Sobre o “outro tipo” de abuso.

Sobre o “outro tipo” de abuso.

Por Luzinete R. C. Carvalho (Psicanalista)

“Saímos para passear, na volta encontramos duas vizinhas na calçada, Francisco e eu paramos para dar “oi”.

Elas puxam conversa, blá blá blá para lá, blá blá blá para cá, e um pedido de abraço para cá, um pedido de beijo para lá, ambos negados, e uma delas solta o primeiro rótulo:

– Ele é tímido né?

– Quando entrar na escola melhora! – Completa a outra como se a postura do Francisco fosse algo ruim.

Respondo:

– A sua netinha tem a idade dele e vai para a escolinha desde bebê não é? E também não gosta de se aproximar muito de estranhos! De modo geral crianças não gostam de intimidade com pessoas estranhas, e isso na verdade é muito bom.

– Ahhh, mas nós não somos estranhas!

– Dona Fulana, a senhora já entrou na minha casa?

– Não.

– O Francisco e eu já entramos na sua casa?

– Não.

– Então a senhora é um estranha para ele! Na verdade, para mim também, mas eu já sou adulta, entendo melhor essas carências e imposições sociais, e se a senhora quiser um abraço meu eu dou! Se não acha que somos íntimas o bastante para me pedir um abraço, então também não é íntima o bastante para pedir um abraço para ele.”

Este tipo de situação é bastante comum, acontece sempre, certa vez, em uma lanchonete, Renato (marido) se ofereceu para beijar a atendente que insistia em pedir beijo para o Francisco, dissemos, ainda bem humorados, que se ela estava assim tão carente de um beijo, que o Renato poderia beijá-la…

Impressionante como as pessoas abusam das crianças!

ABUSO SIM!

Quando forçamos uma criança a beijar, abraçar, ser tocada por outro, CONTRA A VONTADE DELA, isso é abuso, desrespeito, agressão.

Vale, inclusive, se for por outra criança!

Vale se for por alguém da família, até mesmo se for alguém que tenha “intimidade” com a família!

Vale se a situação for a de forçar um bebê a ir no colo de outras pessoas.

A questão é que se foi forçado, foi negativo.

Na verdade, até quando a criança age assim de forma espontânea precisamos estar atentos.

Devemos tratar as crianças com respeito, com empatia, devemos ensinar que o corpo delas deve ser respeitado, que há limites que devem ser ditados PELA CRIANÇA!

Quando forçamos uma criança a beijar, abraçar ou permitir que a beijem ou abracem contra sua vontade, sob pena de ser considerada mal criada, “tímida” ou mal educada, estamos agredindo um pequeno ser que precisa ser protegido.

Quando expomos uma criança a isto, estamos passando a perigosa mensagem que criança boazinha é aquela que se permite ser tocada, que criança “boazinha” é aquela que expressa isso através do contato corporal, que a criança “boazinha”, e portanto, a aceita pelos outros, é aquela que não coloca limite sobre seu próprio corpo.

E, infelizmente, não vivemos dias em que podemos passar este tipo de mensagem para nossas crianças!

Elas não tem discernimento para saber quando o toque é aceitável e quando é criminoso.

Em um momento de nossa ausência, ela não saberá se deve impedir a investida, já que foi condicionada a permitir que lhe toquem, pois é assim que agem as crianças “boazinhas”.

Elas precisam aprender a se proteger de todo tipo de abuso, e mais do que gastarmos palavras vazias explicando para crianças pequenas sobre o mundo terrível em que vivemos atualmente, devemos apenas deixar que o instinto natural que elas possuem as proteja!

Devemos explicar conforme a idade, conforme a necessidade, e em uma linguagem adequada como as crianças podem se proteger.

Mas a proteção mais efetiva que podemos oferecer para nossas crianças é através do RESPEITO que começa dentro de casa, começa através do pai, da mãe, dos tios, dos familiares próximos.

E respeitá-las, inclusive, deste tipo de agressão aparentemente inocente e inócua, mas que não é.

E por favor, poupe-nos da compreensão deturpada, pois não estou dizendo que não devemos ensinar as regras sociais para as crianças, não estou dizendo que não devemos mostrar como podem ser cordiais e educadas.

Ensinar bons modos para as crianças é ensinar a cumprimentar, a se despedir, e isso NÃO precisa ser feito obrigando a criança a ser tocada, abraçada, beijada.

Não se trata de não ensinar bons modos ou gentileza.

Se pretendemos realmente proteger nossas crianças, nós adultos precisamos, antes de tudo, aprender a diferenciar gentileza de imposição.

Ensinar gentileza e cordialidade é DIFERENTE de forçar a criança a permitir que lhe beijem, abracem ou toquem contra a sua vontade.

Dê você os abraços e beijos que a sociedade carente e abusiva tanto necessita!

