Educar para cooperação e solidariedade é pôr a paz em movimento

Educar para cooperação e solidariedade é pôr a paz em movimento

A nossa modernidade líquida promove a liberdade individual baseada na competição predatória das relações econômicas, sociais e ambientais. É nesse cenário que se formam uma geração de egoístas e acríticos, que pautam a dinâmica da vida na busca, a qualquer preço, pela “felicidade.”

Esse comportamento contribui para destruir os valores fundamentais da cooperação e da solidariedade, que compõem os pilares da democracia. Porém, os resultados disso são visíveis: o medo, a angústia, o apego exagerado ao dinheiro e bens materiais, o desprezo pelo sofrimento humano, sobretudo, a repulsa pelos excluídos desse estilo de vida.

Por isso, que as universidades, as escolas e os professores têm um papel indispensável na formação de alunos pensantes e críticos, voltados para o exercício da cidadania e de ajuda mútua, a fim de enfrentar os desafios e a complexidade do mundo contemporâneo.

Mas existem alguns grupos sociais que não acreditam nessa visão educacional, porque preferem “jogar” os estudantes em um futuro duvidoso, de disputas ou guerras pelas recompensas prometidas pela competição sem limites.

Por outro lado, os conceitos de cooperação e solidariedade movimentaram o pensamento filosófico, teológico, jurídico, político, entre outros, que pôs em prática a paz e a interdependência entre os indivíduos e o coletivo, exemplos que ocorreram em muitos países, após a Grande Depressão de 1929 e da Segunda Guerra Mundial.

A proposta da educadora e médica, Maria Montessori, reforça esses fundamentos na sua concepção de educação, onde gestores de escolas, professores e comunidades precisam aprender a cooperar em nome da realização de um compromisso social, de ensinar aos seus alunos os conteúdos e as formas de convivência.

Para Montessori, a educação para vida tem o objetivo à formação integral do jovem, no sentido de garantir o desenvolvimento de indivíduos independentes e responsáveis, que encontrarão um lugar no mundo para exercer um trabalho gratificante, mover a paz e ter a capacidade de amar.

Sabemos que têm sujeitos que defendem, como todo o direito, de que a ganância ou o egoísmo são inerentes ao ser humano, como sendo as únicas “engrenagens” que impulsionam a economia e a busca pela felicidade, tendo como máxima: “custe o que custar, doa a quem doer.”

Apesar disso, há muita gente na comunidade científica, nas empresas e nas escolas que movem a cooperação e a solidariedade, não importando as maneiras de pensar e trabalhar. Assim, o poder público deve investir nisso, favorecendo o crescimento de todos os cidadãos, que serão responsáveis pela ampliação do sentimento de bem comum.

Portanto, educar para cooperação e solidariedade é pôr a paz em movimento, como ensinou Montessori: “As pessoas educam para a competição e esse é o princípio de qualquer guerra. Quando educarmos para cooperarmos e sermos solidários uns com os outros, nesse dia estaremos a educar para a paz!”

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Jackson César Buonocore é sociólogo e psicanalista

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Em hospital público, cartinhas anônimas ajudam na recuperação dos pacientes

Em hospital público, cartinhas anônimas ajudam na recuperação dos pacientes

Quem frequenta ou trabalha em um hospital público, sabe que o ritmo frenético de atendimentos nestas unidades às vezes impossibilita que os médicos dêem uma atenção especial aos pacientes. Mas duas irmãs, estudantes de Medicina, e uma professora delas decidiram mudar esse quadro usando uma técnica tão simples quanto eficaz, escrever cartas.

As irmãs Isadora e Victoria idealizaram um projeto inspirado pela filosofia conhecida como “slow medicine“, medicina sem pressa. “O tempo com o paciente era muito curto, muito rápido. Era exames atrás de exames. Não tinha aquele tempo para ouvir o que o paciente sentia, o que estava acontecendo na vida dele”, conta Isadora.

E o projeto “Ajude com cartas” só foi posto em prática devido a um encontro especial. Uma professora delas, que também é médica no hospital ligado à universidade onde elas estudam em Itaperuna, no estado do Rio de Janeiro, conhecia o conceito de “slow medicine”.

Juntas, as três criaram uma liga acadêmica para desenvolver projetos como o “Ajude Com Cartas”, que tem como mote escrever cartinhas para os pacientes. O destinatário e remetente não se conhecem. O carinho é anônimo, mas as palavras podem servir de motivação às pessoas que às vezes necessitam de maior atenção e cuidado.

Hoje, 25 pessoas integram a equipe. A divulgação do projeto na internet criou uma rede cada vez maior de colaboradores que escrevem do Brasil todo e até de outros países.

Quem imaginaria que uma ideia tão simples poderia ser tão eficiente na recuperação de pacientes? E a prática não precisa ser aplicada somente na relação médico-paciente. Que tal escrever agora mesmo uma cartinha a um amigo que precisa de um afago para incentivá-lo a enfrentar os obstáculos da vida?

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ENVIE SUAS CARTAS PARA!

“O projeto ajude com cartas você escreve uma carta para algum “amigo” ou “amiga”. ?Uma carta de motivação. Uma carta que você gostaria de receber se estivesse sozinho no hospital, se estivesse sofrendo…. para alguém que foi diagnosticado com alguma doença. Uma cartinha que você acha que fará a diferença. ❤️Quando a gente achar algum paciente que precisa receber, nós iremos entregar e fará alguém feliz! Vamos espalhar amor? Mande uma cartinha pra gente! Juntos somos mais fortes! ?❤️? (reprodução explicação divulgada junto ao endereço na web)

ENDEREÇO NA FOTO”

contioutra.com - Em hospital público, cartinhas anônimas ajudam na recuperação dos pacientes

Redação CONTI outra. Com informações de G1

iMAGEM DE CAPA: reprodução G1

Investimento em educação para a primeira infância é melhor ‘estratégia anticrime’, diz economista vencedor do Nobel

Investimento em educação para a primeira infância é melhor ‘estratégia anticrime’, diz economista vencedor do Nobel

A violência assola muitas cidades ao redor do mundo. E dentre todas as medidas que podem ser tomadas para solucionar esse problema, a melhor delas é o investimento em educação para a primeira infância. Quem chegou a esta conclusão foi o economista vencedor do Nobel, James Heckman.

