A mãe de Osama Bin Laden afirma que ele era um ótimo garoto

A mãe de Osama Bin Laden afirma que ele era um ótimo garoto

Todo mundo tem mãe, certo? Bem… há controvérsias. Eu conheci certa vez um homem que se dizia pai solteiro de gêmeas.

A história é a seguinte: fui trabalhar por um período junto a uma comunidade carente na região da Grande São Paulo; apareceu um homem em busca de vagas na escola para suas duas filhas gêmeas; ele afirmava que era pai solteiro; contou que estava de folga num belo domingo quando ouviu um barulho no portão de sua casa; saiu de seu descanso dominical e foi olhar o que era; deu com uma caixa de papelão contendo duas bebês recém-nascidas, dois documentos de “nascidos vivos” de um hospital público no Tocantins e um bilhete que dizia “as meninas são suas, você vai ter que se virar pra criar”.

O homem me disse, com os olhos vermelhos por tentar segurar o choro, que nunca imaginara ser pai, mas que também, ao ver as meninas ali, sem ninguém a olhar por elas, sequer pensou em questionar sua mais nova missão, confirmada por meio de um teste de paternidade pago pelo patrão de alma boa.

Contou que não vinha sendo nada fácil criá-las sozinho, posto que “teve de aprender a ser pai no susto”. Mas revelou-se zeloso e amoroso, ao mostrar com orgulho a foto das meninas, segundo ele “bem alimentadas, sadias e muito educadinhas, viu dona?”.

Disse que a vida foi se ajeitando. Uma irmã ajudou um pouco, uma vizinha outro pouco, o patrão da oficina onde ele trabalha deu uma força, os amigos fizeram vaquinha no começo, pras fraldas e pro leite.

Perguntei se ele tinha certeza que as meninas eram dele, assim que as viu. Por pouco o homem não se esquece dos bons modos ao me responder “Claro que não!”. Seu rosto refletiu a ofensa que sentiu diante da minha pergunta. Foi então que eu de fato me dei conta da estreiteza do meu pensamento naquela hora. Que diferença fazia, afinal, se aquelas duas criaturinhas tinham ou não o mesmo DNA do moço? Porque ele podia não entender nada de biologia e genética, mas estava claro que sabia um bocado de moral e ética. E, então, mais falando pra si mesmo do que para mim, murmurou: “Como é que alguém é capaz de largar pra trás dois bebês? E se eu não tivesse de folga?”

Por fim, exibiu orgulhoso uma certidão de nascimento onde se lia o nome da mulher que as abandonara à própria sorte e que, segundo ele, tinha sido uma moça que ele saiu umas vezes, mas que sumiu sem deixar rastro.

E confessou que era essa sua única tristeza. Não queria que as meninas soubessem dessa história da rejeição, podiam ficar “traumadas”.

Contou o quanto tinha implorado para o moço do cartório colocar ao lado do nome da mulher “mãe falecida”.  Mas entendeu que sem um defunto de mãe para servir de testemunha no atestado de óbito, essa alteração documental ficava impossível.

O fato, é que tirando essa curiosa e inédita experiência, nunca conheci outro ser humano filho de pai solteiro. E mesmo estas meninas têm mãe; a referida moça apenas não as quis.

Até o Bin Laden teve mãe! E, pasmem, a suposta distinta senhora de 71 anos, décima esposa do pai do temido (e falecido) terrorista, veio a público esta semana e afirmou ao jornal “The Guardian” que seu filho era uma criança doce e amorosa.

Para ela, seu filho tornou-se outro homem por influência das más companhias. Jura que Bin Laden sofreu uma lavagem cerebral na Universidade e que foi vítima da manipulação dos jihadistas. Esta senhora não consegue associar a imagem de um monstro assassino às lembranças de um menino tímido e muito inteligente que a amava muito e a quem ela amava de volta.

O fato é que nossos olhos afetivos são dotados de muitos filtros de proteção. Não vemos o que nosso coração suplica para ignorar. Não ver, torna a dor mais suportável.

O que tem em comum o pai das gêmeas e a mãe de Osama Bin Laden? Nada. A não ser o fato de que amam “apesar de”. E amar de verdade talvez seja isso: aceitar e guardar dentro do peito esse outro ser, ainda que ninguém mais o queira, ou principalmente por isso.

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Imagem de capa- Ilustração do livro “Meu avó árabe”, de Maísa Zakzuk

Você é capaz de corrigir sem ofender e orientar sem humilhar? Mario Sergio Cortella

Você é capaz de corrigir sem ofender e orientar sem humilhar? Mario Sergio Cortella

Por Mario Sergio Cortella

O que é uma pessoa honrada? Aquela que, entre outras coisas, tem a percepção da piedade, aquilo que precisa ser resguardado na convivência. Uma pessoa autêntica tem a autenticidade grudada à piedade. Eu não posso, em nome da minha autenticidade, dizer tudo o que penso. Eu não posso, em nome da minha autenticidade, desqualificar apenas porque quero ser transparente. Ser autêntico não significa ser transparente de maneiro contínua.

Ser transparente para si mesmo? Sem dúvida, mas dizer tudo o que pensa numa convivência é ofensivo. O exemplo do menino de 5,6 anos de idade que traz o presente clássico do Dia dos Pais feito pelas próprias mãos. Chega da escola com aquelas coisas “horrorosas”, feitas com casca de ovo, palito de sorvete, que chegam a cheirar mal. “Pai, ta
bonito?” É óbvio que o pai dirá que está maravilhoso naquela circunstância. A ideia do elogio ou do não elogio tem de ser circunstancializada.

Uma pessoa autêntica não aquela que é o tempo todo transparente. Se ela não tiver percepção de circunstância, ela se torna inconveniente. “Mas é assim que eu penso”. O fato de pensar assim não exime a pessoa de ser moderada. Isso não a leva a perder a autenticidade, apenas a resguardar a expressão de modo como é. Porque, como eu sou com os outros, tenho de ser de fato o que sou, mas não posso desconsiderar que outros existem. É preciso cautela, em nome da autenticidade, para não ser ofensivo.

Nem descambar para o terreno da crueldade. Por exemplo, a criança chega com o presente e o pai diz: “Não está, não. Você devia ter feito uma coisa bonita”. Ora, na condição daquela criança, ela fez algo belíssimo. E é belo porque ela fez no melhor da sua condição.

