Mais elegância e menos rancor, por favor

Mais elegância e menos rancor, por favor

Elegância. No dicionário sf. 1. Distinção de porte, de maneiras. 2. Graça, encanto. 3. Bom gosto. 4. Gentileza. 5. Cortesia.

Uma pessoa pode dizer um baita palavrão sem perder a elegância. Tudo depende de como, onde e com quem. Mas uma pessoa pode dizer palavras bem tingidas, bem cortadas e bordadas com fios de ouro e ser completamente deselegante.

Ser completamente deselegante por não acrescentar nada com suas palavras e exalar maldade gratuita no que diz.

Em ambos os casos não importa muito o quê se diz, mas a maneira como se fala; o momento em que se fala.

Uma pessoa pode estar usando trapinhos mal lavados numa festa e mesmo assim estar elegante. Ela pode não estar bem vestida, todavia, se ajudar ao anfitrião a recolher copos e taças ao final da festa, levar um presentinho para a dona da casa, não beber em demasia a ponto de dar vexame e não se atracar em assuntos irrelevantes que inflamam os nervos de qualquer cristão, acaba sendo muito mais elegante, graciosa, encantadora e gentil que uma perua vestida de Prada que só reclama do buffet, do calor e da música. Porque a elegância não está nas roupas que usamos, mas na maneira como nos colocamos frente às situações.

Elegância independe de raça, status, dinheiro, sexo e credo. Existem pessoas paupérrimas que são infinitamente mais elegantes que alguns ricaços que maltratam garçons, empregados, vendedores e afins.

Uma pessoa elegante respeita o ponto de vista do outro, mesmo que não concorde com ele. Não maltrata o outro só porque pensa diferente dele e sabe que o silêncio às vezes vale ouro.

Uma pessoa elegante é, sobretudo, uma pessoa educada. Não mete o bedelho aonde não foi chamada e se vez ou outra o faz, age com delicadeza, por amor: para ajudar, e não agredir.

Elegantes são aqueles que conhecem o próprio valor, porém não se julgam melhores que os outros. Que não se ressentem pelo fato do outro possuir algo que não possuem. Que torcem, vibram, se alegram quando uma pessoa próxima conquista algo.

São, também, pessoas que doam. Doam seus assentos no metrô, doam tempo à velhinha no elevador, doam roupas que não usam mais para quem precisa, doam palavras de afeto –  e nunca rancor -, enfim,  doam amor.

Respeito, mas não admiro pessoas deselegantes.

Comer de boca aberta, enfiar o dedo no nariz em pleno trânsito, arrotar em público, falar alto demais, gritar, colocar os cotovelos sobre a mesa, usar os talheres errados num jantar de gala ou shortinho de periguete em lugares inapropriados; chegar atrasado aos compromissos, não necessariamente são sinais de deselegância. Talvez seja apenas falta de boas maneiras – e de boas maneiras o inferno está cheio – ou fanfarrice.

Magoar as pessoas por pura incapacidade de lidar com as próprias faltas e carências; enxergar sempre o lado ruim das pessoas e nunca o bom; não aceitar as diferenças, não bancar as consequências das próprias escolhas, culpar os outros por nossos fracassos, falar mal dos outros, não respeitar o espaço alheio, errar e não pedir desculpas, invadir a privacidade alheia; ostentar, desmerecer, praticar racismo e homofobia, espalhar ódio nas redes sociais, ser ingrato, não estender a mão a quem precisa; reclamar o tempo inteiro, acreditar que o outro está no mundo apenas para nos satisfazer ou nos salvar, essas, sim, são atitudes deselegantes.

Gentileza não gera apenas gentileza, gera, também, elegância. Portanto, sejamos todos mais elegantes, por favor.

Lembrando, que: é quando a elegância entra no baile da vida que a festa realmente começa e fica bonita.

Licença, mas eu só quero saber de ser feliz onde for

Licença, mas eu só quero saber de ser feliz onde for

Não tenho mais tempo para mesmices. Não quero e não vou passar a vida catando metades pelo caminho até formar o meu inteiro. O dia está correndo lá fora e estou transbordando aqui dentro. É poesia escancarada no sorriso e mais do viver por trás dos olhos. Se não for dar passagem, sinto muito, vou precisar invadir a sua zona de conforto e sacudir esse coração.

Nada se compara com o êxtase de sentir-se vivo. Sou um animal sentimental, sim. Tenho desejos e sonhos que não estão formatados e organizados por ordem alfabética. Busco dar voz para a minha alma e deixo-a extravasar onde for e como for. Porque é sincero dar essa oportunidade para quem muito já chorou, caiu de joelhos e encontrou desespero imerso no travesseiro velho.

Quero dividir a liberdade das coisas mundanas. Caminhar sem hora marcada para o destino. Ir naquele show que arrepia a nuca. Comer e beber daquelas futilidades que o corpo sente vontade. Namorar na chuva. Correr igual criança atrás de doce. A ordem dos fatores não altera a minha felicidade.

A vida anda muito exaltada e os ombros não foram feitos para carregar esse peso todo. Tudo bem que, nem tudo, é como nos filmes e nas histórias fantásticas. Mas quer saber? Perder a simplicidade dos momentos e a loucura das palavras não é lá mau negócio também.

Sigo crendo no adiante, mas deixando os abraços abertos no agora. Vou dançar com o fone de ouvido. Vou cantar sem saber a letra. Vou usar as belezas diárias como cenário do meu próprio filme. Vou ser feliz, bem assim, onde for.

Mas se você vier comigo, segure firme a minha mão. Aqui, intensidade não se esconde.

Projeto fotográfico mostra o efeito transformador de um sorriso

Projeto fotográfico mostra o efeito transformador de um sorriso

Em dezembro de 2013, o fotógrafo inglês Jay Weinstein viajava à trabalho por Bikaner, nos desertos de Rajasthan, na Índia. Perto de uma estação de trem abandonada, onde havia apenas ferramentas desgastadas pela falta de uso, nenhum movimento se apercebia, a não ser o do vento, que era forte.