O economista conquistou reconhecimento por seus estudos dedicados à primeira infância (de 0 a 5 anos de idade), sua relação com a desigualdade social e o potencial que há nessa fase da vida para mudanças que possam tirar pessoas da pobreza.

Se o assunto hoje tem atraído mais atenção, muito se deve aos estudos de Heckman, que concluíram que o investimento na primeira infância é uma estratégia eficaz para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar gasto é dos mais altos.

O economista explica que, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro se desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades cognitivas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade – necessárias para o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.

Foi no início dos anos 2000 que Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry Preschool Project, experimento social posto em prática em 1962, na pequena cidade de Ypsilanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos. No experimento, 123 alunos da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos.

Um deles, com 58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade e o outro, com 65, não – este último é o grupo de controle. A proposta era testar se o acesso a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas de obter sucesso na escola e na vida.

“O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha sido bem sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra ele, anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.

Heckman e colegas resolveram analisar os resultados do experimento por outro ângulo.

“Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e emocionais que os participantes demonstraram em etapas seguintes da vida e vimos que o programa era, na verdade, muito mais bem sucedido do que as pessoas achavam. Constatamos que os participantes tinham mais probabilidade de estarem empregados e tinham muito menos chance de ter cometido crimes”, diz o economista.

Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho profissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema penal.

Mais de 50 anos depois do início desse programa, Heckman divulgou, neste mês de maio, nova pesquisa, feita com seu colega na Universidade de Chicago, Ganesh Karapakula, que confirma esses resultados e mostra que não apenas os participantes se beneficiaram do programa pioneiro, mas também seus filhos, estes mais escolarizados e bem empregados do que seus pares.

Os estudos de James Heckman surgem como um importante argumento para sustentar um pensamento que vêm sendo muito difundido, mas pouco praticado, a de que a mais eficiente solução para o desenvolvimento de uma nação é justamento o investimento em educação. Você concorda?

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Redação CONTI outra. Com informações de BBC

Imagem divulgação

Não prometa quando estiver feliz, não responda quando estiver com raiva, não decidas quando estiver triste

Não prometa quando estiver feliz, não responda quando estiver com raiva, não decidas quando estiver triste

Li essa linda frase no Instagram e fiquei refletindo no quanto ela é profunda e verdadeira. São três sentimentos que comumente nos trazem arrependimentos: felicidade, raiva e tristeza.

Talvez você se questione: Como assim a felicidade pode gerar arrependimento? Sabe o que digo a você? Pode sim! Depende da ocasião. É claro que de modo geral a felicidade nos traz bem estar, saúde, gratidão, presença etc. Porém, o que foi destacado nessa frase é a felicidade eufórica, que é mais comum do que se pensa.

Inclusive eu sempre faço um trocadinho com a palavra euforia. Perceba! EUFORIA = EU + FORA = eu fora do meu centro. Toda pessoa que está na euforia está dominada pelas emoções e não está equilibrando isso com a razão, dessa forma o resultado muitas vezes pode ser negativo.

O que seria o ideal para tudo na vida é a SERENIDADE. A raiz dessa palavra é simples e bela. Ela significa: “aquilo que vem do ser”. E o ser é o que há de mais essencial em nós. É algo tão vasto e bonito que tem uma área da Filosofia que se debruça e aprofunda apenas nisso. A Ontologia. Não é interessante?

A serenidade me leva a equilibrar razão e a emoção. Com isso eu evito a euforia, consequentemente não prometerei nada que não poderei cumprir. É simples assim! Prometer é algo sério. Está ligado com a nossa REPUTAÇÃO. Se eu prometo algo e não cumpro, além de despertar raiva nas pessoas, eu passarei a ser visto como alguém que não se pode confiar, dessa forma, minha reputação fica comprometida.

Está tudo interligado. A palavra reputação vem do latim e significa “refletir, calcular, pensar”. Ou seja, eu passo tudo que vou fazer pelo crivo da razão. Se formos dominados apenas pelas emoções certamente isso causará sofrimento. Portanto, retomo esse conceito chave, equilíbrio entre razão e emoção é fundamental.

Se eu responder alguém estando com raiva muito provavelmente vou feri-la com minhas palavras. E sabe de uma coisa interessante? Estudos comprovam que normalmente sentimos raiva quando alguém faz algo, diz algo, pense algo ou se comporta de forma diferente daquilo que achamos ser o certo. A raiva está justamente em querer, mesmo que inconscientemente, que o outro mude. E vem cá! Você acha que isso é possível de ser feito na marra? Alimentando sentimentos autodestrutivos? Não! Simplesmente não!

Por fim, não decidir estando triste porque a tristeza nos tira totalmente do nosso centro. Nossa razão está viajando em outros mundos no momento em que estamos tristes. Todos nós sabemos que nada dura pra sempre, nem a felicidade nem a tristeza, e é ótimo que seja assim, pois mostra o quanto a vida é dinâmica. Se você estiver triste, tenha paciência. Repouse, descanse, fique perto das pessoas que você ama! Quando menos esperar ela terá passado e você estará mais lúcido (lucidez vem de luz! Que palavra linda essa não acha?). Nessa hora, com lucidez você poderá decidir de forma assertiva e a possibilidade de se arrepender da decisão será infinitamente menor!

Serenidade! Essa é a palavra que resume todo esse texto. Com ela você terá essa sabedoria para não ser dominado pela felicidade eufórica, pela raiva ou pela tristeza…

Tenho saudade de ter mãe, tenho saudade de ser filha

Tenho saudade de ter mãe, tenho saudade de ser filha

No ano 2000 eu comemorei o Dia das Mães pela última vez, e desde então, Maio é o pior mês pra mim. Dia 05 seria aniversário dela, depois vem o segundo domingo do mês (quando eu falo para todas as minhas amigas que existe sim uma coisa pior que não ter namorado no dia dos namorados), e no dia 26 de maio ela faleceu.

