10 Filmes que você precisa ver

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A vingança está na moda

Elenco: Kate Winslet, Liam Hemsworth

Myrtle Dunnage, quando criança foi acusada de assassinato e enviada a um internado. Anos depois, ao voltar à sua cidade natal, depara-se com a rejeição dos vizinhos, que ainda se lembram das circunstâncias de sua partida. No entanto, Myrtle, pouco a pouco, consegue estabelecer relações com eles, graças ao seu talento como costureira. Mas os velhos segredos, como se sabe, não desaparecem, apenas se escondem. Por um tempo.

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Capitão Fantástico

Ben é o pai de uma família bem incomum que vive longe da civilização. Ele ensina os filhos a caçar e lutar, sem esquecer do desenvolimento espiritual. Ele transmite ainda conhecimentos sobre ciências exatas, literatura e filosofia. Uma tragédia familiar o obriga a viajar por todo o país, perguntando-se o que será de seus filhos quando chegar a hora de enfrentar a sociedade. É uma trama filosófica sobre criação e família, interessante para todo mundo, mas principalmente para quem tem filhos.

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Juventudes Roubadas

Elenco: Alicia Vikander, Kit Harington

Ano de 1914. A vida de Vera Brittain promete ser feliz e bem-sucedida. Ingressa em Oxford, tem uma família amorosa e um namorado. Mas tudo muda quando a Primeira Guerra Mundial entra em suas vidas e seus irmãos, amigos e namorado são recrutados. A própria Vera se torna uma enfermeira e ajuda a salvar soldados ingleses e alemães feridos.

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Histórias cruzadas

Elenco: Emma Stone, Viola Davis

Sul dos EUA, década de 1960. Eugenia Phelan, que todos chamam de “Skeeter”, volta para casa depois de se formar, sonhando em se tornar uma escritora bem sucedida e sair da atmosfera sonolenta de sua cidadezinha. Tentando encontrar uma razão pela qual a empregada foi embora, abandonando-a durante sua ausência, começa a se interessar pelos problemas dos negros e percebe que o tratamento que recebem pouco difere da época da escravidão.

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Desejo e Reparação

Elenco: Keira Knightley, James McAvoy, Saoirse Ronan

Ano 1935. Briony, 13 anos, tem uma grande imaginação e sonha em ser escritora. Um dia, sua prima Lola é violentada, e a consciência de Briony cria cenas que não aconteceram. A menina acusa Robbie do crime, filho de uma empregada doméstica e amante de sua irmã mais velha, Cecilia. Todos, exceto Cecilia, acreditam que ele é culpado e o jovem é preso. Da prisão, vai para os campos de batalha da Segunda Guerra Mundial.

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A dama dourada

Elenco: Helen Mirren, Ryan Reynolds

Durante a Segunda Guerra Mundial, todos os bens da família de Ferdinand Bloch-Bauer, incluindo o quadro de Klimt “Retrato de Adele Bloch-Bauer I”, foram furtados pelos nazistas. Meio século depois, Maria Altmann, a sobrinha de Ferdinand, a quem declarou herdeira, decide lutar na justiça e reaver os bens roubados.

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Livre

Elenco: Reese Witherspoon, Laura Dern

Cheryl Strayed passa por um divórcio complicado e com a morte da mãe, decide realizar uma viagem de 1.800 km sozinha. E a pé, por trilhas. Seu caminho segue ao longo da trilha do Pacífico, uma rota turística de trilheiros que se estende por cadeias de montanhas, longe das áreas mais habitadas. Nessa jornada, ela irá encontra-se com seus medos, desejos e terminará a trilha como uma nova mulher. Baseado em história real.

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Alexandria

Elenco: Rachel Weisz, Max Minghella

Alexandria, final do século IV. O Império Romano está chegando ao fim e as disputas políticas e o derramamento de sangue tornando-se comuns. Nessa época trágica, vive Hypatia: o maior cientista de seu tempo, que tem um amplo conhecimento de filosofia, matemática e astronomia. No entanto, como dizem os sábios chineses, não há nada pior do que viver numa época de mudanças…

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Frances Ha

Elenco: Greta Gerwig, Mickey Sumner

O filme, em preto e branco, conta a história de Frances, uma bailarina não profissional de 27 anos. Sua vida é difícil, e ela tem um problema atrás do outro. Qualquer um poderia cair em depressão. Qualquer um, exceto Frances.

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Um Homem Chamado Ove

Este filme, baseado num bestseller, teve grande sucesso na Suécia. De acordo com as estatísticas, um em cada seis moradores do país viu o longa. O protagonista é um idoso rabugento chamado Ove: ele sempre respeita todas as regras e obriga todo mundo a fazer o mesmo. No fundo, sente saudades da esposa falecida e até pensa em acompanhá-la na morte. Só que ninguém consegue pensar em suicídio quando uma família estrangeira e barulhenta mora na vizinhança.

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Elegância: A sutil arte de combinar simplicidade, educação e discrição

Elegância: A sutil arte de combinar simplicidade, educação e discrição

Gosto de gente simples. Gente pé no chão. Gente que aprendeu que luxo não se trata de afetação, ostentação ou presunção. Gente que sabe que elegância não é esnobismo ou arrogância. Elegância é, antes de tudo, saber se comportar com uma simplicidade sofisticada e uma sabedoria discreta perante a vida.

Coco Chanel dizia: “Não é a aparência, é a essência. Não é o dinheiro, é a educação. Não é a roupa, é a classe”. Eu, igualmente, acredito que ser elegante vai muito além de conhecer e assimilar regras cerimoniais ou juntar dinheiro para comprar uma jóia cara. Ser elegante é adquirir um conjunto de bons hábitos que revelam uma civilidade harmoniosa por dentro e por fora. É aprender agir com cortesia, empatia, gentileza, cuidado, educação e discrição. É descobrir o quanto é vulgar lavar roupa suja em praça pública; cuspir no prato em que comeu; participar de fofocas e boca a boca; fazer discursos inflamados sobre política e religião; assediar sem consentimento; criticar mais que elogiar; fazer diferença entre as pessoas; exagerar na roupa transparente, no tom de voz, na vontade de aparecer e na obscenidade.