Reflita sobre quais mensagens a SUA postura está transmitindo para seus filhos!

Reflita se você está ensinando sobre respeito próprio.

Se você não os respeita, se você não os protege, como eles poderão se defender sozinhos?

Pois no fim, precisamos entender que abuso é sempre abuso, não há diferenças…

Reflita.

***

Artigo publicado originalmente em Visão Clara. Acompanhe a autora também no Facebook.

O amor não é mau. As pessoas que não sabem amar.

O amor não é mau. As pessoas que não sabem amar.

Falar de amor é sempre mais fácil quando se está apaixonado. As palavras fluem, todo mundo vira poeta, as músicas fazem sempre mais sentido, até o gosto musical muda… As palavras sempre encontram o caminho para se expressarem contagiadas pela sensação do estar apaixonado.

Mas quando não há isso, esta referência externa para sentir o tal do amor romântico, falar sobre amor fica mais profundo.

Será mesmo o amor uma questão de sorte?

Algumas pessoas chegam até mim em respostas aos textos escritos na minha fase apaixonada e confessam achar lindo o que o texto traz, que gostariam de sentir isso com alguém, e descartam esta possibilidade por desilusão ou por lá no fundinho, achar mesmo que isso não existe.

Não as condeno por isso! Entendo que a busca do amor fora parte da natureza de quem somos a partir do ego. É assim que ele se alimenta para a sua existência. De aprovações e aceitações. De ser amado. E muitas vezes, para ser amado, ele cria máscaras, aceita situações, pessoas que no fundo não lhe agradam, mas da mesma forma aceita as condições para não se sentir inferior, rejeitado ou sozinho.

O amor em estado de paixão é sempre poesia!
O amor em estado solo é sempre mais profundo.
É uma outra conexão sobre ele. Um outro lugar. Ele é mais seu que nunca.

Compreendo que sentir amor não depende do outro, (e nem deveria) mas exclusivamente de mim.

Posso ser amor a qualquer momento, pois EU SOU o Amor.
Amar é minha potencialidade como humana, é minha essência! Não dá pra perder, apenas redescobrir!

As desilusões nos fazem desacreditar que o amor de fato existe, ou que ele é um mal, mas, na verdade, não é o amor, são as pessoas que não sabem amar.

Tem medo do que o amor pode trazer. Amor é luz, é entrega, é intenção. Amor é expansão! E nem todos estão a fim de se expandir.

Eu acredito no amor, eu acredito em relações amorosas; O mundo precisa de mais referências de amor!

É por meio das relações amorosas que vamos desconstruindo aquela casca criada pelo Ego que necessita de aprovações externas, de ser amado, e vamos acessando o ser divino que somos. Os nossos parceiros nos auxiliam nessa empreitada, espelhando exatamente aquilo que precisa ser olhado e sentido. Eles podem ser um resgate, ou alguém que nós mesmos magnetizamos para aprender algumas lições.
Podemos trazer nossos pais, mães para nossas relações!
Podemos mostrar nosso lado sombra e sombrio por meio deles. E se houver consciência de ambos deste processo, é possível encurtar esta jornada de autodescoberta, por meio do apoio mútuo, sendo amor e suporte, espelho e enfrentamento.

Nenhuma relação é perfeita. Na verdade, perfeição está fora de cogitação na 3D. Estamos aqui para aprender, curar, evoluir e seguir nossas jornada rumo a iluminação – voltar à origem.

Então, amor é algo natural. viver o amor é lindo. Ele pode acontecer numa relação de 1 ano, 5 anos, 10 anos e até mesmo durar mais de 60 anos… O tempo que ele dura não interessa, mas sim o que ele te trouxe de aprendizado, experiência, sensação e profundidade.

“Mas se é amor tem que ser pra sempre”! – que mania de enclausurar corações! O amor muda assim como nós! Ele não pertence, ele é! Ele vive, ele sabe (o) bem (o) que faz.

Mantenha distância de quem não torce por você

Mantenha distância de quem não torce por você

Já se disse que manter por perto as pessoas que nos tornam melhores será uma das melhores atitudes que poderemos tomar nesta vida. Isso porque essa é uma forma certa de nos cercarmos de boas energias, de sentimentos verdadeiros, de sorrisos sinceros. Quem torce verdadeiramente por nós raramente irá nos decepcionar.

Por outro lado, se prestarmos atenção, sempre existirá alguém que parece torcer contra os nossos sonhos, como se desejasse que nunca saíssemos do lugar. Trata-se daquela pessoa que joga baldes diários de água fria sobre nossas cabeças, sempre que sonhamos alto ou conquistamos algo. Em vez de parabenizar, já listam tudo o que pode vir a dar errado dali em diante.

