O que é felicidade? Como ser feliz?

O que é felicidade? Como ser feliz?

Imagem: Captblack76/shutterstock

Será que existe algum passo a passo para se obter a felicidade? Será que, ao seguir o que está escrito em um livro bem elaborado, posso chegar ao estado supremo de felicidade? Será que, se eu acompanhar aquela celebridade, que me parece feliz, eu consigo aprender o seu segredo? Será que existe um curso para se aprender a ser feliz? Como ser feliz com algumas coisas ruins também acontecendo?

Você já reparou quantos posts, artigos, cursos, palestras e pesquisas estão sempre nos sendo apresentados, para que possamos achar o caminho da felicidade? É vendido, e isso não é de agora, o desvendar do segredo do alcance da felicidade. Em muitos casos, é sistematizado em uma fórmula, um passo a passo “Divino” para o alcance de um estado superior.

Mas será que existe tal estado e tal fórmula para seu alcance?

Primeiramente, existe um estado em que tudo é perfeito, em que não existe desapontamento, dor, tristeza, medo, raiva, rancor e outros estados negativos?

Essa pergunta requer uma análise profunda. Eu tenho a minha resposta, mas ela não necessariamente é a sua também. Para ficarmos cada um com o nosso pensar sobre isso, não vou respondê-la.

Existindo esse estado, é possível mantê-lo, a todo momento, no nosso dia a dia, em nossa vida?

Novamente, essa é uma pergunta pessoal. É uma busca ligada à filosofia, psicologia, teologia, religiões, terapias e outras formas de explicar o mundo e de se conectar a um estado supremo.

Mas a primeira pergunta que deveríamos fazer é:

O QUE É FELICIDADE PARA MIM?

Faça-a.

Perceba a sua resposta, se ela é puramente material (adquirir coisas: casa, emprego, dinheiro, viagens, pessoas); emocional (estar alegre, rir, não ter problemas e nem preocupações); espiritual (estar no estado supremo, conectado a Deus, estar na natureza), e se ela lhe parece alcançável, ou seja, se é possível nessa vida – no ambiente que você está – isso ser encontrado.

Veja que se a fórmula é Ter, então provavelmente você passará a vida buscando ter mais, e cada vez mais, sem uma satisfação ou contentamento com o que possui atualmente. A felicidade sempre estará em um acontecimento futuro.

Se a fórmula é Estar, ou seja, você estar num momento sem problemas, sem deveres, sem trabalhos, sem afazeres, sem preocupações, sem dores ou tristezas; logo, você está mais para um desejo de morte. O mundo está acontecendo nesse momento e você não o mudará por causa da sua vontade interna – a questão, aqui, é se identificar ou não com tudo isso.

Se a fórmula for Ser, então você está interessado em algum tipo de busca, em algo longe, em algum presente Divino, uma vez que está colocando a sua felicidade para QUANDO isso acontecer (e isso pode acontecer ou não). Colocamos, dessa forma, a nossa felicidade em um patamar muito distante, longe de ser alcançado. É como se estivéssemos colocando o nosso troféu de felicidade lá naquela última prateleira da estante, onde ela fica bonita, mas de onde não é possível retirá-la.

Uma outra questão é que o conceito de felicidade também varia conforme vamos crescendo. Quando éramos crianças, a felicidade poderia ter sido brincar com os amigos ou aquela torta de chocolate. Quando viramos adolescentes, a felicidade poderia ser estar com aquela garota ou garoto. Quando nos tornamos adultos, ela pode se tornar termos um emprego bem remunerado, uma casa ou filhos. Quando nos tornamos idosos, a felicidade pode ser acordar um dia após ter dormido bem, ou não sentir nenhuma dor.

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Após essa reflexão, novamente, o que é felicidade para você?

Perceba que, quanto mais longe você colocar a sua felicidade, mais difícil estará deixando a sua vida. Sua ideia de felicidade pode ser estar bem daqui a 10 anos, ou estar bem nesse exato momento. Sua felicidade pode ser nunca mais ficar triste ou ficar contente nesse exato momento.

Perceba, também, que uma vida perfeita - sem dor, traumas ou tristezas -, conforme é vendido pela psicologia do positivismo ou da autoajuda, é querer uma ilusão. Pela teoria Freudiana: sem a infelicidade, a frustração e o trauma, não haveria cultura. Mas, apesar disso tudo, deve existir um momento ou local em que podemos estar bem, independentemente do que esteja acontecendo ao nosso redor. Essa pode ser a verdadeira fonte da felicidade.

E nós temos, ainda, uma série de reflexões para fazer sobre esse tema.

“Todos os desejos são de felicidade. Este é o objetivo de todo desejo, não é? Ainda assim, quantas vezes o seu desejo conduz você ao seu objetivo?
Você já pensou sobre a natureza do desejo? Ele significa alegria amanhã e não agora, não é? A alegria não é nunca amanhã. É sempre agora. Quando você está cheio de alegria, como você pode ter desejos? E como você pode estar alegre neste mesmo momento se você tem desejos? O desejo aparece para te levar à felicidade. Na verdade, ele não pode. É por esta razão que ele é maya.” (Sri Sri Ravi Shankar)

Esse texto não pretende esgotar o tema. Na continuação dele, abordaremos mais filosofias de felicidade.

Até a próxima,

Virgilio

Tem gente que não quer ser ajudada

Tem gente que não quer ser ajudada

Uma das coisas que mais nos infelicitam é vermos pessoas de quem muito gostamos sofrendo, passando por dificuldades, tristes e com problemas para viver em paz. Não conseguimos estar bem, caso haja alguém muito próximo de nós enfrentando situações difíceis. Por isso é que nos dispomos a ajudar, a acolher, na tentativa de amenizar a dor alheia, para que possamos também seguir mais tranquilos.

No entanto, muitas vezes nos sentimos impotentes, incapazes de oferecer algum tipo de consolo, de ajuda, pois parece que nada será capaz de poupar o outro da tempestade que assola a sua vida. Quando há muita afetividade envolvida, torna-se ainda mais penoso adentrarmos a escuridão de quem amamos, com a força necessária para que o reergamos e o retiremos de lá.

Infelizmente, existem pessoas que, embora clamem por ajuda, por uma solução, por algum remédio que lhes cure, que lhes clareie os passos, que lhes expulse daquele estado de tristeza e comiseração, na verdade não querem receber ajuda, não irão aceitá-la, pois já se acostumaram com a tristeza e dela fizeram seu meio de vida. Sofrem muito, mas não conseguem conceber algo que não traga dor e tristeza.

Como diz o senso comum, o perigo de tropeçar reside na possibilidade de se apegar à pedra, ou seja, a gente se acostuma com tudo, até mesmo com o que faz mal. Isso porque, para podermos ser resgatados de nossas misérias emocionais, teremos que querer nos livrar delas, porque não dependerá somente da ajuda alheia, mas em muito necessitará do nosso próprio empenho, de nossa força de vontade.

Enfrentar a dor implica enfrentar os nossos medos, os nossos erros, as escolhas equivocadas que acumulamos, as pessoas erradas que trouxemos para nossas vidas, tudo, afinal, que é fruto do que nós próprios fizemos, porque assim o quisemos. Ninguém enfrenta o mundo lá fora sem antes encarar a si próprio de frente, assumindo a responsabilidade que lhe cabe nessa bagunça toda em que se encontra.

Portanto, é nosso dever tentar ajudar a quem precisa, porém, é nossa obrigação perceber se realmente nossos esforços estão surtindo ou não algum efeito. Muitas vezes, teremos de nos afastar desse tipo de pessoa, para que não gastemos energia inutilmente, para que não sejamos nós tragados para dentro das ventanias que não são nossas. Negar ajuda é imperdoável, mas deixar de ajudar quando o outro não estiver pronto para o enfrentamento será providencial, para que talvez ele se conscientize do que precisa e para que nós próprios fiquemos inteiros, para podermos ajudar a quem realmente esteja o querendo.

