Eu gosto de pessoas que consideram família seus animais de estimação

Eu gosto de pessoas que consideram família seus animais de estimação

Eu gosto de pessoas que de repente descobrem o que é ter um cachorro ou um gato. Gosto quando caem exaustos para esses novos companheiros, para aqueles animais de estimação que revolucionam quase sem saber como, todo o seu universo pessoal.

Amar os animais é algo que acontece quase sem perceber, e que a mudança, esse passo que muitas pessoas fazem quando os participantes em um mundo de emoções, jogos, empresas e riso espontâneo, está reformulando novos valores e novas descobertas internas.

“Animais de estimação são mais que animais de estimação, eles entram em nossos corações sem avisar, ganhando nossos sorrisos e os lugares favoritos do nosso sofá até que um dia, eles deixam de ser animais de estimação para ser família.”

As pessoas que entendem e valorizam o que é amar um animal têm uma nobreza especial. Sua capacidade de oferecer amor, cuidado, ser mais paciente e responsável é algo notável, porque queremos ou não, todos temos muito a aprender com eles: animais de estimação.

A maneira pela qual os cães nos integram como membros de sua família, seu rebanho ou a capacidade de um gato mostrar seu respeito e afeto com seus olhos limpos e imensos, é algo que todos devemos aprender a valorizar…

A vida com animais de estimação nos torna uma pessoa melhor

Não se trata de defender a ideia de que todos os que não amam animais, ou simplesmente não gostam de compartilhar tempo e espaço com eles, são uma pessoa ruim. Em absoluto. Trata-se realmente de entender algo mais simples: um animal pode, a qualquer momento, oferecer-nos muitas coisas de que precisávamos.

“O mundo é habitado por muitas pessoas sem sentimentos, mas algo que temos claro é que todos os “animais” são capazes de oferecer um afeto puro e desinteressado.”

Curiosamente, se formos à raiz etimológica da palavra “animal”, veremos que ela deriva na realidade da anima ou do animus, isto é, possuidor da alma ou do sopro da vida.

E mais ainda, no folclore de muitos países há histórias que falam de cães e gatos como autênticos espíritos-guia da humanidade. Entidades cujo objetivo é cuidar de nós e nos orientar.

De qualquer forma, algo que é claro é a maneira como eles podem nos mudar, a maneira como eles nos oferecem o poder de implantar novas estratégias para desfrutar de uma vida mais plena.

. Introduzir um cão na vida de um homem velho, por exemplo, dá a ele a necessidade de levar novas rotinas, diretrizes e obrigações. Vai forçar você a se abrir para o mundo, aumentar os reforços positivos através das emoções, uma companhia sincera que alivia a solidão e uma atividade diária para combater o estilo de vida sedentário.

. Poucas coisas podem ser tão saudáveis ​​quanto uma criança crescendo na companhia de seus animais de estimação.
Ajuda-os a serem pacientes, a respeitar, a assistir, a estabelecer uma união onde o valor dos gestos e das afeições é maior que as palavras.

. Para nós, adultos, nos dá aquele amor que nos parece tão estranho às vezes: um amor que é oferecido por nada, que não conhece ressentimentos, que nos força a viver no “aqui e agora”, onde não vale a pena adiar um passeio ou uma carícia. Onde os cochilos compartilhados são instantes de cumplicidade agradável, onde perdoamos brincadeiras e adoramos tê-los por perto, como mais um da família.

contioutra.com - Eu gosto de pessoas que consideram família seus animais de estimação

Animais de estimação nos mostram que somos dignos de seu amor

Não importa se você é alto ou baixo, você é um daqueles que esquecem os aniversários das pessoas ou aqueles que preferem uma tarde chuvosa a um dia de praia. Animais de estimação não nos julgam por causa de nossas crenças, aspectos físicos ou opiniões políticas. Seus animais, eles só entendem emoções.

“Eles dizem que os animais de estimação entendem o significado da amizade e, acima de tudo, da família: pertencer a um grupo. Porque eles amam sem distinção de raça ou espécie.”

A pessoa que compartilha a vida, os espaços e os momentos com seus cães ou gatos sabe que ele é digno do amor de seu animal. E é simplesmente porque existe, porque o amor que é oferecido sem concessões e com a alma pura é um amor baseado na alegria.

As pessoas que são amadas pelos seus animais de estimação são simplesmente porque lhes oferece o que precisam: pertencer a uma casa, atenção, cuidado, amor … Se percebermos e analisarmos calmamente, perceberemos que, no fundo, as suas necessidades são muito parecido com o nosso.

Eles também precisam de raízes, pertencem a uma casa e têm alguns membros para defender e aqueles para amar. Nós somos sua matilha, sua família, seu pequeno micromundo. Entender tudo isso é algo que nos enriquece e nos ajuda a sermos melhores simplesmente, porque para eles somos dignos de estar em seus corações.

Imagens cortesia Sharon Carlz, ErickB, Carl Brown. Via LaMentesmaravillosa

Tradução A Soma de Todos os Afetos, via Rincón del tibet

Elas se conheceram há 84 anos e ainda são amigas até hoje. Cada ano elas celebram seus aniversários juntas

Elas se conheceram há 84 anos e ainda são amigas até hoje. Cada ano elas celebram seus aniversários juntas

Milhares de pessoas passam por nossas vidas, mas apenas algumas permanecem para sempre. Certamente, na infância e adolescência, costumávamos nos cercar de pessoas que considerávamos nossos amigos, mas à medida que envelhecemos, o círculo de amizade é tão limitado que podemos até contar amigos verdadeiros com os dedos de uma mão.

Bem, sabe que essas duas mulheres, que se conheceram quando estavam na sétima série, tinham muitos amigos, mas agora, 84 anos depois, elas só têm uma a outra.

Phyllis Hines e Barbara Noone são uma dessas amigas realmente inseparáveis. Assim que se conheceram, começaram uma amizade próxima que as manteve juntas ao longo dos anos. Enquanto ambas fizeram suas vidas independentes como se casar, ter filhos e até mesmo enterrar seus maridos, elas procuraram maneiras de se encontrar pelo menos uma vez por mês.

contioutra.com - Elas se conheceram há 84 anos e ainda são amigas até hoje. Cada ano elas celebram seus aniversários juntas

Elas não querem parar de se ver, porque as lembranças as unem e as mantém animadas dia a dia.