Infelizmente, existe muita maldade por aí, dentro de pessoas que jamais imaginávamos poder agir de uma forma cruel. Sim, há pessoas cruéis disfarçadas de bondade e companheirismo, mas que se mostram o oposto do que eram, a partir do momento em que avançamos na vida, ou mesmo traçamos sonhos maiores para nós. Não conseguem animar, motivar, muito pelo contrário.

Talvez sejam pessoas infelizes demais e desejam jogar para fora de si aquele sentimento ruim, pois não conseguem respirar direito, não se aguentam. Não aceitam, com isso, que o outro consiga sorrir, sonhar, avançar e conquistar, uma vez que elas próprias não conseguem sair do lugar, de tanto que prestam atenção na vida alheia, deixando suas vidas passarem em branco.

Pensar somente em si mesmo nunca será saudável para ninguém, porém, o excesso oposto também não. Quem se esquece de si mesmo, focando somente as vidas ao lado, fatalmente acabará se achando pior do que todo mundo. E, como esse tipo de gente nunca aprendeu a correr atrás dos seus desejos, somente poderá tentar atrapalhar o sucesso do outro, muitas vezes de maneira desumana, plantando fofoca e maldade.

Sendo assim, o tipo de pessoa com quem convivermos de perto determinará o tanto de momentos felizes que pontuarão nossa jornada. Sempre será providencial nos afastarmos de gente invejosa, pois é assim que sobrará espaço para aconchegarmos aqueles que torcem pela nossa felicidade com verdade e amor. É isso que nos move, afinal.

Esse texto é para você, guarde-o com carinho.

Esse texto é para você, guarde-o com carinho.

Deixa eu te confessar uma coisa, às vezes eu também fico perdido. Às vezes eu também não sei pra onde a vida vai me levar e tampouco se vou conseguir realizar todas as coisas que planejo. Às vezes eu também acordo desacreditado das pessoas e dos sentimentos. Às vezes eu até duvido se vale ou não a pena continuar nessa gangorra por dias melhores. Eu te entendo, de verdade. Mas isso passa.

Então, para que você não pense que esse é apenas mais um texto que diz sobre o que deve ou não fazer da sua vida, não se preocupe… não é esse tipo de texto. Aqui, deixo palavras para você guardar com carinho. Para que você leia uma, duas, três, quantas vezes for preciso. Não porque você precisa memorizá-lo, mas porque é importante que você o sinta, todos os dias, e em todos os momentos difíceis, principalmente.

Eu sei que quando a gente se sente perdido, a gente se esquece de olhar e cuidar da gente. De reparar nas nossas camadas, de perceber quais são as nossas prioridades, de cultivar quais são os entrelaces que temos interesse. A gente também se esquece de admirar as coisas boas que já conquistamos, de agradecer pelas experiências vividas e, por que não, também por instantes ainda não experimentados? Faz parte da nossa essência imaginar. E não tem nada mais saboroso do que imaginar algo bom, algo real pra gente.

Ainda assim, mesmo sem querer, pensamentos ruins te invadem vez ou outra. Pensamentos que te colocam para baixo e que te tiram o fôlego e a vontade de construir laços melhores. Acontece que você não pode desistir, não de você. Você pode parar de insistir naquilo que quiser, mas nunca do seu brilho. Você não tem a obrigação de superar ninguém, mas você pode se transformar em mais amor para si. Você pode evoluir, você pode se desconstruir e recomeçar como e quando quiser.

Como eu disse, esse não é mais um texto para te dizer a verdade sobre o mundo ou para te revelar grandes segredos. Tudo isso é para dizer ao seu coração que você é o seu próprio acolhimento. E é o suficiente por agora. Um despertar de cada vez e alguma coisa pode mudar. Ame-se na sua solidão antes de querer somar na companhia de alguém.

Tem gente que é igual a pesca em alto mar…quanto mais longe, melhor!

Tem gente que é igual a pesca em alto mar…quanto mais longe, melhor!

É aos poucos que a gente vai aprendendo quem vale a pena ter por perto e quem é melhor ficar bem longe.

É verdade quem nem sempre dá pra aplicar a lei da distância.

Eu conheço gente que padece com pessoas de caráter duvidoso debaixo do mesmo teto, às vezes são irmãos, irmãs, cônjuges e até pais ou filhos.

E, acredite, ter alguém do mesmo sangue em quem não se pode confiar é doloroso e difícil demais.

Nestes casos, vale insistir um pouco, dar mais uma chance, tentar ouvir os argumentos… mas, uma vez comprovada a má intenção é melhor manter-se longe.
Tem gente que vai criticar, julgar, reparar…

Ignore.

Só a gente é que sabe onde apertam nossos calos.

E é melhor um bom espaço de separação do que viver às turras com aqueles cujos pensamentos não harmonizam com os nossos.

Tem gente que pede mãos dadas, corações interligados e almas conectadas.
Fique com estes.