Engana-se quem pensa que o contrário de luxo é a escassez de bens e recursos. Luxo é se despir de excessos. É descobrir que você não precisa exagerar na maquiagem, no brilho da roupa, no tom de voz, na quantidade de perfume, no filtro da selfie, na indiscrição. Luxo é conhecer seu lugar, não invadir a privacidade alheia, respeitar os limites (seus e dos outros), ser polido e refinado. Luxo é saber ser sofisticado na simplicidade, não desperdiçar, não esbanjar, não ostentar. Luxo é prestar atenção às próprias maneiras, e, na dúvida, agir com mais sobriedade que vulgaridade.

Pessoas elegantes não precisam impressionar ninguém, e por isso agradam a si mesmas em primeiro lugar. Não necessitam ostentar o último modelo de celular, não se incomodam em repetir vestidos, não competem pelo número de curtidas na última foto da viagem. Pessoas elegantes investem mais no brilho do olhar que na plástica das pálpebras, mais na naturalidade do sorriso que no preenchimento dos lábios, mais no caimento da vestimenta que na etiqueta famosa bordada na lapela.

A monarquia britânica, com suas Kates, Meghans e Rainha Elizabeth são referência de elegância e sofisticação para o mundo todo, não somente pela fortuna, mas, acima de tudo, pela classe, discrição, educação e ausência de excessos. A maquiagem sóbria de Meghan Markle e o hábito de Kate Middleton de repetir suas vestimentas vieram reforçar a ideia do quanto é bonito, fino, clássico, elegante e muito sofisticado adotar um estilo sóbrio, desprovido de exageros e despropósitos. É como diz o velho ditado: “menos é mais”.

A elegância está no comportamento, e não na posse disso ou daquilo. Já vi muita gente desprovida de recursos ter gestos nobres, e muita gente endinheirada ser extremamente desagradável e mesquinha. Isso me dá a certeza que não se mede grandeza por riqueza nem elegância por aparência.

Finalmente uma historinha: Quando eu tinha dezenove anos, fui conhecer a família do meu namorado na época. No dia de ir embora, ao acordar e ainda sonolenta, ouvi a mãe dele falando com a filha (que morava fora) ao telefone. Ela me descrevia exatamente assim: “ela é muito simples…” e me recordo que naquele dia, no auge da minha imaturidade, fiquei meio perdida, sem entender se aquilo era uma crítica ou elogio. Hoje, mais de vinte anos depois, me sinto privilegiada de ter passado essa impressão, e contente com a percepção dela. Porque sei que o meu valor não estava na minha fachada, e sim dentro de mim. Hoje continuamos próximas, amigas, e nos admiramos mutualmente. Nunca lhe contei esse episódio, e talvez fosse deselegante comentar que meus ouvidos captaram mais do que o necessário naquela manhã. Porém, mais tarde, esse incidente me trouxe lucidez. A compreensão de que, se houver educação e essência, a elegância chegará com a maturidade e o bom gosto. Pois como dizem por aí: “O mais importante não é ter, e sim ser…”

Viva – A vida é uma festa

Viva – A vida é uma festa

Viva é uma animação estadunidense de 2017, da Pixar.

O filme retrata de forma poética a relação com a morte. A história se passa em Santa Cecília, uma cidade do México, onde uma mulher Amelia Rivera, esposa de um músico, é abandonada, junto com sua filha, pelo esposo que decidiu seguir sua carreira musical.

Amelia se sente magoada pelo abandono e culpa a musica pelo ocorrido, banindo – a de sua vida. Assim, ela abre uma empresa de confecções de calçados e cria sua filha – Ines -, que se casa e tem a sua própria família.

O tempo passa e o bisneto de Ines – Miguel – um garoto de 12 anos, sonha em ser músico e se espelha em seu ídolo Ernesto de La Cruz, um ator e cantor extremamente famoso na época em que Amélia foi abandonada pelo marido. Mas ele terá que lutar por esse sonho, pois sua família – onde todos são sapateiros – desaprova o trabalho de músico.

Com essa introdução vemos que o filme retrata uma jornada de resgate familiar, de algo reprimido no seio da família. E isso afeta diretamente a criança em seu desenvolvimento psíquico.

Para Jung (1988):

“Via de regra, o fator que atua psiquicamente de um modo mais intenso sobre a criança é a vida que os pais ou antepassados não viveram (pois se trata de fenômeno psicológico atávico do pecado original).”

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Essa atuação da vida não vivida dos antepassados surge na criança como um destino, e que se situa além do que é possível à capacidade humana consciente. São compensações do destino, uma espécie de função da índole moral (ethos), que cuida de abaixar o que é alto demais e de levantar o que é demasiado baixo. Contra isso de nada adianta nem a educação nem a psicoterapia. (Jung, 1988).

Miguel irá resgatar uma parte reprimida no contexto familiar que é a relação com a música.

A música possui um simbolismo muito forte. Ela é uma manifestação artística, da beleza, da alma. Ela é presidida na Grécia por Apolo, deus da beleza, da perfeição, do equilíbrio e razão. Considerado um deus solar e da luz da verdade. Um deus da consciência que vence as forças obscuras do inconsciente.

A música como arte tem uma importância imensa como expressão do inconsciente para a consciência.

A manifestação artística é uma forma de encontrarmos a sensação de significado, uma vez que em nossa sociedade – com o declínio da religião tradicional – vivemos um momento de alienação, com um sentimento disseminado de falta de sentido e significado para a vida humana (Edinger, 2012).

A musica traz o significado de forma subjetiva e viva. E não de forma objetiva, externa e racional.

A família segue o oficio de sapateiro. O sapato tem um simbolismo de nos colocar em contato com o terreno, com o chão firme. Nos ajuda a pisar e a se colocar diante da realidade do mundo.

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O sapateiro está diante da realidade objetiva, tem os pés plantados no chão, vê a vida pelo prisma da objetividade. Sendo assim, a família de Miguel excluiu o elemento subjetivo, o elemento do sentir de forma viva a existência humana.

E Miguel através da música irá resgatar esses aspectos inconscientes da família. Enfrentando a morte de frente e trazendo luz a consciência.

Muitos questionamentos se passam em Miguel, que com 12 anos, enfrenta o dilema de todo jovem com a família: como articular o amor a família e o amor pela arte que pulsa em si? Transgredir um acordo familiar inconsciente e seguir seu caminho/destino ou permanecer aceito no seio familiar?

Como todo herói ele recebe o chamado a aventura e reluta a princípio, sabendo que isso custará seu conforto e aceitação familiar.

