Nenhum relacionamento que é raso me interessa.

Nenhum relacionamento que é raso me interessa.

Sejam amizades, amores ou qualquer outra relação que você queira nomear, não ligo… sendo rasas, dispenso todas. Tenho alergia desse tipo de interação.

Esse pouco que você entrega pra depois cobrar em dobro de volta? Já passei da fase. E foi duro. Só eu sei o quanto tive de refazer sentimentos para ter alguma paz. Não é fácil sentir muito em mundo acostumado com transbordar pouco. As pessoas se enganam quando acham que estão gostando demais. Elas fingem que não ligam, como se isso fosse alguma garantia de estabilidade emocional.

A falta de intensidade é que impede qualquer coração de se manter estável. Quando você economiza nos pensamentos, nos diálogos e nos afetos, você está assumindo uma autossabotagem. Cultivar emoções rasas é, indo ainda mais perto das cicatrizes, relembrar constantemente passados tóxicos.

Nada que é raso combina com quem quer viver pra frente. Porque não funciona, não soma e não transforma um relacionamento em intimidade. Intimidade é diferente. Casa com intensidade. E é fundamental, melhor, é imprescindível que você reconheça quem vem para trazer profundidade (nas entrelinhas da sua intensidade) e quem vem apenas para pegar uma carona na sua história.

Então, quando digo que tenho alergia a relacionamentos rasos, por favor não me leve a mal. Não estou cortando nenhum encontro pela raiz. Felizmente, entendi que a vida é cheia de desencontros. Mas está tudo bem. Ela compensa, se você tiver atenção, com raridades indispensáveis.

Eu não quero ver você desistindo de continuar, não acho justo.

Eu não quero ver você desistindo de continuar, não acho justo.

Não vejo como sendo do seu coração abrir mão de um agora melhor por um ontem que não tem mais retorno. Você não está sozinha (o). Nunca esteve, melhor dizendo. Sempre resistiu uma luz aí dentro. Uma força sem nome, um movimento sem desfecho. Você cai, você levanta. Nenhum machucado até hoje foi o suficiente para que você parasse de caminhar. Esse é o seu mantra, o seu trato particular.

Você supera os dias complicados por mais pesados que eles estejam. Você luta e não para. Porque apesar do cansaço, da vontade de fechar os olhos e do desespero que às vezes te invade, você sabe que isso passa. Você se encontra quando tudo parece perdido. Em você, principalmente nos momentos nublados, nasce uma linha de esperança pronta para te puxar pra cima. Siga em frente.

Você irá atravessar essa tempestade. Eu quero ver você repetir o chamado da vida e do amor das pessoas que te cercam e querem o seu bem. Eu quero ver você saltar de novo – do coração pra fora.

Se precisar, chama. Só não desista. Você existe.

Sempre decida pelo desconhecido

Sempre decida pelo desconhecido

Eu sou fã de carteirinha do místico oriental Osho e sempre aprendo coisas novas com a leitura de seus livros e textos soltos pela internet.

Um pequeno texto me fez refletir bastante sobre a importância de sermos mais OUSADOS e CRIATIVOS, pois a vida é muito passageira para perdermos tempo fazendo sempre as mesmas coisas e sempre do mesmo jeito! Segue abaixo suas sábias palavras…

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Somente o desconhecido deve ter uma atração para você porque você ainda não o viveu; você ainda não andou por esse território. Mova-se! Algo de novo pode acontecer por lá. 
Sempre decida pelo desconhecido, seja qual for o risco e você irá crescer continuamente.

Mas continue decidindo pelo conhecido e você fica se movendo repetidamente num círculo com o passado. Você prossegue repetindo-o; você se torna como um gravador gramofone. 
E decida. Quanto mais cedo você o fizer, melhor. Adiamento é simplesmente estupidez.

Amanhã você terá que decidir também, então porque não hoje? E você pensa que amanhã você será mais sábio do que hoje? Você acha que amanhã você estará mais vivo que hoje? Você acha que amanhã você estará mais jovem que hoje, mais renovado que hoje? 

Amanhã você estará mais velho, sua coragem será menor; amanhã você será mais experiente, sua esperteza será maior; amanhã a morte estará mais perto; você começará a dar sinais e a ficar mais assustado. Nunca adie para amanhã. E quem sabe? Amanhã pode chegar ou pode não chegar. Se você tem que decidir você precisa decidir agora mesmo. 

Osho

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A frase em negrito é a mais impactante de todas e a que resume toda a mensagem dele: Sempre decida pelo desconhecido, seja qual for o risco e você irá crescer continuamente.

Nós temos um medo profundo do desconhecido, porque o conhecido é sempre o caminho mais fácil e confortável! Nos apegamos às nossas ZONAS DE CONFORTO e ficamos nessa mesmice a vida inteira. Quando menos esperamos já estamos velhos gagás, praticamente com o “pé na cova”, nos lamentando pelas experiências que gostaríamos de ter vivido e não vivemos.

Cuidado para não fazer como nos disse o genial Jorge Luis Borges em dos seus mais conhecidos textos: “Eu fui uma destas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto de minha vida.”.

Texto na íntegra [aqui].

Quero exemplificar essa mensagem sobre o desconhecido com uma experiência que tive exatamente na semana em que escrevo esse texto. No dia 28/06/17, eu vinha desde a semana passada pensando em participar de um evento bem bacana que abordava uma linha psicológica que nunca tinha lido nem ouvido nada a respeito, que se trata da PSICOMOTRICIDADE.

