15 atitudes que contribuem para a saúde mental dos filhos

15 atitudes que contribuem para a saúde mental dos filhos

É possível educar contribuindo para a saúde mental dos filhos.

Os sujeitos são cada dia mais compreendidos como influenciados pelo que está na sociedade, bem como também são formadores desse meio social que os afeta. As experiências culturais e as interações familiares são bons exemplos desses constituintes sociais. Os pais podem contribuir ricamente para a saúde mental dos filhos, agindo no intrapsíquicodeles. O jornal eletrônico El País recentemente entrevistou o educador Rafael Guerrero Tomás, doutor em Educação e especialista em transtorno por Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), transtornos da aprendizagem e transtornos de conduta. Segundo ele, é importante que atendam-se quinze necessidades para que os pequenos tenham uma boa saúde mental. E tal pensamento é extensivo a todos os que têm alguma criança ou algum adolescente sob seus cuidados, como parentes e professores. Tais cuidados são inclusive adequados a contextos particulares, aos portadores de necessidades especiais, sejam elas físicas, psicológicas ou cognitivas.

Para iniciar a conversa, um aspecto fundamental deve ser considerado: o ser humano tem dificuldade de separar desejos (aquilo que se quer) de necessidades (aquilo de que precisa). Essa confusão, que aparentemente mostra-se boba, gera pensamentos enganosos do tipo “Preciso daquele emprego para realizar-me”, “Só casando serei feliz” ou mesmo “É imprescindível que eu vá para o carnaval da Bahia”. Ok, a sua vontade de cair na gandaia em Salvador pode estar latente, mas isso está longe de ser uma necessidade, algo que seja básico para a sua sobrevivência. Em grande parte do nosso cotidiano estamos saciando vontades, usufruindo coisas supérfluas cuja falta não nos ameaçaria a sobrevivência.

Uma teoria amplamente aceita no mundo para entender o princípio da necessidade é a Pirâmide da Hierarquia de Necessidades de Abraham Maslow. Ela trata da hierarquização das necessidades humanas vitais, ou seja, as condições necessárias para que cada ser humano atinja a sua satisfação pessoal e profissional. As necessidades são interdependentes e vão desde as mais básicas e instintivas (as biológicas, como: a fome, a sede, a respiração, a excreção, o abrigo, o sexo, o descanso) até as mais complexas e menos instintivas (as psicológicas, como: o indivíduo focado, persistente, que faz o que ama, independente e com autocontrole de suas ações).

O apanhado das estratégias para ajudar os pais a educar sadiamente e contribuir com a saúde mental dos filhos foi feito com a intenção de conscientizar e trazer o conhecimento sobre as reais necessidades de crianças e adolescentes. Não é para causar angústia. E no caso dos pais perceberem que até agora não fizeram isso ou que não o fizeram suficientemente, aconselha-se tentar fazer de agora em diante, pois certamente quanto mais necessidades forem atendidas é melhor para os pequenos.

Eis as quinze atitudes que contribuem para a saúde mental dos filhos (crianças e adolescentes):

1) Demonstrar carinho: Dizer diariamente o quanto ama o filho, que senti orgulho ou saudades. Não basta pensar. Diga! Isso fortalece a autoestima.

2) Ensinar a regular as emoções: Os pais precisam ensinar os filhos a identificar e a gerir as emoções, para que na idade adulta possam se autorregular emocionalmente. É necessário antes que os pais saibam como regular as próprias emoções para que possam ensinar isso aos filhos. Buscar ajuda profissional, se necessário for.

3) Tempo com qualidade e quantidade: A ideia de que crianças precisam de pouco tempo de qualidade dos pais é falsa. Elas precisam de muito tempo de convivência ( ou seja, quantidade), e com dedicação máxima (ou seja, qualidade).

4) Oferecer a eles contextos de segurança e de proteção: Proteger os filhos quando sentem medo, temor, raiva, tristeza ou alguma emoção desagradável com a qual não saibam lidar sozinhos é função dos pais.

5) Sintonia emocional: Consiste em estar receptivo diante das necessidades da criança. É estar conectado com as emoções dos filhos, compreendê-las e legitimá-las. Exemplo: sempre que o filho mostrar seu medo e raiva diante de uma situação concreta, o pai precisa compreender e atender o que se passa com seu filho, estando receptivo, ajudando a compreender o sentimento e a como lidar com ele.

6) Responsividade: Consiste em dar à criança o que ela precisa. Não consiste em realizar seus caprichos, mas em realizar e cobrir suas necessidades. Exemplo: Se diante de um relato angustiado do filho de desentendimento dele com um colega, os pais dizem que não enrole mais e vá fazer a lição de casa que é o que importa, esses pais não estão sendo responsivos, não estão atendendo uma necessidade dele.

7) Assumir o papel que corresponde como pais: Os pais devem assumir o papel de pais de fato na vida dos filhos, e não o de amigos complacentes ou de criados subservientes.

8) Estabelecer limites claros: Uma das obrigações dos pais é implantar uma série de normas e limites no contexto familiar. Os filhos precisam de regras. Quando limites são estabelecidos e explicitados aos filhos, é como dizê-los “Amo você” e “Cuido de você”.

9) Respeitar, aceitar e valorizar: Quando há respeito e aceitação reais, os pais aceitamos filhos como são e os avaliam positivamente. Então precisam demonstrar que esse amor é incondicional e não depende de algo para existir, como resultados acadêmicospositivos ou bom comportamento, por exemplo. Essa valorização determinará a autoestima no futuro.

10) Estimulação suficiente e adequada: Hoje sabe-se que bebês não precisam de estímulos muito constantes, pois para que desenvolvam-se plenamente basta viver em um ambiente seguro e lúdico, assim como crianças precisam de uma estimulação suficiente e adequada na educação. Passado esse mínimo de estimulação cognitiva, não há maiores aprendizagens, mas exatamente o contrário – exigências e estresse. Não adianta hiperestimular os filhos na esperança de que desenvolvam-se intelectualmenteacima da média.

11) Favorecer sua autonomia: Isso acontece quando se estimula a curiosidade, a independência, o espírito aventureiro (natural nas crianças) e inovador dos filhos.

12) Sentido de pertencimento: O ser humano precisa se sentir parte de um grupo. É importante que os filhos pertençam a, no mínimo, um grupo, se não de mais. Deve-se trabalhar para favorecer o âmbito social, pois isso reverbera no processo da educação formal institucional. É comprovado que crianças vítimas bullying geralmente não pertencem a nenhum grupo na escola.

13) Favorecer a capacidade reflexiva da criança: É importante que ajude-se os filhos a aprender a pensar sobre as emoções que sentem, o que pensam, como se comportam, como vivemos, como progredimos, o que nos acontece etc.

14) Identidade: Favorecer nas crianças a identidade própria que diferencia-as do restante das pessoas, e que quando bebês não tínhamos em relação às nossas mães, que eram imaginadas como uma extensão.

15) Magia: Tudo o que tem a ver com a magia, o oculto, o divino e o fantasioso é algo que cativa todas as crianças e serve como um mecanismo de defesa. O mistério significa algo que “encanta” as crianças. Infelizmente os adultos afastam-se desse lado fantasioso e lúdico, o que pode restringir seus universos emocional e criativo mais tarde. Quer um filho amante da arte, da cultura e do conhecimento? Começar embarcando no universo fantástico dos pequenos é uma boa partida.

Imagem de capa: HTeam/shutterstock

Valorize sua própria companhia antes de oferecê-la a alguém

Valorize sua própria companhia antes de oferecê-la a alguém

Confesso que, muitas vezes, me sinto na contramão do mundo. Não entendo essa necessidade absurda de encontrar alguém, de precisar do rótulo “relacionamento sério” para se autoafirmar e de buscar um casamento como condição para a felicidade. Para mim, quem não desenvolve primeiro o amor próprio, não é capaz de desenvolver o recíproco.

Todos os dias vejo pessoas promovendo o desapego e a autossuficiência como condição para aproximar o outro. Para elas, funciona assim: promovem atitudes contrárias ao amor acreditando que irá atraí-lo de forma definitiva. Tão absurdo quanto incoerente, as atitudes apenas afastam as pessoas envolvidas e promovem uma solidão sem tamanho.

Por coerência, bom senso e equilíbrio as pessoas deveriam parar de usar as relações como disfarce de solidão. Deveriam, também, entender que apreciar a própria companhia é sinônimo de maturidade e que, quando somos capazes de valorizar os momentos a sós, a ida ao cinema sem pretensão e as viagens com apenas uma bagagem, somos capazes de oferecer o melhor que somos a alguém de forma livre.
Não é uma questão de gostar de ser solitário e supervalorizar a solidão. É uma questão de vivenciar as etapas da vida e ser feliz em todas elas.

Precisamos entender que nos amar, ter prazer na própria companhia e desenvolver afeto próprio é tão importante quanto ofertar isso em uma relação.

É preciso muitos momentos a sós para se conhecer e muito autoconhecimento para avaliar os sentimentos alheios. A convivência, o afeto e a permanência também dizem respeito ao desenvolvimento do amor próprio e não apenas ao outro.

O escritor do momento, Zack Magiezi escreveu sobre o tema há pouco tempo: “Como alguém pode amar uma pessoa que não se ama? Que se esquece, que se distancia de si mesma para viver em função de alguém, quando você se anula por causa de alguém, você se mata lentamente e quantos mortos nós conhecemos”.

Precisamos (e queremos) nos relacionar diariamente. Fato! Mas isso não nos dá o direito de negligenciar a própria companhia. É preciso ter claro que as relações só darão certo quando entendermos que nada, nem ninguém, valem a nossa paz. Quando é amor, não há necessidade de insistir, de explicar, de pedir… quando é amor, acontece livremente e de forma recíproca. E isso não se limita a relacionamentos amorosos, mas a todo tipo de relação estabelecida socialmente.