“Foi a amizade mais maravilhosa do mundo”, disse Phyllis durante a comemoração do 95º aniversário de ambas, já que elas comemoram seu aniversário com alguns dias de intervalo, já que costumam comemorar juntas.

contioutra.com - Elas se conheceram há 84 anos e ainda são amigas até hoje. Cada ano elas celebram seus aniversários juntas

“Honestamente, eu não me lembro de estar com raiva dela ou ter … Você sabe como as meninas podem ser” disse Phyllis referindo-se a sua amiga, que sempre a acompanhou em suas aventuras e apoiou suas decisões.

Hoje, aos 95 anos de ambas e aos 84 anos de ser amigas, as duas fazem todo o possível para visitar, pois são claros que a vida está ficando difícil e é sempre bom ter um amiga.

contioutra.com - Elas se conheceram há 84 anos e ainda são amigas até hoje. Cada ano elas celebram seus aniversários juntas

Tradução A Soma de Todos os Afetos, via UPSOCL

Muitas pessoas são letradas com as palavras, mas permanecem com atitudes analfabetas

Muitas pessoas são letradas com as palavras, mas permanecem com atitudes analfabetas

O que se faz é que vale, bem mais do que aquilo que se diz ou se escreve. Tanto quando se educa, quanto se relaciona, a observação do comportamento é que equaliza os relacionamentos, tornando-os fortes ou frágeis. Um vacilo muito grande é capaz de apagar anos de discursos pomposos. E mais, palavras bonitas não escondem um coração pequeno, diminuto.

Por muito tempo, as pessoas eram supervalorizadas de acordo com o grau de escolaridade, com os títulos acadêmicos ou sociais, com o status que sua profissão carregava. Embora ainda exista quem se impressione tão somente com o verniz acadêmico que o indivíduo ostenta, caso não haja humanidade nas atitudes dele, as máscaras e fantasias logo não se sustentarão. Hoje, a vida pede sentimentos.

Você pode escrever com correção gramatical impecável, com coerência, coesão, utilizando vocabulário rico e primor linguístico, porém, caso não seja alguém que consiga se colocar no lugar do outro e estender as mãos ao próximo, as palavras se perderão no vazio do esquecimento. O que fica é como agimos, como amamos, o que dizemos, como fazemos o outro se sentir.

Saber se expressar diante de uma folha de papel é importante, para aprendermos a lidar com nossos pensamentos, para desenvolvermos pesquisas, para conseguirmos ajudar o mundo de alguma forma, porém, é necessário que também consigamos lidar com as palavras na vida em sociedade, nos relacionamentos com os seres humanos. Escrevemos nossa história não somente pela linguagem escrita, mas em muito pela linguagem afetiva que trocamos com as pessoas que passam pelas nossas vidas.

Saberes são necessários e imprescindíveis ao nosso aprimoramento pessoal, pois nos ajudam na conquista de nossos sonhos. No entanto, saberes que ficam confinados dentro do ego ou limitados entre quatro paredes de um cômodo acadêmico tornam-se inúteis, pois não alcançam o ser humano, não se transformam, não se ressignificam, não se multiplicam na forma do compartilhar necessário à afetividade de todos nós.

Homofobia: “Isso tem que parar uma vez por todas”

Homofobia: “Isso tem que parar uma vez por todas”

As estatísticas reafirmam que o Brasil tem o maior número de crimes homofóbicos do mundo, seguido pelos Estados Unidos. Um gay é morto a cada 36 horas em nosso país e cerca de 70% dos assassinatos de LGBT ficam impunes. Aliás, os insultos homofóbicas criam ambientes de ódio contra os gays, que se alastram feito “rastro de pólvora”.

Ellen Page, atriz, produtora e ativista de Hollywood a favor dos direitos dos gays, mostrou sua indignação com os discursos homofóbicos: “Se você está em uma posição de poder, odeia as pessoas, quer fazê-las sofrer e passa sua carreira tentando causar sofrimento, o que acha que vai acontecer? Crianças vão sofrer abusos e vão acabar se suicidando. (…) Isso tem que parar uma vez por todas.”

Dráuzio Varella, um dos médicos mais importantes do Brasil, deu uma receita às aflições homofóbicas: “Que diferença faz para você, para a sua vida pessoal, se o seu vizinho dorme com outro homem, se a sua vizinha é apaixonada pela colega de escritório? Que diferença faz para você? Se faz diferença, procure um psiquiatra. Você não tá legal.”

Freud, na mesma perspectiva de Page e Varella, respondeu a mãe de um jovem homossexual que lhe escreveu uma carta pedindo que seu filho fosse curado. Ele contrapôs à missiva: “Não tenho dúvidas que a homossexualidade não representa uma vantagem, no entanto, também não existem motivos para se envergonhar dela, já que isso não supõe vício nem degradação alguma”.

Um estudo realizado por integrantes das universidades de Rochester e da Califórnia, nos Estados Unidos, e de Essex, na Inglaterra avaliaram que os homofóbicos possam ser “gays enrustidos”. A pesquisa foi publicada no Journal of Personality and Social Psychology, e apontou que pessoas que crescem em famílias repressoras podem se privar de seus desejos internos. Para evitar o estigma, elas suprimem a atração que sentem pelo mesmo sexo e se tornam preconceituosas, como forma de se defender.

Diante dessas constatações ficou claro de que a homossexualidade não é uma degradação, portanto, não precisa ser tratada como doença. Porém, nos traz medo e preocupação com aqueles que desprezam esses argumentos, fazendo disso um “cavalo de batalha”.

Sendo assim, os pais, familiares, amigos e simpatizantes de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros estão sempre com o “coração na mão”, pois sentem que esses discursos irão se materializar em atos de crueldade e morte contra as pessoas LGBT.

É importante gritar se for necessário: que ninguém tem o direito de tratar os cidadãos/as LGBT, como sendo de menor valor ou menos merecedores de respeito, uma vez que a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a nossa Constituição de 1988 proibiram qualquer forma de discriminação, inclusive os preconceitos e crimes motivados pela orientação sexual dos indivíduos.