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Contudo, o filme mostra que a jornada de Miguel traz uma nova dinâmica e consciência para a família. Ele consegue trazer o que é reprimido e assim transforma a sua realidade e a da família. Bem típico do herói, que representa aquele que restaura a situação saudável da psique.

Além disso, o filme tem como inspiração o feriado mexicano do Dia dos Mortos, onde se festeja os antepassados.

Nesse festejo é celebrada a vida dos ancestrais e trata-se de uma festa mexicana bastante animada. Acredita-se que os mortos vêm visitar seus parentes, por isso a festa é recheada de comida, bolos, festa, música e doces preferidos dos mortos.

Ou seja, vemos na animação uma forma completamente diferente de encarar a morte. Nossa sociedade encara a morte de forma muito puritana, chegando a despreza-la. A morte é um tabu em nossa sociedade!

Jung (2009) aponta o quanto não sabemos lidar com a morte e o quanto ela ainda nos assombra:

“Temos, naturalmente, um repertório de conceitos apropriados a respeito da vida, que ocasionalmente ministramos aos outros, tais como: “Todo mundo um dia vai morrer”, “ninguém e eterno” etc., mas quando estamos sozinhos e é noite, e a escuridão e o silencio são tão densos, que não escutamos e não vemos senão os pensamentos que somam e subtraem os anos da vida, e a longa serie daqueles fatos desagradáveis que impiedosamente nos mostram até onde os ponteiros do redigiu já chegaram, e a aproximação lenta e irresistível do muro de trevas que finalmente tragarão tudo o que eu amo, desejo, possuo, espero e procuro; então toda a nossa sabedoria de vida se esgueirara para um esconderijo impossível de descobrir, e o medo envolvera o insone como um cobertor sufocante.”

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Porém a vida é um processo que segue seu curso para o repouso. A vida humana em seu crescimento, expansão e declínio.

Jung (2009) diz que da mesma forma que a trajetória de um projétil termina quando ele atinge o alvo, assim também a vida termina na morte, que é, portanto, o alvo para o qual tende a vida inteira.

Mas nos esquecemos dessa trajetória e dessa meta. Estamos fixados nos impulsos da primeira metade da vida e não aceitamos o declínio. Cultuar os mortos e os ancestrais nos lembra do nosso destino e nossa meta.

Temos a celebração atual do dia de finados, porém trata-se de uma celebração triste e vivida muitas vezes de forma banal. O dia de los muertos, no México, é uma celebração viva e alegre, que abarca a morte na vida

Jung coloca que só́ permanece realmente vivo quem estiver disposto a morrer com vida. Então, psiquicamente quando não aceitamos a morte – tanto a real quanto as simbólicas – não aceitamos a vida. Com isso, não conseguimos deixar que as coisas “morram”, e assim nos mantemos presos em estados infantis, apegos já desnecessários, crenças que não fazem mais sentido.

Miguel acredita que é descendente de seu ídolo Ernesto de La Cruz e ele vai ao museu de La Cruz para pegar emprestado o seu violão. Ao tocar o primeiro acorde, ele se torna invisível para todos os presentes na praça da vila. Porém, ele pode ver e ser visto por Dante, um cão de rua de raça que acolheu às escondidas, e por seus parentes falecidos em forma de esqueleto que saíram do Mundo dos Mortos para visitar seus familiares nesse feriado. Os familiares levam Miguel ao Mundo dos Mortos após descobrirem que Amelia não pode visitar os familiares vivos porque Miguel removeu sua foto da oferenda.

A ida de Miguel ao mundo dos mortos, pode ser comparada a uma regressão de libido. Onde os conteúdos arcaicos do inconsciente para uma adaptação ao mundo da psique (Jung, 2008).

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A família do menino possuía uma atitude unilateral frente a vida. A adaptação unilateral é falha e por isso é necessária a regressão para resgatar os aspectos excluídos da consciência.

Um aspecto está desaparecendo no mundo dos mortos, que é Amélia, que é justamente a entrada do conflito e a saída dele.

Vemos o movimento da regressão no herói. O famoso ventre da baleia, ou seja, o alheamento completo do herói com relação ao mundo exterior (Jung, 2008).

Na jornada do herói (Campbell, 1997), é uma passagem para uma esfera de renascimento. O herói, em lugar de conquistar ou aplacar a força do limiar, é jogado no desconhecido, dando a impressão de que morreu. O herói vai para dentro, para nascer de novo.

Nosso herói vai nada mais nada menos do que o próprio reino dos mortos. La ele enfrentará a própria morte.

Miguel deve retornar antes do nascer do sol, senão ele ficará no Mundo dos Mortos para sempre. Mostrando os perigos da regressão da libido, ou seja, o perigo de dissociar completamente da realidade.

Para retornar para o mundo dos vivos, ele precisa receber a benção de um membro de sua família. Amelia oferece sua benção a Miguel, mas sob a condição de que ele abandone seu sonho de ser músico quando retornar. Miguel recusa a condição e tenta procurar a benção de Ernesto. No caminho conhece Héctor, um esqueleto tolo que o acompanha nessa jornada.

Miguel se torna o herói na trama, pois o herói é aquele que vem restabelecer a condição saudável da psique (Von Franz, 2005). Ele empreende uma jornada ruma a transformação dessa maldição em benção.

A benção corresponde ao elixir, que o herói recebe em sua jornada (Campbell, 1997). Mas essa benção não pode impedi-lo de ser quem ele é, pois nesse caso se transforma em maldição.

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O herói busca, por meio do seu intercurso com os deuses, não propriamente a eles, mas a sua graça, isto é, o poder de sua substância sustentadora. Essa miraculosa energia/substância, e só ela, é o Imperecível; os nomes e formas das divindades que, em todos os lugares, a encarnam distribuem e representam, vêm e vão (Campbell, 1997).

Projetamos esse imperecível no pedido de benção para os nossos ancestrais. Projetando assim, a proteção e a benção dos arquétipos divinos de forma simbólica.

A aventura se passa toda no mundo dos mortos, ou seja, no mundo do inconsciente. No mundo magico das imagens arquetípicas.

Nesse mundo Miguel e Héctor se dão conta de que são tataraneto e tataravô, respectivamente. Mas a medida que o sol nasce, Héctor corre o risco de ser esquecido e de desaparecer. Amelia enfim abençoa Miguel, permitindo que ele siga em frente com o sonho de ser um músico, e ele retorna ao Mundo dos Vivos. Ele se reconcilia com Abuelita, que por sua vez enfim o aceita de volta na família e encerra o banimento à música na família.