Porém, por ser professor e estar no final de um semestre, minha demanda por aulas particulares no mínimo triplica, então recebi a ligação da mãe de uma das alunas que ensino me pedindo aula exatamente no mesmo horário do evento. Sabe aqueles 5 segundos que você fica reticente, pensando mil vezes no famoso: “Vou? Não vou? Vou? Não vou?”.

Então segui a minha INTUIÇÃO e disse que infelizmente não poderia dar essa aula porque tinha um compromisso inadiável. Foi a melhor coisa que pude fazer! Teria me arrependido se não tivesse ido a esse evento!

A Psicomotricidade é uma vertente linda da Psicologia que alia a terapia com os movimentos corporais. Você cura suas mazelas psicológicas literalmente brincando! Por um tempo você volta a ser como uma criancinha de seus 5 ou 6 anos de idade! Livre para brincar sem se sentir ridículo e dando vazão à liberdade de ser quem é!

Nem espere que venha dar detalhes do que é a Psicomotricidade porque é praticamente impossível expressar em palavras o que se vivencia em um grupo terapêutico como esse!

Eu me abri para o desconhecido e voltei para casa mais enriquecido, e até consumi algumas calorias, porque fiquei bem suado! hehehe

Já pensou se eu tivesse simplesmente ido dar aula? Nada de novo teria acontecido! Estaria na minha bela zona de conforto e não conheceria uma linda vertente da Psicologia chamada Psicomotricidade!

O que acha de você dar uma “googada” nessa palavra? Talvez existam grupos na sua cidade promovendo eventos gratuitos assim como eu pude perceber que existem em Fortaleza!

Se abra para o desconhecido e assim você terá uma vida rica, uma vida feliz e próspera e as lamentações passarão bem longe de você…

Portanto, mais uma vez repito: Sempre decida pelo desconhecido, seja qual for o risco e você irá crescer continuamente…

Cada um com a sua opinião

Cada um com a sua opinião

Conviver é um prazer, mas também é um grande desafio. Compartilhar momentos, sentimentos, pensamentos e tormentos com os outros é dar um pouco de si esperando receber um pouco em troca. E, como sempre, toda expectativa gera frustração.

As pessoas vão te dizer o que fazer com a sua vida. Vão escolher o melhor emprego pra você, o melhor namorado, o melhor lugar para morar. Escute as opiniões, mas repare bem que todas as frases começam com “eu acho”, “eu penso que”, eu eu eu eu!

Cada um expressa seu ponto de vista baseando-se nas próprias vivências e no que sente em seu interior. A pessoa se coloca no seu lugar, mas a bagagem ainda é toda dela.

Quando você senta de frente pro mar e olha o horizonte, tenha certeza de que todos estão vendo o mesmo oceano, mas a sensação é diferente para cada um. E, como cada um tem a sua percepção, é preciso ter muita cautela para expressar uma opinião a respeito da vida de outrem e, principalmente, muito cuidado ao filtrar os conselhos que recebe.

Quem te diz para procurar um emprego em sua cidade com certeza não tem a coragem de mudar que você sabe que tem. Com certeza nunca viajou e não tem idéia de que o mundo é a casa de infinitas possibilidades – você encontra aquelas que está disposto a encontrar.

Quem te diz para morar com seus pais mesmo e economizar nunca sentiu a liberdade de morar sozinho e ter seu próprio cantinho. Nunca ficou ansioso para receber os amigos para o jantar, lavou a louça com a toalha na cabeça enquanto desligava a panela de pressão, deixou a cópia da chave com o melhor amigo para casos de emergência.

Quem te diz que sua doença não tem cura não conhece as outras medicinas que não as alopatas. Te põe pra baixo e chora com sua enfermidade ao invés de sugerir uma mudança de alimentação e de estilo de vida, para ajudar seu corpo a se recuperar. E, se você se recuperar através de sua própria disciplina e comprometimento, prepare-se para ouvir que foi um milagre.

Quem te julga pela sua religião provavelmente nunca visitou uma igreja diferente, nunca estudou teologia, nunca compreendeu que toda fé é válida, poderosa e capaz de mover montanhas (se preciso for).

Quem te critica por escolher ficar em casa lendo um livro ao invés de sair com os amigos no sábado a noite é alguém que está precisando mais do convívio social do que você no momento e, se ele não respeita a sua decisão de ficar no quarto e adquirir conhecimento, respeite a dele de se divertir.

E, por fim, quando o amor bater à sua porta e todos te disserem para não se jogar, escute seu coração ao invés de qualquer opinião. Se ele bater mais forte quando alguém te abraçar e você sentir que encontrou seu lugar no mundo, esqueça o que te dizem para fazer e siga a sua intuição.

No final da jornada, ao olhar para trás, o que vale na vida são as lembranças e os corações que cativamos e que nos cativaram de volta. São as loucuras que cometemos, as pessoas que conhecemos, os sentimentos que nos permitimos sentir, os desafios que superamos e os que nos deixaram ensinamentos. Cada um de nós tem sua própria bagagem para carregar. Escolha bem quando ouvir um conselho porque, no final, a caminhada é apenas sua, e qualquer dor ou amor que vier dela, será apenas seu também. Aqueles que são próximos à você podem até oferecer uma palavra amiga, mas quem convive com as consequências, com a leveza ou com o peso de cada fardo, é apenas você. Quem deita a cabeça no travesseiro toda noite e faz um balanço de cada escolha do dia, é apenas você. Escolha sempre dormir em paz.