Há 16 anos eu não sou filha do jeito que só uma mãe sabe fazer uma filha se sentir. Um jeito que é bem diferente do jeito que o meu pai faz até hoje (graças a Deus), mas que infelizmente não substitui, não ocupa o espaço, não faz diminuir a dor.

O COLO É DIFERENTE, O OLHAR É DIFERENTE, O CARINHO, A FORMA DE SE MOSTRAR PREOCUPADO OU ORGULHOSO, OS CONSELHOS E ATÉ OS ESPORROS SÃO DIFERENTES.

No mês de Maio dói mais – e muito!, mas eu sinto falta dela em situações tão diferentes, que é quase uma presença. Sinto falta dela quando eu canso de ser adulta e uma mulher forte e só queria colo, e sinto falta do sorriso e do abraço dela quando estou feliz e as coisas estão bem. Ela sorria tanto e era tão bem humorada, que mesmo tendo lutado 10 anos contra o câncer (contei aqui), eu só consigo lembrar dela sorrindo. E ó como era um sorriso lindo!

Nesses 16 anos, eu lamentei ela não estar por perto nos momentos felizes e nos mais tristes que eu vivi. Na minha formatura da faculdade, eu estava com o cordãozinho de ouro com o nome dela, e a minha vó chorou na minha frente pela primeira vez, quando viu. Quando eu casei, usei a parte de cima do meu vestido de 15 anos, que ela tinha feito, pra ela estar presente ali também. Quando dei a minha entrevista aqui no Superela, falei sobre ela ter sido minha inspiração e motivação maior na moda.

Mas é nas pequenas coisas que eu lembro dela e a homenageio, como nesse texto. E me sinto feliz, grata e honrada por tantas pessoas acharem tantas semelhanças em nós duas. Desde o modo de andar até a forma de fazer humor. No tempero da minha comida até a forma como eu fico mexendo no cabelo.

DESDE 2000 EU NÃO COMEMORO UM DIA DAS MÃES, E COMO EU NÃO QUERO TER FILHOS, ESSA DATA NUNCA VAI TER OUTRO SIGNIFICADO PRA MIM.

Toda vez que algum amigo meu perde a mãe, eu tenho vontade de dizer que essa dor vai passar ou diminuir com o tempo, assim como eu queria falar isso pra você que está lendo esse texto agora, mas infelizmente, eu não posso. Os anos amenizam, mas não curam essa dor. Tem dia que eu paro pra pensar na quantidade de coisas que já vivi e ela não viu, que parece ter bem mais que 16 anos que ela se foi. Em outros dias, dói tanto que parece que ela foi embora ontem.

Mas se tem uma coisa que eu sempre falo para os meus amigos, e que preciso te dizer agora é: aproveite muito a sua mãe enquanto tem. Dê valor, carinho e amor pra ela. A minha mãe já brigou muito comigo, e até disso eu sinto falta, e você vai sentir também. Vai sentir falta de ter mãe, vai sentir falta de ser filha.

Por: Priscila Citera

Via Sábias Palavras

Multa de R$4 mil será aplicada a quem abandonar ou maltratar animais em Santa Cruz do Sul

Multa de R$4 mil será aplicada a quem abandonar ou maltratar animais em Santa Cruz do Sul

Mais um ponto para a causa animal: No município de Santa Cruz do Sul, No Rio Grande do Sul, o cidadão que maltratar ou abandonar um animal, terá que por a mão no bolso e amargar uma multa salgada de R$4 mil.

A norma foi instituída a partir de um projeto de lei da vereadora Bruna Molz (PTB), que foi aprovado na Câmara de Vereadores do município no dia 21 de maio e sancionada pelo prefeito Telmo Kirst (Progressistas).

O projeto de lei já tinha sido apresentado em 2017, no entanto, foi barrado pelo Executivo, pois apresentava as multas em reais e não em Unidade Padrão Monetária (UPM). Este ano, foi aprovado com unanimidade no Legislativo e sancionado pelo prefeito sem vetos. “Foi uma luta bem difícil, mas que me comprometi a cumprir como vereadora”, disse Bruna Molz.

A lei anterior previa multa de cerca de R$ 150,00 para casos de maus-tratos. Com a nova legislação, a multa máxima pode chegar a 14 UPMs (R$ 4.004,00). “É uma medida socioeducativa porque só quando mexe no bolso as pessoas se importam. Se alguém comete uma infração de trânsito e é multado, por exemplo, ninguém quer saber se a pessoa tem dinheiro ou não para pagar, é lei”, reafirmou a vereadora.

Ela também ressaltou que casos de maus-tratos e abandono são denunciados diariamente no município, e abrangem pessoas de todas as classes sociais. “Se engana quem pensa que só pessoas em situações de vulnerabilidade cometem esses delitos. Recebemos seguido denúncias de situações em bairros nobres da cidade. A lei serve para essas pessoas repensarem antes de adotarem animais e pararem de cuidar.”

É assim que se faz, Santa Cruz do Sul! Toda e qualquer forma de mau-trato contra os animais tem sim que ser punida, e de maneira severa. Esperamos que a lei sirva como referência a outras cidades dos país.

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Redação CONTI outra. Com informações de Gaz

Garoto que estudava sob o poste de luz finalmente terá uma casa digna para morar.

Garoto que estudava sob o poste de luz finalmente terá uma casa digna para morar.

Dois mil dólares foram doados a mãe para que ela iniciasse um negócio e também pudesse acomodar melhor o filho.

Desde que se tornou conhecida a história de uma criança que estava fazendo o seu melhor para estudar sem luz em sua casa em Moche, no Peru, as coisas mudaram para o pequeno Victor Martin Angulo Córdova, de 12 anos.

O menino estudava na rua, sob um poste de luz, porque sua família não tinha meios suficientes para pagar as contas de luz. Agora, um empresário árabe está ajudando para que o menino realize seu sonho de estudar.

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O empresário que o ajudou é Yaqoob Yusuf Ahmed Mubarak, de 31 anos, que ao ouvir falar sobre sua história, viajou para o distrito de Moche para atender ao estudante. Lá, ele se ofereceu para implementar uma sala de informática na escola Ramiro Ñique, que o menino frequenta, lhe deu US $ 2 mil para que sua mãe abrisse um negócio e também se ofereceu para construir uma casa mais confortável para ele e sua família.

