Três sinais de que ele não está a fim de você de verdade!

Três sinais de que ele não está a fim de você de verdade!

Você conhece alguém que parece bacana. Vocês começam a conversar, trocar mensagens e a sintonia é cada vez maior. Você se empolga e tem a sensação de que, finalmente, encontrou a pessoa que tanto procurava.

Os dias passam e a intimidade aumenta. Parece que vocês se conhecem há anos. A vontade de falar, de saber um sobre o outro faz com que seus pensamentos se voltem para a expectativa de que esse desejo se torne realidade o quanto antes.

Esse é o típico cenário montado na mente e no coração de uma pessoa apaixonada. Ela só enxerga possibilidades e felicidade. Não tem como dar errado. Tudo aponta para o tão sonhado grande amor. E esse conjunto de sensações, sentimentos e emoções é realmente tudo de bom!

Se o outro corresponder a esse cenário, vai agir de modo coerente com o que declara sentir e querer. E o relacionamento vai mesmo ganhar forma e consistência. A paixão amadurecerá e dará lugar ao amor.

Porém, é preciso cuidar para não enxergar o que não existe. Pessoas apaixonadas tendem a ver apenas o que querem e a ignorar sinais que indicam a grande cilada na qual estão prestes a cair. Para que você não se iluda é importante saber identificar alguns comportamentos que são típicos de quem não está realmente a fim de você. Fique de olho:

  • Não cumpre o que promete. Diz que vai ligar e não liga. Some por um tempo, sem dar satisfações e age como se isso não fosse motivo para preocupar ou entristecer o outro. Assume compromissos, mas desmarca em cima da hora. Adia os acontecimentos sem razões claras.
  • Culpa o outro pelo que não dá certo. Justifica sua ausência por causa das cobranças, mas depois reaparece e continua a sua dinâmica: oscila entre ser encantador e distante ao mesmo tempo. 
  • Deixa no ar uma estranha sensação de vazio. Suas palavras parecem suspensas e desconectadas de seus sentimentos. Parece que está ali e em outros lugares ao mesmo tempo, como se não estivesse inteiro, presente e realmente a fim de estar com você.

Note que esses sinais vão apontando para o que realmente está acontecendo e não para o que a pessoa apaixonada gostaria de viver. Então, se você está prestes a cair numa armadilha como essa, questione-se sobre o que você realmente quer e que tipo de pessoa você quer ao seu lado!

Não se deixe enganar por sua carência ou por sua ansiedade porque isso só vai fazer você perder mais tempo com quem não está em sintonia com você. Seja inteligente e racional. E, em último caso, pergunte! Isso mesmo!

Num tom de voz seguro e de quem sabe o que quer, deixe claro o tipo de relacionamento que você está buscando e pergunte o que o outro quer. Assim, ao menos você, estará sendo coerente. De nada vai adiantar falar que não quer ser tratada com indiferença ou incoerência, mas continuar ali caso o comportamento do outro não mude.

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Em situações como essa nada faz mais sentido do que acreditar que “a fila anda”. Porque se você realmente acredita que merece viver um grande amor, saiba que existe alguém que se encaixa perfeitamente com esse seu desejo.

E se não é essa pessoa, que venha a próxima. Cada uma que for embora deixará em sua vida uma grata e deliciosa certeza: a de que a pessoa que se encaixa com seus sonhos está bem mais perto do que antes.

* Rosana Braga é consultora de relacionamento do ParPerfeito, o maior site de relacionamento sério do Brasil.

O que há de gente em nós

O que há de gente em nós

A vida contemporânea parece estar imbricada com um certo estado de desumanização, no qual perdemos a capacidade de observar aquilo que acontece ao nosso redor. É como se tivéssemos perdido a sensibilidade e, assim, tornamo-nos ocos e frios.

Transformados em homens de olhos secos que não possuem rios de lágrimas, deixamos a triste condição Severina se instalar e criar morada. Deixamo-la tornar-se habitat natural dessa desumanização. Diante disso, uma pergunta tem me incomodado: o que há de gente em nós?

Somos seres precários e finitos, de tal maneira que a vida nunca se apresentará em condições normais de temperatura e pressão. No entanto, dada as condições, através do modo como nos comportamos, conseguimos piorar a situação exposta, inclusive, levando a ideia de Aldous Huxley de que este mundo seja o inferno de outro planeta.

Em larga medida o inferno que habitamos está alicerçado no nosso egoísmo e individualidade, os quais nos tornam personagens de Saramago, indivíduos com a cegueira branca, isto é, cegos que nunca cegaram, mas cegos que podendo ver, não enxergam, já que estão envoltos por uma segunda pele bem mais forte que a outra, que por qualquer coisa sangra, chamada egoísmo.