Tios: nossos inesquecíveis segundos pais

Tios: nossos inesquecíveis segundos pais

Quando nos foi dito ainda crianças que íamos passar a tarde com os tios, nosso coração se iluminava. Eles eram – e ainda são – nossos confidentes, aqueles segundos pais que nos ajudaram a crescer e que constroem em nós um legado emocional indispensável.

Embora o papel dos avós sempre se destaque na criação de crianças, estudos como o realizado na Universidade do Maine, Estados Unidos, nos lembram do importante papel que os tios costumam ter no núcleo familiar e no crescimento do menor.

Há muitos tipos de amor, mas o carinho de um tio por seu sobrinho vai além dos genes ou do sobrenome: eles se abraçam como pais, compartilham como amigos, brincam como crianças e servem como mães.

Algo comum em muitas culturas é ter esses núcleos familiares em que a harmonia entre irmãos permite compartilhar cuidados e responsabilidades educacionais com as crianças. Os tios são e serão sempre aqueles “provedores” de felicidade, cumplicidade e detalhes inesquecíveis que marcaram nossa infância.

contioutra.com - Tios: nossos inesquecíveis segundos pais

Tios e tias, figuras significativas na educação de crianças

Especialistas em psicologia familiar nos dizem que as famílias mais resilientes são quase sempre caracterizadas por uma forte união entre irmãos. Supõem um apoio de “igual a igual” baseado em uma conexão emocional tão próxima que enriquece o resto dos laços, como são os dos tios e sobrinhos.

Devemos também ter em mente que vivemos em uma sociedade caracterizada pela “falta de tempo”. As responsabilidades do trabalho nos obrigam a levar muitas vezes a família para cuidar dos pequenos, onde nossos irmãos, talvez depois dos avós, sempre se tornam essa figura de referência indispensável.

Há muitos momentos agradáveis ​​que vivemos com eles, os mesmos que nossos filhos experimentam hoje com nossos irmãos, não há dúvida, mas … Quais são os benefícios de compartilhar parte da educação com os tios?

Nós explicamos para você.

Eles são um exemplo a seguir

Dentro da antropologia do parentesco, o papel dos irmãos da mulher ou do marido na identidade do núcleo familiar é sempre enfatizado. Para muitas sociedades antigas, os tios também tinham responsabilidades na criação de filhos e na sobrevivência econômica.

. Hoje podemos dizer que muitos desses aspectos continuam sendo mantidos. O apoio entre irmãos torna-se assim um exemplo de harmonia, afeto e respeito que serve de modelo para a criança.

. Algo para manter em mente é que nossos filhos estão expostos a diferentes “modelos de tias e tios”. Alguns ficarão mais mal-humorados, outros mais acessíveis, despreocupados, maravilhosos ou irresponsáveis.

. Dependendo do tipo de educação que você recebe, a criança irá diferenciar entre os modelos a seguir e evitar. Portanto, é importante promover bons hábitos e costumes em nossos filhos para que, independentemente de quem eles tenham ao seu redor, as crianças saibam como fazer essa discriminação com discrição.

Os múltiplos papéis de tios e tias

Algo que devemos ter claro em matéria educacional, é que nenhum tio, tia, avô ou outra figura, deve desaprovar o papel dos pais ou criar conflitos desnecessários na criança. Em termos de disciplina, é necessário ser consistente a cada momento e manter um equilíbrio respeitoso entre todos os membros.

contioutra.com - Tios: nossos inesquecíveis segundos pais

. Talvez por isso, porque sabem que não têm autoridade ou têm a obrigação de pedir ou repreender, o papel dos tios é sempre mais relaxado e divertido.

. Tios e tias são em muitos momentos, pois “aquele mesmo” com o qual eles podem brincar mais ativamente do que com os avós, são acessíveis e oferecem momentos descontraídos, marcados por proximidade e confidências.

. Um aspecto que a maioria dos sobrinhos valoriza sobre seus tios é que eles são capazes de ouvir sem julgar. Essa nuance é algo que é valorizado quando se fala de certas coisas mais íntimas que possivelmente não se atrevem a compartilhar com os pais.

Os tios são frequentemente vistos como aqueles adultos, afetuosos e com uma identidade neutra, que toda criança ou adolescente assumirá como uma segunda figura paterna conforme ele cresce e amadurece. Por sua vez, os tios muitas vezes os amam como filhos de verdade, pois, como diz o velho ditado: “Deus não lhe dá filhos, o diabo lhe oferece sobrinhos”.

Não podemos esquecer que as experiências da criança em sua infância fornecem as bases para seu desenvolvimento na vida adulta. Por isso, vale a pena contar com o apoio de nossos irmãos para lidar com o cuidado de nossos filhos, promovendo, por sua vez, esse relacionamento significativo e maravilhoso entre tios e sobrinhos.

Meu tio – irmão do meu pai – também é meu amigo, meu confidente e o segundo pai com quem, sem dúvida, sempre vou contar.

Artigo reproduzido do site La mente es maravillosa, com tradução de A Soma de Todos os Afetos

Sentir doer em nós a dor do outro é o que nos mantém distantes da barbárie

Sentir doer em nós a dor do outro é o que nos mantém distantes da barbárie

O que aconteceu em Brumadinho é um grande exemplo do que nos coloca diante do horror. Centenas de desaparecidos, mortos sendo contabilizados a cada hora, destruição, caos, e uma sensação forte de que o que ocorreu foi um crime, um crime contra todos nós.
Horror, caos, destruição.

Questões da humanidade são questões da psicologia e da psicanálise. Ao meu ver o nosso papel, enquanto psicólogos, enquanto estudantes da psicanálise, é o de fornecer algum entendimento e conforto ao ser humano, ser ao menos abrigo quando a dor vier.

E é assim que vejo o nosso papel diante do trauma, diante da dor. Nos últimos dias o Brasil inteiro sofreu com o que ocorreu em Brumadinho, e na minha clínica, centenas de quilômetros de distância da tragédia concreta, escuto pessoas que desabam em lágrimas de solidariedade e compaixão. Aliás não somente na clínica, muitos ao meu redor estão sofrendo. E acredito que isso é um traço do humano, sinal de humanidade. Sentir doer em nós a dor do outro é o que nos mantém distantes da barbárie, é unir forças para que tragédias assim (criminosas, irresponsáveis) sejam evitadas. É por nossa empatia que nos fortalecemos, que sobrevivemos.

