As férias mais relaxantes que você pode ter é indo para lugar nenhum

As férias mais relaxantes que você pode ter é indo para lugar nenhum

As férias são desgastantes quando você vai a lugares. Muitas vezes é uma época de estranhas experiências – vestir trajes de banho, dificuldade com línguas estrangeiras, tentar se divertir onde você não conhece ninguém e nenhum dos costumes. Isso é tudo menos relaxante.

O único tipo de pausa que não exige acompanhamento é o tipo que você deve considerar em primeiro lugar – as férias em casa.

Para ser claro, esta não é uma discussão das férias em casa britânica, que significa simplesmente viajar para um destino na Grã-Bretanha. Trata-se do conceito italiano de dolce fa niente – o doce não fazer nada – com um toque americano. É sobre a nova noção de ficar em casa durante uma folga, ir a lugar nenhum, e cultivar uma apreciação mais profunda do lugar em que você já está, mas que não vê porque está muito ocupado.

Permanecer perto de casa – ou apenas dentro dela, deixa você revigorado e fornece perspectiva. E essa pode ser a chave para sua próxima grande ideia.

ALGO DE NADA

Você não tem nada para fazer em seu tempo livre. Essa é a questão. Vagar pelo seu bairro lentamente, beber cafés, visitar as exposições e butiques que você sempre quis ver, fazer piqueniques nos parques que raramente aproveita, passar horas lendo na livraria, ouvir música, dançar em sua casa, sair com amigos, ter longas conversas ou fazer longas corridas ou não fazer nada, lava os olhos e o espírito. Você realmente se deleita com a mercadoria rara do tempo livre, ao invés de se apressar em supostamente tirar o máximo proveito de sua libertação, enquanto na verdade se estressa.

Para os sempre ocupados, Instagramers e Snapchatters, isso pode parecer um desperdício de uma oportunidade valiosa para realizar um sonho, tirar fotos em locais exóticos, se mostrar fingindo relaxamento enquanto apressadamente faz uma turnê e marca lugares em seu livro de estive-lá-e-fiz-aquilo. Você deseja fugir e conhecer. Mas dominar a arte de “ficar de boa” é, na verdade, a essência do legal.

Não há regras. Este é seu tempo livre. Use-o para entrar em contato com a liberdade, apenas sendo, o que é, reconhecidamente, uma coisa assustadora. Afinal, uma das razões pelas quais nos mantemos ocupados é evitar a nós mesmos, o medo secreto de que sem nosso trabalho ou horários rígidos não somos nada, vasos vazios, flutuando à deriva em um oceano de nada.

Isso está enraizado, talvez, na noção cristã de que mentes ociosas são a oficina do diabo. Historicamente, quando a classe média americana começou a tirar férias em meados do século XIX, por exemplo, os balneários religiosos garantiram que o tempo livre fosse organizado e não tão livre que as pessoas se metessem em confusão, segundo Cindy Aron, professora da Universidade de Virgínia, autora de Working at Play: A History of Vacations in the United States.

Hoje, saímos sem nos preocuparmos muito com tentações pecaminosas. Até certo ponto, o ponto de fuga é ter novas experiências e talvez até quebrar as regras que seguimos em casa. Queremos ser entretidos e distraídos por visões e sons desconhecidos, pessoas diferentes e esperar que, de alguma forma, descobriremos algo novo sobre nós mesmos no processo.

Claro, o único problema com a ideia de escapar é que, notoriamente, onde quer que você vá, você estará lá. Você sempre estará por perto em suas férias. A menos que você seja realmente legal consigo mesmo, não há muito sentido em ir a lugares. Você está apenas protelando o inevitável momento em que terá que encarar seu eu fundamental.

Então, em certo sentido, quanto mais você resiste à noção das férias em casa, mais provável é que você precise de uma perspectiva psicológica. Torne-se seu próprio amigo – aprenda a confiar em seus instintos e a si mesmo e esteja em paz com aquela pessoa que nunca poderá escapar; você. Olhe no vazio – você pode descobrir que está tudo bem.

Também vale a pena ficar confortável com o nada, porque esse é o espaço da possibilidade, de onde algo vem. Como o Tao Te Ching declara: “Se você quer tirar de algo, primeiro deve dar. Isso é chamado de discernimento sutil”.

Cientistas, escritores, artistas, músicos, místicos, psicólogos e até empresários atarefados recomendam o espaço mental, um pouco de tempo para deixar a mente vagar e pousar em um novo conceito. É aqui que nascem grandes ideias – as melhores ideias de Albert Einstein surgiram quando ele estava sem rumo, e as suas também podem surgir assim.

“O que torna uma mente fértil? Por um lado, é a liberdade de se aventurar sem os limites do pensamento tradicional ou o peso das preocupações práticas”, escreve o cientista Abraham Loeb na Scientific American.

A ARTE DE FICAR DE BOA

Há muitas maneiras de tirar férias em casa. Se você está decidido a fazer coisas novas e simplesmente não consegue deixar de lado a noção de metas, você pode fazer isso. Faça uma lista de todas as atividades em que você se envolveria, ou todos os lugares que visitaria se fosse um turista e não um morador local, e vá a esses lugares. Deleite-se no lugar que você chama de casa.

Ou decida quais livros você deve ler, quais filmes deve ver, se comprometa com uma prática atlética intensa ou algum tipo de regime alimentar extremo que seria inconveniente durante uma semana de trabalho. Faça meditação. Jure não falar. Ignore as mídias sociais. Experimente as noções que intrigam você, mas que você não consegue ter contato normalmente, como não fazer nada, por exemplo.

Existem infinitas opções, dado o dinheiro que você não está gastando em hospedagem em outro lugar. Suas férias em casa podem ser compostas de luxos locais, jantares finos em roupas extravagantes, ir para peças de teatro, fazer compras. Pode ser rigorosamente planejada ou desdobrada lentamente, como um mistério. Embora seja uma noção bizarra para alguns de nós, é realmente possível não fazer planos e se divertir sem horários.

 

Quanto a preocupações de que você pode acabar fazendo tarefas durante o seu tempo livre, não se preocupe. As chances são de que você não consiga lavar roupas infinitamente. E se você estiver esfregando o chão ou limpando armários, talvez não seja tão ruim assim. Primeiro, a limpeza é uma prática espiritual que melhora a saúde mental. Nas palavras do monge budista Zen japonês, Shoukei Matsumoto:

Nós varremos a poeira para remover nossos desejos mundanos. Esfregamos a sujeira para nos libertar dos apegos. Vivemos de maneira simples e reservamos tempo para contemplar o eu, vivendo conscientemente a cada momento. Não são apenas monges que precisam viver dessa maneira. Todos no mundo ocupado de hoje precisam fazer isso.

Ao fazer o que precisa ser feito em casa, você se envolve profundamente com a sua existência, o que exige que você lide com questões práticas e não apenas se distraia. Que melhor maneira de controlar sua vida do que reservar algum tempo para organizar sua base de operações e torná-la um lugar mais bonito do qual você não quer fugir?

O tempo de lazer destina-se a ser gasto de uma forma descontraída, não atormentada. Isso não quer dizer que você nunca deveria ir a lugar nenhum – definitivamente estude ou trabalhe no exterior, largue seu emprego e encontre um emprego em um iate que navega em alto mar. Só não aperte essas coisas em uma pequena quantidade de tempo onde você está pensando em relaxar e descontrair.

A chave para férias bem-sucedidas, seja o que for que você esteja fazendo, é simplesmente ser. Isso não é fácil para pessoas que trabalham em culturas voltadas para o negócio. No entanto, é uma maneira de reduzir os níveis de estresse e voltar a trabalhar com mais energia. “Não devemos associar o relaxamento a estar longe”, aconselha a editora-gerente da Quartz, Kira Bindrim, que se descreve como uma ávida defensora das férias em casa. “Recupere o lugar que você já escolheu para viver!”

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Esse texto é uma tradução da CONTI outra. Do original THE MOST RELAXING VACATION YOU CAN TAKE IS GOING NOWHERE AT ALL, escrito por Ephrat Livni.

Todo mundo tem pelo menos um esqueleto escondido no armário

Todo mundo tem pelo menos um esqueleto escondido no armário

Quando o suposto “defeito” fica na parte de fora da gente, aprendemos a disfarçá-lo; com cortes de cabelo, maquiagem, roupas que nos favoreçam, filtros fotográficos e o que mais estiver ao nosso alcance para que possamos exibir ao mundo uma imagem mais aceita e “curtível”.

Já quando a incongruência vem de dentro, do nosso caráter ou do nosso DNA afetivo, aí a coisa fica um pouquinho mais complicada. Para nossas distorções internas não há filtro, roupa de grife ou tratamento estético que dê jeito.

O mais estranho é que, talvez, seja exatamente essa maior dificuldade encontrada o que nos torna tão especialistas em camuflar nossas partes internas mais densas, pesadas, estranhas e rejeitadas. Por exemplo, já reparou como todo mundo se sente vítima da inveja, mas ninguém assume ser invejoso? Essa conta simplesmente não fecha; sobra “x”, sobra incógnitas, sobra dividendos e zeros depois da vírgula.

E a explicação para essa transgressão matemática é muito simples: a nossa configuração interna não é exata, não flutua segundo a orientação dos maravilhosos (e assustadores) algoritmos, não há fórmula racional possível para equalizar nossas demandas emocionais, nossas batalhas diárias contra nosso mais terrível inimigo: a falta de autoconhecimento.

Somos completos estranhos para nós mesmos. Essa personagem que acorda conosco dentro de nós apenas imagina quem seja essa outra personagem que a gente vê no espelho, e vice-versa. Somos, pelo menos dois tentando fazer dar certo um casamento indissolúvel.

O fato é que passamos a vida julgando os outros, querendo os outros, desejando os outros, rejeitando os outros, perseguindo os outros e descartando os outros, para tentar escapar do nosso intransferível destino: somos completamente incapazes de sentir por nós mesmos todas essas complexas paixões de aproximação e desapego.

Então, para não termos de encarar de frente esse desafio enorme que é desencavarmos esse fóssil humano de nós mesmos, soterrado sob inúmeras camadas de poeira, pedra e lágrimas, seguimos fingindo que está tudo bem.