Miguel consegue fazer com que o espírito de Hector, seu tataravô seja salvo do esquecimento iminente. A verdadeira morte, onde o espírito da música desapareceria totalmente dessa família. A alma não pode se expressar. Resgatar a memória de Hector é resgatar algo que foi perdido e que deve ser resgatado.

***

Referências Bibliográficas:

CAMPBELL, J. O herói de mil faces. 10. ed. Cultrix, São Paulo, 1997.

EDINGER, E.F. Ego e arquétipo – Individuação e função religiosa da psique. 4ª Ed. Cultrix, São Paulo, 2012.

JUNG, C. G. A Natureza da Psique. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 2009.

__________O desenvolvimento da personalidade. 4 ed.Vozes. Petrópolis: 1988.

__________ Energia Psíquica. 10 ed.Vozes. Petrópolis: 2008.

VON FRANZ, M. L. A interpretação dos contos de fada. 5 ed. Paulus. São Paulo: 2005.

__________. A sombra e o mal nos contos de fada. 3 ed. Paulus. São Paulo: 2002.

Não deixe para dizer “Eu te amo” quando o outro já tiver desistido de você

Não deixe para dizer “Eu te amo” quando o outro já tiver desistido de você

Quantos de nós não lutamos para conquistar alguém, dando o nosso melhor, para, depois de termos nos estabilizado junto ao amor de nossas vidas, deixarmos de lado as gentilezas que alimentam o afeto que embasa a vida a dois? É como se, uma vez juntas, as pessoas não precisassem mais que se lhes regassem os sentimentos, como se sentimento fosse eterno, mesmo no vazio de um vai sem volta.

Na verdade, os dias estão por demais céleres e atribulados, roubando-nos quase todo o tempo de que dispomos, assoberbando-nos os sentidos e estafando nosso corpo e nossa alma. Ao final do dia, estamos exaustos e acabamos levando para além das paredes do escritório as preocupações que acumulamos lá dentro. Avolumam-se os problemas, as contas, as dívidas, as minhocas na cabeça.

Embora saibamos o quão nocivo é não conseguirmos nos desligar dos compromissos, quando estamos tentando usufruir de nossos horários de lazer junto à família, aos amigos, ou mesmo sozinhos, na quietude de nosso lar, torna-se quase que impossível conseguir esse distanciamento dos contratempos, para que a calma nos alcance. E é assim que acabamos descontando, muitas vezes, nossos desgostos justamente em quem não tem nada a ver com eles.

Não tem outro jeito: não podemos nos esquecer de regar o amor, de valorizar quem caminhou conosco de mãos dadas, quem nos ama com afeto sincero. Ainda que estejamos alquebrados, mesmo que a canseira tome conta de nosso corpo, não importa o tanto de problemas enfrentados naquele dia, quem nos espera de braços abertos no retorno disso tudo merece ao menos um sorriso, olhos nos olhos, um “eu te amo”, se não dito, demonstrado, em gestos singelos, em ficar junto de fato.

Cuidado que o tempo que cura é o mesmo que acostuma

Cuidado que o tempo que cura é o mesmo que acostuma

As emoções possuem uma função importantíssima nas relações sociais estabelecidas entre os indivíduos: defender ou aproximar as pessoas, distinguindo o grau de perigo ou de amizade que existe entre elas.

Pelas emoções somos capazes de discernir o bem do mal, o interesse da generosidade e o amor da paixão. O problema é que, muitos, não sabem utilizar-se delas para crescer emocionalmente e afundam-se em medos, dúvidas e escolhas erradas.

Sinceramente não entendo muito essa perspectiva de ter que ter um “relacionamento sério” para se autoafirmar já que, embora sejamos seres sociáveis, não temos a obrigação de estarmos em relacionamentos amorosos para termos uma felicidade diária. Porém, percebo que, cada dia mais, as pessoas buscam “o par perfeito” que “complete” sua vida e, até isso acontencer, a depressão, a ansiedade e a angústia são companheiras de viagem inseparáveis dos envolvidos.

Acredito que deva existir algo no universo que explique o fenônemo da carência afetiva no ser humano (porque humanamente está muito difícil de entender). Parece incoerente, mas acontece exatamente assim: começamos uma relação, vemos que a probabilidade dela dar certo é zero, mas tentamos nos convercer de que, aos poucos, as coisas irão mudar. E tudo por um motivo específico: o medo de ficar sozinho.

“É o jeito dele falar”, “ela é estourada assim mesmo”, “eles são frios porque já passaram por muita coisa na vida”. Alto lá, baby! Ninguém tem obrigação de aguentar os traumas e neuras das relações anteriores, não. Cada um que resolva seus próprios problemas e, somente, depois crie laços sentimentais com alguém (pronto, falei!).

Longe de mim estipular uma forma de amar ou de julgar os sentimentos alheios. O que apresento aqui é uma forma diferente de ver a vida e de encarar os próprios fantasmas sentimentais.

Eu sei que a gente tem dessas de se acomodar nas situações e por temos medo tomar iniciativa e terminar sozinhos, preferimos aguentar ofensas e nos convencer que tudo o que acontece de anormal na relação é natural. Encare a verdade: isso é loucura!

O conformismo é uma morte lenta que te faz acreditar que “estar em um relacionamento serio” é o ápice da felicidade.

É preciso coragem de ser feliz, de arriscar, de mudar o rumo das coisas. Até porque, o máximo que pode acontecer é você ser muito, mas muito feliz!

Você não presta.

Você não presta.

Porque você sente demais, se importa demais. Talvez se você fosse um pouco daquela gente que prega o tanto faz, bastasse. Mas não, você não consegue ficar de coração fechado. Ao menor sinal de reciprocidade, você se permite, você se transforma em entrelace e você se entrega demais. Você não presta, essa é a realidade.

O mundo de hoje não está preparado para tanto não prestar em uma única pessoa. Ele bem que tenta tirar o seu chão com decepções, mentiras, friezas e outras consequências capengas, mas cadê que você aprende? Cadê que você passa a prestar, a entrar nos eixos e, com isso, a ser mais a cara da rotina dos amores tradicionais? É jogo perdido, você sabe. Porque você não presta e o mundo precisa aceitar que existem sentimentos diferentes. Às vezes intensos. Às vezes pontuais. Mas sempre sinceros.