No meio de duas pilastras, Weinstein pôde observar, enfim, um homem parado, à espreita. Ele sentiu o desejo de fotografá-lo, mas hesitou em um primeiro momento. O semblante do homem era severo, intimidador. Instantes depois, percebendo que Weinstein não faria algo, o homem pediu, com voz jovial: “Tire uma foto minha!”

Com a lente da câmera focada e o dedo pronto para disparar, Weinstein pediu para o homem sorrir. E então houve uma transformação. Seu rosto irradiou calor, e seus olhos, brilhantes, acusaram um humor sensacional. Mesmo a postura do homem suavizou, pois estava muito à vontade perante o fotógrafo. A partir desta perspectiva elucidante, Weinstein soube qual seria seu próximo trabalho: o projeto fotográfico I Asked Them To Smile.

Weinstein decidiu que queria documentar os efeitos do sorriso humano na face de estranhos. Nos dias, meses e anos que se seguiram até hoje, ele pediu a pessoas aleatórias em suas aventuras fotográficas (principalmente nas ruas da Índia) para posarem primeiramente sérias e, em seguida, sorrindo. O fotógrafo diz:

“Essas imagens são o coração do meu projeto. O objetivo é recriar a mentalidade de como vemos um estranho, e depois testemunhar como nossas suposições transformam seu sorriso. Portanto, não há nomes, ocupações, religiões ou etnias confirmadas. Há lições de vida intrigantes ou corações dedilhando anedotas. E faces humanas, com e sem sorrisos.”

Esse projeto prova que o impacto de um sorriso pode alterar completamente a percepção que se tem de uma outra pessoa, ainda mais se for estranha.

Segundo Weinstein, não houve esforço consciente para fazer com que essas imagens representassem todas as diferenças culturais, socioeconômicas ou religiosas. Dessa forma, a variedade das pessoas fotografadas é aparente, embora se possa supor que tenham valores, hábitos, condições financeiras e crenças específicas distintas.

Enquanto viaja, Weinstein está à procura de pessoas que possam fazer parte de seu projeto. Mas nem sempre é fácil. Ele conta:

“Alguns dias eu não consigo abordar ninguém, e esse é um dos obstáculos de ser introvertido. É um desafio interminável aproximar-me de estranhos, onde quer que estejam no mundo.”

De acordo com o fotógrafo, cada imagem é o resultado de vários eventos que ocorrem ao mesmo tempo: um rosto que o inspira, a força para superar seus próprios medos e a bondade das pessoas dispostas a ser fotografadas.

Ao proferir a palavra “sorria”, Weinstein cruza uma linha de separação entre a vergonha de contatar estranhos e a familiaridade de enxergar sorrisos radiantes em seus rostos.

É muito fácil notar como tiramos conclusões precipitadas sobre pessoas estranhas que encontramos por aí, e a maioria dessas mesmas pessoas também faz um julgamento prévio de nós, muitas vezes, longe da verdade.

Seguimos a tendência de caracterizar estranhos unicamente por suas roupas, características visuais e expressões.

A palavra “estranho” evoca todo tipo de sentimentos, a maioria deles negativos. Afinal de contas, um estranho é desconhecido, de certa forma imprevisível e, portanto, possivelmente perigoso. Podemos nos assustar ao nos deparar com um estranho, ainda mais se estivermos em locais críticos. Apesar e por causa disso, é acalentador notar o efeito transformador de um sorriso no rosto de um estranho. Em um átimo de tempo, abandonamos uma postura defensiva para nos voltarmos à raríssima contemplação humana desprovida de preconceito e estereótipos.

Essas fotos de Weinstein revelam a exaltação de espírito, o bom humor e resquícios de uma felicidade antes ocultada pela seriedade. Independentemente se estão sorrindo ou não, o fotógrafo sempre capta algo de belo nas pessoas, pois elas estão sempre respondendo a seus estímulos espontaneamente, como se impactadas pelo poder da fotografia ou motivadas por seu próprio ânimo.

O bom humor genuíno, ou mesmo forçado, faz com que a luz dentro do túnel esteja sempre à nossa vista conforme caminhamos.

Este trabalho de Weinstein caracteriza imagens de estranhos feitas exclusivamente na Índia, mas o fotógrafo deseja expandir seus horizontes e incluir, em sua coleção, pessoas de todas as partes do mundo.

 

Com esse projeto fotográfico, Weinstein trouxe à tona o aspecto humanitário nas pessoas que lhe inspiraram, justamente por sua beleza, simpatia e alegria extravagantes. Confira o resultado transformador nas fotos:

contioutra.com - Projeto fotográfico mostra o efeito transformador de um sorriso

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Não sufoque o seu coração

Não sufoque o seu coração

Nem todos os amores são feitos para durar. Eu diria que existem tipos diferentes de amores. Existem amores que são intensos, como um flash de luz e outros mais serenos como uma tarde de sol cálida e serena. Todos são amores, nem melhores, nem piores.

Acontece que inventaram que amor bom é amor que fica. E os amores que passaram como uma breve estação de outono não são bem compreendidos pela nossa razão.

Então a gente fala pro nosso coração engolir o choro e esquecer do amor que não ficou. Tratamos duramente nossas emoções e fingimos esquecer. Fingimos que a saudade do amor desfeito não está ali. Fingimos que não lembramos das coisas boas que o amor nos ensinou. Fingimos que não nos importamos mais com aquele ao qual deitamos um dia palavras e gestos carinhosos. Passamos por cima do nosso coração e forçadamente estampamos um sorriso no rosto, como se tudo estivesse maravilhosamente bem depois do fim de uma relação.

Um amor não substitui o outro. Cada pessoa tem uma forma única de amar e preencher nossa vida. Todo amor merece ser lembrado com carinho, todo amor merece ser respeitado. Que a gente se permita chorar a distância de alguém que amamos, que a gente se permita sentir saudades e pensar nessa pessoa com carinho. Que a gente se permita entender que o amor que se finda no tempo da vida não precisa morrer em nós.

Permita-se sentir a tristeza do fim de uma relação. Permita-se guardar aquele que um dia fez parte da sua vida com carinho em sua memória. Permita-se o silêncio para ouvir o seu coração soluçar. Permita-se um momento de solidão para entender como seu coração ficou depois desse amor. Permita-se a gratidão por ter vivido esse amor e deixe-o guardado no teu sentimento. Sem se odiar por isso, sem buscar razões que justifiquem o amor. O amor não tem justificativas.

