“Tudo o que o dinheiro compra é barato” por Augusto Cury

“Tudo o que o dinheiro compra é barato” por Augusto Cury

Augusto Cury é psiquiatra, psicoterapeuta, pesquisador e escritor. Tem diversas obras publicadas e é referência no que diz respeito ao estudo da mente.

No vídeo a seguir, ele fala um pouco do valor daquilo que o dinheiro não consegue comprar.

“Tudo o que o dinheiro compra é barato. Parece estranha essa frase, […] mas apesar de bens materiais terem seus vários e mais diversos valores, tudo que o dinheiro pode comprar, no fundo, é barato para quem tem dinheiro”

Via Revista Pazes

Ela merece mais do que você pode oferecer

Ela merece mais do que você pode oferecer

Deixe-a ir. Você sabe que não tem mais jeito, que reparo algum a fará continuar ao seu lado. É melhor você aceitar que ela quer outras prioridades, outras conversas, outros amores. Ela merece mais do que você pode oferecer e não é um defeito assumir isso. É só a vida. A vida dela.

Você teve tantas chances para fazer dar certo, por que insistir agora? Por que depois de tantas intensidades por parte dela, depois de todo o esforço e energia que ela transbordou em seu nome? É dolorido quando a gente se dá conta daquilo que está perdendo, né? Mas acontece que você não está perdendo nada, é ela quem está ganhando tudo. Ganhando o próprio amor, a valorização que você demorou a corresponder.

Ela cansou, cara. Deixe-a ir. Reciprocidade funciona assim: se você não cultivá-la nos primeiros instantes, não terá “eu te amo” que resolva. Encare de frente a situação e siga a sua vida. Ela está indo de coração cheio e malas prontas. Você sabe que ela merece experiências melhores. Não fique chateado com ela, mas feliz por ela ter percebido o que você custou a entender: nem sempre duas pessoas que se amam ficam juntas.

Aproveite essa oportunidade e amadureça, cara. Evolua e não cometa os mesmos erros com quem vier a seguir. Se esforce para não mais deixar que o seu ego te impeça de tratar qualquer pessoa com respeito e amorosidade. Ela está te deixando pelos motivos dela. Encontre os seus antes de escolher entrar na vida de alguém.

“Em terra de egos, quem vê o outro é rei.”

“Em terra de egos, quem vê o outro é rei.”

Saramago já dizia: “É dessa massa que nós somos feitos, metade de indiferença e metade de ruindade”.

Embora, seja dura a observação do português, devemos considerar que, de fato, temos vivido de modo a fazer jus ao pensamento dele. A cegueira, que nos dominou nesta quadra da história, nos transformou em tiranos de nós mesmos, como se houvéssemos perdido a capacidade de perceber o que nos circunda, o mundo, os outros, e, muitas vezes, até nossa individualidade verdadeiramente.

Fomos dominados pela ditadura do ego, a qual não permite a conjugação dos verbos no plural. Sendo assim, existe apenas o eu, e, ainda, de forma superficial, uma vez que para que possamos compreender as nossas tormentas é preciso perceber que no mar bravo existem outros barcos além do nosso.

Não há, dessa forma, a percepção da humanidade que nos forma, isto é, a nós e aos outros, de modo que o outro se torna indigno da nossa visão, tornando-se invisível diante da nossa cegueira egoísta.

Dessa maneira, não conseguimos perceber/enxergar que, assim como nós, o outro também chora, sofre, sente a dureza da vida, precisa de um afago, de alguém que o escute e se esforce para compreendê-lo. Ou seja, que o outro também precisa de alguém que seja capaz de desvestir-se do próprio ego para mostrar a sua nudez, a sua fraqueza e, por conseguinte, demonstre que ainda há ouvidos dispostos a escutar e olhos lacrimejados incessantes por mais lágrimas.

Ao adequar-nos a uma sociedade sustentada no individualismo e no egoísmo, passamos a estar doentes, a nos tornar estranhos perambulando em labirintos. Passamos a cegar e, acima de tudo, passamos a tornar a vida um lugar ainda mais inóspito, um lugar mais duro, mais seco, no qual não se brota amor, já que para que este nasça é imprescindível a presença da divindade que só existe no pequeno espaço colocado entre duas almas que procuram incessantemente a conexão através do toque das palavras.

Calamos as palavras na medida em que escolhemos não enxergar o interlocutor. Palavras ditas para sombras só conhecem o eco melodicamente fugaz de palavras não ditas. Tornamos a alma muda, amedrontada e carente de ouvir, de ter atrito, de ter mais cores vindas de outros potes.

Estamos perdidos em um sonho ridículo. Perdidos em vidas vazias e solitárias. Perdidos dentro dos muros que construímos. Perdidos em nossas depressões, em nossas frustrações, em nossas ansiedades. Perdidos na solidão, embaixo do chuveiro enquanto a água cai estilhaçando o nosso corpo. Enquanto procuramos nos livrar por meio das lágrimas do imenso vazio egoísta que nos enfraquece. Enquanto procuramos nos livrar das dores silenciosas e do martírio oculto da nossa ruindade.

A vida sempre será dolorosa e a terra dura, mas não podemos viver escravizados por nossos egos, nos achando sempre autossuficientes, sentados em cima do próprio umbigo. Viver é muito mais do que isso, é poder ter a riqueza de construir pontes que ligam pessoas e tecer palavras poéticas que comunicam almas. É ter fome de amar, de abraçar, de ouvir. É reconhecer a fome no outro mesmo quando a barriga está cheia. É ir além da massa de ruindade e egoísmo que ruge forte em nós.