Os que trazem desconforto emocional, tensão e apreensão ponha num barquinho imaginário e entregue pras ondas do mar.

Que façam uma ótima viagem… só de ida!

Leia o desabafo de Casagrande sobre estar sóbrio na Copa da Rússia

Leia o desabafo de Casagrande sobre estar sóbrio na Copa da Rússia

Ninguém sabe exatamente o que se passa na vida do outro. Por trás de uma aparência de sucesso e glamour podem existir lutas e sofrimento. Foi o que vimos claramente através do ex jogador Casagrande que aceitou o desafio de permanecer sóbrio para realizar o trabalho de comentarista na Copa da Rússia.

Abaixo, leia as palavras que amocionaram seucolega Galvão Bueno e todo o Brasil:

“Esta foi a Copa mais importante da minha vida, tive uma proposta que era chegar pela primeira vez em uma Copa do Mundo sóbrio, permanecer sóbrio e voltar para casa sóbrio. Então, eu estou muito feliz.” Casagrande

Daqui, nosso respeito e desejo que o ex jogador permaneça firme em sua luta contra a dependência química. Sua fala mostrou humildade e vontade de vencer!

Abaixo, o a reação de Galvão Bueno.

Imagem de capa: reprodução

***

E vocês, o que acharam desse desabafo?

Se seu filho te tira do sério, isso pode ser sério!

Se seu filho te tira do sério, isso pode ser sério!
Girl standing in doorway of kitchen, arms folded, woman standing behind, arms extended.

Por Luzinete R. C. Carvalho (Psicanalista) 

Na verdade crianças não “tiram os adultos do sério”.
Adultos já estão “fora do sério”.
Adultos vivem “fora do sério” por questões pessoais!
Por suas próprias frustrações, preocupações, medos, mágoas, receios, pressa, pressões externas e internas.

Os adultos estão constantemente fora de si, desarmonizados, encolerizados, contidos, como bombas prestes a explodir.

O que acontece é que mais facilmente se deixam explodir quando precisam lidar com quem é menor, mais frágil, indefeso, quando lidam com quem não precisam temer uma retaliação…

Por isso, antes de se permitir “sair do sério” com uma criança, reflita se você já não está “fora do sério” por outras razões em sua vida, razões que só você pode (e deve) tentar mudar!

Talvez seja a vida apressada, cheia de horários controlados por segundos preciosos, que não podem ser “perdidos” por causa de uma criança, que precisa andar mais devagar para olhar pedrinhas na calçada.

Talvez sejam as contas para pagar e os prazos para cumprir, que consomem, além de energia física, uma preciosa tranquilidade mental, tão necessária para desfrutar da companhia dos filhos.

Talvez sejam as expectativas pessoais, que visam sempre um futuro melhor, mas fazem esvair por entre os dedos qualquer possibilidade de viver o agora, e tal impossibilidade grita através do choro dos filhos, que imploram neste momento a atenção de hoje.

Adultos estão constantemente “fora do sério” por causa das mágoas do passado, da pressa no presente e das angústias do futuro!
E as crianças, na verdade, precisam de muito pouco.

Porém, o pouco que elas precisam é algo que se tornou muito difícil para nós, adultos!

Elas precisam de tempo de qualidade, de olhar demorado, de presença verdadeira, sem TV ligada, sem atender o celular no meio da brincadeira, precisam de uma volta na pracinha sem um “anda logo”.

As crianças não nos tiram do sério, não nos cobram nada, é que nós, preocupados, ansiosos e infelizes, nos sentimos cobrados internamente, e quando uma criança nos pede algo simples, lá no fundo sentimos vergonha, pois descobrirmos que somos, ou estamos, incapazes de realizar mesmo as coisas mais simples.
São as coisas simples que carregam em si as maiores alegrias.

Nossas escolhas, conscientes ou não, determinam muitas coisas em nossas vidas, e as crianças chegam depois que muitas dessas escolhas já estão solidificadas; e chegam em meio a um turbilhão de preocupações, prazos, horários, dívidas e metas, chegam silenciosas em meio a mil vozes que nos dizem que são elas, as crianças, que precisam se adaptar e se encaixar.

As crianças chegam nos pedindo um pouco mais de tempo, passos mais lentos, olhares mais atentos, abraços sem pressa, sorrisos sem limites…
Chegam nos mostrando que nem nós deveríamos aceitar nos encaixar na vida atribulada e vazia, que nos consome na mesma medida que consumimos cada dia sem sentir, sem perceber.

As crianças não nos cobram, elas nos mostram que estamos incapazes de desacelerar, de sorrir, de contemplar, de cantar ou dançar, de respirar e suspirar, de sentir alívio ou paz.

