Infelizmente, muitos pais confundem dar presentes com estar presente.

Infelizmente, muitos pais confundem dar presentes com estar presente.

Não há um dia sequer em que abrimos os jornais e não vemos alguma notícia sobre violência entre jovens. Desde tempos remotos, o conflito de gerações faz com que a juventude carregue uma aura de rebeldia e perdição, no entanto, parece que se torna cada vez mais difícil alcançar a maturidade adulta, haja vista a intolerância à frustração que é característica comum a muitas crianças, adolescentes, jovens e até mesmo supostos adultos.

Por mais razões que se enumerem como sendo motivadoras dessa onda de intolerância e de pessoas mimadas, que não aceitam o contraditório e o diferente, o que mais se destaca é a incapacidade de lidar com o que não dá certo, quando as coisas não saem do jeito que se queria. Daí se deduz que as novas gerações não estão sendo contrariadas o suficiente, durante o seu desenvolvimento emocional, ou seja, não desenvolvem a capacidade de atravessar caminhos que não querem. Fazem birra mesmo depois de grandes.

Infelizmente, hoje, a maioria dos responsáveis pelas famílias necessita trabalhar o dia todo, sobrando pouco tempo disponível para ficar com as crianças. Assim, muitos pais, como desencargo de consciência, acabam optando por uma educação mais condescendente, uma vez que se sentem mal por ficarem tanto tempo longe e não querem contrariar o filho nos poucos momentos que têm para desfrutar juntos. Além de muitos não quererem que seus filhos sofram.

Talvez seja também este um dos maiores estragos a um filho: poupá-lo do sofrimento, da dor, da frustração. Por que, afinal, não querer que nossos filhos passem pelos perrengues por que nós passamos, se foi, em muito, por causa desses obstáculos, que nos tornamos adultos responsáveis e éticos? O sofrimento vem pra todo mundo, ou seja, pais não podem evitar que seus filhos sofram, apenas conseguirão tampar o sol com a peneira – e não por muito tempo.

É preciso, ainda, que fique clara a questão do abandono dessas crianças. Abandonar um filho não é somente deixá-lo com outras pessoas. Um filho pode sentir abandono dentro de casa, quando os pais estão ali do lado. Cuidar não tem a ver com o que se compra. Presentes jamais substituirão presença, afinal, o pior tipo de solidão é aquela que sentimos quando não estamos sozinhos. Embora seja lugar comum, precisamos ter a consciência de que a qualidade do tempo que passamos junto com nossos filhos independe da quantidade de horas. Importar-se vale mais do que ficar ao lado olhando no celular.

No mais, digam não, digam não muitas vezes. As crianças precisam aprender que a vida não vai dar certo em tudo, que elas provavelmente não comprarão tudo o que quiserem, que haverá pessoas que não gostarão delas e não as amarão de volta. Não romantizem sofrimento, nem violência. O que faz mal e machuca não tem graça e não deve ser tolerado. Ensinem que as pessoas só mudam por si próprias e que, quando a gente se coloca no lugar do outro, a gente consegue entender muita coisa e ser menos injusto.

Ensinem seus filhos que a dor do outro não é brincadeira, que procurar ajuda não é feio e que psicólogo não serve só “pra gente louca”. E não esqueçam: ensinem as crianças a amar, sempre. Ensinem as crianças a amar a natureza, os animais, as pessoas. Ensinem as crianças a amarem a si mesmas. Falta amor neste mundo que adoece a cada dia. Falta amor…

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Imagem: Pixabay

‘A saúde é o espelho do que pensamos’– Deepak Chopra

‘A saúde é o espelho do que pensamos’– Deepak Chopra

O famoso médico indiano afirma que os pensamentos interferem na maneira como o organismo funciona e defende que o melhor caminho para uma vida saudável é saber ouvir o próprio corpo

Antes de perguntar ao médico o que fazer para viver mais e com melhor qualidade de vida, faça essa pergunta ao seu próprio corpo. Descobrir como ele se sente antes da tomada de decisões é um dos segredos para conseguir adotar hábitos saudáveis e chegar a um estado de perfeita saúde. Essa é uma das principais posições do médico indiano Deepak Chopra, 65 anos, autor de livros como “As Sete Leis Espirituais do Sucesso” e “Conexão Saúde” e admirado por celebridades como a cantora Madonna e a apresentadora Oprah Winfrey.

O endocrinologista radicado nos Estados Unidos usa como base de seus tratamentos os princípios da medicina ayurvédica, criada há mais de cinco mil anos na Índia. Ela preconiza a prevenção das doenças por meio de uma sintonia entre o corpo e a mente que poderia ser obtida, por exemplo, com a prática da ioga e da meditação.

Em sua clínica na Califórnia, no entanto, o médico também se utiliza dos instrumentos da medicina ocidental quando acha necessário. É, por excelência, um defensor da medicina integrativa, uma corrente cada vez mais forte que prega a união entre os conhecimentos da medicina praticada no Ocidente com os recursos oferecidos por terapias como a acupuntura. “É preciso caminhar para uma integração de tratamentos”, defende.

Embora o sr. tenha nascido na Índia, aprendeu a meditar em Boston, nos Estados Unidos. Também foi médico em tempo integral em um hospital de Massachusetts. Como foi sua transição da medicina convencional para a ayurvédica?

Por meio da meditação, percebi que havia muitos mecanismos que a medicina não explicava porque olhava na direção errada. Ela, às vezes de modo eficaz, se concentra em um estado de doença, e não de saúde. Mas cheguei à conclusão de que a experiência da Ayurveda é simples, integrada. É um caminho de volta para o pleno funcionamento biológico.

Mas seus princípios podem ser aplicados hoje, para o homem ocidental, com os mesmos efeitos?

Não só podem como estão sendo usados para isso. Os meus pacientes seguem as recomendações, são capazes de analisar a própria vida, ouvir o próprio corpo, controlar a hipertensão, a diabetes. Eles aprendem a prestar atenção no funcionamento do organismo. E hoje temos aparelhos de biofeedback que dão uma medida do quanto um pensamento e uma atitude podem determinar uma resposta fisiológica e controlar uma doença. Essa tecnologia comprova o que o corpo já sabia e que pode ser percebido em um estado de atenção.

De que maneira isso melhora a saúde?

A saúde é o espelho da nossa consciência, do que pensamos. Atualmente, estudos comprovam que pensamentos geram respostas fisiológicas correspondentes, que podem ser positivas ou negativas. Cada estado de humor fica impresso em nossas células. Mas temos a capacidade de controlar algumas reações do organismo por meio do domínio dos pensamentos.

Como fazer isso?

Pode-se voltar a atenção para si mesmo, pensar na qualidade dos relacionamentos, questionar o próprio corpo e relacionar o bem-estar com as escolhas diárias. Tudo isso não é feito de uma maneira estritamente racional, mas com o pensamento que passa pela intuição do organismo sobre o que é a saúde ou simplesmente nos perguntando se estamos bem ou não.

O que significa não pensar de uma maneira racional? O que é esse pensamento? Intuitivo?

É um processo que nos livra dos condicionamentos. É preciso alguma inocência para ouvir o corpo.

Uma técnica descrita em um dos seus livros para auxiliar a prática de uma vida saudável é justamente perguntar ao corpo, antes de uma tomada de decisão, se ele se sente confortável com aquela escolha. De que modo isso é benéfico?

A resposta de conforto é uma medida do que nos é caro, do que nos é saudável, do que irá produzir uma sensação de bem-estar. Ela nos livra da dúvida, de um peso e nos coloca na direção da saúde.

Para o tratamento de muitas doenças crônicas, como a diabetes e a hipertensão, os médicos frisam a importância de adotar hábitos mais saudáveis. Mas muitos não conseguem. O que poderia ajudá-los?

Posso dar alguns mecanismos: atenção, repetição, foco no presente e o entendimento de que o novo hábito a ser instaurado é bom. Quando ele se instaura, a consciência consegue encontrar um canal para se sentir bem. Sem o hábito, o corpo se esforça para atender a consciência e, numa mente voltada para o cigarro e o álcool, por exemplo, vai se flexibilizar ao máximo até chegar à exaustão, dando espaço a doenças.