É nunca cegar ou nunca permitir que essa cegueira se instale e retire o que há de mais belo no mundo: o olhar profundo entre duas pessoas sintetizando a essência do que é divino, pois lembrando outra vez Saramago – “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara” – porque cabe a cada um de nós a responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam e como disse certo poeta meu camarada, Tokinho Carvalho: “Em terra de egos, quem vê o outro é rei”.

Não converta em problema uma relação que não precisa ser problemática

Não converta em problema uma relação que não precisa ser problemática

Se você quer viver de uma maneira equilibrada, tem que ver a vida de uma maneira equilibrada. Dizer isso é fácil, aplicar que é complicado, especialmente porque somos especialistas criando tempestades em um copo de água. Portanto, em mais de uma ocasião, deixamos que as pessoas que não merecem um lugar significativo em nossas vidas acabem se tornando um problema.

Quando você transforma alguém em seu problema, você dá a essa pessoa muito poder

Há pessoas que tentam nos enganar e tornar nossa vida um pouco mais difícil. Elas podem fazê-lo através de chantagem emocional, decepção ou até mesmo arrogância intelectual. No entanto, toda vez que deixamos um parceiro mal-intencionado, um ex-parceiro ressentido, ou um mau amigo se tornarem nosso problema, estamos caindo em sua teia de aranha e nos tornamos sua vítima.

Não podemos controlar suas ações, mas podemos controlar nossa reação. Em vez de tornar essas pessoas uma parte significativa de nossas vidas, podemos conscientemente decidir que não permitiremos que danifiquem nosso equilíbrio emocional com suas atitudes. Lembre-se de que somente aquilo a que você dá poder pode prejudicá-lo, o que considera significativo o suficiente para fazer ressonância dentro de você.

Uma estratégia relativamente simples para impedir que pessoas mal-intencionadas se tornem um problema que tira nossa paz interior é mudar nossa perspectiva sobre o que realmente é um problema.

A palavra problema é composta do prefixo πρό (prá), que significa “adiante” e προβάλλω (probállō), que significa “lançar” ou “lançar com força”. Portanto, problemas são situações que nos empurram para além dos nossos limites, o que nos encoraja a deixar a nossa zona de conforto para crescer. A partir dessa perspectiva, cada problema representa uma oportunidade de aprender e se desenvolver como pessoas. Nós apenas temos que ter certeza de escolher os problemas com sabedoria.

É possível escolher os problemas?

Se assumirmos uma atitude reativa à vida e identificarmos problemas com obstáculos, vendo-os como algo negativo, não temos opções, permanecemos nas mãos do acaso. Então, teremos a tendência de ver muitas das coisas que nos acontecem como problemas e transformar em problemas que as pessoas nem merecem ser.

No entanto, se no lugar de reagirmos, aprendemos a responder e assumimos os problemas como oportunidades de crescimento, podemos começar a descartar muitas coisas que teríamos classificado como problemas com a antiga mentalidade restritiva.

Duke Ellington disse que “os problemas são oportunidades para demonstrar o que é conhecido”, e ele não estava errado.Dado que um problema representa um desafio, podemos entender que muitas das coisas que nos acontecem na vida cotidiana e que nos qualificamos como problemas na realidade não são, representam apenas uma expectativa frustrada.Saber essa diferença nos permitirá dar a cada coisa e pessoa, o lugar que ela merece em nossas vidas, nem mais nem menos.

Não desperdice sua energia emocional com pessoas maliciosas

Se uma pessoa te incomoda, perturba ou irrita você; não faça disso o seu “problema”. Não deixe que isso ocupe muito do seu pensamento ou torne-se um tema recorrente de conversas. Toda vez que você chega em casa e reclama desse insuportável parceiro de trabalho, você está dando a ele uma importância que ele não merece e perde uma oportunidade de fazer outras coisas que são muito mais agradáveis.

Em vez disso, reflita nos botões vermelhos que a pessoa está ativando. Por que isso incomoda, incomoda ou irrita você? Em que área de sua personalidade você precisa trabalhar para evitar que certas atitudes te afetem? Desta forma, você estará transformando o problema em algo que realmente lhe permita crescer e você não desperdiçará inutilmente sua energia emocional.

E por último mas não menos importante, lembre-se de que todos os problemas deixam de existir se não houver solução. Portanto, às vezes é apenas uma questão de deixar ir. Não se apegue ao que não é importante ou que impede que você cresça.

Traduzido por Psicologias do Brasil. Texto original de Rincon Psicologia

Eu já me chamei Tatiane Spitzner

Eu já me chamei Tatiane Spitzner

Por Ludmila Clio

Eu já me chamei Tatiane Spitzner. No começo, eu me sentia especial. Aquele ciúme me parecia proteção, aquela implicância com a roupa que eu vestia me parecia zelo, aquelas entrevistas perguntando quem era a pessoa que me cumprimentou na rua me pareciam preocupação. É, eu não percebia. A gente não percebe. A gente simplesmente começa a aceitar que esse é o “jeito da pessoa” e vai se adequando. Foi o que eu fiz.

Com o tempo, fui parando de usar certas roupas, certas maquiagens. Fui falando menos nas rodas de amigos, comecei a fingir que não via as pessoas na rua para evitar cumprimentá-las e cheguei até ao ponto de atender ao telefone e fingir que era engano, só pra não ter que dar explicações eternas sobre o que eu estava falando, já que a desconfiança pairava até sobre meu comportamento com a minha própria mãe.

Parece absurdo. É absurdo.
A gente simplesmente não percebe que dia a dia vai falando menos, desviando olhares, trocando de canal, doando roupas que a gente gosta, perdendo o brilho, o apetite pela vida.