E em vez de refletirmos sobre nossas escolhas, que podem não ter sido as melhores até então, mas que podem melhorar, ou até mesmo serem diferentes a partir de agora, a gente “prefere” brigar com as crianças, bater nas crianças, sair do sério com as crianças!
Os filhos nos lembram constantemente sobre o que realmente importa, especialmente quando nem queremos que nos lembrem dessas coisas.

Os filhos querem apenas um pouco mais da gente mesmo! Mas isso se tornou quase impossível, pois perdidos entre as experiências do passado, a pressa no presente e o medo do que virá amanhã, nem conseguimos nos lembrar quem somos, ou quem queríamos ser…

Não lembramos mais quem somos em meio a tantas preocupações e angústias!
Precisamos refletir não sobre os adultos que nos tornamos, mas sobre as crianças que nós mesmos um dia fomos!

Tentar lembrar o que sentíamos, o que desejávamos, o que era importante para nós quando éramos pequenos!

Não existe criança que precisa apanhar para aprender, o que existe, infelizmente, é adulto que precisa bater, e que batendo, acredita que está ensinando algo bom.

Bater, agredir, gritar, deixar chorar, apressar, negar, brigar, culpar, ignorar…
E isso tudo por causa de suas próprias questões pessoais.

É difícil e trabalhoso enxergar que o problema no comportamento da criança pode ser a escola que ela é obrigada a frequentar, é muito difícil e trabalhoso enxergar que o problema pode ser o ritmo acelerado da vida que nós escolhemos.

Pode ser trabalhoso perceber que o problema pode ser as pessoas que rodeiam as crianças.

Pode ser difícil e doloroso enxergar que o problema pode ser a gente mesmo.

Por isso, e por muitas outras coisas, decidimos que o problema é a criança, e por não conseguirmos mudar o contexto que nós vivemos, tentamos mudar a criança.
Romper com o passado, mudar o presente e temer menos o futuro, pode dar muito trabalho!

Então, decretamos que são as crianças que nos tiram do sério.

Quando cuidar e educar se limita a fazer dos filhos aquilo que a gente quer, quando se limita a enquadrá-los à força dentro de uma rotina alucinada, perdemos toda a leveza, a liberdade e a alegria.

Tudo se torna extenuante, e até o que é natural é percebido como se fosse um problema.

Existem métodos, dicas de disciplina positiva que podem indicar o caminho, mas não há soluções prontas, especialmente se o que os pais procuram é um método milagroso que elimine todo e qualquer conflito.

As situações tensas, os embates, as crises, sempre vão existir, e são parecidas em todas as famílias, o que difere é a capacidade que algumas pessoas tem de lidar com elas de uma forma mais leve e produtiva.

Não adianta querer ser imediatista. E atualmente todos sofremos deste mal, queremos ser atendidos imediatamente, queremos que as encomendas cheguem o quanto antes, queremos que a fila ande o mais rápido possível, nós, os adultos, queremos que o link abra em um segundo, queremos o resultado já, agora, neste instante.

E no que diz respeito a relações humanas, o tempo de resposta não está na velocidade de um clique, a resposta está na confiança que se planta a cada dia, mas se colhe num tempo que não podemos controlar.

Criar e educar é uma construção diária, lenta, trabalhosa, que se prolonga por todo o tempo que durar a relação, ou seja: provavelmente a vida inteira.
O diálogo, a confiança e o respeito se constroem dia a dia, nas coisas simples, através dos detalhes.

Algo que aparentemente não deu certo em uma determinada situação pode ter sido uma semente a germinar e gerar frutos benéficos em um futuro próximo ou distante.
Nada se perde no que diz respeito aos cuidados com os filhos!

A maioria das situações de conflito que surgem, especialmente as rotineiras, as que se repetem, podem ser evitadas e contornadas.

Os momentos de crise, de embate entre pais e filhos, podem ser superados de forma harmônica e construtiva, isso se houver um pouco mais de paciência, boa vontade, autoconhecimento e tempo, coisas que dependem dos adultos e não das crianças.
Carl Gustav Jung já dizia que se você encontrar algo que gostaria de mudar em uma criança, deveria antes se perguntar se não há algo que você deveria mudar em você mesmo.

Antes de erguer a voz para uma criança, reflita sobre o quanto está ouvindo a sua própria voz interior, e se está sendo capaz de compreender o que esta voz lhe diz.

Antes de erguer a mão para uma criança, reflita sobre o quanto está erguendo a mão para mudar o que não está bom, dentro e fora de você…

Que nos sirva apenas de alerta, ou como um convite para refletirmos, que sempre há muito a ser mudado em nós mesmos, quando temos o ímpeto de mudar algo em uma criança!

***

Abaixo, a publicação original da página Visão Clara, espaço que recomendamos.