Palavras de sabedoria para os signos do Zodíaco, segundo o Tarot Zen, de Osho.

Palavras de sabedoria para os signos do Zodíaco, segundo o Tarot Zen, de Osho.

Ofereço a você, que crê nas ciências ocultas, um painel de orientações para o autoconhecimento, através de seu signo solar, interpretado pelos Arcanos do Tarot Zen de Osho, que além da beleza plástica de suas cartas, tem um significado profundamente espiritual e psicológico e aponta caminhos conscientes para uma reforma íntima.

Aliado às interpretações astrais, indica não apenas características zodiacais, mas mudanças de paradigmas e comportamentos mentais, com ênfase no experenciar das emoções, trazendo o melhor do mundo anímico para o mundo físico, a fim de refinar a maturidade pessoal e facilitar os caminhos para a felicidade!

ÁRIES (21/03 a 20/04) – Arcano: Exaustão: Aquele que tem como meta apenas o progresso mental, esquecendo-se do cultivo da alma, torna-se pesado e apegado ao solo. Todos precisamos voar, de quando em vez! Libere sua energia para desejos mais fluidos. Para alcançar o tangível, é necessário, primeiro, desvendar o intangível.

TOURO (21/04 A 21/05)– Arcano: O sonho: Não coloque sua vida na mão de outra pessoa. A ideia de que nossa completude se dá no encontro com o outro ou com coisas materiais, está absolutamente equivocada e muitas vezes, frustra nossos grandes projetos. Seus sonhos, para serem realizados, necessitam nascer de um profundo encontro com seu íntimo.

GÊMEOS (21/05 A 20/06) – Arcano: Adiamento: Você sabe exatamente a vida que deseja para si, mas vem adiando as escolhas corretas, como se não fosse merecedor dos louros da conquista. Eleger o errado, não é humildade, é tolice. Atente-se para seu verdadeiro valor e tome em suas mãos a iniciativa de optar pelo melhor.

CÂNCER (21/06 a 21/07) – Arcano: A cura: As feridas do passado poderão reabrir-se nesse período. Aproveite para curá-las, destruindo rancor ou mágoas e libertando um profundo amor por si. Você não necessita sofrer pelo que lhe fizeram. Alcance a força do perdão e agradeça a experiência do sofrer. Encontre, no seu interior, compaixão por quem fere e pela ferida.

LEÃO (22/07 A 22/08) – Arcano: O forasteiro: Sua experiência atual o faz sentir-se um estranho? Ao contrário do que possa parecer, isso é bom! Quando perdemos, por um determinado período de tempo, a identificação com os que nos cercam, podemos nos colocar sobre nossos próprios pés e caminhar seguros. Aprofunde-se em si mesmo e encontrará repostas em seu universo interior, do qual você nunca deve desconectar-se.

VIRGEM (23/08 A 22/09) – Arcano: Momento da colheita: Relaxe nesse momento em que vive. A fruta amadureceu e simplesmente desprendeu-se da árvore. É a lei natural. Não se assuste com as possibilidades que irão se apresentar e abrace-as com a certeza de que a conquista é um esforço totalmente seu. A existência devolve o que recebeu.

LIBRA (23/09 a 22/10) – Arcano: A Fonte: Existe um vasto reservatório de energia a sua disposição nesse momento. Basta você canalizá-la para o local correto e os seus planos fluírão confortavelmente. Mas esqueça as escolhas da razão e da mente. O momento de intensa luz deve ser decifrado juntamente com as emoções e sentimentos.

ESCORPIÃO: (23/10 a 20/11)– Arcano: Desaceleração: aonde quer que você vá, no mundo terreno, levará sua casa, que é seu corpo. Ele sofre as consequências de suas mazelas mentais, como ansiedade, estresse ou paixões desenfreadas. Diminua seu ritmo e torne-se novamente dono de suas emoções, para zelar pelo seu físico. Isso depende somente de sua vontade e não de fatores externos.

SAGITÁRIO: (21/11 a 20/12)– Arcano: O Bobo: Deixe seu passado para trás e resgate sua pureza e inocência. Não tente cultivar um conhecimento extremo de suas emoções, à custa da dor. Limpe sua mente e sepulte, no ontem, traumas e desafetos. O que é realmente seu, não pode lhe ser tirado. Sentimentos negativos não são seus. Devolva-os, com simplicidade e compaixão, para quem os inspirou.

CAPRICÓRNIO: (22/12 a 20/01) – Arcano: O mestre: Não seja um mestre do outro, mas um mestre de si mesmo. Desencadeie energia suficiente para seu aprendizado interior. Você não precisa servir de exemplo ou diretriz para ninguém. Liberte a necessidade de orientar o outro, de ser perfeito. Isso, enfim, é uma atitude arrogante. O seu potencial interior deve ser cultivado e não exposto.

AQUÁRIO: (21/01 a 19/02) – Arcano: Viagem: Aceite e acolha o novo, sem preconceitos. Afinal o preconceito nada mais é que o medo de enfrentar o desconhecido. Somos viajantes e nunca paramos quando chegamos a nosso destino, pois outro local se apresenta para ser conhecido. Aventure-se, sem pressa, fruindo do conhecimento propiciado durante sua peregrinação.