Não se recrimine por qualquer amor. Ame aquele que partiu à sua maneira, em seus pensamentos e deixe o coração leve para seguir em frente. O coração é bonito em sua capacidade de amar e deixar-se amar. Ele é teimoso e sensível e sabe que a vida não nos reserva apenas um único amor, que a vida nos reserva um jardim de amores.

Permita-se amar aqueles que encantaram sua alma através do sentimento. Não deixe a razão petrificar o seu coração. Amor bom não é amor que dura pro mundo. Amor bom é amor que dura na gente.

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Vida, dai-me tempo…

Vida, dai-me tempo…

Vida, dai-me tempo. Tempo para crescer, para aprender, para fazer, desfazer e refazer.

Vida, dai-me tempo, para amar, para com o fim novamente recomeçar. Dai-me tempo para me firmar, para colocar na vida todos os meus sonhos. Para desistir e novamente acreditar.

Vida, dai-me tempo para esbarrar com o grande amor. Para abrir os olhos e finalmente enxergar. Dai-me tempo para eu tentar, me arrepender, me recriminar, mas finalmente me perdoar.

Dai-me tempo para viajar, por novos caminhos, por novas peles, por outros olhos. Dai-me tempo para amar até doer, para deixar-me amar também. Dai-me tempo para aprender o valor do meu amor e saber quando e como o devo expressar.

Vida, dai-me tempo para ver crescer as mudas e vidas que plantei. Dai-me tempo para ver o sol secar a chuva e a chuva lavar a alma. Dai-me tempo para me aprimorar, para seguir rumo ao que é bom sem culpa, sem medos e receios.

Dai-me tempo para entender o que ainda não entendo, para que eu possa respeitar as épocas de plantio, colheita e podas. Para que eu possa respeitar essa sincronia bonita da natureza, dentro da qual tudo se fortalece, tudo se faz e refaz na hora certa.

Vida, dai-me tempo para reatar laços perdidos, para bem querer os que um dia não me quiseram. Dai-me tempo para me curar das pedradas. Para me recompor dos tombos alçados por pés hostis.

Dai-me tempo, vida, para que eu possa refazer meu sorriso. Para que eu possa me reinventar. Para que eu possa esquecer o que me disseram aqueles que não acreditaram em mim.

Dai-me tempo para transformar o mundo com a minha presença. Dai-me tempo para fazer outros filhos e encontrar os amigos que ainda não conheço. Para amar infindáveis vezes e encontrar no amor o bálsamo para minhas dores. Vida, dai-me tempo para ver os que amo vencer.

Vida, dai-me tempo para eu ser tudo que posso ser, para eu viver tudo que posso viver, para eu realizar tudo que minha capacidade alcançar e ser minha melhor versão, a mais bonita, a mais feliz, a mais amistosa.

Vida, dai-me tempo para que eu, nesse tempo, tudo possa.

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As 10 melhores pequenas cidades do Brasil para se viver.

As 10 melhores pequenas cidades do Brasil para se viver.

Com base em dados do IBGE e do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), listamos os melhores municípios do país com menos de 100 mil habitantes

O IDH é medido em todo o mundo pela ONU com base em indicadores de educação, renda e expectativa de vida. No Brasil, o levantamento ocorre a cada dez anos e é feito em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Os dados mais recentes, empregados para a elaboração deste ranking, são de 2010. Já a taxa populacional é fruto de estimativas atualizadas do IBGE com base no censo de 2010.

Águas de São Pedro (SP)

Esse é o lugar para quem procura uma vida muito sossegada. Com 2.700 habitantes, o munícipio é o menos populoso dentre as 50 cidades brasileiras que estão no topo do ranking do IDH. Nessa lista de desenvolvimento humano que compara as mais de 5 mil cidades brasileiras, Águas de São Pedro está em segundo lugar, com 0,854 de IDH. Como uma das estâncias hidrominerais do estado de São Paulo, a cidade que fica a 187 quilômetros da capital, apoia sua economia no turismo.
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Joaçaba (SC)

É considerada a capital do Vale do Rio do Peixe, no oeste catarinense. A maior parte da população de 28 mil habitantes tem origem nos migrantes gaúchos, principalmente da região de Caxias do Sul, de origem italiana e alemã, que, de posse de pequenas glebas de terra, deram os primeiros passos na produção agrícola. A economia da cidade baseia-se também em indústrias do setor metal-mecânico. Joaçaba está entre as dez primeiras cidades do ranking nacional com IDH de 0,827.

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Vinhedo (SP)

Educação é a política pública de destaque em Vinhedo, cidade da região de Campinas que fica a 75 quilômetros da capital paulista, tem 71 mil habitantes e IDH de 0,817. Ano passado, Vinhedo recebeu o selo de cidade livre do analfabetismo e ganhou reconhecimento da mídia por seu método de ensino municipal. A cidade viveu o ciclo de café, mas hoje é conhecida pela produção de uva. Os condomínios de alto padrão fortaleceram o comércio e os serviços, como o parque de diversões Hopi Hari.
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Nova Lima (MG)

Localizada na região metropolitana de Belo Horizonte, a cidade tem IDH de 0,813 e 88 mil habitantes. Nos últimos anos, se consolidou como uma cidade de condomínios de alto padrão procurados por quem trabalha em BH e quer um lugar mais tranquilo para viver. Embora o grande símbolo do esporte seja o futebol do Villa Nova Atlético Clube, a cidade se rendeu ao rugby, talvez por inspiração dos antigos imigrantes ingleses, com o Nova Lima Rugby Club, o time dos “leões da montanha”.
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Ilha Solteira (SP)

Localizada no noroeste paulista, a quase 700 quilômetros da capital paulista, Ilha Solteira é uma estância turística nascida de forma planejada no fim dos anos 60 para abrigar os trabalhadores da Hidrelétrica de Ilha Solteira, instalada pela CESP no Rio Paraná. Por isso, seu padrão de urbanização é bastante elevado, com atendimento universal de energia elétrica, água e saneamento básico para seus 26 mil habitantes. O IDH de Ilha Solteira é de 0,812. Os destaques de sua economia são a indústria e a pecuária.
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Rio Fortuna (SC)