Síndrome da conversão: quando a dor emocional se transforma em dor física

Síndrome da conversão: quando a dor emocional se transforma em dor física

Para algumas pessoas ainda é difícil entender como questões psicológicas podem interferir realmente na saúde de um indivíduo, e essa falta de noção é mais perigosa do que imaginamos, afinal é por causa dela que deixamos passar algumas questões que, se trabalhadas, poderiam nos garantir uma vida de melhor qualidade.

A síndrome da conversão, por exemplo, é capaz de levar o paciente para o centro de emergências de um hospital. Pessoas vítimas dessa síndrome acabam apresentando sintomas típicos de pacientes com problemas neurológicos, psiquiátricos e cardíacos.

Crises epiléticas; dificuldades respiratórias; incapacidade de andar e falar; bloqueios de visão, audição e fala. Em um primeiro momento o médico pode acreditar que esses sintomas representam um acidente vascular cerebral (AVC) ou, ainda, que o paciente ingeriu drogas, machucou a cabeça de alguma forma ou é epilético.

Após solicitar uma série de exames neurológicos, o médico vai perceber que não houve um episódio de AVC ou epilepsia. Além disso, o paciente não se acidentou nem ingeriu drogas. É comum, nesses casos, que o quadro seja diagnosticado como uma crise histérica nervosa.

Os mecanismos que nos fazem literalmente converter dor emocional em dor física ainda não são totalmente esclarecidos pela ciência, até mesmo porque os meios de ação do cérebro humano são extremamente complexos e não totalmente desvendados ainda.

Antigamente esses sintomas físicos sem explicação biológica eram descritos como uma histeria típica das mulheres. Os médicos de alguns séculos atrás culpavam o útero pela conversão de dor emocional em dor física, mas o fato é que homens também são vítimas desses casos, e agora, finalmente, isso já é aceito sem muita resistência.

O fato é que o termo “histeria” deixou de ser utilizado há pouco tempo, na era da psicoterapia moderna, e a palavra “conversão” passou a ser adotada para definir esses casos.

Conversão

A palavra “conversão” cumpre exatamente o seu papel ao deixar claro que se trata realmente da transformação, da conversão de uma dor psicológica em uma dor física. A coisa é tão séria e tão comum que as estimativas são de que pelo menos 25% da população mundial experimentou ou vai experimentar os sintomas dessa síndrome.

É preciso deixar claro que essa transferência do campo emocional para o físico não acontece por vontade do paciente nem pode ser induzida. Esse processo, na verdade, acontece de maneira inconsciente, ainda que os sintomas físicos sejam facilmente delineados. Converter emoções não verbais e às vezes até inconscientes em dor física é uma forma bizarra de mente e corpo se conectarem.

Tratamento

Todo tratamento que envolva questões psicológicas exige do médico, do terapeuta, do psicólogo e dos outros profissionais envolvidos boas doses de empatia, que é a capacidade de se colocar no lugar do outro e analisar muito bem aquilo que se diz. Um paciente com a síndrome da conversão não deve ouvir frases como “isso é apenas coisa da sua cabeça”, que acabam diminuindo a importância do sofrimento do paciente, como se bastasse força de vontade para resolver o caso.

Frases como essa realmente podem interferir no tratamento, e de maneira bastante negativa. O ideal é mesclar o tratamento médico, feito por um psiquiatra, com o tratamento terapêutico, geralmente realizado por um psicólogo. Esse segundo profissional geralmente recorre à terapia cognitivo-comportamental (TCC), que é uma técnica moderna e bastante eficaz de tratamento, demonstrando sucesso em pacientes que tratam depressão e ansiedade.

Em alguns casos, a síndrome requer também fisioterapia, quando os danos físicos são mais intensos e afetam habilidades motoras. Em casos ainda mais severos, quando o paciente apresenta alterações neurológicas, a família acaba se envolvendo com a recuperação de maneira ainda mais intensa, ajudando em tarefas como banho e troca de fraldas.

Alguns pesquisadores acreditam que os sintomas da síndrome de conversão aparecem em pessoas com condições medicais que não foram previamente diagnosticadas. Como a síndrome ainda é pouco conhecida, há material insuficiente publicado sobre ela, sendo difícil prever as consequências em longo prazo.

Se no passado a síndrome já foi considerada exclusiva das mulheres, cientistas modernos já comprovaram que a condição não tem nada a ver com o gênero, sendo possível, portanto, que tanto homens quanto mulheres possam apresentar os sintomas da conversão.

No entanto, há um fator externo que pode facilitar o aparecimento da síndrome. Em países onde a cultura reprime manifestações emocionais de tristeza, sexualidade e até mesmo alegria, as pessoas são mais suscetíveis a apresentar esses sintomas.

De qualquer forma, a síndrome da conversão precisa ser encarada como uma dor crônica, uma doença ou um trauma – jamais como “frescura” ou “algo da sua cabeça”, de novo, apenas por uma questão de empatia. Diminuir o sofrimento psicológico é uma forma muito negativa e cruel de atrapalhar o tratamento.

Essa questão de empatia vale para tudo, mas nos casos das outras doenças psiquiátricas também é fundamental. Da mesma forma que não faz sentido dizer a um diabético que o diabetes é uma “coisa da sua cabeça”, é errado dizer para uma pessoa em depressão que ela precisa ter força de vontade para reagir.

A conversão pode estar ligada a diversos traumas emocionais ou experiências de estresse extremo, como a morte de uma pessoa ou um caso de demissão. Transformar essa dor psicológica em uma dor física é um mecanismo do próprio corpo humano, que talvez divida o peso de um trauma com o resto no corpo para não sobrecarregar o lado emocional.

Fonte: All That is Interesting/Abby Norman
Via Mega Curioso

Um dia a gente aprende que o lugar de pessoas tóxicas é bem longe da nossa vida

Um dia a gente aprende que o lugar de pessoas tóxicas é bem longe da nossa vida

Falar de pessoas tóxicas é algo muito complexo, pois elas não têm uma característica padrão. Muitas vezes, elas parecem aos olhos do mundo ótimas pessoas, dando apenas aos mais próximos a chance de conhecê-las profundamente.

Dessa forma, quando ficamos um longo tempo próximos de alguém que tem o poder de nos intoxicar, é comum que comecemos a ter dificuldades de discernimento, falta de ânimo, problemas psicológicos e físicos devido a somatização de problemas. Problemas que, à princípio, poderiam ser até mesmo pequenos, mais que se avolumaram devido ao contato com uma ou mais pessoas tóxicas.

Assistindo ao filme “Refém da Paixão”, um filme o qual indico, é possível notar que a protagonista, Adele, interpretada por Kate Winslet, vive um esgotamento mental com reflexos psicológicos, esgotamento que a impede de cuidar de sua casa, de amparar seu filho de forma mais ampla e de dirigir até um simples mercado. É como se o peso de pequenas coisas tivesse se acumulado nos braços dela, até que um dia Adele foi soterrada por tudo que carregava.

Na trama Adele é divorciada e vive sozinha com o filho adolescente. Vive triste e deprimida, no entanto, em determinado ponto da narrativa, o ex-marido senta em frente ao filho e admite que Adele foi, no passado, a mulher mais feliz que conheceu. Que ela era apaixonada pela vida. Era deslumbrante e mágica e que ele, em um momento de fraqueza, ciente das dificuldades pelas quais Adele passava, resolveu cair fora.

Adele confiou em alguém que de alguma forma não a amparou quando ela mais precisava e quando fazemos isso, quando confiamos em pessoas próximas que não tem a intenção de nos ajudar, o sofrimento é certo. Adele achou que havia do outro lado um companheiro ajudando-a a tirar a água do barco furado em que estava, quando na verdade não havia ninguém. E quando ela se deu conta disso já era tarde.

Eu mesma já tive em meu passado pessoas tóxicas ao alcance de uma mão. Demorei muitos anos para entender o mal que eu estava me fazendo ao permitir que pessoas assim pudessem opinar ou partilhar de minha vida. Demorou muito tempo até que eu percebesse que as sementes plantadas em nós por pessoas tóxicas nunca são fortuitas.