Arranjamos jeitos de doer menos, nos cercamos de crenças – religiosas ou não – para nos acalmar a angústia diante da nossa indisfarçável imperfeição. Seguimos recitando pequenas ladainhas, invocando algum deus ou sábio, a fim de explicar ou abençoar nossas pretensões à uma suposta santidade ou – ainda mais ambiciosos – a fim de alcançar uma coisa chamada “paz interior”.

É companheiro, só a gente mesmo para entender o quão complexo, custoso e desafiador é carregar-nos todo santo dia para cima e para baixo. E haja academia, terapia, creme hidratante, plástica capilar, fruta orgânica e receitas sem carboidrato para caber em tão descabida expectativa.

Quem sabe não esteja na hora de visitarmos aquele porão esquecido, frio e escurinho. Abrir aquele armário secreto, trancado a sete chaves e dar uma boa olhada naquele esqueletinho que padece ali, abandonado e sem afeto.

Imagine cada um de nós andando por aí com seu podre revelado… Talvez, de início se instalasse o caos. Porque desacostumamos demais da verdade. Porque no começo, insistiríamos em afirmar que o esqueleto do outro é muito mais temível do que o nosso.

Entretanto, passado um tempo… acabaríamos compreendendo que não há uma variedade assim tão grande de defeitos. Nossos horrores internos são, na verdade, muito mais parecidos do que a nossa vitrine inventada e mantida com tanto custo. Reveladas nossas entranhas esquisitas, acabaríamos tirando um peso enorme do peito e das costas e descobriríamos que nossas faltas, assim como nossos excessos, são apenas casquinhas de feridas que ainda não aprendemos a curar.

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Imagem de capa: cena do filme “Nightmare Before Christmas”

Como o Brasil poderá ter mais qualidade social?

Como o Brasil poderá ter mais qualidade social?

Lendo um dos livros mais antigos do filósofo Mario Sergio Cortella chamado A escola e o conhecimento, eu me deparei com um trecho que me fez refletir sobre o atual momento brasileiro. Estamos muito próximos de uma eleição para presidente da república e outros cargos políticos de importância vital para nós.

Quero aprofundar o questionamento do título desse texto: Como o Brasil poderá ter mais qualidade social? Leia as palavras dele!

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Como está a morada do humano? Essa morada do humano desabriga alguém? Tem alguém que está fora da casa, tem alguém que está sem comer dentro dessa casa? Tem alguém que está sem proteção à sua saúde, tem alguém que está sem lazer dentro dessa casa? Essa morada do humano é inclusiva ou exclusiva? Essa morada do humano lida com a noção de qualidade em ciência ou lida com a noção de privilégio? Cuidado. Uma coisa que ainda se confunde muito em ciência é qualidade com privilégio.

Qualidade tem a ver com quantidade total, qualidade é uma noção social, qualidade social só é representada por quantidade total, qualidade sem quantidade não é qualidade, é privilégio. Todas as vezes que se discute essa temática aparece a noção de uma qualidade restrita, e qualidade restrita, reforcemos, é privilégio. Nesse sentido a grande questão volta: será que na morada do humano alguém está desabrigado? Será que essa casa está inteira, ela está em ordem nessa condição?

Mario Sergio Cortella

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Infelizmente, nós vivemos num país considerado “em desenvolvimento” ou de “2º mundo”. No entanto, durante muitos e muitos anos, nosso país foi de 3º mundo, que tem como característica básica o subdesenvolvimento.

Se você lembrar bem de suas aulas de Geografia no ensino fundamental e médio, vai se dar conta de que uma das maiores características de um país de 3º mundo é a desigualdade social. Em outras palavras, temos um disparate absurdo entre os mais ricos, que tem um patrimônio quase incalculável, enquanto os mais pobres precisam fazer esforços imensos para continuarem vivos, sem morrerem por fome ou doenças.

Esses padrões de diferenças colossais explicado no parágrafo anterior de fato diminuíram no Brasil, mas essa redução é bastante recente e, sejamos realistas, está bem abaixo do que poderia e deveria ser…

O que levou a essa diminuição? Foram alguns projetos de governo como o “Bolsa Família”, alguns projetos culturais fortes, incentivos em projetos de “menor aprendiz” como os que ocorrem no SENAI por exemplo etc.

E logicamente, o maior crescimento se deu em projetos que nunca serão divulgados nos telejornais porque não dá o IBOPE que seus donos querem.

Eles sabem que o IBOPE cresce com as notícias de desgraças, de mortes, de violência etc.

Mesmo mostrando de forma bem resumida esse panorama geral, sabemos que ainda existem privilégios imensos nas classes mais altas da sociedade, e vemos claramente que existem candidatos à eleição com propostas de total retrocesso na busca pela diminuição desses privilégios.

Achei brilhante a colocação do Cortella. A qualidade só é verdadeira quando é para todos, se for para poucos é privilégio.

Como sou professor, é impossível pra mim tocar nesse tema sem falar sobre a EDUCAÇÃO. O número de estudantes que têm acesso a uma educação de qualidade é infinitamente menor do que os que estão em escolas medíocres.

O sistema de cotas para entrada na Universidade é fundamental e de grande importância para no mínimo diminuir um pouco tanta desigualdade.

Sabemos que, para se estudar numa escola melhor, os pais precisam desembolsar um dinheiro que muitas vezes não cabe no orçamento. Inclusive tem escolas que são tão caras que cobram uma mensalidade superior a um salário mínimo, que atualmente é de R$ 954 (2018). Você tem noção do que é pagar mais de um salário só de mensalidade para um filho? Sem contar que existem pais com 3, 4, 5 filhos, às vezes até mais.

Imagine se cada um deles estudasse numa dessas escolas de ponta? Os pais precisariam ganhar 5, 6, 7 ou mais salários mensais para conseguir pagar. É surreal concorda comigo?

Praticamente não se fala sobre Educação na campanha dos presidenciáveis, exatamente porque é o problema mais grave de todos. Se um percentual maior do nosso PIB fosse destinado à Educação, certamente viveríamos num país mais desenvolvido, estaríamos pelo menos um pouquinho mais perto de um país de 1º mundo.

Você talvez esteja cansado de ouvir ou ler sobre a importância da Educação para transformar uma sociedade. Por mais que seja repetitivo, é preciso tocar nesse assunto, pois só assim podemos elevar a nossa consciência política!

Tenha muito, muito, muito cuidado com os candidatos que vem falar alguma coisa contra o atual sistema de cotas! Ele é uma medida NECESSÁRIA para diminuir tanta desigualdade no país!

Sempre comento isso quando converso com amigos ou com professores: “No dia em que o Brasil for um país de 1º mundo, no dia em que não houver mais essa discriminação absurda contra os pobres, os negros, os indígenas, e em alguns casos, os nordestinos etc. no dia em que as escolas públicas forem de primeiríssima qualidade e para todos, não será mais preciso ter um sistema de cotas, porque a raiz do mal terá sido extirpada, entende?”.

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No entanto, estamos longe disso! Nem dá pra ter uma ideia de quando vai acabar toda essa desigualdade. Não dá pra fugir dessa realidade! Existe uma minoria repleta de privilégios e uma esmagadora maioria que tem uma série de direitos excluídos. Citei apenas a Educação. Se fosse falar sobre a saúde de qualidade, os transportes públicos de qualidade, os projetos culturais de qualidade etc. Uau! Esse texto ficaria imenso. Teria que transformá-lo num livro…

A qualidade social só é qualidade se for total, se chegar à ampla maioria da população.

Estamos muito próximos de definir quem governará o Brasil nos próximos 4 anos. Estude a campanha dos diversos candidatos e deixe as lamparinas da sua consciência bem acesas, porque são mais de 200 milhões de pessoas que podem ser prejudicadas se o nosso país estiver nas mãos de um presidente com projetos que não beneficiem a todos!

Concluo essa reflexão lembrando as palavras que a querida Monja Coen sempre costuma falar em suas palestras e no seu programa de radio: “Somos a vida da terra. Estamos todos inter-relacionados…”.

Nessa inter-relação não pode haver tantos privilégios, não pode haver exclusivismos, não pode haver esses preconceitos absurdos que vemos, não pode haver as aberrações machistas que são estampadas diariamente etc. etc. etc.

Por um país com maior qualidade social…

Não se culpe por abandonar alguns planos: você não é mais a mesma pessoa de ontem

Não se culpe por abandonar alguns planos: você não é mais a mesma pessoa de ontem

O tempo passa, a vida corre, as coisas mudam, mudamos nós também. Viver vai trazendo experiências, sabedoria, paciência e novas formas de enxergar o mundo e as pessoas. Renovamos quem somos a cada amanhecer, somando o que foi bom e descartando o que foi ruim, guardando cada sentimento dentro de nosso coração, para torná-lo cada vez mais forte.

O nosso eu de agora, portanto, não é o mesmo de outrora, porque a vida tem que caminhar, ressignificando-se, encontrando novos caminhos, novas paragens, novos encontros, trazendo-nos novidades, mostrando-nos soluções, abrindo e fechando portas, para que estejamos em constante aprendizado. É assim que a gente vai se tornando mais forte, mais seguro, mais gente de verdade.

Nesse movimento, inevitável nos depararmos com novas perspectivas, novos sonhos, novas metas. Nossos interesses mudam de foco e passamos a valorizar o que nem imaginávamos, espreitando horizontes outros, com um olhar mais maduro. De repente, a gente sente necessidade de abandonar crenças, lugares e pessoas que não parecem mais ter sentido algum na vida que passamos a querer.

A gente passa a querer caminhar com passos mais largos, junto a amores fortes, com sentimentos recíprocos, de mãos dadas com gente disposta a torcer verdadeiramente por nós. E, nisso tudo, pode não mais haver espaço para planos e pessoas que queríamos, tempos atrás, manter a qualquer custo conosco. O que parecia vital então não o será mais; quem parecia insubstituível nem nos fará mais falta alguma.

Portanto, não se culpe por ter que abandonar planos, lugares, por querer mais, melhor, por se fortalecer e dizer nunca mais. Você simplesmente estará caminhando junto com o ritmo da vida, que não para, nunca retrocede, jamais lamenta, apenas segue, em frente, seguindo. Somos humanos, aprendentes, em constante aprendizado e renovação diária. Um brinde a isso tudo!

