Motociclista salva mulher e taxista de alagamento em SP

Motociclista salva mulher e taxista de alagamento em SP

A cidade de São Paulo amanheceu praticamente submersa nesta segunda-feira, 10, instaurando um verdadeiro caos urbano. As vias que cruzam a cidade estavam alagadas, entre elas a Marginal Tietê, o que colocou muitos motoristas em risco. Dentre eles, uma mulher que teve o carro alagado ao tentar transitar pela pista local. Tudo estaria perdido se não fosse pela coragem e pela bravura de alguém que decidiu não ficar de braços cruzados.

Um motociclista que passava pelo local entendeu a gravidade da situação e imediatamente conseguiu tirá-la do carro. E em seguida, o motociclista ajudou outro taxista que se arriscou no alagamento.

A atitude do motociclista deixou a mulher bastante emocionada. “É meu herói. Eu estou muito feliz, ainda bem que existem muitas pessoas assim. Vou ser amiga dele eternamente.” agradece.

Em entrevista ao programa Balanço Geral, da TV Record, o motorista Willian contou que, no momento em que tudo aconteceu, só se colocou no lugar da mulher e do taxista e que pensou que a água poderia subir mais ainda. “Eu estava indo para o trabalho, mas na hora que eu percebi o que aconteceu, sabia que tinha que tirar o pessoal de lá”.

Medalhas e honrarias não seriam suficientes para agradecer Willian, que buscou força e coragem para fazer a coisa certa na hora certa.

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Redação CONTI outra. Com informações de Tribuna de Jundiaí.
Motociclista salva taxista e mulher ilhados em São Paulo (Foto: Reprodução/Facebook Recordt

A sorte é que não somos feitos do que os outros pensam

A sorte é que não somos feitos do que os outros pensam

Vivemos rodeados de pessoas de todo tipo, com histórias pessoais e visões de mundo próprias. Cada um de nós concebe a vida lá fora e o mundo aqui dentro de uma maneira muito peculiar, de acordo com os instrumentos que temos, digerindo o que chega e o que sai, assimilando ou não, aprendendo ou não, devolvendo ao mundo aquilo que carregamos em nossos corações. Infelizmente, nem todo coração é igual ao nosso.

E é assim que vamos nos encontrando e nos desencontrando, tentando achar a melhor forma de conviver e de viver entre tanta gente. A maioria de nós quer harmonia e foge a atritos sem serventia, porém, tem muita gente que parece mergulhar em águas turbulentas o tempo todo, como se precisasse de embates e de discussões incômodas para viver. E, quase sempre, essas pessoas se intrometem onde não foram chamadas, para que possam provocar as tempestades de que se alimentam.

Muitas pessoas se agarram ao que acham ser a verdade, ser o correto, o adequado, e jamais se permitem rever os próprios conceitos. Com isso, são incapazes de conseguir enxergar outros caminhos que não aqueles que traçaram para si, ainda que suas jornadas sejam dolorosas, obsoletas, paralisantes. Não flexibilizam, não oxigenam as ideias, que ficam mofando e atrapalhando os avanços necessários. Quem não reza a cartilha dessas pessoas é alvo de seu julgamento, na maioria das vezes cruel.

Os julgamentos da sociedade sempre ocorreram, mas hoje estão ainda mais acirradas, haja vista a superexposição disseminada pelas redes sociais. Quase todo mundo se encontra em uma vitrine, pronta para ser apedrejada impiedosamente no primeiro escorregão, mesmo que não haja evidências claras, ainda que se trate de formas de viver que não machucam ninguém. Posicionar-se publicamente, nesse contexto, tornou-se perigoso, pois o contraditório não é digerido por grande parte das pessoas.

Por isso, é necessário guardar dentro de si tudo o que alimenta seus sonhos, tudo o que compassa as batidas de seu coração, tendo a certeza de que seu caminho é limpo e verdadeiro, de que você é alguém que vale a pena. Quem se ama sabe muito bem o que é seu e o que não é, não se abalando com as reprimendas que jogam lá de fora, pois é alguém que se conhece e sabe exatamente o que tem a oferecer e por merecer. É alguém que não se contamina pela doença do outro, alguém que se conforta ao perceber que nunca será feito do que os outros pensam. E segue.

Foto de Victoria Borodinova no Pexels

Big Brother Brasil e o princípio do prazer

Big Brother Brasil e o  princípio do prazer

O Big Brother Brasil coleciona polêmicas envolvendo os seus participantes. Falas que revelam preconceitos e atitudes abjetas que geram discussões dentro e fora do programa. Mas isso não é exclusividade brasileira, já que as mesmas coisas absurdas acontecem nesse reality show pelo mundo, evidenciando a banalização da violência contra as mulheres, a glamourização da ganância e a espetacularização da baixaria.