PEIXES: (20/02 a 20/03)- Arcano: O avarento: Não se agarre ao prosaico e ao conhecido. Tudo o que temos no mundo físico se transforma e pode ser perdido: a juventude dissipa-se no lapso do tempo, a beleza, fenece, o dinheiro, sendo gasto ou guardado, também se esvai, no primeiro caso, pela uso e no segundo, por não cumprir seu papel e circular. Assim também você deve desprender-se de suas convicções, que são todas, necessariamente, mutáveis. Esteja disponível ao novo!

Nota da página: conteúdo entretenimento.

Ler é privilégio, não é só hábito.

Ler é privilégio, não é só hábito.

Sugerir uma “intervenção literária” para que caminhoneiros, esse grupo de trabalhadores que ganha por volta de 3 salários mínimos e chega a trabalhar 12 horas por dia, vivem se dopando pra cumprir prazos, aprendam sobre a ditadura reflete a falta de consciência desse privilégio.

Boa parte dos grupos de trabalhadores brasileiros mal possuem tempo para ficar com a família, fazer exames rotineiros de saúde, praticar exercícios físicos.

Mas, mesmo assim, a gente, dentro da universidade, acha que vai solucionar a falta de informação embasada sugerindo livros, leituras e até ridicularizando as pessoas que não tiveram , repito, o privilégio de ter uma alfabetização científica.
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Então, se você tem o privilégio de estudar fatos históricos, matemática, biologia… Quer fazer algo relevante?

Conheça caminhoneiros. Converse com eles, aprendam sobre o que eles podem te ensinar. Depois disso, só depois de um profundo conhecimento sobre o contexto de vida deles, ponha-se como educador.

Eles usam whatsapp, por exemplo. Faça pequenos áudios, construa imagens ilustrativas, compartilhe essa informação que você julga importante numa linguagem acessível e contextualizada.

Ou faça uma graduação, uma IC, um mestrado, um doutorado, apresente tudo isso apenas em eventos acadêmicos e nos seus clubinhos.

Depois fique chocadíssimo que o mundo não saiba das coisas que você não quis contar.

Dentro do meu peito já morou uma alma inquieta, indomável, impossível de saciar.

Dentro do meu peito já morou uma alma inquieta, indomável, impossível de saciar.

Bebia ansiedade, em goles intermináveis numa sede capaz de me afogar.
Vivia sonhando com as histórias vividas, projetava o futuro em cenas gloriosas e deixava o presente à míngua, carente, solitário de atenção.
Já na quarta me mordia um bichinho ganancioso o coração.
Queria ter a certeza de afazeres prazerosos para os dias que viriam. Bichinho voraz que não me deixava ter paz.
Enquanto não visse preenchido cada segundo dos dias de descanso, com encontros, bares, saídas e cantorias, zumbia em meu ouvido pedidos incessantes.
E assim, aqueles momentos que deveriam encontrar em meu peito a gratidão do remanso, viravam uma peregrinação sem fim. Um redemoinho de compromissos, a me levar para todos os cantos. Os dias tão esperados eram consumidos, engolidos, sorvidos sem que eu ao menos tivesse a chance de sentir-lhes o sabor.

O domingo me encontrava aborrecida, contrariada e eu de fato acreditava que “bode de domingo” era normal, domingo era dia chato paradão… todo mundo tem depressão no domingo! Ou será que não?!
De verdade, não tenho recursos lúcidos para precisar, exatamente em que momento essa angústia começou a me deixar.
Talvez tenha sido naquela segunda pela manhã bem cedinho, em que me surpreendi cantando, abençoando minha sorte, minha vida, agradecendo meu destino, encantada com o meu caminho.
Quem sabe não tenha sido numa terça qualquer, no sorriso autêntico de uma criança, quem sabe não tenha sido a descoberta de que tudo, tudo mesmo é passageiro, que me tenha devolvido a esperança.
Pensando bem, penso que foi numa quarta. Escutando uma conversinha boa dos meus filhos no quarto ao lado, um ensinando pro outro que ser irmão é pra quem tem afeto, carinho e amor de sobra no coração.
Ou terá sido numa quinta, saboreando uma xícara de café? Aprendendo que engolir a vida num gole só torna impossível ser feliz, vida se toma em pequenos goles amorosos… de colher.
Pensando bem… faz todo sentido ter sido numa sexta. No acolhimento bem-vindo dos braços de um por de sol, na descoberta benigna de que é preciso silenciar a mente para ouvir a alma, na alegria serena que só se encontra com absoluta calma.
E se tiver sido num sábado? Imagine que surpresa! Imagine eu ter encontrado a paz numa lambida de sorvete, no ronronar de um gatinho, numa cesta de pêssegos sobre a mesa.
De tudo, de verdade, o dia em que encontrei a permissão de estar de bem comigo, o dia em si, é o que menos importa.
A festa no meu peito não tem dia, não tem encontro marcado, nem hora certa pra acordar. É a minha própria mão estendida a mim, é o milho virando pipoca branquinha, é a alegria da sorte de morar numa casa, que além de ser casa, é o meu lar!

Você sabia? Personagens de ‘Ursinho Pooh’ representam transtornos mentais

Você sabia? Personagens de ‘Ursinho Pooh’ representam transtornos mentais

Conteúdo Cine Pop

Um dos desenhos mais apaixonantes, ‘Ursinho Pooh’ tem feito parte do imaginário infantil desde 1921. Desenvolvido por Alan Alexander Milne, o personagem tem estampado livros infantis, animações e uma série de outros conteúdos e produtos.

Mas e se cada personagem deste pequeno universo fosse na verdade muito mais do que vemos nas telas e nas páginas?