36 das mais perfeitas, lindas e delicadas tatuagens de gatos

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“Os gatos são os seres mais lindos, inteligentes e independentes do mundo. Essa é a razão por que os homens tem tanta dificuldade de se relacionar com eles e os perseguem indiscriminadamente desde o início dos tempos.” Nise da Silveira

Os gastos costumam causar polêmica, pois dividem opiniões. De um lado temos pessoas que sentem receio, medo e até repulsa. Do outro, entretanto, encontramos almas abertas e apaixonadas para tudo o que os felinos podem nos oferecer numa relação de troca justa e honesta.

As imagens abaixo foram selecionadas para inspiração e são provenientes de artistas de todo mundo.

Esperamos que elas agradem também a vocês.

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A lenda budista sobre os gatos

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“Os opostos não se atraem, fique com alguém parecido com você” por Flavio Gikovate

“Os opostos não se atraem, fique com alguém parecido com você” por Flavio Gikovate
(Sao Paulo,SP. .03.2008. h. Foto Eduardo Knapp/Folha Imagem) Digital SP01829 2008 Caderno Equilibrio. Foto do psicoterapeuta Flavio Gikovate, no quintal de seu consultorio na Rua Estados Unidos. Gikovate esta lancando livro sobre o tema AMOR

É voz corrente, que nos relacionamentos afetivos, os opostos se atraem. Diante do fato, a gente se posiciona de forma curiosa: como sempre ouvimos falar disso, consideramos a afirmação absolutamente verdadeira.

Não duvidar de sua lógica parece nos conduzir a um “porto seguro” e acabamos acreditando que o fenômeno é inevitável.

Por acaso alguém já se questionou a respeito? Afinal de contas por que os opostos se atraem? Trata-se de uma fatalidade, de uma lei da natureza que nos leva a bons resultados?

Acho muito importante assumir uma atitude crítica e de reflexão em torno dos problemas do amor, pois é a emoção que mais dor e sofrimento nos tem causado. São raras as pessoas realmente felizes e realizadas nessa área.

Devem existir muitos erros e ignorância em relação ao amor. Aliás, é só de algumas décadas para cá que os profissionais de psicologia – e, ainda hoje, poucos entre eles – começaram a se interessar pelo assunto, até então reservado aos poetas.

Gostaria de externar de modo categórico a minha opinião, fundamentada em mais de 45 anos de experiência como psicoterapeuta: os opostos se atraem, mas nem por isso combinam bem.

O resultado desse tipo de união não é obrigatoriamente um sucesso. Pessoas muito diferentes vivem brigando e se irritando umas com as outras.

Temperamentos e gostos antagônicos dificultam a vida em comum. Durante o período de namoro, os obstáculos existem, mas não são tão importantes, uma vez que são raras as coisas práticas compartilhadas.

Após o casamento, porém, as divergências infernizam o cotidiano. Como encaminhar a educação dos filhos se os pontos de vista são tão diferentes? Como planejar a economia doméstica, a ordem dentro de casa, as viagens de férias?

Na prática, ocorre o seguinte: os opostos se atraem, mas na rotina da vida em comum as contradições se acirram.

Começa então a tarefa de cada um tentar modificar o outro. O marido quer moldar a mulher de acordo com o seu modo de ser; a mulher deseja que o marido a compreenda e se aproxime dos seus pontos de vista.

Será que isso é possível? Não deveriam diminuir as diferenças com o convívio? Deveriam, mas não diminuem, talvez por causa do medo de ver o encantamento amoroso desaparecer.

Sim, porque afinal de contas os namorados se sentiram atraídos exatamente por serem pólos opostos. Se ficarem parecidos, não acabará o amor? Os casais convivem por anos, sempre se desentendendo, sempre procurando fazer do outro um semelhante e só conseguem agravar as diferenças e piorar as brigas.

Não deixa de ser ironia que a gente se sinta fascinado por pessoas com as quais não teremos um bom convívio. Esse fenômeno é responsável por um enorme número de uniões infelizes e que, hoje, acabam em divórcio.

Cabe indagar: a atração por opostos é inevitável? Acho que não, apesar de ser muito comum, especialmente na adolescência.

Considero fundamental entendermos as razões que levam a esse tipo de encantamento. Conhecendo-as, poderemos evitar o erro e nossas chances de sucesso no amor aumentarão bastante.

A principal causa do magnetismo entre opostos é, sem dúvida alguma, a falta ou diminuição da autoestima. Quando não estou satisfeita com o meu modo de ser, procurarei alguém que seja completamente diverso.

Se eu for introvertido e tímido, a tendência será me apaixonar por uma pessoa extrovertida e sem inibição. Com o tempo, o que suscitava minha admiração e era uma “qualidade” se tornará fonte de irritação, mas no início ficarei encantado.

Ao “ter” o outro, “tenho” a extroversão que me faltava. Sinto-me mais completo. Tudo muito lógico na teoria.