Qual a sua opinião sobre a medicina ocidental?

Há muitos tratamentos válidos que ajudam o corpo físico a combater uma enfermidade já instaurada, mas eles obtêm comprovadamente mais sucesso quando integrados a outras terapias. É preciso caminhar para uma integração de terapias. O problema é que algumas vezes a ciência do Ocidente se pauta em modelos reducionistas e a natureza não funciona dessa maneira. É preciso entender quando há outros mecanismos relacionados que, de algum modo, também podem intervir no processo de uma cura. É o que a medicina integrativa, na tentativa de unir essas terapias, está querendo mudar.

Pode citar exemplos de comprovação científica de bons resultados dessa integração?

Um estudo publicado na revista científica “The Lancet Oncology” mostrou que técnicas de meditação e ioga podem aumentar a quantidade de telomerase, enzima associada à proteção contra o envelhecimento precoce. Ela é responsável pelo aumento do comprimento dos telômeros, estruturas presentes nos extremos dos cromossomos cujo encurtamento está ligado ao envelhecimento e ao surgimento de males como o câncer. Em um outro extremo, uma pesquisa divulgada no “The New England Journal of Medicine” mostrou que a cirurgia de ponte de safena feita apenas como um recurso de prevenção em pacientes estáveis só conseguiu aumentar a expectativa de vida em 3% dos indivíduos que passaram pelo procedimento.

Qual seria o tratamento indicado para doenças crônicas?

Hoje, sabe-se que 95% dessas enfermidades são motivadas por fatores que envolvem um estresse sobre o organismo. A medicina ocidental é capaz de dar uma resposta positiva imediata para médicos e pacientes com drogas e tratamentos comprovadamente capazes de reduzir um tumor, por exemplo. Essa intervenção mais urgente é necessária em alguns casos, mas em outros ela é dispensável porque é preciso fazer uma análise mais profunda sobre as origens da doença e ter uma atitude de cura, de saúde, com alimentação adequada e bons relacionamentos.

No seu livro “Cura Quântica”, o sr. descreve o caso de uma paciente com câncer de mama que acabou curada submetendo-se à quimioterapia e às técnicas da medicina ayurvédica. E, embora o câncer dela tenha tido remissão, ela continuou com a quimioterapia. Por que isso aconteceu?

As pessoas tomam decisões baseadas naquilo que confiam, no que acreditam ser válido para a situação que enfrentam. É uma avaliação difícil. Eu faria uma análise diferente.

O sr. não teme que seus pacientes deixem de seguir os tratamentos convencionais, abandonando os remédios, por exemplo?

Não é essa a minha orientação.

Em “As Leis Espirituais do Sucesso”, o sr. descreve a necessidade de não darmos importância aos resultados. Este seria o caminho para que eles, os resultados, de fato sejam obtidos. Pode explicar isso?

É o que chamo de lei do desprendimento. O desprendimento dá espaço para a fé enquanto o apego aos resultados abre caminho ao medo e à insegurança. Quando você se prende ao resultado, opta por um símbolo que limita a natureza. A ordem natural tem uma ação que vai muito além de variáveis usadas para quantificar o efeito de um tratamento, por exemplo. O desprendimento dá espaço para uma busca profunda pelo bem-estar.

Hoje a medicina sabe sobre o peso das emoções na nossa saúde. Mas, de alguma maneira, não estamos conseguindo chegar a uma vida sem estresse. Onde estamos falhando?

É um caminho que cada um precisa trilhar, questionar de que modo algumas escolhas se refletem na saúde. Há pessoas conseguindo fazer isso com muito sucesso.

Para alguns de seus pacientes que sofrem de insônia, o sr. recomenda, como tratamento, permanecer acordado de 48 a 56 horas. Como isso funciona?

Essas pessoas estão em desequilíbrio biológico. Ficar em vigília por mais tempo comprovadamente renova o organismo e proporciona um recomeço.

Deepak Chopra nasceu no ano de 1947 em Nova Deli, na Índia. Graduado em Medicina pela Universidade de Nova Deli, Chopra também escreve sobre espiritualidade e medicina corpo–mente, tema conhecido como ayurveda. O escritor é especialista em endocrinologia e exerce a profissão desde 1971. Chefiou a equipe do New England Memorial Hospital, nos Estados Unidos e, em 1985, fundou a Associação Americana de Medicina Védica. Deepak Chopra escreveu mais de 25 livros de “autoajuda”, como A Cura Quântica, As Sete Leis Espirituais do Sucesso e Criando Saúde, traduzidos em 35 idiomas. A Revista Time incluiu o autor na lista das 100 personalidades do século, considerando Deepak Chopra “o poeta e profeta das medicinas alternativas”.

Via Revista Prosa, Verso e Arte –  Originalmente publicado por Isto é

Alunos premiados de escola pública do interior são barrados em Shopping “de elite” de SP. Diretora alega discriminação.

Alunos premiados de escola pública do interior são barrados em Shopping “de elite” de SP. Diretora alega discriminação.

Segundo matéria publicada em G1, em 20-03-2019, cerca de 120 alunos de escolas da zona rural de Guaratinguetá (SP) foram a shopping na zona norte de São Paulo para uma exposição infantil.

As crianças, com idades entre 6 e 10 anos, ganharam a viagem após uma premiação por mérito realizada nas escolas.

Segundo Jozeli Gonçalves, a diretora de uma das escolas, constou que o grupo já tinha os ingressos para a exposição às 14 horas, mas decidiram chegar duas horas mais cedo para incluir no passeio um almoço em uma rede de fast food. A diretora também relatou para o G1 que a comunidade e os pais das crianças se mobilizaram para custear a alimentação do grupo de alunos, assim como o dia em São Paulo. O deslocamento de ônibus para exposição foi custeado pela prefeitura. Já os ingressos haviam sido doados pela ONG Orientavida à administração e repassados às escolas.

Ainda de acordo com a diretora Jozeli, ao chegarem ao local, enquanto uma fila era organizada pelas educadoras na porta do shopping, uma mulher, que segundo a educadora era funcionária do shopping, abordou as professoras e informou que o local não poderia acomodar aquela quantidade de alunos e que o espaço ‘é de elite’.

“Nós fomos com crianças que nunca tinham ido a um shopping, que só viam fast food pela televisão. Era para ser um dia especial, mas esbarramos no preconceito. A funcionária pediu que fôssemos a uma lanchonete na esquina do shopping e ainda justificou que poderíamos ter problemas com a segurança do espaço porque o shopping era considerado de elite”, contou a diretora ao G1.

“Nós ficamos cerca de vinte minutos tentando mediar a situação até que acionamos a Secretaria de Educação do município, que articulou com a organizadora da exposição a liberação da nossa entrada. Nisso, parte dos alunos já tinha deixado o local para comer fora do shopping mesmo. Começamos a notar que os alunos maiores tinham percebido que estavam sendo barrados e não queríamos isso”, disse.

Para ela, o grupo foi discriminado social e racialmente, já que parcela das crianças são negras.

Após a negociação, o acesso foi liberado e parte dos alunos da excursão comeu no shopping. O restante do grupo só foi ao local mais tarde próximo ao horário da exposição.

“São alunos de comunidades carentes, da zona rural e com poucas oportunidades. Essa já é a realidade deles. O que sentimos ali é que essa segregação que eles já enfrentam foi repetida. Mas nós entramos e insistimos porque somos agentes transformadores e queríamos mostrar que eles têm espaço. Vê-los encantados até com a escada rolante não teve preço”, contou Jozeli para o G1.

O que os citados declararam

Em nota, a Secretaria de Educação de Guaratinguetá informou que “repudia racismo e qualquer forma de discriminação, e continua acompanhando e apoiando educadores e alunos nas providências que julgarem necessárias”.

O shopping JK Iguatemi informou que a exposição é organizada pela equipe da ONG Orientavida, cuja responsável foi acionada pelo estabelecimento para que reforce o treinamento com sua equipe de recepcionistas.

“O empreendimento reforça que não compactua com a atitude tomada pela colaboradora da mostra e ressalta que trabalha continuamente para que todos os clientes sempre se sintam acolhidos e bem-vindos”, diz trecho da nota do shopping.