Com a estreia de Christopher RobinUm Reencontro Inesquecível‘ se aproximando, a revista científica Canadian Medical Association divulgou um estudo afirmando que cada um dos membros de ‘Ursinho Pooh’ de fato representa algum transtorno mental.

Se essa foi a intenção de A.A. Milne, jamais saberemos, mas o levantamento traz alguns detalhes realmente pontuais que evidenciam sintomas de algumas patologias.

Portanto, confira qual personagem simboliza o que em se tratando de enfermidades mentais.

Confira:

1. Ursinho Pooh

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O protagonista teria transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Alguns comportamentos corriqueiros, como os pensamentos dispersos, seu estilo desorganizado e os frequentes esquecimentos são sintomas comuns desta condição.

2. Bisonho

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Talvez seja o personagem mais triste deste universo. Descontente com tudo e deprimido, não seria difícil dizer que ele sofre de uma depressão profunda.

3. Guru

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Às vezes distraído, ele acaba se colocando em situações de risco. Em outros casos, ele simplesmente se isola do mundo, ficando sentadinho na bolsa de sua mãe. Poderíamos dizer que ele possui sintomas do autismo.

4. Leitão

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O Leitão parece sofrer de ansiedade, pelo fato de estar constantemente preocupado e vigilante com tudo que pode acontecer ao seu redor. Quando surpreendido por ruídos ou movimentos bruscos, ele se esconde e fica mais à vontade com coisas que o acalmem.

5- Can

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Preocupada com seu filho e em como sobreviver sendo mãe solteira, Can está sempre perto de Guru. Seu comportamento dá indícios de Transtorno de Ansiedade Social, conforme pontuou a pesquisa. E se seu filho realmente for autista, seria natural sua ansiedade se intensificar.

6. Abel

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Abel faz tudo para que sua vida seja completamente organizada e qualquer fator que interfira nesse processo o deixa bem angustiado. Além disso, se suas coisas não funcionam em perfeita ordem, ele fica extremamente nervoso. Esses comportamentos normalmente correspondem ao Transtorno Obsessivo Compulsivo – TOC.

7. Tigrão

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Tigrão não consegue ficar quieto e gosta de tomar decisões de forma impulsiva. Sempre agitado, ele parece sofrer de hiperatividade.

8. Cristóvão

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Cristóvão é o único personagem humano do universo de ‘Ursinho Pooh’. Cheio de detalhes e bem realista, esse pequeno mundo é fruto de sua fértil imaginação. Talvez vivendo em uma profunda negação, seria possível dizer que ele sofre de esquizofrenia.

Eaí, vocês concordam com o estudo?

Comente e compartilhe com os amigos!

***

Nota da página: conteúdo de entretenimento.

Leia também: 7 fatos tristes sobre a vida de Christopher Robin, o menino que inspirou o Ursinho Pooh.

Viver é perigoso. Não viver é muito mais.

Viver é perigoso. Não viver é muito mais.

Revirei-me.
Busquei no fundo a solução pro caos da superfície.
Umas vezes achei.
Outras, me perdi mais.
Desisisti.
Depois voltei.
Olhei no centro do olhar da criança pra poder encontrar a cura pro sofrimento de não saber.
Vi, olhei, contemplei, enxerguei, compreendi.
Viver é perigoso.
Não viver é muito mais.
Acolhi no meu peito a tristeza incompreensível.
Dei colo.
Fui colo.
Abracei.
Sigo tentando aprender a ser colo pra mim.
Pois não sei.
Meus braços parecem insuficientes para me caber dentro.
Sobre dor.
Sobra medo.
Sobra pergunta.
Sobra abandono.
Sobra.

E o exagero daquilo que sobra me põe e de frente com o aquilo que me falta.
Inominável.
Desconheço.
Acordei sorrindo tentando prender nas malhas da memória o sonho bom.
Acordei dolorida, os músculos retesados…
Tentando decidir se foge ou se esconde do sonho ruim.
Saí da cama sonhando com a hora de voltar.
Voltei pra cama tentando afagar a dormência da alma que oscila entre a letargia do corpo e o rodopio infinito da ansiedade.
Deu certo.
Depois não deu mais.
Fiz um esforço tremendo pra tentar aquietar a mente.
Inspira.
Expira.
Olhos fechados.
Coração aberto.
Fui pedra.
Fui vidraça quebrada.
Fui criança na janela espiando a chuva.
Fui lagarto na areia espriguiçando ao sol.
Fui tenda.
Telhado.
Casa.
Buraco.
Fui chão.
Fui pavor.
Fui coragem.
Fui amor.
Sou essa semente de vida embrionária à espera de um calor e de uma umidade que me rompa.
Permaneço viva.
Mesmo depois de ter morrido tantas vezes.
Revivo em mim as esperanças esquecidas.
Perdoo as dores sofridas.
Entendi que a cada vez que meus pés tocam o chão de manhã.
Presencio um novo milagre.
Este pode ser o dia.
Aquele dia enfim.
Em que a minha alma perdida.
Finalmente resolva.
Voltar pra mim.

A gente precisa de poesia dentro da gente

A gente precisa de poesia dentro da gente

Eu tinha sete anos quando a princesa Diana se casou com o príncipe Charles. Me lembro vagamente daquela manhã, mas me recordo do burburinho que se seguiu, da repetição da cerimônia nos jornais da noite, do tempo em que essa aura de encantamento invadiu aqueles dias. Passados trinta e sete anos, no último sábado, o príncipe Harry se casou com a plebeia Meghan, e os olhares do mundo se voltaram novamente para a Inglaterra, provando mais uma vez que, ainda que falte grana e esperança, roupa nova e sapato bacana, a gente quer se encantar. A gente quer sentir aquele sopro de ilusão e fantasia que nos diz que a vida pode não ser perfeita, mas ainda assim tem a possibilidade de nos seduzir.

