos os mínimos confortos de que pode desfrutar no seu dia a dia? A cama confortável, o chuveiro com água quente para tomar banho, a comida na mesa e uma infinidade de outros pequenos privilégios podem ter se incorporado tanto à nossa rotina que os encaramos com naturalidade, mas para muitas pessoas ao redor do mundo, essas são experiências às quais nunca terão acesso.
A turista Laura Grier estava recentemente explorando o Parque Nacional Bwindi, em Uganda, na África, quando viu uma cena que a deixou tocada: uma mulher local andando descalça pelas ruas de terra quente e infestadas de doenças do mercado.
Antes de chegar a Uganda, Laura ouvira falar do nível de pobreza em que vivem as pessoas da aldeia. Muitas delas lutam simplesmente para encontrar água limpa para beber ou comida para dar aos filhos. Itens como roupas e jóias são difíceis de encontrar, e mulheres como a que Laura viu nunca tinham possuído um par de sapatos antes.
Laura então disse a seu motorista para parar o carro e pediu que ele desse à mulher um par de tênis que ela trouxe especificamente para dar a alguém necessitado. David, o motorista, ajudou a mulher a colocar os sapatos, enquanto a alegria dela crescia. Quando se viu com um tênis nos pés pela primeira vez, a mulher abriu um imenso sorriso e acenou para Laura, que tinha ficado dentro do carro.
“Quando vi a mulher na beira da estrada descalça, pedi ao motorista que parasse. A mulher estava descalça e nunca possuíra sapatos antes ”, disse Grier. No segundo em que o motorista terminou de amarrar os cadarços do primeira par de tênis que ela calçava, a mulher se sentiu tão bem que não pôde deixar de começar a dançar de alegria.
O momento em que a mulher africana dança de alegria foi registrado em vídeo e compartilhado nas redes sociais. É claro que este sincero e comovente registro viralizou rapidamente. Todos que vêem as imagens não podem deixar de sentir um pouco da alegria.
Esta mulher que não tem quase nada, foi capaz de ser tão grata ao ter acesso ao um mínimo conforto, que não se conteve e pôs-se a dançar. E isso não poderia deixar de ser uma lição a todos nós que vivemos rodeados de privilégios e mesmo assim nos deixamos tornar pessoas amargas e mal agradecidas.
Que esta história te traga alegria, como um par de tênis pôde alegrar certa vez uma mulher africana.
Ela é tão grata que é um grande lembrete para todos nós sermos gratos pelo que temos.
Linda Nall é uma senhora de 72 anos que sofre de problema de rins há bastante anos. Contudo, nos últimos tempos, a sua situação agravou-se e acabou por precisar mesmo de um transplante de rim.
Perante a enorme dificuldade em encontrar um dador compatível e a urgência em tratar da situação, a mulher acabou mesmo por colocar uma placa no seu jardim com uma mensagem escrita que dizia:
“EU SOU DO TIPO O E PRECISO DE UM TRANSPLANTE DE RIM. POR FAVOR ME AJUDE.”
O que ela não contava era que a ajuda chegasse tão rápido e, ainda por cima, de tão perto, incluindo mesmo da sua própria rua, pelo seu vizinho Frank Dewhurst, um idoso de 84 anos.
Ao ver a placa no jardim de Linda, Frank não conseguiu ficar indiferente e, após conversar com a sua esposa sobre o assunto, este decidiu avançar com a decisão de ajudar a sua vizinha e doar-lhe um rim.
“Quando ele me disse que queria me dar o rim, fiquei chocada”, disse Linda ao HuffPost UK. “É uma coisa incrível que ele fez por mim e eu sou muito grata.”
Apesar de haver a ideia generalizada de que pessoas idosas não podem ser doadoras devido à sua idade avançada, isso na realidade não corresponde à verdade, já que os doadores são avaliados com base na sua própria saúde e na adequação do rim para o destinatário pretendido. Por isso, Frank teve de passar por uma série de exames antes de ser aceite como doador de Linda. Contudo, o procedimento seguinte foi tão simples que apenas 48 horas após a cirurgia, este já estava de volta ao exercício e às atividades normais.
Segundo Hassan Ibrahim, chefe de doenças renais no Hospital Metodista de Houston, onde foi realizado o transplante, “Em média, mais de 60% dos rins de doadores vivos duram mais de 10 anos, em comparação com 46% dos doadores mortos”. “É por isso que encorajamos os pacientes a encontrar um doador vivo cuja chance de nunca ter problemas renais após o transplante exceda 99%”, continuou.
Depois da cirurgia, Nall disse que mal podia esperar para passar mais tempo com a família e com os amigos e socializar mais. “Eu vivi muito tempo não sendo capaz de comer o que eu quero comer e fazer o que eu quero fazer”, disse ela. “Vou aproveitar ao máximo o generoso presente de Frank e viver a vida ao máximo. Eu mal posso esperar.”