Com IDH de 0,806 e apenas 4.400 habitantes, Rio Fortuna é pacata, mas está próxima do movimento dos balneários catarinenses de Laguna, Imbituba e Garopaba, além de estar a apenas 125 quilômetros da capital, Florianópolis. A cidade, que integra a região metropolitana de Tubarão, tem sua formação ligada à agropecuária familiar adotada pelos colonizadores alemães. Mais recentemente, a cidade tem se apoiado economicamente também na piscicultura.
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Rio do Sul (SC)

A cidade de 66 mil habitantes, localizada no vale do Itajaí, está a meio caminho entre Joinville e Florianópolis, ambas a cerca de 180 quilômetros. Como muitas vizinhas, Rio do Sul guarda a herança germânica da colonização na cultura e na culinária. As escolas modelo municipais, de ensino integral, contribuem para o IDH de 0,802. Na economia destacam-se os setores têxtil, metal-mecânico, eletrônico e agropecuário. Há, contudo, um problema cíclico que tira o sono dos riosulenses: as cheias do Rio Itajaí-Açu.
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São Miguel do Oeste (SC)

Mais de 650 quilômetros separam a cidade do extremo oeste da capital catarinense, Florianópolis. São Miguel, com IDH de 0,801, foi fundada em 1954, mas tem raízes nas migrações de gaúchos atraídos pela extração de madeira nos anos 20. Embora tenha 39 mil habitantes, a cidade integra uma região com 200 municípios, entre eles Chapecó, que juntos somam 2 milhões de habitantes. Seu parque industrial é formado por empresas dos ramos metal-mecânico, de transportes, móveis e softwares.
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Pirassununga (SP)

O fenômeno da piracema no Rio Mojiguaçu, que os tupis descreviam como “peixes barulhentos”, deu nome à cidade. Hoje, no entanto, é a forte presença de estudantes entre os 74 mil habitantes que movimenta Pirassununga. Além de um câmpus da USP, fica lá a Academia da Força Aérea Brasileira. A cidade, localizada a 206 quilômetros de São Paulo, na próspera região de Campinas, conta também com mais de 100 indústrias, entre elas a que produz a famosa cachaça 51. Seu IDH é de 0,801.
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Concórdia (SC)

Com IDH de 0,800 e 72 mil habitantes, Concórdia, a 450 quilômetros de Florianópolis, é terceira maior cidade do oeste catarinense e lidera a produção nacional de suínos e aves. Não por acaso, ali nasceu a Sadia. A maior bacia leiteira de Santa Catarina e o Centro Nacional de Pesquisa de Suínos e Aves também estão em Concórdia. Em 2014, o município obteve o primeiro lugar estadual no índice Firjan de qualidade de vida, que leva em conta indicadores de educação, saúde, emprego e renda.
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Matéria original: Sempre Família

Em vez de armar a população, a gente precisa é amar as pessoas

Em vez de armar a população, a gente precisa é amar as pessoas

Fosse eu o presidente do mundo, baixava logo uma lei irrevogável: “a partir de agora, ficam banidas todas as armas de fogo da face da Terra e revoguem-se as disposições em contrário”. Assim, simples e fácil de traduzir em todas as línguas. Incontestável e definitivo.

A cada recanto do planeta, toda pessoa que possuísse uma arma letal seria convidada a entregá-la voluntariamente, em pontos de coleta espalhados por dezenas de milhares de cidades em todos os continentes, num prazo mínimo de meia dúzia de dias. Concluído esse tempo, grandes veículos equipados com poderosos eletroímãs circulariam pela terra, pelo ar e pelo mar arrastando de cantos insuspeitados os revólveres escondidos, as espingardas sonegadas, pistolas esquecidas, metralhadoras camufladas, fuzis disfarçados e toda sorte de armamentos não declarados.

Das toneladas de materiais apreendidos, os metais seriam derretidos e transformados em balanços, gangorras e escorregas para as crianças nos parques. Aos jovens e adultos e velhinhos, as armas destruídas renderiam confortáveis bancos de praça de onde se possa apreciar o movimento. Já a madeira perdida nos cabos das armas viraria cadernos e livros para escolas públicas em todo o mundo.

Nas esferas governamentais, mísseis, bombas atômicas e outros artifícios de destruição seriam destroçados sem pena. A indústria de armamentos fecharia as portas, dispensando seus funcionários para o trabalho em fábricas de fogos de artifício, única utilização possível para a pólvora a partir de então.

Afastada toda gente das armas, eu daria início ao desarmamento das almas. E ninguém mais perderia seu tempo tão curto na vida atacando ou se defendendo. Porque atacar seria patético e defender não seria preciso. Nas escolas, as crianças aprenderiam a ajudar e não a competir. Nas empresas, as metas seriam tirar pessoas das ruas em vez de enfiar dinheiro nos cofres. Nos cargos públicos, os políticos abririam mão de seus salários para o bem da comunidade. E em cada canto viveríamos assim: como unidade.

Desse dia em diante, matar e ferir o outro seriam aberrações bissextas e não ocorrências banais. Pessoa nenhuma levantaria a voz ou a mão a quem quer que fosse. E se ainda assim alguém, num repente de burrice extrema, quisesse fazer a guerra, teria de recorrer a paus e pedras, fundas, estilingues e tapas, até sentir vergonha de estragar a vida em pendengas ridículas como todo embate violento.

Aos poucos, pela força do hábito e a boa vontade de cada um, compreenderíamos que se as pessoas se amassem mais, se um amor incontrolável e total nos tomasse de assalto, não haveria mais “mocinhos” nem “bandidos”. E ninguém mais precisaria se armar porque todos estariam ocupados em amar uns aos outros. Todos estaríamos entregues ao ofício de dar e receber amor por aí.

Eu faria assim.

Mas como eu não sou o presidente do mundo, e tudo indica que esse cargo não vá existir jamais, vou torcendo daqui pra que a gente se arme menos e se ame mais. Eu torço, sim. É o que eu posso fazer por enquanto.