Uma segunda pele que nos aliena das labaredas em cada esquina e dos espinhos que ferem a cabeça de outro ser que poderia ser chamado de humano. Uma segunda pele que banaliza o mal e nos torna apáticos diante do horror que fingimos não ver todos os dias.

Em que ponto nos perdemos? Como podemos achar o mundo exterior tão desinteressante, tão insosso, a ponto de não nos indignarmos quando uma pessoa morre em uma fila de hospital por falta de atendimento? Ou pior, quando centenas de pessoas morrem porque existe um hospital pronto, mas o aparelho burocrático não o deixa funcionar? Será que as regras são mais importantes que os jogadores? Qual o valor de um ser humano? O que há de gente em nós?

Parece que estamos tão saturados com o mal, que sequer percebemos ao andar na rua que existem crianças pedindo dinheiro no sinal, enquanto outras passeiam na Disney; que, enquanto milhares de pessoas morrem de fome, outras tantas fazem dieta. Como aceitamos tamanha paradoxalidade, tamanho absurdo?

Mundo do absurdo, da intolerância, da falta de empatia, do egoísmo, em que nada nos incomoda, nada nos comunica, nada nos incita, no qual o horror se tornar show e é espetacularizado diariamente, como no mundo distópico de Laranja Mecânica de Anthony Burgess. Mundo em que pessoas morrem tentando sair de um país a procura de um novo lugar para chamar de lar, enquanto outras escolhem onde querem morar. E nós passando por esse mundo, como se estivéssemos em uma Timeline, apenas “curtindo” ou não situações, sem de fato refletir, se indignar e, sobretudo, se incomodar.

Incomodar, verbo repetido intencionalmente até aqui, para que percebamos o quanto ele está em extinção, já que não queremos nos incomodar. Queremos sentir prazer, sorrir o tempo inteiro, sem qualquer tipo de dor ou “incômodo”, acima de tudo, se ele vir de outra pessoa que queira romper a nossa segunda pele, que nos “protege” e nos faz mais “fortes”.

Tudo o que queremos, como diz Clarisse em “O Mineirinho”, é manter as nossas casas presas ao terreno, a fim de que elas não estremeçam. É continuar fabricando deuses à imagem do que precisarmos para continuar dormindo tranquilamente, os quais sempre tratam de nos acalmar com o sentimento de que não há nada a fazer.

Tudo o que queremos é continuar sendo os sonsos essenciais, os baluartes de alguma coisa e os cegos que podendo ver não enxergam, para que não corramos o risco de nos entendermos. “Porque quem entende desorganiza. Há alguma coisa em nós que desorganizaria tudo — uma coisa que entende”.

E essa coisa que desorganiza tudo é aquilo que há de gente em nós, é aquilo que rasga a segunda pele chamada de egoísmo e faz com que a nossa primeira pele se incomode, é aquilo que faz com que os leitos dos olhos voltem a ter lágrimas, para que possamos dar de beber a quem sofre, porque mesmo quando a água é pouca, continuamos sabendo o que é sede e mesmo quando não nos perdemos, também experimentamos a perdição.

Talvez Huxley esteja certo e este mundo seja mesmo o inferno de outro. Acho que ele não tinha certeza, mas estava incomodado com a ordem posta e procurava, como Clarice, a coisa que desorganiza tudo, a coisa que entende, o que há de gente em nós. Ele deve ter encontrado a humanidade no Selvagem do seu Admirável Mundo Novo; Ela encontrou no Mineirinho, mas foram necessários treze tiros até que ela se tornasse o outro, para que ela quisesse ser o outro, para que fosse o próprio Mineirinho. Resta saber, quantos tiros são necessários para que sejamos o outro e, então, saibamos, o que há de gente em nós.

Até onde podemos chegar

Até onde podemos chegar

Não estamos acostumados a estar sozinhos de forma alguma. Não lidamos bem com a solitude, estamos sempre a procura de alguém ou de algo que nos faça esquecer de nós mesmos e que preencha a nossa solidão. Afinal, não é tarefa fácil olhar pra dentro de si como se fosse um espelho e se sentir à vontade na própria pele a ponto de apreciar a sua companhia.

Parece algo simples, estar consigo mesmo, mas não é. A maioria das pessoas foge da própria solidão ou ocupam com outras coisas, programas, atividades e pessoas esse espaço. Tem muita gente que não gosta de fazer nada sozinho e sempre precisa de alguém a tiracolo pra tudo de uma ida ao dentista a uma entrevista de emprego.

Temos uma dificuldade inerente em navegar esse mundo sozinho, em aprender a lidar e administrar as situações contando apenas com nós mesmos. Somos muito dependentes do olhar externo, da opinião do outro sobre a nossa vida. Claro, que ter com quem contar, ter alguém que nos ouça e torça pela gente é algo extremamente positivo.