A ONG Orientavida, responsável pela exposição, classificou o fato como isolado e pontual. Afirmou que tem recebido gratuitamente crianças de escolas públicas e comunidades carentes e esse foi o único incidente.

A ONG informou ainda que tomou as medidas necessárias para que o fato não se repita e que a funcionária foi desligada.

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Todas as informações são provenientes do G1, em matéria de Poliana Casemiro

Imagem de capa: Alunos da rede pública de escolas da zona rural de Guaratinguetá foram barrados em entrada de shopping — Foto: Arquivo Pessoal/Jozeli Gonçalves

Djamila Ribeiro, filósofa brasileira, será homenageada pelo Governo da França

Djamila Ribeiro, filósofa brasileira, será homenageada pelo Governo da França

O programa do governo francês Personalidade do Amanhã irá prestar uma homenagem à filósofa brasileira Djamila Ribeiro. Ela foi selecionada a partir da sua potência e projeção atual e como sua atividade tem o poder de impactar o futuro. Mestre em Filosofia Política pela Universidade Federal de São Paulo, Djamila é ativista, pesquisadora e escreve livros sobre feminismo negro.

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A pensadora ganhou destaque nacional através de suas manifestações nas redes sociais, com destaque na luta contra o racismo. Ela possui dois livros com bom número de vendas. O “O que é lugar de fala?” e “Quem tem medo do feminismo Negro?” bateu recorde de vendas nas grandes feiras do país.

Djamila passará dez dias em um encontros oficiais pela França, como a visita aos órgãos oficiais franceses, ao parlamento europeu, agenda com o presidente Emmanuel Macron, bem como outros eventos com ativistas locais.

Nas redes sociais, a filósofa contou sobre a viagem: “penso ser uma oportunidade interessante para trocas, provocações e reflexões”.

Via Psicologias do Brasil

Uma cidade inteira comemorou a festa de 15 de uma menina com Síndrome de Down

Uma cidade inteira comemorou a festa de 15 de uma menina com Síndrome de Down

Milagros Oliveto, uma jovem com síndrome de Down que mora em San Pedro, Buenos Aires, sempre sonhou em fazer uma caravana por toda a cidade para que seus vizinhos a cumprimentassem pelo seu aniversário de 15 anos. Juntamente com sua irmã, Gabriela, dias antes da grande festa, convidaram toda a comunidade através de um vídeo, para que fizessem parte da caravana que deixaria o bairro Mitre e atravessaria a Rota 1001.

E o seu pedido foi muito bem sucedido. As calçadas estavam cheias de gente cumprimentando a menina e acompanhando-a a pé e em seus carros. “Mili é um ser de luz que só dá amor, ela me ensinou a viver”, disse Beatriz Oliveto, sua mãe, muito animada com uma emissora de rádio local.

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O jovem adolescente usava um lindo vestido branco e rosa, com uma coroa, e andava pelas ruas em um carro sem teto. Nas fotos divulgadas pelo Facebook, foi possível ver como os vizinhos vieram cumprimentá-la com entusiasmo e Mili não conseguiu esconder sua felicidade.

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“Obrigado família, amigos, conhecidos e pessoas de San Pedro, obrigado pelas mensagens aos detalhes, do imenso amor, de cada abraço (…) eu escreveria tudo que sinto, mas você que nos acompanhou com certeza viu em nossos rostos e olhinhos a felicidade que sentimos. Obrigado obrigado graciassssss San Pedro e arredores (havia pessoas de fora também) “, escreveu Beatriz em sua conta no Facebook, que descreveu a noite como a de seus sonhos.

TEXTO TRADUZIDO E ADAPTADO DE CLARÍN

Via Psicologias do Brasil

Vitimismo crônico: pessoas que trabalham em “modo queixa”

Vitimismo crônico: pessoas que trabalham em “modo queixa”

Todos nós, em algum momento ou outro, assumimos o papel de vítimas.

No entanto, assim como existem pessoas que se sentem culpadas por tudo, existem pessoas que se tornam vítimas permanentes, sofrem o que pode ser considerado uma “vitimização crônica”. Essas pessoas se disfarçam de falsas vítimas, consciente ou inconscientemente, para simular agressões inexistentes e, incidentalmente, culpar os outros, libertando-se de toda responsabilidade.

Na realidade, a vitimização crônica não é uma patologia, mas pode levar a um distúrbio paranóico, quando a pessoa insiste em culpar os outros pelos males que sofre. Além disso, esse modo de enfrentar o mundo, por si só, leva a uma visão pessimista da realidade, que produz desconforto, tanto na pessoa que reclama quanto na pessoa que recebe a culpa.

Em muitos casos, a pessoa que abraça a vitimização crônica acaba alimentando sentimentos muito negativos, como ressentimento e raiva, que levam à vitimização agressiva. É o caso típico daqueles que não apenas se queixam, mas atacam e acusam os outros, mostrando intolerância e continuamente violando os direitos das pessoas.

Raio-X de uma vítima crônica

– Deformar a realidade. Esses tipos de pessoas acreditam firmemente que a culpa do que acontece com eles é dos outros, nunca é deles. Na verdade, o problema é que eles têm uma visão distorcida da realidade, têm um locus de controle externo, e acredita que ambos os aspectos positivos e negativos que ocorrem em sua vida não depende diretamente de sua própria vontade, mas de circunstâncias externas. Além disso, eles exageram os aspectos negativos, o desenvolvimento de um pessimismo exacerbado que os levaram a se concentrar apenas nas coisas negativas que acontecem, ignorando o positivo.

– Encontram consolo no lamento. Essas pessoas acreditam que são vítimas dos outros e das circunstâncias, por isso não se sentem culpadas ou responsáveis ​​por nada que aconteça a elas. Como resultado, tudo o que resta é arrependimento. De fato, eles frequentemente sentem prazer em reclamar porque assim assumem melhor seu papel de “pobres vítimas” e conseguem atrair a atenção dos outros. Essas pessoas não pedem ajuda para resolver seus problemas, apenas lamentam seus infortúnios na busca desenfreada de compaixão e protagonismo.

– Procuram culpados continuamente. Pessoas que assumem o papel de vítimas eternas, desenvolvem uma atitude desconfiada, muitas vezes acreditam que os outros sempre agem de má fé. Por essa razão, geralmente têm um desejo quase mórbido de descobrir queixas mesquinhas, sentir-se discriminados ou maltratados, apenas para reafirmar seu papel como vítimas. Assim, acabam desenvolvendo uma hipersensibilidade e tornam-se especialistas em formar uma tempestade em um copo de água.

– São incapazes de fazer uma autocrítica sincera. Essas pessoas estão convencidas de que não são culpadas por nada, então não há nada para criticar em seus comportamentos. Como a responsabilidade pertence a outros, não aceitam críticas construtivas e, muito menos, realizam um exame minucioso de consciência que os leva a mudar de atitude. Para essas pessoas, os erros e defeitos dos outros são intoleráveis, enquanto os deles são uma simples sutileza.

Quais são suas estratégias?

Para uma pessoa assumir o papel de vítima, deve haver um culpado. Portanto, você deve desenvolver uma série de estratégias que permitam que a outra pessoa assuma a culpa no assunto. Se não tivermos conhecimento dessas estratégias, provavelmente entraremos em suas redes e estaremos dispostos a levar toda a culpa nas nossas costas.

1. Retórica vitimista.

 

Basicamente, a retórica dessa pessoa visa desqualificar os argumentos de seu adversário. No entanto, na realidade, ele não refuta suas afirmações com outros argumentos que são mais válidos, mas, ao contrário, ele cuida da suposição da outra pessoa, sem perceber, o papel de atacante. Como acontece? Ela assume o papel de vítima na discussão, de modo que a outra pessoa seja como alguém autoritário, sem empatia ou mesmo agressiva. É o que se conhece no campo da argumentação como “retórica centrista”, já que a pessoa é responsável por mostrar seu adversário como um extremista, em vez de se preocupar em refutar suas afirmações. Desta forma, qualquer argumento que seu adversário exerça será apenas uma demonstração de sua má fé.