E clinicamente falando, é desse sentimento de empatia e de permissão para que o outro possa chorar, viver seu luto, mostrar sua indignação, que é feita a psicologia em situações de tragédia. Porque o trauma não se dá somente na hora que a tragédia acontece, ele se enraíza se não há espaço de fala para aquele que sofreu. Portanto, que possamos neste momento ser todo ouvidos e empatia, para escutar, significar e permitir a elaboração da dor e do luto que os afetados pela tragédia de Brumadinho estão passando. Que possamos permitir-lhes espaço de fala e de luta, que o luto seja vivido, elaborado, e seu significado seja símbolo da força que podemos mobilizar para que o ciclo se feche na elaboração, pois de repetição já estamos fartos.

Gatoterapia: 5 benefícios de viver com um gato

Gatoterapia: 5 benefícios de viver com um gato

Os gatos são animais maravilhosos. Eles amam a independência, mas também os mimos. Às vezes parecem odiar o mundo, mas em outras são tão carinhosos que chega a incomodar. O comportamento ambivalente e confuso desses animais é extremamente parecido com o dos seres humanos. Talvez por isso técnicas como a gatoterapia tenham começado a ganhar força no terreno da saúde emocional.

Há anos a hipoterapia (terapia com cavalos) vem demonstrando incríveis resultados com crianças com autismo, problemas de autoestima ou paralisia cerebral. Embora não exista uma base científica que comprove, não há dúvidas de que como terapia complementar é capaz de melhorar as habilidades motoras e emocionais dos pacientes.

Da mesma forma, a gatoterapia demonstrou que a companhia de um gato promove melhorias físicas e psicológicas. Pode parecer inacreditável, mas os felinos podem trazer muito mais benefícios do que a maioria das pessoas acredita.

O que é a Gatoterapia?

A gatoterapia é um tratamento para os problemas de ansiedade, estresse e depressão.  Melhora a qualidade de vida e cria uma conexão muito especial entre o felino e seu dono. Além disso, de acordo com vários estudos, as pessoas que sofrem de algum tipo de cardiopatia mostram uma progressiva melhoria após conviver com um gato.

É bastante curioso que a mesma pesquisa realizada com cães tenha demonstrado resultados completamente diferentes. Os donos de cachorros, diferentemente dos donos de gatos, continuaram se mantendo na média. Isso significa que pessoas que possuem gatos têm menos chances de falecer por causa de um infarto do que as que não têm.

Os felinos costumam ser bastante recomendados para pessoas que vivem sozinhas, principalmente no caso dos idosos. Inclusive, pessoas que sofrem algum tipo de demência, como o Alzheimer, podem ter lembranças ao fazer carinho nos gatos, retardando a degeneração neuronal que sofrem. O ronronar do animal, por sua vez, estimula algumas terminações nervosas fundamentais na hora de se lembrar de histórias passadas.

 “Se eu tivesse que escolher um som fundamental para a paz, votaria pelo ronronar.”
-B.D. Diamond-

Breve história dos gatos

Durante centenas de anos, os gatos foram tratados como seres infernais. Acreditava-se que eles eram os fiéis companheiros das bruxas, mensageiros do azar e enviados do diabo. O caráter indomável e imprevisível deles era temido tanto por pessoas comuns quanto por pessoas poderosas.

Em algumas civilizações a presença dos gatos, no entanto, sempre foi sagrada. No Egito eles eram venerados por serem os protetores do deus mais importante. Ele nascia e morria com o nascer e o pôr do sol, respectivamente, e era durante a noite que se transformava em presa fácil para seus inimigos. Os olhos dos felinos, associados aos leões, refletiriam os raios de sol durante esse período.

Lendas à parte, a história dos gatos como animais domésticos também foi bastante curiosa. Diferentemente dos cachorros, utilizados como guardiões de ovelhas e caçadores, os gatos no início se mantiveram selvagens.

Segundo estudos recentes, acredita-se que eles mesmos tenham decidido se aproximar dos humanos ao perceber que estes lhes proporcionariam comida. A aparência mansa possibilitou o início da alimentação desses animais por fazendeiros e agricultores que, por fim, os aceitaram graças ao excelente trabalho desses animais como caçadores de ratos.

Demoraria ainda vários séculos para os gatos serem aceitos como animais de companhia. Até o século XIX, possuir animais de estimação era algo considerado incomum e mal visto, pois sustentar esses animais seria um desperdício de dinheiro.

5 benefícios da Gatoterapia

Melhora os sintomas da depressão e do estresse

Os felinos provocam uma notável melhoria nas pessoas que sofrem de transtornos de estresse, ansiedade e depressão. O ronronar é muito relaxante, estimula a concentração e cria um ambiente muito acolhedor.

Representa uma companhia

Para uma pessoa que vive sozinha, o gato é a melhor opção. Ele é um animal muito independente quando quer, mas também muito carinhoso. Às vezes ele vai ser tão irritante que você vai desejar que não estivesse ali!

Os gatos são muito divertidos e brincalhões. Você sempre vai se divertir com eles. Lembre-se de que é preciso oferecer alimentação adequada, ficar atento às vacinas e cortar as unhas dos gatos (a não ser que você queira que ele rasgue todos os seus móveis e as suas cortinas.

Ajuda no tratamento do Alzheimer, do autismo e do TDAH

Como mencionamos anteriormente, os gatos são usados como terapia complementar em casos de autismo, Alzheimer ou TDAH. Embora cientificamente não existam pesquisas que apoiem esse uso, são conhecidos milhares de casos nos quais a presença dos gatos melhorou a qualidade de vida dos seus donos.

Fazer carinho, ouvir miar e ronronar e observar como brincam serve de estímulo para muitos pacientes.

Uma oportunidade de conferir responsabilidade às crianças

Ter um gato em casa é uma grande responsabilidade para as crianças porque elas vão precisar cuidar, dar comida e educar o animal, o que nem sempre é uma tarefa fácil. É importante conversar com as crianças sobre o tema para que elas tenham consciência da importância das tarefas que devem realizar.