O problema nessa premissa é procrastinar decisões que envolvam a nossa vida e o nosso bem estar, por precisar da validação de alguém para poder seguir em frente e decidir. Independência, autonomia e confiança são ingredientes fundamentais em cada um de nós. E ser autossuficiente é sim uma característica muito positiva de se ter em uma sociedade cada vez mais dependente e carente de atenção o tempo todo.

Parece estranho, mas muitas pessoas gostam de chamar atenção se vitimizando, mostrando o quanto são frágeis e inábeis em tomar uma decisão. E seguem assim pela vida sendo tratadas como café com leite ou incapazes de administrar as situações. Gostam de se sentir assim como coitadinhas, gostam de serem cuidadas, adoram o excesso de atenção.

E o mundo vive recompensando essas pessoas com o cuidado que elas tanto querem ter em suas vidas, são sempre poupadas das coisas. Isso sinceramente é um desserviço a elas mesmas, sem se darem conta estão se limitando, se colocando em uma prisão e delimitando com uma linha imaginária até onde elas podem ir, até onde podem lidar na vida, sem ao menos tentar transpor o desafio.

Acredito que buscar o próprio crescimento enquanto indivíduo, buscar se libertar daquilo que te atrapalha e te impede de seguir em frente, é fundamental. Ser independente, ser maduro para saber lidar com as cartas que a vida te dá, é importantíssimo na vida. De forma geral, a vida é muito difícil, tem momentos que tem tanta coisa para administrar que achamos que não vamos dar conta. E tudo bem também se não dermos.

Não tem problema nenhum em estender a mão e pedir ajuda. Todo mundo precisa de ajuda em alguma coisa, por isso que enquanto seres humanos, nós nos complementamos e podemos ajudar o outro em algum aspecto e no outro precisamos daquela ajuda para avançarmos. As coisas são assim mesmo e feliz é aquele que tem amigos ou familiares a quem possa recorrer quando as coisas ficam difíceis.

Ser autossuficiente não quer dizer orgulhoso. É importante sim poder lidar com as suas coisas sozinho, mas também fundamental saber pedir ajuda quando precisamos. São coisas diferentes e não podem ser tratadas como iguais. Na vida, como em tudo, o importante é ter equilíbrio e saber dosar as coisas, ter sabedoria de diferenciar o que podemos e devemos fazer sozinhos e aquilo que precisamos de um pouquinho de ajuda para prosseguirmos.

É aprender a dosar o orgulho e o ego para aprender a ser independente e autossuficiente quando a situação se apresenta. É se conhecer, é entender quem se é e até onde podemos ir sem nos atropelarmos no processo. E com isso também aprendemos os nossos limites e nos respeitamos para não cruzarmos essa linha e não nos machucarmos no caminho.

Antes de sucumbir ao ódio, mergulhe no carinho

Antes de sucumbir ao ódio, mergulhe no carinho

Ódio; substantivo masculino

1. Aversão intensa ger. Motivada por medo, raiva ou injúria sofrida; odiosidade.

Nunca vivemos em tempos tão obscuros. Fala-se constantemente do mais amor e do respeito ao próximo, mas o que se vê nas ruas e na Internet, é uma intensa batalha de egos. Necessidades movidas por disputas, muitas vezes, vazias.

Uma sociedade cada vez mais preocupada em falar ao invés de escutar. Discordâncias políticas, culturais e religiosas transformando a palavra ódio em algo maior que a própria palavra. É o puro sentimento do malquerer.

Se o assunto é o governo, ódio. Se o assunto são as Olimpíadas, ódio. Se o assunto é o trânsito caótico, ódio. Não importa o tema, mensuramos os nossos desamores em gestos duros. E isso já ultrapassou o descontentamento.

Até mesmo os desavisados, perdidos na clareza dos pensamentos, enxergam oportunidades de despejar o menos querer. E como se já não bastassem tantas preocupações, os meios ainda contribuem para essa perpetuação amarga.

É muito fácil falar de amor e pouco vivê-lo. É muito fácil falar de fé e pouco praticá-la. É muito fácil falar de respeito e pouco entendê-lo. Porque há sim, uma linha tênue entre pensar o bem e de fato, alcançá-lo.

Em todos os instantes dos quais rogamos, maltrapilhos, o cair do outro, nada conseguimos. Essa pequenice da alma é desejo dos tolos.

Antes de sucumbir ao ódio, mergulhe no carinho. Leia, ouça e sinta o peito mais próximo da afetividade e não da maldade. Verdade seja dita, quem não reconhece empatia – por mais doloroso que seja, perde cedo a beleza dos acasos.

“Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem

(…)

A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa”

Se eu não tivesse optado por calar, teria dito coisas horríveis

Se eu não tivesse optado por calar, teria dito coisas horríveis

… e teria me arrependido depois, não por você obviamente, mas por mim, que não mereço carregar palavras duras, pesadas, odiosas como minhas.

Fiz o certo, fiquei de boca fechada e não entrou mosca. Também não saiu nenhuma ofensa, nenhum xingamento, nem uma única insinuação. E, acredite, eu tinha uma trança de coisas para dizer, mas nenhuma delas faria a menor diferença no desfecho da história, porque era um enredo fraco, com personagens sem sintonia e faltou talento para esquentar a cena.

Dizer o que me desapontou não te fará mudar um milímetro do que é e tem certeza de ser. E o que me desapontou é problema meu.
Justificar porque desapontei é desnecessário, já que isso é problema seu e você preferiu não tocar nesse terreno.

Como é difícil calar quando tudo o que se quer é falar, esbravejar, discutir e desarrumar o tabuleiro. Como é difícil não chamar a atenção para si, para sua decepção, para que assimilem suas razões, sintam compaixão de suas decepções, tomem partido, levantem bandeiras, não deixem a briga esfriar.

Porém, passada a fase aguda, que alívio, que enorme prazer! Que gostosa a certeza de que eu conheço as minhas certezas e não é preciso gritar na janela, jogar no ventilador, escrever uma longa e dolorosa mensagem, desabafar, se esparramar em argumentos.

Se eu não tivesse optado por calar, teria dito coisas horríveis e estaria agora arrastando as correntes da vergonha, do arrependimento, do ridículo que teria passado e feito passar.
Creio que nada que não fosse merecido ouvir, mas não por mim. Recuso esta tarefa.

De todas as conclusões, e também depois de comemorar a sábia decisão, fico com a serena conclusão de que não falei o que sentia por opção. Você, que seria o alvo da missão abortada, muito antes preferiu calar, por não ter realmente nada a me dizer.

A artista que transforma comida em arte.

A artista que transforma comida em arte.

Tisha Cherry cresceu ajudando seu pai no restaurante da família. Mas além do gosto pela culinária, Tisha também é apaixonada por artes, moda e cultura pop. Resolveu transformar a comida em formas e cores e criou uma marca própria, a “Arts in the Eats”, através da qual cria pratos que prestam homenagem à arte.

Com suas fotos no Instagram, a artista mostra que biscoitos podem virar quadros, frutas podem virar jóias e balas podem virar animais. Confira:

✨CHERRY’S CHEWLERY SUMMER ’16 Collection: DELICIOUS BLACK(BERRY) DIAMONDS ??✨ #ArtintheEats #EatWear

Um vídeo publicado por tisha cherry ??? (@tishacherry) em

Confira mais no Instagram da artista: Tisha Cherry

Fonte: CuteDrop

Nada nem ninguém vai tampar esse vazio – terá que mergulhar nessa escuridão

Nada nem ninguém vai tampar esse vazio – terá que mergulhar nessa escuridão

Algum lugar do mundo, 04 de agosto de 2016

Esse vazio que você sente, nada nem ninguém poderá preencher. Nem cigarro, parente ou mesmo os mais belos presentes serão capazes de completar. Nem novela, balada, bebida, nem mesmo a vida que sonha em ter. Nem amigos, estilo, nem os títulos mais pomposos serão suficientes. Nem sexo, reconhecimento, o calor do momento ou carros bonitos o farão passar. Viagens para Disney e fotos com milhares de curtidas não te acalmarão. Nem dinheiro, uns quilos a menos ou todas as comidas que para dentro enfia.

Talvez isso tudo o distraia por alguns momentos, assim como funciona um remédio para dor. No momento em que o efeito vai embora, entretanto, o sintoma se agrava por você ter forçado a parte machucada enquanto ignorava a verdadeira causa da dor.

E assim, por evitarmos nossas feridas, elas vão se acumulando, criando uma densidade tão grande dentro de nós, que de tanto e há tanto clamarem por atenção, acabam por tornarem-se buracos negros carregados de dor e incompreensão. E sugam a tudo e a todos e nem mesmo a luz resiste à tamanha gravidade. Tornam-se vórtices negros e acabam por sugarem a nós mesmos enquanto procuramos fora, desesperadamente, algo que possa nos preencher. Mas tudo é sugado novamente para esse depósito escuro para onde não queremos ir, onde jamais gostaríamos de mexer. E esse buraco, sentido como falta de algo ou solidão, nada mais é do que a falta de si mesmo.

Grande é o medo de nos afogarmos nessa sujeira, de cairmos lá dentro com tudo. Tememos e, no fundo, sabemos que esse buraco é muito fundo. E se dele não formos capazes de sair? E se não houver nada melhor para ser encontrado? E se eu me perder ainda mais ao tentar me conhecer?