Pai de Rodinhas busca apoio para lançar livro

Pai de Rodinhas busca apoio para lançar livro

Após o lançamento do livro “60 anos de Fotojornalismo” do fotógrafo Sérgio Jorge, a Mogiana Produções Culturais lança novo projeto para edição da obra literária de Sergio Nardini.

O livro “PAI DE RODINHAS” é uma autobiografia divertida que conta a história do artista plástico autodidata, ativista e tetraplégico. Numa linguagem descontraída e bem humorada, Nardini relata em detalhes, sua fascinante experiência da paternidade e também as aventuras e desventuras vividas intensamente durante sua jornada de “vida adaptada”, incluindo momentos de alegria e de adversidades.

“Uma leitura emocionante, sincera e direta, repleta de aventuras, rico em sabedoria e muito bem humorado. Entre lágrimas eu li a carta para sua filha Lavínia. Penso que os futuros leitores terão um retrato fiel dos costumes, das atitudes, conquistas e preconceitos relatados nesta obra maravilhosa”.

Cristiane Ramos (Professora de Língua Portuguesa e revisora do livro)

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“Certa vez, quando questionado sobre sua genialidade, o físico Stephen Hawking atribuiu suas incríveis descobertas e estudos ao tempo que tinha para pensar. Nesse caso, então, a deficiência que o limitava fisicamente teria possibilitado um progresso sem comparações de suas capacidades que, talvez, nunca tivessem se igualado caso sua vida trouxesse um enredo diferente. Sérgio Nardini, em “O Pai de Rodinhas”, também nos enriquece com exemplos sobre como a limitação física pode promover a criatividade e avanços impensáveis.

Durante a leitura do livro, ao contrário do que o senso comum pode julgar como fraqueza, nós vemos a construção diária da adaptabilidade e do amadurecimento da inteligência não só mental, mas também emocional.

É preciso ser amado para aprender a amar. Amor é algo que transpira em cada linha do livro, que fala sobre família, casamento, carreira, arte, amizade e, principalmente, da paternidade consciente e muito desejada.

Depois da leitura desse livro as pessoas não mais se compadecerão da limitação e parcialidade “funcional” de alguém, pois entenderão que, muito mais importante do que compreender o porquê de um acontecimento que parece catastrófico, é encontrar caminhos e pessoas que motivam e ressignificam a nossa existência. Só então, todos nós, em nossas dificuldades tão pessoais e particulares- que às vezes são muito mais limitantes do que uma deficiência física- poderemos entender que o sentido da vida vai muito além das barreiras corporais.”

Josie Conti ( psicóloga e idealizadora da CONTI outra)

Além da versão impressa, o livro terá uma versão digital audiodescritiva para pessoas com deficiência visual. Gravado no formato MP3, o “audiobook” traz a narração completa da obra e estará disponível para download, de forma gratuita, a todas as entidades que trabalham com o referido público.

Suas histórias derrubam paradigmas relacionados ao universo das pessoas com deficiência e trazem reflexões sobre o poder de nossas escolhas, além de nos mostrar que só é possível realizar sonhos quando reconhecemos e aceitamos nossas limitações, explorando devidamente nossas ferramentas internas. O autor nos convida também a pensarmos sobre um dos maiores desafios do ser humano, que é transformar simples experiências em momentos inesquecíveis.

contioutra.com - Pai de Rodinhas busca apoio para lançar livro

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Sergio Nardini possui uma doença neuromuscular congênita chamada Atrofia Muscular Espinhal Progressiva tipo II, que o deixou tetraplégico gradativamente. Natural de Amparo/SP, o artista plástico autodidata e palestrante têm hoje no voluntariado a “mola propulsora” para seu desenvolvimento pessoal, tendo em vista que não consegue mais pintar devido à progressão da doença. Casado com Elisângela, o casal vivencia e se encanta a cada dia com a grande experiência de suas vidas, um “milagre” chamado Lavínia.

Os recursos para a impressão do livro serão captados através do site Catarse, serviço online de financiamento coletivo, que faz a ponte entre o autor do projeto e aos interessados em contribuir com esta causa. As pessoas interessadas em conhecer essas histórias e comprar seu exemplar devem acessar a página www.catarse.me/paiderodinhas. O site é totalmente seguro e você ajuda a transformar este sonho em realidade.

Sua empresa também pode colaborar de forma imersiva neste projeto, tornando-se agentes transformadores ao assumirem um compromisso com a responsabilidade social, em especial às pessoas com deficiência. Além dos exemplares impressos e da logomarca no livro, a empresa recebe uma palestra, dinâmica e criativa, sobre a importância da saúde emocional aos seus colaboradores, ministrada pelo autor do livro.

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O livro “PAI DE RODINHAS” conta com apoio do portal CONTI outra© com mais de 2 milhões de seguidores no Facebook e outros 86 mil, entre o Instagram e o Twitter. Idealizado pela psicóloga Josie Conti, o site www.contioutra.com traz em seu conteúdo artigos, vídeos e entrevistas nas áreas de comportamento, literatura, arte e entretenimento, cultura e educação.

Mais informações sobre o livro:

facebook.com/paiderodinhas

instagram.com/paiderodinhas

www.contioutra.com/paiderodinhas

Carta para Alan. O que dizer a alguém que está com câncer?

Carta para Alan. O que dizer a alguém que está com câncer?

Conversei esses dias com Josie e ela estava triste e preocupada com Alan, um bom amigo dela, que está com câncer. Não conheço esse seu amigo, mas senti a dor de minha amiga como se fosse minha. Quis fazer algo, quis ajudar, mas não sabia como. O que dizer a alguém que não conheço e que passa por um momento tão difícil? O que dizer a alguém que está com câncer? Penso que só posso dizer o mesmo que diria a ele se fôssemos bons amigos.

E assim o digo, ao bom amigo de minha boa amiga, que não conheço pessoalmente, mas que sinto como se conhecesse, na forma desta carta:

Querido Alan,

Imagino que sua vida não é mais a mesma, desde que você recebeu esse diagnóstico. O momento que atravessa com certeza não é fácil. Creio que eu, por estar distante e não lhe conhecer pessoalmente, não posso fazer muito, mas gostaria que soubesse que torço para que supere, o mais rápido possível, essa fase nada agradável de sua vida e gostaria também de partilhar com você essas minhas palavras, na esperança de que elas lhe possam ser úteis de alguma forma.

Peço-lhe que cuide bem de sua alimentação. Seu corpo vai precisar de toda energia disponível e essa energia vem principalmente do que você ingere. Nosso corpo cria novas células constantemente e essas células são praticamente feitas daquilo que comemos e bebemos. Penso que, independentemente do tratamento e do caminho escolhido, uma boa alimentação é a base de tudo. Seu corpo precisa de novas células saudáveis para combater células doentes. Talvez fosse bom você conversar com um(a) nutricionista, que analise seu caso e veja junto com você o que poderia lhe fazer bem e o que deveria evitar.

Outra coisa que eu recomendaria seria buscar um bom profissional na área de fitoterapia. Há muitos remédios naturais, a base de plantas, que podem ajudar, não substituindo, mas auxiliando o tratamento convencional, fortalecendo seu corpo, reequilibrando o organismo. Mas, por favor, nada de curandeiros milagrosos de esquina que prometem cura fácil! Deveria ser alguém que realmente entendesse do assunto e que trabalhasse junto com os médicos e não contra a medicina. Nessa área, a medicina tradicional chinesa é muito boa. Mas há outros profissionais excelentes. Teria que ver se tem algum perto.

Se você achar que esse seria um caminho bom para você, converse com quem está lhe tratando. Seria bom que os médicos soubessem e concordassem com qualquer tratamento paralelo, mas não creio que algum médico teria algo contra uma boa alimentação e fitoterapia por um bom profissional.

Uma coisa que gostaria de lhe pedir ainda é que não se isole, que não tente se mostrar mais forte do que é, que converse sobre seus medos e inseguranças, mas também sobre seus sonhos e esperanças, que se abra com pessoas próximas de você e de confiança. Nunca creia que você tem que enfrentar esta fase de sua vida sozinho.

Não se deixe desanimar. Busque fazer as coisas que lhe fazem bem, sempre dentro do possível, mas também não menos que isso, aproveitando a fundo cada momento bom. Isso ajuda o lado psíquico, pois não tem coisa pior que ficar triste num canto pensando na doença. Não perca o encanto, movimente-se, permaneça no fluxo da vida, pois é nessa direção que devemos ir. Peço-lhe que saia de casa sempre que der, vá se encontrar com pessoas legais, passeie em lugares que gosta, de preferência na natureza. E estar em movimento tem outra vantagem: fortalece seu corpo, o abastece com boas energias.

Pense em você nesta fase difícil de sua vida, seja “egoísta”, concentre-se em seu tratamento e dê prioridade a você mesmo. É um direito seu. “Probleminhas” de outras pessoas podem esperar.

Busque o contato consigo mesmo, com honestidade e abertura, e aproveite esse momento também para entender como tudo aqui é passageiro, como tudo e todos passam, como também nós passamos. Nossa presença aqui, como corpos, é finita e pode acabar a qualquer momento. Digo-lhe isso na esperança de que, apesar do medo e do sofrimento que sente, você consiga enxergar o quão libertador é perceber essa nossa temporariedade neste mundo, já que essa percepção é o antídoto contra o veneno do ego, que nos prende a tanta coisa sem real importância.

Quando olhar para trás, não se concentre no que foi feio, no que fez mal, mas sim nas coisas boas que viveu e conheceu, nas pessoas que lhe fizeram bem e o bem, nos encontros e nas experiências que lhe fizeram crescer, nos momentos em que você sorriu e se sentiu feliz.

Pensar no que foi bom nos enche de um sentimento que também é libertador e só nos faz bem: a gratidão. Quem, ao invés de fixar o olhar no que fez ou faz mal, prefere pensar no que foi ou é bom termina percebendo quanto motivos temos para ser gratos e quem é grato perde amargura e fica mais suave, o que diminui o estresse, o que termina sendo novamente bom também para o corpo.