Não é a mesma circunstância de um pai ou de uma mãe que percebem que a criança fez algo com desleixo. Nesse caso, não deve elogiar por elogiar, porque isso deseduca. Se um filho ou uma filha traz um desenho que pode ser precário, mas que, naquela circunstância, naquela idade, naquele modo, é o melhor que a criança poderia fazer, é preciso elogiar em alto estilo. É sinal de afeto imenso. Mas, se o desenho apresentado é resultado de um desleixo, não se deve elogiar. Eu posso dizer a clássica fase de que educa: “Você é capaz de fazer melhor do que isso que está me mostrando”. Isso é educação. O que é crueldade? Dizer: “Isso é péssimo”. Quem educa precisa corrigir sem ofender, orientar sem humilhar. Precisa conviver com essa virtude, que é a piedade.

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Trecho do Livro: Educação, Convivência e Ética: Audácia e Esperança -De Mário Sérgio Cortella. Páginas 67/69. Cortez Editora, São Paulo- SP.

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Você encontra mais informações sobre o autor em seu site oficial clicando aqui

4 ensinamentos do Tao para lidar com pessoas difíceis

4 ensinamentos do Tao para lidar com pessoas difíceis

De acordo com os princípios de Lao-Tse, nestes casos, é melhor manter a serenidade, esvaziada de emoções negativas e remover o poder de quem gosta de arrebatar a calma.

Se dermos uma olhada nas publicações mais recentes que falam sobre como melhorar nosso estilo de comunicação e como alcançar o sucesso no trabalho, há um tema recorrente: a necessidade de aprender a gerenciar pessoas difíceis. Agora, estamos cientes de que este rótulo dá nome a uma pequena caixa de desastre e que, portanto, é conveniente definir, em primeiro lugar, o que entendemos por personalidades difíceis.

Dentro do mundo dos negócios e do coaching, temos a prova de que, para sobreviver em nossos contextos sociais, devemos coexistir vigorosamente com perfis de personalidade muito específicos. Referimo-nos a pessoas passivo-agressivas e pessoas narcisistas. São presenças que pululam em quase todos os cenários, que fazem uso do abuso verbal, da manipulação e que, às vezes, sua mera presença já nos obscurece.

Nos últimos anos, muitas das publicações que visam nos ensinar como lidar com esse tipo de situação são nutridas pelos ensinamentos do Tao por várias razões. O primeiro pelo bom manejo das emoções, o segundo pelo manejo adequado dos estados com os quais podemos, em última análise, enfrentar o abuso de poder, estabelecer limites e melhorar nossos estilos de comunicação.

Não importa que os textos de Lao-Tse tenham tantos séculos. Este legado continua sendo muito útil.

1. Controle pessoas difíceis sem ter que lutar com elas

“Controlar o inimigo sem lutar com ele é a maior habilidade.”
-Gichin Funakoshi-

Dentro dos ensinamentos do Taoísmo é exaltado o símile de que viver é como fluir através de um rio. Deixar-nos guiar pelo seu canal sem resistência faz parte dessa harmonia que todos devemos desfrutar.

No entanto, conceitos como luta, confronto ou resistência são a antítese dessa ideia, desse conceito em que somos simplesmente encorajados a avançar com coragem e flexibilidade. Assim, quem escolher, por exemplo, fazer uso da discussão, da constante afronta com pessoas difíceis, só terá mais desânimo e tremenda frustração.

Optar por “não lutar” não significa ceder ou deixar-se sobrecarregar. Significa, acima de tudo, não dar poder àqueles que não o merecem, escolhendo a sabedoria sobre a violência e optando pela calma antes de abrir as comportas, bem abertas, para que a ansiedade nos inunde.

2. Esvazie sua taça de emoções negativas

“O vazio é o melhor ponto de partida … Então abandone todos os seus preconceitos e seja neutro. Você sabe por que esse copo é tão útil? Porque está vazio. ”
-Bruce Lee-

Pessoas difíceis muitas vezes estragam nosso dia com uma única palavra ou um comentário. Não importa quão irracional seja sua mensagem, a inadequação de suas ações nos afeta sim ou sim. Uma das dicas que transmite os ensinamentos do Tao é que quanto menos reativos somos, mais espaço teremos para fazer uso do julgamento.

Vamos, portanto, tentar controlar a angústia, as emoções negativas. Uma vez que a pessoa difícil tenha realizado sua manobra, contaremos até 10 e respiraremos profundamente. Ninguém tem o direito de estragar o nosso dia, por isso vamos nos esvaziar de raiva, despeito e mau humor, um por um …

A mente deve permanecer como uma sala clara, onde o vento contaminado entra através de um portal e desaparece no segundo através do outro.

3. Seja proativo, não reativo

Pessoas difíceis às vezes nos fazem vítimas de suas artes doentias. Pouco a pouco, acumulamos tanto ódio, desconforto e frustração que corremos o risco de reagir da pior maneira possível. Não é adequado. Mais cedo ou mais tarde, vamos nos arrepender dessa reação e, especialmente, não ter definido limites de antemão.

“Não seja escravo de nada nem de ninguém, alcance a verdadeira liberdade.”
-Certo do Jeet Kune Do-

O Tao recomenda que aprendamos a ser proativos. O que isso significa exatamente? Isso significa que devemos aprender a assumir o controle dos eventos, em vez de observar as coisas acontecerem.

Um conselho que Tao nos ensina é que toda vez que vemos uma pessoa difícil, tentemos nos colocar em seu lugar usando a seguinte frase: “não deve ser fácil”.

Essa frase pode nos ajudar a entender muitas coisas: “Não deve ser fácil para o meu colega de trabalho adoecer a todos, ter tão pouca paciência e tão pouco controle de suas emoções”. “Não deveria ser fácil para o meu irmão ficar sem trabalho, com uma dívida e também ter aquele caráter complicado”.

Compreender a perspectiva dos outros nos permitirá estar preparados para controlar melhor a situação. Isso fará com que, quando estivermos prontos para dar ajuda, isso seja mais oportuno do que quando fazemos uma crítica construtiva … isso é mais preciso e motivador.

4. A força do bambu

“Há momentos em que, quando tudo o mais falha, não há escolha senão ser contundente. Como o bambu que ganha força depois de ser dobrado “.
O Tao da Liderança

Às vezes acontece, nossas circunstâncias com pessoas difíceis atingem um limite e nós não somos apenas encurralados, mas nos sentimos inclinados, até mesmo completamente humilhados. Nesses momentos, o Tao nos recomenda visualizar um bambu.