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A viagem, na verdade, era apenas  para conhecer o menino e depois continuar sua viagem para Cusco e visitar Machu Picchu, mas assim que ele entrou em sua casa e viu suas necessidades, ele se sentiu responsável por ajudá-lo.

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A nova casa de Victor está em construção, então o empresário prometeu voltar em dezembro para ver como ele estava e compartilhar um almoço com sua família, que é para o garoto, sua maior inspiração; Graças à mãe, o menino aprendeu o gosto pelos estudos e fez um esforço para atingir seus objetivos.

Após sua visita, o empresário foi recebido pelo prefeito Arturo Fernández , que nomeou o árabe como “Convidado Ilustre” do distrito.

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Aplausos pelo seu espírito exemplar de solidariedade!

Tradução feita pela CONTI outra, do original de UPSOCL

A geração de filhos que se sentem trocados pelo celular dos pais

A geração de filhos que se sentem trocados pelo celular dos pais

“Só um segundinho, filho! O papai está só postando um story no instagram e daqui a pouco fala com você!” Esta frase, que pode soar como um diálogo de esquete de humor, serve perfeitamente como alegoria para um questão extremamente contemporânea que vem contaminando as relações entre pais e filhos. Cerca de 42% das crianças com idades entre 8 e 13 se sentem trocadas pelo celular dos seus pais; revela uma etapa etapa do estudo Digital Diaries, realizado em junho de 2015 pela AVG, uma das maiores empresas globais de tecnologia de segurança. Ficou surpreso com os dados? Então espere até ler o restante da matéria.

Para o estudo, a AVG entrevistou 6.117 pessoas de países como Austrália, Brasil, República Tcheca, França, Alemanha, Nova Zelândia, Reino Unido e Estados Unidos. Ou seja, o estudo reflete a realidade de pais e filhos de diferentes nacionalidades e culturas, o que reforça o argumento de que o problema não é apenas reflexo do comportamento de um grupo específico de pessoas..

O estudo apontou ainda que 54% das crianças reclamaram da frequência com que seus pais olham o celular, especialmente durante a conversa com elas, fazendo surgir nelas outro dado relevante: o sentimento de desprezo (32%) pela falta de concentração no diálogo, segundo informações do R7.

“Meus pais ficam no telefone todos os dias. Odeio o celular e queria que ele nunca tivesse sido inventado”. Essa foi a declaração de uma criança após responder uma pergunta simples feita por uma professora americana, chamada Jen Adams: “Que invenção você gostaria que nunca tivesse sido criada?”.

“Se eu tivesse que te contar de qual invenção eu não gosto, diria que não gosto do celular. Eu não gosto do celular porque meus pais ficam no celular todos os dias. O celular às vezes é um hábito muito ruim. Eu odeio o celular da minha mãe e gostaria que ela nunca tivesse um. Essa é uma invenção de que eu não gosto”, respondeu outro aluno da 2ª série de um colégio no estado de Louisiana, segundo a Crescer.

Donald W. Winnicott e Henri Paul H. Wallon, dois dos principais teóricos da aprendizagem, apontaram a relação mãe-bebê como um fator-chave para o sucesso do bom desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças em seus primeiros meses e anos de vida. O período que vai dos 0 aos 5 anos, também, para teóricos como Sigmund Freud, Melanie Klein, Lev Vygotsky, Jean Piaget, constitui uma fase crucial para esse desenvolvimento.

Não se trata do desenvolvimento motor e cognitivo, apenas, mas do emocional. Quanto mais segura afetivamente a criança se sente, melhor se torna o aparato psíquico dela diante do mundo. Para se desenvolver a criança se espelha em referências. Os pais são a maior referência. É com base no comportamento dos pais que a criança constrói sua ideia de mundo, especialmente de relacionamentos. A autoimagem da criança, isto é, a maneira como ela se enxerga, também é reflexo da maneira como os seus pais lhe tratam.

A falta de segurança e referência na vida das crianças na geração atual tem produzido uma geração emocionalmente vulnerável, carente, insegura e ansiosa. Crianças de apenas 7, 10, 11 anos (período compatível com a evolução da internet) estão cada vez mais externando problemas de ordem afetiva associados à falta de atenção dos pais, e isso também está relacionado à disciplina.

Essa é a geração que nos últimos anos tem apresentado maiores índices de psicopatologias, suicídio, automutilação, depressão e “rebeldias”. Não é só a falta de referência dos pais, mas a substituição dela por outra qualquer, literalmente, já que diante da ausência da família, a criança busca se espelhar no que o mundo lhe oferece de forma fácil e rápida.

E qual seria a solução?

É preciso que pais e mães dediquem parte das suas vidas ao momento mais crucial para a vida dos seus filhos, correspondente ao período em que a personalidade se forma e as primeiras habilidades sociais se desenvolvem. Essa fase vai dos 0 aos 5 anos, sendo esse um período crítico, mas que se consolida até os 10/12 anos.

A partir da adolescência, já no início da puberdade (11/12 em diante), a lógica começa a se inverter. Os filhos querem se ver mais independentes dos pais. Eles querem se provar diante do mundo e é nessa fase que começam a “trocar” os pais pelos amigos (risos). Isso é natural e necessário. É uma preparação para o mundo e algo contrário a isso não é um bom sinal.

Será nessa fase da adolescência que seus filhos colocarão à prova toda a herança recebida durante a infância. Os que tiverem tido boa referência e segurança, dificilmente deixarão para trás os conselhos dos seus pais, mas pelo contrário, vão utilizá-los para encarar a vida. O – bom -vínculo parental construído até os primeiros 10/12 anos de relação servirá de âncora para toda a juventude.

Ou seja, vale a pena investir atenção ao seu filho sem a presença da tecnologia. E no mais, você pode atualizar o seu Facebook enquanto a criança dorme ou está distraída vendo desenho animado na TV. Porque ninguém é de ferro, não é mesmo?