Quem é grato sofre menos em momentos difíceis, mesmo nos muito difíceis. Se uma pessoa grata percebe que chegou sua hora de ir, ela sofre menos que alguém que não agradece à vida por ter vivido e prefere reclamar, atacar e fazer cobranças à vida por estar morrendo. Alguém que sente gratidão por sua vida irá partir com o sentimento de que valeu a pena. O ingrato irá se lamentando.

E se uma pessoa grata percebe que ainda não chegou sua hora, ela também aqui sofre menos, pois valorizará muito mais cada dia a viver, cuidará mais e melhor de si mesma, daquilo e daqueles que são realmente importantes. Já o ingrato é capaz de voltar para o mesmo ponto que estava antes, reclamando de tudo, sem ter aprendido nada e, assim, sofrendo mais.

Para terminar, gostaria de lhe dizer ainda que não perca nunca a esperança, pois tudo tem um sentido. Acredito que somos guiados (Por quem? Por algo/alguém que tem muitos nomes!) e que, se há um sentido, nada do que você está passando será em vão.

Bom, amigo de minha amiga, era isso que eu queria lhe dizer. Estamos juntos em pensamento. Fico aqui, torcendo por você!

Um forte abraço
Gustl Rosenkranz

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Nota da CONTI outra– Alan Lima é um jovem talentoso que faz parte da família CONTI outra e trabalha conosco há anos.

5 maneiras de lidar com pessoas que sempre pensam que estão certas

5 maneiras de lidar com pessoas que sempre pensam que estão certas

Novas pesquisas sugerem como lidar com pessoas que sempre precisam estar certas.

Seu relacionamento com pessoas que sempre insistem em estar certas pode revelar-se um desafio, especialmente quando você não tem como escapar de ter que lidar com elas.

Talvez você tenha um parente que está constantemente afirmando seu ponto de vista, mesmo quando você sabe que ele está errado. Ele pode tanto tentar desgastar você com argumentos quanto dizer na frente de todos como você deve viver sua vida. Você está pensando em mudar o seu penteado, e ele insiste que você precisa deixar o cabelo curto, mesmo que você queira manter suas longas madeixas como parte de sua aparência. Ele prossegue explicando a você, no mais ínfimo e irritante nível de detalhe, que você realmente ficaria melhor se livrando dos 15 centímetros que levou tanto tempo para deixar crescer. Como você pode lidar com essa situação sem perder a paciência, mas ainda assim manter sua posição?

Novas pesquisas sobre inteligência emocional e transtornos de personalidade sugerem que pessoas com certos tipos de traços provavelmente não têm a consciência interpessoal necessária para controlar seus excessivos impulsos de controle.

Marta Krajniak e colegas de Fairleigh Dickinson (2018) realizaram um estudo de questionário sobre a relação entre sintomas de transtorno de personalidade e inteligência emocional em uma amostra de estudantes do primeiro ano, com a intenção de examinar os fatores de personalidade que predizem a adaptação na faculdade. Embora sua pesquisa tenha focado especificamente em questões relacionadas à adaptação universitária, suas descobertas fornecem sugestões intrigantes sobre as maneiras pelas quais as pessoas que tentam dominar todos os outros com suas próprias visões do mundo podem dificultar a vida de todos, inclusive de si mesmos.

A equipe de pesquisa de Fairleigh Dickinson usou medidas padrão para avaliar a inteligência emocional como uma característica ou disposição duradoura. Como tal, eles definiram inteligência emocional como “a capacidade de um indivíduo de experimentar, atender, processar, compreender, regular e raciocinar sobre informações carregadas de influência em si e nos outros”. (p. 1161) Em outras palavras, as pessoas com inteligência emocional alta devem ser capazes de ajustar seus próprios comportamentos àquelas das pessoas com as quais estão, em vez de insistir em ter as coisas à sua maneira. Seu parente opinativo seria, nesse contexto, alguém com pouca inteligência emocional, porque ele não consegue reconhecer e respeitar seu ponto de vista.

Os estudantes universitários com alto nível de inteligência emocional deveriam, segundo os autores, ser mais capazes de se adaptar à faculdade. No entanto, eles serão prejudicados neste processo se também possuírem alto transtorno de personalidade. Indivíduos com transtornos de personalidade, eles observam, seriam “inflexíveis em sua interpretação e respostas a situações”. (p. 1161) No entanto, se as pessoas com transtornos de personalidade tiverem inteligência emocional elevada, elas poderão superar os desafios apresentados por seus próprios traços de personalidade destrutivos. Embora os indivíduos com transtorno de personalidade enfrentassem dificuldades de adaptação da faculdade, esses problemas poderiam ser amenizados se também conseguissem manter níveis saudáveis de inteligência emocional.

Você pode estar pensando que ter um transtorno de personalidade impediria uma pessoa de ter alta sensibilidade interpessoal. No entanto, pense na capacidade de um indivíduo com transtorno de personalidade antissocial perceber o que as outras pessoas estão pensando e sentindo e, então, ser capaz de manipulá-las com base nisso. Da mesma forma, uma pessoa com altos traços de transtorno de personalidade paranoica poderia estar altamente sintonizada com as motivações e sentimentos das pessoas que ela acredita que tentará tirar proveito dela.

Para testar o modelo, Krajniak e seus colegas examinaram primeiro as correlações entre as pontuações da escala do transtorno de personalidade e a medida de característica da inteligência emocional. Reconhecendo que a inteligência emocional não é uma construção unitária, sua escala avaliou os participantes sobre os quatro fatores distintos da inteligência emocional que influenciaram a autoestima geral, a impulsividade, as habilidades de relacionamento e a sociabilidade.

Os resultados revelaram que, entre seus 246 alunos do primeiro ano (74% do sexo feminino), quase todas as pontuações da escala de transtornos de personalidade estavam negativamente relacionadas à inteligência emocional. Surpreendentemente, porém, a inteligência emocional não desempenhou nenhum papel em afetar a relação entre as pontuações do transtorno de personalidade e a medida do resultado da adaptação universitária. Houve algumas variações nos dados com base no transtorno de personalidade específico e no fator específico de inteligência emocional. O quadro geral que emerge, no entanto, é que as pessoas com altos traços de transtorno de personalidade têm uma inteligência emocional mais fraca. Mesmo o tipo antissocial, com sua habilidade de ler as emoções dos outros, provavelmente sofrerá com a queda de altos níveis de impulsividade.

Voltando à questão de lidar com pessoas que sempre acham que estão certas e não têm problemas em dizer isso, os resultados do estudo de Fairleigh Dickson sugerem que sua baixa inteligência emocional poderia se relacionar, pelo menos em parte, com uma ou outra forma de transtorno de personalidade. Portanto, envolver-se em discussões intermináveis com elas provavelmente será frustrante, se não contraproducente.

Aqui, então, há dicas para ajudá-lo a regular suas próprias emoções quando esse comportamento estiver tornando sua vida desagradável:

1. Não se esforce demais ao diagnosticar o transtorno de personalidade da pessoa. Você poderia acreditar que apenas um narcisista enxergaria a vida a partir de sua própria perspectiva, de modo que o indivíduo argumentativo deve claramente ter esses traços egoístas.

Também é provável, baseado no estudo de Krajniak, que o indivíduo possua outros traços de transtorno de personalidade, mas como os relacionamentos não são perfeitos, talvez a pessoa não tenha nenhum transtorno de personalidade.

2. Reconheça que o comportamento do indivíduo decorre da baixa inteligência emocional. Entender o papel da inteligência emocional nas relações interpessoais é o primeiro passo para lidar com pessoas que não têm essa qualidade. Com esse reconhecimento, você pode ver que talvez precise ser mais aberto do que gostaria, ao deixar que a pessoa saiba como você se sente, do que faria com alguém que é mais sensível à sensibilidade emocional.

3. Não fique abalado. É certamente agravante ter que defender seus próprios pontos de vista e preferências em face da contínua oposição. Porém, se você mostrar que pode ser emocionalmente inteligente controlando suas próprias reações, pode estar dando um bom exemplo para essa outra pessoa seguir no futuro.

4. Coloque o espelho para si mesmo antes de concluir que a culpa é da outra pessoa. As pessoas que estão constantemente tentando mostrar que estão certas e que você está errado naturalmente farão com que você se sinta na defensiva. É possível que haja um pouco de verdade no que você está ouvindo, então tente decidir se talvez você é quem realmente precisa mudar.

5. Mantenha as linhas de comunicação abertas. Não é divertido estar com alguém que faz você se sentir constantemente inadequado, e você pode decidir apenas ficar longe dessa pessoa completamente. No entanto, você pode não ter escolha. Tente encontrar um terreno comum com as pessoas que fazem parte da sua família, do seu local de trabalho ou dos seus vizinhos. É possível que você se encontre concordando com mais frequência do que imaginava.

As pessoas que pensam que estão certas o tempo todo e que não hesitam em mostrar isso a você podem fornecer seus maiores desafios interpessoais. No processo de aprender a lidar com elas, sua própria inteligência emocional e sua satisfação continuarão crescendo e se aprofundando.

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Referências

Krajniak, M. I., Pievsky, M., Eisen, A. R., & McGrath, R. E. (2018). The relationship between personality disorder traits, emotional intelligence, and college adjustment. Journal of Clinical Psychology, 74(7), 1160-1173. doi:10.1002/jclp.22572

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Esse material é uma tradução livre da CONTI outra. Do original 5 Ways to Handle People Who Always Think They’re Right, escrito por Susan Krauss Whitbourne Ph.D.

Algumas pessoas nos machucarão e depois agirão como se nós as tivéssemos machucado

Algumas pessoas nos machucarão e depois agirão como se nós as tivéssemos machucado

Infelizmente, não serão muitos aqueles que conseguirão entender que o seu próprio comportamento determina grande parte daquilo que acontece em suas vidas. Isso porque não é fácil aceitar que a gente falha, escolhe mal, machuca, que a gente pode ser desagradável e não atender às expectativas alheias, em diversos aspectos. Aceitar os próprios erros obriga-nos a mudar e mudar dói.

É por isso que muitos relacionamentos, seja de amizade, seja de trabalho, sejam familiares, sejam amorosos, acabam não dando certo. Ficar junto de alguém requer concessões, ajustes e abalos na zona de conforto, porque qualquer interação deverá ser uma via de mão dupla; caso contrário, uma das partes sempre estará com mais pesos nas costas. Porém, o que costuma ocorrer é a cobrança, sem ao menos olhar para si mesmo.