O desenvolvimento do amor-próprio se dá pelas formas mais improváveis. Às vezes, você o descobre depois de quebrar a cara inúmeras vezes, outras depois de acordar para vida e ver que relacionamentos sadios são bem diferentes daquilo que você tem vivido.
Quando nos deparamos com os machucados mais doloridos, descobrimos em nós mesmos, o remédio e a cura, e iniciamos o flerte com o amor, o próprio.

Aprenda uma coisa: se é verdade que toda forma de amor é válida e todo o tipo de amor é lindo, é verdade também que, sem amor próprio, teoria nenhuma consegue ser aplicada.

Imagem de capa: Syda Productions/shutterstock

Hoje vou me vestir para te dizer adeus

Hoje vou me vestir para te dizer adeus

Vou usar minha roupa mais bonita. Vou colorir meus lábios de vermelho e me fazer linda como nunca antes. É que hoje resolvi inventar uma ocasião especial para nós. Vai ser nosso último dia. Nosso último abraço. A última vez em que colocarei meus olhos em você.

E quando eu te deixar não vou olhar para trás. Não vou permitir que você veja os meus olhos encharcados pelas possibilidades daquilo que não foi. Vou tirar os saltos dos meus pés. Vou deixá-los na beira da estrada e vou correr como louca pelos asfaltos quentes da vida.

Depois disso vou trancar todas as portas e janelas para que você não entre na minha vida novamente, desprevenido. Depois de hoje você não vai mais colocar os pés aqui, eu juro.

Vou anotar as razões para o nosso fim e colocá-las atrás do quadro da sala, como fiz com a receita de panquecas. Essa minha memória caduca esqueceu do estrago que você fez quando se sentou em minha cama da última vez e disse que queria me amar e depois partiu sem data pra voltar. Mas, dessa vez não. Eu serei mais forte que meu amor por você. Vou me guardar em mim e, se preciso for, vou negar o calor do sol por algum tempo para não lembrar do calor dos braços teus.

Você me ludibriou, leu os meus desejos e, sádico, brincou com cada um deles. Você descobriu os meus segredos mais profundos e eu fiquei assim sem graça feito aquela mágica manjada que todo mundo conhece.

Vai doer, mas vou te tirar de mim. Vou tremer de frio nas noites de inverno. Vou lamentar por não ter sabido chegar até seu coração. Vou chorar feito criança pequena por ter me perdido em alguma trilha, mas eu sou assim meio desastrada mesmo. Me perdi na sinceridade de confiar plenamente em você. Me perdi na certeza de crer na sua amizade e amor.

Hoje eu conversei com os céus e pedi pro tempo um tempo para me levantar. Pedi um tempo para ser feliz e deixei de temer os desencontros. Deixei de temer as dores da vida. Hoje eu deixei de andar em círculos tentando agradar. Hoje eu decidi pegar as cordas que me amarravam a você e jogá-las no mar para algum marinheiro levar.

Hoje eu resolvi me levantar sem ajuda. Hoje eu decidi que eu sou mais forte que o seu amor pequeno. Hoje eu decidi ser a mulher que eu sempre sonhei. Daquelas que dizem e fazem o que querem sem medo de serem abandonadas por isso. Hoje eu não tenho mais medo, pois bebi uma dose generosa de coragem de manhãzinha.

Eu escolhi fazer desse um dia especial e me vestir bonita para ele. Eu que sempre fugi de todos eventos festivos da minha vida. Eu que não fui a minha primeira comunhão. Eu que não fui a minha formatura. Eu que não fui ao meu próprio aniversário, várias vezes.

A partir de hoje estarei mais leve e vou esquecer dos vazios e silêncios que me deu. Estarei mais feliz por escolher terminar. Vou colocar aquela roupa e vou ser a mulher mais espetacular que você já viu. Hoje eu vou deslumbrar o mundo com o perfume dos meus cabelos. Hoje eu vou te olhar nos olhos e dizer que nunca mais.

Hoje eu vou sair pro mundo e me banhar na garoa fina do amor-próprio e dizer que agora chegou a vez de eu ser amada por ser exatamente do jeito que sou.

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Atribuição da imagem: pixabay.com – CC0 Public Domain

11 dores ligadas ao seu estado emocional

11 dores ligadas ao seu estado emocional

Você já parou para pensar se aquela dor nas costas ou a dor de cabeça persistente possa ter origem no seu estado emocional? Sim, isso é possível acontecer, como explica a psicóloga Rita Calegari, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo: “Nosso corpo é um sistema único – a parte física e a emocional não estão desassociadas uma da outra – o que afeta o corpo mexe na emoção, o que afeta a emoção, mexe no corpo”.

A dor funciona como um mecanismo do corpo para passar uma mensagem, mostrar que algo não vai bem. “Sem a dor, nós prejudicaríamos muito mais nosso organismo pelo simples descuido. Imagine as luzes do painel do carro que mostram quando a gasolina chegou na reserva, quando o motor está superaquecido, o óleo baixo, etc. Esse recurso mostra a tempo o que deve ser corrigido antes de nos colocarmos em risco. A dor é o nosso ‘sinal luminoso’ para prestarmos atenção”, conta Rita.

Quando a causa de uma dor é investigada, o especialista avalia vários sistemas que podem influenciar no seu surgimento. Por meio de exames, as possibilidades vão sendo descartadas até que se chegue ao diagnóstico. “Doenças podem ter diversas origens: vírus, bactérias, hereditariedade, processos inflamatórios, acidentes, alergias, poluição, má alimentação, mau uso de medicações e também estados emocionais nocivos. Somente uma boa consulta médica irá diagnosticar a causa da dor com segurança”, reforça a psicóloga.

Como o estado emocional pode influenciar na saúde?

Na presença do estresse, os músculos ficam tensos, causando dores específicas. A tensão, por sua vez, aumenta o cortisol no sangue, alterando o ritmo cardíaco. “Tudo isso altera o organismo de uma forma geral, inclusive a musculatura, ficando tensionada e refletindo-se em dor. Além disso, a pessoa com alteração emocional e deprimida tende a manter uma postura errada e acaba não realizando exercícios, ocasionando assim dores musculares”, ressalta Carlos Górios, ortopedista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

O processo inflamatório desse tipo de dor é diferente da reação do corpo após um trauma físico. “O processo inflamatório causado por fatores emocionais está relacionado a alterações hormonais e erro de postura, enquanto que no outro caso pós-traumático ocorre uma resposta fisiológica do organismo ao dano tecidual ou alguma outra situação, como infecção. Esse envolve células do sistema imune, levando a vasodilatação como resposta vascular, aumento da permeabilidade vascular levando à edema, aumento da pressão do tecido causando dor”, explica Górios.

Como essas dores se manifestam

A região cervical, torácica e principalmente a lombar são as mais afetadas. Isso se dá porque a coluna é responsável pela sustentação do corpo e por isso as costas acabam recebendo uma carga maior em situações de estresse e alterações do emocional.

“Outro músculo que pode ser afetado é o músculo psoas, que liga a coluna vertebral às pernas. Em situação de alteração emocional, com descarga de adrenalina, esse músculo é tensionado, dificultando a postura e causando dor nas costas. Essa região é chamada de ‘músculo da alma’, segundo a medicina oriental”, revela ele.

A psicóloga destaca que a tensão emocional pode ser provocada pelos mais diversos âmbitos da vida, como trabalho, casamento, família, entre outros. “Alterações no ciclo vital, como mudanças nas fases comuns da vida, mas que acarretam sofrimento, como a morte de alguém querido, também são capazes de criar essas dores”, conta Rita. Confira algumas dores que podem surgir por causa do seu estado emocional e os motivos comuns que podem desencadeá-las, de acordo com a psicóloga:

1. Dor de cabeça

Tensão emocional e muitas preocupações. Pessoas que pensam demais e realizam pouco. Amargura com alguma recordação de eventos passados, entre outros.

2. Dor no pescoço/nuca

Forte tensão emocional, conflitos entre a razão e os sentimentos, entre outros.

3. Dor nos ombros

Sobrecarga de tarefas, tensão emocional, timidez, medo, insegurança, entre outros

4. Dor nas costas

Medo, desamparo, insegurança, sobrecarga de tarefas, tensão emocional, entre outros.

5. Dor na lombar

Sobrecarga de tarefas, tensão emocional, medo, insegurança, entre outros.

6. Dor nas mãos

Sobrecarga de tarefas, tensão emocional, medo, insegurança, entre outros.

7. Dor nas articulações

Sentimento de impotência, grande tensão emocional, medo e tristeza. Rigidez de pensamentos, inflexibilidade, entre outros.

8. Dor muscular

Tensão, energia acumulada, tristeza, medo, raiva, conflitos existenciais, entre outros.

9. Dor de estômago

Tensão, irritabilidade, conflitos insolúveis, mágoa, raiva, nervoso, entre outros.

10. Dor nos quadris

Sobrecarga de tarefas, tensão emocional, medo, insegurança, entre outros.

11. Dor nos joelhos

Sobrecarga de tarefas, tensão emocional, medo, insegurança, entre outros.

Formas de tratamento

A terapia desse tipo de dor deve contar com uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir médico, psicólogo, fisioterapeuta, educador físico, além de outros profissionais. “O tratamento medicamentoso inclui analgésicos e anti-inflamatórios, ‘antidepressivos’ (que na verdade seriam melhor denominados como moduladores de serotonina e noradrenalina), anticonvulsivantes e opióides”, conta a psiquiatra Milene Busoli. Ela também destaca a atividade física como um fator essencial para a recuperação. “Em geral, atividades na água, pilates ou atividades mais intensas, desde que supervisionadas. Outros tratamentos incluem fisioterapia, acupuntura e massagem. A terapia em geral visa a adaptação e aceitação do quadro, e enfrentamento dos medos relacionados a atividade, retorno ao trabalho, bem como a sensação de culpa e inadequação”, finaliza.