Esse reality instrumentaliza o princípio do prazer, que é a busca instintiva de satisfazer as necessidades biológicas e psicológicas dos participantes, como força motriz que agita as disputas no interior da casa. Eles usam gírias e expressões populares, tais como: “galera”, “tretas”, “confessionário”, “paredão”, etc., que contêm elementos profanos e sagrados para seduzir o público.

Aliás, as personalidades que são escolhidas a participar desse reality de televisão, que é um gênero de programação que supostamente improvisa situações da vida, precisam agir impulsivamente, não respeitar nenhuma regra moral e obedecer apenas ao roteiro de – infantilização adulta – ditadas pela produção do programa.

É por isso, que os participantes, como raras exceções, são selecionados por possuírem corpos erotizados, sarados e tatuados, hábitos consumistas, baixa inteligência emocional, desenvolvido psicossexual mal resolvido e o delírio pelos holofotes da mídia. E tudo isso é exibido todos os dias no horário nobre da TV.

Para estimular os desejos dos participantes, a casa que eles ficam confinados simula ambientes de uma boate, que se pode dançar e se divertir a vontade, de um bar onde tem à disposição bebidas e aperitivos e um bordel no sentido de se manter em baixo dos edredons relacionamentos íntimos.

Entretanto, o Id dos “brothers” e das “sisters” entram em choque com o princípio da realidade, que é um mecanismo psíquico que direciona a adaptação das pessoas à vida real e à ordem moral. O programa faz sucesso, exatamente, por expor de maneira sensacionalista os conflitos entre as instâncias psíquicas.

Assim, os participantes com todo o seu ímpeto neurótico e narcisista adentram no jogo para triunfar, porque eles têm a consciência de quando passar o período de “deslumbramento” de estar confinado na casa mais famosa e vigiada do país, logo cairão no esquecimento da mídia e do público.

Contudo, o vencedor do programa será a pessoa que demonstrou amadurecimento, ou seja, que racionalizou os impulsos e não sucumbiu ao machismo e o racismo explícito no jogo. Ou o vencedor ou a vencedora pode ser alguém que conseguiu esconder a sua personalidade patológica, pois soube manipular com maestria os outros.

Enfim, é óbvio que o clima relacional e motivacional desse reality é empobrecido, porque escancara a trapaça, a mentira, a ocultação de más intenções, a agressão, a raiva, a arrogância, a inveja, a maldade e o ressentimento. Em visto disso, o objetivo da direção do programa é surfar na onda de audiência que traz à tona os conflitos entre gêneros, mesmo assim, as redes sociais não perdoam esse tipo de comportamento.

Homem vê cadelinha carregando tigela de comida, decide seguí-la e tem uma surpresa

Homem vê cadelinha carregando tigela de comida, decide seguí-la e tem uma surpresa

Há algum tempo, um homem chamado Yusuf Kılıçsarı, que trabalha resgatando animais de rua na Turquia, postou um vídeo em suas redes sociais, retratando com fidelidade um fragmento da dura realidade dos cães abandonados que vivem nas ruas à procura de caridade e lutando bravamente para sobreviver a desafios como fome, frio e a maldade humana, que vez ou outra mostra suas caras em qualquer esquina.

No vídeo de Kılıçsarı, vemos uma cachorrinha carregando uma tigela de comida na boca. Ela claramente estava firme no propósito de cumprir uma missão. Assim que viu a cena, o ativista ligou a câmera e seguiu a cadelinha.

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Ao longo de alguns minutos, o vídeo mostra Kılıçsarı sendo conduzido por ruas, passando por uma zona de construção e por um ferro-velho – onde o objetivo adorável da missão da cachorrinha foi finalmente revelado.

Sob os cuidados da cadelinha de rua estavam quatro filhotes – todos parecendo saudáveis e gordinhos, sem dúvida graças a ações como a que Kılıçsarı acabou de testemunhar.

“Isso é maternidade”, escreveu ele.

Essa cena é um lastro de esperança em dias tão difíceis e também um verdadeiro testemunho do amor de uma mãe , mesmo nas mais sombrias circunstâncias. Talvez seja por isso que o vídeo tenha viralizado e venha emocionando tantas pessoas mundo afora.

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Redação CONTI outra. Com informações de portaldoanimal

Fotógrafo australiano captura um arco-íris nas asas de um beija-flor. Uma beleza única!

Fotógrafo australiano captura um arco-íris nas asas de um beija-flor. Uma beleza única!

O mundo da natureza pode nos proporcionar maravilhosos cartões postais e paisagens. Os seres vivos são uma criação surpreendente, de sabedoria subliminar. Podemos encontrar momentos belos, únicos e desconhecidos, que nos mostram cada vez mais que ainda não terminamos de conhecer nosso planeta.