Quem não olha para si mesmo mal se conhece e, pior, fica achando que conhece o outro perfeitamente, uma vez que só repara no que está lá fora. Como não gasta um segundo refletindo sobre os próprios atos, passa o dia prestando atenção no outro, cheio de críticas e de julgamentos. Cobra dos parceiros tudo o que lhe desagrada, exigindo que o outro mude, sem perceber que, muitas vezes, as respostas que lhe chegam são desagradáveis porque ele próprio oferta pouco e, não raro, de maneira incômoda.

Assim, muitas pessoas irão machucar o outro e, quando receberem de volta o que doaram, ficarão desconcertadas, ficarão perplexas, dirão não entender o porquê de estarem sendo tratadas daquele jeito. E, se o outro não corresponder, não retornar nada, por não ter aceitado ser o único a fazer concessões, elas se sentirão ofendidas e acusarão o parceiro de egoísta, sendo que o egoísmo de si mesmas jamais assumirão. Serão sempre as vítimas da história.

Relacionar-se com quem não reflete sobre si mesmo será uma travessia por demais dolorosa e, na maior parte do tempo, solitária, pois todo o peso afetivo, toda a carga emocional recairá somente de um lado. E amar sem volta ninguém há de merecer.

Não acabem com a caligrafia: escrever à mão desenvolve o cérebro

Não acabem com a caligrafia: escrever à mão desenvolve o cérebro

As crianças que vivem no mundo dos teclados precisam aprender a antiquada caligrafia?

Há uma tendência a descartar a escrita à mão como uma habilidade que não é mais essencial, mesmo que os pesquisadores já tenham alertado para o fato de que aprender a escrever pode ser a chave para, bem, aprender a escrever.

E, além da conexão emocional que os adultos podem sentir com a maneira como aprendemos a escrever, existe um crescente número de pesquisas sobre o que o cérebro que se desenvolve normalmente aprende ao formar letras em uma página, sejam de forma ou cursivas.

Em um artigo publicado este ano no “The Journal of Learning Disabilities”, pesquisadores estudaram como a linguagem oral e escrita se relacionava com a atenção e com o que é chamado de habilidades de “função executiva” (como planejamento) em crianças do quarto ao nono ano, com e sem dificuldades de aprendizagem.

Virginia Berninger, professora de Psicologia Educacional da Universidade de Washington e principal autora do estudo, contou que a evidência dessa e de outras pesquisas sugere que “escrever à mão – formando letras – envolve a mente, e isso pode ajudar as crianças a prestar atenção à linguagem escrita”.

No ano passado, em um artigo no “Journal of Early Childhood Literacy”, Laura Dinehart, professora associada de Educação da Primeira Infância na Universidade Internacional da Flórida, discutiu várias possibilidades de associações entre boa caligrafia e desempenho acadêmico: crianças com boa escrita à mão são capazes de conseguir notas melhores porque seu trabalho é mais agradável para os professores lerem; as que têm dificuldades com a escrita podem achar que uma parte muito grande de sua atenção está sendo consumida pela produção de letras, e assim o conteúdo sofre.

Mas podemos realmente estimular o cérebro das crianças ao ajudá-las a formar letras com suas mãos?

Em uma população de crianças pobres, diz Laura, as que possuíam boa coordenação motora fina antes mesmo do jardim da infância se deram melhor mais tarde na escola.

Ela diz que mais pesquisas são necessárias sobre a escrita nos anos pré-escolares e sobre as maneiras para ajudar crianças pequenas a desenvolver as habilidades que precisam para realizar “tarefas complexas” que exigem coordenação de processos cognitivos, motores e neuromusculares.

Esse mito de que a caligrafia é apenas uma habilidade motora simplesmente está errado. Usamos as partes motoras do nosso cérebro, o planejamento motor, o controle motor, mas muito mais importante é a região do órgão onde o visual e a linguagem se unem, os giros fusiformes, onde os estímulos visuais realmente se tornam letras e palavras escritas

Virginia Berninger

As pessoas precisam ver as letras “nos olhos da mente” para produzi-las na página, explica ela. A imagem do cérebro mostra que a ativação dessa região é diferente em crianças que têm problemas com a caligrafia.

Escaneamentos cerebrais funcionais de adultos mostram que uma rede cerebral característica é ativada quando eles leem, incluindo áreas que se relacionam com processos motores. Os cientistas inferiram que o processo cognitivo de ler pode estar conectado com o processo motor de formar letras.

Larin James, professora de Ciências Psicológicas e do Cérebro na Universidade de Indiana, escaneou o cérebro de crianças que ainda não sabiam caligrafia. “Seus cérebros não distinguiam as letras; elas respondiam às letras da mesma forma que respondiam a um triângulo”, conta ela.

Depois que as crianças aprenderam a escrever à mão, os padrões de ativação do cérebro em resposta às letras mostraram mais ativação daquela rede de leitura, incluindo os giros fusiformes, junto com o giro inferior frontal e regiões parietais posteriores do cérebro, que os adultos usam para processar a linguagem escrita – mesmo que as crianças ainda estivessem em um estágio muito inicial na caligrafia.

“As letras que elas produzem são muito bagunçadas e variáveis, e isso na verdade é bom para o modo como as crianças aprendem as coisas. Esse parece ser um dos grandes benefícios da escrita à mão”, conta Larin James.

Especialistas em caligrafia vêm lutando com a questão de se a letra cursiva confere habilidades e benefícios especiais, além dos fornecidos pela letra de forma. Virginia cita um estudo de 2015 que sugere que, começando por volta da quarta série, as habilidades com a letra cursiva ofereciam vantagens tanto na ortografia quanto na composição, talvez porque as linhas que conectam as letras ajudem as crianças a formar palavras.

Para crianças pequenas com desenvolvimento típico, digitar as letras não parece gerar a mesma ativação do cérebro. À medida que as pessoas crescem, claro, a maioria faz a transição para a escrita em teclados. No entanto, como muitos que ensinam na universidade, eu me questiono a respeito do uso de laptops em sala de aula, mais porque me preocupo com o fato de a atenção dos alunos estar vagando do que com promover a caligrafia. Ainda assim, estudos sobre anotações feitas à mão sugerem que “alunos de faculdade que escrevem em teclados estão menos propensos a se lembrar e a saber do conteúdo do que se anotassem à mão”, conta Laura Dinehart.

Virginia diz que a pesquisa sugere que crianças precisam de um treinamento introdutório em letras de forma, depois, mais dois anos de aprendizado e prática de letra cursiva, começando na terceira série, e então a atenção sistemática para a digitação.

Usar um teclado, e especialmente aprender as posições das letras sem olhar para as teclas, diz ela, pode muito bem aproveitar as fibras que se intercomunicam no cérebro, já que, ao contrário da caligrafia, as crianças vão usar as duas mãos para digitar.

O que estamos defendendo é ensinar as crianças a serem escritoras híbridas. Letra de forma primeiro para a leitura – isso se transfere para o melhor reconhecimento das letras –, depois cursiva para a ortografia e a composição. Então, no final da escola primária, digitação

Virginia Berninger

Como pediatra, acho que pode ser mais um caso em que deveríamos tomar cuidado para que a atração do mundo digital não leve embora experiências significativas que podem ter impacto real no desenvolvimento rápido do cérebro das crianças.

Dominar a caligrafia, mesmo com letras bagunçadas e tudo, é uma maneira de se apropriar da escrita de maneira profunda.

“Minha pesquisa global se concentra na maneira como o aprendizado e a interação com as palavras feitas com as próprias mãos têm um efeito realmente significativo em nossa cognição”, explica Larin James. “É sobre como a caligrafia muda o funcionamento do cérebro e pode alterar seu desenvolvimento.”

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Fonte indicada: Notícias Uol

20 frases para lembrar do filme Mamma Mia e se aquecer para assistir a continuação

20 frases para lembrar do filme Mamma Mia e se aquecer para assistir a continuação
(L to R, center) Rosie (JULIE WALTERS), Sam (PIERCE BROSNAN), Sophie (AMANDA SEYFRIED) and Tanya (CHRISTINE BARANSKI) in "Mamma Mia! Here We Go Again." Ten years after "Mamma Mia! The Movie," you are invited to return to the magical Greek island of Kalokairi in an all-new original musical based on the songs of ABBA.

O filme musical Mamma Mia, lançado e 2008, foi um grande sucesso ao misturar paisagens da Grécia com atores como Meryl Streep, Christine Baranski, Julie Walters, Amanda Seyfried , Pierce Brosnan, Colin Firth (e outros mais) e o repertório atemporal e cheio de energia contagiante das músicas do grupo sueco Abba.

As boas notícia se repetem agora com a continuação “Mamma Mia! Here We Go Again”, que estreiou nos cinemas brasileiros no último dia 02 de agosto.

Para comemorar e estimular a memória dos fãs que estão ansiosos para assistir  o segundo filme, abaixo trouxemos uma seleção com 20 das melhores frases do primeiro filme.

No final, para coroar, também anexamos o trailer do segundo filme que espera por vocês nos cinemas.

1- Agora é tudo que temos. Sem promessas e arrependimentos.

2- Dançamos como se fosse nossa última música.

3- É como disparar uma flecha. Basta um sorriso teu e fico parada. Ainda não sei o que você fez comigo.

4- E como sempre não termina com um viveram felizes para sempre.

5- Ela acha que te conhece melhor do que você a si mesma.

6- Em nossas vidas temos trilhado estranhos caminhos.

7- Então eu estarei lá quando você chegar.

8- Eu mereço tudo isso porque fui uma tonta e uma puta imatura.

9- Eu tentei te alcançar, mas você fechou sua mente.

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10- Então volte a meu mundo.

11- Há um fogo em minha alma.

12- Não desperdice suas emoções. Coloque todo seu amor em mim.

13- Essa sou eu. Sou uma loba.

14- Não há pressa quando o amor diz que está pronto.

15- Nos meus sonhos, tenho um plano.

16- Não há tempo para tristezas.

17- Onde estão aqueles dias difíceis? Parecem difíceis de encontrar.

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18- Sei quem você é. Você é um sem destino.

19- Somos as melhores e não nos param.

20- Tente mais uma vez, como sempre fez.