Por exemplo, se uma pessoa se atreve a contrastar uma declaração com irrefutáveis ​​ou estatísticas do fato de fontes confiáveis, a vítima não vai responder-lhe com fatos, mas dizer algo como: “Você está sempre me atacando, agora você diz que eu estou mentindo” ou “Você está tentando impor seu ponto de vista, por favor, peça desculpas.”

2. Recuo de vítima.

Em alguns casos, o discurso da vítima visa evitar a responsabilidade e evitar pedir desculpas ou reconhecer seu erro. Portanto, ele tentará escapar da situação. Para conseguir isso, sua estratégia consiste em desacreditar o argumento do vencedor, mas sem explicitar que ele estava errado. Como acontece? Mais uma vez, assume o papel de vítima, joga com os dados ao seu bel prazer e os manipula a sua conveniência com o objetivo de semear confusão. Basicamente, essa pessoa irá projetar seus erros no outro.

Por exemplo, se uma pessoa responder com um fato comprovado, o que nega sua declaração anterior, a vítima não reconhecerá seu erro. Em qualquer caso, tentará fazer um retiro digno e dirá algo como: “Esse fato não nega o que eu disse. Por favor, não vamos criar mais confusão, é claro que é inútil discutir com você porque você não quer ouvir a razão”, quando na realidade quem cria confusão é o próprio.

3. Manipulação emocional

A manipulação emocional é uma das estratégias preferidas das vítimas crônicas. Quando essa pessoa conhece bem seu interlocutor, não hesitará em recorrer à chantagem emocional para colocar o conselho a seu favor e adotar o papel de vítima. De fato, essas pessoas são muito habilidosas em reconhecer emoções, então elas usam qualquer lampejo de dúvida ou culpa a seu favor. Como isso acontece? Eles descobrem o ponto fraco do adversário e exploram a empatia que podem sentir.

Desta forma, eles acabam envolvendo-o em sua teia de aranha, de modo que essa pessoa assuma toda a responsabilidade e o papel de carrasco, enquanto eles permanecem confortáveis ​​em seu papel como vítimas e podem continuar a lamentar.

Por exemplo, uma mãe que não quer reconhecer seus erros pode colocar a culpa na criança dizendo coisas como: “Com tudo que fiz por você, e é assim que você me paga”. No entanto, esse tipo de manipulação também é muito comum nas relações entre parceiros, entre amigos e até mesmo no ambiente de trabalho.

Como enfrentar esse tipo de gente?

O primeiro passo é perceber se estamos diante de uma pessoa que assume o papel de vítima. Então, é sobre resistir ao ataque e não nos deixar enredar em seu jogo. O mais sensato é dizer que não temos tempo para ouvir suas lamentações, que se você quiser ajuda ou uma solução, teremos o prazer de ajudá-lo, mas não estaremos dispostos a perder tempo e energia ouvindo continuamente suas queixas.

Lembre-se que o mais importante é que essas pessoas não estraguem o seu dia baixando sua dose de negatividade e, acima de tudo, não o façam se sentir culpado. Não se esqueça de que só pode machucá-lo emocionalmente, aquele a quem você lhe dá poder suficiente.

Texto traduzido e adaptado de Rincon Psicología. Via Psicologias do Brasil.

8 fatos sobre a guerra na Síria

8 fatos sobre a guerra na Síria

Na semana em que a guerra na Síria completa oito anos desde o seu estopim, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) reuniu oito fatos sobre o conflito que mostram os desafios vividos pela população do país.

1. Mais da metade da população síria foi forçada a deixar suas casas

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Moradores deslocados internamente pela violência e destruição começam a voltar para o que restou de suas casas, em Alepo. Foto: ACNUR/Hameed Marouf

A crise na Síria continua a ser a maior crise de deslocamento do mundo. Existem mais de 5,6 milhões de refugiados sírios registrados em outros países e mais de 6 milhões de pessoas vivem como deslocadas internas — elas tiveram que abandonar seus lares, mas permaneceram dentro do território sírio.

Os números significam que mais da metade da população síria foi forçada a fugir da violência. Os sírios já representam um terço da população total de refugiados no mundo.

2. Os países vizinhos acolhem a maioria dos refugiados sírios

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O ACNUR e seus parceiros estão oferecendo às crianças deslocadas em Alreyadah, Tishreen e Alepo atividades recreativas, apoio psicossocial e atenção primária de saúde, além de sessões de conscientização para as famílias e outras atividades de proteção. Foto: ACNUR/Bassam Diab

A maioria dos mais de 5,6 milhões de refugiados sírios está em apenas cinco países vizinhos: Líbano, Jordânia, Turquia, Iraque e Egito. A Turquia abriga atualmente mais de 3 milhões de sírios. No Líbano, estima-se que uma em cada quatro pessoas é um refugiado sírio.

3. A maioria dos refugiados sírios vive na extrema pobreza

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Os sírios internamente deslocados em Tal Refaat, Alepo, coletam suprimentos de ajuda das equipes do ACNUR que trabalham com parceiros locais na região. Foto: ACNUR/Antwan Chnkdji

Nove em dez refugiados sírios vivem em comunidades de acolhimento em zonas rurais e urbanas de países vizinhos. Na Jordânia, 80% dos refugiados sírios que moram fora dos campos estão vivendo abaixo da linha de pobreza. No Líbano, cerca de 60% das famílias de refugiados sírios vivem em situação de pobreza extrema, com menos de 2,87 dólares por pessoa por dia.

4. Mulheres e crianças são os mais vulneráveis

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Mãe de cinco crianças, a síria Ronia Metwali vive com seus filhos numa casa no campo de refugiados de Domiz, no norte do Iraque. Foto: ACNUR/Andrew McConnell

Estima-se que 70% das pessoas em situação de vulnerabilidade na região sejam mulheres ou crianças. Cerca de 1 milhão de bebês refugiados sírios nasceram em países vizinhos.

5. As crianças sírias estão ficando para trás nos estudos

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Uma escola na cidade de Al-Khafseh, na Síria, foi parcialmente afetada pelo conflito. Foto: ACNUR/Bassam Diab

Dentro da Síria, uma em cada quatro escolas foi danificada, destruída ou usada como abrigo. Menos da metade das crianças em idade correspondente ao Ensino Fundamental I estão matriculadas na escola. São 700 mil meninos e meninas sem estudar na região.

6. A Guerra da Síria já dura mais que a Segunda Guerra Mundial

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Boushra é uma menina de 12 anos que, como muitas crianças da Síria, teve de abandonar a escola. Foto: ACNUR/Antwan Chokdi

Conforme o conflito continua, também continua a luta das famílias deslocadas dentro da Síria e além de suas fronteiras. No mundo, a Síria gera mais refugiados do que qualquer outro país. Apesar das dimensões do conflito, ele corre o risco de se tornar mais uma emergência esquecida.

7. Contra todas as probabilidades, os sírios estão sobrevivendo

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Tuqah, Khadijah e Mariam olham pela janela para a sua casa parcialmente destruída em Homs, na Síria. Foto: ACNUR/Vivian Toumeh

Em todo o mundo, as famílias sírias continuam a demonstrar coragem e resiliência, fazendo sacrifícios para colocar as necessidades de seus filhos em primeiro lugar, transformando seus abrigos temporários em casas, mostrando seu espírito empreendedor e seu profundo desejo de reconstruir suas vidas com esperança e dignidade.

8. Os sírios querem voltar para casa

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Refugiados sírios em assentamento informal no Líbano. Foto: ACNUR/I. Prickett

Em pesquisas de intenção de retorno realizadas em 2018, 76% dos refugiados sírios afirmaram que esperam voltar para a Síria um dia.

Você pode contribuir com o trabalho do ACNUR na Síria e na região fazendo uma doação. Saiba como clicando aqui.

Via nacoesunidas.org

Jovem tetraplégico tratado com células estaminais recupera movimentos na parte superior do corpo

Jovem tetraplégico tratado com células estaminais recupera movimentos na parte superior do corpo

Infelizmente, muitos são os casos de acidentes que deixam marcas para o resto da nossa vida, como o caso de um jovem chamado Kristopher Boesen que viu a sua vida a mudar drasticamente ao ter ficado tetraplégico após sofrer um acidente de viação no qual o seu carro se despistou e embateu contra uma árvore e um poste de luz.