E foi um desses charmes naturais que conseguiu capturar o fotógrafo australiano Christian Spencer. Residente no Brasil, ele mantém contato permanente com a natureza. Desta vez, ele nos surpreendeu com imagens de um arco-íris nas asas de um beija-flor, onde a luz penetra o corpo do animal e forma cores extraordinárias.

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Christian Spencer

O artista australiano mora no Parque Nacional do Itatiaia, no Rio de Janeiro, há 19 anos. A natureza envolvente o inspirou em várias ocasiões, levando-o a pegar sua câmera e compartilhar essa beleza específica.

Uma de suas grandes descobertas foi a maneira como a luz passa através do pequeno corpo desses pássaros. Através de fotografias e gravações de filmes, pelas quais ele foi premiado em 2011, ele compartilha seu amor por esse fenômeno com o mundo.

Deixamos vocês com um trailer de seu trabalho, que reflete a relação de tempo e natureza, focada no beija-flor.

Suas fotografias deixam qualquer um sem palavras, pois são um toque mágico digno de admiração e aqui compartilhamos algumas delas.

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Cada obra de arte da Spencer é tremendamente aclamada e também premiada, estão disponíveis em seu site e também em sua conta do Instagram.

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O corpo específico do beija-flor, suas cores e o zumbido de suas asas imparáveis, são refletidas em cada imagem do fotógrafo.

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A dança do beija-flor em formato instantâneo é muito agradável. Fotografias dignas de aplauso, assim como seu curta-metragem, Christian Spencer merece ser aplaudido em pé!

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Conheça mais sobre os trabalhos de Christian Spencer em seu site oficial.

Com informações de UPSOCL

Esquecimento constante é sinal de inteligência extraordinária, diz a ciência

Esquecimento constante é sinal de inteligência extraordinária, diz a ciência

Você é daquele de pessoa que sempre esquece onde estacionou o carro no estacionamento do shopping, ou então que vai ao supermercado e anda por todos os corredores procurando por algo, e de repente não se lembra o que estava procurando nem o que foi fazer ali? Pois você não é o/a único/a! Esse tipo de situação costuma acontecer com frequência com pessoas muito ocupadas que fazem diversas coisas ao mesmo tempo. E tem mais, um estudo realizado pela Universidade de Toronto, no Canadá, mostra que o esquecimento pode não ser tão ruim assim.

De acordo com Paul Frankland e Blake Richards, pesquisadores da Universidade de Toronto, ter pequenos lapsos cerebrais são totalmente normais. O que ocorre é que lembranças antigas são “sobrescritas” no cérebro por novas memórias.

Para Richard, é importante que o cérebro esqueça detalhes irrelevantes e se concentre nas coisas que o ajudarão a tomar decisões no mundo real. Estes dois métodos interagem entre si, pois deixam que decisões inteligentes sejam tomadas em ambientes com muito ruído e com muita circulação de pessoas e acontecimentos.

De acordo com o autor do estudo, o verdadeiro sentido da memória é potencializar a tomada de decisões em situações adversas, pois o cérebro vai depurando detalhes irrelevantes e se prende a coisas que contribuirão para tomada de decisões rápidas e inteligentes, num mundo em tempo real.

O Professor Richards ainda acrescenta, “Você não quer esquecer tudo o que sabe, é claro, mas se estiver esquecendo muito mais do que o habitual, isso pode ser motivo de preocupação. No entanto, se você é alguém que esquece detalhes ocasionais, é provavelmente um sinal de que seu sistema de memória está perfeitamente saudável e fazendo exatamente o que deveria estar fazendo ”.

Então, se você esquece de muitas coisas desnecessárias, orgulhe-se de ser uma pessoa muito inteligente.

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Redação Conti outra. Com informações de revistapegn

Imagem de Jerzy Górecki por Pixabay

Menino de 12 anos monta escola em seu quintal para oferecer estudo a crianças carentes do seu bairro

Menino de 12 anos monta escola em seu quintal para oferecer estudo a crianças carentes do seu bairro

Embora tenha apenas 12 anos, o ‘professor’ Leonardo Nicanor Quinteros consegue se fazer respeitar pelos seus 36 alunos. Há alguns anos, o menino resolveu oferecer ele mesmo uma oportunidade de Educação para as crianças carentes dos bairros pobres de Las Piedritas I e II, localizados em Pocito, em San Juan (Argentina). Foi aí que ele criou a escola “Pátria e Unidade” no pátio da casa de sua avó.

A “Pátria e Unidade” não é oficialmente reconhecida, mas os alunos aprendem. E todos em Pocitos, localizada a cerca de 20 quilômetros da capital de San Juan, reconhecem a localização precisa da pequena escola localizada no quintal da vovó Ramona.