Nos combates desta vida

Nos combates desta vida

Ninguém é obrigado a ser feliz o tempo inteiro. Há dias em que a vontade é de mandar tudo pelos ares mesmo. Contas, compromissos, pessoas e etiquetas culturais estabelecidas para um convívio harmonioso entre todos. Acontece que, nem sempre, o dia acorda disposto. E num pequeno detalhe, pronto, o gatilho é acionado e se quer ver apenas o circo pegar fogo. Quem nunca? Mas esses impulsos podem ser tanto breves quanto duradouros. Depende de como os enxergamos. Somos movidos por sentimentos densos e neles podemos encontrar a nossa prisão, como também o nosso caminho para a liberdade. Autoconhecimento não é auto-ajuda, longe disso. Reconhecer o amor primeiro é o princípio de qualquer mudança de comportamento.

Quando encontramos essa plenitude de querer, acreditar e almejar, realizamos uma escolha. Uma escolha que implica sensibilidade e independência. É somar consigo, excluindo a constante lacuna que incomoda e dá um nó na garganta; a falta de si. Seria como estar diante do espelho e não identificar o reflexo exposto. E logo pensamos ser azar, destino ou qualquer outra teoria pré-estabelecida que mine a nossa vontade de seguir com os olhos abertos. Não dá para vivermos assim. Não é permissível continuarmos assim. Ao menos não se for para ignorarmos todas as belezas das quais somos constituídos.

Deixemos de lado os infortúnios diários. Reservemos momentos necessários para uma amplitude das nossas ideias e sentires. Percamo-nos nas afinidades, interesses e paixões motivadas por sorrisos. Podemos e devemos abraçar segundos de fragilidades e tristezas, mas, sob nenhuma hipótese, aceitemos desistir de sorrir. Porque se o dia acorda indisposto, tudo bem. A gente procura um afeto na gaveta, recosta no calor de um abraço ou, quem sabe, esbarra com a sinceridade de um amor tranquilo bem ali, dobrando uma esquina.

“Olha a luz que brilha de manhã
Saiba quanto tempo estive aqui
Esperando pra te ver sorrir
Pra poder seguir…”

Enlouquecer de vez em quando pode salvar uma alma

Enlouquecer de vez em quando pode salvar uma alma

Desde muito cedo na vida vamos aprendendo a nos conter.
A engolir o choro, a interromper a risada, a ponderar a língua, a ajustar os movimentos do corpo, a maneirar nos gestos.

Vamos crescendo e ficando mais regrados, mais comedidos, e isso é importante para a vida social, para respeitar o espaço alheio e o ambiente comum e ter noção dos próprios limites. Mas também acho que a disciplina excessiva das emoções pode desestabilizar uma alma.

Parece que uma pessoa adulta equilibrada é aquela que tem convicções, postura, autocontrole exacerbado, não fala na hora indevida, não titubeia nas decisões, sabe o que quer, sabe por onde vai, com quem vai e como vai.

Mas eu acho que equilíbrio mesmo é abrir-se e permitir-se expressar. Equilíbrio é um dia aceitar a chuva de lágrimas, a desesperança, a tristeza e no outro, navegar na maré calma e morna da alegria.

Equilíbrio é gritar para extravasar, é calar quando não tiver nada para dizer. É falar pelos cotovelos quando a mente sentir vontade de celebrar e narrar histórias.

Confio mais nas pessoas que são mais cheias de dúvidas do que de certezas, que têm mudanças de humor, que em alguns dias têm os olhos marejados e em outro, um sorriso largo.

Acredito na importância de se permitir transbordar, deixar energias de dentro virem à tona quando elas aparecem.

Porque um choro pode ser apenas uma limpeza de algo que machucou. Mas muitos choros contidos podem afogar uma alma.

Porque uma gargalhada descomedida pode ser uma explosão de alegria momentânea, mas pequenas felicidades reprimidas podem desencadear uma apatia no olhar para o mundo.

Porque um ato de loucura, um grito, um berro, um travesseiro arremessado na parede pode ser apenas uma euforia ou uma raiva que invadiu nossas células, mas muita raiva refreada pode causar manchas irreparáveis por dentro.

Por isso tudo, acho que bonito e equilibrado é o ser que não se envergonha de chorar, amar, sorrir, titubear, enlouquecer de vez em quando. Equilíbrio é saber que somos seres sociais e químicos, culturais e bichos, crianças e adultos, inseguros e confiantes. Tudo junto e misturado.

Harmonia é deixar-se ser, explorar-se de um polo a outro nessa mesma pele.

O mundo precisa de exemplos, não de opiniões

O mundo precisa de exemplos, não de opiniões

Existem momentos em que dói viver neste mundo, em que os interesses pessoais, os benefícios financeiros, a maldade e o egoísmo parecem ganhar sempre a batalha. Nestas situações, precisamos de bons exemplos.

Geralmente a decepção e o desconsolo que isso nos gera nos fazem acreditar que as pessoas boas sumiram e que as poucas que existem não conseguirão fazer nada que seja realmente significativo.

No entanto, as pessoas boas são as que mantêm o mundo em equilíbrio, completando o quebra-cabeças com sua sinceridade, sua honestidade, seus bons exemplos e boas ações. Todas aquelas pessoas merecedoras por alguma razão do adjetivo “boas” representam aquilo que gostamos de ter como exemplo. As demais, simplesmente, nos parecem insuportáveis.

O mundo que nos faz sofrer, nosso mundo

Há imagens que doem, que nos fazem mal e que inquietam nossa alma. Ainda que sejamos capazes de fechar os olhos, a dor alheia sempre nos atormentará. Há casos em que a injustiça nos esbofeteia como uma explosão de vergonha.

Infelizmente, muitas coisas que hoje nos fazem sofrer, amanhã vamos esquecer. Que sirva como exemplo perfeito a foto que ilustra essas palavras, a foto da desgraça, da vergonha e do sofrimento.

contioutra.com - O mundo precisa de exemplos, não de opiniões

“Quem sou eu para lhe dizer que não venha.
Eu também arriscaria tudo.
Cruzaria mares, fronteiras e países.
E o que fosse preciso.

Já sei que não vou dissuadi-lo.
E tampouco pretendo fazer isso.
Mas que você saiba que, deste lado, o futuro é um bem de consumo.
E os custos são cobrados em vidas humanas.