Até que um dia o inesperado acontece. A violência social e psicológica passa a ser física. De repente o “protetor” vira um demônio e vai com tudo pra cima de quem ele diz amar. O sangue escorrendo nem é sentido. O que dói pra valer é a dignidade esvaindo por dentro. Os hematomas, puxões de cabelo e arranhões se misturam à adrenalina paralisante da humilhação ora vivida.

Não, você não acredita. Você, mulher ainda em formação ou já empoderada, você que se deu, se doou, se submeteu, respeitou o outro atropelando a si mesma, você simplesmente não acredita.

No dia seguinte, o pedido de perdão, o choro de crocodilo e você, já tão enredada nessa trama psicopata, se comove. De fora a maioria diz que jamais se comoveria, mas você, só você que já viveu esse inferno é capaz de dizer que sim, a gente se comove. E perdoa. E tenta esquecer. E se cala de novo, mais um dia, mais um mês, ou até à proxima vez.

Eu já me chamei Tatiane Spitzner. Nossa diferença é que eu morava no térreo, estava grávida quase parindo quando conheci o inferno e sobrevivi. Ela não.

E se você hoje silenciosamente enfrenta esse demônio, de todo meu coração eu te imploro: aja, denuncie. Nem todas têm a chance que eu tive. Muitas, como Tatiane Spitzner, morrem esmagadas na calçada da vida, defenestradas por seus próprios parceiros, os mesmos que sorriem ao seu lado nos álbuns de família, nas fotos das redes sociais.

Eu já me chamei Tatiane Spitzner, mas há muito tempo, não mais.

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Artigo publicado originalmente em nossa página parceira A Soma de Todos os Afetos.
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O que fazer quando uma pessoa não gosta de você?

O que fazer quando uma pessoa não gosta de você?

Por Adriana Araújo

Você sabe que não vai agradar a todos, mas mesmo assim, se sente mal com a não aceitação de algumas pessoas – seja na paquera, no trabalho, na relação pessoal ou familiar. O que está por trás desse seu sentimento? O que vem a sua mente quando pensa nisso? Peço que se concentre agora por alguns instantes e avalie o que você sente. Algumas pessoas se percebem inseguras e imaturas para seguir a diante. Qual é o seu caso? Você abre mão da tentativa de influenciar o outro e querer provocar uma mudança ou acaba usando sua energia para conquistar e fazer com o que outro goste de você sem medir esforços, até mesmo passando do seu limite?

Para alguns é muito difícil lidar com a reprovação. De fato, ninguém gosta muito de não ser aceito. É um feedback que pode ser entendido como: se não agrado é porque estou fazendo algo errado. Esse sentimento é um tempero perigoso nas relações, pois quanto mais essas pessoas são rejeitadas, mais são capazes de se empenhar para chamar atenção. Esse tipo de comportamento pode ser negativo, uma vez que as atitudes tomadas na ideia de agradar podem sufocar a outra pessoa. Ações como ficar muito próximo, insistir, querer agradar excessivamente, cobrar atitudes, reclamar da não aceitação, querer explicação e exagerar nas ações são alguns exemplos desse exagero. As pessoas geralmente gostam de equilíbrio, e ao perceber esse descontrole do outro acabam se afastando ainda mais.

Isso acontece, de modo geral, quando as pessoas perdem o foco do que é importante para elas. Com isso, as pessoas se perdem na avaliação alheia, que nesse caso é a rejeição. Indivíduos com baixa autoestima tendem a sofrer mais com isso. Pessoas inseguras que não sabem bem como agir e se confundem no que é certo e errado de suas ações são mais suscetíveis a lidarem mal com essa situação.

Quem não aceita que uma pessoa possa não gostar dela acaba demonstrando desequilíbrio na relação, pois quer controlar inclusive a opinião dos outros, muitas vezes, impondo o seu jeito de ser ou fazendo o oposto (que também não vai bem) sendo extremamente submissa, aceitando tudo que não se deve aceitar em nenhuma relação somente com a esperança (errônea) de aceitação. O auto respeito e amor próprio devem prevalecer sempre.

Pessoas com essa dificuldade podem tentar se adequar ao outro ou ao grupo em que se encontram exagerando suas ações. Com isso perdem a espontaneidade, que é uma das chaves para o bom relacionamento, e vivem a sombra de ações copiadas dos outros. A ideia é agradar, mas não é o que acontece.

Para contornar essa situação, o mais adequado é:

  • Analisar a situação e a relação
  • Entender se você pode fazer melhor
  • Se você fez algo que desagradou a outra pessoa, por exemplo, avalie se pode agir diferente, se deve desculpas ou se pode corrigir de alguma maneira sua ação.

Tenha em mente que você deve fazer a sua parte e somente isso. O outro tem a responsabilidade de igual obrigação de fazer a parte dele. Faça a sua. De resto, não há nada a se fazer. Não há como agir pelo outro sem que ele peça sua ajuda. Pense sobre igualdade de reciprocidade. Viva sua vida no encontro do equilíbrio das relações. Não dê migalhas nem aceite isso de ninguém.

Para colocar isso tudo em prática, às vezes é preciso uma orientação profissional para que você possa aprender a mudar e agir diferente. Psicólogos, hipnólogos e coachs são excelentes para contribuir no estabelecimento de metas e comportamentos direcionados para ação eficaz.

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TEXTO ORIGINAL DE MINHA VIDA

“Routine” : Animação mostra como cair numa rotina pode roubar nossas vidas

“Routine” : Animação mostra como cair numa rotina pode roubar nossas vidas

Todos nós temos rotinas em nossas vidas. Uma rotina nada mais é do que uma série de hábitos. E não é necessariamente uma coisa negativa.

Por exemplo, se todas as manhãs você tiver uma boa rotina, estará livre de tomar uma série de pequenas decisões que poderiam acabar com um tempo precioso. As rotinas liberam-nos da necessidade de tomar centenas de decisões cotidianas, liberando espaço em nossas mentes para tomar decisões mais importantes.