Uma pessoa tóxica vai sentar ao seu lado e tentar provar que você não é capaz, vai torcer para você ser demitido, vai desejar que você seja tão vulnerável quanto ela. A pessoa tóxica vai te desmerecer e desmerecer aqueles que te amam de verdade. Vai sempre olhar para você e enxergar as piores coisas. A pessoa tóxica vai fingir que está ao seu lado, mas na verdade ela vai ser a primeira a puxar seu tapete quando você se desequilibrar.

Certa vez recebi de uma pessoa tóxica um presente, era um conjunto de seis copos de vidro, no entanto na caixa vieram apenas cinco. Desempacotei os copos e notei que eram copos diferentes. Eram de um vidro muito fino, como se tivessem sido soprados. Na primeira vez em que fui lavá-los, um dos copos se partiu em minha mão, cortando meus dedos. Por fim entendi porque a caixa viera com apenas cinco. Certamente a pessoa também quebrara um dos copos, talvez assim como eu, mas ao invés de dispensá-los, resolveu delegar aquela dor a outro, no caso a mim, embalando-a na forma de um presente bonito.

Não aceite nada de pessoas tóxicas, até mesmo as boas intenções não são tão boas assim. Não aceite conselhos. Não atenda ligações ou responda mensagens. Não conte suas aflições a uma pessoa tóxica. O melhor a fazer é tomar distância delas. Viva sua vida da melhor forma possível, tenha fé na luz que existe em você, seja paciente com seus tropeços e acredite na força de seus passos. Todos nós caímos e todos nós temos a capacidade plena de nos levantar. Mas para isso precisamos, antes de mais nada, manter longe aqueles que fingem nos ajudar, que fingem nos amar, que fingem se importar conosco.

Só merecem estar ao nosso lado aqueles que nos amam de verdade. No filme o amor cura Adele. Na vida o amor de pessoas sinceras e o amor-próprio também nos cura.

Deixemos que as pessoas tóxicas sejam apenas uma vaga lembrança em nosso passado. A vida se encarrega do resto.

Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

27 imagens que vão deixar qualquer perfeccionista fascinado.

27 imagens que vão deixar qualquer perfeccionista fascinado.

Para muitas pessoas, ser alguém perfeccionista com suas coisas é algo muito complexo, que leva tempo, paciência e principalmente muito trabalho.

Algumas pessoas podem considerar ser perfeccionista um tipo de TOC, no qual a pessoa não consegue ficar sossegado quando vê algo fora do lugar, desorganizado ou até mesmo fora da sequência, querendo deixar tudo com a simetria perfeita, cores iguais e linhas idênticas.

Nesse post temos algumas imagens que vão deixar qualquer pessoa perfeccionista fascinada.

Compartilhe com aquele seu amigo que gosta de ver tudo organizado e bonitinho 🙂

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Matéria original: Criatives

Pokemon Go segundo Nietzsche, Huxley e Bradbury

Pokemon Go segundo Nietzsche,  Huxley e Bradbury

No século XIX Nietzsche anunciou a morte de Deus, colocando, portanto, fim a um modelo de vida que pudesse ser estruturada por uma via religiosa. A bem da verdade, a dupla revolução burguesa do século dezoito, a saber, Revolução Francesa e Industrial, já havia derrubado os resquícios da sociedade feudal. No entanto, coube a Nietzsche dar o golpe de misericórdia, sendo que este não somente definhou aquela estrutura de pensamento, como também colocou em xeque o próprio modelo racional de perceber o mundo, que vivia com os positivistas o seu auge.

O sonhado progresso previsto pelos positivistas e todos entusiastas da modernidade não aconteceu, pelo menos não em um sentido que promovesse a evolução social de forma diretamente proporcional ao desenvolvimento tecnológico, isto é, proporcional às condições materiais. Sendo assim, a solidez dessa modernidade foi paulatinamente encontrando seu ponto de fusão e se liquefazendo, implicando, consequentemente, a confirmação do prenúncio de Nietzsche, no qual teríamos um futuro em que nem a religião, nem a razão seriam capazes de dar uma sustentação sólida à existência humana.

Posto isso, chegamos ao período pós-moderno ou a modernidade líquida como prefere Bauman, em que encontramos um mundo sem referências sólidas, no qual vivemos sem algo que proporcione sentido a nossas vidas. Nesse mundo do absurdo que não possui grandes propósitos, para lembrar Beckett, os indivíduos sentem-se desconfortáveis diante de uma liberdade infinita que caminha para o nada, já que, segundo Nietzsche, os homens sentem enorme dificuldade em viver sem ter algo em que possam apoiar a sua existência, o que ele chamava de muletas existenciais.

Percebendo a problemática e indivíduos desesperados por algo que possa proporcionar algum sentido a suas vidas, o mercado criou uma solução: a sociedade de consumo. O consumismo, assim, se tornou a grande base de sustentação existencial e os shoppings os templos de adoração de um novo fundamentalismo. Como a sustentação proporcionada através de coisas é frágil, novas coisas sempre devem ser criadas, a fim de manter os fiéis cativos aos templos de adoração, muito embora, a mídia não se esqueça da sua função catequizadora.

Nesse processo, encontra-se o Pokémon GO, mais uma ferramenta criada pelo mercado para manter acesa a fé das ovelhas. Obviamente, a ferramenta trata-se (ou deveria tratar) apenas de um jogo, uma forma de lazer. Entretanto, o modo desesperador como muitas pessoas ao redor do globo têm se relacionado com algo que é “apenas um jogo”, confirma a insustentabilidade da nossa existência e os meios frágeis que temos buscado para empreender um sentido a ela por meio dos artifícios da sociedade contemporânea, assim como, problemas típicos do nosso tempo como a solidão e o isolamento.

Esse comportamento leva ainda a outros questionamentos, como a questão do tempo, afinal, nós vivemos na era da correria em que ninguém possui tempo para nada, tampouco, para alguém. Como pode haver, então, tanto tempo disponível para se dedicar a um jogo? No mínimo paradoxal. Para Aldous Huxley, esse paradoxo é explicado pela própria estrutura do Admirável Mundo Novo, ou seja, os mecanismos criados dentro da sociedade têm como função elementar a massificação dos indivíduos, tornando o controle social mais fácil, posto a transformação da humanidade em uma grande manada.

Dessa maneira, há a necessidade de um gozo perene, o qual, em uma sociedade sem referências, passou a ser encontrado, como já dito, na sociedade de consumo. Nela, a fragilidade existencial passa a ser “fortificada” por meio da padronização, da adequação, da alienação e, quando isso não for suficiente, há ainda o “soma” que resolve todos os problemas, como o Pokémon GO, que além de proporcionar estabilidade emocional, ainda pode tornar o indivíduo alheio ao que acontece.

Essa fuga de uma realidade não querida é ressaltada também por Ray Bradbury e seus mundos distópicos, como Fahrenheit 451 e O Homem Ilustrado, em que uma série de artifícios, como televisões “interativas”, “superdesportos”, “parques de destruição”, etc., é criada para acalmar os espíritos e eliminar o desejo de pensar. Em outras palavras, instrumentos que acabam se tornando a finalidade de vidas totalmente automatizadas e sem qualquer senso crítico.

Enquanto ferramenta, não existe problema algum com o jogo, a questão se direciona ao modo como nós temos nos comportado. Ou seja, a forma como nós temos transformado instrumentos em finalidade e coisas no sentido de vidas. A forma como estamos cada vez mais dependentes do mundo virtual e alheios ao que acontece na vida real, buscando sempre fugir da dor da existência e das problemáticas relacionadas a ela. Mais uma vez, não há problema em si com o jogo ou com quem venha a jogá-lo, e sim ao modo como temos nos relacionado com coisas, como se fôssemos zumbis a procura de alimento.