Sem conseguir mexer o seu corpo do pescoço para baixo, os médicos alertaram a família que ele poderia mesmo nunca recuperar os movimentos.

Felizmente, a medicina têm avançado a passos largos, e por isso foi proposto a Kristopher um tratamento experimental que usa células estaminais para a reparação do tecido nervoso danificado.

Apesar deste novo tratamento não garantir que o jovem recuperasse a sua mobilidade, Kristopher decidiu correr o risco – e ainda bem!

Assim sendo, Dr. Liu, o médico responsável pelo tratamento, injetou 10 milhões de células AST-OPC1 diretamente na medula espinhal cervical de Kris. Segundo este, as células em questão são retiradas de óvulos doados que são posteriormente fertizados em laboratório.

“Normalmente, os pacientes com lesão da medula espinhal passam por uma cirurgia que estabiliza a coluna, mas faz muito pouco para restaurar a função motora ou sensorial. Com este estudo, estamos a testar o procedimento que pode melhorar a função neurológica, o que poderia significar a diferença entre estar permanentemente paralisado e poder usar os braços e as mãos. Restaurar esse nível de função pode melhorar significativamente o dia a dia de pacientes com lesões graves na coluna vertebral.”, disse Dr. Liu.

contioutra.com - Jovem tetraplégico tratado com células estaminais recupera movimentos na parte superior do corpo

Em apenas três semanas, Kristopher melhorou significativamente, sendo que em apenas dois meses este já começou a ser capaz de atender o telefone, escrever o seu nome e operar uma cadeira de rodas.

Com este tratamento inovador, Kris recuperou dois níveis de cordas espinais, o que fez uma enorme diferença nas suas habilidades de movimento.

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“Tudo o que eu queria desde o começo era uma chance de lutar … Mas se há uma oportunidade para eu andar de novo, então sim! Eu quero fazer o possível para fazer isso”, contou Kris.

Apesar dos médicos não garantirem que a situação de Kristopher possa alterar muito mais, estes estão determinados em continuar este tratamento experimental de forma a tentar melhorar os seus resultados e quem sabe até recuperar completamente os seus movimentos, acabando totalmente com a paralisia.

Fonte: theheartysoul, via Sábias Palavras

13 filmes para quem não engole o racismo

13 filmes para quem não engole o racismo

“Quando crescer, todos os dias você verá brancos ludibriando negros, mas deixe-me dizer uma coisa, e nunca se esqueça disso: sempre que um branco trata um negro desta forma, não importa quem seja ele, o seu grau de riqueza ou a linhagem de sua família, esse homem branco é lixo.”- Citação do filme “o Sol é para Todos”

Uma lista para pessoas lúcidas e esclarecidas. Uma lista que nos faz crescer.

Josie Conti

1-  Bem-vindo a Marly-Gomont (Bienvenue à Marly-Gomon)

1975. Seyolo Zantoko (Marc Zinga) é um médico que acabou de se formar em Kinshasa, capital do seu país natal, o Congo. De lá, ele decide partir para uma pequena aldeia francesa, um vilarejo que lhe deu uma imperdível oportunidade de trabalho. Com a sua família ao seu lado, Zantoko embarca na maior jornada de sua vida, onde precisará vencer o preconceito e as barreiras culturais para vencer.

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2-  Viver sem endereço ( Shelter)

Dois moradores de rua, Tahir (Anthony Mackie) e Hannah (Jennifer Connelly) de Nova York vivem rodeados por desespero, perigos e incertezas. Eles acabam se conhecendo e se apaixonando. Tahir e Hannah encontram consolo e força e, aos poucos,  contam um ao outro como foram parar nesta situação de dificuldade, e percebem que juntos podem tentar construir uma vida melhor.

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3- O mordomo da Casa Branca ( The Butler)

1926, Macon, Estados Unidos. O jovem Eugene Allen vê seu pai ser morto sem piedade por Thomas Westfall (Alex Pettyfer), após estuprar a mãe do garoto. Percebendo o desespero do jovem e a gravidade do ato do filho, Annabeth Westfall (Vanessa Redgrave) decide transformá-lo em um criado de casa, ensinando-lhe boas maneiras e como servir os convidados.  Eugene (Forest Whitaker) cresce e passa a trabalhar em um hotel ao deixar a fazenda onde cresceu. Sua vida dá uma grande guinada quando tem a oportunidade de trabalhar na Casa Branca, servindo o presidente do país, políticos e convidados que vão ao local. Entretanto, as exigências do trabalho causam problemas com Gloria (Oprah Winfrey), a esposa de Eugene, e também com seu filho Louis (David Oyelowo), que não aceita a passividade do pai diante dos maus tratos recebidos pelos negros nos Estados Unidos.

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4- Raça (Race)

Cinebiografia de Jesse Owens (Stephan James), atleta negro americano que ganhou quatro medalhas de ouro nas Olimpíadas de Berlim, em 1936, superando corredores arianos em pleno regime nazista de Adolf Hitler.

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5- 12 anos de escravidão  (12 Years a Slave)

1841. Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor) é um escravo liberto, que vive em paz ao lado da esposa e filhos. Um dia, após aceitar um trabalho que o leva a outra cidade, ele é sequestrado e acorrentado. Vendido como se fosse um escravo, Solomon precisa superar humilhações físicas e emocionais para sobreviver. Ao longo de doze anos ele passa por dois senhores, Ford (Benedict Cumberbatch) e Edwin Epps (Michael Fassbender), que, cada um à sua maneira, exploram seus serviços.

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6- Histórias Cruzadas (The Help)

Jackson, pequena cidade no estado do Mississipi, anos 60. Skeeter (Emma Stone) é uma garota da sociedade que retorna determinada a se tornar escritora. Ela começa a entrevistar as mulheres negras da cidade, que deixaram suas vidas para trabalhar na criação dos filhos da elite branca, da qual a própria Skeeter faz parte. Aibileen Clark (Viola Davis), a emprega da melhor amiga de Skeeter, é a primeira a conceder uma entrevista, o que desagrada a sociedade como um todo. Apesar das críticas, Skeeter e Aibileen continuam trabalhando juntas e, aos poucos, conseguem novas adesões.

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7- O Sol é para Todos (To Kill a Mockingbird)

Jean Louise Finch (Mary Badham) recorda que em 1932, quando tinha seis anos, Macomb, no Alabama, já era um lugarejo velho. Nesta época Tom Robinson (Brock Peters), um jovem negro, foi acusado de estuprar Mayella Violet Ewell (Collin Wilcox Paxton), uma jovem branca. Seu pai, Atticus Finch (Gregory Peck), um advogado extremamente íntegro, concordou em defendê-lo e, apesar de boa parte da cidade ser contra sua posição, ele decidiu ir adiante e fazer de tudo para absolver o réu

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8- Tempo de Matar (A Time To Kill)

Em Canton, no Mississipi, dois brancos espancam e estupram uma menina negra de dez anos. Eles são presos, mas quando estão sendo levados ao tribunal para terem o valor da sua fiança decretada o pai da garota (Samuel L. Jackson) decide fazer justiça com as próprias mãos e mata os dois na frente de diversas testemunhas, além de acidentalmente ferir seriamente um policial. Ele é preso rapidamente, mas a cidade se torna um barril de pólvora e, além do mais, a defesa tem de se defrontar com um juiz que não permite que no julgamento se mencione a razão que fez o pai cometer o duplo homicídio, pois o julgamento é de assassinato e não de abuso.

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9- Selma- uma luta pela igualdade (Selma)

Cinebiografia do pastor protestante e ativista social Martin Luther King, Jr (David Oyelowo), que acompanha as históricas marchas realizadas por ele e manifestantes pacifistas em 1965, entre a cidade de Selma, no interior do Alabama, até a capital do estado, Montgomery, em busca de direitos eleitorais iguais para a comunidade afro-americana.