Na prática, as diferenças nos desagradam, dificultam nossas vidas, criam barreiras e resistências cada vez maiores. Elas são responsáveis pelos atritos constantes e pelas brigas “normais” entre marido e mulher. Será que são mesmo normais?

***

Fonte: Flávio Gikovate– reprodução autorizada

E que você encontre um amor…

E que você encontre um amor…

E que você encontre um amor parceiro, que seja bom de papo, de cama e de silêncio. Que seja amigo e também amante. Que te deseje e que você sinta nele a segurança de um amor pleno com chances de aprofundamento. Que nesse encontro vocês sejam um, sem perder a individualidade. Que o casal seja apoio, atenção e beleza.

Que você tenha a sorte de encontrar alguém bom de jornada!

Que te dê asas para voar para as estrelas e profundidade para mergulhar no seu ser. Que ele possa espelhar suas sombras e que juntos e sem julgamentos ambos possam lapidar seus corações para existir espaço para algo grandioso acontecer- que haja espaço para os centramentos e que um possa tocar o outro com carinho e observância. Que você explore seu amor descobrindo ele em você. Que vocês vivam os ontens e amanhãs na beleza da presença. Que os toques sejam suaves que a fala seja mansa e que vocês sintam que nasceram para se amar. Que o encontro soe sinos na certeza da agenda cósmica se cumprindo. Que ele seja leal que ela seja leal e que ambos possam se curar para algo novo – uma nova relação sem medo, agonias, ansiedades e tristezas. Que a forma de amor seja espontânea, livre e vivida na sua intensidade. 

Dê espaço para se florir. Esse é o propósito. O amor é a semente. E o que é o sexo? É o encontro de duas energias profundas. Que você encontre e viva isso com alguém. Que ele saiba segurar a sua mão, dar o melhor abraço, envolver num delicioso beijo e juntos sintam desejo de se unirem e serem apenas um, num corpo de amor.
Se você viveu a magia deste florescer, cultive. O terreno é fértil mas requer cuidado. Que você encontre… e que viva na sua plenitude.

Ame-se o bastante para seguir em frente quando for deixado para trás

Ame-se o bastante para seguir em frente quando for deixado para trás

É muito ruim termos a sensação de que fomos largados, preteridos, deixados de lado, bem no escanteio da vida de alguém, seja um amigo, um familiar, seja um amor. Costumamos nos apegar fortemente às pessoas que fazem parte de nossa jornada e nos acostumamos com aquela presença em nossas vidas. Então, quando nos deparamos com a possibilidade de ali haver ausência, meio que perdemos o rumo, doendo fundo os nossos sentimentos.

Isso porque muitos de nós, infelizmente, acabamos colocando grande parte de nossa felicidade nas mãos dos outros, criando uma dependência do que vem de fora, diminuindo mais e mais nosso próprio potencial. Passamos, assim, a relacionar nossa alegria ao que somos perto de alguém, como se, sozinhos, fôssemos incompletos. Como se, não tendo ninguém ali ao lado, houvesse tão somente vazio e solidão.

Com isso, há muitas pessoas incapazes de se sentirem bem sozinhas, enquanto depositam toda a carga afetiva no outro, não deixando nem um pouquinho ali dentro de si. Vivem em função de todo mundo, menos de si mesmas. Não é à toa que se vê tanta gente se importando mais com a opinião alheia do que com o que existe dentro do próprio coração, lutando solitariamente para manter amizades, relacionamentos e situações que já se foram, já terminaram.

Ninguém merece batalhar sozinho por uma relação a dois. Ninguém merece se sujeitar a procurar pelo outro, a ponto de humilhar-se, enquanto recebe ecos vazios de volta. Ninguém merece ter que implorar por um simples olhar, na esperança vã de que o sentimento consiga encontrar algum resquício de reciprocidade em terrenos áridos, desérticos. Mas a gente tem que se merecer primeiro, para poder ser digno de merecimento.

É preciso amar-se. Amar quem somos, o que temos, nossos sonhos, nossa essência. É preciso amar nossas conquistas, nossas marcas, nossas cicatrizes. Nosso corpo, nosso rosto, nossos gostos, nossa voz. Sentir-se único e especial. Amar-se o bastante para não aceitar menos do que merece. Para conseguir seguir, sempre em frente, mesmo quando for deixado para trás.
*O título deste artigo baseia-se em citação de @psico.luciana

Ninguém segura água morro abaixo e alguém que queira trair

Ninguém segura água morro abaixo e alguém que queira trair

A modernidade nos trouxe muitas benesses, porém, ao mesmo tempo, acabou por extrapolar alguns limites, em vários setores da vida. Quase mais nada se mantém em segredo, misturando-se público e privado, intimidade e ostentação, enquanto somos constantemente vigiados por câmeras de segurança, seguidores virtuais, hackers e curiosos de plantão.