Eles também se dobram, eles também recebem o impacto do vento forte que quer controlá-los e tê-los sob seu poder. No entanto, isso nunca acontece, porque o bambu obtém sua força de sua flexibilidade. O fato de que ele se inclina torna mais forte a reação.

Nós também podemos fazer isso. Quando sentimos que alcançamos o limite, é hora de subir com mais força para gerar uma mudança. Não usaremos violência, porque força não é violência, é capacidade de resposta, é saber nos posicionar com coragem diante daqueles que ousam nos tornar algo que não somos: pessoas fracas.

Para concluir, os ensinamentos do Tao contêm maravilhosas brasas de conhecimento que continuam a inflamar nossa capacidade de aprender, iluminando-nos com sua temperança para lidar com maior sabedoria com as complexidades do mundo de hoje.

Do site despiertacultura, via Pensar Contemporâneo

29 tatuagens incríveis para casais (e que não geram arrependimento se houver separação)

29 tatuagens incríveis para casais (e que não geram arrependimento se houver separação)

Escolher uma tatuagem é sempre uma grande responsabilidade. Sentimos medo de errar, de enjoar ou de qualquer outra coisa que faça com que nos arrependamos de marcar o corpo.

Quanto o assunto é casal existe mais um complicador que é o medo de fazer uma tatuagem, o relacionamento não dar certo, e depois a pele ficar marcada com algo que identifica a pessoa que não está mais conosco.

Pensando em tudo isso, fizemos uma seleção com 29 tatuagens que claramente dão vida e tem significado unidas, mas que, se usadas unilateralmente, continuam sendo lindas e nunca gerarão vergonha ou arrependimento.

Lembramos também que as imagens abaixo são fotografias de diversos profissionais e devem ser utilizadas para inspiração.

Nunca faça uma tatuagem sem ter boas indicações sobre a qualidade do trabalho e do controle de higiene do local. Se tem uma coisa em que o preço não deve ser o valor decisivo, é em uma tatuagem.

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Editorial CONTI outra.

A valiosa mensagem de uma parábola budista “O mundo não lutará contra você, se você não lutar contra o mundo.”

A valiosa mensagem de uma parábola budista “O mundo não lutará contra você, se você não lutar contra o mundo.”

Um discípulo e seu maestro caminhavam pelo bosque. O discípula estava perturbado por ter se dado de que sua mente vivia inquieta. Ficou preocupado se conseguiria alcança a iluminação.

No entanto, ele estava envergonhado de admitir isso. Então, fez uma pergunta ao seu professor.

“Qual o motivo da mente de apenas algumas pessoas estarem quietas e da maioria não conseguir uma mente tranquila? O que é preciso fazer para ter uma mente tranquila?”

O mestre olhou para o discípulo, sorriu e disse:

“Te contarei uma história. Um elefante estava parado, colhendo folhas de uma árvore. Uma pequena abelha voou e zumbiu perto de sua orelha. O elefante espantou a abelha para longe com as orelhas, mas a abelha voltou. O elefante voltou mais uma vez, movendo as orelhas.

A situação se repetiu várias vezes. Então o elefante bastante irritado com a abelha, perguntou. “Pra que você fica tão inquieta e faz tanto barulho, por que não pode me deixar quieto e deixa de me perseguir?

A abelha lhe respondeu.

“Sou muito sensível a alguns cheiros, movimentos repentinos e vibrações. Eu não posso fazer nada para evitar isso, pois isto indica um perigo de ataque para a nossa colmeia e estimulam nosso sistema defensivo.  Você é quem está me ameaçando, caso fique quieto, eu também ficarei.”

Nesta parábola, disse o Mestre, o elefante é nossa mente e a abelha nossos pensamentos. Em muitos casos, fazemos como o elefante. Temos atitudes que despertam a inquietude e nos tira do estado de tranquilidade.

Você tem um locus de controle interno ou externo?

Somos uma sociedade que olha constantemente para o exterior e pouco para o interior. Como resultado, é comum desenvolvermos o que chamamos em Psicologia de Locus de Controle Externo. 

Aqueles que possuem um Locus de controle externo atribuem tudo ao que está fora de si. A culpa pelos seus fracassos é sempre dos pais, do sistema, do Governo… São pessoas que vivem lutando contra uma fantasia de mundo e pensam algo como “O universo está conspirando contra mim.” Mas como essa batalha está perdida antes mesmo de começá-la, acabam experimentando um sensação de falta extrema de controle e que não poucas vezes termina em ansiedade e depressão. Com o tempo, estas pessoas se tornam reativas, como o elefante da história, marionetes das circunstâncias.

Obviamente, as circunstâncias desempenham um papel importante nas nossas vidas, não podemos ignorá-las, porém se conseguimos um locus interno de controle nos perguntaremos o que podemos fazer para que as coisas melhorem, ao invés de apenas nos queixarmos.

Não devemos lutar com as coisas que acontecem, entendendo a luta como negação dos fatos. Devemos praticar o foco no que podemos mudar, naquilo que podemos fazer. Por tanto, ter um locus de controle interno também significa assumir a responsabilidade pelos êxitos e também pelos nossos fracassos.  Ao invés de reclamarmos que a abelha está zumbindo ao nosso redor, devemos olhar o que está provocando esta situação e tentarmos convertê-la ao nosso favor.

 

Texto traduzido e adaptado de Rincon Psicologia

 

Quem te deixa com raiva, te controla!

Quem te deixa com raiva, te controla!

Existem situações que nos incomodam. Há momentos em que não podemos dominar o sentimento de raiva que cresce rapidamente dentro de nós. Há também pessoas que exercem o mesmo efeito. Pode ser extremamente perfeccionista, muito crítico ou pessoas que não se comprometem. De um jeito ou de outro, a verdade é que seus comportamentos e atitudes acabam afetando seu equilíbrio psicológico, desestabilizam você e geram raiva.

No entanto, na realidade essa pessoa não é culpada pela sua raiva. Você não ficou zangado por causa da culpa deles, você foi quem lhes deu permissão para fazê-lo, você permitiu que o comportamento deles tivesse uma ressonância dentro de você, permitiu que isso o desestabilizasse. Afinal, devemos lembrar que apenas o que realmente importa para nós pode nos ferir.