Nessa perspectiva, as rotinas são libertadoras, já que não precisaremos ser constantemente forçados a tomar decisões. Nós não temos que decidir a cada manhã se vamos escovar os dentes ou não, nós apenas fazemos isso. Boas rotinas nos permitem ser eficientes e estruturar nossa jornada.

No entanto, rotinas ruins ou simplesmente aderir demais a esses hábitos, sem introduzir mudanças que representem uma novidade, acabam assumindo uma carga emocional. Uma vida muito rotineira aniquila a criatividade e até a vontade de viver. Fazer as mesmas coisas todos os dias, sem introduzir variações, leva à apatia. E de lá para a depressão há apenas um passo.

A animação que mostra o poder destrutivo de uma vida rotineira
Essa breve animação, feita por Valeria Dakhovich, nos mostra como um homem se vê preso em sua rotina. Todos os dias ele realiza as mesmas coisas, não há delicadeza ou satisfação real em sua vida. E assim os dias, as semanas, os meses e os anos correm.

Um dia essa rotina toma forma, torna-se um pequeno e até bom monstro. No entanto, a imutabilidade na vida do homem é a comida que nutre esse monstro, que cresce a cada dia. Até chegar ao ponto em que o monstro rotina é que dirige o homem, faz com que funcione como uma espécie de piloto automático.

Chega um tempo em que é simplesmente tarde demais para mudar.

Este texto é uma tradução do Psicologias do Brasil. Adaptada de Rincon Psicologia

É possível fazer as pazes com uma mãe ruim?

É possível fazer as pazes com uma mãe ruim?

A mãe costuma ser o primeiro grande amor na vida dos seres humanos. Um amor que nasce naturalmente e que não acaba, mesmo que não possa ser presente, ou mesmo se a sua presença for prejudicial e até perigosa para um filho. Há sempre um fio invisível que de alguma forma ou de outra mantém filhos e mães ligados.

A psicanalista Judith Viorst narra em um de seus livros um caso atroz. Um menino de três anos fora queimado com álcool e, algo que parecia impensável, foi sua própria mãe que o incendiou. Na sala de tratamento intensivo, o menino queria apenas uma coisa: que sua mãe viesse abraçá-lo. Isso é o quão forte esse vínculo primitivo pode ser. Seja como for, temos um laço com nossa mãe. No início da vida preferimos qualquer sofrimento, em vez de sofrer a dor de não tê-la ao nosso lado.

O vínculo com nossa mãe subsiste na vida adulta, mesmo se seguirmos o nosso próprio caminho, mesmo que consigamos um sucesso gigantesco, mesmo que tenhamos dinheiro, ou nos admiremos por nossa destreza. Lá no fundo há sempre algo daquela criança que não quer viver sem a mãe.

A mãe difícil

Quando crianças, e apesar de qualquer evidência em contrário, pensamos que nossa mãe é um ser absolutamente perfeito. Nós só precisamos que ela esteja ao nosso lado. E se não estiver lá, pensamos que talvez seja nossa culpa. Mas as mães não são esses seres totais e perfeitos que idealizamos quando somos pequenos. Nem sempre somos completamente bem-vindos em sua vida.

As mães também ficam deprimidas, elas também têm seus próprios problemas. E embora o desejo da maioria deles seja nos dar o melhor, às vezes elas não podem fazê-lo. Às vezes desistem de fazer isso ou têm uma ideia não tão saudável de como deve ser o bem-estar de uma criança.

Muitas mães não estão lá quando seus filhos precisam delas. Elas devem, ou querem, trabalhar fora de casa e podem não ter tempo para exercer a maternidade. Outras mulheres têm uma rejeição, consciente ou inconscientemente, em relação à maternidade. Mesmo assim, assumem a tarefa de serem mães, mas só conseguem isso sem entusiasmo. Então, seus filhos se tornam alvo de insatisfação. São as mães que não conseguem ver nada de bom em seus filhos. Eles nunca são obedientes o suficiente, nem são capazes o suficiente para fazê-la feliz. Se eles são os melhores alunos ou os atletas mais destacados não importa, eles nunca correspondem às suas expectativas.

A rejeição pelas crianças, às vezes, também apresenta-se de formas mascaradas. É o caso das mães ansiosas, que estão sempre imaginando que a criança vai cair, que o jovem vai se tornar um viciado em drogas, que a filha vai cometer um erro irreparável. Nesses casos, a rejeição assume a forma de controle extremo. Elas acham que educar seus filhos é mostrar a eles que o mundo é um lugar repleto de perigos e que sua tarefa é fazer com que eles vejam o lado ameaçador de tudo.

Conciliações precoces e tardias

Durante a infância, basicamente, não temos capacidade emocional para questionar nossa mãe. Ela está na base de tudo, no horizonte de tudo, e podemos não gostar de alguns de seus comportamentos, mas achamos que não é lícito criticá-la. As coisas mudam durante a adolescência. Em geral, esse estágio é muito mais difícil para aqueles que tiveram que lidar com uma mãe ruim.

A adolescência é uma transição na qual a criança que éramos e o adulto que queremos ser são confrontados. É então quando é fundamental questionar o que recebemos em casa, forjar uma identidade própria. Na adolescência é onde as perguntas sobre nossos pais começam. É a hora das grandes decepções com os pais.

Se antes não nos permitíamos criticar nossa mãe, agora ela se torna objeto de grande parte de nossa insatisfação. Ela quer que continuemos criança , mas precisamos crescer. Assim como a adolescência pode ser o começo de grandes distâncias com essas figuras queridas, é também um estágio em que é possível ajustar muitas pontas soltas.