Em um contexto líquido como o nosso, de falta de referências e fragilidade dos laços humanos, é necessário reavaliar de que modo temos através desse modus vivendi conseguido melhorar as nossas vidas e o quanto essa barafunda tecnológica-consumista tem nos permitido ter acesso de fato ao mundo. Sei que com todas as ressalvas ainda haverá a possibilidade da não associação do “fenômeno” Pokémon GO com o nosso contexto social, de tal maneira que só me resta lembrar Orwell e a transfiguração da realidade pela linguagem, em que “Guerra é Paz”, “Escravidão é Liberdade” e “Pokémon GO é Vida”, mesmo que seja em bolhas chamadas a partir de agora de pokebolas.

O universo conspira a favor de quem não conspira contra ninguém

O universo conspira a favor de quem não conspira contra ninguém

Mesmo que não sejamos muito religiosos, mesmo que não acreditemos em forças sobrenaturais, em energias cósmicas, em misticismo algum, ou em qualquer coisa que não se possa materializar, é impossível não percebermos que manter os pensamentos em ordem e sintonizados positivamente faz um bem imenso. Inegavelmente, o bom humor e o otimismo nos deixam com mais vontade de dar certo e com mais esperança de que tudo corra bem.

Se compararmos como fica o mundo à nossa volta quando estamos felizes e quando estamos tristes, veremos nitidamente o quanto é importante tentarmos nos afastar de pensamentos e de atitudes negativas. Ninguém, além de nós mesmos, é capaz de nos tornar mais fortes, mais decididos, mais seguros diante de tudo o que acontece. Ter alguém que nos facilite essa travessia é imprescindível, mas deverá partir de nós a iniciativa de seguirmos confiantes.

Nossa jornada é extensa e, em muitos momentos, dolorosa, pontuada por decepções, perdas e quedas bruscas. Há até quem diga que a felicidade aparece de vez em quando, em meio às tempestades, muitas vezes sem percebermos. Outros dizem que ser feliz é um estado de espírito. Alguns relacionam a felicidade ao conforto material. De uma ou de outra forma, todos estamos buscando realizar nossos sonhos para alcançar essa tal felicidade.

Não importa, na verdade, se acreditamos ou não em forças sobrenaturais, em providência divina, em vida após a morte, se frequentamos ou não algum culto, mas sim a forma como vivemos, a maneira como tratamos os nossos semelhantes, os meios que utilizamos para atingir os nossos objetivos, os cuidados que temos com aqueles que nos amam verdadeiramente, nossa capacidade de entender o outro e o mundo além do nosso próprio umbigo. Nada nos definirá com mais precisão do que nossas atitudes, nossa vida, o que somos no dia a dia.

Quando nos tornamos pessoas amargas, vingativas, pessimistas e invejosas, mesmo que por pouco tempo, tudo fica mais difícil, descolorido, nebuloso, pesado. É como se algo nos impedisse de enxergar o raiar de um novo dia, de uma nova chance. Quando somos tomados por sentimentos negativos, acabamos nos tornando nosso pior inimigo, pois então não seremos capazes de aprender, de refletir com clareza, tampouco de vislumbrar soluções ao que nos angustia. O amor se anulará e a dor se estenderá além de nós, atingindo inclusive a quem nos ama com sinceridade.

Como se vê, não dá para fugir aos clichês e à sabedoria popular, que tão bem nos aconselham a manter o otimismo, a cultivar nosso amor-próprio e os relacionamentos que nos tornam pessoas melhores e mais felizes. Bobagem ficar perdendo tempo com gente à toa, pois elas cairão uma ou outra hora. Bobagem ficar remoendo o que não deu certo, sendo que há um montão de novas oportunidades à nossa frente. O tempo, afinal, encarrega-se de colocar as coisas e as pessoas em seus devidos lugares, acreditemos ou não em bruxas, pois a vida sempre conspirará em nosso favor, se assim o merecermos. E você merece.

5 Sinais de que é hora de mudar sua vida

5 Sinais de que é hora de mudar sua vida

Você está vivendo o seu pleno potencial e felicidade? Parece uma tarefa difícil, mas nós somos voltados para cumprir um propósito e, naturalmente, desenvolver-nos para sermos felizes. Durante nossa rotina, podemos perder a noção do nosso caminho e prioridades.

Veja se as situações abaixo se encaixam no seu estilo de vida atual. Pode ser assustador fazer uma total mudança e perseguir suas paixões originais, mas uma vez que você começar a se mover para esse objetivo, vai encontrar-se sendo impulsionado para ele.

É melhor tentar e não ter sucesso do que nunca tentar. Você será assombrado por aquilo que poderia ter sido. Mesmo se não for imediatamente e de grande sucesso, você vai aprender mais do que se não tivesse tentado. Você também vai sentir uma satisfação mais profunda e sensação de crescimento feliz.

1.Você é muitas vezes invejoso
Como você compara sua vida com as dos outros, encontra-se cobiçando elementos de suas vidas. A inveja é uma emoção feia, e nunca saudável. Busque o motivo pelo qual você quer o que a outra pessoa tem. Você está colocando as posses dos outros cima das suas ou valorizando seus bens? Em qualquer situação, depois de reconhecer seus sentimentos e motivações, você tem duas ações.

Você decide se isso é algo que você realmente deseja em sua vida ou não. Se quiser, canalize a sua inveja em inspiração e trabalhe para um efeito similar. Se não, se concentre em seu caminho e objetivos individuais.

2.Você nunca sai de sua zona de conforto ou quebra a sua rotina
A vida começa verdadeiramente no limite de sua zona de conforto. Temos de praticar as coisas nas quais ainda não somos bons, e nos aventurarmos em situações com as quais não estamos familiarizados, a fim de crescer. Desafiar-nos desta forma é difícil, mas só por um momento.

Se você pode enfrentar os sentimentos estranhos e possíveis constrangimentos, vai perceber que se adaptará rapidamente. O medo do que poderia dar errado é altamente exagerado.

Você sempre pode ir devagar, dando pequenos passos para construir confiança.

3.Você não sabe qual é sua verdadeira paixão e não como convidá-la à sua vida
Uma vez que você percebe que está apenas sobrevivendo, pode ser bastante chocante. Para iniciar a prosperar, é hora de começar a experimentar. Comece com seus pontos fortes, pontos fracos, e interesses. Faça o que puder para mudar a sua rotina e valorizar as competências que usa.

4.Suas férias são tudo
Férias devem ser um tempo para descanso. Se você começar a precisar de uma fuga periódica de sua vida e responsabilidades, pode precisar mudar a sua vida para que não fuja mais dela. Tomar medidas para aproveitar a vida o mais rápido possível.

A vida é sempre uma bênção e um evento para ser apreciado, trabalhe sobre as coisas em sua vida que você tenta esconder durante suas férias. Se você melhorar sua satisfação geral com sua vida, vai realmente desfrutar das suas férias, e não apenas usá-las como uma fuga.

5.Em momentos de introspecção, você sabe que não está seguindo seu verdadeiro caminho
Tente este exercício simples, mas poderoso. Anote suas três principais prioridades e as três coisas nas quais você mais foca-se atualmente. Como as duas listas alinham-se? Se você não está passando seu tempo em atividades ou metas que são importantes, então não está vivendo de uma maneira que te faça sentir-se realizado. É fácil ser pego nas metas outros ou se distrair.

Faça mudanças em sua vida, então você estará gastando mais tempo nas coisas que quer. Se você não tem certeza do que quer fazer, tenha o tempo para explorar as possibilidades.

Conheça novas pessoas, experimente novas atividades e mude a sua rotina. Você nunca vai descobrir o que não sabe, se continuar fazendo as coisas que sempre fez.

Fonte: XTreino

Começo a suspeitar que o amor da minha vida sou eu

Começo a suspeitar que o amor da minha vida sou eu

O amor da minha vida sou eu. E dizer isso em voz alta não é ato de egoísmo ou orgulho, é uma reflexão que devíamos interiorizar a cada dia.