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Além da solidariedade e do desejo de ensinar de Nico, a pobreza é outro protagonista no local. Na Pátria e Unidade, as portas são dois estrados de camas velhas. As paredes são feitas de papelão, chapa e nylon. No interior, os espaços são mínimos: três salas de aula divididas por tecidos que funcionam como cortinas. Cada sala tem seu quadro-negro e uma lata, onde são armazenados pequenos pedaços de giz. Há um jardim de infância, onde as crianças se sentam em tijolos ao redor de uma mesa. “As crianças de dois anos começam aqui … Primeiro elas começam a brincar”, explica Nico naturalmente. As outras duas salas de aula são destinadas às séries mais avançadas (1ª e 2ª uma e 5ª e 6ª outras). Do lado de fora estão os bancos para os alunos da 3ª e 4ª série, além de um mastro com a bandeira da Argentina e até um sino para anunciar o recreio.

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Nico participa de suas próprias tarefas escolares pela manhã. Portanto, o horário escolar da Pátria e Unidade começa às 14:00 e termina às 18:00, embora às vezes eles possam se estender por mais algumas horas. A grande maioria dos 36 estudantes são crianças que buscam reforçar o conhecimento que adquirem em suas escolas. “Mas qualquer um pode vir, e não apenas os do bairro”, disse Nico durante entrevista ao jornal argentino Clarín. O menino leva muito a sério seu trabalho como professor. “Eles estão aprendendo, não vêm só brincar”, diz ele. E quem pode confirmar isso é Mirta Donoso, que tem 40 anos e é a aluna mais velha da turma.Mirta caminha mais de meia hora debaixo do sol todos os dias para ir à escola. A mulher conta, entre lágrimas, que graças a Nico já consegue escrever seu nome.

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Desde que a história do pequeno professor foi divulgada, ele vem recebendo muitos prêmios e reconhecimentos. No entanto, o sonho de Nico é expandir sua escola: “Eles me disseram que iriam construir uma sala de aula para que eu continue ensinando. Acredito que até o próximo ano esteja pronto”, diz ele animado.

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Redação CONTI outra. Com informações de Nation

Rondônia censura ‘Macunaíma’ e outros 42 livros e depois recua

Rondônia censura ‘Macunaíma’ e outros 42 livros e depois recua

Nesta quinta-feira (06) a Secretaria de Estado da Educação de Rondônia enviou um ofício aos coordenadores das escolas estaduais determinando o recolhimento de 43 livros clássicos da literatura brasileira e mundial, o pedido viralizou negativamente e causou revolta nas redes sociais.

“Solicitamos aos servidores que verifiquem os kits de livros paradidáticos encaminhados às escolas para compor o acervo das bibliotecas, os livros relacionados no Adendo ID (10053329), e procedam com o recolhimento dos mesmos imediatamente, tendo em vista conterem conteúdo inadequado às crianças e adolescentes”, dizia o pedido inicial.

A lista de livros estava composta por títulos como “Memórias póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis; “A vida como ela é” e “Beijo no asfalto”, de Nelson Rodrigues; “Contos de terror, de mistério e de morte”, de Edgar Allan Poe; “O castelo”, de Franz Kafka; “Macunaíma”, de Mario de Andrade, “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, além de livros de Carlos Heitor Cony.

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A secretaria então publicou uma nota informando que recebeu a denúncia de que “haviam livros paradidáticos com conteúdos inapropriados” nas bibliotecas. Devido a isso, afirmou que “a equipe técnica da secretaria analisou as informações e constatou que os livros citados eram clássicos da literatura”.

A partir da averiguação o processo eletrônico que contém a análise técnica foi encerrado imediatamente sem ordem de tramitação para quaisquer órgãos externos, secretarias ou escolas públicas.

Além de toda a lista, havia uma observação no final do documento que constatava que “todos os títulos de Rubem Alves deveriam ser recolhidos”. O governador do estado, Coronel Marcos Rocha (PSL), não se pronunciou sobre a determinação.

Apesar do recuo, a Aliança Nacional LGBTI+, organização que atua na área de garantia dos direitos humanos da população LGBT, entrou com uma representação no Ministério Público de Rondônia solicitando apuração do pedido da secretaria de Educação do estado.

“Importante ressaltar, que em nossas atividades defendemos o texto da nossa Carta Constitucional Federal, que fundamenta o ensino no pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, tendo como um dos princípios que regem o sistema educacional brasileiro a liberdade de prender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber”, diz o documento da organização.

Para verificar a Íntegra do Pedido Inicial e da Nota de Recuo, acesse: https://exame.abril.com.br/
Com informações de EXAME

Jojo Rabbit e os horrores do preconceito por trás do riso

Jojo Rabbit e os horrores do preconceito por trás do riso

Ainda que já tenha sido repetidamente contada nos cinemas, Taika Waititi trouxe sensibilidade, ironia e originalidade aos horrores do regime nazista que jamais devem ser esquecidos pela humanidade, principalmente no cenário atual em que vivemos.