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Redação CONTI outra. Com informações do texto de Will R. Filho, em Opinião Crítica

Taiwan torna-se o primeiro país asiático a legalizar o casamento homoafetivo

Taiwan torna-se o primeiro país asiático a legalizar o casamento homoafetivo

Um grande passo para a igualdade real. O amor venceu❤️?

O governo de Taiwan acaba de legalizar o casamento homoafetivo tornando-se o primeiro país asiático a fazê-lo. A decisão histórica significa uma vitória tanto quanto a comunidade LGBTI como para o mundo inteiro e vem dois anos depois que o Tribunal Constitucional se decidiu a favor do projeto.

Eles foram obrigados a trazer as mudanças antes de 24 de maio deste ano que foi o Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia.

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Três projetos diferentes foram debatidos e finalmente aprovaram a apresentada pelo governo, o mais “progressista”, segundo a BBC. Finalmente, esse foi o único projeto que usou a palavra “casamento” e reconheceu parcialmente o direito de adoção desses casais.

Apesar da chuva, milhares de pessoas esperaram do lado de fora do parlamento pela decisão. Ao ouvir o veredicto, eles comemoraram com suas bandeiras de arco-íris e gritos de excitação. Não é para menos.

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Além do casamento homoafetivo, os legisladores também aprovaram outras cláusulas relacionadas como a adoção conjunta de crianças que são filhos biológicos de um dos parceiros, ou o direito de, em caso de morte de um dos os cônjuges, o outro herdar a propriedade, segundo El País.

Embora essa parte tenha sido alcançada, ela não reconhece o direito de adotar crianças que não tenha relação biológica com um dos cônjuges.

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Tradução feita pela CONTI outra, via UPSOCL.

Amizade de verdade é uma sorte

Amizade de verdade é uma sorte

Eram amigas porque tinham que ser. Tinham se conhecido sem querer, enquanto trabalhavam num lugar de gente doida. Se gostaram de cara, talvez por empatia, talvez pela compatibilidade de signos: duas virginianas. Eram duas personalidades diferentes que foram se aconchegando uma na outra até descobrirem o óbvio: ter uma na vida de outra e poder compartilhar daquela amizade era uma grande sorte.

Eram conversas molhadas de café com tapioca e queijo coalho naquela cozinha simples que tinha só um fogão, uma geladeira, uma parede branca e muita história pra contar.

Eram vinhos que ninguém combinava de comprar, mas que quando chegavam em casa já tinham duas xícaras de plástico, uma garrafa de Naturelle na porta da geladeira e uns amendoins num pratinho de papel. Cenário montado e carinho desavisado falando aos ventos: “hey, venham aqui vocês duas, é hora de se entregarem às risadas uma da outra.

Eram dois sotaques, na verdade três. Um sotaque paulista de uma desgarrada da própria terra que às vezes deixava escapar um “mano, cê tá zoando né?!” e de uma pernambucana que soprava felicidade quando brincava “nunca ouvisse visse?!”. Nessa mistureba, as duas ainda tinham um terceiro elemento: moravam no Ceará e, sem nem perceberem, incorporavam o “massa”, o “vai dar certo” e o “arrudiou”.

Eram roupas de tamanhos diferentes que de repente serviam bem pra todo mundo. Eram shorts emprestados pra ir pra academia, quimonos combinados de última hora pra ver a amiga aumentar a auto-estima e ir feliz pro show com seu namorado.

Eram, também, dois namorados meio noivos meio casados, todo mundo ali, sob o mesmo teto. O namorado de uma tinha a personalidade da outra, e o namorado da outra era secão que nem a uma. Curioso pensar nessa brincadeira de perfis: elas, na verdade, no amor e na amizade, conviviam bem com seus opostos.

Elas eram felizes cada uma à sua maneira, mas se faziam felizes também. Enquanto uma fazia um brownie com pedacinhos de chocolate branco só pra agradar à amiga, a outra vinha com seu estojo de maquiagem imenso, seu abajur e seus pincéis e dizia “amiga, venha cá sentar que vou te deixar um escândalo de beleza hoje”.

Eram amigas, também e principalmente, no silêncio. Uma sabia quando a outra estava na escada, com a cabeça encostada no batente, perguntando pra lua cheia se aquele amor daria certo. Ela sempre chegava lá, “arrudiava”, sentava e, calada, dava o ombro pra amiga chorar de soluçar. Ela não falava nada, só ouvia como tinha que ouvir. Ela sabia que a amiga estava além do limite do esforço mental e a admirava por aguentar tantas coisas por aquele relacionamento. Ela mesma não conseguiria. Então, olhando pr’aquele mesmo céu, ela secava as lágrimas da amiga e aprendia a ter empatia pelos créditos e débitos de cada um.

Da mesma forma, a outra sabia quando a amiga chegava em casa feito um furacão e se trancava no quarto. Ela ia de mansinho, colocava o ouvido atrás da porta, percebia aquele silêncio ensurdecedor do outro lado e, com cautela e carinho, perguntava “tá tudo bem com você?” De repente a porta se abria e por ela saia uma menina linda, de touca no cabelo e unhas sendo feitas falando “Tá tudo ótimo”. As duas sabiam que não estava, e cada uma delas lidava de um jeito com as aflições íntimas. A empatia vinha quando a amiga falava “tá bom, se precisar conversar estou aqui” e saia, deixando as unhas serem pintadas e as cicatrizes pararem de arder.

Eram duas vidas que se cruzavam e se separavam a todo momento. A cada nova chegada, celebravam. A cada despedida, controlavam as lágrimas, se abraçavam e iam embora: uma sem olhar pra trás e de coração profundamente partido, e a outra fazendo stories dos últimos momentos e guardando tudo de bom que tinham vivido numa gavetinha dentro de si.

Elas nunca tinham ideia de quando se veriam de novo, onde seria e por quanto tempo. Nenhum desses detalhes realmente importava, porque elas sabiam que tinham tido a sorte de ter vidas cruzadas apesar de serem espíritos livres. Afinal, até mesmo os livres se reconhecem quando encontram um semelhante.

Inteligentes e criativas, tinham estudado assuntos completamente diferentes mas sonhavam com um casamento profissional que unisse suas qualidades. Afinal, além de se admirarem e se reconhecerem um pouco uma na outra, elas também queriam uma desculpa para precisarem se encontrar com mais frequência e não apenas quando o destino decidisse.