“Mamma Mia! Here We Go Again”´- Trailer

9 perigos que você corre quando sempre é a “pessoa legal”

9 perigos que você corre quando sempre é a “pessoa legal”

Você as conhece, eu as conheço, ou você pode ser uma delas: pessoas legais.

Elas sempre dão aos outros o benefício da dúvida, estão prontas para dar a mão, ou são voluntárias para aquela tarefa que ninguém quer. Elas são sensíveis aos sentimentos dos outros, fáceis de conviver e raramente discutem. O que há para não gostar?

Não muito, você diz. Mas se você é sempre a pessoa legal, se está em sua personalidade 24/7, muitas vezes há perigos psicológicos à espreita abaixo dessa superfície amigável,  desvantagens que podem cobrar seu preço. Aqui estão as mais comuns:

1- Internalização

Você é tão bom, tão descontraído assim, o tempo todo? A menos que você esteja tomando alguns medicamentos altamente eficazes, provavelmente não. O que as pessoas sempre legais tendem a fazer é internalizar – manter para si emoções negativas, que naturalmente surgem no decorrer da vida cotidiana. O subproduto dessas crises emocionais geralmente é a depressão, ansiedade e dependência.

2- Surtos periódicos

E se a depressão, a ansiedade e o vício não são fortes o suficiente para manter esses sentimentos não educados à distância, você corre o risco de surtar, através de uma noitada em uma viagem de negócios, uma farra, agindo de maneira raivosa com seu filho, seu cachorro ou seu colega gentil, mas sempre distraído. Parece vir do nada, você se sente terrivelmente culpado, pede desculpas e promete nunca mais fazer isso novamente. . . até fazer de novo. Até que a pressão se acumule, e os gatilhos de estresse certos o desencadeiam.

3- Autocrítica

O que não é legal é que você tem mais chances de se culpar do que qualquer outra pessoa: a culpa é sua, você deveria saber, você fez algo que fez a outra pessoa agir da maneira que ela agiu, embora você realmente não tenha ideia do que possa ter sido. Você tem essa voz crítica, estilo “sargentona”, gritando com você o tempo todo, olhando por cima do ombro, apontando o dedo. Sob esse abuso verbal constante, você se compromete a se esforçar mais, não estragar as coisas, ser ainda melhor, mas o que você faz nunca é bom o suficiente; falhas, erros e incriminações estão em todo lugar. É uma maneira infeliz de viver.

4- Ressentimento

Um acúmulo de ressentimentos pode frequentemente alimentar este surto, mas às vezes é apenas um lamento lento e sempre presente que você internaliza junto com todo o resto. O ressentimento vem porque sua amabilidade também vem com expectativas – que os outros irão apreciar seus esforços ou seguirão seu exemplo e serão como você, sempre colocando os outros em primeiro lugar, etc. – ou esperando que eles percebam o que você precisa e deem para você, mesmo que você nunca diga quais são essas necessidades.

5- Esgotamentos periódicos

Se você fizer todo o trabalho pesado o tempo todo, estará propenso a um colapso periódico. Pode ser por exaustão, por doença ou afundando nas profundezas de uma depressão severa. O esgotamento pode deixá-lo de lado por um tempo, mas quando você se recupera, está rapidamente de volta ao trabalho.

6- Pré-comprometimento em relacionamentos

Em vez de declarar claramente o que quer no início de uma discussão com alguém, você antecipa ou assume o que a outra pessoa gostaria, e então reduz sua própria demanda antes que a conversa comece. “Jane provavelmente não vai querer trocar todo meu turno de fim de semana”, você diz para si mesmo, então, em vez de perguntar se ela pode trabalhar o fim de semana inteiro para você, você pergunta se ela pode trocar o sábado. Quando você faz este pré-comprometimento o tempo todo em relacionamentos íntimos, acaba nunca obtendo o que quer (apesar de fantasiar que a outra pessoa lerá sua mente e oferecerá de qualquer maneira), e em vez disso você apenas obterá versões diluídas que são “mais ou menos”. Com o tempo, você acaba ficando com uma vida enfraquecida.

7- Apresentar-se como controlador ou passivo-agressivo de vez em quando

Outros, especialmente aqueles mais próximos a você, podem te ver como sendo sutilmente controlador ou passivo-agressivo de vez em quando – porque você é. Sua personalidade racha um pouco, e você coloca uma pressão sutil ou culpa para conseguir o que quer, ou concorda com alguma coisa, mas então age de maneira passiva e agressiva, porque sua infelicidade escapa.

8- Relacionamentos banais

Relacionamentos próximos podem não ter profundidade. Entre o pré-compromisso e a internalização, você nunca diz o que realmente quer e sente, não está sendo realmente honesto e emocionalmente íntimo. E se ambos os parceiros são legais, os efeitos são multiplicados, resultando em um relacionamento sem conflito, mas superficial.

9- Arrependimentos futuros

Aquela pobre mulher de 100 anos que se arrependeu de comer muito feijão e não tomou sorvete o suficiente. Aquela caricatura da lápide que diz: “Comeu toda aquela couve por nada”. A vida diluída, o não ser verdadeiramente conhecido, as milhões de oportunidades perdidas de fazer e conseguir o que quer, em vez do que os outros queriam, podem deixar você com sérios arrependimentos na vida.

Isso significa que você não deve ser legal?

CLARO QUE NÃO. Mas há uma diferença entre uma vida orientada por valores e uma impulsionada pela ansiedade. Uma vida orientada por valores vem de seus valores, suas crenças básicas como adulto sobre como conviver com os outros. Você é gentil e atencioso e vê que todos nós estamos lutando neste minúsculo ponto no vasto universo; você trata os outros como gostaria de ser tratado. Você faz isso não porque “deveria” ou porque vai se sentir culpado de outra forma, mas porque é o seu plano de vida.

Mas ao mesmo tempo você pode dizer não, cuidar de si mesmo, assim como os outros, ser assertivo e honesto sem ser agressivo e ofensivo. A vida é um “ganha-ganha” tanto quanto possível.

Por outro lado, a vida impulsionada pela ansiedade faz com que ser gentil seja uma forma de controlar a ansiedade. Você aprendeu a adotar uma postura gentil como forma de evitar conflitos e confrontos que não consegue tolerar, uma postura que é: “Fico feliz se você está feliz”, o que significa que faço tudo o que preciso para não aborrecer você, pois o fato de você estar chateado me deixa ansioso. Aqui você não diz não, não fala o que pensa, nem é honesto e assertivo, por causa do seu próprio medo. É menos sobre um valor de como tratar as pessoas e mais um traje psicológico para protegê-lo do que parece ser um mundo assustador.

Desconstruindo

Se você decidir que está, de fato, cansado de ser legal o tempo todo, ou cansado de absorver algumas ou todas essas consequências, é hora de parar de entrar no piloto automático e começar a fazer escolhas e mudar alguns de seus comportamentos. Veja como começar:

1. Desacelere para perceber como você realmente se sente.

Se você sempre é legal, provavelmente nem percebe como se sente na maior parte do tempo. Em vez de levantar a mão rapidamente na reunião da equipe quando eles chamam voluntários, respire profundamente algumas vezes e pergunte a si mesmo se você realmente quer fazer isso. O mesmo acontece com a negociação com seu parceiro: pare com o pré-compromisso e descubra o que realmente quer. Se você não puder dizer na hora, espere e continue se perguntando como realmente se sente; algo acabará surgindo.

2. Pratique dizer não.

Não levantar a mão é dizer não, mas você deve praticar isso mais ativamente – é uma questão de estabelecer limites. Se você for convidado para participar de um comitê da igreja, por exemplo, e não quiser, diga não. Melhor ainda, seja proativo e deixe que os outros saibam onde você está antes de chegar até você. Se for muito difícil dizer não pessoalmente, ligue e deixe um correio de voz ou envie uma mensagem de texto. Apenas faça.

3. Traduza seus sentimentos.

Quando você sentir raiva, irritação ou ressentimento, use como informação que lhe diga o que precisa, o que não gosta, o que pode querer. Então, novamente, fale o que pensa.

4. Pratique ser mais honesto.

Honestidade é essencialmente o que define os limites, mas a honestidade também é o condutor da intimidade. Saia dessa conversa superficial e experimente conversas mais profundas – diga às pessoas próximas a você como você realmente se sente, em vez de dizer que está “bem”. Se o seu parceiro está fazendo o mesmo, coloque o problema da intimidade verbal e honestidade na mesa como algo que você quer trabalhar.

5. Use seus sintomas como ferramentas para informar quando estiver sobrecarregado.

Não basta varrer a compulsão, o esgotamento ou a agressividade passiva para debaixo do tapete, mas em vez disso usá-los como alertas de que você está sendo responsável demais, que está negligenciando suas próprias necessidades. É hora de não apenas se desculpar ou se recuperar, mas, novamente, falar o que pensa.

6. Enfrente as vozes críticas.

Suas vozes críticas vão enlouquecer quando começar qualquer um dos itens acima. Você vai se sentir culpado, ansioso de que o mundo irá desprezá-lo e que coisas terríveis vão acontecer. Esta é uma coisa de criança que explode quando você começa a quebrar seus padrões antigos. Respire profundamente algumas vezes, dê um tapinha nas costas e siga em frente.

Então, você está pronto para desistir de algumas das suas gentilezas?

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Essa é uma tradução adaptada da CONTI outra. Do original: The Dangers of Being Nice

Mães também choram: por medo, estresse ou cansaço

Mães também choram: por medo, estresse ou cansaço

Há dias em que a “super mãe” atinge o limite e entra em colapso. Porque ela não pode mais fazer tudo, porque a fadiga a aprisiona até que ela ponha de lado sua armadura brilhante para mostrar uma mulher que só precisa de um momento de descanso.

Se isso aconteceu com você em alguma ocasião, não se preocupe ou pense que você está tocando o abismo da depressão. O estresse de criar um ou mais filhos às vezes é combinado com outros fatores que nos levam a situações extremas, onde é necessário parar, aliviar e reciclar alguns pensamentos, algumas emoções.