Não é egoísta quem atende a si mesmo, quem resolve os seus medos e cura as suas feridas, quem deixa para trás o que o fere e encontra o amanhã com otimismo e força.

Porque se eu estiver bem, vou ser capaz de dar o melhor de mim para os outros.

Eu serei capaz de ser feliz e de dar felicidade.

“Eu não preciso ser melhor do que ninguém, não preciso ter o que o outro tem. Basta-me ser eu mesmo, ser o amor da minha vida para poder oferecer a mim mesmo e aos outros o melhor que está na minha alma calma e no meu coração sereno, desprovido de ódio ou rancor.”

Embora nos surpreenda, não é fácil chegar a este estado, onde somos capazes de amarmos a nós mesmos plenamente e sem limitações. Estamos quase sempre acostumados a priorizar as necessidades dos outros, e muitas vezes ficamos “agarrados” a coisas como se fossem a nossa identidade única: um trabalho, uma casa, dinheiro…

Há muitas dimensões que nos estão a cobrir, camada por camada, com uma casca que nos faz perder gradualmente a essência que é o amor-próprio.

Porque nós nunca nos devemos esquecer que se nós estivermos bem, o mundo estará bem. Se os teus pensamentos e as tuas emoções não vibrarem com essa harmonia interior e o respeito por ti mesmo, a tua realidade será distorcida.

Eu tinha-me esquecido: o amor da minha vida sou eu!

Talvez em algum momento tu esqueças que o amor da tua vida eras tu, porque priorizaste demais os outros. Ou também pode ter sido projetada em ti desde a tua infância uma insegurança e valores que nunca te priorizaram como pessoa.

Chega um momento em que temos que deixar para trás algumas coisas, algumas pessoas, algumas situações … Alguns vão chamar isso de egoísmo, mas eu chamo de amor-próprio.

Amor-próprio não é algo ensinado nas escolas. Na verdade, é um aspecto que todos nós vamos lentamente descobrindo e que armazena um poder acerca do qual nunca nos tinham falado.

O amor-próprio, só de pensar que eu sou o amor da minha vida, não é um ato de egoísmo. Não desde que esta dimensão esteja focada na construção e proteção da nossa auto-estima. Nós devemos gostar de nós próprios para nos protegermos, nos conhecermos melhor, para que nada nem ninguém nos manipule, para sabermos o que queremos e o que não queremos.

O amor-próprio é um sentimento do qual não nos devemos envergonhar. Ele não é apenas uma ferramenta de bem estar interno, ele permite manter um equilíbrio que nos permite ter empatia e respeito também pelos outros.

Estratégias para lembrar que o amor da nossa vida somos nós:

Sejam quais forem as circunstâncias que nos levaram a esquecer que os pilares de nossa vida somos nós mesmos, nunca é tarde demais para recuperarmos essa crença, nunca é tarde demais para recuperarmos essa força interior com a qual recuperamos o equilíbrio para sermos felizes e para oferecer conforto para aqueles que amamos. Aqueles que realmente merecem.

“Conforme tu andas nos caminhos da tua vida, tu percebes que o que importa não é quantas coisas tu tens, mas sim o seu valor …”

Convidamos-te a tomar nota de uma série de aspectos para refletir. Respira fundo e pensa sobre eles com cuidado, relembrando sem hesitação que o verdadeiro amor da tua vida és tu mesmo:

Mantém um diálogo interno: analisa quais aspectos e situações diárias violam a tua autoestima, e te afastam de quem tu realmente és. Talvez tu devas deixar certas coisas, pessoas ou situações para trás.

Simpatiza contigo mesmo: tu empatizas com qualquer um que vês. Tu entende a sua situação, a sua dor, as suas necessidades… mas e tu? O que tu dirias para ti mesmo se estivesses diante de ti?

Tu és autêntico, único e irrepetível. Isto não é um slogan, não é uma frase. É uma realidade na qual deves começar a acreditar a partir de hoje. Tu tens virtudes, características e essência que te fazem único no mundo, e, portanto, importante.

Atreve-te a amar e a dedicar mais tempo ao que tu mereces, porque amar a si mesmo não é parar de amar os outros. É reconhecer-se e fazer-se feliz, porque quando tu começas a ser feliz, consegues as melhores coisas na vida.

Fonte: Papo sincero

A zona de conforto não é um lugar de onde fugir. É onde todos desejam estar mas ninguém assume.

A zona de conforto não é um lugar de onde fugir. É onde todos desejam estar mas ninguém assume.

Negue. Pode negar. Negue que, vez em quando, tudo o que você quer é se sentir um pouquinho mais confortável na vida. Não precisa muito. Só um cadinho mais de aconchego neste mundo tão duro e aborrecido. Negue. Tem problema, não. Melhor engolir o discurso comum, engrossar o coro e negar o que você sente lá dentro para não fazer inimigos. Para que ser do contra, né?

É que o mundo inteiro adora culpar a tal zona de conforto por tudo. Atreva-se a pensar diferente e o mundo inteiro vai deixar você no vácuo. Melhor guardar esse sentimento estranho aí dentro. Melhor deixá-lo quietinho. Você sabe, ahh… você bem sabe que as coisas não são bem assim como dizem. Mas é melhor ninguém saber que você sabe.

Que ninguém nos ouça, mas eu não sei quem foi que inventou essa história de confundir conforto com estagnação, conformismo, preguiça, sujeição, imobilidade, servidão e toda sorte de adjetivos negativos. Por conta dessa invenção medonha o conforto virou pecado, sinônimo de preguiça, e “zona de conforto” virou o lugar onde só permanecem os fracos, os indecisos, os medrosos, os medíocres e os miseráveis. E dá-lhe generalização!

O sujeito não consegue mudar de emprego? É porque está preso em sua zona de conforto. O casamento vai mal e nenhum dos dois envolvidos toma uma atitude? Zona de conforto. A moça que sonha viajar pelo mundo recebeu uma proposta de emprego e desfez as malas? Maldita zona de conforto! Aquele seu parente desistiu de largar tudo e abrir uma barraca de suco na praia? Pobrezinho. Cedeu à tentação da zona de conforto e decidiu manter seu emprego de segunda a sexta.

Poderosa, essa zona de conforto! Gruda a gente no chão e não deixa ninguém voar. Provoca todos os nossos males, assassina nossos sonhos. Sacrifica nossa liberdade. É o que dizem aqui e ali a massa de gurus de recursos humanos, terapeutas, benzedeiras e afins.

Mas será que é isso mesmo?

Será que o sujeito que abandona o emprego “confortável” e sai de mochila nas costas rumo ao mundo o faz pensando em se sentir desconfortável? Ou será que o maior desconforto dele é justamente o emprego que ele decide largar?

Será verdade que um casal em processo de separação decide sair de sua zona de conforto, o casamento, porque a segurança e a estabilidade do lar não passam de uma chatice? Será que é porque não aguentam mais tanta felicidade conjugal, não suportam o conforto da boa convivência e então decidem buscar um pouco de dúvida e agonia e infelicidade na separação?

Ou será que, na verdade, o casamento falido, o amor desaparecido, a relação desgastada, os planos diferentes de um e outro, tudo isso se juntou e virou um desconforto total? Logo, a separação é nada senão uma tentativa honesta de buscar, de um lado e de outro, algum novo conforto na vida.

Pensando assim, a gente foge mesmo é da nossa “zona de desconforto”. E não o contrário. O que o mundo decidiu chamar de “zona de conforto”, então, não é o local de onde todos devemos sair. É o lugar onde todos desejamos estar!

Além do mais, não há um canto no espaço chamado “zona de conforto”. Há instantes confortáveis que a gente persegue e só conquista à custa de muito desconforto! É a sexta-feira esperada que só chega porque sobrevivemos aos outros dias da semana. São as férias que vêm como recompensa de tanto trabalho suado. É o sonho que só se concretiza depois de muita realidade. O conforto merecido a quem não tem medo do desconforto da vida.

Aquilo então que todos chamam de “zona de conforto” é só uma mentira, uma invenção, uma bobagem. Mas que ninguém nos ouça. Isso ninguém precisa saber.