Na verdade o que tememos não é a perda de nós mesmos, mas das ilusões que nos mantem “vivos”. Das máscaras que nos agarramos para evitar a dor, para vivermos em um mundo que nem sempre é fácil e cheio de amor. Temos medo de perder essas escoras, essa gambiarra emocional e mental que fazemos todos os dias para suportar o fato de não sermos íntegros o suficiente para viver nossas verdades. Verdades que muitas vezes desconhecemos.

Ironicamente, ser verdadeiro é o único caminho para felicidade. E para isso, terá realmente que queimar todas as máscaras que já vestiu. Deverá derrubar todos os muros construídos com tijolos de medo. Precisará cortar essa fita crepe e os barbantes que usa para enquadrar-se nas expectativas dos outros. E terá que curar cada ferida que criou ao negar-se. Ao diminuir-se. Esconder-se. Não tem jeito. Terá que enfrentar seus monstros.

Felizmente, a cada ferida curada, seu salto, inicialmente em plena escuridão, tornar-se-á cada vez mais claro. Iluminado pela luz mais forte que já encontrou, tão forte, que o sustentará fazendo com que sua queda vire voo. E quando todo o entulho for removido, terá um novo terreno onde poderá fincar bases fortes. Nada de galpões remendados. Agora, poderá construir castelos com belos pátios floridos. Quartos acolhedores e salas aconchegantes com quadros coloridos.

Nessa nova morada só entrarão aqueles que realmente dela gostarem. Irão de livre e espontânea vontade. Devo alertá-lo, serão poucos perto dos que frequentavam seus velhos galpões. Porém, agora sua casa não mais precisará estar tão cheia de coisas e pessoas. Estará cheia de sua própria luz e nela sentirá prazer em viver. A falta que antes sentia agora virou alegria – de SER.

O universo conspira, é só aprender a escutar

O universo conspira, é só aprender a escutar

Tem coisas que não entendo, não explico, apenas sinto. Você já viveu isso?

Já percebeu que as melhores escolhas que você faz na vida são aquelas que você deixa um pouco os pensamentos, a razão de lado, e apenas observa onde seu corpo e sua alma melhor se encaixam?

Quando você não sabe o que fazer, mas aprende a silenciar a mente, a se dar um tempo e a ver onde naturalmente seu ser se sente mais à vontade.

Acho que o melhor lugar no mundo é onde a gente cabe inteiro.

O pensamento pode não entender, pode até querer contradizer, o ego vem dar opiniões incisivas, mas se a gente deixa a vida ir tomando forma sozinha, se transformando, se ajeitando, nos conduzindo, a gente entra no nosso fluxo natural, de onde nunca deveríamos ter saído.

Eu gosto de exercitar minha intuição em tudo, em todas as decisões, desde a roupa que vou vestir hoje, até numa escolha profissional ou de relacionamento pessoal.
Acredite ou não, existe uma força maior do que a razão que move a gente.

E quando você aprende a deixar isso crescer, por mais louca que possa parecer a escolha, o passo, a vida vai fazer mais sentido e ficar mais coerente.

Como acessar essa força?

Apenas sinta na pele. Que roupa cai melhor de olhos fechados, sem pensar na opinião dos outros? Que pessoa, amigo, amante, encaixa do seu lado sem dor, sem luta? Que comida entra melhor no seu corpo? Que profissão, situação você flui naturalmente, sem interpretação, sem persuasão, sem máscaras?

No final do dia escolha ficar perto de alguém que te dissolve, nem que seja você mesmo a sua melhor companhia. Escolha o conforto de vestir a própria pele.

Escolha pelo cheiro, pelo tato, pelo sorriso fácil, pela vontade involuntária.

Escolha o contato que se ajusta, a conversa que relaxa, o caminho de vida que foi feito pra você e estava só esperando a sua ficha cair.

Ninguém fica onde não existe reciprocidade

Ninguém fica onde não existe reciprocidade

Uma das maiores razões do sofrimento humano é a ideia de que possuímos certas coisas e determinadas pessoas, como se fossem nossas. Muitos de nós achamos que o emprego, o cargo, a mesa de trabalho e seus objetos, o parceiro, o amigo são posses, são nossos por direito e ninguém há de mudar isso. Ledo engano.

O que temos de nosso, na verdade, é tão somente aquilo que temos dentro de nós, aquilo que nasce conosco, nosso corpo, nossa mente, nossos sentimentos, vá lá alguns objetos que compramos, nossa vida tão somente. Tudo o mais faz parte do mundo, dos momentos, de segmentos de nossa jornada e, por isso, não têm obrigação de permanecer conosco.