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10- Cidade de Deus

Buscapé (Alexandre Rodrigues) é um jovem pobre, negro e muito sensível, que cresce em um universo de muita violência. Buscapé vive na Cidade de Deus, favela carioca conhecida por ser um dos locais mais violentos da cidade. Amedrontado com a possibilidade de se tornar um bandido, Buscapé acaba sendo salvo de seu destino por causa de seu talento como fotógrafo, o qual permite que siga carreira na profissão. É através de seu olhar atrás da câmera que Buscapé analisa o dia-a-dia da favela onde vive, onde a violência aparenta ser infinita.

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11- Cidade de Deus 10 anos depois

Como o próprio título já diz, resgata os dez anos passados desde o lançamento de Cidade de Deus (2002), longa de Fernando Meirelles e Kátia Lund que recebeu quatro indicações ao Oscar. Procura mostrar as transformações vividas pelos atores do longa na última década. Deram entrevistas atores como Seu Jorge, Alice Braga, Leandro Firmino da Hora, Darlan Cunha, Roberta Rodrigues, dentre outros.

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12- Mandela- o caminho para liberdade (Mandela: Long Walk to Freedom)

nspirado na autobiografia de Nelson Mandela, lançada em 1994, o filme retrata todo o percurso traçado pelo líder sul-africano a partir de seu próprio ponto de vista, desde a sua infância, vivendo em uma pequena aldeia rural, até a eleição democrática ao cargo de Presidente da República da África do Sul. Em uma luta constante pelo fim do apartheid no país, Mandela (Idris Elba) chegou a passar 27 anos em cárcere pelo que acreditava.

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 Green Book: O Guia

Green Book é um filme de comédia dramática estadunidense acerca de uma turnê na região de Deep South, nos Estados Unidos, feita pelo pianista de jazz clássico Don Shirley (Mahershala Ali) e Tony Vallelonga (Viggo Mortensen), um segurança ítalo-americano que trabalhou para Shirley como motorista e segurança. Dirigido por Peter Farrelly, o roteiro foi escrito por Farrelly, Brian Hayes Currie e Nick Vallelonga, baseado nas entrevistas de seu pai e de Shirley, além das cartas que foram enviadas à sua mãe.[4] O título do filme foi influenciado pelo livro The Negro Motorist Green Book, informalmente chamado de Green Book, que se tratava de um guia turístico para viajantes afro-americanos, escrito por Victor Hugo Green para ajudá-los a encontrar dormitórios e restaurantes favoráveis.

Nota da página: após a publicação dessa matéria eu já ouvi ( e compreendi) algumas críticas sobre o filme no que se refere a posição, mais uma vez, de que existiria um “heroi branco” no filme e isso desabonaria o filme na lista. Assim, o filme também teria conteúdo racista. Eu, particulamente, acho que existem cenas muito ricas que ainda fazem valer, e muito, o tempo investido para ver o longa. Como sempre deve ser, sugiro que tenhamos uma leitura crítica da obra e de seus pontos fortes e fracos!

13- What Happened, Miss Simone?

A vida da cantora, pianista e ativista Nina Simone (1933-2003). Usando gravações inéditas, imagens raras, diários, cartas e entrevistas com pessoas próximas a ela, o documentário faz um retrato de uma das artistas mais incompreendidas de todos os tempos.

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Green Book teve estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Toronto, em setembro de 2018, onde foi galardoado com o People’s Choice Award, que premia os filmes mais populares entre os festivais. Em 16 de novembro de 2018, foi lançado teatralmente nos Estados Unidos por intermédio da Universal Pictures. O filme recebeu aclamação generalizada, cujas avaliações reconheceram prosseguidamente as atuações de Mahershala Ali e Viggo Mortensen. Além disso, foi escolhido pelo National Board of Review como o Melhor Filme de 2018, e entrou para um dos Melhores Dez Filmes selecionados pelo American Film Institute. Recebeu, ainda, indicações para o Prémios Globo de Ouro de 2019 nas categorias de Melhor Filme de Comédia ou Musical, Melhor Ator em Filme de Comédia ou Musical(Mortensen), Melhor Ator Coadjuvante (Ali), Melhor Direção e Melhor Roteiro.

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Seleção: Josie Conti. Imagens divulgação. Com sinopses de Adoro Cinema e Wikipedia

 

Jung e a Astrologia

Jung e a Astrologia

Muitos se perguntam qual seria a ligação de Jung com a astrologia. A verdade é que existe uma intensa ligação.

Para desenvolver o conceito de sincronicidade, Jung se debruçou no estudo do I Ching, mas conforme relata precisou da astrologia, pois esta oferecia uma forma de avaliação mais exata (Jung, 2012).

Seu interesse era tão intenso, a ponto de sua segunda filha, Gret Baumann-Jung, tornar-se a mais famosa astróloga de Zurique e professora de astrologia. No artigo escrito por ela, intitulado O Horóscopo de Jung, publicado pela revista Planeta número 35-A (dedicada ao Centenário do Nascimento de Jung) – Editora Três, São Paulo, 1975:

“Novamente vemos como ele foi fiel ao seu horóscopo. Pouco antes de sua morte, falávamos sobre horóscopos e meu pai notou: O engraçado é que essa coisa danada funciona até mesmo depois da morte. E de fato, logo após sua morte o MC em progressão fez um trígono exato com Júpiter nativo. Num momento como esse pode-se ficar famoso. Seu livro Memórias, Sonhos, Reflexões, então recém-publicado, tornou-se um best-seller.”

Em muitas cartas Jung confessa seu interesse pela Astrologia, como se pode observar em uma carta enviada a Freud em maio de 1911:

“No momento incursiono pela Astrologia, que se revela indispensável para a perfeita compreensão da mitologia. Há coisas realmente maravilhosas e estranhas nesses domínios obscuros. As plagas são infinitas, mas não se preocupe, por favor, com minhas erráticas explorações. Hei de, em meu regresso, trazer um rico despojo para o conhecimento da alma humana. Por longo tempo ainda tenho de me intoxicar de perfumes mágicos a fim de perscrutar os segredos que se ocultam nas profundezas do inconsciente.”

A linguagem é toda simbólica e mitológica, o que foi um prato cheio para Jung compreender ainda mais sobre as camadas subjetivas da psique inconsciente tanto individual quanto coletiva.

Em 12 de Junho de 1911 Jung escreve:

“Prezado Professor Freud, minhas noites são, em grande parte, tomadas pela Astrologia. Faço cálculos, com horóscopos a fim de encontrar pistas que me conduzam ao âmago da verdade psicológica. Há coisas notáveis que certamente não lhe parecerão dignas de crédito. O cálculo da posição dos astros, no caso de uma senhora, indicou um quadro caracterológico perfeitamente definido, com numerosos detalhes biográficos que, todavia, não se aplicavam a ela, mas à mãe dela, a quem as características assetavam como uma luva. E a senhora em questão, sofre de um extraordinário complexo de mãe. Atrevo-me a dizer que a Astrologia se poderá ainda descobrir um dia uma boa parcela de conhecimento que foi intuitivamente projetada nos céus. Há indícios, por exemplo, de que os signos do zodíaco são imagens caracterológicas ou, em outras palavras, símbolos libidinais que representam as qualidades da libido num determinado momento. Cordialmente, JUNG”

Para Jung, era muito clara a ligação do mapa natal com a personalidade. Ele observou que a astrologia consistia de imagens míticas poderosas e a de que forma essas imagens se relacionavam e afetavam a psique do individuo.

Para o Astrólogo André Barbault, Jung escreve:

“Existem muitos exemplos de notáveis analogias entre constelações astrológicas e eventos psicológicos ou entre o horóscopo e a disposição geral do caráter. É até mesmo possível prever até certo ponto, o efeito físico de um trânsito astrológico. Podemos esperar, com considerável certeza, que uma determinada situação psicológica bem definida seja acompanhada por uma configuração astrológica análoga. A astrologia consiste de configurações simbólicas do inconsciente coletivo, que é o assunto principal da psicologia; os planetas são deuses, símbolos dos poderes do inconsciente”

Existem correspondências, inclusive, apontando a forma como a utilizava o mapa natal em análise, especialmente com clientes com as quais tinha um entendimento difícil do processo.