Como viver com menos dinheiro em 4 passos

Como viver com menos dinheiro em 4 passos

Este ano me casei e, junto com minha esposa, percebi que conseguíamos viver com menos dinheiro. Isto é, poderíamos trabalhar menos — e em consequência, provavelmente, ganhar menos.

Eu sei que isso pode soar como dar um passo para trás. A convenção social diz que devemos trabalhar para ganharmos cada vez mais, não o contrário. O objetivo da maioria esmagadora da população é cortar atividades que não geram um potencial de ganho financeiro e focar onde o dinheiro está.

Terceirizamos tarefas mundanas como limpar nossas próprias casas, cuidar dos nossos jardins e, até mesmo, dos nossos filhos. O motivo é óbvio: estamos muito ocupados tentando ganhar mais dinheiro e não temos tempo para executarmos tarefas domésticas.

Sacrificamos nosso equilíbrio numa perseguição interminável ao dinheiro e o mais irônico é que quando o alcançamos, não temos tempo ou mesmo disposição para aproveitar os possíveis benefícios trazidos por ele. Compramos, compramos, compramos e engavetamos coisas — e sonhos.

Nossos trabalhos são distintivos de honra. Temos uma obrigação social em sermos bem sucedidos. Se alguém lhe perguntar “quem é você?“, provavelmente sua ocupação será dita após o seu nome, como se você fosse o seu trabalho.

E, veja bem: não há nada de errado com essas ideias. Muitas pessoas consideram esse tipo de vida como algo inteligente. Pessoas bem sucedidas financeiramente sentem-se bem ao receberem elogios por suas brilhantes carreiras. Esse tipo de coisa faz bem para o ego e dá uma sensação de que todo o esforço valeu a pena.

O ponto é que eu vejo as coisas de forma diferente. Eu tenho prazer em fazer as coisas do dia a dia. Eu quero ser capaz de reconhecer e apreciar o que me faz bem. Eu quero dizer “não” pra tudo aquilo que não faz sentido pra mim.

E pra chegar nesse equilíbrio entre vida pessoal e profissional — veja bem, eu trabalho pra caramba, não sou um vagabundo querendo que as coisas caiam do céu — aprendi maneiras de minimizar meus gastos para que possa tomar decisões relacionadas ao trabalho, ou seja, aprendi a colocar na balança se um “sim” para uma atividade que pode me dar algum dinheiro vale o benefício de sacrificar meu tempo livre.

Se você está nessa mesma vibe e também gostaria de precisar de menos dinheiro para viver, recomendo que continue lendo o artigo e preste bastante atenção nas dicas abaixo.

1 – Identifique o que é verdadeiramente suficiente

Se você está desempregado, talvez não tenha o suficiente para pagar suas contas. Então se apegue aos exemplos de como cortar gastos.

Para quem está empregado e na busca implacável ao dinheiro, sugiro que reflita: é possível que você esteja perdendo momentos importantes da sua vida por causa do trabalho? Se a resposta for sim, saiba que você poderia estar mais feliz e menos estressado se aprendesse a viver com menos.

Eu e minha esposa colocamos na ponta do lápis quanto precisaríamos ganhar por ano para pagarmos nossas contas, aproveitarmos a vida com coisas que gostamos e, ainda, guardarmos um pouco para o futuro. O montante foi bem menor do que imaginávamos.

Se você tem filhos, provavelmente seus gastos serão bem maiores do que os nossos. Porém, tire um tempo para determinar e calcular o que é realmente importante para você e sua família.

2 – Corte despesas que não são necessárias

Aqui em casa não assinamos TV à cabo, compartilhamos um carro — me locomovo a maior parte do tempo de bicicleta — e temos apenas 1 televisor. Como passamos boa parte do dia conectados via Wi-Fi, não temos planos de telefonia — nossos smartphones são pré-pagos. No supermercado, estamos sempre em busca de promoções. Roupas? Faz tempo que não compramos nada, apenas o extremamente necessário — e nada de grifes famosas.

São essas escolhas que nos permitem gastar nosso dinheiro em coisas que realmente são importantes pra gente, como viagens ou mesmo serviços que alguns podem achar supérfluos, como Netflix e Spotify — mas que nos trazem prazer. O erro, em nosso caso, seria ter despesas desnecessárias enquanto utilizamos esses serviços.

3 – Torne-se um “Diretor Social”

Ter uma vida social é algo fundamental dentro deste equilíbrio entre vida pessoal e trabalho. A questão é que descobri que um dos grandes desafios para se gastar menos é ter que dizer “não” para amigos e familiares. Percebi que se eu esperar por convites, a probabilidade de sairmos para um local onde gastaríamos um alto valor é grande.

Porém, ao tomar a iniciativa de fazermos os convites, podemos sugerir lugares baratos ou mesmo um jantar em casa — naquele esquema “traz a bebida que faço a comida“. É uma ótima maneira de economizar e apreciar as coisas simples ao mesmo tempo.

4 – Pare de comprar

Numa sociedade altamente consumista, talvez o ponto mais difícil. É muito tentador determinar o que você precisa baseado no que os outros têm. “Fulano comprou tal carro. Ciclana tem uma bolsa de tal marca“. Uma coisa que me ajuda antes de comprar algo é me perguntar: “eu realmente preciso disso ou vou comprar porque está na moda?”.

Em outras palavras, pare de se importar com etiquetas e marcas. Fazendo comparações fora do senso comum você consegue ter mais clareza sobre aquilo que realmente é importante para você.

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8 filmes para inspirar o desapego

8 filmes para inspirar o desapego

Seja na vida material, pessoal ou até mesmo no amor… Cada vez mais a sociedade nos leva para um caminho determinado. Mas você deve se desapegar de tudo isso e viver exatamente do jeito que sempre imaginou.

Aprenda lições de desapego com alguns filmes!

1- (500) Dias com Ela

(500) Days of Summer – 2009

No filme, Tom Hansen se apaixona por Summer Finn, uma garota bonita e que o encanta logo de cara por sua beleza não convencional e claro, que reúne todas as características que Tom sempre quis em uma mulher. (Além de terem o gosto musical compatível). À primeira vista os dois se dão muito bem e iniciam um relacionamento mas, há apenas um problema: ele é idealizado demais por Tom. Ao mesmo tempo em que gosta de Summer e não quer perdê-la, ele também não aceita a falta de interesse dela em não colocar um status no relacionamento.

Algumas vezes, você vai se apaixonar com uma pessoa completamente diferente de você, e isso não é nada ruim. Pelo contrário. Você deve se desapegar de todos os ideais que tem de uma pessoa perfeita, pois pode não estar enxergando o que é realmente necessário para a sua vida.

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2- O amor é cego

Shallow Hal – 2002

Hal é um homem do tipo fútil e superficial e tem como meta nunca se relacionar com alguma mulher feia. Em sua lista de amantes, só as mais saudáveis aspirantes a modelo têm vez. Isso até que Hal encontre um especialista em hipnose, que o aconselha a olhar mais para a beleza interior das pessoas. E o destino, como prometido, o apresenta a Rosemary, uma mulher muito bonita e magra, ao seu ver, pois ele enxerga o que há em sua alma. O que ele não sabe é que está sob efeito da hipnose e que, na verdade, a sua amada não está nada dentro de seus padrões. Agora, ele precisa combater todos os seus tabus pelo amor.

O filme, mesmo sendo de comédia, é uma lição que devemos levar para nossas vidas. O que você está olhando mais, para a beleza de fora ou para o interior das pessoas? Às vezes, aquela pessoa tão bonita, que está além dos seus padrões de beleza, não combina com você, muito menos é aquilo que você esperava. Já aquela outra pessoa, que não é tão bonita assim exteriormente, pode ser tudo aquilo que um dia você desejou. Por isso abra os seus olhos para a alma.