Imagem de capa: Shutterstock/Nikodash

TEXTO ORIGINAL DE MINHA VIDA

O que há de MELHOR PARA SE AMAR em cada SIGNO

O que há de MELHOR PARA SE AMAR em cada SIGNO

Cada um dos signos do zodíaco têm, como pressuposto, características próprias, em conformidade com o dia e hora em que nascemos e a posição dos astros e signos do zodíaco em relação à Terra, naquele exato momento.

Nossos defeitos e virtudes são inerentes à dualidade própria do ser humano. Todos temos nosso lado benevolente e amável e também nosso lado sombrio, que já exploramos em matéria anterior (vide: O lado oculto de cada um dos signos releva como ele pode ser conquistado).

Obviamente, nossa personalidade se desenvolve de acordo com todos os signos que compõe nosso mapa astral, mas nosso signo solar tem certa preponderância em nossa vida, pois aponta como nos mostramos para o mundo.

Hoje, falaremos das características amáveis de cada signo solar, como cultivá-las e valorizá-las, sempre no intuito do autoconhecimento e ressaltando o há de melhor em nós, ou nas pessoas que amamos, para conquista da paz e do bem, não apenas de forma pessoal, mas de forma abrangente e universal

Áries: A coragem espontânea.

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O Ariano é um ser simpático e amigo. Corajoso ao extremo, enfrenta batalhas com galhardia e até prazer. Seu lado protetor faz com que nunca deixe qualquer pessoa que ama desamparada. Um Ariano compra uma briga por você e vai defendê-lo, até as últimas consequências.

Outra característica que é impossível deixar de amar no Ariano é a positividade. O mundo pode ruir à sua volta, mas o Ariano sempre vai se reerguer e levantar os que estão com ele. Começará tudo de novo, mil vezes se for preciso, sem desanimar. E ainda incentivará você e lhe amparará caso esmoreça.

É impossível não amar alguém tão decidido e heroico.

Para conquistar um nativo de Áries, esteja sempre pronto a enfrentar batalhas com ele e seja otimista. Arianos não suportam covardia, resignação e querem a seu lado alguém com que possam contar nos momentos de conflito, pois assim sempre terão a certeza de vencer!

Touro: A insistência domada.

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O Taurino é um ser intenso e persistente. Persegue seus objetivos com determinação, mas com uma calma invejável também. Sabe ser contido e impulsivo nos momentos certos, sendo que sua característica mais amável é saber esperar.

Dificilmente um Taurino se estressa, pois possui, dentro de si, uma fera domada, que ao mesmo tempo que tem energia suficiente para realizar seus intentos, sabe usar essa energia de modo adequado, nunca a desperdiçando. É admirável também por sua racionalidade e quando exerce sua espiritualidade, é seguro, gosta de ver para crer e não se deixa enganar por falsos profetas.

Amar um Taurino é ter segurança e certeza na realização de seus objetivos.

Para conquistá-lo, é preciso paciência para seu ritmo, às vezes um pouco lento e capacidade de persuasão suficiente para mostrar-lhe que você é a melhor opção. Taurinos não suportam errar em suas escolhas e irão analisar seus relacionamentos, até ter a certeza que são o que há de melhor para eles.

Gêmeos: A versatilidade comunicativa.

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O Geminiano é um ser com domínio da linguagem e muito eclético. É Muito convincente quando deseja e coloca sua energia em projetos ousados. Muito perspicaz, sabe influenciar o outro, adivinhando-lhe os desejos.

Quando seu projeto é conquistar alguém, com sua capacidade de comunicação, vai presumindo o que o outro deseja e moldando sua fala para exatamente aquilo que o ser a ser conquistado quer ouvir. É muito sagaz e perspicaz.

Por ser um tanto quanto o volúvel, é muito político e transita entre diversas opiniões, guardando a sua apenas para si. Sua mente é capaz de grandes conclusões e gosta de explorar o mundo espiritual, tendo também grande necessidade de sempre estar envolvido em relacionamentos amorosos.

Amar um Geminiano é apostar no inusitado, mas também ver satisfeitos muitos dos seus desejos, pois quando o Geminiano se entrega, não mede esforços para realizar os sonhos de quem está com ele.

Conquistá-lo é apostar no desconhecido e ter a capacidade de ofertar muito carinho e compreensão de seus momentos de vulnerabilidade.

Câncer: A segurança sentimental

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O Canceriano é o ser mais propenso à segurança sentimental, do que qualquer outro signo. É capaz de se apaixonar perdidamente e para a vida inteira por uma só pessoa. Por isso, aspectos como fidelidade, confiança e solidez são características de sua personalidade.

Cancerianos amam o lar e o sossego. São ligados à família, suas origens e excelentes pais, mães e filhos. Se o seu desejo é encontrar alguém calmo, ponderado e leal, o canceriano é seu par perfeito.

Não gosta de intensidade, sequer de surpresas. Brigas de casal ou em ambiente familiar também abalam muito os Cancerianos, que precisam da harmonia para desenvolver seu lado amoroso e espiritual. São muitos fiéis a uma religião ou filosofia, quando as abraçam.

Amar um canceriano é oferecer-lhe um universo calmo, seguro, previsível. Dê-lhe muito carinho, elogios e faça com que perceba o quanto é admirado por ser tão equilibrado.

Para conquistar um canceriano, mostre que deseja um relacionamento sólido e sério, num lar onde ele possa cuidar e ser cuidado.

Leão: O líder irresistível

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O Leonino é um comandante nato. Influencia os que lhe rodeiam com um charme fascinante. Mas, ao mesmo tempo, é generoso e cuida muito bem daqueles que ama. É um ser nobre, capaz de dividir, de doar, de socorrer.

Mas adora ser o centro das atenções. Querem ser observados e admirados, por que sabem que merecem isso.

Eles tem plena consciência de seu poder de sedução e do seu papel, tanto social, quanto na família, ou em relação àqueles que privam de sua amizade.

É intenso em seus sentimentos e também quer ser amado com intensidade. São dominantes e não raramente, tornam-se inflexíveis, mas mesmo assim, sua generosidade é tão grande que conseguem achar um meio termo para não sufocar demais o parceiro.

Se você quer se sentir protegido, gosta de emoções fortes e também sente orgulho em estar com alguém que brilhe e cative, o Leonino é o parceiro certo para você.

Para que a conquista do Leonino seja completa, mime-o e elogie-o. Saiba fazer com que ele sinta o quanto você o admira! E tenha orgulho de estar ao lado de um rei ou de uma rainha, que fará de você uma princesa ou príncipe consorte muito invejado!

Virgem: A gentileza metódica

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Os Virginianos são extremamente organizados e equilibrados. Seu mundo precisa ser perfeito, limpo, agradável. São pessoas úteis e cuidadosas e esse cuidado se estende a quem amam e não apenas ao seu trabalho ou vida particular.

Quando se apaixonam, não costumam trazer traumas de outros relacionamentos, que porventura fracassaram. Vivem tudo como se fosse a primeira vez.

Mas são seres organizados. Gostam de namorar, noivar e casar, na sequência certa e também de conhecer, desse logo, a família do parceiro e mostrar o quanto são pessoas sérias, de confiança e com as quais se pode contar.

Amar um virginiano é ter paz e harmonia. É poder prever seus desejos, pois ele é muito claro naquilo que gosta, tanto quanto no que não lhe agrada.

Para conquistar o virginiano é preciso não fazer charme. Ele nunca vai embarcar num jogo de sedução ou cortejar a pessoa por um longo período.

O virginiano é prático e mostra desde logo seus sentimentos e também deseja que o parceiro não esconda os seus.

Libra: A liberdade cativante

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Librianos amam a liberdade e o direito de escolha é algo fundamental em sua vida. Eles também amam incondicionalmente e não faz diferença quando expressam esse sentimento, se a pessoa é da família ou apenas amigo. Eles amam por que gostam e não por laços de consanguinidade. São extremamente simpáticos, adoram seduzir a todas as pessoas e utilizam sua capacidade de comunicação para isso.

São seres espirituais, se interessam pelo ocultismo e esoterismo e adoram pesquisar sobre o assunto. Tem atração pelo novo, pelo inédito, pelo surpreendente.

Sabem dividir o protagonismo e incentivam o parceiro a brilhar, sendo modestos o bastante para esconder seus próprios talentos, até que os do outro apareçam.

Gostam de estar ao lado de pessoas bonitas, elegantes, bem arrumadas, e mesmo sendo, às vezes chamativos e pomposos, apreciam pessoas discretas.

Não é fácil fazer um Libriano se apaixonar de verdade! Por terem a natureza libertária, tem a tendência de se interessar por muitas pessoas ao mesmo tempo, principalmente se forem belas.

Mas, se você tiver o dom de respeitar sua individualidade, for uma pessoa de classe, jamais se utilizar de expressões vulgares ao amar e deixar de lado qualquer tipo de ciúme ou repreensão por ele chamar demais a atenção, terá ao seu lado um parceiro muito fiel e dedicado.

Escorpião: O adorável sedutor

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O Escorpiano transpira desejo e sedução a cada passo. É alegre e embora, às vezes irritadiço, tem um bom humor incrível.

É um ótimo contador de histórias e sabe ser doce e romântico quando lhe convém.
Suas emoções são profundas e quando ama, esse amor é avassalador e pode ser eterno. Por isso, uma nativo de Escorpião pode ser uma boa conquista para aqueles que querem levar um relacionamento a sério.

O mais amável nos Escorpianos é seu poder transformador. Eles tem a grande virtude e talento de reverter situações adversas, de transmutar energia negativa em positiva e sair de situações caóticas com grande destreza e habilidade.

Para conquistar um Escorpiano é preciso apimentar a relação, surpreender, atiçar o imaginário. Rotina não é uma coisa que o Escorpiano aprecie. Ele gosta de manhãs solares, tardes exóticas e noites calientes!

Sagitário: O idealista otimista.