Uma mãe que tenha consciência de que seu papel não foi o melhor, pode aproveitar o tempo da adolescência para reparar muitos de seus erros. Os adolescentes precisam dos seus pais, muito mais do que estão dispostos a admitir. Um acompanhamento amoroso, paciente e inteligente durante esta fase, pode reparar muitas das falhas que ocorreram durante a infância.

Conflitos vêm à tona de uma maneira às vezes rude e áspera. Mas esta é também uma oportunidade para canalizá-los e dar-lhes uma solução. O jovem já é capaz de entender que sua mãe é uma pessoa com limites e a mãe pode admitir essas limitações. Às vezes é difícil evitar a construção de grandes barreiras, porém é importante não desanimar.

Logo os filhos descobrem a impossibilidade de serem os pais perfeitos do manual e entendem que o erro está na base de muitas realidades humanas. Que uma mãe que está errada não é uma mãe má, mas uma pessoa imperfeita, como todos nós somos.

Seja qual for o caso, há uma verdade indiscutível: todas as relações afetivas de uma pessoa são marcadas pelo vínculo que ele tinha com sua mãe, seu primeiro amor. Quanto mais saudável for esse relacionamento, mais saudáveis serão os outros. E nunca é tarde demais para retomar esse elo. Para perdoá-la e pedir perdão. Dar livre curso àquele amor que sempre esteve presente e, com isso, limpar o caminho para uma vida mais recompensadora.

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Este texto é uma tradução adaptada pelo Psicologias do Brasil. Do original: La Mente Es Maravillosa, escrito em espanhol por Edith Sánchez

Avó e avô: os benefícios de quando nossos filhos têm os segundos pais

Avó e avô: os benefícios de quando nossos filhos têm os segundos pais

Os avós são os segundos pais dos seus filhos porque são muitas vezes quem gosta de cuidar deles, educá-la e fazê-los felizes. O avô é quem às vezes fala: “Deixa a menina! Não aborreça meu tesouro!”. Vovó é quem está lá para o que os netos precisam. Quando a criança acorda, é ela quem corre para tirá-lo do berço, se chora, é quem primeiro vem ver o que o está incomodando …; Em algumas famílias, eles são os verdadeiros pais.

Se algo semelhante acontece com seus pais, se você tem a felicidade de compartilhar a criação de sua filha ou filho com eles, hoje propomos que você pense sobre como é gratificante saber que os avós, na verdade, são pais secundários de nossos filhos.

Avô: o pai que protege

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Certamente lhe aconteceu que em algum momento você repreendeu sua filha e ela foge para dizer a seu avô o que você acabou de fazer com a intenção mais precisa de que ele vai te repreender. Com os olhos bem abertos e a boquinha tremendo a ponto de chorar, os netos esperam que o avô a mime.

Como bons educadores, todos sabemos que isso não é um comportamento para aplaudir e que está muito longe da educação que você quer dar, mas não raramente a situação certamente fará você sorrir quando perceber que seu filho, à sua própria maneira, está aprendendo a se defender e sabe que seu avô tem um aliado fiel, para isso e qualquer outra eventualidade.

É que o seu avô lhe dá carinho, proteção, fala-lhe com palavras doces, tem joelhos que, embora desgastados pelos anos, sempre têm a força para carregá-lo; Conhece histórias maravilhosas que ninguém mais conhece, e tem respostas para muitas perguntas.

Avô é muito versátil. Se sua criatividade, alegria, fantasia e energia positiva não foram suficientes, devemos dizer que ele nunca está com pressa e tem muito tempo para se dedicar ao pequeno na casa. Existem vovôs que não trabalham fora e estão disponível durante todo o dia para o “tesouro” da família.

Avó: a mãe que conforta

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A avó é pode ser uma mamãe cujos braços estão sempre abertos para aconchegar e confortar cada vez que é necessário. Ela conhece uma oração mágica que acalma todas as dores e faz com que a dor das quedas pare de arder.

Você já ouviu sua mãe dizer isso algo para consolar seu filho? Com certeza, toda vez que você ouve, você volta aos dias de sua infância, momentos inesquecíveis que, com o nascimento de seu filho e a felicidade que seus pais estão vivos novamente. E certamente seu filho, como todo mundo, pode ter um apelido engraçado para sua avó que você não pode deixar de sorrir cada vez que ouve!

Uma avó pode personificar o amor para seus netos. Banha, penteia, prepara a mamadeira, dá comida, veste, leva para passear, balança… Tudo como o seu pequenino gosta.

Avó e avô: os segundos pais

Os segundos pais de seu filho são todos paciência e tolerância. Para eles não há dias ruins, pois às vezes qualquer um pode tê-los. Mas ter avós para compartilhar seus filhos é um presente que a vida lhe deu. Aproveite, e acima de tudo, permita que seus filhos se divirtam, pois lembre-se: se existe alguém que possa cuidar de seus filhos como você, sem dúvida, são eles.

Este texto é uma tradução adaptada de Eres Mamá

Quem nunca teve um acesso de fúria?

Quem nunca teve um acesso de fúria?

Neste artigo não iremos analisar os surtos psicóticos, que é uma grave doença mental e no ponto de vista psiquiátrico está relacionado à mudança dos neurotransmissores. Mas vamos avaliar o perfil das pessoas conhecidas, popularmente, como “pavio curto”. Quem nunca teve um acesso de fúria?

Talvez, a resposta esteja no stress e no corre-corre do dia a dia para resolver tantos problemas, que têm levado algumas pessoas a perder a calma. E ao sentirem a sua irritação, em seguida tomam o controle da situação. Porém, os sujeitos mais propensos aos surtos de raiva são aqueles de “pavio curto”, um comportamento perigoso para a saúde de quem surta e de quem está próximo do surto.