Embora falemos de “mães”, estamos certos de que os pais também possam viver a mesma situação. De fato, mesmo que você não acredite, esses momentos vitais têm sua parte de utilidade e até podem ser benéficos. Todos nós, às vezes, desejamos ser a melhor mãe, ser o melhor pai, controlando cada aspecto e sempre dando o melhor de nós mesmos. Mas não é fácil manter este nível de auto-exigência todos os dias. Alcançar o limite é perceber que, embora nossa prioridade seja a criança, devemos ter autocuidado. Porque você não será uma mãe ruim se você se der um tempo de descanso, e ninguém, absolutamente ninguém, tem o direito de criticar por isso.

Porque só então você dará a seus filhos o melhor de você. Propomos refletir sobre isso.

Fadiga física e exaustão emocional

Sentir-se cansado não é sinônimo de estar cansado de nossos filhos. Dizer “não posso fazer mais” não é uma razão para censura ou fraqueza. Às vezes, o próprio remorso por se sentir assim em um dado momento é muito pior do que o esgotamento físico e mental. Portanto, é necessário que entendamos e racionalizemos alguns aspectos básicos.

Mamãe ou papai “multitarefa”

As crianças não crescem sozinhas. Elas precisam de 150% de nós quase todos os momentos. A multitarefa é um dos nossos inimigos diários mais vorazes. Podemos ser eficazes um mês, dois meses ou cinco meses, mas chegará um momento em que nossa mente e corpo não podem se manter esse nível.

Quando essa voz interior nos diz “eu tenho que dar conta de tudo”, mas o nosso cérebro e mente respondem com um “eu não posso mais fazer isso”, o estresse começa a atrapalhar essa descompensação sutil:

Fadiga se traduz em dor. Nossos membros doem, nossos ossos e sentimos uma pressão no peito.

A frequência cardíaca acelera, sofremos más digestão, episódios de diarréia, constipação…

Chegamos ao limite, e quase inadvertidamente, temos uma resposta ruim, uma palavra fora do lugar, um “Cala a boca,” a “agora me deixa” … palavras que dizemos às vezes sem pensar para nossos filhos e, em seguida, tanto nos fere.

A pressão da demanda

A pressão da demanda é colocada sobre nós pela sociedade, pela família e até por nós mesmos. Queremos ser aquelas “supermães” que estão atualizadas, que dão o melhor para as crianças, que desejam ter filhos felizes, brilhantes e responsáveis… Não há necessidade de chegar de tanto. De fato, basta educar crianças felizes e saudáveis na companhia de mães e pais felizes, com boa autoestima e que saibam aproveitar os pequenos momentos da vida cotidiana. Algo que o estresse nunca nos permitirá.

Temos que mudar alguns esquemas pequenos. Nós os explicamos a você em seguida.

Chorar é necessário, cuidar de nós mesmos também

É necessário entender antes de mais nada que não é necessário ou aconselhável ser “a mãe ou pai perfeito”, o essencial é saber como estar presente em todos os momentos em que nossos filhos precisam de nós. Por isso, vale a pena refletir em alguns momentos nessas dimensões. Quando se trata de educar e cuidar de uma criança todos os dias será diferente e exigirá novos aspectos de você. Assuma-os com calma e não preveja perigos ou preocupações. Viva o presente, o aqui e agora com seus filhos.

Tudo bem se você chorar ou até mesmo se seus filhos o virem fazendo isso. Diga-lhes que “a mamãe precisa de um momento”, que todos nós precisamos chorar de vez em quando para “sermos mais fortes”. O alívio emocional é bom.

Não carregue todas as suas responsabilidades, medos, pressões e dúvidas nas suas costas. Partilhe com o seu parceiro, com a sua família, faça perguntas ao seu pediatra sobre questões ou preocupações sobre os mais pequenos.

Você tem o direito de aproveitar seus momentos de lazer, relaxamento e privacidade. Você não será uma “mãe má” por se permitir uma ou duas horas por dia para si mesma.

Encontre apoio no seu grupo de amigos e com outras mães. Você vai compartilhar experiências e descobrir que, na verdade, você não é o única que chora secretamente, que se sente exausta e que tem dúvidas.

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Texto traduzido e adaptado pelo site Psicologias do Brasil. Do original Eres Mamá

10 atos de amor-próprio para quando você estiver se sentindo fracassado

10 atos de amor-próprio para quando você estiver se sentindo fracassado

O medo do fracasso nos prende em nosso lugar interno mais vulnerável – em nossa autoestima e amor-próprio. Embora, intuitivamente, saibamos que ao buscar um nível mais alto, nós poderemos fracassar, quando ficamos aquém, esse conhecimento oferece pouco ou nenhum consolo.

Alguma dessas afirmações soa familiar?

“Eu sou um perdedor.”
“Eu não consigo fazer nada certo!”
“Eu sou um fracassado.”
“Eu fracassei no meu casamento.”
“Eu fracassei como pai/mãe.”
“Eu fracassei no meu trabalho.”
“Se eu fracassar, será terrível!”
“Eu não suporto fracassar!”

Quando fracassamos em algo, muitas vezes pensamos globalmente e não em termos temporários. Nós pensamos que não só fracassamos, mas que somos fracassados.

Sentimentos de indignidade nos arrastam para baixo, levando a erros e contratempos, nos definindo, ao invés de apenas oferecer feedback e nos educar com informações úteis para o futuro.

A boa notícia é que podemos construir o caminho para o sucesso a partir de nossos fracassos. E neste artigo, mostrarei como.

Podemos aprender com nossos fracassos, em vez de sermos assombrados pelos fantasmas deles. Podemos parar de pensar em tudo ou nada, de maneira global, para que nossos erros e fracassos se tornem degraus para o sucesso, em vez de pedras ao redor do pescoço. O fracasso pode ajudá-lo a ter sucesso e crescer.

Aprendemos com a história sobre muitos casos famosos de pessoas que fracassaram e que se tornaram algumas das pessoas mais bem-sucedidas do planeta.

Aqui estão apenas alguns exemplos:

• Walt Disney, aos 22 anos, foi demitido de um jornal do Missouri por “não ser criativo o suficiente”. Depois, o Laugh-O-Gram Studio, um de seus primeiros empreendimentos, faliu.
• O Coronel Sanders estava falido aos 65 anos, e com seu cheque do seguro social de US$ 105 ele foi para a estrada, morando em seu carro por dois anos, indo de restaurante em restaurante para encontrar um lugar para usar sua receita de frango. Ele foi rejeitado 1.009 vezes antes de encontrar um dono que usaria sua receita, levando à franquia.
• Michael Jordan foi cortado de seu time de basquete da escola de Sophomore.
• “And to Think That I Saw It on Mulberry Street”, o primeiro livro infantil de Theodor Seuss Geisel, foi rejeitado por mais de 20 editoras antes de ser publicado pela Vanguard Press.
• Aos 30 anos, Steve Jobs se descreveu como um fracasso público quando foi demitido do conselho da Apple, a empresa que ele criou. Isso o levou a desenvolver outros empreendimentos, como a Pixar Animation e a NeXT, antes de retornar à Apple uma década depois, resultando em sua invenção do iPod, iPhone e iPad. Em seu famoso discurso no Stanford Beginning de 2005, ele citou esse fracasso como sendo a melhor coisa que aconteceu com ele, já que ele poderia recomeçar no período mais criativo de sua vida.
• Thomas Edison foi demitido de seu emprego depois de trabalhar em sua própria invenção por horas, o que acabou em um vazamento químico, danificando o chão e a mesa de seu chefe. Depois que ele foi demitido, começou a trabalhar para si mesmo como um inventor. Mais tarde, enquanto estava trabalhando no aperfeiçoamento de sua bateria de níquel-ferro, ele disse a um repórter: “Eu não falhei. Apenas encontrei 10.000 maneiras que não funcionam.”

Esses são apenas alguns exemplos das muitas pessoas bem-sucedidas que provam que pode haver sucesso após o fracasso. Por mais inspiradoras que sejam essas histórias, a maioria de nós continua atormentada por nossos fracassos, e não motivada por eles. Mesmo que saibamos que o fracasso é superável, isso não muda a maneira como nos sentimos quando o experimentamos. O fracasso pode prejudicar nossa autoestima e sentimentos de amor-próprio, diminuindo nosso senso de otimismo em relação ao nosso futuro.

Então, como podemos nos sentir melhor sobre nós mesmos? Abaixo estão 10 atos de amor-próprio para quando nos sentimos fracassados.

1. Perdoe-se

A capacidade de perdoar é talvez o maior presente que podemos dar a nós mesmos para nos ajudar a recuperar de nossos arrependimentos e erros.

Em vez de se culpar por não saber antes o que agora parece tão óbvio, se veja como um trabalho em progresso e dê a si mesmo o dom do perdão.

2. Seja autocompassivo.

A autocompaixão é talvez o elemento mais importante de autoestima e resiliência.

Costumava-se pensar que a realização e o sucesso – elevando-se acima do normal – era o caminho para a alta autoestima.

No entanto, esse caminho para a autoestima é condicional demais e assegura que qualquer pessoa abaixo do normal não seja tão digna ou especial. A autocompaixão dá a todas as pessoas, com alto desempenho e também a pessoas com baixo desempenho, a garantia de que são dignos de amor de qualquer maneira, sem condições.

3. Pare de se julgar.

Suspender os rótulos que você coloca em si mesmo é um ato de amor-próprio. Em vez de se chamar de “fracassado”, seja mais específico e menos global.

O fracasso não precisa definir você e seu valor. Mude a sua conversa interna de “sou um fracassado” para “eu não consegui fazer as coisas funcionarem” ou “cometi alguns erros e vou usar essa experiência como degraus daqui para frente”.

4. Transforme seus fracassos em objetivos.

Em vez de “eu fracassei no meu casamento”, você pode dizer “eu tive problemas para me comunicar no meu casamento e estou aprendendo a me comunicar melhor agora”.

A primeira afirmação está ancorada no passado e não pode ser alterada, enquanto a segunda tem um olhar no futuro e é mais fortalecedora para o que você pode fazer agora.

5. Dê um abraço em si mesmo.

Em vez de deixar o seu crítico interior ter o reinado completo, que tal apenas dar-se um abraço?

Todos nós precisamos de abraços às vezes – especialmente de nós mesmos! Você não merece?

6. Se imagine como uma criança pequena, cheia de inocência e beleza.

Tenha em mente que não existe bebês e crianças fracassadas ou que não têm valor. Nós possuímos o mesmo valor que tínhamos quando nascemos.