Que me perdoem os céticos e descrentes, mas a gente precisa de poesia dentro da gente. A gente precisa de instantes em que uma música, um filme, um livro interessante ou um casamento real nos afastem dos problemas diários e nos iludam momentaneamente. A gente precisa de trégua das notícias ruins, do stress cotidiano, da falta de roupa combinando, da conta do fim do mês não fechando. E, no meio disso tudo, a gente descobre que aqueles que aprendem a se encantar sobrevivem mais facilmente.

Apesar de ser da geração que cresceu acompanhando o JN e Fantástico, há um bom tempo não assisto mais a tevê convencional. Substituí as notícias sangrentas e o bate-boca da política pelo Netflix e vídeos do YouTube. Acompanho alguma manchete pela internet, mas descobri que preciso me refugiar naquilo que faz meu pensamento desacelerar. Pode parecer futilidade, infantilidade, falta de maturidade. Mas eu entendo diferente. Eu entendo que a alma precisa ser alimentada com algumas frivolidades que a façam suspirar, dançar de olhos fechados e se distanciar do caos exterior. A alma precisa de distrações que a façam acreditar que o mundo não é um lugar somente frio e inóspito, mas pode ser também divertido, acolhedor e muito amoroso.

Dizem que podemos mudar nossa biologia de acordo com aquilo que pensamos e sentimos. Quando estamos apaixonados, uma luz se acende em nosso interior e podemos sentir a euforia “na pele”. Do mesmo modo, quando nos deixamos encantar ou autorizamos que a poesia da vida faça morada em nossa alma, liberamos um fluxo de emoções que nos fortalece, anima e até cura. As notícias ruins, por sua vez, liberam um fluxo de negatividade e stress que deprime, envelhece e adoece. É por isso que não abro todas as mensagens no whatsapp. Por isso que não leio todas as notícias sobre política. Por isso que não participo de bate bocas nas redes sociais ou nas mesas de bar. E é por isso também que passei a manhã toda do último sábado assistindo ao casamento real. Porque sei que minha alma suspira com a delicadeza, com o bom gosto, com a harmonia de cores, sons e perfumes que eu não sinto, mas posso imaginar.

Muito se discutiu sobre a escolha de Meghan. Disseram que uma feminista como ela não deveria trocar sua liberdade pelo sonho de princesa. Mas quem disse que ela não será feliz? Quem disse que uma feminista não pode também desejar poesia em sua vida? Quem disse que sua alma não poderia almejar beleza, amor, requinte e bom gosto? Quem disse que tudo isso não está fazendo um bem danado à ela?

Temos um mundo de escolhas à nossa frente todos os dias. Podemos escolher nos habitar com programações mentais negativas, medos, pessimismo, desconfiança, incredulidade, derrotismo e negativismo; ou podemos dar a mão à doçura, ao encantamento, à fé, à esperança, à confiança, à beleza e ao amor. Podemos decidir acolher a feiura ou a beleza nas notícias que assistimos, nas mensagens que compartilhamos, nas músicas que ouvimos e cantamos, nas ideias que memorizamos. Repetimos para nós mesmos o melhor e o pior da existência, mas talvez seja hora de começar a escolher aquilo que apazigua nosso coração e sossega nossa mente.

A enfermidade vem da incapacidade de não vigiarmos nossas emoções. De permitirmos que qualquer coisinha fora do lugar afete nosso equilíbrio. De sermos muito duros e exigentes com nós mesmos. De almejarmos a perfeição. De nos culparmos excessivamente. De não nos protegermos de pessoas negativas ao nosso redor. De liberarmos espaço para entretenimento ruim. De nos envolvermos excessivamente com a dor. E, finalmente, da incapacidade de nos encantarmos com a vida.

A gente precisa aprender a se encantar com a vida. Borrifar perfume nos pulsos e agradar o nosso paladar. Descobrir aquilo que alimenta a alma e faz o olho brilhar. Investir tempo e energia em música, dança e poesia. Conseguir extrair beleza da simplicidade e aprender a rir de qualquer bobagem. Apostar naquilo que nos faz sorrir silenciosamente, no que nos traz alívio e conforto, no que nos anima instantaneamente. Exercitar o deslumbramento e a capacidade de nos deixar cativar. E, enfim, restaurados pelo maravilhamento, deixar de lado a armadura que nos blinda do mundo e conseguir aceitar que a vida também é feita de momentos lúdicos, de casamentos de príncipes e plebeias que nos distraem de nossa própria existência, de alegrias silenciosas quando alguém nos elogia, de pensamentos bobos que invadem nossa memória, de melodias cativantes que resgatam nossa história.

Somos os responsáveis por nos dar alegria. Somos os responsáveis por fazer da nossa alma, POESIA.

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Imagem de capa: Reprodução via Google

Ao redor do buraco tudo é beira! – Ariano Suassuna

Ao redor do buraco tudo é beira! – Ariano Suassuna
Brasil, São Paulo, SP, 30/04/2011. O escritor Ariano Suassuna, em São Paulo. - Crédito:FELIPE RAU/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Código imagem:142473

Ariano Suassuna foi um dos maiores intelectuais brasileiros da atualidade, foi idealizador do Movimento Armorial e autor das obras Auto da Compadecida, O Santo e a Porca, o romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, foi um preeminente defensor da cultura do nordeste do Brasil.