Em uma carta para o Professor B V. Raman, de setembro de 1947, ele diz:

“Como sou psicólogo, estou principalmente interessado na luz particular que o horóscopo derrama sobre certas complicações existentes no caráter. Nos casos de diagnóstico psicológico difícil, eu normalmente providencio um horóscopo para poder ter um ponto de vista partindo de ângulo inteiramente diferente. E digo que muitas vezes descobri que os dados astrológicos elucidam certos pontos que eu de outro modo não teria sido capaz de entender.”

A astrologia, com suas imagens míticas, permite a personificação dos arquétipos na forma do mapa natal individual.

Conforme Von Franz (1995):

“As constelações astrológicas representam o inconsciente coletivo: são imagens dos arquétipos projetadas no céu. O horóscopo natal revela uma combinação individual e específica de elementos arquetípicos – isto é, coletivos – semelhante ao caráter coletivo de fatores biológicos hereditários; mas, no indivíduo, esses traços aparecem numa combinação individual. A combinação dos astros no horóscopo indica, em boa medida, as características do indivíduo e seu destino psíquico.”

Mais do que uma projeção de aspectos do inconsciente coletivo, o mapa natal seria a encarnação de forças arquetípicas na vida humana.

Todas as nossas experiências psíquicas, tanto subjetivas quanto objetivas, são arquetípicas. São personalizações dos arquétipos.

As 12 casas astrológicas, no mapa astral, representam as áreas da vida humana, comum a todos os seres humanos. Em cada setor de nossa vida temos nossa forma pessoal de manifestação, pois cada casa possui uma energia, ou seja, um signo. E algumas são povoadas com planetas.

Os signos estão representados por constelações zodiacais associadas a uma imagem mitológica, assim como os planetas.

Ou seja, cada área da nossa vida contém uma imagem arquetípica, sinalizando um esforço do arquétipo para alcançar a encarnação pessoal por meio da vida humana.

Conhecer nosso mapa natal é uma forma do ego se conscientizar a respeito das energias arquetípicas que estão se manifestando em cada setor da vida. Dessa forma o ego pode colaborar ativamente para a manifestação e a realização dos arquétipos em sua encarnação pessoal.

Essa consciência traz sentido à vida, pois se trata da manifestação da nossa personalidade mais profunda que o ego.

Jung cita que a alma como Anima Mundi, a Alma do mundo, é um elemento redondo, que gira. O mapa em forma de mandala, redondo representa a roda do universo que gira ao redor de um eixo.

A forma mandalica do mapa, simbolicamente representa a totalidade da vida humana.

A Cruz contida em seu interior, representa a ligação do macrocosmo com o microcosmo (linha vertical) e a linha horizontal, a matéria e o espírito. A cruz une céu e terra. Ela é o grande mediador entre o ego e o Self.

Para finalizar, a Astrologia fez parte do interesse de Carl Jung e foi de grande importância na compreensão de aspectos psicológicos na clínica. Portanto, trata-se de uma ferramenta de análise profunda, se utilizada seriamente.

***

Referências bibliográficas:

FREUD, S. A correspondência completa de Sigmund Freud e Carl G. JUNG – William McGuire (organização) – Rio de Janeiro; Imago, 1993JUNG, C.G – Letters Volume I 1906- 1950. Volume II 1951 – 1961 USA; Princeton University – 1973.

JUNG, C.G. – Aion. Petrópolis, Vozes, 2012.

JUNG, C.G. – Sincronicidade; Petrópolis. Vozes, 2012.

VON FRANZ, M. L. Os sonhos e a morte – uma interpretação junguiana. São Paulo. Cultrix, 1995.

Sem educação, os homens ‘vão matar-se uns aos outros’, diz neurocientista António Damásio

Sem educação, os homens ‘vão matar-se uns aos outros’, diz neurocientista António Damásio

O neurocientista António Damásio advertiu que é necessário “educar massivamente as pessoas para que aceitem os outros”, porque “se não houver educação massiva, os seres humanos vão matar-se uns aos outros”.

O neurocientista português falou no lançamento do seu novo livro A Estranha Ordem das Coisas, na Escola Secundária António Damásio, em Lisboa, onde ele defendeu perante um auditório cheio que é preciso educarmo-nos para contrariar os nossos instintos mais básicos, que nos impelem a pensar primeiro na nossa sobrevivência.

“O que eu quero é proteger-me a mim, aos meus e à minha família. E os outros que se tramem. […] É preciso suplantar uma biologia muito forte”, disse o neurocientista, associando este comportamento a situações como as que têm levado a um discurso anti-imigração e à ascensão de partidos neonazis de nacionalismo xenófobo, como os casos recentes da Alemanha e da Áustria. Para António Damásio, a forma de combater estes fenômenos “é educar maciçamente as pessoas para que aceitem os outros”.

Em ” A Estranha Ordem das Coisas”(editora: Temas e Debates), Damásio volta a falar da importância dos sentimentos, como a dor, o sofrimento ou o prazer antecipado.

“Este livro é uma continuação de O Erro de Descartes, 22 anos mais tarde. Em ‘O Erro de Descartes’ havia uma série de direções que apontavam para este novo livro, mas não tinha dados para o suportar”, explicou António Damásio, referindo-se ao famoso livro que, nos finais da década de 90, veio demonstrar como a ausência de emoções pode prejudicar a racionalidade.

O autor referiu que aquilo que fomos sentindo ao longo de séculos fez de nós o que somos hoje, ou seja, os sentimentos definiram a nossa cultura. António Damásio disse que o que distingue os seres humanos dos restantes animais é a cultura: “Depois da linguagem verbal, há qualquer coisa muito maior que é a grande epopeia cultural que estamos a construir há cem mil anos.”

O neurocientista acredita que o sentimento – que trata como “o elefante que está no meio da sala e de quem ninguém fala” – tem um papel único no aparecimento das culturas. “Os grande motivadores das culturas atuais foram as condições que levaram à dor e ao sofrimento, que levaram as pessoas a ter que fazer alguma coisa que cancelasse a dor e o sofrimento”, acrescentou António Damásio.

“Os sentimentos, aquilo que sentimos, são o resultado de ver uma pessoa que se ama, ou ouvir uma peça musical ou ter um magnífico repasto num restaurante. Todas essas coisas nos provocam emoções e sentimentos. Essa vida emocional e sentimental que temos como pano de fundo da nossa vida são as provocadoras da nossa cultura.”

No livro o autor desce ao nível da célula para explicar que até os microrganismos mais básicos se organizam para sobreviverem. Perante uma plateia com centenas de alunos, o investigador lembrou que as bactérias não têm sistema nervoso nem mente mas “sabem que uma outra bactéria é prima, irmã ou que não faz parte da família”.

Perante uma ameaça, como um antibiótico, “as bactérias têm de trabalhar solidariamente”, explicou, acrescentando que, se a maioria das bactérias trabalha em prol do mesmo fim, também há bactérias que não trabalham. “Quando as bactérias (trabalhadoras) se apercebem que há bactérias vira-casaca, viram-lhes as costas”, concluiu o neurocientista, sublinhando que estas reações são ao nível de algo que possui “uma só célula, não tem mente e não tem uma intenção”, ou seja, “nada disto tem a ver com consciência”.

E é perante esta evidência que o investigador conclui que “há uma coleção de comportamentos – de conflito ou de cooperação – que é a base fundamental e estrutural de vida”.

Durante o lançamento do livro, o investigador usou o exemplo da Catalunha para criticar quem defende que o problema é uma abordagem emocional e não racional: “O problema é ter mais emoções negativas do que positivas, não é ter emoções.”

“O centro do livro está nos afetos. A inteira realidade dos sentimentos e a ciência dos sentimentos e do que está por baixo dos sentimentos. O sentimento é a personagem central. É também central uma coisa que me preocupa muito, o presente estado da cultura humana. Que é terrível. Temos o sentimento de que não está apenas a desmoronar-se, como está a desmoronar-se outra vez e de que devemos perder as esperanças visto que da última vez que tivemos tragédias globais nada aprendemos. O mínimo que podemos concluir é que fomos demasiado complacentes, e acreditamos, especialmente depois da Segunda Guerra Mundial, que haveria um caminho certo, uma tendência para o desenvolvimento humano a par da prosperidade. Durante um tempo, acreditamos que assim era e havia sinais disso”

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Leia a instigante entrevista de António Damásio “Quando me perguntam qual é o maior cientista de sempre, respondo: na minha área, é Shakespeare”. acessando AQUI!