Às vezes, precisamos olhar por trás das cicatrizes e das feridas para ver que a preciosidade ainda está dentro de nós.

Não importa o quanto fracassemos, nosso valor continua o mesmo e ainda somos lindos.

7. Mude sua mentalidade de ser uma vítima para ser um vencedor.

Quando você se sente fracassado, se vê como uma vítima do passado, em vez de se concentrar em sua resiliência e capacidade de se reerguer.

Afinal de contas, o que importa não é quantas vezes somos derrotados e fracassamos – o que realmente importa é quantas vezes nos levantamos e tentamos de novo, cada vez mais sábio.

8. Torne-se mais consciente.

A atenção plena não é apenas sobre meditar ou respirar profundamente e silenciosamente, de forma isolada. É permanecer plenamente presente em nossa vida cotidiana, com uma consciência não julgadora em qualquer coisa que você faça.

Quando estamos plenamente conscientes, ficamos enraizados no presente, em vez de olhar para os nossos erros do passado ou nos preocupar com o futuro. Como diz o ditado: “Hoje é um presente, é por isso que eles chamam de presente!”

9. Utilize algo concreto para te acalmar

Às vezes precisamos de algo tangível para nos acalmar quando nos sentimos mal. Como terapeuta, às vezes meus clientes criavam uma caixa calmante para ajudá-los a lidar com momentos estressantes.

Usar objetos reais que servem para distrair e acalmar a si mesmo pode fornecer pedras de toque calmantes.

Um diário, uma bola de stress, uma pedra polida para lembrá-lo de seu valor próprio e óleos corporais são exemplos de coisas que podem ser colocadas dentro de uma caixa calmante e usadas para acalmá-lo quando estiver se sentindo para baixo.

10. Conecte-se com os outros.

Quando as pessoas se sentem fracassadas, muitas vezes se isolam, se fechando em vez de se abrirem para os outros.

Buscar apoio social é uma das melhores escolhas que você pode fazer quando se sentir fracassado. Obter a perspectiva de outra pessoa ajudará você a interromper a visão de túnel que distorce sua visão de si.

Pedir ajuda, ter a coragem de se abrir em vez de se fechar, abrirá o caminho não apenas para evitar a solidão, mas também aprofundará suas conexões com os outros.

Estes 10 planos de ação para derrotar os sentimentos de fracasso servirão como um trampolim para uma vida resiliente e plena. Em vez de se concentrar no fracasso que vem com a queda, tenha orgulho de que você se atreveu a perseguir seus sonhos com coragem e entusiasmo.

Para citar Winston Churchill,
“O sucesso consiste em ir de fracasso em fracasso sem a perda de entusiasmo.”

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Essa é uma tradução CONTI outra. Do original 10 Acts of Self Love for When You’re Feeling Like a Failure, de Judith Belmont

5 maneiras que os narcisistas compensam seu complexo de inferioridade.

5 maneiras que os narcisistas compensam seu complexo de inferioridade.

“A maneira como as outras pessoas fazem você se sentir, é sempre um reflexo de como o mundo as faz sentir.”
– Psicólogo anônimo

O grupo de pesquisa da Mayo Clinic define transtorno de personalidade narcisista como “um transtorno mental em que as pessoas têm um senso inflado de sua própria importância e uma profunda necessidade de admiração. Aqueles com transtorno de personalidade narcisista acreditam que são superiores aos outros e têm pouca consideração pelos sentimentos de outras pessoas. Mas por trás dessa máscara de ultraconfiança repousa uma frágil autoestima, vulnerável à menor crítica”.

O narcisismo é frequentemente interpretado na cultura popular como uma pessoa que está apaixonada por si mesma. É mais preciso caracterizar o narcisista patológico como alguém que está apaixonado por uma autoimagem idealizada, que ele projeta a fim de evitar sentir (e ser visto como) o eu real, desprovido de direitos e ferido. No fundo, a maioria dos narcisistas patológicos se sente como o “patinho feio”, mesmo que eles dolorosamente não queiram admitir.

Quais são algumas das maneiras pelas quais os narcisistas compensam seu complexo de inferioridade? Abaixo estão cinco indicadores, com referências de meus livros, How to Successfully Handle Narcissists e A Practical Guide for Narcissists to Change Towards the Higher Self.

Embora algumas pessoas possam se envolver nesses comportamentos ocasionalmente, um narcisista patológico habitualmente se encontra em um ou mais dos seguintes traços regularmente, embora permaneça em grande parte inconsciente (ou despreocupado) de como seu comportamento afeta negativamente os outros.

1. Sentido superinflado de si mesmo

“Não é fácil ser superior a todos que eu conheço!”
– Anônimo

“Meu noivo e eu dirigimos um Mercedes. O padrinho no nosso casamento também dirige um Mercedes!”
– Anônimo

Muitos narcisistas gostam de se vangloriar em termos grandiosos e exagerados, seja sua atração física, posses materiais (troféu), popularidade social, estilo de vida empolgante, distintivos de mérito conquistados, associações de status elevado ou outros atributos dignos de inveja. Enquanto não há nada inerentemente errado em descrever a si mesmo em termos positivos, o narcisista patológico o faz das seguintes maneiras doentias:

A. As declarações elogiosas de si mesmo são frequentemente exageradas.

B. As declarações elogiosas de si mesmo são frequentemente pronunciadas, direta ou indiretamente, às custas dos outros (“eu sou melhor que você”, “você não tem o que eu tenho”, “eles não são nada comparados a mim”.) O ego frágil do narcisista é impulsionado não pela afirmação positiva de si mesmo, mas por colocar os outros para baixo.

C. As declarações de admiração de si mesmo destinam-se a você, para admirá-las e adulá-las. Em essência, eles querem que você os cultue, para que se sintam “especiais”, “excepcionais” e “importantes”.

É com essa “máscara” externa superficial e compensatória que o narcisista constrói sua identidade falsa, submergindo um eu inseguro e ferido.

2. Reage mal à crítica

“Como ela se atreve a me dizer que estou errado – ela não é ninguém!”
– Anônimo

Uma maneira fácil de identificar o ego frágil de um narcisista é observar o modo como ele ou ela reage à crítica, mesmo quando esses comentários são oferecidos de maneira diplomática, razoável e construtiva. A maioria dos adultos maduros é capaz de levar a sério as críticas, avaliar sua validade e usar o feedback útil como uma valiosa ferramenta de aprendizado. Os narcisistas crônicos, no entanto, tendem a ficar extremamente ofendidos e ultrassensíveis até mesmo a pequenas críticas, especialmente àquelas que têm mérito, pois temem que a verdade “exponha” o quão falsas e vazias elas realmente são (danos narcísicos).

3. Ciúme dos outros. Possessivo de atenção

“Como ela foi escolhida? Ela deve ter trapaceado!”
– Anônimo

O ciúme pode ser definido como sentir inveja por não ter o que outra pessoa tem. Enquanto algumas pessoas experimentam inveja de vez em quando, muitos narcisistas crônicos sentem-se invejosos e ressentidos com a felicidade e o sucesso dos outros regularmente, e patologicamente fazem comentários depreciativos para se sentirem melhor.

Muitos narcisistas patológicos também são consumidores de atenção em sua vida pessoal e/ou profissional. Eles querem que você se concentre constantemente neles e cuide deles, pois sem sua atenção e satisfação, eles se sentem insignificantes.

4. Manipular para conseguir o que quer

“Há aqueles cuja principal habilidade é manipular. É a segunda pele deles e, sem essa manipulação, eles simplesmente não sabem como agir”.
― C. JoyBell C.

Exemplos de manipulação narcisista incluem, e não estão limitados a:

A. Manipulação Negativa – Com a intenção de obter vantagem, fazendo com que a vítima se sinta inferior, inadequada e insegura.

B. Manipulação Positiva – Com a intenção de subornar a vítima emocionalmente para obter favores, concessões, sacrifícios e/ou compromissos.

C. Decepção e Intriga – Com a intenção de distorcer a percepção da vítima para facilitar a exploração.

D. Desamparo Estratégico – Com a intenção de aproveitar a boa vontade da vítima, a consciência culpada.

E. Hostilidade e Abuso – Com a intenção de dominar e controlar a vítima através de agressão manifesta.

A verdade sobre a manipulação narcísica é que, no fundo, muitos narcisistas não acreditam que têm o que precisam para conseguir o que querem de uma maneira saudável e razoável. Para compensar a inadequação, eles recorrem a falsas personas e maquinações enganosas, para obter uma medida do que desejam.

5. Incapaz de encarar o verdadeiro eu. Incapaz de vê-lo como uma pessoa real

O resumo de estar em um relacionamento com um narcisista patológico é que seus pensamentos, emoções e prioridades são constantemente invalidados. Você existe apenas para servir aos caprichos e prazeres do narcisista. O outro lado dessa dinâmica é que, ao criar e facilitar tais relacionamentos, o narcisista se recusa a reconhecer a dura verdade: que ele ou ela é incapaz de um relacionamento genuinamente amoroso e respeitoso.

Muitos narcisistas crônicos têm muito pouco a oferecer e dolorosamente nunca admitirão isso, pois é melhor ser o “falso eu” do que o eu real e desprovido de direitos.

Um narcisista pode mudar para melhor? Talvez. Mas somente se ele ou ela for altamente consciente e estiver disposto a passar pelo corajoso processo de autodescoberta. Para os narcisistas que não estão dispostos a jogar a farsa às custas de relacionamentos genuínos e credibilidade, existem maneiras de se libertar da falsidade e progressivamente avançar em direção ao seu Eu Superior. Para aqueles que vivem ou trabalham com narcisistas, a consciência perceptiva e a comunicação assertiva são essenciais para o estabelecimento de relacionamentos saudáveis e mutuamente respeitosos. 

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Artigo traduzido pela CONTI outra. Do original em inglês 5 Ways Narcissists Compensate for Their Inferiority, de autoria de Preston Ni M.S.B.A.

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Referências

Ni, Preston. How to Successfully Handle Narcissists. PNCC. (2014)

Bursten, Ben. The Manipulative Personality. Archives of General Psychiatry, Vol 26 No 4. (1972)

INDICADOS