Jojo Rabbit tinha tudo para ser mais do mesmo, ou daquelas produções esquecíveis e exaustivas sobre como o nazismo foi ruim e etc. O mundo inteiro sabe a história, mas ao mesmo tempo a desconhece, tanto que os próprios alemães precisam vez ou outra mostrar para nós (o restante do mundo), o quanto somos estúpidos e levianos sobre o que realmente se passou naquela época. Infelizmente, hoje vivemos faíscas de governos autoritários, fascistas e preconceituosos, e trazer para os cinemas, mesmo batendo novamente na tecla da Segunda Guerra Mundial, entretanto com uma originalidade sensível e comovente, é o que faz da produção escrita, dirigida e também com o próprio Waititi de ator coadjuvante, uma das melhores coisas que o audiovisual produziu nos últimos anos.

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O cineasta conseguiu mostrar, sob o olhar do jovem Roman Griffin Davis (Jojo Betzler) toda lavagem cerebral possibilitada pelas informações minunciosamente manipuladas e o quanto é importante, desde cedo, a repetição externa e extensa dessa educação ao terror na infância. O que isso quer dizer? Não são os livros que proporcionam uma má educação. Não são exclusivamente os pais que interferem na personalidade e na adoração e absorvição dos filhos por alguma ideia, conceito e cultura. Somos todos nós, os próprios adultos, com os bons e maus exemplos no cotidiano que acabamos por despertar e às vezes potencializar o olhar de uma criança para o preconceito, para a perda precoce da inocência que deveria ser vivenciada por eles, um passo de cada vez.

Daí entra a mãe de Jojo, vivida com maestria por Scarlett Johansson. Johansson merecidamente está indicada em ambas as categorias de melhor atriz e melhor atriz coadjuvante, no caso de Jojo Rabbit, pelo segundo. Johansson de novo mostra para quem quiser debater sobre cinema que ela é sim uma atriz marcante. A sua presença em cena não tem como passar despercebida e a sua interação com o filho, em cenas como por exemplo onde é tratada a ausência do pai na família, é um dos momentos mais emocionantes de todo o filme. Waititi de Hitler também está impagável. A acidez da sua atuação provocam risos, mas risos incômodos de tão disparate e inimaginável era a crueldade dessa histórica. De modo geral, todos os outros atores e atrizes acompanham a produção numa sintonia gostosa de se assistir.

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Contudo, os destaques maiores são mesmo a direção, o roteiro e a montagem de Jojo Rabbit. Em tempos nos quais procuramos qualidade e relevância naquilo que consumimos, Jojo Rabbit é prato cheio para várias das áreas mencionadas. Waititi comprova numa tacada só ter vindo para ficar entre os mais promissores e vencedores cineastas da sua geração. A sua veia para escrita e direção merecem total atenção e não seria absolutamente nenhum demérito caso ele vencesse em roteiro original, melhor diretor e até mesmo, correndo por fora, como melhor filme.

Jojo Rabbit está longe de ser o típico filme satírico. Ele também está longe de ser puxado pra coluna do dramalhão para arrancar lágrimas. Assim como ele também está longe de entrar na galeria das grandes comédias. Jojo Rabbit é singular, sem gênero. Ele transcende o riso, as lágrimas e o verdadeiro motivo do cinema encantar e provocar intensas discussões e estudo.

Mas, o grande feito, a sua marca que ficará gravada pra sempre no imaginário de quem teve a sorte de assisti-lo, certamente é o seu significado honesto e honroso para falar do preconceito. De quão longe o ser humano pode ir por causa de uma ideia corrompida e às vezes imposta goela abaixo, quando todos nós poderíamos hoje, se quiséssemos, procurarmos nos desconstruir de todas essas mazelas. Naquela época existiam milhares de desculpas. De 1945 para 2020 são desculpas demais para continuarmos trilhando esse perigoso caminho de quem grita mais alto e melhor, no lugar de quem pode fazer o que pode com afeto e empatia pelo próximo.

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É neste cenário habitável e no qual todos podemos conviver o lugar onde Jojo Rabbit encaixa. O riso e a ternura ainda são possíveis. A questão é: queremos?

Obs 1: Griffin Davis, de apenas 12 anos, merecia uma indicação como melhor ator. A naturalidade e foco desse garoto realmente impressionam.

Obs: 2: Thomasin McKenzie é um nome pra ficar de olho. Tirando a pequena participação dela em O Rei, da Netflix. A jovem carrega Leave no Trace (Sem Rastros), de 2018, nas costas. O filme inclusive é baseado em uma história real e segundo dizem, foi base de inspiração para o cult maravilhoso Capitão Fantástico, estrelado por Viggo Mortensen. Não foi dela especificamente na análise porque julguei que seria um baita spoiler do filme e a relação dela em Jojo Rabbit precisa ser vista como se fosse a primeira vez, como se você não tivesse lido sobre a personagem em nenhum outro texto.