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3- Antes só que do mal casado

The Heartbreak Kid – 2007

Eddie Cantrow é um desses solteirões que nunca teve coragem de entrar em um relacionamento sério e duradouro, até conhecer a sexy e fabulosa Lila. Mesmo com pouco tempo de namoro, Eddie decide se casar com a amada. Mas, nem tudo são flores nesse relacionamento. Na lua de mel, Lila demonstra ser uma pessoa completamente diferente daquilo que aparentava, tornando-se insuportável. Irritado com a esposa, Eddie decide fazer alguns passeios sozinhos, quando conhece Mirando, uma jovem por quem se apaixona.

Quantas vezes você se enganou com amigos, namorados ou qualquer pessoa que aparentava ser algo, mas no fundo era completamente diferente? É preciso abrir os olhos, enxergar além do que é esperado, olhar para a alma das pessoas e prestar atenção em todos os detalhes possíveis. Nem sempre o que aparenta é verdadeiro. Desprenda-se, desapegue-se dos limites físicos, faça os seus olhos enxergarem além do que é natural.

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4- Náufrago

Cast Away – 2001

Chuck Noland é um inspetor da empresa Federal Express (FedEx), multinacional encarregada de enviar cargas e correspondências. Mas, em uma de suas costumeiras viagens ocorre um acidente, que o deixa preso em uma ilha completamente deserta por 4 anos. Com toda a sua vida deixada para trás, com sua noiva e seus amigos pensando que morrera no acidente, Chucka precisa lutar para sobreviver, tanto fisicamente quanto emocionalmente, para retornar para a vida que tinha anteriormente, na civilização.

Quanto tempo você consegue ficar sem o seu celular? Quanto tempo você consegue ficar longe da internet? Hoje, com a tecnologia em nossas mãos, deixamos de conversar com amigos em uma mesa de bar, deixamos de ouvir os nossos parceiros em muitos momentos para dar uma checada na linha do tempo do Facebook, ou até mesmo contamos o nosso dia no Twitter, ao invés de falarmos sobre isso pessoalmente. Mas esquecemos de olhar o sol, as pessoas, a lua… Esquecemos de tudo o que está ao nosso redor. Como seria a sua vida em um náufrago? Aquela famosa frase: “As melhores coisas da vida acontecem Offline”, é a pura realidade.

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5- O Terminal

The Terminal – 2004

Viktor Navorski é um cidadão da Europa Ocidental que está viajando para Nova York mas, o destino prepara um surpresa: seu país de origem sofre um golpe de estado, o que faz com que seu passaporte seja invalidado. Assim, Viktor não consegue autorização para entrar nos Estados Unidos, mas também não pode retornar à sua terra natal, já que as fronteiras foram fechadas. Viktor então passa a improvisar seus dias no próprio aeroporto, na espera de que sua situação se resolva.

Muitas vezes temos muito e não sabemos agradecer por aquilo que temos. Você tem uma cama para dormir? Um cobertor para te esquentar no frio? Uma comida no prato em todas as refeições, não importa o que seja? Pare de reclamar e apenas agradeça. Não é ruim desejar algo a mais sempre, mas devemos ter em mente que há pessoas lá fora precisando de algo a mais. Por isso, desapegue-se do mundo material, tenha sempre em seu coração o amor, carinho e afeta. Agradeça por tudo o que você tem!

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6- Sim, Senhor!

Yes Man – 2009

Após o convite de um amigo, Carl Allen decide ir em uma sessão de auto-ajuda, que tem por base dizer sim a qualquer coisa que lhe aconteça ou ofereçam, independente do que for. A partir de então a vida de Carl começa a mudar, fazendo com que ele seja promovido e conheça Allison, uma bela moça por quem se apaixona. Porém, ao tentar aproveitar todas as oportunidades que lhe surgem, Carl começa a notar que em excesso também pode cansar e deixar a vida menos alegre e sincera.

Quantas vezes você já se pegou fazendo coisas por obrigação? Quantas vezes você disse um “sim” querendo dizer “não”, ou disse um “não” querendo dizer “sim”? Claro que, fazer um agrado para as pessoas que amamos às vezes é bom, mas também devemos pensar naquilo que queremos para nossas vidas, naquilo que precisamos. Por isso, não deixe as oportunidades para trás, mas também não faça nada obrigado. Viva a vida de acordo com os seus conceitos e desejos!

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7- Clube da luta

Fight Club – 1999

Jack é um executivo jovem, trabalha como investigador de seguros, tem uma boa casa, mas está ficando cada vez mais insatisfeito com a sua vida. Para piorar, Jack está enfrentando uma crise de insônia, até que encontra uma cura inusitada para o sua falta de sono em grupos de autoajuda. Nos encontros ele passa a conviver com pessoas problemáticas, como a viciada Marla Singer e Tyler Durden que, cheio de mistérios, apresenta para Jack um grupo secreto que o ajuda a extravasar suas angústias e tensões através de violentos combates corporais.

Como você lida com os seus problemas? Talvez não como Jack, mas temos que arrumar uma forma de extravasar nossas energias negativas, tirar os problemas da cabeça. Desapegue-se de tudo o que há de ruim em sua vida e tente fazer um novo caminho, uma nova história, com coisas boas e que te deixam para cima!

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8- Forrest Gump – O contador de histórias

Forrest Gump – 1994

O filme retrata quarenta anos da história dos Estados Unidos, aos olhos de Forrest Gump, um jovem com um QI abaixo da média.

Por obra do destino, Forrest consegue participar de momentos cruciais da história, como a Guerra do Vietnã e Watergate. Mas, mesmo assim, a única coisa em que consegue pensar é em seu amor de infância, Jenny Curran.

Forrest Gump é um sujeito que, embora tenha o QI abaixo da média, é inocente, doce e tem um caráter e imaginação além do normal.

Ao longo da história, Forrest nos mostra que o amor consegue falar mais alto, até em guerras e desastres. Nos ensina a sempre acreditar nas pessoas e no bem maior. Entre encontros e desencontros, descobertas e partidas, guerras e revoluções, Forrest consegue escrever a sua história.

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Desista de tudo aquilo que já desistiu de você

Desista de tudo aquilo que já desistiu de você

Talvez uma das maiores dúvidas que temos seja percebermos quando é chegada a hora de promovermos mudanças nos vários setores de nossas vidas. Isso porque a comodidade da zona de conforto em que nos sentimos confortáveis acaba por nos tolher a iniciativa de operarmos a quebra do que aparentemente se encontra instalado em nós. Mudar assusta e requer coragem, mas é vital e necessário.

Temos uma forte tendência a querer que os dias corram sempre na mesma sintonia, no mesmo tom, pois ansiamos, sobretudo, por calmaria e equilíbrio. No entanto, mesmo que aparentemente as coisas possam nos parecer já estabilizadas, nada é imutável, nada deixa de se transformar ao longo do tempo – é assim com as pessoas, é assim com tudo o mais.

As experiências acumuladas, as mudanças de perspectivas, as diferentes direções dos sonhos, as ressignificações de mundo, tudo serve para promover a ampliação de perspectivas. Nesse sentido, as ideias mudam, o mundo se transforma, ou seja, não permanecemos os mesmos, pois vamos também nos transformando ao compasso das mudanças que se descortinam ao nosso redor.

Por isso é que certas coisas vão perdendo o significado e a importância que possuíam para nós, à medida que avançamos no tempo e amadurecemos os nossos pensamentos. A vida corre e, aqui dentro da gente, os sentidos clamam pelo seguir sempre em frente. E prosseguir muitas vezes significa ter que deixar para trás parte daquilo que já tínhamos como certo em nossas vidas.

Não é fácil nem agradável nos libertarmos do que pensamos ser imprescindível em nossas vidas, pois temos a impressão de que não conseguiremos sobreviver sem aquilo tudo. Quer saber? Sobrevivemos, sim, pois fomos feitos para durar, a despeito de toda dificuldade, toda dor e toda desesperança que teimará em ferir os nossos sonhos. Uma vida digna é o que devemos priorizar, longe de coisas, de pessoas e de situações que só servem para nos distanciar de nossas verdades.