No vídeo abaixo, Ariano fala sobre uma tentativa frustrada (ainda bem) de conversão que alguém tentou sobre ele. Pelo tema da conversa, imagino que fora um físico a ilustre figura que, sem-noção, fora a casa de Ariano tentar mostrar o que era moda e de “qualidade”. Em outras palavras, foi uma tentativa malograda em “atualizar” uma das mais ilustres personalidades na área de cultura popular.

Numa tentativa de explicar o tema do vídeo: Rutherford e Bohr foram dois físicos do início do século XX, e ajudaram a modelar a então recém-criada teoria da mecânica quântica. O cavalo morto que Ariano cantarolou, muito possivelmente, trata-se do gato de Schrödinger. Agora, “em redor do buraco tudo é beira” não consegui decifrar a origem científica para tamanha preciosidade. Fico devendo essa.

Comenta-se que Ariano, bem-humorado que foi, adorou a montagem deste vídeo. De qualquer forma, o físico, desmiolado e pregador de novas doutrinas, ajudou (tendo Ariano como porta-voz) a criar um dos maiores hits da internet e a divulgar os nomes de Rutherford e Bohr, mesmo que associados a um cavalo morto e à beira de um buraco.

Fonte: Café com Ciência. Via: A Arte de ser Feliz.

Ser educado e gentil faz muita diferença nos dias de hoje!

Ser educado e gentil faz muita diferença nos dias de hoje!

Hoje ser agressivo ou amedrontador parece que está na moda, sobretudo, na linguagem das redes sociais e do cotidiano. Os discursos dos maus políticos e lideranças hostis dão voz e vazão para essa forma de comunicação, que produz fofocas, boatos e brigas entre pessoas e grupos.

Essa cultura da agressividade assume de uma maneira inconsciente a ignomia, que cria um clima gerador de medo, de estresse e de baixa do sistema imunológico. O que estabelece uma relação de mal-estar e adoecimento psicoespiritual da sociedade.

Entretanto, ser educado e gentil auxilia muito a desbloquear esse cenário ameaçador. Pessoas assim, não são egoístas, respeitam os outros independentes da sua condição humana e social. Elas são acessíveis e afetuosas, que enxergam bem longe. E são os construtores de “pontes” de diálogos ou de conciliação entre os seres humanos.

Além disso, são bons ouvintes e praticam a arte da paciência. São solidários nas situações difíceis e têm orgulho de onde moram e preservam as coisas boas de suas comunidades. Sabem trabalhar em conjunto e democraticamente, em que os ganhos beneficiam a coletividade.

Com o jeito sui generis: médicos, terapeutas, pastores, padres, professores, advogados, policiais, empresários, motoristas e tantos outros profissionais do setor público e privado conseguem se colocar no lugar dos outros. São capazes de pedir desculpas, quando erram. Estão sempre trabalhando para resolver conflitos existenciais ou confrontos sociais, mostrando como exemplo o seu jeito inspirador de ser.

O Anton Pavlovitch Tchecov, que foi um médico, dramaturgo e escritor russo e um dos maiores contistas de todos os tempos, afirmou que: “Ser educado vai muito além de acumular conhecimento, é uma perspectiva profunda e enriquecedora que nos encoraja a refletir”. Tchecov distingue uma pessoa genuinamente culta, que adquiriu conhecimento, mas pensa que isso não o coloca acima dos outros.

Significa, que ser educado e gentil, não se limita a ler bons livros e adquirir conhecimento sobre o mundo, mas ter uma visão holística. A palavra holística foi criada a partir do termo holos, que em grego significa “todo” ou “inteiro”. É compreender os fenômenos na sua totalidade e globalidade, o que torna as pessoas mais tolerantes, direcionadas a fazer o bem, sem agir pelo senso de obrigação ou em benefício particular.

São Tomás de Equino respondeu ao problema lógico do mal, que se encaixa para entender essa explosão de ódio e ameaça que vivemos nesses tempos, afirmando que não está claro se ausência do mal tornaria o mundo um lugar melhor, pois sem o mal, a gentileza, a justiça, igualdade, autossacrifício e a existência de Deus não teria sentido.

Uma coisa é certa, é que essas ações liberam a dopamina, neurotransmissor que proporciona uma melhora na saúde mental e emocional, que decorre do processo de ajuda mútua e compaixão. Portanto, ser educado e gentil faz muita diferença nos dias de hoje!

Conheça o gato especial que acolhe e abraça os novos gatinhos que chegam no abrigo

Conheça o gato especial que acolhe e abraça os novos gatinhos que chegam no abrigo

Quando Benny era apenas um gatinho, ele foi abandonado. Ellen Carozza, técnica veterinária, o recolheu e tomou conta dele em sua instituição que já salvou centenas de animais.

Ellen relata que, mesmo doente, Benny era uma paixão. Ele tinha tanto amor para dar que se tornou o pai adotivo de todos os outros animais do abrigo.

Ellen muitas vezes traz caixas de gatinhos para casa para cuidar delas até que sejam grandes o suficiente e fortes o suficiente para serem adotados.

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E Benny leva seu papel muito a sério ao lidar com gatos bebês.

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Um dia, Ellen trouxe Winnie para casa. Quando ela nasceu, ela tinha apenas metade do peso normal de um gatinho.