Portanto, toda vez que deixamos uma pessoa soltar nossa raiva, é como se disséssemos “o que você pensa de mim, é mais importante do que o que eu penso”. Desta forma, você desiste do controle e dá poder ao outro, perdendo a batalha antes de começar.

Suas emoções são apenas suas

Carl Rogers disse: “Reconhecer que ‘sou eu quem escolhe’ e que ‘sou eu quem determina o valor que uma experiência tem para mim’, enriquece, mas também assusta.” E quando nos zangamos, temos a tendência de apontar o dedo para os outros.

Colocar o foco fora de nós é mais fácil porque dessa forma nos livramos de qualquer responsabilidade e evitamos ter que trabalhar para controlar essa raiva. É mais fácil culpar alguém pela nossa raiva do que procurar causas dentro de nós. Afinal de contas, fomos ensinados a pensar que a raiva é uma resposta a certas condições ambientais.

No entanto, esta é apenas uma pequena parte da verdade. A verdade é que nossas emoções e sentimentos são de nossa responsabilidade, porque, embora não possamos escolher como sentir em certas circunstâncias, podemos escolher como reagir a isso, temos a capacidade de modular nossas reações e manter o controle.

Portanto, toda vez que deixamos alguém nos aborrecer, estamos desistindo do controle, estamos dando uma importância que provavelmente essa pessoa não tem e, acima de tudo, deixamos que nos tirem algo muito precioso: nossa estabilidade emocional.

Aceitar que as emoções são nossas e escolher como reagir pode ser assustador porque implica assumir uma enorme responsabilidade, mas, ao mesmo tempo, abre um mundo de novas possibilidades porque nos convida a nos conhecer melhor, a mergulhar dentro de nós para entender por que reagimos de uma certa maneira.

Como se manter calmo?

Se pensarmos sobre isso, reagir com raiva antes de alguém é como colocar nossa estabilidade emocional em suas mãos. No entanto, você confiaria seu equilíbrio psicológico a um estranho que, por acaso, é hostil? Do ponto de vista racional, a resposta é um retumbante “não”. No entanto, do ponto de vista emocional, é o que fazemos sempre que nos zangamos. Portanto, é importante aprender a permanecer calmo. Responder com tranquilidade empodera. E muito.

1. Descubra a origem da raiva. Normalmente, a pessoa à sua frente é apenas a chama que acendeu o pavio. Pode ser que você esteja realmente com raiva porque teve um dia ruim, porque algo não aconteceu como você esperava. De um jeito ou de outro, a causa da raiva está dentro de você, não faz sentido olhar para fora. Este pequeno exercício de visão permitirá que você mude o foco de fora para dentro, e essa simples mudança de perspectiva permitirá que você assuma o controle da situação.

2. Não tome isso pessoalmente. Na maioria das vezes ficamos com raiva porque assumimos o comportamento ou atitude da outra pessoa como um ataque pessoal. No entanto, quase nunca é o caso, é uma má interpretação. Basicamente, o que acontece é que o nosso ego, que muitas vezes é desproporcional, nos faz pensar que certas situações são um ataque pessoal, porque nos identificamos demais com a experiência. Portanto, é importante aprender a avaliar situações assumindo uma distância emocional, para que você possa desenvolver uma perspectiva mais objetiva e racional. O mundo não trama contra você, é apenas uma percepção distorcida de um ego enorme.

3. Mude o modo de pensar. Para manter a calma nas situações mais complicadas, você pode pensar que a raiva é uma espécie de presente. Se uma pessoa está tentando te incomodar , você pode aceitar, ou não. Se você aceitar esse “presente”, ficará zangado e a pessoa terá adquirido poder sobre você. Pelo contrário, se você não aceitar, se você não seguir o jogo com insultos e provocações, você não terá alternativa senão manter todos esses sentimentos tóxicos para si mesmo. Lembre-se de que há pessoas que percorrem o mundo como se fossem caminhões de lixo emocionais, mas está em suas mãos aceitar que descarregam essas sensações tóxicas ou pedem que as coloquem em outro lugar, longe de você.

Em qualquer caso, tenha sempre em mente uma frase de Aristóteles: “Qualquer um pode ficar com raiva, é muito simples. Mas ficar com raiva da pessoa certa, no grau exato, no momento certo, com o propósito certo e o caminho certo, isso certamente não é tão simples “.

Este texto é uma tradução adaptada de Rincon Psicologia

Imagem de capa: Jota Lao on Unsplash

Um professor deixa uma tarefa aos seus alunos e, em razão disso, se torna internacionalmente conhecido

Um professor deixa uma tarefa aos seus alunos e, em razão disso, se torna internacionalmente conhecido

Cesare Catà leciona numa cidade costeira da Itália. No verão passado, ele orientou os seus alunos a cumprirem 15 tarefas que valeriam 15 pontos. As tarefas ganharam grande repercussão nas redes sociais e o professor, além de ganhar o coração de seus alunos, conquistou-nos a todos. Todas as tarefas são simples, o que nos faz recordar que é na simplicidade que reside a maior sabedoria.

Foi a melhor tarefa de verão que eles poderiam ter realizado.

Segue a lista:

“1 – Passeie pela manhã ao longo da costa, em total solidão, olhe para o brilho do sol sobre a água e pense nas coisas que fazem você feliz.

2 – Procure usar palavras novas que aprendeu neste ano. Quando mais puder usá-las, mais interessante poderá pensar e, quanto mais pensamentos tiver, mais livre será.

3 – Leia! Tudo o que puder. Mas não por obrigação. Leia porque o verão inspira sonhos e aventuras e a leitura é como voar. Leia porque é a melhor forma que existe para se rebelar (me procure, se precisar de conselhos sobre o que exatamente ler).

4 – Evite tudo o que provoque negatividade e lhe gere uma sensação de vazio (tanto coisas, como situações e/ou pessoas). Busque inspiração e amigos que lhe enriqueçam e entendam e que gostem de você pelo que você é.

5 – Se sente tristeza e medo, não se preocupe, o verão, como qualquer outra coisa maravilhosa da vida, pode levar a alma a se confundir. Leve sempre com você um diário e descreva como se sente (no outono, se quiser, podemos lê-lo juntos).

6 – Dance e não pare. Em todas as partes, em qualquer lugar: numa pista de dança, em seu quarto sozinho. O verão é um baile e é um desperdício não participar dele.