Gente de “pavio curto” que recebe uma encostada no trânsito, já sai atrás do outro motorista, com xingamentos e gestos obscenos, sem perceber que essas atitudes podem acabar em confusão ou até a morte.

Também têm aqueles que se enfezam com familiares em casa e com os colegas de trabalho. Entretanto, os parentes e colegas não aturam esse descontrole. Há situações, que tais surtos trazem danos financeiros, a ponto de quebrar a televisão, o celular, o computador e arranjar “rolo”, “banzé” ou “angu”, como dizem os ditos populares.

Existem outros casos mais graves, que são aquelas pessoas que abusam do consumo de drogas ou álcool. Tomaram “pileques” ou ficaram “drogadas” e por efeito disso surtaram em casa, na rua ou entre amigos.

É evidente, que essas substâncias servem como estimulantes para perturbações. Nas igrejas e na rede de saúde pública certos fiéis e pacientes contam “estórias”, de que eles foram possuídos pelo diabo ou vítimas de feitiçaria. E ainda é comum nas redes sociais, a exposição de vídeos mostrando surtos de fúria: por conta de bebedeiras, por uso de entorpecentes e por suposta possessão demoníaca.

Esse tipo de conduta acaba provocando uma série de problemas: as famílias ficam exauridas emocionalmente e as interações sociais terminam em azedume. Mesmo assim, quem mais perde com isso são os indivíduos de “pavio curto.” Ademais, eles são propícios a doenças cardíacas, pois estão sempre com a adrenalina turbinada.

Portanto, é urgente que indivíduos desse perfil busquem tratamento psicológico e espiritual, a fim de entender que a raiva é um “gatilho” emocional importante, quando canalizada de forma adequada. Aliás, não se pode deixar que os surtos se tornem um ritmo de vida, onde a cada disparo ocorre a denotação da fúria.

Por fim, pessoas de “pavio curto” não são, na maioria das vezes, mau caráter ou vítimas de forças malignas. O que elas precisam é de apoio e psicoterapia para superar os surtos de fúria. Além disso, vale apena – ouvir a sabedoria popular –, que recomenda contar até dez para acalmar os nervos.

O tempo e a distância trazem entendimento. E, às vezes, arrependimento

O tempo e a distância trazem entendimento. E, às vezes, arrependimento

Há um filme antigo que gosto muito, e que sempre me encanta com sua filosofia. “Um homem de família” (The Family Man) estrelado por Nicolas Cage, conta a história de Jack Campbell, um empresário bem sucedido de Nova York que, de repente, acorda no subúrbio tendo uma vida completamente diferente: a vida que ele não escolheu, mas que poderia ser sua, caso tivesse feito outras escolhas. Ao se deparar com essa nova versão de si mesmo, ele se assusta com a falta de dinheiro, de luxo, de status. Mas percebe, aos poucos, que teve outros ganhos, muito mais satisfatórios. Porém, quando ele começa a se sentir realmente feliz, percebe que essa sua segunda versão pode não ser real. Para quem nunca assistiu, vale a pena procurar o filme para ver. Não vou contar qual versão prevalece, mas quero me deter em algo que acredito que é comum acontecer: muitas vezes fazemos escolhas sem total consciência ou amadurecimento para discernir se aquilo nos trará felicidade a longo prazo. Porém, com o tempo e o distanciamento daquela situação, podemos ter o real entendimento. Infelizmente, nem sempre conseguimos recuperar o que não escolhemos, e nesse caso teremos que lidar com o arrependimento.

Leandro Karnal, cujo vídeo no Youtube me inspirou a escrever esse texto, diz que a tal experiência de vida, que você só adquire quando você fracassa, só aparece quando você tem a possibilidade de olhar pra trás de um modo mais amadurecido.

Acredito que amadurecer é adquirir a percepção correta de onde devemos nos demorar. E isso você só aprende quando faz algumas escolhas erradas. Depois de errar, você começa a perceber o que é realmente bom. E começa a valorizar o que lhe traz paz, alegria, certeza, satisfação, realização.

Às vezes a gente só vai ter a dimensão do que viveu quando o tempo e a distância tiverem cumprido seu papel. Olhar para as situações vividas no passado de um modo mais amadurecido é conseguir ter clareza, algo que só é possível quando já se passou tempo demais, e estamos longe das cobranças e contradições do momento em que as situações se desenrolaram. Muitas vezes olhamos para trás com satisfação, ao perceber que nossas escolhas foram certeiras. Outras vezes, essa lucidez amadurecida nos mostra que fizemos escolhas ruins, magoamos pessoas, ferimos a nós mesmos… e então teremos que lidar com o arrependimento.

No filme que citei, Nicolas Cage interpreta um homem que se vê vivendo duas vidas, cada uma com um tipo de escolha. É claro que em ambas as existências ele teve perdas e ganhos, e é assim pra todo mundo. Alguém já disse que cada escolha é uma renúncia, mas a história se complica quando nos arrependemos de algo. Porém, ainda assim, o arrependimento tem a utilidade de nos lapidar, ajudando-nos a ser melhores com os outros e com nós mesmos.

A gente gostaria que o tempo só trouxesse amadurecimento e entendimento. Mas ele também traz arrependimento. Lidar com as feridas que abrimos _ nos outros e em nós mesmos _ mesmo sem intenção, é muito difícil quando já não resta nenhuma chance de voltar atrás.

A tal experiência de vida ensina que é muito doloroso viver carregando culpa e arrependimento. Por isso torna-se primordial aprendermos com os erros do passado e sermos cuidadosos no trato com as pessoas. Esperar a poeira baixar e o calor do momento se dissipar antes de magoar, acusar, intimidar, revidar.