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Imagens reprodução

Caminhe a meu lado, e a gente vai se ensinar mutuamente

Caminhe a meu lado, e a gente vai se ensinar mutuamente

“Não caminhe à minha frente, porque talvez eu não esteja disposto a segui-lo. Não caminhe atrás de mim, porque talvez eu nem tenha vontade de liderar você. Caminhe a meu lado, e a gente vai se ensinar mutuamente.”

Link: Resgatando a sabedoria interior com Felipe Rocha

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Essa linda frase de autoria por mim desconhecida foi dita pelo terapeuta holístico Felipe Rocha num episódio do podcast Conscientemente, cujo link está logo acima.

Ela traz profundos ensinamentos e talvez o maior deles seja o da humildade. É uma forma elegante de dizer que não existe ninguém nem melhor nem pior do que ninguém. O que existe são bilhões de seres humanos no mundo, cada um vivendo suas experiências e aprendendo a partir delas.

Quando duas pessoas caminham lado a lado, elas compartilham entre si seus valores e talentos de uma forma absolutamente diferente de quando uma está à frente e outra está atrás. E sabe o que é mais interessante? Quando há esse ensinamento mútuo nos enriquecemos interiormente, ganhamos mais recursos para lidar com os desafios que a vida nos impõe.

Há pessoas que tem um verdadeiro vício de serem as “sabe tudo”. As palavras que mais saem de suas bocas são “Eu já sei disso”. Com essa postura arrogante elas impedem de aprender com cada pessoa que surge em suas vidas, sem contar que muitas vezes se tornam difíceis de conviver.

Também há aquelas que não conseguem enxergar seus valores e talentos, achando quem em tudo os outros são melhores do que elas. Essa postura também é danosa. Muitos não fazem ideia da postura que é a mais adequada, que é a modéstia. Sabe o que é a modéstia no mais original da palavra? É você reconhecer os valores e os defeitos que tem “sem tirar nem por”, como se diz popularmente. Em outras palavras, é você não se envergonhar em dizer no que é bom, mas também não querer criar máscaras e mais mascarar para esconder aquilo no qual precisa ser melhorado.

Dando um exemplo pessoal para que isso fique claro. Eu me considero um bom professor. Exerço meu oficio de uma forma diferenciada e comumente sou reconhecido por fazer um bom trabalho. Agora me peça para fazer uma bela refeição, super gostosa e cheia de requintes! Você vai chorar de tristeza, porque sou uma negação da cozinha. Mal sei fazer um arrozinho ou fritar um peito de frango.

Isso é modéstia. Não estou me diminuindo e muito menos estou me colocando acima dos outros entende?

Quero concluir essa breve reflexão desconstruindo um antigo ditado que felizmente hoje em dia quase já não se fala mais, pois passa uma ideia bem machisma e talvez até preconceituosa. Diz assim: “Atrás de um grande homem tem sempre uma grande mulher”.

Fazendo um link com a frase do início é como se o homem fosse o que lidera a mulher, como se mandasse nela, e isso é absolutamente falso.

E sabe de outra coisa? Por que não poderia ser um outro homem em vez de uma mulher? E por que a frase não é construída com o protagonismo da mulher? Tudo isso precisa ser questionado…

Num primeiro momento até seria interessante mudar a frase para “Ao lado de um grande homem tem sempre uma grande mulher”. Essa frase é muito mais interessante que o ditado colocado antes. Mas a meu ver ainda está incompleto, porque podemos ter um grande homem ao lado de um grande homem, e também uma grande mulher ao lado de uma grande mulher.

Já pensou que lindo se esse ditado fosse escrito assim: “Ao lado de um grande ser humano há sempre vários outros grandes seres humanos…”. Uau! Isso é o que almejo para minha vida, ter muitas e muitas pessoas incríveis ao meu lado, aprendendo mutuamente!

Vamos juntos colocar em prática essa mensagem tão edificante? Caminhe ao lado das pessoas! Assim você estará sempre aprendendo e melhorando como ser humano…

A dor emocional é pior do que a dor física

A dor emocional é pior do que a dor física

Nós, seres humanos, somos agraciados com o poder de raciocinar, de refletir, de guardar na memória, de planejar e de sentir o mundo, as pessoas, a vida. Temos os pensamentos, onde cabe tudo o que quisermos. Talvez venha daí uma complexidade que nos acompanha: a de saber discernir o que deve ser retido e o que deve ser jogado fora.

Infelizmente, temos uma facilidade imensa em guardar dentro de nós tudo de negativo que nos acontece, todas as palavras desagradáveis que nos lançam, todas as falhas que pontuam a nossa jornada. Por outro lado, costumamos esquecer os elogios recebidos, os sorrisos compartilhados, o que dá certo.