O fato de haver uma nova modalidade de famosos, os quais conseguem amplos rendimentos apenas sendo quem são, lotando as redes virtuais de vídeos, fotos e dicas várias, leva muitas pessoas a visarem à fama cibernética, expondo-se nos canais da internet. Infelizmente, essa superexposição acaba por provocar vulnerabilidades na vida da pessoa, cuja intimidade passa a dispor de pouco tempo para se desenvolver longe dos holofotes.

Nesse contexto, em que os contatos se multiplicam, através das redes virtuais e dos aplicativos de celular, as chamadas tentações, as possíveis puladas de cerca, aumentam em quantidade e oportunidades. Por essa razão, muitos relacionamentos acabam por conta do que o parceiro acabou descobrindo no celular ou no computador do ex, o que motiva, inclusive, muitos casais a terem uma conta conjunta nas redes sociais. Saber as senhas do companheiro, para muitos, chega a ser quase que uma obrigação, uma vez que predomina a máxima de que quem não deve não teme.

Na verdade, quem quiser trair irá trair, porque nada é capaz de segurar as rédeas de alguém que desconhece regras mínimas de um relacionamento a dois. Não será uma aliança no dedo, ou uma conta virtual conjunta, que inibirá o comportamento do outro, uma vez que o caráter é uma característica que se encontra dentro de cada um. Trata-se de princípios que a pessoa carrega dentro de si, os quais não são internalizados de uma hora para outra.

Vigiar, chantagear, prender, apertar, nada disso adiantará, caso a fidelidade não seja algo espontâneo, que já existe dentro do coração. Nada daquilo que for forçado durará por muito tempo, pois apertar demais espana, ou seja, uma ou outra hora, a verdade vence o fingimento e o que se é triunfa sobre tudo o mais. Se o parceiro realmente entender a importância da fidelidade, conseguindo colocar-se no lugar do outro minimamente, então a fidelidade poderá até vir. Do contrário, ninguém mudará e quem tentou forçar o que não era vontade própria sairá ferido. É isso.

Eu me importo com os detalhes

Eu me importo com os detalhes

Os detalhes são importantes, ainda mais se tratando do amor. E quando digo amor, é sim sobre todo e qualquer amor.

Porque são os detalhes que moldam, fortalecem e também desfazem os amores. Deixá-los de lado é brincar com a entrega da outra pessoa. É esquecer que, antes, durante e depois da intensidade, da intimidade que você compartilha ao lado de alguém, existe todo um oceano de gestos e emoções a serem reconhecidas.

Não vale se for uma via de mão única. Não sacia se for uma reciprocidade solitária. Não dura se for um entrelace sem força de amorosidade.

Os detalhes são importantes, mas não podem ser forçados ou, insistentemente, cobrados. Tem amor que sabe de coração os caminhos para admirá-los. Mas tem amor que não.

Importe-se. Ou ao menos tente.

Para os detalhes alcançáveis na ponta dos dedos, uma espécie de sobrevida. Já para os detalhes perdidos no passado, apenas um adeus.

Que ninguém perca o interesse e a disponibilidade para reparar neles.

Por que as pessoas gritam quando estão com raiva? Leia esta belíssima história tibetana.

Por que as pessoas gritam quando estão com raiva? Leia esta belíssima história tibetana.

No Tibete, conta-se que um velho sábio perguntou a
seus seguidores o seguinte: Por que as pessoas gritam quando estão com raiva?

Os homens pensaram por alguns instantes:

“Porque perdemos a calma”, respondeu o primeiro, “é por isso que gritamos.

-Mas porque gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?

-O sábio perguntou- Não é possível falar com ele em voz baixa?

Por que você grita com uma pessoa quando está com raiva?

Os demais seguidores deram algumas outras respostas, contudo, nenhum delas deixou o sábio satisfeito.

inalmente ele explicou:

Quando duas pessoas estão com raiva, seus corações se distanciam um do outro. Para encurtar essa distância, gritam para serem ouvidos. Quanto mais irritados estiverem, mais fortes terão de gritar para se fazerem ouvir através dessa grande distância .

Então o sábio perguntou:

-O que acontece quando duas pessoas se amam?

Eles não gritam, falam suavemente.
Por quê? Seus corações estão muito próximos.

A distância entre eles é muito pequena.

O sábio continuou: “Quando você se apaixona ainda mais, o
que acontece? Eles não falam, apenas sussurram e se aproximam ainda mais de seu amor. Finalmente, eles nem precisam sussurrar, apenas olham um para o outro e é isso. É assim que
duas pessoas são próximas quando se amam
.

E, encerrando a explicação, concluiu:
– Quando você argumentar, não deixe seus corações se afastarem. Não permita que saiam da sua boca palavras que os distanciem ainda mais. Pois, se assim proceder, chegará um dia em que a distância é tão grande que você não encontrará o caminho de volta.

***

Via Revista Pazes

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