Você só quer saber de ter a liberdade para escolher o que/quem morar melhor nos seus dias. Se isso é não prestar, que seja. Você não está nem aí. Não presta e pronto. Sem discussão, sem defesas, sem arrependimentos.

E deixe que digam que você nasceu assim. Deixe até que digam que você andou com más companhias, que a TV influenciou as suas atitudes ou que você perdeu a linha e contraiu vícios emocionais da pior qualidade. Afinal, você não presta.

Portanto, continue não prestando. Continue sendo e sentindo muito mesmo conhecendo relacionamentos que são acostumados a transbordar pouco. Sinta vulgarmente, urgentemente e em todas as posições que você encontrar leveza e aceitação. Coração recatado não é pra você. Você não presta, né?

O que eu aprendi longe de você

O que eu aprendi longe de você

Minha vida era tão conjugada a sua que, quando me despedi de ti no aeroporto e te perdi de vista ao entrar no portão de embarque, eu procurei uma cadeira e me senti paralisada. Precisei pensar para fazer o básico: chamar o Uber, comprar uma água, respirar. Respirar, nossa ação involuntária principal, ficou difícil de repente. Eu precisava me lembrar de puxar o ar pros pulmões e continuar vivendo, sem você.

No primeiro dia, cai na cama e só chorei. Não comi, não sai do quarto, não mexi no celular. As pessoas me perguntariam sobre você e eu não saberia como responder que você tinha ido embora e, mentindo, dizer que tudo ficaria bem.

Quando finalmente enfrentei os cômodos da minha própria casa, senti o vazio me preencher nos detalhes. Fiz os ovos da forma que você gostava, mas era eu quem ia comer; fui tomar banho e lavar o cabelo, mas aquele era o shampoo que você usava; me arrumei para ir ao mercado e passei perfume, o perfume que você dizia que amava quando eu usava. Eu piscava e sentia você dentro de mim, mas você já não estava ao meu lado.

Na primeira vez que realmente sai de casa com a intenção de me distrair, não me reconheci, não me encontrei em mim mesma. Fui à lugares que no passado eu chamava de lar, abracei amigos que até outro dia considerei irmãos, engoli comidas que sempre achei que seriam as minhas preferidas. Tudo e todos continuavam lá, do mesmo jeitinho que eu havia deixado, mas eu tinha mudado tanto que aquela vida já não me completava mais. Todo mundo viu no meu olhar que eu já não era mais a mesma e, com carinho, respeitaram meu luto e não perguntaram de você.

Aos poucos, fui retomando a vida. Reaprendi a fazer as escolhas sozinha, a andar do lado de fora da calçada, a sentar no banco do motorista no carro, a escolher a proteína durante as compras. Foi difícil e por muitos dias eu desisti no meio das tarefas, voltei pro meu quarto e chorei até secar meu sangue correndo nas veias. Entretanto, a cada novo amanhecer eu acordava disposta a tentar mais uma vez.

A minha primeira conquista como singular foi retornar às atividades físicas. Eu amava aquilo, e desde que conheci você tinha abandonado uma rotina que era uma das minhas maiores paixões. Não foi tão ruim voltar, na verdade eu me senti bem como não me sentia desde que havia deixado de lado o hobbie. O momento em que voltei pra academia foi a primeira vez que me senti dona da minha vida novamente depois que você partiu. Depois desse dia, vieram outros. Voltou o meu hábito diário da leitura, voltou a minha busca por conhecimento em medicinas alternativas e estilos de vida, voltou a minha autoconfiança profissional. Retomei as rédeas da minha vida e das minhas escolhas, não porque eu quis, mas porque seguir em frente era a única escolha possível.

Os conhecidos viram a mudança e ficaram felizes com a minha reação, mas nenhum teve a coragem de dizer “Que bom que você superou” porque todos viram meus olhos sem brilho piscando por ai.
Eu me sentia viva e produtiva de novo, mas os dias eram apenas 24 horas que eu precisava aprender a preencher novamente. Eu conseguia preencher o tempo, mas nada preenchia a falta que você fazia. Perder um amor é como tirar o coração do peito: você continua respirando, enxergando, conversando, mas já não sente mais aquela pulsação acelerada pela felicidade de ser parte importante na vida de alguém.

Não muito tempo depois das minhas engatinhadas solo, você voltou. Me disse que sentiu a mesma ausência, que o nosso amor era o único sentimento valioso que você conheceu na vida e pelo qual queria lutar. Te ouvi, suspirei profundamente, peguei em sua mão e caminhei de volta ao seu lado. Meu amor por você nunca mudou nem diminuiu, mesmo com a distância e com todas as noites procurando respostas que não encontrei. Porém, eu mudei com sua despedida e hoje, com você ao meu lado novamente, me sinto mais mulher ao seu lado.

Atualmente dependo menos do seu afeto e mais das minhas escolhas pessoais. Aprendi que o amor não faz ninguém feliz, o que nos traz a felicidade somos nós mesmos encontrando sentido pra nossa vida e pro nosso tempo. Nosso propósito na Terra é individual, e deve ser seguido. O amor é a graça de poder compartilhar essa caminhada com alguém.

Aprendi que ser plural significa cantar a mesma música, cada um com sua própria voz. Entendi a importância de tirar de ti a responsabilidade de me fazer feliz, afinal essa conquista é de cada um. Quando você percebeu se sentiu mais leve, me abraçou com força e, finalmente, me amou de volta.

Ninguém tem que se intrometer na dor que somente você sentiu

Ninguém tem que se intrometer na dor que somente você sentiu

É preciso coragem para ficar triste hoje em dia, nesse contexto de felicidade estampada nas vitrines, nas revistas, nas redes sociais, nos comerciais de margarina. É como se não pudéssemos nos sentir desanimados e desesperançosos, vez ou outra, como se tivéssemos a obrigação de vencer e de sorrir, sempre, para tudo e para todos.

A sociedade cada vez mais tenta camuflar a tristeza, escondendo-a em recantos recônditos, onde ninguém possa vê-la ou senti-la. É preciso sorrir, ser feliz, agradecer, olhar sempre o lado bom de tudo. Sim, essas posturas nos ajudarão a superar as tempestades da vida, porém, ninguém consegue usar artifícios o tempo todo: uma ou outra hora, a gente acaba implodindo.