Não se esqueça de deixar claro que um animal NÃO é um brinquedo. Não é certo bater, jogar no chão ou segurar o rabo do animal. Os seres vivos devem ser respeitados e queridos. Com certeza o seu animal de estimação vai ser muito mais feliz se for tratado dessa maneira.

Não exigem muitos cuidados

Ao contrário de outros animais, os gatos não precisam de muitos cuidados além de vacinas ou alimentação. Eles são seres muito limpos e quando aprendem a utilizar a caixa de areia, vão utilizá-la sempre. Eles mesmos se banham e não exigem constante atenção.

Entretanto, é bom dar banho nos gatos de vez em quando. Também é preciso garantir que a alimentação oferecida seja adequada e não se esquecer de fazer consultas periódicas com o veterinário. Lembre-se de que um gato saudável representa um ser humano saudável.

Imagem de capa: Shutterstock/Nicola Bertolini

TEXTO ORIGINAL DE A MENTE É MARAVILHOSA

A compulsão não está escrita na certidão de nascimento…

A compulsão não está escrita na certidão de nascimento…

Há poucos dias o ator Fábio Assunção publicou um vídeo, explicando seu posicionamento sobre a música que leva seu nome. Ele tem lutado contra dependência química desde 2008 e contou que 15% das pessoas no mundo possuem problemas com adicção.

Quando Fábio diz de maneira honesta de que a compulsão não está escrita na certidão de nascimento, nos fornece a oportunidade de utilizar a psicanálise para compreender a compulsão. Ela é um mecanismo de repetição obsessiva, ou seja, um modo inconsciente de autopunição.

Portanto, as compulsões se manifestam em atos cotidianos, que desejam apagar a culpa. Sentimento que pode estar ligado, simbolicamente, à figura do pai, porque ele representa as normas sociais ou a traumas psicológicos, que precisam ser investigados.

Em nosso cotidiano ouvimos os seguintes comentários: “O fulano tem vício por álcool, o sicrano sente obsessão por sexo e beltrano come quando está nervoso.” Essas frases tentam explicar as compulsões, como motivos para aliviar o estresse, a ansiedade ou obter prazer para suportar as frustrações.

Esse comportamento se caracteriza por uma pressão interna, que faz com que os sujeitos sejam tomados por fortes desejos de realizar uma ação. Pois é uma tendência incontrolável de fazer algo, de modo excessivo, mas que no início causa gozo e depois gera culpa.

As atitudes compulsivas não estão só vinculadas a droga, álcool, maconha, cocaína e nicotina. Mas têm outras compulsões, cheias de rituais compulsivos de culpa, como lavar as mãos repetidas vezes para proteger-se de germes, acumular objetos sem utilidades, arrancar cabelos, roer unhas, beliscar-se e jogar com fissuração.

Tais compulsões são visíveis no dia a dia, entretanto, as compulsões mentais, entre elas: calcular, orar, redizer palavras, relembrar assuntos e trocar ideias ruins por ideias boas estão ocultas no inconsciente, e são feitas – repetidas vezes – para desviar de ameaças ou desconfortos.

A nossa sociedade de consumo estimula as principais compulsões, iludindo que é possível comprar tudo, com pagamentos em longas parcelas. As pesquisas indicam de que a maioria dos compradores compulsivos são mulheres e apontam que as compulsões dos homens estão mais ligadas à adicção de álcool, drogas, sexo, pornografia e uso excessivo da internet.

Além disso, a patologia social associada às formas de ausência de regras e o enfraquecimento dos valores permitem o acesso a drogas lícitas, a festas onde estão implícitas a liberação da cocaína, álcool e sexo. E tudo isso é glamourizado, abertamente, nos programas de reality shows.

Enfim, seja qual for a compulsão é preciso buscar ajuda terapêutica, já que é uma patologia se não for tratada ou curada produz sofrimentos e graves prejuízos na vida de qualquer pessoa. É como afirmou Fábio Assunção: “ (…) Acho importante lembrar a todos que isso não está escrito na certidão de nascimento”.

Avós que ajudam a cuidar dos netos vivem por mais tempo

Avós que ajudam a cuidar dos netos vivem por mais tempo

Por Ana Carolina Leonardi, da Superinteressante

Ajudar na vida familiar é um ótimo jeito de garantir uns anos a mais na velhice, segundo um novo estudo feito na Alemanha.

Os pesquisadores analisaram a vida de 500 pessoas, entre 70 e 103 anos de idade, que foram acompanhadas pelo Estudo de Envelhecimento de Berlin ao longe de 19 anos.

pesquisa analisou, em primeiro lugar, qual era a diferença na taxa de mortalidade entre os avós que ajudavam a cuidar dos netos, participando da educação deles, e dos avós que não tinham netos ou não conviviam com eles.

(O estudo não considerou avós que têm a custódia das crianças e são os principais responsáveis por elas – a ideia era focar na figura dos avós como figuras de suporte das pais das crianças.)

Os resultados mostraram que conviver com netos e cuidar deles reduzia em 37% o risco de mortalidade. Metade do grupo dos avós presentes viveu por dez anos depois do início da pesquisa. No grupo oposto, 50% deles só chegou a sobreviver mais 5 anos.

Entre os idosos que não tinham netos, os cientistas fizeram uma segunda análise. Dessa vez, dividiram os velhinhos entre aqueles que ajudavam os filhos – seja com suporte emocional, seja nas tarefas de casa – e aqueles que não tinham esse hábito (ou não tinham filhos). Novamente, viram uma média de sobrevida 5 anos maior do que entre os idosos que não mantinham esse laço.

Mas se a pessoa não tem filhos ou netos, está destinada a morrer mais cedo? Os pesquisadores não acham que é bem assim. Na terceira etapa do estudo, se dedicaram exclusivamente a esse grupo de idosos – e perceberam que muitos deles se propunham a ajudar e apoiar amigos e vizinhos, criando um outro tipo de comunidade.

Nesse caso, a sobrevida média foi de sete anos, em contraste com 4 anos entre os idosos que não mantinham essa relação colaborativa com os filhos.

Os pesquisadores acreditam que conviver com a família – e ter responsabilidades dentro dela – ajuda os idosos física e psicologicamente, mas a teoria vai muito além disso.

Eles também acham que o estudo sustenta uma teoria evolutiva chamada Hipótese da Vovó.