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O Sagitariano é um pesquisador nato. Ele ama viajar, se aventurar, conhecer novas teses, pois seu maior interesse é se aprofundar nos mistérios da vida. E como ele ama a vida! Não poupa recursos para viver intensamente, tornando-se, por isso, uma pessoa muito interessante, detentor de experiências altamente gratificantes, que gosta de compartilhar.

São honestos e não escondem quando gostam ou não de uma pessoa. Por isso não toleram mentiras, intrigas e maledicências e não costumando tecer comentários vãos sobre a vida alheia.

São focados em seus objetivos e não tem medo de trabalho ou qualquer tipo de esforço, a fim de atingir suas metas.

A capacidade de incentivar pessoas é algo muito amável no Sagitariano, que sempre se mostra generoso, principalmente quando diz respeito a ajudar ao outro a realizar seus sonhos. O Sagitariano é um grande motivador e não resiste a pessoas que enxergam longe e querem voar alto.

Para conquistar o Sagitariano, é preciso ser otimista e mostrar até onde você é capaz de chegar por ele. Desprender-se de uma vida medíocre e aceitar participar de suas aventuras, na busca do conhecimento, é algo fundamental para o sucesso de uma relação com o nativo de Sagitário.

Capricórnio: A agradável persuasão.

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Os Capricornianos são deveras convincentes e induzem as pessoas e parceiros a abraçar seus ideais. Os nativos desse signo são diretos e determinados, pois sabem como ninguém direcionar a quem amam, mas o fazem de maneira afetuosa e tolerante.

Portanto, são ótimos parceiros para pessoas indecisas e que precisam de cuidados. Pessoas que foram muito magoadas e se sentem inseguras em se relacionar novamente, encontram nos capricornianos compreensão e diretrizes estáveis para firmar-se novamente.

O Capricorniano gosta e aceita desafios, pois é persistente e muito seguro em relação a seus objetivos. É uma força da natureza!

É ambicioso, mas sem ser ganancioso, e sua característica mais amável é justamente manipular situações de forma positiva para que ofereçam os melhores resultados. São companheiros e sabem trabalhar em conjunto para o bem maior.

Para conquistar o nativo de Capricórnio, é necessário acreditar em seus ideais e, ao lado dele, trabalhar duro para conquistá-los. Tenha também sonhos incríveis o bastante para interessá-lo e você terá um companheiro amoroso e um sócio perfeito, para um relacionamento coroado de êxito em todos os setores.

Aquário: A visão obstinada.

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Os aquarianos são dotados da visão do futuro. Sabem exatamente o que pode ou não dar certo. Por isso, quando se atraem por alguém, tem ciência se que o relacionamento vingará ou não, e investem pesado nos que julgam ser propensos ao êxito.

Como são inventivos e criativos, buscam formas inéditas de agradar o parceiro, pois sua mente está à frente do senso comum.

Assim, relacionar-se com um aquariano é algo sempre inusitado e algumas pessoas temem isso.

Aquarianos tem grandes ideias, uma conversa interessante e gostam de ser apreciados por serem inteligentes, mais do que por serem galantes. Conseguem dividir sentimentos e saber a hora exata de serem amigos ou amantes, não confundindo esses papéis e as emoções peculiares a cada um deles.

Para se conquistar um aquariano, deve-se ser progressista, amar o novo, deixando de lado saudosismos ou apego ao passado. A experiência com um aquariano será sempre recheada de novidades e trará grandes emoções.

Peixes: O surpreendente intuitivo.

contioutra.com - O que há de MELHOR PARA SE AMAR em cada SIGNO
Por Salvadorova/shutterstock

Os Piscianos são intuitivos e empáticos. Amam a coletividade e trabalhar pelo bem comum. São ótimos voluntários e se dedicam a grandes causas, como meio ambiente, paz mundial, cura de doenças, entre outras, por isso são tidos como sonhadores!

Tem grande amor ao ser humano e à toda criação. Tencionam sempre ajudar e também se ligam à filosofias e religiões que tenham a caridade como um dos pilares básicos.
Se entregam totalmente quando amam e amam plenamente.

Alguns Piscianos, por vezes, parecem introvertidos, irritados e desconfiados. Mas isso é só um subterfúgio. Quando você atinge o coração do pisciano, ele é surpreendentemente bem humorado, romântico e confia a você todos os seus segredos e desejos.

A coisa mais bela de se amar no Pisciano é seu sorriso franco e o brilho nos olhos. Quando um Pisciano ama, é difícil disfarçar, pois seus sorriso se abre largamente e seus olhos brilham de maneira tão esfuziante, que encantam e seduzem o objeto de sua paixão.

Para seduzir um Pisciano, é necessária uma atitude ardente e apaixonada. Eles também adoram ser provocados e viver jogos amorosos. Um Pisciano jamais esquecerá uma grande paixão!!!

Imagem de capa:  Dzhulbee/shutterstock

Prefiro pessoas cruamente humanas à pacotes de encantamento

Prefiro pessoas cruamente humanas à pacotes de encantamento

Uma certa luz entrou pelas frestas do meu corpo e começou, silenciosamente, a retirar as sombras de ilusões que em mim sempre fizeram morada.

Este é um momento em que a gente começa sutilmente a não confundir mais tanto o nosso verdadeiro eu com as nossas projeções e idealizações. É quando a gente começa a ver além e aquém das necessidades inventadas e ensinadas. Que começamos a não cair em tantos dramas pessoais, em conflitos e dualidades, porque começamos a entender o que é ilusão e o que é amor e onde eles moram dentro da gente e como são acessados e que energia despertam.

E começamos a escolher o que nos faz realmente bem e não mais as caixas encantadas de fogos de artifício que explodem rapidamente na nossa alma e depois se dissipam no céu das possibilidades infinitas.

A gente começa a preferir conviver e a perceber as pessoas mais integras do que aquelas que trazem pacotes de encantamento.

Não precisamos mais passar horas pensando em qual sonho se encaixa mais nas nossas projeções futuras, ou na vida ideal que queremos ter.
Já não medimos mais racionalmente o aceitável e o inaceitável. Rasgamos as listas das nossas prioridades mundanas. Deixamos de acreditar em tudo o que vemos para acreditar no sentir. Deixamos de ouvir e nos abalar por tantas falas para que o silêncio ganhe espaço. Deixamos de dar tanto peso às verdades ditas em voz alta e nos sentimos mais atraídos por pessoas e estilos de vida mais coerentes com a nossa natureza humana.

Porque as ilusões tendem a ser lindas, mas muitas vezes também desconfortáveis (mesmo quando a gente já está muito condicionado a andar de salto alto, hora ou outra , ilusões voltam a apertar nossos calos inconscientes).

Então a gente entra numa outra sutil energia de querer apenas decidir o dia de hoje, e isso é a maior glória.

A gente percebe que felicidade é uma construção bem mais simples do que as complexas pirâmides de sonhos em que nascemos imersos.
Começamos a querer ficar perto de pessoas que não têm medo ou vergonha de despirem a alma. Que têm coragem de se acessar mesmo que isso possa quebrar estruturas sociais.

Aprendemos que nenhuma situação e ninguém vai salvar nossas vidas e que o único jeito de fazer isso é abrindo-nos para a nossa verdade mais íntima.

Começamos, nós mesmos, a não mais vestir tantas fantasias porque não queremos atrair pessoas e histórias pela nossa falsas cascas, posturas, status… Desmontar todos esses ruídos de encantamento leva tempo, é mais fácil caminhar sendo o mais simples de você e assim filtrar, estar perto, desde o início, do que interessa.

A vida é muito curta pra gente viver entrando e saindo de salões de máscaras de egos encontrando egos.

E mesmo que a gente já saiba ter a fantasia mais bonita da noite, a gente deveria escolher andar nu, vestido da própria pele – frágil, livre, segura e cheia de si. Dançando na vibração de poder estar aqui e agora em plenitude.

Imagem de capa:Miramiska/shutterstock

10 filmes que inspiram pessoas a fazer mudanças em suas vidas

10 filmes que inspiram pessoas a fazer mudanças em suas vidas

Nem sempre estamos felizes com as nossas vidas. Sentimentos que queremos mudar, mas não sabemos como. Abaixo, transcrevo uma lista de filmes escrita pela Mariana Araújo. Aproveitem essas indicações e deixem-se inspirar.

Wild

A história: Cheryl Strayed (Reese Witherspoon) é uma mulher sensível e inteligente, mas que se perdeu de si mesma com a morte da mãe. Ela tenta reencontrar seu caminho embarcando em uma trilha solitária pela costa oeste americana.

Inspira a… Curar feridas do passado. Ao focar apenas em uma – ambiciosa – meta, Cheryl não só consegue tempo para pensar, mas aprende que é capaz de cuidar de si mesma sozinha.

Uma frase: “Minha vida – como todas as vidas – misteriosa, irrevogável e sagrada, tão próxima, tão presente, tão pertencente a mim. Como era selvagem apenas se deixar ser.”

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Comer, Rezar e Amar

A história: Liz Gilbert (Julia Roberts) tem uma vida tranquila, mas se dá conta que já não é mais feliz no casamento. Ela pede o divórcio, mas precisa descobrir quem é após a relação e embarca em uma viagem de um ano com paradas na Itália, Índia e Bali.

Inspira a… Sair da sua zona de conforto e descobrir o que é verdadeiro: que prazeres lhe são indispensáveis para ser feliz, sejam mudanos, espirituais ou emocionais.

Uma frase: “A ruína é a estrada para a transformação.”

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Julie & Julia

A história: Que trabalho vale o seu tempo? Julie Powell não consegue responder a essa pergunta porque, é claro, as contas se acumulam. Em um emprego que não a motiva, ela resolve escrever um blog no seu tempo livre com os detalhes de sua jornada cozinhando as 524 receitas do livro de Julia Child em um ano.

Inspira a… Encontrar a sua verdadeira paixão profissional. Julie não tinha autoconfiança e disciplina para concluir nenhum projeto antes do blog porque lhe faltava este ingrediente essencial.

Uma frase: “Um dia horrível no trabalho. Mas voltei para casa e cozinhei frango ao creme, cogumelos e vinho do porto. Foi uma alegria total.”