7 – Ao menos um vez, veja o nascer do sol e desfrute. Permaneça em silêncio e respire profundamente. Feche os olhos e sinta gratidão.

8 – Pratique muito esporte.

9 – Se está com alguém que gosta, diga isso a ela ou a ele da maneira mais bela e convincente possível. Não tenha medo de ser mal interpretado. Se não acontecer nada, então não é seu destino, mas se vocês se entenderem então o verão lhe pertencerá e será uma época de ouro (Se falhar, retorne ao ponto 8).

10 – Leia as anotações de nossas aulas, compare tudo o que lemos com o que está acontecendo em sua vida.

11 – Seja tão feliz como a luz do sol, livre e indomável como o mar.

12 – Por favor, não utilize palavras inadequadas. Seja cortês e amável.

13 – Assista a bons filmes com um diálogo emocional profundo (se puder, em Inglês, já que ajuda a melhorar o idioma e a desenvolver a capacidade de sentir e sonhar). Imagine que o filme não termina para você, mesmo aparecendo os créditos no final, viva-o uma vez mais e o inclua em sua experiência deste verão.

14 – O verão é magia. A luz do sol brilhante das manhãs e as tardes cálidas do verão é um clima ideal para sonhar com o que pode e deve ser a vida. Faça tudo o que depende de você para nunca desistir do caminho até os seus sonhos.

15 – Seja bom.”

Texto original de Incrível.Club

Quanto mais você faz pelas pessoas, menos elas fazem por si mesmas

Quanto mais você faz pelas pessoas, menos elas fazem por si mesmas

Quanto mais você faz para os outros, mais feliz se sente (ou então acredita que é assim). Você oferece sua ajuda e, se puder aliviar algum tipo de sofrimento, é ainda melhor. No entanto, muitas vezes a sua vontade de facilitar as coisas para as outras pessoas acaba por não deixá-lo mais feliz. O resultado não é o esperado. Quanto mais você faz, mais se decepciona.

A vida não é fácil e a prova disso é composta por muitos momentos difíceis que temos que vivenciar. Eles nos fazem mais fortes e mais sábios, nos permitem amadurecer e nos conhecermos melhor. Se não tivéssemos a oportunidade de passar por momentos difíceis, nós nunca teríamos a chance de aprender e adquirir experiências. No entanto, isso é o que você quer fazer com aqueles que ama: sofrer por eles, tê-los sempre por perto. Se você pudesse viveria a vida deles, mas não pode.

Não fuja de si mesmo

Quanto mais você faz para os outros, mais se afasta de você mesmo. Eu não sei o motivo, mas certamente existe mais de um. Você não gostaria de enfrentar a si mesmo, então você foca a sua atenção nos outros. Talvez você mesmo esteja precisando de toda essa atenção, desse carinho e apoio que dá sem interesse para os outros.

Você já percebeu que está projetando uma necessidade sua? Mas, em vez atendê-la, você foge dela. Como você pode se ajudar se não conhece a si mesmo? Como se atreve a dar amor se não é capaz de amar a si mesmo? Para ser generoso com o outro, é preciso ser generoso primeiro com você mesmo. Você nunca pode oferecer aquilo que não cultiva; mesmo que acredite que pode.

Quando você acredita que é mais importante fazer pelos outros do que para si mesmo, é possível que não esteja consciente de que está cometendo vários erros. Estes não têm um impacto somente sobre você, mas também sobre os outros. Você não pode estabelecer relacionamentos saudáveis se dá tudo para o outro enquanto se esquece de você.

– Para apoiar os outros, você deve primeiro apoiar a si mesmo: você sempre apoia as pessoas que ama, as ajuda a se levantarem quando estão no fundo do poço, é a sua fonte de motivação quando todas as outras possibilidades já se esgotaram. Mas… como é que você não faz o mesmo por você? Porque isto o deixaria infeliz.

– Não crie dependências: você acredita que se os outros dependerem de você será mais feliz. Talvez seja você que precisa depender deles. Esta crença nunca poderá construir um relacionamento saudável. A dependência nos causa muito mais sofrimentos do que pensávamos.

– Você está em primeiro lugar, depois os outros: você não pode ajudar alguém se também tem problemas ou dificuldades para superar. Primeiro é você e, em seguida, os outros. Pense sempre nisso, porque é muito importante. Às vezes apoiamos os demais mesmo sem ter condições de agir dessa forma.

Todas as pessoas têm poder de escolha

Quanto mais você faz para os outros, mais você limita o seu poder de escolha. Então, de repente você percebe que eles já deixaram tudo nas suas mãos: param de lutar pelos seus sonhos, de querer estar bem. Esta responsabilidade agora recai sobre você. Lutar por você mesmo não é suficiente? Você está vivendo por dois, três ou mais pessoas.

Mesmo que o seu amigo esteja sofrendo, é ele quem deve escolher se quer continuar nessa situação complicada que está destruindo a sua vida ou não. Você só pode ouvi-lo, dar a sua opinião se for solicitada, e demonstrar que pode apoiá-lo caso necessite. Mas, escolher por ele? Dizer-lhe o que deve fazer? Sofrer por ele? Isso nunca.

As nossas decisões definem o rumo das nossas vidas. Não há nenhum destino predeterminado, construímos o nosso caminho com base nas nossas escolhas. Se alguém fizer isto por nós, este não será mais o nosso caminho. E, como nós somos tão humanos, acabaremos nos abandonando.

Por esta razão você não recebeu nada em troca de todas aquelas pessoas que você ajudou. Elas não agiram conforme o esperado, você esperava algum tipo de agradecimento. Você não percebeu que se envolveu em uma vida que não era sua. Ninguém vai lhe dar uma medalha por lutar as batalhas que não são suas.

Embora doa ver alguém sofrer, às vezes para essa pessoa é necessário que isto aconteça.

É mais fácil se “deixar levar”, permitir que outra pessoa escolha o nosso caminho. No entanto, esta atitude não traz nenhum benefício. Aprendemos com os erros, com as pessoas que nos ferem, com todos aqueles momentos que nos marcaram de alguma forma. Se não aprendermos a lidar com isso, como poderemos valorizar a confiança em um amigo? Como perceber que o caminho para o sucesso não é uma reta, mas é cheio de curvas e buracos?