Aqui, fazemos ver que você importa para nós apenas quando nos incomoda.
Quando você cobre a praia e o sol.
Quando sua imagem nos golpeia e fica gravada em nossa alma para sempre

Sim, já sei que é vergonhoso.
E peço-lhe perdão.
É o que estou fazendo, mas é tudo o que faço.

Mas quem sou eu para lhe dizer que não venha.
Se a única coisa que temos feito por você é fazê-lo ver que não existe.
Se a única coisa que sabemos de você é um número, quando você já não existe mais”.
-Risto Mejide-

Não somos bons em lembrar coisas importantes

Graças à internet, abrimos os olhos e sabemos que os fios que nos movem são muito mais cruéis do que podemos tolerar. Provavelmente, essas mesmas palavras e imagens doem e incomodam, mas a desgraça na internet se torna viral tão rápido quanto é esquecida.

Quando algo nos toca e nos atinge, todos opinamos: no entanto, depois, se colocarmos na balança nossas ações e nossas intenções, as últimas saem ganhando. Temos medo dessas ideias que estão ceifando vidas e temos verdadeiro pavor que os interesses que movem o mundo sejam maiores que nossa união.

Nossas emoções buscam ter um impacto num mundo que nos dá medo. Ainda assim, mesmo que as palavras sejam levadas pelo vento, não há furacão que leve os sentimentos. Podem se atenuar, mas sempre permanecerão conosco, impedindo nossa indiferença.

É preciso agir e mostrar exemplos, não opiniões

A angústia pela maldade ainda é grande em nós e, como consequência, temos conseguido tolerar a impotência. Mas não estamos programados para ficar sentados em nosso sofá dia após dia.

Talvez tenhamos ficado presos numa espiral que nos faz criar sentimentos vazios. No entanto, eu ainda creio no ser humano, ainda confio que somos capazes de acreditar, de sentir e de agir de acordo.

Temos uma grande habilidade para nos justificar através das palavras. Para dar nossa opinião, costumamos encher de sentido uma frase, mas logo em seguida, o medo ganha a batalha sobre a ação.

Diante das injustiças, não podemos nos proteger em quatro frases que mascarem nossa frustração. Temos que completar nossas opiniões e não fechar os olhos, temos que nos perdoar e começar a agir.

contioutra.com - O mundo precisa de exemplos, não de opiniões

Com nossa falta de ação, estamos tendo nossa consciência manchada de sangue, a injustiça brilha tanto que consegue nos cegar.

Não permitamos que isso seja apenas passageiro; podemos combater quem cria a desgraça. Se atuamos, podemos exibir exemplos ao invés de opiniões.

O mundo é uma casa para todos os que a habitam.

O fato de que ele já estava aqui quando nascemos e de que o sol continuará nascendo quando morrermos não quer dizer que não sejamos responsáveis pelo que acontece.

Crianças morrendo de fome. Famílias de refugiados destroçadas. Mulheres violadas. Soldados assassinados. Pessoas com seus mesmos cromossomos escravizadas, costurando sua roupa. Animais torturados. Natureza devastada. Governos, ricos e máfias brincando com você, criando necessidades, encobrindo interesses e saindo impunes.

Tudo isso é muito mais que uma opinião. Por tudo isso,
o mundo precisa dos seus exemplos,
da sua ação, da sua luta. O mundo precisa de pessoas como você e eu
para inspirar profundamente, mudar de direção e, enfim, respirar.

Fonte: A menté é Maravilhosa

Descubra por que você não é uma pessoa simples

Descubra por que você não é uma pessoa simples

E você, aí, que pensa que é simples somente porque gosta de colher fruta no pé.

Que se vê como uma pessoa extremamente simples simplesmente porque gosta de andar descalço, comer com a mão, tomar banho de chuva, andar descabelado.

Porque não liga para bens materiais, usa roupas de loja de departamento e vez ou outra gosta de se enfiar no mato para tomar um banho de cachoeira.

Não, você não é simples por esses motivos. Você apenas preza pelo despojamento. Todavia, despojamento é algo diferente de simplicidade.

No dicionário:

Simples adj. 2n. 1. Que não é duplo ou desdobrado em pares. 2. Não constituído de partes ou substâncias diferentes. 3. Sem ornatos. 4. Sem complexidade ou dificuldade. 5. Sem luxo ou aparato. 6. Que se deixa facilmente enganar. 7. Puro, mero. 8. Só, único. S2g. e 2n. 9. Pessoa simples, humilde. SS simplicidade sf.

A palavra “simplicidade” não consta no dicionário; aparece, apenas, como característica do “simples”.

Para mim, simplicidade é a arte de não complicar, de aceitar as pessoas como elas são –  e aceitar a si mesmo –  de fazer do limão uma limonada e de se entregar ao momento presente.

É curar-se de si mesmo e não precisar forjar uma vida e uma identidade que não existe somente para agradar aos outros ou por necessidade de despertar inveja.

É amar a própria companhia, acolher a própria solidão e aprender a se divertir com ela.

É se dedicar com afinco a tudo o que se propõe a fazer, seja realizar um grande projeto ou lavar uma louça.

É conhecer os próprios limites e respeitá-los. É respeitar o espaço do outro. É valorizar e aplaudir não apenas o pôr do sol, mas o gesto de carinho recebido.

Simplicidade é a capacidade de gostar da própria vida sem precisar provar nada para ninguém.

É a competência de aceitar a idade que se tem e saber que cada idade possui belezas e possibilidades particulares; olhar sempre para os ganhos, nunca para as perdas.

Simplicidade é o ato de fazer escolhas levando em conta o que realmente tem valor para você, não o que se estabeleceu socialmente como valor.

É ter coragem de não mentir para si mesmo, não invejar a vida de ninguém, não cobiçar o que outro tem.

Simplicidade é qualidade de quem não julga, não condena, não pune – ou ao menos tenta.

Simplicidade é qualidade de quem não se julga, não se condena, não se pune – ou ao menos tenta.

É aprender a ouvir “não” sem se sentir rejeitado e continuar acreditando no próprio sonho e batalhando por ele.