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O Diabo Veste Prada

A história: Andy Sachs (Anne Hathaway) consegue um emprego na mais prestigiosa revista de moda, a Runway. Mas sua chefe impossível, Miranda Priestly (Meryl Streep), consome seu tempo e exige mudanças de comportamento que destroem sua relação.

Inspira a… Entender que o emprego dos sonhos de todo mundo pode não ser o seu. E tudo bem! Realização profissional nem sempre tem a ver com um cargo desejado ou um bom salário.

Uma frase: “Mas, e se esta não for a vida que eu quero? Quer dizer, e se eu não quiser viver do jeito que você vive?”

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O Sorriso De Monalisa

A história: Feminista, a professora de história da arte Katherine Watson ensina suas alunas a questionarem papeis sociais na mais conservadora faculdade para mulheres nos anos 50.

Inspira a… Acreditar no seu poder de transformação. Se não gosta da realidade à sua volta, saiba que com pequenas ou grandes atitudes é possível mudá-lo: basta começar.

Uma frase: “Ela encontrará novos muros para derrubar e ideias para substituí-los. Nem todos que vagam não têm rumo. Especialmente os que buscam verdade além de tradição, definição e imagem.”

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Soul Surfer: Coragem de Viver

A história: É real! A surfista adolescente Bethany Hamilton (AnnaSophia Robb) perde seu braço após o ataque de um tubarão. A nova realidade e a difícil adaptação quase a fazem desistir do esporte, mas ela volta à agua e descobre como inspirar os outros com sua paixão.

Inspira a… Não encarar as dificuldades físicas como barreiras definitivas para a realização de sonhos. Treino e paciência consigo mesma são fundamentais.

Uma frase: “Eu não preciso que as coisas sejam fáceis. Só preciso que sejam possíveis.”

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O Amor Não Tira Férias

A história: Iris (Kate Winslet) e Amanda (Cameron Diaz) trocam de casa uma com a outra nas férias de fim de ano. Ambas ainda apegadas a relacionamentos ruins, aproveitam a mudança de perspectiva para se curar… E reapaixonar.

Inspira a… Sair de relações tóxicas. Cortar relações e se dar um tempo pode ser o melhor remédio para depois se abrir para quem a enche de energia positiva.

Uma frase: “Você deve ser a protagonista da sua própria vida! Pelo amor de Deus, Arthur, eu vou à terapeuta há 3 anos e ela nunca me explicou nada tão bem. Isso foi brilhante. Brutal, mas brilhante.”

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Um Beijo Roubado

A história: O namorado por quem Elizabeth (Norah Jones) era apaixonada termina com ela. Ela não sabe mais como viver no apartamento que dividiam e passa a desabafar com o dono da doceria… Até que parte em uma road trip.

Inspira a… A mudar seu mindset quando leva um fora sem pirar procurando a sua culpa e, ao mesmo tempo, fazendo perguntas difíceis sobre sua personalidade. Às vezes, é preciso ir longe para encontrar algo mais valioso por perto.

Uma frase: “Não há nada de errado com esta torta de mirtilo, as pessoas apenas fizeram escolhas diferentes. Você não pode culpá-la.”

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A Incrível História de Adaline

A história: Um acidente misterioso faz com que Adaline (Blake Lively) tenha parado de envelhecer aos 29 anos. Caçada pelo governo que queria estudá-la, ela foi perdendo as pessoas à sua volta no tempo e no espaço, obrigada a fugir e mudar de identidade por oito décadas.

Inspira a… Se reinventar. Adaline se vê em muitos ambientes diferentes, em uma situação insustentável, mas nunca desiste de se adaptar sem deixar de ser ela mesma ou criar laços.

Uma frase: “Me diga sempre algo a que eu possa me agarrar e nunca deixar partir.”

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O Fabuloso Destino de Amélie Poulain

A história: Amélie Poulain (Audrey Tautou) é uma garota parisiense de 23 anos independente, mas muito fechada. Ela adora se envolver na vida das pessoas por quem tem carinho e mudá-las para melhor, mas não consegue tomar grandes atitudes em relação à própria vida – até que seu vizinho dá um empurrãozinho.

Inspira a… Superar a timidez. Amélie vivia presa no seu próprio mundo e, por mais que desejasse um amor, não criava laços por falta de coragem de se expor. É preciso assumir riscos para ter ganhos!

Uma frase: “Se deixar passar sua chance, com o tempo, seu coração vai se tornar seco e quebradiço.”

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Seleção de Mariana Araújo, originalmente publicada em Nova

13 filmes intrigantes para quem adora desvendar a mente humana

13 filmes intrigantes para quem adora desvendar a mente humana

 

Gosta de Cisne Negro, Um Estranho no Ninho, O Lado Bom da Vida, Amnésia, Um Método Perigoso e Tempo de Despertar? Então são grandes as chances de você gostar de algum dos títulos abaixo:

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À Procura (The Captive)

Atom Egoyan – Canadá, 2014

O diretor egípcio naturalizado canadense Atom Egoyan é bastante interessado nos mistérios humanos. Em O Doce Amanhã (1997), ganhador do Prêmio Especial do Júri no Festival de Cannes, ele mostra os efeitos de futuro comprometido de uma comunidade quando crianças morrem em um ônibus escolar. À Procura também vai falar da infância, mas de uma infância subtraída. A filha de Matthew (Ryan Reynolds) e Tina (a fantástica Mireille Enos, da série The Killing) desaparece. Mais tarde, descobrimos que ela foi sequestrada por uma rede de pedofilia online. Sabemos quem é a vítima e sabemos quem são os criminosos. O perturbador deste filme é a tortura mental que um dos sequestradores (Kevin Durand, em uma atuação assustadora) faz nos pais e na vítima. Egoyan usa esta narrativa para discutir nossa relação com o voyeurismo e com a internet.

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Tower

Keith Maitland – EUA, 2016

Tiroteios em massa têm uma alarmante recorrência nos EUA, e o massacre de Columbine, em 1999, costuma ser usado como referência para tragédias assim. O impressionante documentário Tower dá um salto no passado para contextualizar um presente de muita perplexidade. Em 1966, um atirador na Universidade do Texas matou 16 pessoas e feriu 33. Para recriar os depoimentos coletados com mais de cem testemunhas, o diretor Keith Maitland usa a animação como linguagem. Sem apelo ao sensacionalismo, o filme foca nas vítimas e evita a armadilha de exaltar o atirador. A emoção vem de se falar sobre o assunto – para alguns dos sobreviventes, o reencontro com a situação traumatizante por meio do documentário foi fundamental para se reconhecer a dor do momento e expressá-la, mesmo depois de algumas décadas.

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Nise: O Coração da Loucura

Roberto Berliner – Brasil, 2016

A fronteira entre loucos e sãos permanece embaralhada, com contornos trazidos de acordo com a conveniência, principalmente se o objetivo for a exclusão de alguém que é diferente. A psiquiatra alagoana Nise da Silveira foi pioneira e revolucionária ao propor um tratamento humanizado de pacientes psiquiátricos, trazendo novas perspectivas a partir da arte. Faltava um filme que levasse a dimensão do seu trabalho ao conhecimento de mais pessoas, e Nise de fato consegue essa divulgação de forma bastante sensível, com Gloria Pires interpretando a alagoana. “Ninguém suporta pessoas que dão respostas inadequadas para as solicitações da vida. Queremos elas o mais longe possível”, lamentou o diretor, Roberto Berliner, em entrevista ao HuffPost Brasil durante o lançamento do filme. Durante as quase duas horas da cinebiografia de Nise, a loucura deixa de ocupar seu lugar marginal.

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Se Enlouquecer Não se Apaixone (It’s Kind of a Funny Story)

Anna Boden e Ryan Fleck – EUA, 2010

Este belo filme mostra como o suicídio pode levar à redescoberta do desejo de viver. Craig é um adolescente com depressão que não encontra saída para seu sofrimento e resolve buscar ajuda em um hospital psiquiátrico. Como os EUA tanto gostam, essa é uma comovente história de segunda chance, mas sem as pieguices costumeiras. Viola Davis e Lauren Graham (a eterna Lorelai, de Gilmore Girls) têm atuações pequenas, mas bastante notáveis. Além disso, há uma maravilhosa cena ao som do clássico Under Pressure. O filme é baseado no livro homônimo de Ned Vizzini, que passou por uma internação psiquiátrica para tratar da depressão. Lançada em 2006, a publicação foi bastante elogiada por público e crítica.

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Dançando em Silêncio (Dancing Quietly)

Philipp Eichholtz – Alemanha, 2017

Neste filme bastante despretensioso, acompanhamos alguns dias da vida de Luca, uma jovem que está superando uma depressão que a abalou por anos. A moça traz humor, apatia e melancolia em medidas variadas, com uma interpretação graciosa de Martina Schöne-Radunski. É um filme sobre superação, mas sem os fogos de artifício e a superficialidade que comumente eclipsam o doloroso e particular processo de lidar com o sofrimento.

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The Mask You Live In

Jennifer Siebel Newsom – EUA, 2015

Que preconceitos, repressões e crueldades se escondem por trás das palavras de ordem “seja um homem”? Este documentário aborda frontalmente os prejuízos de uma cultura que não permite que os homens lidem com suas fraquezas e vulnerabilidades em nome de uma “assegurada masculinidade”. Depoimentos de crianças, adolescentes, atletas e detentos dialogam com reflexões propostas por diferentes profissionais, de técnicos de times a psicólogos. O filme se propõe a criticar a sociedade norte-americana, mas sabemos que a análise serve bem aos brasileiros. É um pungente retrato sobre emoções represadas e as dolorosas consequências disso.