Se, ao final do dia, perguntarem a nós sobre o que foi ruim, prontamente listaremos fatos e mais fatos, porém, se quiserem saber o que foi bom, provavelmente demoraremos para responder e conseguiremos nos lembrar de poucas coisas. É que aquilo que machuca vem forte, magoa fundo, dói demais.

A gente se cobra muito e qualquer erro se transforma em algo imenso. Já os acertos a gente parece achar que nada mais são do que obrigação de nossa parte. Se tiramos nota alta na prova, se cumprimos as metas do dia no trabalho, pensamos ter feito o que deveria ter sido feito mesmo, nada de anormal. Já quando não conseguimos, vem a dor e vem a culpa.

É incrível como nós mesmos somos capazes de nos colocar para baixo, de ferrar com a nossa autoestima, de nos sabotar. O sentido contrário disso somente é conseguido quando nos forçamos a agir diferente, quando nos exercitamos no sentido de amar mais quem somos, o que fazemos, o que conquistamos.

Deveria ser natural a gente se valorizar, mas não é. Infelizmente, o mais frequente é se enxergar menor, diminuto, menos do que se é. E essa é uma das razões que causam as dores emocionais e as elevam à enésima potência. Focamos no que foi ruim e alimentamos esse sentimento de derrota, de erro e, consequentemente, de culpa. E a dor só aumenta, porque a gente fica fraco e reluta em enxergar que também houve o que foi bom, que há quem goste da gente, que recomeços existem e são possíveis.

Temos que enfrentar a nossa escuridão, aceitando os erros e corrigindo nosso comportamento, para que a gente supere, avance e abrace novas chances. Entender que a dor vai passar e que ela é útil ao nosso aprimoramento como pessoa ajuda nesse processo de cura emocional. Não podemos é achar que acabou de vez, que nada mais importa, que nada mais vai dar certo.

Caso seja necessário, a gente tem que procurar ajuda profissional. Pedir ajuda não é feio, faz parte da humanidade que todos temos aqui dentro. Dor no corpo a gente ameniza com medicação. Dor emocional é mais difícil, porque vem de dentro, vem de onde poucos ousam entrar. Mas também passa, também tem cura. E o sol nascerá de novo, junto com cada um de nós.

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ilustrações de um artista japonês desconhecido, denominado por Avogado6

Babuíno encontra filhote de leão perdido, o toma como filho; e eles ainda recriaram a cena do Rei Leão!

Babuíno encontra filhote de leão perdido, o toma como filho; e eles ainda recriaram a cena do Rei Leão!

Se você, como a maioria de nós, teve a infância marcada pelo filme O Rei Leão, animação clássica da Disney, é bem provável que surte um pouquinho ao conhecer a história da amizade mais inusitada dos últimos tempos, entre um babuíno e um filhote de leão. Onde será que você já viu isso?

Tudo aconteceu no Kurt’s Safari, ao nordeste da África do Sul. Um filhote de leão que tinha sido deixado para trás por sua mãe foi pego por uma trupe de macacos e um dos babuínos se apaixonou pelo leãozinho.

Kurt Schultz, que fotografava os animais durante um safari, foi quem primeiro flagrou o momento em que o símio carregava o leãozinho para lá e para cá, relembrando a icônica cena de Rafiki e Simba. Ela conta que achou a experiência estranha. ”Fiquei preocupado, pois se o filhote caísse, não sobreviveria. O babuíno estava cuidando do filhote de leão como se fosse um filho seu. Em 20 anos como guia no Sul e no Leste da África, já vi babuínos abaterem filhotes de leopardo e já ouvi sobre eles tirando a vida de filhotes de leão. Nunca vi um carinho e uma atenção dessa maneira”, afirmou Schultz.

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Infelizmente, a amizade entre os dois não perdurará como a de Simba e Rafiki, afinal, babuínos e leões não são animais amigáveis entre si e é provável que, a partir do momento em que o filhote fique um pouquinho maior, os macacos o abandonem no meio da floresta. Além disso, é difícil que os babuínos alimentem o felino apropriadamente.

contioutra.com - Babuíno encontra filhote de leão perdido, o toma como filho; e eles ainda recriaram a cena do Rei Leão!

“O grupo de babuínos era enorme e a mãe leoa não seria capaz de recuperar o filhotinho. A natureza pode ser cruel muitas vezes e a sobrevivência de filhotes de predadores não é tão fácil quanto parece. Esse filhotinho vai ser uma ameaça aos babuínos quando crescer”, completou Schutz.

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Redação CONTI outra. Com informações de Hypeness

Museu da Língua Portuguesa será reinaugurado em junho de 2020

Museu da Língua Portuguesa será reinaugurado em junho de 2020

O secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, Sérgio Sá Leitão confirmou hoje que o Museu da Língua Portuguesa deve ser reaberto no primeiro semestre de 2020. O museu está fechado para reconstrução desde que foi atingido por um incêndio, em dezembro de 2015. A data exata para a reabertura do museu será anunciada em outubro.