Toda vez que você se sentir tentado a assumir o controle da vida de alguém, lembre-se de que se você agir dessa forma a pessoa deixará de lutar por si mesma, não precisará mais lidar com as situações difíceis, e não aprenderá com as situações que ocorrem na sua vida. Você deixará tudo mais fácil, no entanto, esta não é a realidade. Em vez de fazer um favor, estará empurrando a pessoa para um mundo de ficção.

Imagens: Imagens de Diaria Petrilli.

TEXTO ORIGINAL DE A MENTE É MARAVILHOSA

Cuidar dos filhos pode ser mais desgastante do que trabalhar fora, afirma estudo

Cuidar dos filhos pode ser mais desgastante do que trabalhar fora, afirma estudo

Manter a casa limpa e em ordem, preparar a comida (de preferência saudável), levar as crianças para a escola e certificar-se de que elas não percam as atividades extracurriculares, acompanhar o dever de casa, brincar com elas, fazer compras, levar ao pediatra, lavar a roupa suja…

A lista de tarefas diárias de muitas mães e pais pode ser muito longa e exaustiva. No entanto, a sociedade geralmente não reconhece esse grande esforço. Muitas pessoas, especialmente aquelas que não são pais, acham que é muito mais cansativo trabalhar fora do que ficar em casa cuidando dos filhos.

A situação piora quando parentes próximos não entendem porque o pai ou a mãe estão esgotados. Na verdade, não há nada mais desinteressante do que a pergunta: “Por que você está cansado? Você não trabalha, só fica em casa cuidando dos filhos”.

Pesquisadores da Universidade Católica de Lovaina entrevistaram quase 2.000 pais, principalmente mães, e concluíram que as tarefas domésticas e o cuidado com as crianças também podem se tornar extremamente cansativas, às vezes muito mais do que trabalhar fora.

Esses psicólogos descobriram que 13% das mães experimentaram um alto nível de exaustão, com um profundo sentimento de incapacidade de lidar com todas as tarefas diárias. Apesar de apenas 1 em 10 mães conseguir reconhecer que as tarefas domésticas e o cuidado de seus filhos comprometeram seriamente sua saúde física e emocional.

Síndrome de Burnout em mães e pais: como se manifesta?

Nos últimos anos, mais e mais psicólogos estão apontando que a síndrome de burnout não só ataca aqueles que realizam trabalhos estressantes e exigentes, mas também podem afetar os pais. A primeira referência à síndrome de burnout em mães data de 1989, nos Estados Unidos, onde esse fenômeno já era mais evidente.

A síndrome de burnout é uma resposta do organismo quando é submetido a estresse intenso por um determinado período de tempo. Ocorre quando exigimos demais e chegamos ao ponto em que nossos recursos psicológicos e físicos estão esgotados.

Os sintomas mais comuns da síndrome de burnout em mães e pais são:

– Cansaço crônico. A síndrome de burnout se manifesta por cansaço extremo. O pai ou mãe exausto sentirá que não tem força alguma a partir do momento em que sai da cama. Mesmo que ele durma, o sono não está reparando. A menor tarefa exige um esforço colossal e muitas vezes desenvolve uma sensação de apatia que o leva a viver em piloto automático.

Distância emocional. Pais e mães exaustos são muitas vezes emocionalmente desconectados da situação  gera estresse. É um mecanismo de defesa psicológica para se proteger devido à extrema fadiga  que sofrem. Esses pais limitam-se a prestar cuidados básicos aos filhos, preocupam-se em tomar banho, alimentá-los e levá-los à escola, mas não conseguem se envolver emocionalmente e responder com sensibilidade às necessidades emocionais de seus filhos.

– Irritabilidade. As mães exaustas geralmente reagem com irritabilidade, por isso é comum que as brigas entre casais sejam iniciadas por motivos irrelevantes ou que apliquem punições excessivas às crianças, pois há uma perda de perspectiva. O problema é que o autocontrole é uma capacidade que acaba se exaurindo, de modo que, em certo ponto, as coisas se revelam e o pai ou a mãe acham muito difícil controlar suas reações. As emoções estão em ponta de explodirem, por isso é comum que o choro apareça sem motivo aparente ou que a menor tarefa se torne uma fonte de estresse e preocupação.

Problemas de memória e concentração. Atenção e memória são as funções cognitivas mais afetadas na síndrome de burnout. A mente da mãe exausta simplesmente “desconecta”, quando chega ao ponto em que fica saturada demais. Como resultado, ele tem dificuldade em prestar atenção até nas tarefas mais cotidianas. Em alguns casos, ela pode sofrer de um “nevoeiro mental”, um estado extremamente frustrante em surge uma dificuldade para pensar com clareza. Obviamente, se a mãe exausta não for capaz de prestar atenção, começará a ter problemas de memória, que primeiro se manifestarão como pequenos esquecimentos, mas podem se agravar, como esquecer a consulta com o pediatra ou até mesmo pegar o filho na escola.

– Sensação de deficiência. Um dos sintomas mais terríveis da síndrome de burnout em mães e pais é a sensação de incapacidade que os agride. O esgotamento físico e emocional é tão extremo que os pais começam a pensar que não são capazes de cuidar adequadamente de seus filhos. São pais que duvidam de suas habilidades e aptidões como cuidadores, o que pode levar a um quadro depressivo.

As causas da fadiga parental

Os psicólogos colocaram em evidência a “educação positiva” que se tornou popular nas últimas décadas. De acordo com esse modelo, os pais devem ser calorosos, compreensivos e sensíveis, valorizando as crianças como pessoas independentes que têm seus próprios direitos.

O problema é que esse modelo não pode ser aplicado o tempo todo. Os pais são pessoas que têm seus dias ruins, frustrações, problemas e também perdem a paciência. A dificuldade em seguir o modelo de parentalidade positiva leva a um idealismo frustrado que faz com que se sintam mal, gerando a sensação de que não são capazes de criar adequadamente seus filhos.

Como lidar com a síndrome de burnout em mães e pais?

1. Não finja ser uma mãe ou pai perfeito

Exigir demais, fingir satisfazer todas as expectativas sociais sobre o que implica ser um “bom pai” ou uma “boa mãe” serve apenas para adicionar uma tensão excessiva à educação. Lembre-se de que seus filhos não precisam que você seja perfeito, eles só precisam que você esteja lá para apoiá-los. Não existe uma maneira correta de educar que garanta o sucesso das crianças, então a melhor coisa que você pode fazer é amá-las e aceitá-las.