 

 

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Quando te Conheci (Equals)

Drake Doremus – EUA, 2015

Nesta distopia, as pessoas convivem pacificamente e supostamente não têm necessidades em um mundo completamente igualitário. As emoções são banidas e consideradas uma doença sem cura. Mas esse arranjo visivelmente purista fica completamente abalado quando Nia (Kristen Stewart) e Silas (Nicholas Hoult) descobrem o amor. O amor proibido é um tema super-explorado no cinema, mas as sutilezas neste filme o diferenciam e se encarregam de nos dar uma experiência tão amarga quanto bonita.

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Life, Animated

Roger Ross Williams – EUA, 2016

Somos seres da linguagem e, por meio dela, pudemos ser criativos nas mais impossíveis situações ao longo da hHistória. Quando a linguagem encontra mais percalços do que comunicação, como ocorre nos casos de transtorno do espectro autista, é grande a angústia. Mas isso não significa que deva ser definitiva. Aí entra a poderosa reinvenção dos seres humanos. Este documentário traz a comovente história de Owen Susking, que aos três anos parou de falar e recebeu o diagnóstico de autismo. Muitos especialistas se debruçaram sobre sua condição, mas foram os filmes da Disney que ressignificaram a relação de Owen com o mundo, retirando sua existência do silêncio. Diferentemente dos moralismos existentes nesses filmes, o documentário mostra as dificuldades reais na vida de Owen, o que deixa a narrativa ainda mais afetuosa.

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O Começo da Vida

Estella Renner – Brasil, 2016

Este delicado documentário vai às origens da vida para mostrar como nossa sociedade atual repercute os primeiros meses de cada ser humano que aqui habita. A diversidade de maneiras com que podemos existir no mundo reflete os cuidados (ou a ausência deles) que recebemos naquele período de total dependência. Os depoimentos vêm de ângulos diferentes, como pais, educadores, profissionais psi, ativistas e pesquisadores, o que enriquece a discussão.

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Conspiração e Poder (Truth)

James Vanderbilt – EUA, 2015

Nada como o poder para revelar os limites – e a ausência deles – nos seres humanos. Baseado em fatos reais, o filme conta os bastidores de uma denúncia jornalística contra o ex-presidente George W. Bush durante a campanha de reeleição, em 2004. Assim que a reportagem é divulgada, opositores começam a questionar sua veracidade. Em tempos de pós-verdade, a credibilidade nas informações é praticamente um verbete nostálgico. Há uma fala de Mary Mapes (brilhantemente interpretada por Cate Blanchett) que define bastante os humores atuais: quando a verdade se revela insuportável e sem sentido, preferimos a ficção.

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The Fundamentals of Caring

Rob Burnett – EUA, 2016

Paul Rudd é cuidador de um garoto com deficiência que percebe que o trabalho pouco tem a ver com empatia gratuita. O convívio entre os dois deixa dúvidas quanto a quem precisa de cuidados, e aí você já sabe que o cinema independente americano vai retomar uma de suas narrativas favoritas, a da segunda chance. Um ponto alto é que o filme é comovente sem pieguice ou condescendência.

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Donnie Darko

Richard Kelly – EUA, 2001

Este filme independente se tornou um cult dos anos 2000. O fim do mundo está próximo e é anunciado por um homem fantasiado de coelho a Donnie (Jake Gyllenhaal, em começo de carreira), um adolescente tido como problemático. Aos pais, o psiquiatra diz que o garoto apresenta sintomas de esquizofrenia. Donnie passa a se questionar sobre suas visões, enquanto eventos misteriosos começam a acontecer em sua cidade.

The Discovery

Charlie McDowell – EUA/Reino Unido, 2017

A ficção científica sempre teve bastante apelo por antecipar a constatação de comportamentos inquietantes, deixando um certo tom assustador ao percebermos que não estamos falando do futuro, mas sim, do presente. Black Mirror é um exímio representante deste talento. Em The Discovery, a ameaça à vida é a existência de uma vida após a morte, e não os derivados de nossa existência, como guerras ou a violência urbana. A partir dessa constatação, feita por um cientista, viver deixa de ter um valor absoluto, o que pode ser insuportável para alguns.

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A seleção de filmes é de  AMANDA MONT’ALVÃO VELOSO e foi publicada originalmente no BRASILPOST

É melhor estar sozinho do que com alguém que te faça se sentir sozinho

É melhor estar sozinho do que com alguém que te faça se sentir sozinho

Há determinados momentos em que podemos nos sentirmos sozinhos, mesmo  cercados de pessoas. Estar com os outros não significa estar conectado com eles. Por exemplo, em uma festa em que não nos encaixamos, não só nos aborrecemos mas como também podemos nos sentir excluídos. Mais cedo ou mais tarde a festa chegará ao fim e tudo terminará ali. Voltaremos para nosso lugar e buscaremos nos desfazer daquelas sensações ruins.

O problema fica maior quando as pessoas com quem nos relacionamos no dia a dia, aquelas que compartilhamos mais nossas intimidades, fazem a gente se sentir sozinho. Se não nos damos conta dessa solidão acompanhada a tempo, ou simplesmente desconhecemos como acabar com essa situação, seremos tomados por um enorme vazio e sofreremos feridas emocionais difíceis de curar.

Os sinais de que estamos sozinhos, ainda que acompanhados.

Costumamos acreditar que ao encontrar um relacionamento ou ter um filho, nunca mais nos sentiremos sozinhos. Mas não é sempre assim. O tipo de relação estabelecida e os conflitos instalados ao longo do tempo pode fazer que, mesmo acompanhados, nos sintamos sozinhos e incompreendidos. Podemos passar anos sem pensarmos de onde vem essa sensação sem fazer nada pelo assunto. O nosso equilíbrio emocional, então, se deteriora fortemente.

A boa notícia é que é possível esta situação piore, basta que saibamos reconhecer os sinais  indicando que estamos sozinhos, mesmo tendo alguém ao nosso lado:

  • A pessoa que deveria te motivar nos seus novos projetos é a que te desmotiva e cria obstáculos
  • A pessoa que deve te apoiar nos momentos difíceis te enche de culpa e lava as mãos.
  • A pessoa que deveria compartilhar dos seus interesses, fazem críticas constantes e não pensa em teus gostos e necessidades.
  • A pessoa que estar ao seu lado não te dedica tempo de qualidade, por isso você se sente mal compreendido e mal amado.
  • A pessoa que deveria te ajudar a crescer e melhor, faz você se sentir inferior.

As feridas emocionais provocadas pela solidão acompanhada.

Passar tempo com a pessoa errada pode ser uma experiência negativa que abrirá  graves feridas emocionais. Nestes casos, podem aparecer uma profunda sensação de culpa, seguida de um enorme vazio. De fato, o problema é que essa sensação é experimentada como uma forte rejeição. Assim, pouco a pouco, esta pessoa se sentirá cada vez mais inadequada e indigna de afeto, e sua autoestima irá encolher. Se esta situação não for resolvida a tempo, a pessoa irá sumir num estado de apatia que logo gera uma depressão enraizada.

Há casos em que a pessoa que sente sozinha irá fazer todo o possível para se conectar emocionalmente ao outro. Porém, ao não encontrar a resposta adequada, essa busca por conexão pode se transformar numa busca por aprovação. Que terminará gerando uma dependência emocional. Neste ponto, a autoestima e o ânimo da pessoa dependerá dos elogios do outro, fazendo com que ela suba numa montanha russa emocional controlada pelas satisfações e insatisfações de uma companhia.

Por que é tão difícil romper com tudo isso?

Tomar a decisão de acabar com uma relação que na verdade faz a gente se sentir sozinho pode ser muito complicado, por vários fatores.

  • Nada é preto e branco. Nas relações interpessoais nada é preto e branco. Isto significa que se agora esta pessoa nos faz sentirmos solidão, em outro momento foi uma forte fonte de alegria e satisfação. Essas recordações fazem que permaneçamos atados ao passado, ignorando os problemas do presente.
  • Medo de sair da zona de conforto. Mesmo conscientes que não estamos atravessando pelo nosso melhor momento, é provável que estejamos acostumados a essa situação e encontremos um equilíbrio dentro desse mal estar, pois temos medo que nossa decisão piore as coisas. Os hábitos e as rotinas são motivos muito poderosos que nos mantém atados a situações que nos lastimam.
  • Rejeição e Fracasso. Em muitas ocasiões, quando decidimos dar uma segunda, terceira ou quarta chance a outra pessoa, na realidade estamos dando a nós mesmos. Há quem crê, por exemplo, que o divórcio significa fracasso, e empenha-se em sustentar uma relação morta.

A solidão escolhida. Desfrutar de sua própria companhia é um presente extraordinário.

Abandonar uma relação que nos faz mal, uma relação que ao invés de satisfação gera problemas e carências, é um ato de amor próprio e, muitas vezes, acompanhado de sobrevivência. Apostar em seu equilíbrio psicológico e se dar outra oportunidade é o melhor presente que você pode buscar.

Não se trata de buscar outra pessoa para preencher nossos vazios, mas de estar bem consigo mesmo. Desfrutar de nossa companhia e fazer as coisas que nos agradam, faz a gente se sentir vivo. Trata-se de assumir essa etapa como uma fase de crescimento e descobrimento, para conseguirmos superar e sarar as feridas deixadas por essa relação.

Como disse o poeta Pablo Neruda:

Se sou amado,
quanto mais amado
mais correspondo ao amor.

Se sou esquecido,
devo esquecer também,
Pois amor é feito espelho:
-tem que ter reflexo.

Este texto é uma tradução adaptada de Rincon Psicologia.

Imagem de capa: Shutterstock/Maksym Veber

“O mundo não lutará contra você, se você não lutar contra o mundo.”

“O mundo não lutará contra você, se você não lutar contra o mundo.”

Um discípulo e seu maestro caminhavam pelo bosque. O discípula estava perturbado por ter se dado conta de que sua mente vivia inquieta. Ficou preocupado se conseguiria alcança a iluminação.

No entanto, ele estava envergonhado de admitir isso. Então, fez uma pergunta ao seu professor.