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Benny não perdeu tempo e já embrulhou Winnie em seus braços, dando ao gatinho frágil uma sensação de calor e proteção.

“Quando os gatinhos não estão com Benny, eles ficam aconchegados em uma mãe artificial com um batimento cardíaco simulado para o conforto do filhote”, observa Carozza. “Mas algo artificial não ronrona. Não limpa você. Não ajuda você a ser um gato. Benny preenche essas lacunas.”

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Instagram / thecatlvt

“O papel de Benny é conforto e socialização”, disse Ellen. “Ser capaz de aconchegar-se contra outro gato e não contra um bicho de pelúcia faz maravilhas para o bem-estar mental deles.”

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Veja o tamanho da pequena Winnie.

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Instagram / thecatlvt

“Ele fica muito deprimido quando não temos gatinhos. Eu gosto de pensar que ele está nos devolvendo o favor que lhe fizemos há alguns anos “, disse Ellen.

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Definitivamente, alguns anjos estão nesse mundo com um propósito bem definido.

Você pode acompanhar suas aventuras no Instagram.

Editorial CONTI outra. Com informações de thedodo e honesttopaws

Aprender a seguir em frente apesar dos adeuses

Aprender a seguir em frente apesar dos adeuses

Crianças costumam ter maior facilidade para compreender e operar com ideias relacionadas à adição; somar pirulitos, balas, bolos e bombons; fazer dois brinquedos virarem vinte pela mágica da multiplicação.

Sensacional! Somar, ganhar, aumentar, acrescentar… quem é que não quer? A menos que sejam ganhos indesejados, como dívidas ou pendências em geral.

Nossa mente, alma e coração parecem ter sido esculpidos para os ganhos. Ainda que muitas vezes exageremos na aquisição de coisas e até na inclusão de pessoas em nossas vidas, preferimos acumular, guardar, esquecer o que temos… a ter de lidar com a falta ou com a perda.

Subtrair é extremamente custoso para nós. Abrir mão, deixar ir; perder, olhar para o que falta, quanto falta. Tirar, entrar em contato com a ausência daquilo ou daqueles que já não temos mais. Até os mais singelos problemas de matemática das séries iniciais são desafiadores para os pequenos; envolvem balões que estouraram; sorvetes que derreteram; frutas que estragaram; brinquedos que quebraram… Pensa bem!

E a divisão… Ahhhhh a divisão envolve o mais complexo dos aprendizados. E a matemática da escola não nos prepara para as divisões reais da vida. Lá na sala de aula, aprendemos a dividir em partes iguais; e na vida, nem sempre isso é possível. Em verdade, é dificílimo! Nossas emoções não são divisíveis igualmente, nossos recursos materiais, tampouco. Vamos repartindo afetos e recursos conforme vamos dando conta.

A vida é muito mais história, poesia e filosofia do que matemática. A gente aguenta os revezes, graças às nossas memórias felizes; é a nossa história de vida que nos prepara para o que ainda não veio, as batalhas que não lutamos, as graças que não recebemos, as perdas que nem imaginamos sofrer.

É a nossa capacidade de pensar além da dor, de sublimar a vitória, que torna minimamente possível seguir andando e insistindo, apesar do entorpecimento momentâneo do ganho e o efeito devastador de ter arrebatado de nossas mãos aquilo ou aqueles que nos são caros, valiosos, indispensáveis, insubstituíveis.

E se não fosse a poesia, a plasticidade da alma, que torna possível converter agonia em aprendizado; não fosse a possibilidade de transmutar em novas belezas o que nos destruiu por dentro, não haveria esperança para nós.

Perder um filho, é ter de aceitar o fato irreversível de ter de continuar existindo nesse mundo com um pedaço do coração arrancado do peito. Nenhuma mãe, nem as mais doces e amorosas, são capazes de compreender imediatamente essa clara injustiça, a subtração dolorosa, a divisão do coração em milhões de pedaços incongruentes.

Submergir da experiência avassaladora que é ver um filho partir para sempre, faz a gente pensar em propósitos maiores, faz a gente ter de acreditar em propósitos maiores. A saudade de um filho que partiu definitivamente, obriga a gente a aprender a viver sem aquele cheirinho único no travesseiro, sem o barulhinho inconfundível da respiração cadenciada no quarto ao lado, sem milhares de lembranças vividas, palavras proferidas, abraços partilhados, beijinhos melecados, baguncinhas boas, a vida repartida e multiplicada ao mesmo tempo em um outro ser fora da gente.

A redenção, a cura, o apaziguamento dessa dor, não é tempo que vai trazer. O tempo, sozinho, não tem esse poder. Sobreviver a tão violenta perda é desafiar a lógica, é subverter a ordem natural da vida. E a cada mínimo pulsar do peito, compreender que se ainda estamos por aqui, há de haver algo realmente grandioso esperando por ser acolhido em nosso peito tão ferido. A cura, reside na teimosia de continuar respirando e aspirando para esse mundo uma realidade menos sofrida. Quem sabe não seja a nossa missão nesse planeta redirecionar esse amor infinito, tão bonito e incondicional a outros filhos, pequenos ou grandes, humanos ou não, filhos queridos que necessitam desse nosso afeto paralisado no peito. Olhar em volta, olhar para dentro e buscar uma forma bonita de encontrar um porquê para sair do caos da dor. Há de haver por aí, alguém que precise desse nosso amor.

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Imagem de capa meramente ilustrativa: cena do filme “A Liberdade é Azul”.

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