Fonte: Jornal Público

Fonte mais do que indicada:  Revista Prosa, Verso & Arte

O abrigo para animais abandonados do RJ que será cuidado por moradores em situação de rua que também possuem bichinhos

O abrigo para animais abandonados do RJ que será cuidado por moradores em situação de rua que também possuem bichinhos

Não raras vezes, encontramos pelas calçadas das cidades moradores em situação de rua que possuem animais de estimação. São pessoas que vivem em estado de extrema dificuldade e ainda assim escolhem dividir o pouco que têm com seus bichinhos – seja uma garrafa de água, um sanduíche, um cobertor ou ainda um papelão.

E quem mais confiável e apaixonado do que uma pessoa dessas para cuidar com amor e dedicação de um abrigo para animais abandonados?

A sacada foi do jornalista norte-americado Glenn Greenwald – famoso, inclusive, por denunciar o uso de espionagem pelo governo dos EUA no caso de Edward Snowden – e seu marido brasileiro, David Miranda. Os dois estão com uma campanha de financiamento coletivo aberta no GoFundMe, que visa arrecadar US$ 200 mil para a construção de um abrigo para animais abandonados que será cuidado por pessoas em situação de rua que possuem bichos de estimação.

O projeto trabalhará em parceria com dois grupos de voluntários: um formado por veterinários, que visa cuidar dos animais abandonados e prepará-los para adoção, e outro constituído por profissionais especializados em ajudar pessoas a sair da situação de rua, como psicólogos, assistentes sociais e educadores financeiros.

Isso porque a ideia é que os moradores em situação de rua contratados para trabalhar no abrigo fiquem empregados por lá temporariamente, até terem condição de conseguir um emprego permanente e darem sua vaga para uma outra pessoa em situação de rua que tenha o perfil. Para tanto, ao serem contratados pelo abrigo, receberão moradia temporária, roupas novas e acompanhamento necessário para sua inclusão no mercado de trabalho. Bem bacana, não?

A ideia surgiu em 2015, quando Glenn, apaixonado por animais, resolveu estudar a fundo a relação das pessoas em situação de rua com seus bichos de estimação. O trabalho do jornalista resultou em um curta-metragem sobre o assunto, chamado Birdie, e inspirou-o a lançar a campanha de financiamento coletivo para a construção do abrigo. Quer saber mais a respeito da ideia? Assista ao vídeo abaixo!

Fonte mais do que indicada!!!! The Greenest Post

“Palavras erradas costumam machucar para o resto da vida, já o silêncio certo pode ser a resposta de muitas perguntas”

“Palavras erradas costumam machucar para o resto da vida, já o silêncio certo pode ser a resposta de muitas perguntas”

Dia desses fui adicionada a um grupo no WhatsApp e, logo que entrei, uma pessoa com quem não tenho contato há pelo menos 25 anos, fez uma gracinha recordando uma passagem não muito agradável da minha adolescência. Por sorte, ninguém deu corda para o comentário da ex colega – que deve ter parado no tempo – e eu respondi com meu silêncio.

O fato trouxe à tona situações vexatórias que passei nessa fase da minha vida, em que a menina tímida, introvertida e insegura que eu era se deixava abalar por comentários maldosos, nada agradáveis, da turminha “popular” do colégio. A fase de timidez e inseguranças foi embora, e deu lugar a uma compreensão e acolhimento das angústias experimentadas.

Então me lembrei de uma frase que li certa vez, que dizia mais ou menos assim: “Quando a sua brincadeirinha constrange o outro, não é brincadeira, é desrespeito.” Assim, antes de tentar fazer graça e desejar arrancar gargalhadas de seus aliados às custas da intimidação de alguém, reflita se não é preferível o silêncio. Palavras erradas costumam ferir por muito tempo, e nem sempre quem feriu o outro se lembrará disso.

“Quem bateu, esquece. Quem apanhou, não”. Palavras mal proferidas podem cortar, ferir, machucar para o resto da vida. Temos que ser cuidadosos, principalmente quando nossa “brincadeira” intimida e constrange o outro. Igualmente nos momentos de raiva, em que agimos por impulso e falamos sem conhecer, julgamos e condenamos baseados em deduções, ofendemos e denegrimos a imagem de alguém movidos por uma ânsia cega, há que se ter prudência.

O popular conselho de contar até dez ou cem nunca foi tão verdadeiro, principalmente nessa era de hipercomunicação, em que o celular é quase um prolongamento de nossos braços, e num piscar de olhos podemos tanto mandar uma mensagem em CAPSLOCK acompanhada de emoticons raivosos num momento de ira, quanto um coração pulsante num momento de carência afetiva.

Quantas vezes recebemos comentários maldosos em nossas postagens, má interpretação de nossas palavras, julgamentos de nossa alegria, acusações maldosas de nossa euforia… e, no ímpeto, temos a tendência de responder, retrucar, sair em nossa defesa. Porém, na maioria das vezes, estaremos dando ibope para a maldade. E, confie em mim, não vale a pena. Nesse caso, a melhor defesa continua sendo o silêncio. Aprenda: isso basta.

Na dúvida, melhor distanciar e calar. Dar um tempo, uma pausa para acomodar as emoções, um banho morno e algumas orações. Colocar o celular em modo avião, baixar as persianas do quarto e da alma, reconectar-se consigo, recordar o próprio valor. E, acredite em mim, o silêncio certo pode ser a resposta de muitas perguntas!

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*Compre meu livro “Felicidade Distraída” aqui: https://amzn.to/2P8Hl2p

*A frase título desse texto é do Padre Fábio de Melo

Imagem de capa: Photo by Dalila Dalprat from Pexels

Mendigo encontrou a carteira de um milionário, devolveu e o dono o recompensou com casa e trabalho

Mendigo encontrou a carteira de um milionário, devolveu e o dono o recompensou com casa e trabalho

Um mendigo chamado Woralop, na Tailândia, viu como a sorte mudou a seu favor em um segundo. Ele estava dormindo em uma estação de metrô quando viu que um jovem deixou a carteira cair sem perceber. Sua reação, imediatamente, foi pegar a carteira, cuidar dela e depois ir e devolvê-la à polícia para que seu dono pudesse recuperá-la. Ele nunca pensou como uma ação nobre e sincera traria uma vida melhor para ele.

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Woralop encontrou a carteira de Nitty Pongkriangyos, um empresário milionário de 30 anos. Na carteira havia um cartão de crédito e mais de 20 mil baht tailandeses (quase 600 dólares) e, Woralop não tinha mais de um dólar no bolso. Quando Nitty descobriu que alguém encontrou sua carteira, ficou surpreso, porque ele não havia notado seu desaparecimento. Ele foi à polícia e ficou chocado com a pessoa que havia devolvido seus pertences.

“Fiquei realmente surpreso quando me disseram que tinham encontrado a minha carteira, porque eu não sabia que tinha perdido. Minha primeira reação foi: “Uau, se eu estivesse no seu lugar, sem dinheiro, eu teria ficado”. Mas ele era um mendigo e não tinha dinheiro, e ainda assim ele devolveu minha carteira. Isso é um sinal de que ele é uma pessoa boa e honesta. É o tipo de pessoa que precisamos em nossa equipe”. Nitty Pongkriangyos

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Em gratidão pelo que Woralop fez, Nitty decidiu oferecer-lhe uma recompensa, mas depois quis dar-lhe um emprego, além de uma casa e um bom salário. Woralop aceitou e agora está feliz com sua nova vida. Na verdade, ele agradeceu a Nitty pela oportunidade que ele lhe deu e pela gentileza.

“Ter uma cama limpa para dormir me deixa muito feliz agora”. -Woralop

Traduzido do site UPSOCL. Tradução A Soma de Todos Afetos

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