Segundo Sá Leitão, que fez uma vistoria nas obras do museu puderam ”constatar que as obras estão no ritmo certo, no cronograma e serão concluídas, tudo leva a crer, no prazo que é 31 de outubro deste ano. Uma vez as obras concluídas, temos um prazo estimado em torno de seis meses para a implantação do museu, com todo o revestimento, equipamentos e todo o material que será exposto. É um museu que tem muita interatividade e muito conteúdo audiovisual”, disse o secretário.

“Parte dos recursos investidos aqui tem incentivo da Lei Rouanet. Outra parte é investimento direto ou investimento via seguro. Mas é claro que a Lei Rouanet é um instrumento importantíssimo de apoio ao desenvolvimento das atividades culturais e criativas do Brasil. Somos defensores e entusiastas desse mecanismo”, completa Sá Leitão.

O secretário disse que, em breve, o governo estadual fará uma chamada pública para selecionar a organização social que fará a gestão do Museu da Língua Portuguesa. “Não é um museu que será gerido diretamente pelo governo do estado de São Paulo, mas por uma organização social. Esse é o modelo no qual acreditamos e consideramos que é o melhor modelo de gestão para os museus”, disse.

contioutra.com - Museu da Língua Portuguesa será reinaugurado em junho de 2020
A Secretaria Estadual de Cultura finaliza a restauração do telhado do Museu da Língua Portuguesa e instala estrutura central da cobertura.

Até agora, foram concluídas as etapas de restauro das fachadas e esquadrias e de reconstrução da cobertura, faltando as obras de adaptação interna, que deve ser finalizada até outubro.

Para prevenir futuros incêndios, a gerente-geral da área de Patrimônio e Cultura da Fundação Roberto Marinho conta que foi montado um grupo de trabalho, com a participação do Corpo de Bombeiros. “Essa era a segunda vez que este prédio estava pegando fogo. Então definimos que nós íamos colocar, por exemplo, um splinkler [dispositivo que descarrega água em caso de incêndio], que não é uma exigência pela configuração da construção, mas nós pusemos. Tudo o que podíamos fazer a mais para fazer essa proteção, foi feito, para que possamos ficar tranquilos no futuro”, explicou Lúcia.

Enquanto o museu não fica pronto para sua reinauguração, o site oficial do Museu da Língua Portuguesa disponibiliza toda sua história para aqueles que não tiveram a chance de conhecer. Além de divulgar sempre Ações Educativo-Culturais que envolvem a cultura literária da nossa Língua Portuguesa. Confira em: http://museudalinguaportuguesa.org.br/

Fonte: Agência Brasil

“Eu sou o meu bem mais precioso e não permito que me tratem com menos afeto do que mereço”

“Eu sou o meu bem mais precioso e não permito que me tratem com menos afeto do que mereço”

Falo de coração quando digo que não me permito mais ficar próximo de quem finge ou tem preguiça em demonstrar afetos. Eu até entendo que somos todos diferentes, mas eu jamais vou me culpar por querer ter a concordância emocional dos afetos que mereço.

Não estou falando de perfeição, de demonstrações ou declarações exageradas. A gente até vive em uma sociedade em que mostrar um amor feliz e combinado nas redes sociais emociona, incentiva ou vira motivo de espelho para outras relações, mas o mais importante disso tudo é realidade do relacionamento offline. É desse afeto que me refiro. Do companheirismo que não dá para colocar filtros, do respeito que não tem pose ideal em nenhum lugar do mundo, da reciprocidade que não fica registrada na galeria do celular e nem naquele publicação com textão no Instagram.

Eu sou o meu bem mais precioso. O mundo já anda desapegado, desiludido e pessimista demais para que eu me entregue e aceite qualquer migalha de afeto. Conforto não significa amor, mas pode indicar uma autoestima baixa. E eu não quero isso. Eu não acho justo, não me conformo.

Pode chover uma onda de críticas, uma fila inteira para disputar quem dispara o melhor pitaco sobre a minha vida, mas já adianto que é perda de tempo. Talvez eu tenha essa expectativa inocente em considerar afetos reais como uma tarefa impossível, tudo bem. Contanto que a escolha seja minha, agradeço.

Eu sei que mereço mais e não menos porque tenho essa consciência afetiva de buscar o melhor de mim todos os dias. Então esbarrar, encontrar, conhecer ou ser apresentado por alguém pra “pessoa que é a minha cara” vem com uma observação bem grande do lado que diz: essa tal pessoa é mesmo disponível e chega sem medo de mudar, de aprender e somar? Pronto, é a pergunta que vem refletir o mínimo de afeto que mereço.

Eu sou o meu bem mais precioso, lembra? Quero afetos de boa qualidade e conteúdo. O combinado comigo é esse faz tempo.

Photo by Євгеній Симоненко from Pexels

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