2. Não queira que seu filho seja perfeito

As crianças precisam ser felizes, não ser as melhores. Se você reduzir suas expectativas em relação a seus filhos, você removerá um peso deles. Se você sempre tentar moldar seu filho, as batalhas serão constantes, o que aumentará seu desperdício emocional. Uma educação verdadeiramente positiva é aquela em que todos se sentem bem e desfrutam da companhia um do outro.

3. Concentre-se no lado positivo

Para evitar a síndrome de burnout, é essencial que você aprenda a se concentrar no lado positivo, nas coisas que faz bem, nas recompensas que seu relacionamento com seu filho lhe traz e nas conquistas que ambos alcançaram. Não se trata de cobrir o sol com a peneira ou desenvolver um otimismo tóxico, mas entender que um pensamento mais positivo o ajudará a se sentir melhor.

4. Passe tempo com você

Lembre-se de que, para cuidar daqueles que você ama, primeiro você deve cuidar de si mesmo. O tempo com você mesmo é essencial para recarregar as baterias. Não se sinta culpado se precisar se desconectar de vez em quando e se certifica de planejar sua agenda diária para ter um espaço para si mesmo. Aquele oxigênio psicológico irá protegê-lo da fadiga dos pais.

5. Enriqueça sua mochila de ferramentas psicológicas parentais

Existem pequenas ferramentas psicológicas que podem marcar um antes e um depois em sua vida diária como mãe ou pai. Por exemplo, praticar a meditação da atenção plena ou dominar as técnicas de relaxamento permitirá que você assuma o dia a dia com uma atitude mais relaxada. Também é conveniente que você aprenda a priorizar as tarefas de acordo com sua importância, para que elas não sobrecarreguem você demais. Suponha que há coisas que você não pode fazer. E nada há de mal nisso.

Imagem de capa: Shutterstock/file404

Texto original de Rincon Psicologia

As 8 qualidades de pessoas verdadeiramente educadas, de acordo com Anton Chekhov

As 8 qualidades de pessoas verdadeiramente educadas, de acordo com Anton Chekhov

Cultura é tudo que nos enriquece e cultiva, nos oferece ferramentas para entender melhor o mundo. Infelizmente, ainda existem muitas pessoas que acreditam que ser educado significa acumular conhecimento. Eles são os típicos “sabe-tudo” que zombam daqueles que não leram os grandes romancistas, não assistiram a tantos filmes ou assistiram a tantas peças de teatro como eles ou não puderam visitar tantos países.

Nestes casos, a cultura assume a forma de arrogância, desdém e, em um sentido geral, desprezo por todos aqueles que não estão no mesmo “nível”.

A visão de Anton Chekhov do que significa ser educado vai muito além de acumular conhecimento, é uma perspectiva profunda e enriquecedora que nos encoraja a refletir. O grande escritor russo distingue uma pessoa genuinamente culta, que adquiriu conhecimento, mas pensa que isso o coloca acima dos outros.

Quando ainda era muito jovem, Chekhov escreveu para seu irmão Nikolai quando este tinha 28 anos e começava a ganhar fama como pintor na capital russa. A carta, datada em Moscou em 1886, é na verdade uma série de dicas para um artista incipiente que reclamava que ninguém o entendia. Seu primeiro conselho é uma declaração de intenção: “As pessoas entendem você perfeitamente bem. Se você não se entende, não é culpa delas”, escreveu Chekhov com extrema lucidez. Mas sua carta continua, e cada frase é uma autêntica pérola de sabedoria.

Pessoas cultas e educadas devem, em minha opinião, satisfazer as seguintes condições:

1. Respeitam a personalidade humana e, pelo mesmo motivo, são sempre amáveis, gentis, educadas e dispostas a ceder ante os outros. Não fazem fila por um martelo ou uma peça perdida de borracha indiana. Se vivem com alguém a quem não consideram favorável e a deixam, não dizem “ninguém poderia viver contigo”. Perdoam o barulho e a carne seca e fria e as ocorrências e a presença de estranhos em seus lares.

2. Têm simpatia não só pelos mendigos e os gatos. Ficam também com o coração doído por aquilo que seus olhos não vêem. Levantam-se na noite para ajudar […], para pagar a universidade dos irmãos e comprar roupa para sua mãe.

3. Respeitam a propriedade de outros e, em conseqüência, honram todas as suas dívidas.

4. São sinceras e temem à mentira como o fogo. Não mentem inclusive em pequenas coisas. Uma mentira é o mesmo que insultar quem está escutando e colocar em uma perspectiva mais baixa quem está falando. Não aparentam: comportam-se na rua como em sua casa e não presumem ante seus conhecidos mais humildes. Não tagarelam e não obrigam a confidência impertinente dos outros. Por respeito aos ouvidos de outros, calam mais frequentemente do que falam.

5. Não se sentem menosprezados por despertar compaixão. Não desertam a pena dos demais para que ele gemam e façam algo (ou muito) por você. Não dizem “Sou um incompreendido” ou “Me tornei de segunda categoria” porque isso é perseguir um efeito barato, é vulgar, velhaco, falso…

6. Não têm vaidade supérflua. Não se preocupam com esses falsos diamantes conhecidos como celebridades, que apertam a mão de bêbados ou são reconhecidos nas tabernas. Se ganham alguns centavos, não se pavoneiam como se estes valessem centenas de reais e não alardeiam que podem entrar onde outros não são admitidos. […] Os verdadeiramente talentosos sempre se mantêm nas sombras entre a multidão, tão longe quanto seja possível do reconhecimento.

7. Se têm um talento, respeitam-no. Sacrificam o descanso, as mulheres, o vinho, a vaidade. Sentem-se orgulhosos de seu talento. Ademais, são exigentes.

8. Desenvolvem para si a intuição estética. Não podem ir dormir com a roupa do corpo, ver rachaduras das paredes cheias de insetos, respirar um ar ruim, caminhar no piso recém cuspido. Pretendem tanto quanto seja possível conter e enobrecer o instinto sexual. O que querem em uma mulher não é apenas uma colega de cama. Não pedem inteligência que se manifesta na mentira constante. Querem, especialmente se forem artistas, frescor, elegância, humanidade, capacidade de ser mãe. Não tomam vodka a qualquer hora do dia e noite, não cheiram os armários porque não são porcos e sabem que não o são. Bebem apenas quando estão livres, de vez em quando. Porque eles querem mens sana in corpore sano.