Às vezes nos sentimos desafinados, envoltos em um cinza e branco diários, vazios e sem sentido. Quando nos perguntam o que está errado, dizemos que estamos cansados, apenas isso e nada mais. No entanto, sob esse esgotamento sem forma ou razão esconde a tristeza, aquele amigo pálido que é instalado sem permissão na mente e no coração para inocular a apatia e a recordação.
Vamos enfrentá-lo, todos nós já experimentamos essa mesma situação em algum momento. Quando a fadiga é acrescentada àquela emoção pegajosa, lânguida e profunda como é tristeza, não hesitamos em ir ao “Dr. Google” em busca de um possível diagnóstico. Instantaneamente aparecem termos como “depressão”, “anemia”, “hipotireoidismo”, etc.
Quando a tristeza se instala em nós, nós imediatamente a concebemos como algo errado, como algo patológico, do qual somos instantaneamente liberados como se alguém estivesse sacudindo poeira ou sujeira das roupas. Não gostamos disso e queremos nos defender dele sem parar para sequer entender sua anatomia, mergulhar em seus cantos e recantos melancólicos para adquirir uma aprendizagem muito mais profunda de nós mesmos.
Na verdade, às vezes esquecemos que a tristeza não é um transtorno, que a tristeza e a depressão não são as mesmas. Enquanto essa emoção não se estender ao longo do tempo e não interferir continuamente no nosso modo de vida, temos uma boa oportunidade, por mais paradoxal que seja, de avançar e crescer como pessoas.
Estamos sempre cansados, mas sob esse cansaço pode haver algo mais
Às vezes passamos momentos assim, aqueles em que nos sentimos cansados e levantamos da mesma maneira. Podemos ir ao médico e, ainda assim, as análises nos dirão que não há desequilíbrio hormonal, deficiência de ferro ou qualquer outra patologia de origem orgânica. É muito possível que o profissional de saúde nos diga que pode ser a mudança de estação, uma pequena distimia típica do outono ou da primavera. Algo muito leve e que pode ser resolvido com um tratamento farmacológico pontual e limitado no tempo.
Agora, há estados emocionais que não requerem a ajuda da farmacopeia para serem resolvidos. No entanto, ao experimentar seu impacto psicossomático em nosso corpo, é normal que nos assustemos e cometamos o erro de tratar o sintoma sem primeiro abordar o foco do problema: a tristeza.
Por que nos sentimos cansados quando estamos tristes?
Os mecanismos cerebrais que governam nossos estados emocionais são bem diferentes um do outro. Enquanto alegria ou efusão originam toda uma série de conexões e hiperatividade em nossas células e regiões cerebrais, a tristeza é muito mais austera e prefere economizar em recursos. No entanto, faz isso para um propósito muito específico. Vamos vê-los em detalhes.
A tristeza gerou em nosso corpo uma diminuição muito notável na energia. Além disso, sentimos a necessidade de evitar relacionamentos sociais, ficamos desconfortáveis, o som pode até doer, o rumor do nosso ambiente nos incomoda e preferimos o canto da solidão.
– É interessante saber também que a estrutura que assume controle em nosso cérebro é a amígdala, mas tenha cuidado, apenas uma parte dela, especificamente, a parte direita.
– Esta pequena região do cérebro é o que nos induz a essa sensação de retraímento, de inatividade, de fadiga física … Toda essa descida de energia tem em si um objetivo: favorecer a introspecção.
Da mesma forma, estados de tristeza reduzem nossa capacidade de atenção em todos os estímulos externos que nos cercam. Isto é assim por uma razão mais que óbvia: o cérebro tenta nos dizer que é hora de parar e pensar, refletir sobre certos aspectos de nossa vida.
Coisas que devemos aprender sobre esses estados ocasionais associados à tristeza
A tristeza ocasional, que nos abraça por alguns dias e nos faz sentir cansados, arrependidos e desconectados da nossa realidade é algo que não podemos ignorar. Tratar os sintomas, resolver nosso cansaço com vitaminas ou nossa dor de cabeça com analgésicos é inútil se não chegarmos à raiz real do problema.
Em caso de não fazê-lo, em caso de não pararmos e nos atentarmos ao que é que nos perturba, nos incomoda ou nos preocupa, é possível que esta bola cresça e a tristeza se torne mais extensa. Portanto, pode ser útil refletir sobre uma série de dimensões sobre essa emoção que, sem dúvida, esclarecerão alguns pequenos detalhes.
Três “virtudes” sobre a tristeza que devemos entender
– A tristeza é um aviso. Apontamos antes, a perda de energia, estar cansado e com falta de recursos mentais para desenvolver no dia a dia são apenas sintomas de um problema óbvio que devemos resolver.