Separadas, mandavam áudios longos que pareciam verdadeiras palestras. Sabiam que a internet reduzia distâncias, que as chamadas de vídeo ajudavam com as saudades, mas conexão nenhuma substituia um abraço sincero e um olho no olho que falava por si só.

Os milhões de quilômetros que as deixavam longe uma da outra de tempos em tempos também ensinavam: percebiam as afinidades pelo tom de voz, pela choro engolido no final de determinado assunto, pelas palavras digitadas com uma raiva que saia da tela e dava um soco na cara da outra.

Mas uma coisa nunca mudava: quando se percebiam juntas, pessoal ou virtualmente, brilhavam mais. Se sentiam mais felizes, mais completas, mais motivadas a seguir seus sonhos sabendo que alguém em algum lugar do Globo estava torcendo pra caralho pra dar tudo certo, fazendo oração e pedindo diariamente pra que a vida fosse gentil com aquela alma amiga que seria sempre parte uma da outra. Porque amizade, amizade de verdade, é uma bênção – e uma sorte.

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Photo by bruce mars from Pexels

Eu dei um duro danado para conquistar a minha zona de conforto… pois deixem-me desfrutá-la em paz!

Eu dei um duro danado para conquistar a minha zona de conforto… pois deixem-me desfrutá-la em paz!

Virou uma modinha (já faz algum tempo), essa história da “zona de conforto”. Saia da zona de conforto! Evite a zona de conforto! É um perigo essa zona de conforto!

Eu, hein!? Discordo veementemente! A tal perigosíssima zona de conforto é apenas um dos elementos, dentre outros inúmeros que compõem a nossa batalha aqui em cima desse chão que, diga-se de passagem, não anda nada fácil de pisar.

A vida é uma batalha diária, um presente novinho em folha que a gente recebe embrulhadinho e precisa é ter muita coragem para desembrulhar. E, mesmo que – muitas vezes -, a gente receba pacotes suspeitíssimos, não temos outra escolha a não ser abri-los, explorá-los, prová-los e vivê-los, TODOS ELES.

Sim, tem pacote que é osso mesmo! Parecem aquelas caixas de amigo secreto que você desembrulha uma, tem outra dentro, e outra, e outra. Até que você chega no tão almejado conteúdo, que às vezes é uma alegria, às vezes é uma coisa tão estranha e desconectada de você que só lhe resta sorrir e agradecer… por falta de palavras mesmo!

E acaba um dia, vem o outro. Outra batalha, outros desafios, outros contentamentos, outros sustos, outros arrepios de puro prazer, mas sempre muita, muita aprendizagem.

E se até na escola que é uma verdadeira fábrica de moer cérebro de criança tem o recreio, porque é na nossa dura vida de gente grande não haveria de ter uma abençoada folga, um momento de paz e quietude, um tempo para o refazimento, UMA MERECIDA ZONA DE CONFORTO!?

Eu dei um duro danado para conquistar a minha zona de conforto… pois deixem-me desfrutá-la em paz!

Durante doze anos seguidos eu trabalhei doze horas por dia, todos os dias. Desses doze anos, durante quatro deles, eu engolia alguma coisa no carro na hora do almoço, indo de um emprego para outro. Chegava em casa, jantava – com meu marido e meus dois filhos -, porque tenho um abençoada companheiro de vida que sempre dividiu as tarefas de casa comigo e fazia o jantar. Ainda ia, feliz da vida, orientar as crianças na tarefa de casa, ajudar a preparar o lanche para o dia seguinte, esperá-los tomar banho, colocar na cama e, só depois ir tomar meu banho e cuidar um cadinho de mim.

Quantos domingos voltei para casa mais cedo dos churrascos, passeios ou almoços de família porque tinha pilhas de provas, atividades ou cadernos para corrigir, mais planejamentos para executar e livros e textos para estudar.

Sou imensamente grata a esse período da minha vida, graças a ele, meus filhos estudaram em ótimas escolas, porque desfrutavam do direito de estudar nas mesmas escolas em que eu trabalhava, o que também nos dava a bênção de ir e voltar juntos.

Foi um período desafiador e muito difícil, mas foi maravilhoso também. Acontece que meus filhos já não são mais crianças há algum tempo. Transformaram-se em dois adultos responsáveis, dignos, éticos, amorosos, estudiosos e queridos. Sofia é Psicóloga e desenvolve um belíssimo trabalho com crianças e jovens autistas. Pedro é Pediatra extremamente dedicado a esse sacerdócio que é a Medicina. Ambos são felizes, tanto do ponto de vista material, quanto com suas vidas pessoais e afetivas.

Em um dado momento do percurso, já com os meninos crescidos, a vida me deu uma baita rasteira. Tive uma crise de depressão e ansiedade que me levou literalmente para o buraco. Perdi o emprego, perdi o chão, perdi tudo – do ponto de vista material, a não ser a minha casa e o meu carro. No entanto, eu tinha à época – e ainda tenho -, o maior tesouro que uma pessoa pode ter: MINHA FAMÍLIA! Tive as mãos fortes e carinhosas de João, Pedro e Sofia para me reerguer.

Troquei a rotina insana do trabalho em escola por minha maior paixão, em termos de trabalho: ajudar crianças e jovens a fazerem as pazes com a escola. Abracei a carreira, tantas vezes adiada, de Psicopedagoga e pus em prática toda a bagagem de estudos ao longo da vida, conquistada por meio de inúmeros cursos de especialização mais um Mestrado em Distúrbios de Leitura e Escrita.

Amo cada dia da minha vida. Sou extremamente grata a cada pessoa que cruzou o meu caminho, tanto os que me deram a mão, quanto aqueles a quem eu dei a mão e, também, àqueles que quiseram me fazer mal. Todos têm um papel intransferível na minha vida.

A tal “zona de conforto” pode ter, sim, essa conotação pejorativa e negativa da acomodação e da falta de ambição ou coragem, mas ela também pode ser a conquista de uma vida equilibrada, com respeito às necessidades pessoais, com a maravilhosa possibilidade de ter tempo para almoçar em casa, para brincar com os gatos, para poder acordar um pouquinho mais tarde, para tomar café da manhã sem olhar no relógio.

