Não fique espantado se você se enquadrar nesse contexto, pois você não está sozinho. Estudos realizados por psicólogos da Duke University Medical School demonstram que 78% das crianças já passaram por alguma experiência traumática antes dos 5 anos de idade. Das crianças estudadas com mais de 6 anos, 20% relataram desde abuso sexual até negligência emocional, além de violência doméstica e perda repentina de ente querido.
Essas experiências ruins acarretam em grandes danos psicológicos como dificuldades nas relações interpessoais e somatização, que são características do transtorno de estresse pós-traumático que levam também a dificuldades na regulação emocional, percepções distorcidas de abuso e da realidade.
Mas o fato é que muitas pessoas sofrem em silêncio por não admitirem esses traumas de infância, elas acham mesmo que superaram, mas na verdade, não conseguiram superar.
O trauma na infância e a perda de identidade
É um mal do século, e a maioria das pessoas possuem essa dificuldade de aliar emoção e razão, não se sentem suficientemente bons, fator que leva a baixa autoestima e falta de consciência do seu estado emocional.
A necessidade de segurança e a total certeza de que não está seguro, o medo de ficar sozinho, ou o oposto, a necessidade de se isolar…. Já está confirmado que um trauma poderá mudar o desenvolvimento do cérebro.
Essa mudança cerebral leva o indivíduo a se sentir menos que os outros, ou tentar aparentar ser o que não é de fato, pois existe uma grande dificuldade em saber quem se é de verdade. Ele acaba vivenciando situações e relacionamentos degradantes e repedindo padrões inconscientemente.
Eles não vivem, sobrevivem, e nesse interim, tentam fugir da realidade, as vezes com drogas, álcool e psicotrópicos, ou até mesmo buscando um excesso de adrenalina, ou fuga de responsabilidades.
Para elencar as 5 frases de adultos que podem carregar traumas, separamos:
1. “Eu não lembro da minha infância”
É mais normal do que imaginamos isso acontecer. A maioria das pessoas com quem já conversei que não teve uma infância feliz acabou por esquecer grande parte dela até por uma questão de sobrevivência, para continuar seguindo em frente e ter forças para isso.
Algumas coisas desconectadas aparecem de relâmpago, mas não fazem muito sentido para eles, e acabam sem saber quais eram as coisas que realmente davam valor, o que gostavam de fazer, quem eram seus amiguinhos preferidos e como passam o tempo…. Isso pode se estender até as primeiras fases da vida adulta.
No sentido autobiográfico, eles não têm o que é chamado de “narrativa coerente”, não conseguem falar sobre a sua história de vida seguindo um fio lógico. Na verdade, muitas pessoas até afirmam que sentem que sua infância foi roubada. E sem esse fundamento, a identidade do adulto está seriamente comprometida.
2. “Estou feliz, mas sinto que falta algo”
Para driblar os problemas emocionais, a criança cria um muro de lamentações que esconde todas as tristezas e acaba se dedicando a parte prática da vida, com o passar dos anos ela começa a se sentir mal, mesmo tendo uma posição satisfatória no âmbito profissional. Chega uma sensação de vazio que está diretamente relacionada a falta de conhecimento de si e a negligencia das emoções.
3. “Não gosto da minha companhia”
Quem não gosta de estar consigo mesmo geralmente possui uma dificuldade tremenda em lidar com os próprios pensamentos e com as emoções que surgem desse contato íntimo, preferem, portanto, estar sempre acompanhado e falar mais dos outros do que de si, mas isso geralmente os leva a comportamentos autodestrutivos, a uma problematização constante da vida porque eles realmente não sabem o que querem ou não conseguem construir um projeto de vida.
4. “Eu tenho um ímã para pessoas que me machucam”.
Quando a relação traumatizante vem diretamente do pai, da mãe ou de um cuidador, a possibilidade dessa criança se tornar um adulto que se relacione com pessoas que não são adequadas e não a trata adequadamente, é muito grande.
É uma repetição do passado que se dá para que aja um aprendizado, que esse aprendizado seja assimilado, mas geralmente não se aprende nada, apenas retém mais sofrimento e mágoa, porque acaba lidando com o problema da mesma forma como lidou no passado, de maneira displicente.
Isso acontece porque eles sentem que precisam cuidar desse abusador, ou dessa pessoa que tem um perfil psicológico instável, acreditam que poderão salvá-lo, e sentem uma atração muito grande por esse tipo. Quando cansam de se machucar, preferem ficar sozinhos, pois acabam acreditando que todas as pessoas são assim.
5. “Sentimento é uma bobagem!”
Essas pessoas possivelmente cresceram em famílias que reprimiam suas emoções, pais machistas e mães manipuladoras, também machistas, fazem esse trabalho sujo com as crianças, as fazem pensar que não podem chorar, que não devem expressar o que pensam e muito menos argumentar sobre assuntos que dizem respeito aos adultos.
Essa criação e esse cadeado emocional não possuem chaves reservas, a chave original foi jogada fora na infância e para despertar o coração e o sentimento de uma pessoa que sofreu tamanho tolhimento na infância é preciso muito, mas muito, cuidado. Porque por mais que elas pensem que não possuem emoções, as emoções tão ali, afloradas e causando muito incomodo e descontrole, isso acontece de uma maneira muito presente e se dá por não conseguirem gerenciar esses sentimentos, já que aprenderam que deveriam esconder e reprimir.
O maior problema de uma pessoa que reprime as emoções é o fato de ela estar totalmente desvinculada da sua intuição, isso a leva a tomar decisões impulsivas e tomar atitudes inconsequentes, o que atrapalha a sua relação afetiva.
Isso leva a um estado totalmente insatisfatório, não se sentem satisfeitos com nada, nem ninguém e não conseguem pertencer a nenhum lugar, desfrutam apenas os sentimentos de tédio e reprovação da própria figura e assume uma postura crítica em relação ao outro.
O fato é que para superar essa situação deverão buscar ajuda, em todos os casos citados nesse artigo. Uma terapia deve ser colocada em prática, devem buscar auxilio dos mais variados possíveis e nunca deixar de acreditar que a cura é possível. Precisa de ajuda? Fale com uma profissional especializada em trauma.
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Editorial CONTI outra. Imagem de capa: ambrozinio/shutterstock





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