Essa teoria tenta explicar porque os seres humanos vivem tanto tempo depois da sua fase fértil acabar. Isso não é muito comum na natureza porque, evolutivamente falando, nossa função é a reprodução e a manutenção da espécie.

Os avós que ajudam a cuidar dos filhos mudam esse paradigma: uma mãe menos ocupada com um bebê pode voltar a “curtir” – e se reproduzir – mais rápido e gerando uma prole ainda maior.

A hipótese da vovó dá sentido evolutivo às senhorinhas que tanto amamos e, de quebra, ajuda a explicar porque os seres humanos são monogâmicos.

***

Fonte indicada: Revista Exame

Nós atraímos as amizades de forma semelhante aos algoritmos do Facebook

Nós atraímos as amizades de forma semelhante aos algoritmos do Facebook

Esses dias estava conversando com um casal de amigos meus e falávamos sobre o quanto é comum ver pessoas que antes eram muito próximas, eram boas amigas, e de uma hora pra outra de repente elas somem da nossa vida e nós não ficamos tristes, ou magoados, ou ressentidos etc. Nós simplesmente aceitamos e vamos seguindo nossas vidas.

Isso me levou a refletir com eles sobre a nossa vibração, sobre a energia que a gente emana para as pessoas, que vai mudando ao longo do tempo e também com o nosso amadurecimento.

Hoje em dia muitos espiritualistas e terapeutas holísticos explicam isso de uma forma elegante e simples. Tem a ver com a lei universal do semelhante atrai semelhante. Ela se aplica a todos os campos da vida: amizade, relacionamento amoroso, família, trabalho, espiritualidade etc. Não abordarei esses campos todos para não deixar esse texto muito extenso.

Todos nós mudamos muito ao longo da vida e seria uma forçação de barra muito grande querer que amigos de uma época longínqua fiquem ao seu lado pra sempre. Às vezes acontece, mas convenhamos, é muito, muito raro acontecer.

Vale ressaltar que quando vamos mudando nosso comportamento, nossos anseios, nossas crenças, nossos valores etc. é também bastante natural que mudemos muito dos ambientes que frequentamos, os produtos que consumimos ou as páginas de facebook e instagram que seguimos.

Isso me levou a refletir sobre a semelhança entre os amigos que atraímos e as páginas que seguimos no facebook ou no instagram. Você provavelmente sabe que as redes sociais funcionam através de algoritmos que gravam os nossos dados. Por exemplo, eu amo as páginas que falam sobre Psicologia, Filosofia e Autoconhecimento e sigo muita gente dessas áreas. O tempo todo aparece para mim novas sugestões de páginas, aparecem livros como opções de compra e até os amigos em comum que curtem as páginas. É simplesmente impressionante o poder desses algoritmos.

Um dos meus irmãos gosta muito de música, de tocar instrumentos musicais e já tocou em algumas bandas e festivais. Ele já me contou que aparece um montão de páginas de bandas ou de músicos para ele curtir, exatamente porque são essas as páginas que ele mais dá curtidas. E também muitos músicos solicitam amizade sem nunca nem terem trocado uma única palavra.

Da mesma forma se dá com pessoas que, por exemplo, gostam muito de viajar. Aparecem diversas páginas de turismo e viagens, além de passagens promocionais. Se alguém gosta muito de maquiagens ou moda, também aparecem diversas páginas e pessoas que curtem para solicitar amizade.

Na nossa vida real acontece de forma semelhante. Você sabia que não existe algoritmo mais complexo e intrigante do que a nossa mente e as nossas emoções? Elas têm um poder infinitamente maior do que os computadores mais sofisticados que você vê por aí.

Por isso que algumas pessoas vão embora e nunca mais as vemos de novo. As energias são diferentes, não há compatibilidade. É como se fossem os polos iguais de um ímã. Você percebe que quando você tenta juntá-los eles fazem uma força e por mais que você tente, eles não se juntam.

Nós também somos ímãs para atrair pessoas que vibram de forma semelhante a nossa. Portanto, concluo esse texto com um convite ao autoconhecimento. Procure ser uma pessoa melhor a cada dia, porque sabendo que é assim que a vida funciona, cada vez mais você atrairá amizades incríveis, pessoas que lhe ajudarão a crescer como ser humano. O seu algoritmo interno vai entrar em consonância com o algoritmo delas e dessa forma sua vida vais se tornar mais plena e feliz.

Espero que esses insights lhe ajudem a enxergar a vida com um olhar mais consciente e perceba que esse mundo de mudanças velozes no qual estamos inseridos revela a partir da tecnologia muito do que existe no nosso universo interior…

Quantas vidas você têm?

Quantas vidas você têm?

Talvez hoje você esteja pensando em desistir, em jogar a toalha e de uma vez por todas acabar com tantos momentos decepcionantes, com tantos pensamentos negativos. Mas e se você pudesse ter uma visão de como pode ser a sua vida mais lá na frente, você ainda desistiria de continuar? E se eu te dissesse que a gente carrega mais de uma vida, que a gente pode morrer e viver na mesma, que existe sim, uma chance, um amor e muitas felicidades reservadas para mais tarde?

A vida é uma correspondência das nossas emoções e escolhas mais íntimas e, mesmo quando não depende de nós no que diz respeito ao que vem a seguir, é a nossa conversa interior, o modo como processamos as coisas, que determina o viver da gente. Talvez hoje esteja tudo triste e sem graça na sua rotina. Talvez você esteja passando por problemas que quase ninguém consegue entender e ajudar. Talvez todo o caminho que te trouxe até aqui seja uma piada de péssimo gosto e você só esteja fazendo papel de trouxa, perdendo tempo e dedicando tanta energia. Talvez.

Mas talvez não signifique nada disso. Quem sabe, a sua liberdade e o seu contato com a vida tenha se transformado nos piores ruídos em vez de esperanças. Amanhã será melhor, tenha fé. E se for difícil ter por você, tenha por quem ainda não tocou a sua vida e que gostaria muito de conhecer e somar na sua história. Porque sempre existirá alguém lá fora que estará disponível para ouvir o nosso choro, alguém que estenderá a mão e abrir espaço no coração para agregar afetos e gentilezas na vida da gente.