Todos temos o direito ao sofrimento, ao desencanto, às lágrimas e lamentações. É assim que a gente consegue doer até esvaziar o coração e começar a preenchê-lo novamente com luz e esperança. Demorar-se na dor é perigoso, mas passar por ela quando assim nossa alma pedir será benéfico, uma vez que o enfrentamento dos próprios fantasmas nos torna cada vez mais fortes e certos da felicidade que queremos dentro de nós.

Temos, porém, que tomar o cuidado de não demonstrar fraqueza na frente de certas pessoas, pois existe quem sempre usará tudo aquilo contra nós, quem se aproveitará da vulnerabilidade alheia para destilar veneno e maldade, de forma covarde. Mesmo assim, necessitamos ter a consciência de que nos sentirmos mal ou tristes não nos torna mais fracos e sim mais humanos.

Sofrer faz parte da vida de todos nós. Dói a dor da decepção, da maldade, da ilusão quebrada, do abrigo que desmorona. Deixa doer, permita-se chorar, permita-se fraquejar, tenha medo, revolte-se. Só não fique encostado nessa escuridão por muito tempo, porque tudo passa, até mesmo as tempestades.

E sempre se lembre: ninguém tem nada que se intrometer na dor que você – e somente você – sentiu.

Tranque essa porta, mulher! Você precisa saber o que quer.

Tranque essa porta, mulher! Você precisa saber o que quer.

Acompanho um grupo de mulheres vítimas de relacionamentos abusivos no Facebook. Um dia desses, algo me chamou atenção. Uma moça compartilhou, no grupo, o print de uma mensagem que o ex enviou a ela. Era uma mensagem de teor bem desrespeitoso e humilhante, o grupo ficou chocado. Fiquei acompanhando os comentários das demais integrantes, a maioria delas esboçando indignação ao sujeito e ofertando solidariedade à moça. Segundo a vítima, essas mensagens eram praticamente rotineiras, incluindo, inclusive, fotos do ex com uma nova namorada.

Enquanto todas se comoviam com a situação, eu fiz as seguintes perguntas: por que você permite esse contato, se isso te faz tão mal? Por que você não bloqueia todos os acessos do seu ex às suas redes sociais? A moça tentou justificar dizendo que ela não tem contato com ele. Eu disse: ora, você pode até não fazer contato com ele, contudo, está deixando as portas abertas para que ele a encontre e despeje em você toda a perversidade dele. Você está permitindo essa situação, sinto muito. A moça, ficou sem argumentos e ficou aquele silêncio no grupo.

Bem, o que ando percebendo em algumas situações? Em se tratando de algumas rupturas, é comum algumas pessoas saírem, mas deixarem a porta encostada. É como se ela não tivesse certeza de querer aquele rompimento, por mais que esteja sendo tratada como estrume pelo companheiro. Gente, não justifica alguém dizer que está recebendo mensagens indesejadas pelo whatsapp diariamente. Todos nós sabemos que é possível bloquear qualquer contato nesse aplicativo de mensagens, não só nele, mas em todas as outras redes sociais. Ocorre que muita gente prefere tapar o sol com a peneira.

Se um contato está fazendo mal a você, por que você o mantém? Seria para se machucar e depois sair em busca de consolo das outras pessoas? Onde entra a sua responsabilidade pelo o que você permite ou até busca? Lógico que sabemos que existem pessoas sem limites que perseguem, que vão atrás, etc. Ainda assim, para esses casos extremos, é possível buscar proteção judicial. O que não dá é a pessoa romper uma relação que faz um mal danado a ela e deixar sempre um rastro para ser encontrada.

Você precisa saber o que quer da vida! O tempo tá passando e você está aí marcando passo e, garanto, se você não se tratar bem, ninguém fará isso por você. Pelo contrário, à medida que você não se respeita, você está emitindo uma permissão para que todos a tratem como um bagulho.

Tudo bem, sei que muitos casos, tratam-se de pessoas adoecidas emocionalmente, tão adoecidas que já perderam a noção do que é nocivo e do que é saudável. Esses casos requerem uma intervenção, um acompanhamento psicológico etc. Mas não é o caso aqui. Refiro-me aos casos em que a mulher está lúcida, e, insistindo em dar murros em ponta de faca. Ela sabe que não tem nada que presta para esperar daquele ex parceiro, mas está ali rondando, jogando uma isca.

Não, eu não estou contra as mulheres e justificando as atitudes abomináveis dos parceiros perversos. Longe de mim, por favor. Sou uma mulher que defende os relacionamentos saudáveis e que já se libertou de relacionamentos abusivos. Só quero deixar claro que, muitas mulheres, ao romperem com uma relação abusiva, não se posicionam com firmeza. Elas sabem que estão no fundo do poço, que já perderam a dignidade, mas ainda assim, olham o rompimento como um baita prejuízo. Elas esperam tirar leite de pedra, talvez.

Tudo na nossa vida tem a ver com a nossa decisão e essa decisão tem que estar alicerçada em atitudes. Se rompeu com quem tanto a maltratou, mantenha-se firme, evite contatos, bloqueie tudo. Vá cuidar de você, vá resgatar a sua saúde emocional. Invista em sua autoestima e não invente de se relacionar machucada desse jeito. Fragilizada, assim, você vai atrair outros parceiros perversos, eles vão sentir o cheiro da sua vulnerabilidade e vão deitar e rolar. Cuidado! É hora de se reconstruir. Cuide-se, querida!

Mãe cria grande polêmica ao dizer que ama mais seu cão do que seu filho

Mãe cria grande polêmica ao dizer que ama mais seu cão do que seu filho

A jornalista Kelly Rose Bradford, em 2014, causou uma enorme polêmica ao declarar publicamente que ama mais sua cachorra, Matilda, do que seu filho de 11 anos. Ela diz:

“Toda vez que olho para ela, meu coração se enche de amor e sinto uma vontade incrível de abraçá-la, protegê-la e mimá-la. Ter um cão abrange um sentimento de amor intenso e a mesma responsabilidade que uma mãe tem para com seu filho… A verdade é que amo Matilda tanto quanto amo meu filho. Algumas vezes, aliás, a amo mais do que ele e não tenho nenhum remorso em admitir isso”, afirmou Kelly.

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Para justificar este sentimento maior e mais puro pela cachorra, a jornalista disse que crianças podem ser indisciplinadas e com o tempo acabarem decepcionando seus pais. “Meu filho deixa uma verdadeira bagunça em nossa casa e frequentemente precisa ser repreendido. Preciso lembrar a todo momento sobre o dever de casa e que precisa arrumar suas roupas. Com Matilda isso não acontece, ela é sempre doce, obediente, bem humorada e carinhosa”, revelou em entrevista ao Daily Mail.