É não querer controlar a vida de ninguém e enxergar as diferenças como possibilidade de soma e não de subtração.

contioutra.com - Descubra por que você não é uma pessoa simplesÉ ter humildade para aceitar (e consertar) os próprios erros e aprender com os mais adiantados – ou seja: não se aborrecer porque acabou de entrar no ônibus, mas não pegou um lugar na janelinha.

É se curar da vaidade. Por vaidade, entenda: necessidade de mostrar que você é mais do que no fundo você é ou acredita ser.

E você, aí, achando que só porque gosta de boteco pé sujo com cerveja gelada e amendoim torrado é uma pessoa simples.

E você, aí, achando que só porque gosta de baixa gastronomia e espaços undergrounds é uma pessoa simples.

Achando que só porque bebe café em copo americano –  e não em uma  xícara – e uma pinguinha vez ou outra é uma pessoa simples.

Que só porque não tem “frescuras” é uma pessoa simples.

Creia: existem pessoas “frescurentas” que são imensamente mais simples que você. Em geral são pessoas que fizeram as pazes com elas mesmas, conhecem seus valores e não se afastam deles; pessoas que não criam expectativas, não esperam mais do que os outros podem dar, evitam julgamentos e não querem provar nada para ninguém.

Bora exercitar a simplicidade e não apenas o gosto pelo simples?

FALANDO NISSO

A foto que ilustra esta postagem (autor desconhecido) e está circulando pelo Facebook é da top model Gisele Bundchen e foi feita no camarim da abertura dos jogos olímpicos. Gisele, que faz parte do rol das estrelas mais belas e bem pagas do mundo, nos ensina com suas atitudes e entrevistas a beleza de ter alcançado a simplicidade. Eis aqui uma entrevista em que ela fala sobre o seu sucesso.

5 maneiras de conter relações tóxicas na família

5 maneiras de conter relações tóxicas na família

Devemos aprender a nos por no lugar do outro e estar dispostos a entender mais além das palavras e dos atos.

“Ninguém merece viver em um ambiente emocionalmente tóxico. Sair dele não é somente necessário como também é absolutamente vital.”

Há familiares tóxicos que podem nos fazer muito dano. Cada integrante do núcleo familiar pode nos complicar a vida seja através de seus comportamentos ou de suas palavras.

Desta forma, a família é um dos ambientes mais comuns entre os que se desenvolve o drama das relações tóxicas. Além disso, soma-se uma dificuldade mais: não podemos nos afastar dessas pessoas, já que sempre haverá algo que nos uni.

Podemos ter ex-parceiros, mas não ex-mães, ex-pais, ex-irmãos, ex-avós, etc. Isto é, podemos por um ponto final em um relacionamento de casal, mas não podemos fazer isso com nossos familiares.

Não podemos escolher nossa família e isso requer que, ainda que não gostemos dela, tenhamos que nos adaptar. Geralmente nos vemos submetidos a certas normas dentro do nosso núcleo familiar, e isso nos afoga.contioutra.com - 5 maneiras de conter relações tóxicas na famíliaIsso faz com que nos sintamos escravos, presos e sem saída. Além disso, ocorre que, quanto mais relevante seja o lugar ou a posição que ocupa o familiar tóxico, mais difícil será a saída, ou exercer nossos direitos.

Dizem que existem dois tipos de famílias: as rígidas e as flexíveis. Nas primeiras domina a toxidade, pois seu funcionamento é fruto do uso intenso e irracional do poder.

O fato de isso acontecer implica grande dificuldade na hora de nos relacionarmos, pois eles nos impedem de expressar com liberdade nossos sentimentos e nossas opiniões, conversas ou nos mostrarmos como somos.

Esses familiares são, sem dúvida, vampiros emocionais. São essas pessoas que impõem as coisas, tem inveja e descaso por alguém que deveriam cuidar.

Como comentamos, o mais lógico e provável é que não consigamos romper essa relação com facilidade, pois um vínculo familiar não se desfaz com tanta rapidez.

Entretanto, existem vezes em que as relações se intensificam e não resta outra solução se não fugir do ambiente tóxico.

Como podemos agir?

Segundo Laura Rojas Marcos, a maioria dos conflitos vêm originados pelas lutas de poder, o sentimento de direito e a falta de limites.

Quais são as chaves para nos libertarmos de um familiar que queira nos prejudicar com suas palavras ou seus atos?

1. Ficar no lugar dos outros: a empatia

Isso não significa que devemos nos submeter aos desejos ou às necessidades dos demais, mas sim que tenhamos a disposição de compreender o que acontece além das palavras e dos atos.

Ou seja, “praticar a empatia” significa escutar e considerar o que os demais dizem. Isso nos ajudará a aceitar a possibilidade de não chegar a um acordo sobre o que nos peçam, pois cada um têm suas necessidades diferentes.

Nestes casos, deve existir um pacto de respeito ao desacordo, algo que facilitará a convivência. Isso é: você quer algo que não é compatível com o que eu quero, aceitemos e sigamos em frente.

2. Respeitar a intimidade e o espaço de cada um

Respeitar o outro significa aceitar que o “não” seja uma resposta, tolerando assim a frustração, ainda que pareça injusto. Não podemos nos intrometer nas coisas dos outros, já que pode desenvolver grandes conflitos familiares.

Tal e como conta Rojas Marcos:

“nas relações familiares, são feitas coisas que não agradam todos. Se entrarmos sem avisar na casa de um filho ou se fizermos uma ligação em horário inapropriado, precisamos estar preparados para receber uma resposta que pode não nos agradar e que marque os limites da relação”.contioutra.com - 5 maneiras de conter relações tóxicas na família

3. Ser respeitoso e se manter firme

Geralmente é habitual que, em conversas familiares, se diga a primeira coisa que vem à cabeça. Isso acontece porque não passamos o filtro da educação e do respeito nas nossas palavras e nossas ações.

É provável que uma grande parte de nós tenha um familiar perto que pensa que pode dizer tudo o que pensa e que suas percepções e opiniões estão acima de qualquer outra.

Isso criará grandes conflitos, por isso é importante que fiquemos distantes nessas situações e que ponhamos limites de forma calma, explicando para essa pessoa que o que ele disse está causando dor emocional.