Procure ser mais paciente consigo. Não se cobre muito e muito menos se culpe por qualquer emoção desfavorável que esteja emanando agora. A vida importa e ela é inteira em você, mesmo com várias metades e interrupções por aí. Ainda é amor reaprender a caminhar. Ainda é amor querer uma nova vida a partir do ontem que já teve o seu limite de desgaste. Eu te pergunto: quantas vidas você têm? Descubra vivendo um amanhã de cada vez. Vale a pena. Vale muito.

“Homens” que pensam com a outra cabeça

“Homens” que pensam com a outra cabeça

Tenho nojo de homens velhos que viram a cabeça para cobiçar meninas que poderiam ser suas filhas e, até suas netas! Infelizmente eles não são poucos. Vivem por aí, escondidos por trás de vidas de fachada. E são perigosos, muito perigosos.

Em pleno século XXI a nossa sociedade – que já passou de podre -, exibe um cenário de tirar o sono. Ostenta “homens” que mal sabem usar a cabeça de cima porque pensam 99% do tempo com a cabeça de baixo.

São seres abjetos que se escondem atrás de discursos morais recheados de pensamentos preconceituosos e distribuem – de graça -, falas de defesa à moral da família brasileira e aos bons costumes.

Confesso que tenho vontade de vomitar primeiro e, depois, de esfregar a cara desses sujeitos na sujeira que é de fato a realidade de suas vidas.

Estas criaturas, em geral, têm família, filhos, filhas, esposas, netos e netas. Muitos usam aquele anel circular no dedo anelar da mão esquerda. Fizeram juras de fidelidade e de estarem presentes ao santo matrimônio “até que a morte os separe”.

O curioso é que a maioria de nós faz vista grossa a essa espécie. Muitas esposas, inclusive, sabem o tipo de sujeito ao qual uniram suas vidas e ignoram seu comportamento.

Será medo? Comodismo? Cumplicidade?

O fato é que se você que se incomoda com isso, não pode ficar quieta – ou quieto. Precisamos reagir.

Há alguns anos atrás, minha filha contava 12 ou 13 anos. Estávamos em férias. Fazia calor. Tínhamos voltado da piscina do prédio. Eu me lembrei de que tinha de ir buscar uma encomenda no shopping e minha filha quis ir comigo.

A menina vestiu um short e uma camiseta em cima do biquíni, calçou um par de chinelos e fomos juntas ao shopping. Quando andávamos pelos corredores olhando vitrines, passou por nós um homem adulto, de terno e gravata, de mãos dadas com uma mulher de sua idade.

O infeliz quase quebrou o pescoço para cobiçar a minha filha. O sangue subiu!!! Pedi à menina que entrasse na loja para pedir um sapato para experimentar e disse que já voltava.

Fui atrás do casal. Puxei o homem pelo braço e perguntei “Você é doente ou é só sem vergonha mesmo?”! O cara deu um risinho irônico e disse “Não a conheço, minha senhora…”!. Ao que eu respondi “Também não o conheço. Mas conheço bem a sua laia. Tome vergonha e pare de olhar para meninas que poderiam ser sua filha. Respeite a sua companheira!”.

Deixei o casal às turras para trás. Para minha alegria, a moça reconheceu o tipo de escória a quem estava dando a mão. E, se meu santo é forte como imagino, o sujeito deve ter ficado em maus lençóis.

O que é errado, é errado. Não há desculpa para falta de caráter. Nem para nos omitirmos mais. Enquanto formos omissos, nossas meninas não estarão em segurança. Nossas meninas correm perigo. E ele é BEM REAL!

É a forma de sair da relação que traduz o caráter da pessoa. Não a forma de entrar.

É a forma de sair da relação que traduz o caráter da pessoa. Não a forma de entrar.

Você já se percebeu tentando desvendar a verdadeira personalidade de alguém que você se relacionou? Creio que essa dúvida rouba a paz de muitas pessoas. Isso porque é comum você iniciar um relacionamento com um perfil de pessoa e, ao final, percebe que está com alguém completamente diferente.

Bem, eu não sou especialista nesse assunto, e isso aqui está longe de ser um artigo científico. Eu vou apenas dar o meu pitaco, levando em conta o meu olhar sobre a minha bagagem de vivências relacionadas às decepções amorosas. Vou citar também, vivências de outras pessoas que, de alguma forma, tomei conhecimento. Todos os exemplos são reais.

Sendo bem objetiva, o seu ex não era aquele gentleman cheio da moral e bons costumes que chegou em sua vida, aquilo era um personagem. A identidade real dele é a que o levou  a se envolver com alguém que você considerava sua melhor amiga. Ah, para não deixar dúvidas, ele a engravidou.

Moço, a sua ex não era aquela mulher parceira que parecia disposta a desbravar qualquer dificuldade contigo, aquilo era uma máscara. Ela é aquela que te abandonou quando você perdeu aquele cargo comissionado na empresa e ficou sem grana para bancar as regalias de costume. Ah, e sem o menor constrangimento, ela começou a postar fotos se esbaldando com outro, duas semanas depois de te deixar.

Amiga, o seu ex não é aquele cara gentil, carinhoso, compreensivo e super apoiador daquele seu projeto, foi assim que ele te encantou, né? Ele é aquele homem intolerante, ciumento, possessivo, controlador, manipulador, paranoico e tosco que se apresentou do meio para o fim da relação. O cara que te conquistou por te incentivar tanto nos seus projetos, já não suportava mais te ver realizando o que tanto te fascina. Ah, já ía me esquecendo: ele entrou numa paranoia de querer te afastar de todos os seus amigos, justo você que trabalha no ambiente virtual e precisa interagir. Daí, um dia você cismou de dar uma conferida nas redes sociais dele e quase teve um infarto. O cara era um galanteador de mão cheia, você confirmou isso nas fotos das amigas dele que estavam públicas. Ele não perdoava nem as casadas, caiu na rede era peixe para ele. Que criatura mais falso moralista e hipócrita hein, amiga? Então, esqueça o gentleman do início, ele é esse moço do final da história de vocês.

Então, é basicamente isso, é a forma como a pessoa sai de um relacionamento que traduz a identidade dela. Isso porque ninguém consegue manter uma máscara por muito tempo. No início a pessoa escolhe uma personagem para representar e encantar o outro. Contudo, conforme a relação avança, a cola da máscara vai derretendo até que ela caia, geralmente culminando com o fim da relação.