Existem muitos tipos de cultura. Ser culto não se limita a ler muitos livros e acumular conhecimento acadêmico sobre o mundo. Entender a cultura de uma perspectiva mais ampla nos tornará pessoas mais tolerantes e livres.

***

Via: Pensar Contemporâneo

Você consegue achar a figura repetida? Avalie sua agilidade.

Você consegue achar a figura repetida? Avalie sua agilidade.

Está provado que atividades e hobbies que desafiam o cérebro são capazes de aprimorar e preservar atividades cogniticas.

Essas atividades são uma verdadeira ginástica mental que trabalha atenção, memória e nos tornam mais ágeis.

Na imagem abaixo, você encontra uma infinidade de desenhos misturados. A nossa proposta é que você encontre o único objeto repetido no menor tempo possível.

Vamos lá? Boa sorte.

contioutra.com - Você consegue achar a figura repetida? Avalie sua agilidade.

Opa, que bacana que você conseguiu! Demorou ou foi rapidinho?

Para quem não entrou ou quer conferir sua resposta, continue descendo o cursor que daremos a resposta mais abaixo.

Resposta

Existem dois clipes

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Conheça a música que é comprovadamente capaz de relaxar qualquer pessoa

Conheça a música que é comprovadamente capaz de relaxar qualquer pessoa

Acompanhando as reações físicas de um grupo de estudo, neurocientistas da Mindlab International descobriram que a música extremamente relaxante chamada Weightless, da banda britânica Marconi Union.

Durante os experimento, os participantes foram conectados a sensores que mediam a atividade cerebral, frequência cardíaca, e pressão arterial. Deveriam, então, resolver um complexo quebra-cabeças capaz de causar estresse.

De acordo com David Lewis-Hodgso, líder do estudo, a música foi capaz de desencadear um estado de relaxamento maior do que qualquer outra música testada. Em números, a música conseguiu reduzir em até 65% a ansiedade dos voluntários.

Em entrevista ao Daily Mail, Lyz Cooper, fundadora da Academia Britânica de Terapia de Som, afirmou que a música tem um ritmo que começa com 60 batimentos por minuto e, gradualmente, chega a 50. “À medida que a pessoa escuta, os batimentos cardíacos se sintonizam”, afirmou.

A música “guia” os batimentos do coração, o que pode diminuir a frequência cardíaca e a pressão arterial. O que tem como consequência a diminuição do estresse.

Abaixo, ouça a canção:

Com informações de Pequenas Empresas, Grandes Negócios e Daily Mail

Cuidado, desapego fácil

Cuidado, desapego fácil

Desapego fácil quando a relação não é recíproca, quando os meus sentimentos não são respeitados, quando a minha liberdade não é reconhecida e quando a minha pessoa não é admirada. Em todos esses casos sim, desapego fácil. E não tem amor que me segure, pedido de desculpas que dê jeito ou qualquer outra coisa que você considere um bom motivo para tentar mais uma vez. Tudo tem um limite e com o meu coração não é diferente.

Em tempos de relacionamentos frágeis e substituíveis, valorizo as relações que somam e fazem um mínimo de esforço para compreender e participar da minha jornada. É uma troca, uma via de mão dupla. É saudável a relação que enxerga isso. Mas tem um preço, e atende pelo nome de maturidade. Porque chega uma fase da vida em que você, após muitos desencontros, aprende a importância de cultivar um equilíbrio emocional entre o que você espera e o que você merece de alguém. O amor, na sua forma mais clara e simples funciona assim, para que exista parceria é preciso ser parceria. Se a cumplicidade não for mútua, o amor desanda.

Então, se você me perguntar, é por essas e outras que desapego fácil hoje em dia. Não é nada contra o amor ou algo parecido. Eu apenas passei a tratar dos meus inteiros com mais seletividade. Não fecho portas, mas também não deixo quem não sabe o significado de lar entrar. É claro que nada disso evitam novas decepções e uns pequenos tropeços aqui e ali mas, no geral, resolve. Resolve porque o coração fica mais cascudo, além de tornar-se mais sincero e intenso no seu propósito de amar.

Eu acredito em anjos

Eu acredito em anjos

Eu acredito em anjos. Não me refiro àquelas imagens aladas tocando lira por entre nuvens de algodão, nem a personagens presentes em narrativas sagradas. Acredito em anjos na Terra, anjos encarnados e prontos a nos ajudar, sem ressalvas. São aquelas pessoas que ficam ao nosso lado e nos enxergam sempre, inclusive quando nos sentimos invisíveis.

Em nossa adolescência e em nossa juventude, geralmente possuímos um monte de amizades, que achamos serem para sempre, como se aqueles momentos durassem até nossa velhice. Mas não, a vida se encarrega de colocar cada pessoa em seus destinos, colhendo os frutos daquilo que plantaram, junto aos seus amores e dissabores. Com isso, a gente vai se afastando, aos poucos, outras vezes abruptamente, de quem queria por perto sempre.

Eu só fui perceber o valor da amizade verdadeira depois que amadureci, constituí família, quando se iniciam as perdas que toda jornada traz. Aprendi que amizade não quer dizer presença constante, mas sim estar pronto para vir até nós, nos momentos em que dói a nossa alma. Aprendi que, passe o tempo que for, algumas pessoas jamais saem de dentro de nós, mesmo que elas não se encontrem mais no plano terrestre.

E esses aprendizados me conscientizaram de que pessoas especiais são anjos. Aquela mão que se estende quando estamos no fundo do poço, aquelas palavras consoladoras de quem parece saber do que precisamos, aquele abraço que suaviza o nosso mundo todo, são verdadeiras bênçãos, porque partem de gente iluminada, sincera, gente que consegue entender o outro, que se coloca no lugar da gente. Anjos.

Eu acredito em anjos. Anjos humanos. Anjos na Terra. Anjos de carne, osso e um coração imenso. Eles aparecem quando menos esperamos, ajudando-nos a não perder a esperança no amanhã, a não desistir, porque sempre tem alguém que não desiste de nós. E, apesar de não terem asas, eles são capazes de nos dar as mãos e nos levar para bem longe dos terrenos escuros e densos em que às vezes nos perdemos. Eles voam com o coração e levam a gente junto. Gratidão.

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