Tudo e todos que estão junto de nós ali permanecerão enquanto for propício, enquanto estiver servindo a interesses, sejam eles de que natureza forem, mesmo que por amor. Podemos ser demitidos a qualquer hora, podemos deixar de amar e deixar de ser amados a qualquer tempo, poderemos ter nossos pertences roubados, nosso cargo exonerado, nossa posição questionada. Como dizem, nada é, tudo está.

Muitas vezes, nosso amor vai embora porque não havia mais nada de bom aqui conosco e algo o interessou em outra morada. Nossos amigos se afastam porque a vida em si distancia as pessoas que não se esforçam por manter laços. Perdemos o emprego porque não correspondemos ao que esperavam de nós. Pode ser nossa culpa, pode nem ser, o que importa é entender que não temos controle ou poder algum sobre o que está fora de nós. Ou regamos, cuidamos e nos importamos, ou não manteremos junto aquilo que for mais precioso e quem faz a diferença em nossas vidas, porque ninguém fica onde não existe reciprocidade.Na verdade, ninguém rouba o nosso parceiro, ninguém tira o nosso emprego, ninguém destrói as nossas amizades, simplesmente porque certas coisas e determinadas pessoas a gente não perde, pois, na verdade, nunca foram nossas de fato. O que sai de nossas vidas apenas estava conosco, mas não era algo aqui de dentro, não nos pertencia, ou nem mesmo nos esforçávamos por mantê-lo. Sim, muitas de nossas perdas são consequência direta da maneira como nos comportávamos em relação a elas.

Cabe-nos, portanto, sermos o melhor que pudermos, dar o que temos de bom, compartilhar o que for mais verdadeiro, onde e com quem estivermos, sem achar que somos donos do que nos rodeia. Assim, nos momentos em que perdermos o que parecia certo, teremos consciência de que fizemos o que tinha de ser feito. Ao final, o que e quem ainda permanecer em nossas vidas será tudo aquilo de necessitamos para que possamos ser verdadeiramente felizes.

Gente feliz de verdade dá valor ao que tem.

Gente feliz de verdade dá valor ao que tem.

De repente a gente se dá conta de que não queria estar em outro canto do mundo, nenhum outro, senão exatamente onde está.

A gente sabe que existem tantos destinos, novos prazeres, outras companhias. Mas eles esperam. Se não esperarem, não tem problema. A gente não dá a mínima. Nem liga porque, quando sente que está onde quer estar, é como se nada mais existisse.

Nem sempre acontece. Nem sempre essa impressão calma e forte nos dá o ar de sua graça. Mas quando ela vem, dá na gente uma certeza boa: o que temos e onde estamos valem mais do que todo o resto que a vida tem.

Em grupo, em família, em casal ou na mais sincera solidão, não importa. Nessas horas, aqui dentro, a gente sente estar no lugar certo. Aqui, onde estou agora, é tardinha e eu sinto alegria. Não quero a manhã azul na praia mais linda, a companhia da gente amada, não quero a noite de lua sorrindo na praça da infância nem o friozinho e a bebida quente da cidade mais alegre do meu país quando entra o inverno. Não agora. Depois, quem sabe? Neste instante, quero só o que já está aqui, meu aqui e agora, morada tranquila de tudo o que virá.

Nessa hora a gente sente que a felicidade deve ser isso mesmo. Esta impressão humilde e certa de que não troca por nenhum outro o lugar onde está. Sensação honesta de que não há no mundo outro canto como este aqui, onde estamos e onde queremos estar.

Venham, horas vazias, dias cheios, noites de dor. Podem vir! Eu encaro e suporto. É que eu sei onde a minha felicidade mora. A toda hora, em qualquer canto, quando a tristeza que me visita não mais tiver o que me ensinar, eu peço licença, fecho os olhos e vou voando até lá.

Por que a abertura das Olímpiadas despertou em alguns de nós um sentimento bom de brasilidade?

Por que a abertura das Olímpiadas despertou em alguns de nós um sentimento bom de brasilidade?

Uma noite em que o Brasil virou o foco das atenções para bilhões de pessoas espalhadas pelos mais diversos pontos do planeta. Era uma noite em que a festa do esporte olímpico ganharia as telas de TV a partir do nosso país. Uma noite em que exibiríamos para o mundo a nossa interpretação, ou pelo menos de alguns de nós, do que é receber em solo brasileiro aqueles que dedicam suas vidas a incontáveis horas de treino, anos de disciplina e uma vida de compromisso ao esporte, fazendo dessa missão quase um sacerdócio.