E finalmente devemos ter consciência de que para algumas coisas não há retorno nem remédio, e é muito doloroso perceber que só fomos capazes de adquirir compreensão da felicidade que tivemos tarde demais…

O que você perceber primeiro nesta imagem revelará seu medo mais inconsciente

O que você perceber primeiro nesta imagem revelará seu medo mais inconsciente

Qual seria o medo mais escondido dentro de seu inconsciente? Talvez você esteja muito lúcido com relação a um possível medo de aranhas ou mesmo de palhaços, mas que outros medos profundamente enraizados podem estar circulando em seu subconsciente sem que você os tenha decifrado?

Continue lendo essa matéria para saber, através do seguinte teste, qual poderia ser o seu medo subconsciente.

Confira a pintura de Susu Minette abaixo, publicada em Gutenberg e tente identificar o que você vê primeiro.

contioutra.com - O que você perceber primeiro nesta imagem revelará seu medo mais inconsciente

 

Pronto?

Agora, lembre-se da sua resposta e role para baixo para uma análise de sua escolha.

Se você viu uma faca

Seu medo subconsciente pode estar relacionado ao medo de adoecer gravemente. Você tem medo de ter uma doença terminal sem saber disso.

Você tem medo de sofrer e se preocupa com a imprevisibilidade da vida e sobre como tudo pode mudar de forma rápida e mortal.

Se você viu uma lagarta

Seu medo subconsciente está relacionado ao mundo da paranormalidade.

É provável que você tenha medo de que fantasmas ou espíritos malignos apareçam e persigam você em seus momentos mais fracos, como quando você está confuso ou quando está prestes a cair no sono.

Se você viu uma borboleta

Seu medo subconsciente é a traição. Talvez alguns tenham te machucado muitas vezes.

Talvez você tenha enfrentado uma séria rejeição, seja ela relacionada a um trabalho ou um sonho. Apenas levante a cabeça quando estiver cara a cara com ela.

Se você viu primeiro uma maçã

Seu medo subconsciente é a morte dos seus entes queridos.

Talvez você já tenha perdido alguém muito próximo. Esse golpe traumatizante pode ter projetado uma sombra em seu subconsciente, e, naturalmente, você não pode suportar a ideia de perder outra pessoa.

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Nota da página: Conteúdo de entretenimento sem comprovação científica.

A vida é aprender a conviver com uns e sobreviver sem outros

A vida é aprender a conviver com uns e sobreviver sem outros

A vida é como uma viagem de trem, com suas estações e mudanças de pista, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns casos e tristezas profundas em outros… Quando nascemos, pegamos o trem e conhecemos nossos pais, acreditamos que eles sempre viajarão ao nosso lado, mas eles vão sair em alguma estação e continuaremos a viagem. De repente nos encontraremos sem sua companhia e amor insubstituível.

No entanto, muitas outras pessoas especiais e significativas estarão no caminho da nossa vida. Alguns tomarão o trem para descer na próxima estação e passarão despercebidos, nem sequer notamos que eles desocuparam seus assentos. Outros vão azedar a viagem, são aqueles parceiros irritantes que queremos sair o mais rápido possível.

Outros, ao descerem, deixarão um vazio definitivo. E até verão que alguns, embora sejam pessoas que você ama, ficarão em carros diferentes dos nossos. Durante toda a jornada eles permanecerão separados, a menos que decidamos nos aproximar e nos sentarmos ao seu lado. De fato, se realmente nos importamos, é melhor corrermos para fazer isso antes que outra pessoa chegue e assuma essa posição.

A jornada continua cheia de desafios, sonhos, fantasias, alegrias, tristezas, esperas e despedidas … No entanto, é importante tentar manter um bom relacionamento com todos os passageiros, procurando em cada um o melhor que eles têm para oferecer. Com o tempo, precisamos aprender a conviver com alguns e sobreviver sem os outros.Temos de aprender a lidar com as pessoas que não queremos ter ao nosso lado e também devemos avançar, apesar das perdas e da dor.

Quando você não pode coexistir com pessoas que te incomodam…

Ao longo da vida, encontraremos muitas pessoas que não compartilham nossos valores e pontos de vista. Essas são pessoas que podem ser profundamente egoístas, manipuladoras ou mesmo totalmente tóxicas. No entanto, ficar com raiva não vai ajudar. Pelo contrário, isso vai nos prejudicar.

Precisamos aprender a viver com essas pessoas sem afetar nosso equilíbrio emocional. Nós não podemos mudar de lugar toda vez que uma pessoa faz algo que nos incomoda. Se o fizermos, vamos acabar correndo de um carro para outro no caminho de nossas vidas, permanecendo oprimidos e com raiva.

De fato, um dos maiores ensinamentos da vida é precisamente aprender a lidar com as pessoas que nos incomodam. Com o passar do tempo, não apenas nos tornamos pessoas mais tolerantes, mas também aprendemos a nos concentrar nos aspectos positivos daqueles que nos rodeiam. Não se trata de sofrer passivamente, mas de se tornar mais sábio e mais equilibrado. Com o passar do tempo, entendemos que outras pessoas cometem erros e são imperfeitas, como nós, e aprendemos a nos concentrar em pontos em comum, em vez de diferenças. Assim tudo fica mais fácil.

Quando você não pode sobreviver sem as pessoas que se foram…

Há pessoas que gostaríamos de ter sempre ao nosso lado. Infelizmente, isso quase nunca acontece. Todo mundo tem sua própria estação e devemos aprender a deixá-los ir. É difícil, mas se não curarmos essa ferida, ela permanecerá continuamente aberta. Desta forma, não permitiremos que outras pessoas fantásticas se aproximem, pois cada vez que o fizerem, a ferida supurante arderá e nós recuaremos.