“Qual o motivo da mente de apenas algumas pessoas estarem quietas e da maioria não conseguir uma mente tranquila? O que é preciso fazer para ter uma mente tranquila?”

O mestre olhou para o discípulo, sorriu e disse:

“Te contarei uma história. Um elefante estava parado, colhendo folhas de uma árvore. Uma pequena abelha voou e zumbiu perto de sua orelha. O elefante espantou a abelha para longe com as orelhas, mas a abelha voltou. O elefante voltou mais uma vez, movendo as orelhas.

A situação se repetiu várias vezes. Então o elefante bastante irritado com a abelha, perguntou. “Pra que você fica tão inquieta e faz tanto barulho, por que não pode me deixar quieto e deixa de me perseguir?

A abelha lhe respondeu.

“Sou muito sensível a alguns cheiros, movimentos repentinos e vibrações. Eu não posso fazer nada para evitar isso, pois isto indica um perigo de ataque para a nossa colmeia e estimulam nosso sistema defensivo.  Você é quem está me ameaçando, caso fique quieto, eu também ficarei.”

Nesta parábola, disse o Mestre, o elefante é nossa mente e a abelha nossos pensamentos. Em muitos casos, fazemos como o elefante. Temos atitudes que despertam a inquietude e nos tira do estado de tranquilidade.

Você tem um locus de controle interno ou externo?

Somos uma sociedade que olha constantemente para o exterior e pouco para o interior. Como resultado, é comum desenvolvermos o que chamamos em Psicologia de Locus de Controle Externo. 

Aqueles que possuem um Locus de controle externo atribuem tudo ao que está fora de si. A culpa pelos seus fracassos é sempre dos pais, do sistema, do Governo… São pessoas que vivem lutando contra uma fantasia de mundo e pensam algo como “O universo está conspirando contra mim.” Mas como essa batalha está perdida antes mesmo de começá-la, acabam experimentando um sensação de falta extrema de controle e que não poucas vezes termina em ansiedade e depressão. Com o tempo, estas pessoas se tornam reativas, como o elefante da história, marionetes das circunstâncias.

Obviamente, as circunstâncias desempenham um papel importante nas nossas vidas, não podemos ignorá-las, porém se conseguimos um locus interno de controle nos perguntaremos o que podemos fazer para que as coisas melhorem, ao invés de apenas nos queixarmos.

Não devemos lutar com as coisas que acontecem, entendendo a luta como negação dos fatos. Devemos praticar o foco no que podemos mudar, naquilo que podemos fazer. Por tanto, ter um locus de controle interno também significa assumir a responsabilidade pelos êxitos e também pelos nossos fracassos.  Ao invés de reclamarmos que a abelha está zumbindo ao nosso redor, devemos olhar o que está provocando esta situação e tentarmos convertê-la ao nosso favor.

Texto traduzido e adaptado de Rincon Psicologia

Imagem de capa: M2020/shutterstock

Ninguém é 100% bom ou 100% mau

Ninguém é 100% bom ou 100% mau

O ser humano tem essa tendência de achar que ou uma coisa é 100% isso ou 100% aquilo, não é bem assim.

Hoje eu quero fazer uma breve reflexão sobre as perspectivas que temos sobre as pessoas, a partir de algumas palavras do mestre Dalai Lama, extraídas de seu livro “A arte da felicidade”.

“Nós precisamos dedicar algum tempo a procurar com seriedade por um ângulo diferente para encarar uma situação. Não apenas de forma superficial. Mas de modo aguçado e seguro. Precisamos recorrer a todo nosso poder de raciocínio e examinar a situação com a maior objetividade possível. Por exemplo, poderíamos refletir sobre o fato de que quando estamos realmente irados com alguém temos a tendência a perceber essa pessoa como alguém com 100% de qualidades negativas. Exatamente da mesma forma que, quando somos atraídos por alguém, nos inclinamos a considerar que essa pessoa tem 100% de qualidades positivas.

No entanto, essa percepção não corresponde à realidade. Se nosso amigo, que consideramos tão maravilhoso, nos fizesse um mal intencional de algum modo, de repente nós perceberíamos com nitidez que ele não era de fato composto exclusivamente de qualidades positivas. Dessa mesma forma, se nosso inimigo, aquele que odiamos, vier a nos implorar perdão com sinceridade e continuar a nos demonstrar benevolência, é improvável que continuemos a encará-lo como totalmente mau.

Portanto, mesmo quando estamos com raiva de alguém que imaginamos não ter absolutamente nenhuma qualidade positiva, a realidade é que ninguém é inteiramente mau. Se procurarmos com bastante afinco, descobriremos que esta pessoa deve ter algumas boas qualidades. Logo, a tendência de considerar que alguém é totalmente negativo tem origem na própria projeção mental, em vez de derivar da verdadeira natureza do indivíduo”.

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Estas são palavras simples para falar de algo extremamente profundo, as PERSPECTIVAS. O ser humano tem essa tendência de achar que ou uma coisa é 100% isso ou 100% aquilo, não é bem assim. Nós não podemos dizer que alguém não tem qualidades ou só tem defeitos. Esse pensamento superficial leva a muito sofrimento para a maior parte das pessoas. Tem uma coisa que já falei algumas vezes em textos anteriores e que vale repetir, trata-se das EXPECTATIVAS. Nós não devemos criar expectativas com relação às pessoas, porque muito provavelmente elas irão nos decepcionar, e quando alguém nos decepciona temos essa tendência natural de achar que essa pessoa é um mar de defeitos e erros. Calma! Por que pensar assim? Eu acho isso uma tremenda hipocrisia, por um motivo muito simples, quando pensamos que os outros são mares de erros deixamos de olhar para nós mesmos. Você pensa que é perfeito? Que não erra? Que também não tem milhares de defeitos? Isso é horrível meus amigos! Eu estou tratando da questão do JULGAMENTO lá na sua raiz. Não julgue ninguém! A única pessoa que você tem o direito de julgar é a você mesmo, e esse julgamento é o que pode fazer de você alguém melhor.

contioutra.com - Ninguém é 100% bom ou 100% mau

Eu adoro uma frase de uma linda música do Renato Russo que diz: “Todos se afastam quando o mundo está errado. Quando o que temos é um catálogo de erros. Quando precisamos de carinho, força e cuidado”. Esta frase é bem triste, mas muito real. O Renato compôs essa música quando estava no ápice da depressão, e o que ele transmitiu nela é exatamente o que muitos passam e quase sempre sofrem calados. É mais uma vez a questão do julgamento.

O Renato sofreu muitos julgamentos pelo fato de ser homossexual, de ser HIV+ e de ser extremamente sensível e emotivo. Muitos se afastavam dele por causa disso, sendo que seu coração era muito bondoso e amoroso. Veja só! Renato Russo é um ótimo exemplo, ele não era 100% bom, mas estava longe de ser 100% ruim, e ele só não foi ainda melhor do que foi porque se AUTOSSABOTAVA, hipervalorizando seus sofrimentos e sentimentos de rejeição, abandono etc. Muitas vezes ele se diminuía, como se seu sofrimento fosse maior que o das outras pessoas. Essas e outras o levaram a ter graves crises de depressão, até ter como desfecho a morte prematura. Eu tenho muita admiração por ele. Com certeza foi um dos maiores compositores que esse país já teve e um grande intelectual também…

Quero concluir falando dos relacionamentos amorosos. É impressionante a questão do AMOR e ÓDIO. Muitos relacionamentos começam com o rapaz achando a moça uma princesa encantada e vice-versa, e depois de certo tempo, quando esse encantamento, que é a paixão, acaba, começam brigas e mais brigas que muitas vezes terminam com o rompimento do namoro. O que quero dizer é que muitas vezes esses relacionamentos foram muito bons e satisfatórios enquanto duraram, mas a pessoa só se prende às situações que levaram ao rompimento, sem lembrar que durante o relacionamento ela foi feliz e realizada, esquece que mudou muitas coisas, que aprendeu a ser melhor, que a outra pessoa agregou valores positivos etc.

É aqui que vem a questão do ódio. Muitos casais terminam relacionamentos se odiando, alguns chegam até a dizer coisas do tipo: “Eu prefiro ver o cão na minha frente a ver fulano(a) de tal…”. Mas espere! Essa pessoa é tão odiosa assim? E todo aquele tempo que vocês passaram juntos? Não serviu de nada? Durante 6 meses, 1 ano, 2, 3, 4 anos essa pessoa era um anjo e de repente, num piscar de olhos, se transformou em um monstro? Pois é. O grande Dalai Lama também está falando sobre isso nessa pequena passagem. O nome disso é PERSPECTIVA. Se você olhar as pessoas sob a perspectiva de que elas têm muitas qualidades, você passará a viver de forma muito mais plena e feliz.

Enfim. Vamos colocar em prática na vida essa grande verdade: “Ninguém é 100% bom ou 100% mau…”. Pense sobre isso…

Imagem de capa: YuriyZhuravov/shutterstock

Não saia de casa sem se despedir do seu filho

Não saia de casa sem se despedir do seu filho

Texto do site Eres Mamá

Nunca saia de casa sem se despedir do seu filho. Nunca atravesse a porta pensando que não se despedir é o melhor para a criança. Você não sabe o quão errado você pode estar, mas talvez não esteja consciente das consequências que essa decisão errônea implica.

Sem dúvida, sair de casa é um dos momentos mais difíceis que você tem que enfrentar todos os dias. Não importa se o objetivo é fazer as compras, ir à faculdade estudar, trabalhar ou participar de uma reunião. Aquele momento em que você deve se separar do seu filho pequenino dói muito.

No entanto, um dos maiores erros que os pais– e às vezes avós – costumam cometer é não dizer adeus. Isso marca a criança, não apenas no momento, mas a longo prazo. Bem, isso traz uma ferida emocional mais profunda do que você imagina.

Então, crie forças e faça o melhor para ambos em cada saída de casa. Diga adeus ao seu filho ou filha, não importa o quão difícil seja. Não importa o quanto ele chore. Porque a única coisa que varia é o fato da criança te ver, já que ela sofrerá o mesmo, ou até mais, devido à sua partida momentânea.