Não estou generalizando, não estou dizendo que todas as pessoas são mascaradas ao entrarem num relacionamento. Eu quero dizer que é você deve se ater à forma como ela se mostra quando vai se sentindo mais confortável no convívio, aquilo, sim, é a pessoa de verdade.

Pode, sim, acontecer de alguém sair de uma relação sem deixar o ex parceiro com a sensação de ter comprado gato por lebre. Há relações que acabam sem macular a imagem dos envolvidos, o fim se deu porque o sentimento que unia os dois abrandou de uma forma que não motivava mais a continuação do elo. Nesses casos, as pessoas rompem sem ressentimento, e, posteriormente, olham para trás e pensam “não estou mais com fulano(a), mas ele é um excelente homem ou mulher. A gente sente orgulho ao invés de frustração e vergonha.

Abraçar, confortar e assistir não é estragar, é também educar

Abraçar, confortar e assistir não é estragar, é também educar

Malcriar não tem nada a ver com consolar, atender às necessidades, extinguir medos ou nutrir-se com abraços ou carícias. Quem pratica a “má criação” é quem ignora e abandoa, cometendo o erro de pensar que a mente de um bebê é como o de um adulto que entende manipulação ou chantagem.

Em um estudo interessante sobre inteligência afetiva, foi demonstrado que o que a maioria dos bebês experimenta ao longo do dia é a dor psicológica. Muito mais que dor física. É, sem dúvida, um detalhe que vale a pena levar em conta: o sofrimento emocional do mais jovem tem a ver com fatores como fome, medo ou sensação de insegurança.

São fatores instintivos que implicam um desconforto autêntico, e isso é algo que cada criança demonstrará de um modo particular e diferente dos outros. Haverá bebês mais exigentes do que outros e, por essa razão, como mães, precisamos entender a realidade específica de cada criança, sabendo que aquele que atende às necessidades não estraga. Que oferecer segurança e estratégias é educar.

Nós convidamos você a se aprofundar neste tópico que, por vezes, suscita alguma controvérsia.

Consolar, a arte de entender necessidades

Se um amigo nosso chora, não o deixamos fazê-lo até ele se esgotar. Se nosso parceiro, nossa irmã ou nosso pai chorar, não os deixamos em um quarto até que eles passem. Por que devemos também fazer isso com nossos filhos?

Consolar é a arte excepcional de saber como intuir as necessidades e saber como implantar estratégias de cuidado adequadas para curar essas dores psíquicas ou emocionais. Por essa razão, às vezes não basta dizer “acalme-se, nada acontece”, para uma criança pequena o que confere maior poder de consolo é o contato físico e aquele tom de voz capaz de falar com calma e proximidade.

São pequenas coisas que geram impressões autênticas no cérebro de um bebê que está amadurecendo e onde qualquer estímulo, assim como qualquer falta, determinará seu desenvolvimento subsequente. Vamos ver aspectos mais interessantes.

A sabedoria do “bem”

Os termos são importantes em nossa linguagem, mas às vezes as expressões mais populares tendem a sempre ver comportamentos patológicos onde existem apenas processos naturais. É muito possível, por exemplo, que você também tenha se visto na situação de ter que suportar os comentários de seus amigos ou parentes quando você segura seus filhos em seus braços para aliviar seu choro ou sua raiva.

“Você está estragando tudo”, eles nos dizem. Permanecemos em silêncio, sabendo que não é esse o caso, porque entendemos que um reforço positivo no momento certo evita birras, reduz o estresse e faz com que nossos filhos se sintam mais seguros para explorar seu entorno no seu próprio ritmo.

  • A sabedoria do benquerente sabe que as conseqüências do choro prolongado e desassistido trazem efeitos indesejáveis. Do ponto de vista neurológico, o que causa é que há estresse, e um alto nível de cortisol altera a química dos neurotransmissores, o medo se intensifica e uma necessidade maior de atenção.
  • A sabedoria do bom crente sabe que confortar, abraçar e “estar presente” melhora o vínculo com nossos filhos. Nossos filhos precisarão deste apego seguro durante os primeiros três anos. É um estágio em que suas necessidades vitais tendem a ser simples, mas essenciais: segurança, afeição, reconhecimento e estímulo enriquecedor para favorecer a conectividade neuronal.

Uma criança que tem permissão para chorar até que ela acabe ou que não receba abraços ou carícias é um bebê que constrói uma idéia um tanto hostil do mundo, um cenário do qual “ele sempre estará esperando por coisas”, um mundo do qual se defender às vezes. com raiva, ou da qual esperar reforços com os quais se encontrar.

Não é adequado.

contioutra.com - Abraçar, confortar e assistir não é estragar, é também educar

Promova o desenvolvimento emocional para ajudar a crescer

A educação emocional não começa quando a criança já é competente na comunicação, quando já colocamos regras, para estabelecer limites e negociar regras. Um bebê de oito meses que puxa nossos cabelos quando fica bravo é uma pessoa que procura canalizar sua raiva e frustração.

  • A educação emocional começa a partir do primeiro dia em que deixamos nosso bebê no berço depois de chegar do hospital. Depois de dar à luz Não podemos esquecer que a primeira ancoragem emocional se origina no nascimento, com aquele primeiro contato pele a pele entre o bebê e sua mãe.
  • A amamentação é um pilar maravilhoso para continuar construindo esse vínculo que transmite segurança, tranquilidade e bem-estar. Mais tarde, a arte de consolar respeitosamente permitirá que você continue crescendo em segurança.
  • Abordar as reações negativas também não está estragando. O menino de dois anos puxando um brinquedo para baixo com raiva ou arranhando seu irmão ou sua mãe, esconde uma emoção que supera e canal que há para saber, entender e gerenciar.

A tarefa de entender as emoções e de trabalhar com elas é algo que requer paciência e intuição, algo que nunca devemos esquecer “só porque são pequenas”. As pequenas coisas de hoje podem ser transformadas em grandes abismos amanhã, por isso, é necessário que prestemos atenção, que as alimentemos com emoções positivas, pondo em prática a arte do bem-estar.

Tradução A Soma de Todos os Afetos, via Eresmama

INDICADOS