Essas novas pessoas não vão tomar o lugar daqueles que nos deixaram. Temos muito espaço em nossos corações para armazenar memórias e criar novos laços. Nós apenas temos que aprender a deixar ir e praticar o desapego um pouco mais. Se ficarmos presos nessa dor, o trem da vida continuará enquanto perdemos as belas paisagens e a companhia dos viajantes.

De fato, o grande mistério é que não sabemos em que época devemos viajar, e trancados nessa dor, podemos perder tudo o que temos para oferecer às pessoas que continuam ao nosso lado. Quando não podemos deixar ir aqueles que nos abandonaram, seja por nossa própria decisão ou por razões da vida, nossa viagem perderá seu significado e não valerá a pena.

Portanto, vamos fazer essa viagem ser melhor. Não devemos apenas nos esforçar para criar boas lembranças para aqueles que estão ao nosso lado, mas também para nos fornecer boas lembranças. Tenha sempre em mente que há outra estação além, e você não sabe quando será a última. Portanto, aproveite cada momento da viagem.

Texto traduzido e adaptado por Psicologias do Brasil. Do original Rincon Psicologia

As marcas do abuso emocional

As marcas do abuso emocional

Os sinais de um abuso emocional, às vezes, são difíceis de detectar. Ao contrário do abuso físico, o abuso emocional é feito e recebido mais frequentemente do que as pessoas que estão ao redor da vítima podem perceber.

O pior de tudo é que a vítima também não se dá conta, já que a profundidade do abuso costuma aumentar de forma paulatina, fazendo com que a vítima justifique, por aproximação, os maus tratos que nunca teria aceitado se tivessem começado de forma radical.

O abuso emocional  pode ser mais prejudicial do que o abuso físico, já que pode enfraquecer o que pensamos sobre nós mesmos. Pode paralisar tudo o que estamos destinados a ser: permitimos e transformamos em algo falso para que possamos nos definir erroneamente.  O abuso emocional pode acontecer entre pais e filhos, marido e mulher, entre parentes, entre colegas de trabalho e chefes e, até mesmo, entre amigos.

O abusador costuma projetar suas palavras, atitudes ou ações sobre a vítima, ou vítimas, que ele escolheu. Essa é uma de suas estratégias preferidas para evitar qualquer conflito cognitivo que possa colocar sua falsa autoestima em contradição e, além disso, é uma forma de atacar da própria vítima, fazendo-a dependente e criando nela um sentimento de  desamparo.

Como identificar se somos vítimas de um abuso emocional?

Responder às perguntas que propomos a seguir pode fazer com que você encontre uma resposta:

A humilhação, a degradação, a negação. Julgar, criticar:

Há alguém que faz brincadeiras sem graça com você ou que o expõe na frente dos demais?

Faz piadas com você, utiliza o sarcasmo como uma forma de colocá-lo para baixo ou de denegrir a sua imagem?

Ele/eles dizem que sua opinião ou sentimentos são “ruins” ou não têm importância?

Alguém lhe ridiculariza regularmente, lhe rejeita, não leva em conta suas opiniões, pensamentos, sugestões e sentimentos?

Dominação, controle e vergonha:

Você acredita que essa pessoa lhe trata como uma criança?

Constantemente lhe corrige ou castiga porque seu comportamento é “inapropriado”?

Você sente que deve “pedir permissão” antes de ir a algum lugar ou antes de fazer algo e, inclusive, tomar pequenas decisões?

Controla suas despesas?

Trata você como se fosse inferior a ele/eles?

Faz você sentir que ele sempre tem razão?

Lembra constantemente dos seus defeitos?

Menospreza suas conquistas, suas aspirações, seus planos e até mesmo quem você é?

Desaprova com desdém ou despreza seu olhar sobre as coisas, seus comentários e comportamento?

Acusar e culpar, demandas ou expectativas triviais ou pouco razoáveis, nega seus próprios defeitos:

Acusa de algo artificial quando sabe que não é verdade?

É incapaz de rir de si mesmo?

É extremamente sensível quando se trata de outras pessoas que fazem brincadeiras com ele ou que façam qualquer tipo de comentário que parece demonstrar uma falta de respeito?

Desculpa-se por seus problemas?

Querem se justificar por seu comportamento ou tendem culpar os outros, ou as circunstâncias, por seus erros?

Como se dirige a você? Por seu nome, apelido ou cargo?

Culpa-o por seus problemas ou infelicidade?

Falta continuamente com o respeito?

Distanciamento emocional e o “tratamento do silêncio”, isolamento, abandono ou negligência emocional:

Retira-se ou retém a atenção ou afetividade?

Não quer cumprir com as necessidades básicas ou utiliza a negligência ou abandono como castigo?

Joga a culpa sobre você ao invés de assumir a responsabilidade por suas ações ou atitudes?

Não se dá conta ou não se importa com como você se sente?

Não mostra empatia ou faz perguntas para obter informação?

A co-dependência e engano:

Alguém lhe trata não como uma pessoa separada, mas como uma extensão de si mesmos?

Não protege seus limites pessoais e compartilha informação que você não aprova?

Você acha que o melhor para você é simplesmente fazer o que eles pensam?

Demanda contato contínuo e não desenvolveu uma rede de apoio saudável entre seus próprios companheiros?

Se você respondeu sim a alguma dessas perguntas, comece a pensar na possibilidade de enfrentar de maneira ativa a pessoa que realiza o abuso. Fale sobre o que acontece com pessoas de sua confiança.

Tire a máscara de pessoa amável e compreensiva que ele é para os demais. Finalmente, e mais importante, deixe-se ajudar e ser assessorado por profissionais e desfaça-se do intruso agora mesmo. Ninguém deve pisotear a sua vida.

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Texto original de A Mente é Maravilhosa

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