Diante de nossos olhos, quer tenha sido ao vivo ou pela pequena tela, um espetáculo de criatividade, de respeito à nossa história, e de integração entre as muitas vertentes culturais que fazem de nós um povo diverso, cheio de cores externas e internas, reveladas por uma gente que anda vivendo um enorme conflito de identidade; uma gente que vem sendo bombardeada por ondas de descaso político e corrupção nos mais diversos níveis; uma gente que merece ser valorizada em sua incrível força diante de tantas adversidades e inseguranças.

Fomos surpreendidos por uma cerimônia que não reproduziu a imagem clássica de Atenas, a força de Pequim, nem a tecnologia de Londres. Fomos arrebatados por uma festa calorosa e exuberante, durante a qual demos um importante recado universal sobre a destruição de nossas riquezas naturais, em decorrência de um comportamento que revela a falta de consciência planetária sobre a finitude dos recursos da natureza e a irresponsabilidade diante da criminosa emissão de poluentes na atmosfera. “Outros países fazem suas cerimônias olhando para o próprio umbigo, mas nós estamos aqui para dar um recado ao mundo. Uma mensagem para o futuro”, explicou Fernando Meirelles, diretor de Cidade de Deus, aclamado filme que retrata a vida em uma favela carioca.

O Maracanã exibiu ao mundo um Brasil cheio de orgulho e de garra, um Brasil que por alguns momentos guardou na gaveta a tristeza pela enorme crise econômica e política que nos assola. O Maracanã foi palco de uma demonstração de talentos valiosos e diversos. Fomos agraciados pelos versos de Drummond, na voz de nossa ilustre Fernanda Montenegro; e os versos nos tocaram sobremaneira, talvez porque nos identifiquemos com a flor do poeta que “É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio”. Assim somos nós, o povo brasileiro, precisamos furar o asfalto do descaso público, estamos exaustos de aturar o tédio estampado na cara dos políticos corruptos, somos omissos diante do nojo que alguns de nós teimam em ter por outros de nós menos favorecidos economicamente e lutamos para não sucumbir ao ódio, diante de tanta iniquidade.

E tudo isso é realmente muito grave e sério. E aqui ninguém está acreditando que essa suposta euforia de festa seja capaz de nos fazer esquecer que temos uma montanha de problemas a resolver e um exército de monstros reais a enfrentar.

Mas aquele era um momento de festa! E, por mais revoltante que seja a nossa situação, quem é de nós que permite que a crise em que fomos mergulhados ofusque o brilho das nossas merecidas conquistas? O destino desse país é nossa responsabilidade, de cada um de nós. E vamos lutar para que possamos ter orgulho dessa terra, não apenas na cerimônia de abertura das olimpíadas. Mas, temos o direito de celebrar nossos talentos e nossa capacidade de fazer uma festa que não foi a mais cara, nem a mais pomposa, nem a mais sofisticada; mas a foi, sem dúvida nenhuma, a mais alegre, criativa, leve, afetiva e contagiante cerimônia já vista em todos os tempos.

Se a sua intenção foi a melhor, não se lamente mais

Se a sua intenção foi a melhor, não se lamente mais

Se você se lamenta todos os dias pelo que aconteceu é porque essa pessoa tão valiosa que você leva dentro do peito está tentando fazer com que você a escute e deixe-se curar. Se isso acontece é porque ela sabe que, para poder virar a página, você precisa se perdoar e entender que, apesar do que saiu errado, sua intenção foi a melhor e isso também tem seu valor.

Na verdade, você não pode ter esse peso na sua consciência durante muito mais tempo, já que não é bom para você e, além disso, você não merece isso. Lembre-se outra vez de que as consequências de uma ação têm que se materializar, mas não têm que ser eternas.

Você já sofreu o suficiente e, embora não fosse o que você queria, você também ouviu críticas, talvez sentiu um pouco de vergonha e pode até mesmo ter sofrido um julgamento moral derivado dessas atitudes. No entanto, são coisas que têm que acontecer: quando enfrentamos nossas decisões corremos o risco de errar e nem toda a boa vontade do mundo exclui a possibilidade do erro.

A importância da intenção: “Eu apenas queria…”

É verdade que agir com a alma cheia de bondade é subestimado e que algumas pessoas usam a chamada “boa intenção” como escudo para esconder sua covardia ou inventam desculpas que as paralisam. No entanto, outras pessoas realmente se sentem mal porque algo que elas não esperavam aconteceu, pois sua intenção foi dar o melhor.contioutra.com - Se a sua intenção foi a melhor, não se lamente maisOu seja, chegou um ponto em que você se lamenta uma e outra vez por como as coisas aconteceram e esses “eu apenas queria…” ou “não era minha intenção” são frutos de um sentimento de culpa que o oprime desde então. Essas duas frases são o símbolo da frustração de alguém que tentou colocar o coração em algo e, no entanto, saiu com ele aos pedaços.
Você sente uma pressão no peito e um arrependimento, não interessa que a pessoa afetada tenha lhe perdoado e que agora a situação não o machuque tanto, mas sim que a sua moral foi atingida: não tem mais importância pensar que você queria dar o seu melhor e que você gostaria de voltar atrás para mudar as coisas. No entanto, a solução reside em outra direção.