Bradford ainda defende que crianças costumam ser ingratas, algo que jamais acontece com os cães. “Tudo o que faço para Matilda resulta em amor e gratidão. Um prato de comida ou um passeio já resultam em um rabo abanando e em beijos molhados, enquanto raramente ouço uma palavra de reconhecimento do William, não importa quantas refeições eu faça, quantas vezes eu o leve para nadar e nem quantas roupas eu lavo”, completou.

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A fim de se explicar, Kelly disse ainda que não está sozinha neste sentimento. “Vocês devem saber que muitas mães se sentem da mesma maneira que eu. Um estudo recente revelou que muitas pessoas sentem o mesmo amor e compaixão com imagens de animais e de seus filhos. Ao analisar uma área específica do cérebro, foi constatado que muitas mulheres se sentiam mais felizes ao verem seus bichinhos do que seus próprios filhos”, defendeu.

“Meu filho está crescendo e muitas vezes não me quer por perto. Penso que com ele ainda tenho muitas décadas pela frente, mas com Matilda não. Como os cachorros vivem menos, preciso fazer com que sua vida seja boa a todo momento. Por mais que os cães cresçam, eles são sempre bebês e têm necessidades parecidas com a de um recém-nascido. Com William, preciso fazer com que se torne um adulto responsável e que cada vez seja menos dependente de mim”, finalizou Kelly.

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– Fotos: Reprodução/ Daily Mail Via: Link Animal

Não queira ser consolado por quem te machucou

Não queira ser consolado por quem te machucou

Li por aí que pessoas feridas ferem pessoas. E tem mais: muitas vezes, pessoas feridas ferem aqueles que são mais próximos, quem realmente as ama com sinceridade e caminha junto, de perto. A dor faz isso, cega e se espalha de maneira injusta, não raro com crueldade. Por essa razão é que costumamos descontar nossos problemas em pessoas com quem temos mais intimidade.

Geralmente, as pessoas tratam mal quando sabem que serão perdoadas. Filhos, por exemplo, costumam destratar seus pais, na certeza de que o amor permanecerá o mesmo. E é desse jeito que a dor se espalha entre pessoas cujos laços são mais fortes. Quando a escuridão toma conta de nossas almas, temos necessidade de expulsar aquilo de dentro de nós e acabamos jogando o nosso pior em quem estiver mais perto.

Por outro lado, existirão pessoas que nos machucarão gratuitamente, deliberadamente, sem que consigamos enxergar um porquê naquela atitude, que, para piorar, repete-se continuamente. Repete-se, como se nunca fôssemos alguém com sentimentos, alguém visível, alguém vivo. Agirão à nossa revelia, sem se importarem com o que iremos sentir, com o tanto que sofreremos. Haverá quem trairá, quem mentirá, quem se esquecerá da gente, quem magoará, ignorará, quem passará por cima. E de novo e de novo.

O duro é quando a gente quer ser consolada justamente por quem machucou sem parar, por quem já recebeu o nosso perdão inúmeras vezes, mas o amassou e o jogou no lixo toda vez. Difícil será perdoar quando o outro errou sabendo exatamente o que estava fazendo, esquecendo-se de que estaríamos aqui nos decepcionando com aquilo tudo. E, muitas vezes, ninguém conseguirá fazer nada para amenizar nossas feridas, porque estaremos ainda apegados ao consolo de quem machuca.

Cabe-nos, portanto, valorizar a nossa capacidade de perdoar e de receber perdão, para que sejamos vistos como alguém com sentimentos, com personalidade, com limites. É preciso deixar claro que tudo tem limite, desde o perdão até a bondade, para que não nos tornemos alguém banalizado, neutralizado, pisado. E lembremos que, muitas vezes, quem menos poderá nos consolar será quem queríamos, ou nunca sairemos desse ciclo de mágoas sem fim.

6 Filmes que atraem pessoas inteligentes

6 Filmes que atraem pessoas inteligentes

 

Trem Noturno para Lisboa

Raimund Gregorius, um professor suíço, que abandona suas palestras e sua vida conservadora para embarcar em uma emocionante aventura que o levará em uma jornada ao seu próprio coração.

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O jogo da imitação

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O matemático e lógico inglês Alan Turing ajuda a quebrar o código Enigma durante a Segunda Guerra Mundial. A história fará seu coração congelar, experimentar e acreditar em vitórias. Esse personagem incomum conseguiu resolver o que era difícil de entender para qualquer outra mente.

A garota no trem

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Diariamente, o trem que leva Rachel passa por uma casa onde vive um casal, à primeira vista, ideal. Mas um dia, o idílio é rompido: a bela desconhecida desaparece sem deixar vestígios. Rachel vai se enredar numa história muito complicada depois de ver algo que estava escondido dos olhos de todos.

O abutre

Enfrentando dificuldades para conseguir um emprego formal, o jovem Louis Bloom (Jake Gyllenhaal) decide entrar no agitado submundo do jornalismo criminal independente de Los Angeles. A fórmula é correr atrás de crimes e acidentes chocantes, registrar tudo e vender a história para veículos interessados.

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CONTRATEMPO (CONTRATIEMPO)

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Tudo está indo muito bem para Adrian Doria (Mario Casas). Seu negócio é um sucesso e lhe trouxe riqueza, sua bela esposa teve a criança perfeita, e sua amante está bem com o caso dos dois escondido. Tudo está ótimo até que Doria desperta num quarto de hotel, depois de ser atingido na cabeça, e encontra sua amante morta no banheiro, coberta com um monte de notas em euros. Pior, o quarto é trancado por dentro e não tem nenhuma maneira de entrar ou sair. Com tudo o que construiu desmoronando aos seus pés, Doria recorre a melhor advogada de defesa da Espanha, Virginia Goodman (Ana Wagener), e eles tentam descobrir o que realmente aconteceu na noite anterior.