A importância de dizer adeus ao seu filho

Quando você sai de casa sem se despedir do seu filho, infelizmente não evita a dor dele. Suas lágrimas também não serão evitadas. Ele simplesmente deixará de vê-lo e se sentirá desprotegido e confuso, o resultado é que o coraçãozinho dele doerá em dobro. Como você pode ver, não é uma boa medida para tomar.

Por outro lado, você deve considerar outro detalhe de grande importância. Quando o pequeno sabe que você está saindo, o choro é triste. Por outro lado, quando a criança não entende o que aconteceu com seu mundo, ele chora de desespero e angústia. Claramente, duas sensações mais complexas para gerenciar e curar.

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Por Fotocrisis/shutterstock

Outra razão pela qual é bom para você dizer adeus ao seu filho tem a ver com ganhar sua confiança . Se você desaparecer de repente sem explicação, você gera desconfiança. A criança pode perceber você como uma pessoa que não pode ser confiável.

Esqueça a técnica de distração e a subsequente arte da magia. Os especialistas insistem que é um método contraproducente. Certamente esta técnica gera uma grande confusão nos menores. Portanto, eles começarão a bombardear com perguntas, sem saber ao certo se a mãe retornará ou não.

Lembre-se que para as criaturas, a separação de sua mãe não é um problema menor. Você é o mundo dele, sua pessoa favorita, tudo dele. Trazer um caos a esse universo poderá trazer um grande trauma à criança.

Como você pode dizer adeus ao seu filho da melhor maneira?

Aproxime-se da criança e cumprimente-a com um beijo e um abraço. Mantendo um sorriso despreocupado, explique que a mamãe estará fora por um tempo e reforça sua segurança apontando que você retornará . Sejamos sinceros, a verdade é que você não será capaz de evitar o choro dele, porque é normal e esperado que a criança mostre seus sentimentos.

É claro que esse ritual de despedida deve ser sereno e não precisa ser longo. Deseje um ótimo dia, convide-o para se divertir. Deixe de lado o “Vou sentir sua falta” – que ambos irão experimentar – e todos os tipos de lamentos que apenas complicam essa transição.

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Por smikeymikey1/shutterstock

Se a criança ficar muito mal, não volte porque toda vez que você voltar será pior. Simplesmente transmita calma dizendo que você ligará. Claro, se você fizer essa promessa, você não deve quebrar por nada no mundo. Ligue para ele toda vez que tiver tempo livre para dizer o quanto você o ama.

Desta forma, você não impedirá a criança de sentir sua falta, mas ela não se sentirá inseguro, angustiada e irritada. Com este simples ritual de despedida, a criança começará a assimilar-se como algo temporário e que você vai voltar depois de um tempo. Dizer adeus ao seu filho é importante, porque o ajuda a assimilar o processo de separação com você.

Faça o melhor caminho para você. Reduza o sofrimento e o desespero do seu filho. Reduza sua angústia sabendo que você está funcionando corretamente. Assim agindo, você sai de casa com uma cabeça calma, já que não apelou para estratégias para enganar o seu pequeno.

Tradução e adaptação: Revista Pazes

Imagem de capa:  Radharani/shutterstock

O bode expiatório: entenda a transferência do sentimento de culpa

O bode expiatório: entenda a transferência do sentimento de culpa

Na narrativa bíblica do livro do Levítico, o “bode expiatório” é um animal que era separado da manada e colocado na natureza selvagem como parte das cerimônias hebraicas do Yom Kippur, o Dia da Expiação, um ritual que ocorria na época do Templo de Jerusalém.

Simbolicamente, o “bode expiatório” representa pessoas ou grupos escolhidos de modo arbitrário para levar sozinho a culpa de uma calamidade, crime ou qualquer evento negativo – que geralmente não tenha cometido –, uma vez que existem interesses de colocar a culpa em alguém.

A busca do “bode expiatório” era um importante instrumento de propaganda. Dois exemplos históricos, a perseguição dos judeus durante o período nazista. Eles foram acusados pelo colapso político e econômico da Alemanha. E no regime do apartheid do governo da África do Sul, os negros vieram a ser culpados pelos brancos pela sua miséria.

Na sociedade contemporânea, os grupos utilizados como “bode expiatório” são aqueles selecionados para carregar o sentimento de culpa, variando de acordo com o local e o período. Por exemplo, culpar os gays pela destruição da família, culpar as mulheres pelos estupros, culpar os negros pelo racismo, culpar os índios pelo seu genocídio e culpar os imigrantes ou refugiados pela crise econômica dos países.

Nas relações humanas, certos indivíduos têm reforçado de forma neurótica o sentimento de culpa e com isso a necessidade de apontar o dedo para o “bode expiatório, ” porque é mais fácil culpar terceiros, por não entender ou não saber lidar com suas frustrações e decepções, responsabilizando os outros no ponto de vista moral e psicológico.

Nesse sentido, filhos culpam os pais pelas brigas na família, professores culpam os alunos pelas notas baixas, maridos culpam as mulheres pela falta de afeto no casamento, médicos culpam os pacientes pelas suas doenças, torcedores culpam os técnicos pelas derrotas do seu time, os crentes culpam os “demônios” pelas doenças e desemprego, etc. Cria-se um círculo vicioso, que transforma a tudo e a todos em culpados, inclusive imaginários, sem compreender a origem dos sentimentos de culpa.

Portanto, o “bode expiatório” é a transferência do sentimento de culpa, que se constitui em um ato irracional e ilusório – sem a constatação real dos sentimentos e dos fatos –, alimentando a ansiedade e a angústia em relação a si mesmo, que são transferidas de maneira inconsciente ou consciente para outras pessoas.

O filósofo alemão Friedrich Nietzsche diz que esses sentimentos são inseparáveis da moral judaico-cristã, visto que Nietzsche era um feroz crítico dos princípios cristãos. E para ele são comiserações que se tornaram tão comuns que podem nos levar a acreditar que elas são inerentes ao ser humano.

Sigmund Freud, em direção oposta, afirma que essas emoções persistem em perturbar todas as tentativas dos homens de viverem juntos e que, ao ser recalcadas, retorna sobre o sujeito sob a forma de sentimento de culpa. Para a psicanálise, o “superego” compõe as normas morais, que vamos sufocando desde que somos crianças, e que termina entre a culpa e a moral. Enfim, é a nossa cultura patriarcal, que só obtém seu objetivo através da consolidação do sentimento de mal-estar. Paga-se com a perda de felicidade pela intensificação do sentimento de culpa.

Imagem de capa: vchal/shutterstock

Pais: seus filhos precisam mais do seu amor do que do seu dinheiro.

Pais: seus filhos precisam mais do seu amor do que do seu dinheiro.

Na nossa sociedade capitalista, há a concepção de que presentes significam necessariamente amor e afeto. Dessa forma, os gestos genuínos que esboçam amor e carinho são substituídos por presentes e diversas atividades.

Hoje, a criança feliz é aquela que tem e faz de tudo, desde a natação, até o inglês, o francês e também o tênis. Nossas crianças sabem fazer muitas coisas, mas possuem pouco espaço dentro de suas próprias casas.

Pais sempre muito ocupados para seus filhos e que, ao mesmo tempo, ocupam demais os filhos, como forma de “suprir” essa falta. Não estamos, aqui, tentando culpabilizar os pais, mas promover uma reflexão sobre a relação pais e filhos, a qual é muito importante e tem sido deixada cada vez mais de lado.

Por mais que a criança tenha mil e uma atividades, aquela conversa, aquele abraço, aquele cuidado não são dispensáveis. Nós precisamos disso, precisamos saber que alguém zela por nós, precisamos ter um lugar para não só descansar no final do dia, mas para conversar e dividir os acontecimentos.

Os filhos também precisam desse espaço; a atenção não deve ser apenas de fora, mas também dos pais. Por isso, encher o seu filho de presentes não significa necessariamente que ele se sinta amado, presentes, dinheiro para comprar roupas, ir a festas, ou simplesmente ser um pai-mãe liberal; nada disso resume de que o seu filho necessariamente precisa.

Assim como em um relacionamento amoroso, presentes e jantares caros não sustentam um relacionamento; é preciso, nas relações entre pais e filhos, ir além, abrir espaço para diálogos, permitir que os filhos compartilhem suas histórias, seus anseios e suas angústias que, muitas vezes, ficam retidos pela tal “falta de tempo”. Por mais que esse desejo de se expressar não seja tão nítido, é preciso estimular essas relações de forma positiva.

Recentemente, a série “Os treze porquês” nos mostrou a importância das relações não só no âmbito social, mas também familiar. Nossas crianças e adolescentes querem ter um espaço de acolhimento dentro de seus lares, querem ter alguém para os defendê-los, ao invés de apenas julgá-los e culpabilizá-los.

Vejo muitos adolescentes que têm de tudo, desde o melhor celular, até a melhor roupa, o melhor tênis, as melhores viagens, mas que reclamam por não terem ninguém para ouvi-los. Pessoas que estão angustiadas e não sabem o que fazer com o seu sofrimento, que buscam alguém para partilhar, mas não sabem quem procurar e acabam vagando em busca de alguém que os escute, que acolha as suas angústias.

Não que a culpa seja da família, o que quero dizer é que, muitas vezes, os pais não se dão conta dessa necessidade seja pela rotina, pela correria, ou por inúmeras questões. O alerta vem como forma de voltar-se para essas relações e que os pais busquem fortalecer o relacionamento com os seus filhos, não por meio do dinheiro, de presentes, agrados e permissões, mas por meio da escuta, do companheirismo e da presença.

Nada disso supre a falta de um abraço caloroso; nada paga o colo no final do dia e o ombro amigo que permite chorar. Nada anula a presença e o cuidado. Afinal, amamos sentir que alguém zela por nós.

Imagem de capa:  iko/shutterstock

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