Acomodação é uma palavra que não existe no meu vocabulário. Ainda trabalho muitas horas por dia. Nunca parei de estudar. Tenho uma rotina de trabalho e atribuições pessoais bastante puxada. Mas… aprendi que a vida pede pausas, abençoadas, merecidas e bem-vindas pausas!

Justiça dos EUA autoriza pais a gerarem neto de filho falecido

Justiça dos EUA autoriza pais a gerarem neto de filho falecido

O jovem Peter Zhu, que tinha 21 anos, faleceu em março deste ano e, em uma atitude surpreendente, seus pais decidiram recorrer à justiça para adquirir autorização para retirarem sêmem do filho para gerarem um neto. O assunto ganhou as manchetes do mundo todo nos últimos dias, depois que a justiça norte-americana concedeu a autorização aos pais do jovem.

Peter Zhu era cadete da Academia Militar dos EUA e faleceu após um acidente que ocorreu enquanto esquiava no norte do estado de Nova York. O jovem foi encontrado inconsciente e levado ao hospital, onde os médicos declararam que ele havia fraturado a coluna — dias depois foi constatada sua morte cerebral. Mantido vivo por auxílio de aparelhos, os pais de Zhu entraram com um pedido na Justiça para extrair o esperma do jovem enquanto ainda possuía sinais vitais — o procedimento foi autorizado.

 

De acordo com os relatos da família no tribunal de justiça, Peter desejava ter ao menos três filhos e constituir uma família. “[Queremos] realizar postumamente seu sonho de ter filhos e continuar a linhagem da família”, relataram os parentes à CNN.

Um dos obstáculos à decisão favorável da justiça no caso dos pais do jovem cadete era o debate ético em torno da questão. Isso porque Zhu não deixou nenhum tipo de testamento em que autoriza o uso de seu material genético após sua morte. Mas, para o juiz da Suprema Corte de Nova York, John Colangelo, a alegação de que o jovem teria evidenciado o desejo de ser pai “presume intenção” de ter filhos.

O juiz, no entanto, deixou claro em sua decisão que os pais podem encontrar “certos obstáculos” à medida que avancem com a ideia, como profissionais médicos que não estão dispostos a concluir o procedimento, ou dificuldades para encontrar uma mulher que se disponha a gerar o bebê.

Ao The Washington Post, o professor de bioética e chefe da divisão de ética médica da Escola de Medicina da Universidade de Nova York explicou que esse caso é “um atoleiro ético”, afinal não há sistema definido para perguntar às pessoas o que elas querem com seu material genético após sua morte.

Caplan disse que existem muitas outras considerações éticas além do “desejo de ter filhos”, particularmente sobre o que é do melhor interesse da criança — o pai falecido queria que a criança fosse criada usando um substituto? Será que esse pai queria que o filho fosse criado por seus avós ou alguém que não fosse o pai verdadeiro? Quando e como esse pai queria que a criança fosse informada da verdade?

Sim, o assunto é polêmico. Mas e você, qual a sua posição sobre o assunto?

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Redação CONTI outra. Com informações de Revista Galileu

PETER ZHU (FOTO: UNITED STATES MILITARY ACADEMY VIA AP)

Cérebro feminino precisa de lugares quentinhos para funcionar bem, diz estudo

Cérebro feminino precisa de lugares quentinhos para funcionar bem, diz estudo

Os resultados de um novo estudo prometem adicionar mais um capítulo à famigerada guerra do ar-condicionado. Uma pesquisa, feita em parceria por universidades dos Estados Unidos e da Alemanha, aponta que o cérebro feminino funciona melhor em ambientes mais quentes. Então, se você integra o time daquelas que defendem que o ar condicionado do trabalho deve ficar sempre ligado em temperaturas mais elevadas, chame agora os homens do escritório para ler este texto.

O estudo, feito no Social Science Center, em Berlim, concluiu que mulheres têm melhores resultados de performance em matemática e tarefas verbais em ambientes com temperaturas mais altas. Já os homens têm melhora no desempenho em ambientes mais refrigerados, no entanto, em uma menor proporção.

Na pesquisa, foram analisadas as respostas de 543 estudantes de ambos os sexos para questões de matemática, discurso e “reflexão cognitiva”. As respostas intuitivas variavam bastante de acordo com a temperatura do ambiente.

“É sabido que as mulheres preferem temperaturas ambientes mais quentes, mas isso poderia ser apenas um gosto pessoal. No entanto, nós descobrimos que não é só uma questão de se sentir confortável, mas que o desempenho em funções importantes – como matemática e fala – é diretamente afetado pela temperatura”, explica Tom Chang, da universidade americana Marshall School of Business, também envolvida no estudo.
Chang disse ainda que a variação da temperatura não precisa ser grande para que as diferenças apareçam. “Não estamos falando de congelar e ter extremo calor, mas de diferença de 4 a 5 graus Celsius. Se estão preocupadas com o desempenho dos funcionários, as empresas devem começar a prestar atenção no ar condicionado”, completou a pesquisadora.

Ou seja, minhas amigas, contra fatos não há argumentos. Já está liberado, inclusive, usar a frase: “Eu não te disse?”

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Redação CONTI outra. Com informações de Tua Rádio

Imagem de Jill Wellington por Pixabay

Ame como Gandhi

Ame como Gandhi

 

História

Em 2 de outubro de 1869, em Porbandar, na Índia, nascia o hindu Mohandas Karamchand Gandhi. Formou-se em Direito na “University College”, em Londres. Em 1891, partiu para a África do Sul, onde viveu com esposa e filhos e atuou, por mais de 20 anos, como advogado. Uma vida confortável, concorda? Mas, ao invés de parar e dar-se por satisfeito, aí começou sua história.

Em setembro de 1906, o Governo desejava registrar a população hindu, que se recusou e, em consequência, foi detida e condenada a dois meses de trabalho duro. Esta, entrou em greve, que somou um número alarmante de 50 mil operários e fez com que o governo britânico cedesse, validasse os casamentos, perdoasse os débitos e concedesse mais liberdade ao povo.