O Físico ( The Physician )

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Inglaterra, século XI. Ainda criança, Rob vê sua mãe morrer em decorrência da “doença do lado”. O garoto cresce sob os cuidados de Bader (Stellan Sarsgard), o barbeiro local, que vende bebidas que prometem curar doenças. Ao crescer, Rob (Tom Payne) aprende tudo o que Bader sabe sobre cuidar de pessoas doentes, mas ele sonha em saber mais. Após Bader passar por uma operação nos olhos, Rob descobre que na Pérsia há um médico famoso, Ibn Sina (Ben Kingsley), que coordena um hospital, algo impensável na Inglaterra. Para aprender com ele, Rob aceita não apenas fazer uma longa viagem rumo à Ásia mas também esconde o fato de ser cristão, já que apenas judeus e árabes podem entrar na Pérsia.

Torcer pelos outros: a melhor torcida

Torcer pelos outros: a melhor torcida

É muito bonito ver uma torcida bem organizada, vestindo a camisa de seu time, se alegrando com os melhores momentos e sofrendo junto nos piores.

Mas se a gente reparar bem, existe um tipo de torcida que pode ser traçado nesses moldes e que pode ser muito prazerosa, tal qual nos esportes. É o que podemos chamar de “torcer pelos outros”.

Você já reparou que esse tipo de torcida está cada vez mais escasso?

Parece-me que estamos assumindo uma rivalidade sem causa nem objetivo. Estamos competindo mais do que deveríamos, nos comparando mais do que precisamos fazer também. Em algumas vezes por coisas banais e com pouca relevância. Há quem queira aparecer com a melhor roupa num determinado evento, o melhor carro na família, o prato mais elaborado num almoço entre amigos, a linha do tempo mais chamativa nas redes sociais. E essa disputa, desnecessária e sem justificativas convincentes, faz com que torçamos menos pelo outro, pra que a o nível da competição seja menor.

Não é uma loucura perceber que temos adotado cada vez mais esse tipo de comportamento?

E quando se fica sabendo das novidades das outras pessoas, é cada vez menor o número de pessoas que torce a favor para que o que é bom dure bastante. Parece que, para a vida dos outros, não fazemos questão de nutrir esse desejo; podemos fazer isso inconscientemente, inclusive. Salvamos apenas algumas pessoas mais próximas, o restante dos conhecidos não nos vê com frequência em suas arquibancadas.

Não torcer pelo bem dos outros é um comportamento que precisa ser erradicado, porque é feio e mesquinho.

Não custa nada torcer para que os conhecidos façam uma boa viagem, para que o novo casamento seja duradouro, que o novo emprego seja promissor. Não custa nada curtir as fotos de um visual novo ou de uma viagem, e olhar a felicidade alheia com bons olhos.

Talvez seja a inveja, malvada como si só, a nos impedir; ou talvez seja a baixa autoestima, o motivo que explicará essa nossa falta de torcida. Ou talvez, não estejamos nos lembrando de que a vida é um espelho e reflete o nosso comportamento sobre nós mesmos.

Quem irá torcer pelo nosso bem, se não estiver sentindo emanar de nós, essa contrapartida? – Essa é a conclusão a que muitos estão precisando chegar.

A famosa empatia pode muito bem aplicada quando o assunto é torcer pelo bem das outras pessoas. Próximas ou não tão próximas, todas as pessoas merecem nossos melhores desejos e a nossa torcida. Além de nos sentirmos mais felizes e menos pressionados, teremos companhia sincera quando a alegria ou a tristeza entrarem em campo, na nossa vida.

A parábola do escorpião

A parábola do escorpião

Uma parábola bastante conhecida e que pode nos ensinar muito a viver de maneira mais plena e consciente é a parábola do escorpião.

Certa vez, um escorpião aproximou-se de um sapo que estava na beira de um rio.
O escorpião vinha fazer um pedido:
“Sapinho, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo?”
O sapo respondeu: “Só se eu fosse tolo! Você vai me picar, eu vou ficar paralizado e vou afundar.”
Disse o escorpião: “Isso é ridículo! Se eu o picasse, ambos afundaríamos.”
Confiando na lógica do escorpião, o sapo concordou e levou o escorpião nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio.
No meio do rio, o escorpião cravou seu ferrão no sapo.
Atingido pelo veneno, e já começando a afundar, o sapo voltou-se para o escorpião e perguntou: “Por quê? Por quê?”
E o escorpião respondeu: “Por que sou um escorpião e essa é a minha natureza.”

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O que esta parábola quer nos dizer é que existem pessoas das duas naturezas em nossa sociedade, existem muitos sapos e escorpiões e cabe a cada um de nós ter a perspicácia de identificá-las ou de se identificar com esses tipos de personalidade.

Os sapos são aquelas pessoas que tentam agradar a todos, são aquelas pessoas tipicamente chamadas de “boazinhas”, mas não adianta ser bonzinho, o que nós precisamos é ser bons, o que é bem diferente de ser “bonzinho”. Quem é bom sabe impor limites aos outros, sabe se proteger dos aproveitadores, sabe colocar cercas nos seus territórios pessoais que só as pessoas que ama de verdade podem adentrar. Tudo tem a ver com a autoestima. As pessoas do tipo sapo têm sérios problemas de autoestima e precisam se valorizar mais, desenvolvendo o amor próprio.

Os escorpiões são aqueles indivíduos aproveitadores, que muitas vezes são até simpáticos e excelentes comunicadores, mas são extremamente egoístas e egocêntricos. Só pensam na própria felicidade e benefícios através das outras pessoas. Elas usam as pessoas como se fossem uma escada, pisam nelas para conquistarem o que querem. É preciso ter muita sensibilidade e perspicácia para identificá-los. Eu já fui vítima de escorpiões diversas vezes na minha vida, mas não culpo os outros, o problema estava em mim, que me comportava como um sapo, querendo agradar a todos e ser “bonzinho”. Hoje não sou mais ferroado por eles, simplesmente os evito, e sempre que percebo que eles estão “no bote”, só esperando para me ferroar, dou uma rasteira através dos meus questionamentos.

Uma coisa que eu percebi é que os escorpiões têm muita dificuldade de responder questionamentos profundos. Faça isso e você vai se surpreender! Desenvolva uma senso de convicção dos seus valores e ideais de uma maneira que se torne inquebrantável. Dessa forma você ganhará imunidade contra o veneno dos escorpiões. Antes de buscar profundamente o autoconhecimento eu não tinha esses “anticorpos”, hoje tenho e estou lhe instigando a criá-los também. Os “anticorpos” para os escorpiões são conseguidos com a busca incessante pelo autoconhecimento e pelo desenvolvimento da AUTOCOFIANÇA.

Reflita sobre essa belíssima parábola e desenvolva cada vez mais a sua consciência…

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