Atreva-se a dar o passo na direção do perdão

A única saída possível se você quiser sair de onde está é perdoar a si mesmo, por isso, se você está convencido de que quer deixar de se sentir mal, você tem que se atrever a fazê-lo. Apenas dessa maneira você conseguirá fazer com que essa preocupação saia da sua cabeça e que tudo seja concluído.

Faz bem que você não se lamente mais por algo que não pode mudar e que já ficou no passado, precisamente porque nas suas boas intenções reside a possibilidade de voltar a começar, de descobrir que ninguém é perfeito, e muito menos você, ainda que gostaríamos que fosse assim.contioutra.com - Se a sua intenção foi a melhor, não se lamente mais
Ter cometido um erro não lhe converte numa má pessoa, nem um fracasso tem que ser o juiz do restante das emoções que você tem nesses momentos: tenha confiança em si mesmo, valorize-se e mais ocasiões irão surgir para que você demonstre que não é sempre que se perde, mas sim que você às vezes também ganha. Reflita sobre isso: os erros não o definem, mas ajudam convertê-lo em quem você realmente é.

Que dar o melhor de si siga sendo um remédio diário

Para finalizar, vou dizer por que penso que você tem que libertar a sua consciência disso que o está machucando: simplesmente por que acredito que precisamos de pessoas que se deixem guiar por um coração humilde e cheio de bondade, ainda que os resultados não estejam sempre do seu lado.

Precisamos dar o melhor de nós às pessoas que queremos que estejam conosco todos os dias, estar ali se precisam de nossa companhia e dar a mão quando elas precisarem de algum conselho. E se errarmos? Nesse caso poderemos nos perdoar eticamente e seguir vivendo em paz, depois de termos assumido as consequências das nossas atitudes.contioutra.com - Se a sua intenção foi a melhor, não se lamente mais
É verdade que muitas vezes parece que o que importa realmente não é a intenção, mas sim o que se faz porque definitivamente é o que temos certeza de que é real. Mas às vezes esquecemos que a boa vontade move montanhas e que sem ela não se moveria uma pedra. Por isso, não se castigue mais e dê a si mesmo uma outra oportunidade: não é sempre que você tem que perder.

Matéria original: A Mente é Maravilhosa

Sobre o amor que não acontece todos os dias

Sobre o amor que não acontece todos os dias

Obrigado por sorrir comigo. Por despejar carinho sem a necessidade de cobranças, desejando não mais que a reciprocidade de um amor tranquilo.

Obrigado por dividir conversas sobre a vida. Fala-se dos sonhos, dos planos e vontades em estarmos juntos, mas sem a perda da individualidade. Para ter um amor que soma, que é sadio, ambos escolhemos deixar o passado para trás em busca de um caminho novo.

Obrigado por mostrar-me o quanto é gostoso sentir saudade. Porque nessas pequenas pausas entre nós, a ausência é apenas uma palavra. A nossa felicidade não é medida pelo tanto que passamos, mas pelos instantes que saboreamos com sinceridade.

Obrigado por acreditar novamente no amor. Sim, ele não acontece todos os dias, mas bastou um sorriso e uma canção para que viesse ao nosso encontro.

Obrigado por permitir-se estar ao meu lado. É liberdade amar nós dois.

“Só quero o amor das grandes paixões
Ser como crianças no parque de diversões
Aquele amor que em menos de um instante
Faz a vida girar numa roda gigante”

Para um amigo que partiu

Para um amigo que partiu

Escrever é tentativa de aproximar o longe, trazer para perto aquilo que não mais se vê.

Depois de concretizado o fato, concretiza-se a ausência minimamente imensa, desmedida em suas múltiplas extensões, porque a ausência sentida é tanto maior quanto menor o detalhe silenciado: o telefonema sem maiores importâncias que também respondemos com certa “desimportância”; o cigarro dividido; as horas mudas e a certeza inequívoca da presença do outro quando for necessário.

Perder alguém que se ama é verbo no gerúndio, crime continuado. O fato não pertence a uma data, o fato pertence aos dias e a rotina modificada.

A morte de alguém que se ama não é sentida no dia de sua partida, no dia sentimos o choque e o antagonismo de se estar vivo, porque é na morte que está a materialização e a certeza da vida. No dia da morte observamos a vida, depois é que se experimenta essa partida carregada de nãos e silêncios.
Depois da morte vive-se os dias que continuam exatamente iguais, com uma pequena grande diferença: todas as somas carregam em si uma secreta subtração.

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