É preciso deixar de manter junto gente dispensável, que não faz a menor questão de nos fazer ou de nos ver felizes. É necessário buscar novos empreendimentos e empregos, caso o trabalho seja a pior parte de nosso dia. É urgente a necessidade de darmos um basta na relação, quando nos vemos mergulhados em lágrimas, arrependimentos e súplicas vazias. Mas também é preciso olhar para dentro de nós, percebendo a nossa parcela de responsabilidade sobre todo o mal que nos aflige.

Todos os dias, a vida nos dá várias oportunidades para repensarmos o que fizemos de nossas vidas, para que tenhamos a chance de agir em favor de nossa felicidade. Felizmente, embora muitos não pensem assim, nunca é nem será tarde demais para reiniciarmos a busca pela realização de nossos sonhos. Sejamos, assim, a mudança que queremos para nossas vidas, de mãos dadas com quem nos ama sinceramente, com quem chegou para ficar, com disposição e com verdade.

Carta a uma amiga que não acredita em si mesma

Carta a uma amiga que não acredita em si mesma

Amiga querida,

Por mais que me esforce, eu não consigo compreender sua necessidade de sofrer.

Você não é dessas pessoas pessimistas que vivem com uma nuvem negra pairando sobre a cabeça; dessas que reclamam de tudo e de todos e que nunca está satisfeita com nada. Pelo contrário! Você tem o riso mais frouxo e lindo que conheço. É capaz de ficar horas olhando para o zanzar de um passarinho entre um galho e outro, consciente de que está diante de um presente. Você pode não escrever versos, mas é do tipo que vê beleza em tudo o que vê.

Você deixa um rastro de beleza por onde passa: seja nos laços que faz para embrulhar presentes, nas histórias divertidas que conta, no bom gosto para arrumar a mesa para um brunch, no olho certeiro que tem para captar a melhor luz para uma fotografia – e deixar, com isso, todas as amigas bonitas (e felizes) na foto -, na maquiagem deslumbrante que só você sabe fazer, na indicação certeira de bons livros, filmes e restaurantes, no ouvido paciente que sempre empresta para quem está com algum problema.

Você é inteligente sem ser arrogante, sabe conversar sobre todos os assuntos. Você consegue visitar uma exposição de pintores franceses e, na sequência, fazer um programinha bem besta: comprar bijuterias em lojinhas de R$ 1,99 com as amigas, falando sobre o Sex and the city.

Você é uma filha querida e dedicada, está sempre ajudando a família, tentando harmonizar o ambiente, buscando o melhor caminho para todos.

Você alegra os ambientes! Você alegra as pessoas! Você é um ponto de luz na escuridão de muita gente e seus amigos, os amigos de verdade, lhe devotam amor, respeito, carinho, lealdade.

Quando está namorando é carinhosa, atenciosa, compreensiva, sensual. Tenho a mais absoluta certeza de que todos os seus ex-namorados foram transformados positivamente pelo seu amor – ainda que alguns não saibam disso, nem reconheçam.

Não conheço uma única pessoa que não goste de você! Ou melhor, conheço: você mesma!

Por que, amiga? Por que você não consegue enxergar o que todos nós que te rodeamos enxergamos?

Se você tivesse apenas 19 anos, ou se nunca tivesse sentado num divã para entender suas dores ou sofrido um trauma terrível e avassalador na infância, talvez eu conseguisse compreender por que diabos você, que hoje é mulher feita, não conseguiu aprender o essencial: se amar.

Eu sei, amiga! Eu sei que eu deveria saber que entre o coração de uma mulher e um divã existem mais mistérios do que sonha a nossa vã filosofia. Mas não consigo deixar de me perguntar: até quando? Até quando ela vai se maltratar desse jeito?

Que prazer você extrai da condição de miserável que muitas vezes busca para si mesma? Por que, mil vezes por que, você não consegue jogar no seu time? O que você encontra de tão confortável no sofrimento e na dor?

Sim, amiga! Você busca situações de dor para sua vida! Você sabe exatamente o que precisa fazer para resgatar sua autoestima que está no chão, mas não faz o que tem que ser feito com afinco. Fica se enrolando. Fica fingindo que está fazendo algo. Fica fazendo as coisas pela metade para depois se frustrar com os resultados e poder dizer para si mesma: “Fracassei de novo, sou um lixo”. O nome disso é má-fé.

E você também sabe exatamente o que precisa parar urgentemente de fazer!

Quem foi o maldito, ou, a maldita, que te convenceu de que você não vale nada? Pai, mãe, irmãos, irmãs, primas, tias, namorados de adolescência, invejosas da época da escola? Abandone o que essa gente (possivelmente) pode ter ensinado errado a você! Você pode ter cometido alguns erros, sim, todos nós cometemos, mas você não é mais a mesma pessoa, você mudou, cresceu, aprendeu uma porção de coisas; se é que um dia você achou que merecia esse julgamento de menos valia, lembre-se: você não é a mesma de ontem. Portanto, apague de uma vez por todas essa mensagem encardida que deixaram na secretária eletrônica da sua memória.

Às vezes eu fico me perguntando se você não se acostumou com o papel de vítima. Sim, amiga, talvez você não esteja percebendo e odeio ter que dizer isso a você assim, de forma tão direta, mas você se colocou no papel de vítima e, pior, faz tempo!

Fico me perguntando: é por que você gosta da atenção que recebe dos amigos quando está na merda?! É por que no fundo acredita que só merece atenção, carinho e afeto quando está na merda?! Melhor dizendo: é por que acredita que somente estando merda terá todo o amor e carinho de que necessita?!

Não, amiga! Você não precisa estar na merda para ser amada. As pessoas que te cercam estão ao seu lado segurando sua mão, ouvindo suas dores, ofertando colo, conselhos, te convidando para sair, não porque você está na merda, mas porque você é simplesmente linda e ilumina a vida das pessoas. Sua companhia torna qualquer lugar melhor. Você é generosa, amorosa, divertida, sensível, perspicaz, carinhosa, engraçada, cheirosa, graciosa, inteligente, meiga, entusiasmada, solar.

Se você não quiser falar comigo nunca mais depois de ler esta carta, peço, apenas, que me prometa uma coisa! Que vai ao menos tentar ser para você o que você é para todos nós!

Já que você não consegue se enxergar como todos nós que a cercamos, peço, gentilmente, que passe a ser menos crítica, menos dura, menos punitiva, menos masoquista consigo mesma.

Você é capaz de perdoar os deslizes de todas as pessoas! Nunca conheci coração mais mole! Pois bem! Eis o que peço: perdoe a você mesma! Por favor, amiga! Perdoe a você mesma como você perdoa a todos à sua volta. Pare de se punir buscando situações que só te levam à frustração e a autossabotagem.

E, por favor, não se abandone! Faça o que tem que ser feito. Faça com afinco, com sangue nos olhos. Pare, simplesmente pare de dar desculpas, pare de fazer as coisas pela metade. Não se abandone, amiga! Pare, simplesmente pare de lamber velhas feridas, de tomar pequenas doses diárias de veneno que te intoxica.

Meu colo, meu amor, meu carinho, meu respeito, minha lealdade, estão aqui e sempre estarão. É só chamar! Não importa a hora, não importa se de madrugada, se na hora do almoço, se na hora da novela.

E, caso você desista mesmo de você; caso escolha se agarrar ao papel de vítima das circunstâncias em que se encontra; caso acredite que não tem coragem ou força suficiente para virar esse jogo (eu sei que você tem!), saiba que vou lamentar muitíssimo, mas vou continuar te amando, te respeitando e te apoiando. Sobretudo, vou continuar torcendo, torcendo muito, para que você acorde um belo dia, se olhe no espelho, perceba o quanto é linda e amada e o quanto merece mais, muito mais do que está oferecendo a si mesma.

Com muito, muito açúcar e muito, muito afeto,

da amiga que te ama de infinito amor!

(imagem: google)

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