Libertar a Índia, de maneira pacífica, do governo britânico virou o foco de Gandhi que, anos depois (1915), já na sua terra natal, iniciou oficialmente uma luta para conscientizar hindus e muçulmanos. A pressão britânica aumentou, e fez com que, em 1920, ele iniciasse uma campanha de alcance nacional, realizando viagens com o intuito de conscientizar o povo a não colaborar com o governo britânico.

Em 1928, o número de indianos que não pagava os impostos britânicos era grande. O movimento, iniciado e liderado por Gandhi, aumentava e o governo europeu começou a se preocupar. A reação? Violência, execuções e prisão para os que protestavam. A resposta? Mais protestos pacíficos. Nenhum envolvido na causa deveria responder com violência.

Gandhi organizou uma marcha que levou quase 60 mil indianos à beira-mar, onde recolheram a água salgada em bacias, produziram e venderam o próprio sal, o que era proibido. Como resultado, foi preso. As cadeias ficaram superlotadas com a prisão de quase 100 mil hindus apoiadores da causa.

Gandhi, então, foi convidado a uma reunião de onde nasceu o pacto “Irwin-Gandhi” que estabeleceu o cancelamento do movimento de Desobediência Civil; libertação dos prisioneiros; permissão para produção de sal; participação do partido do Congresso Nacional Indiano nas mesas de negociação. Este foi um divisor de águas.

Gandhi prosseguiu com sua jornada não violenta pela liberdade do país. Até que, em 1942, foi preso novamente, junto com vários líderes da revolução. O protesto veio em forma de jejum. Somente Mahatma Gandhi sobreviveu. A pressão de Gandhi e diversas ações em conjunto com líderes locais, continuaram e em 1947 os ingleses decidiram, então, sair da índia. Durante a luta, Gandhi ficou preso por 6 anos, no total.

Outra guerra

Neste mesmo período, hindus e muçulmanos guerrearam durante um ano e meio, o que culminou na morte de mais de 500 mil pessoas. A cada surto de violência, Gandhi realizava outro jejum, em favor da união entre as comunidades. Interrompia o jejum quando o surto passava. Os hindus temiam causar a morte dele e os muçulmanos temiam as represálias. A paz prevalecia.

No dia 30 de janeiro de 1948, após o fim de um jejum de 5 dias, Gandhi foi assassinado pelo hindu Nathuram Vinayak Godse, no jardim de sua casa, onde estava sendo realizada uma grande reunião de orações. Acredite: Godse matou Gandhi porque era contra a tolerância religiosa pregada por ele. Seu último pedido foi que o assassino não fosse punido. Mas não foi respeitado.

Legado

Gandhi era extremamente espiritualizado e pregava o respeito entre as religiões. Leu, dentre outros, o alcorão e a bíblia, e dizia que aprendeu sobre respeito às religiões com os seus pais. Do hinduísmo e de religiões correlatas, pois seus pais o levava ao haveli, bem como aos templos de Shiva e Rama. Muitos monges jainistas os visitavam com frequência e discutiam vários assuntos de cunho religioso ou não. Seu pai também tinha muitos amigos devotos do islamismo e zoroastrismo.

Já adulto, tanto em Londres quanto na África, teve contato com cristãos de diferente denominações. Na África do Sul, em 1906, fez os votos de brahmacharya, o que implicava em celibato e castidade, renúncia a prazeres e posses (aparigraha), e o princípio da não-violência (ahiṃsā). Mas, não fazer diferença entre as pessoas e respeitá-las, já estava em sua natureza. “A prece é a maior das forças agregadoras, contribuindo para a solidariedade e a igualdade da família humana. Se alguém consegue unir-se a Deus olhará para todos como para si mesmo.”, disse ele.

Gandhi sempre frisou que o ser humano deveria crescer em compaixão e autocontrole. Estes fatos ensinam que, se conhecermos à fundo a religião da outra pessoa, passaremos a respeitá-la. Conhecimento é crescimento. Também, ressalta-se o fato que deve-se tirar o melhor de cada crença para sua própria evolução espiritual, focando-se na espiritualidade e não na religião. Existe um ditado popular que diz: “a religião é um rótulo”. No fundo, todos estão buscando as mesmas coisas: amor e felicidade. E cada religião ensina isso de uma maneira. Não julgue as pessoas.

Ele doava roupas aos pobres, e lutava pelos direitos destes. Para ele, “A pobreza é a pior forma de violência”, já que causa muitas mortes. Gandhi acreditava que, se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não haveria pobreza no mundo.

Gandhi pregava a capacidade de respeitar os outros, independente do que o outro fizesse, já que, somos todos um. Isso não significa que você deva concordar com tudo que o outro diz. Mas, o respeito é fundamental. Agredir um outro ser, humano ou não, significaria, consequentemente, agredir a si mesmo. Por isso, era vegetariano.

“É apropriado oferecer resistência e atacar um sistema, mas oferecer resistência e atacar seu autor é equivalente a oferecer resistência e atacar a si próprio. Pois somos todos farinha do mesmo saco, e filhos do mesmo Criador, e portanto os poderes divinos em nós são infinitos. Menosprezar um único ser humano é menosprezar aqueles poderes, e assim prejudicar não apenas aquele ser, mas também o mundo inteiro”, ressaltou ele.

Os jejuns de Gandhi em sua luta contra as guerras, são a maior prova de resiliência, amor ao próximo e tolerância. Ele arriscava, assim, sua vida e saúde em prol das causas em que acreditava. E isso deu resultado: a Inglaterra se retirou, e, até hoje, Gandhi serve de exemplo e inspiração a todos que falam sobre amor e respeito, independente da religião que siga. Por isso, Gandhi é um dos símbolos da luta pelos Direitos Humanos.

Se você tem uma causa e acredita nela, lute pacificamente por ela. Ame a todos como a ti mesmo, porque, no fundo, eles e você são um só. Busque conhecimento e expanda sua consciência. Use seu conhecimento para ajudar o máximo de pessoas possível. Seja grato e Ame, como Gandhi.

Namastê

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