4. Ser assertivos e utilizar as palavras mágicas

Há relações familiares que se baseiam em jogos de poder. É provável que não queiram poder, que só queiram liberdade para agirem e se expressarem, e pode ser que existam pessoas que dificultam essa transição.

Nessas situações, devemos nos manifestar dizendo “não posso”, “não quero” ou “não estou de acordo”, sem medo. É importante nos sentirmos seguros com nós mesmos, agir com determinação e fazer valer nossa capacidade de escolha.

Além disso, ainda que estejamos em família, devemos sempre pronunciar as palavras “obrigada” e “por favor”, já que com elas expressamos consideração e amabilidade, mostrando respeito.

5. Ser paciente

Ficarmos impacientes faz com que sejamos impulsivos e que não reflitamos na hora de avaliar as circunstâncias e as tomadas de decisões. Por essa razão, é indispensável que desenvolvamos nossa capacidade de espera e de reflexão antes de atuar.

Pode ser que não consigamos resolver as dificuldades que acompanham o esgotamento gerada em uma relação familiar tóxica. Portanto, às vezes, é inevitável a decisão de romper com a unidade da família e, por exemplo, ficar longe dessas pessoas.

Não podemos nos esquecer de que os vampiros e que os destruidores emocionais estão presentes em todos os contextos de nossa vida, o que requer que sejamos hábeis em identificá-los e em nos proteger deles.

Assim, é importante que aprendamos a controlar a intensidade das emoções como a raiva, pois podem gerar dramas.

Devemos manter o bom senso e avaliar muito as consequências de nossos atos, levando em consideração os limites emocionais e físicos, que nunca deveríamos ultrapassar.

Fonte: “Família: das relações tóxicas as sanas”. Laura Rojas Marcos; Melhor com Saúde

Se você achar que encontrou um príncipe encantado, pare e olhe de novo

Se você achar que encontrou um príncipe encantado, pare e olhe de novo

ATENÇÃO PRINCESAS IMAGINÁRIAS: Príncipes Encantados não existem em nenhum lugar além de nosso imaginário. O encantamento só é possível quando relacionado a deturpação da realidade.

LOGO, quando algo é perfeito demais só temos duas opções:

A primeira diz respeito a possível projeção de nossas fantasias. Isso acontece quando, ao longo da vida, idealizamos uma situação como se ela fosse ideal e pudesse nos fazer felizes. Normalmente essa situação está relacionada a encontrar em alguém (não em nós mesmos) a figura da pessoa que nos “salvará de nos mesmos” através do suprimento de carências afetivas ou até mesmo de necessidades financeiras. Nesse caso, o indivíduo fantasioso “sonha” que, quando a “pessoa certa” aparecer, seus problemas deixarão de existir e ela viverá, como nos contos de fadas, “feliz para sempre”. Veja que o problema não está na fantasia e sim no fato de que se acreditar que é possível encontrar um alguém e “se realizar” sem perceber que o outro com quem estamos nos relacionando também é um ser com história de vida anterior, fantasias e vontades. Logo, o encaixe perfeito é, desde o início, algo impossível de acontecer. Relações verdadeiras só existem através da construção e, normalmente, só tem início depois que o encantamento começa a dar espaço para a verdadeira percepção da realidade. O melhor disso tudo, entretanto, é que nossa fantasia só compreende coisas que nós conhecemos em nossa visão de sonho e realidade mas, quando o outro chega, com sorte, ele pode vir para somar. Então, se você ainda vê um príncipe- ou princesa em sua relação atual, talvez seja melhor esperar um pouco mais para descobrir com quem você está se relacionando.

A segunda é ainda um pouco mais complicada, pois implica que nossa ingenuidade sonhadora seja utilizada por pessoas perspicazes que identificam “presas fáceis” e as manipulam interpretando o papel de parceiros ou parceiras perfeitos para que seus objetivos sejam alcançados. É isso o que acontece e serve de sustentação para grandes frustrações e relações abusivas onde, no começo, o parceiro parecia saído de um filme da “Sessão da Tarde”.

Ou seja, lembre-se que o parceiro- ou parceira- perfeito é um sintoma de alucinação amorosa. O verdadeiro amor só acontece quando permitimos que o tempo da relação aconteça sem atropelos e seja baseado no conhecimento mútuo. E, vale lembrar, isso não acontece em um e nem em três meses de namoro.

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Imagem de Jo-B por Pixabay

Nem todo perfume me inebria, nem todo sorriso me convence

Nem todo perfume me inebria, nem todo sorriso me convence

Gosto é uma coisa. Aquela coisa que não se discute, particular, individual, personalizada.

É historia pessoal, a provocação que mais ninguém conhece, aquilo que não se desvenda por adivinhação, nem se interpreta por dedução.

Eu gosto de pêssego, você de abacaxi. E eu gosto de experimentar do que você gosta. Quem sabe eu gosto também. Ruim é colocar a recusa na frente, como um escudo para não alcançar a coleção de gostos tão carinhosamente cuidada.

É o perigo de eu achar que meu gosto vale mais do que o seu. E isso é de extremo mau gosto.

Ter gostos mais ou menos definidos é positivo porque definem um norte para o que se quer e o que se encaixa para a vida. E descobrir novos gostos é sempre um vitória a ser incorporada e comemorada. Nada mais prazeroso do que se descobrir inebriado ou encantado por algo novo e agradável aos sentidos, sejam eles quais forem.

Conhecer os próprios gostos ajuda a descobrir o que não é de gosto. Ajuda a evitar o que causa desgosto, na maioria das vezes.

Aprender que o gosto alheio é tão importante quanto o seu próprio, ainda que aos seus olhos, estranho, extravagante, curioso, simplório, ou sem definição suficiente.

Com o tempo a gente aprende que as diferenças são peças essenciais no quebra cabeças do crescimento.

E, se por gosto ou somente por ignorância, eu vier a desprezar o seu gosto, por favor, me perdoe o mau gosto. Definir os limites de defesa do meu gosto sem esbarrar nem atropelar o seu, é uma luta diária e árdua que ainda enfrento pela vida afora.

Nem todo perfume me inebria e nem todo sorriso me convence, mas ainda estou longe de ter um vasto leque de gostos. Estou, assim como você, em contínuo crescimento.

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