– A tristeza como resultado do desapego. Às vezes, nosso próprio cérebro já está nos alertando de algo que nossa mente consciente não termina de assumir: “é hora de deixar esse relacionamento”, “esse objetivo que você tem em mente não vai se cumprir”, “você não está feliz nesse trabalho” e etc.
– Tristeza como instinto de conservação. Este fato é curioso e devemos lembrar: às vezes a tristeza nos convida a “hibernar” para desligar temporariamente da nossa realidade para conservar os recursos … É uma ocorrência comum quando, por exemplo, nós sofremos uma decepção, lá onde sempre refletem saudável alguns dias em estreita recordação, a fim de salvaguardar a nossa auto-estima, a nossa integridade …
Para concluir, como podemos ver, há momentos em nossa vida onde a fadiga tem pouco físico e sim muito emocional. Longe de ver a tristeza como desordem a ser tratada, devemos vê-la como uma voz interna a ser ouvida, como uma emoção valiosa e útil, essencial para o crescimento do ser humano.
Você provavelmente já foi tentado em clicar em matérias que destacam o trabalho de artistas que resolveram reimaginar as princesas Disney como mulheres de carne e osso, ou como celebridades, ou ainda com aparência de mulheres reais. Mas desta vez a internet foi longe demais!
O escritor e ilustrador Crystal Ro, que mora em Los Angeles, teve a melhor ideia, recriar os príncipes da Disney usando o rostinho ilustre de um milhão de dólares do mais novo queridinho da internet, crush de dez entre dez mulheres, coqueluche dos sites de entretenimento, Keanu Reeves. E o resultado da imaginação do artista é tudo o que você precisa ver hoje.
Keanu como Aladdin
Keanu como Fera, de “A Bela e a Fera”
Keanu como o príncipe Naveen, de “A Princesa e o sapo”
Keanu como o príncipe Eric, de “A pequena sereia”
Keanu como o príncipe de “Branca de Neve e os sete anões”
Keanu como o príncipe encantado da “Cinderela”
Keanu como o príncipe Phillip, da “Bela Adormecida”
Keanu como Li Shang, de “Mulan”
Keanu como John Smith, de “Pocahontas”
Não sei vocês, mas em algumas ilustrações achei o Keanu a cara do Murilo Benício. Enfim, voltamos em breve com mais informações sobre Keanu Reeves e o seu fã-clube cada mais numeroso.
Um novo estudo publicado no Journal of Psychopharmacology, conduzido por pesquisadores da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, disse que a capacidade de falar outras línguas melhora após ter consumido uma dose baixa de álcool.
SABEMOS QUE O CONSUMO DE ÁLCOOL AFETA AS FUNÇÕES COGNITIVAS E MOTORAS.
Entre elas, “funções executivas”, que incluem a capacidade de lembrar, prestar atenção e inibir comportamentos inadequados, são particularmente sensíveis aos seus efeitos.
Dado que as funções executivas são importantes quando se fala uma segunda língua (não nativa), o consumo excessivo de álcool pode impedir que consigamos comunicar correctamente. No entanto, como o álcool aumenta a autoconfiança e reduz a ansiedade social, o efeito seria diferente.
SEGUNDO ALGUNS PESQUISADORES, TODA A ACTIVIDADE SOCIAL É MELHOR DEPOIS DE INGERIR ÁLCOOL.
Para testar essa ideia, que tem sido popularmente aceite, mas sem uma base científica, os pesquisadores chamaram um grupo de 50 alemães que aprenderam recentemente a falar, ler e escrever em holandês.
Alguns receberam uma bebida que continha um pouco de álcool (em quantidades variadas, dependendo do peso da pessoa) e outros não. Depois disso, os participantes tiveram que conversar em holandês com holandeses que não sabiam quem tinha bebido e quem não tinha. No final da actividade, eles tiveram que avaliar o desempenho dos participantes de acordo com uma série de categorias.
ENTRE OS RESULTADOS, A MAIOR PONTUAÇÃO FOI NA CATEGORIA DE PRONÚNCIA.
Dr. Inge Kersbergen comentou: “O nosso estudo mostra que o consumo de álcool tem efeitos positivos entre aqueles que aprenderam recentemente esta nova língua, então evidentemente apoio a ideia de que nos ajuda-nos a falar outro idioma com mais fluência.”
Outro dos pesquisadores, Dr. Fritz Renner, acrescentou: “É importante notar que os participantes deste estudo consumiram uma baixa dose de álcool. Níveis mais altos de consumo podem não ter efeitos benéficos, pelo contrário.”
Apesar dessas primeiras conclusões, eles dizem que devemos ser cautelosos com a implicação desses resultados, até que eles possam analisar em detalhes os fatores que influenciaram o resultado.