Alunos premiados de escola pública do interior são barrados em Shopping “de elite” de SP. Diretora alega discriminação.

Alunos premiados de escola pública do interior são barrados em Shopping “de elite” de SP. Diretora alega discriminação.

Segundo matéria publicada em G1, em 20-03-2019, cerca de 120 alunos de escolas da zona rural de Guaratinguetá (SP) foram a shopping na zona norte de São Paulo para uma exposição infantil.

As crianças, com idades entre 6 e 10 anos, ganharam a viagem após uma premiação por mérito realizada nas escolas.

Segundo Jozeli Gonçalves, a diretora de uma das escolas, constou que o grupo já tinha os ingressos para a exposição às 14 horas, mas decidiram chegar duas horas mais cedo para incluir no passeio um almoço em uma rede de fast food. A diretora também relatou para o G1 que a comunidade e os pais das crianças se mobilizaram para custear a alimentação do grupo de alunos, assim como o dia em São Paulo. O deslocamento de ônibus para exposição foi custeado pela prefeitura. Já os ingressos haviam sido doados pela ONG Orientavida à administração e repassados às escolas.

Ainda de acordo com a diretora Jozeli, ao chegarem ao local, enquanto uma fila era organizada pelas educadoras na porta do shopping, uma mulher, que segundo a educadora era funcionária do shopping, abordou as professoras e informou que o local não poderia acomodar aquela quantidade de alunos e que o espaço ‘é de elite’.

“Nós fomos com crianças que nunca tinham ido a um shopping, que só viam fast food pela televisão. Era para ser um dia especial, mas esbarramos no preconceito. A funcionária pediu que fôssemos a uma lanchonete na esquina do shopping e ainda justificou que poderíamos ter problemas com a segurança do espaço porque o shopping era considerado de elite”, contou a diretora ao G1.

“Nós ficamos cerca de vinte minutos tentando mediar a situação até que acionamos a Secretaria de Educação do município, que articulou com a organizadora da exposição a liberação da nossa entrada. Nisso, parte dos alunos já tinha deixado o local para comer fora do shopping mesmo. Começamos a notar que os alunos maiores tinham percebido que estavam sendo barrados e não queríamos isso”, disse.

Para ela, o grupo foi discriminado social e racialmente, já que parcela das crianças são negras.

Após a negociação, o acesso foi liberado e parte dos alunos da excursão comeu no shopping. O restante do grupo só foi ao local mais tarde próximo ao horário da exposição.

“São alunos de comunidades carentes, da zona rural e com poucas oportunidades. Essa já é a realidade deles. O que sentimos ali é que essa segregação que eles já enfrentam foi repetida. Mas nós entramos e insistimos porque somos agentes transformadores e queríamos mostrar que eles têm espaço. Vê-los encantados até com a escada rolante não teve preço”, contou Jozeli para o G1.

O que os citados declararam

Em nota, a Secretaria de Educação de Guaratinguetá informou que “repudia racismo e qualquer forma de discriminação, e continua acompanhando e apoiando educadores e alunos nas providências que julgarem necessárias”.

O shopping JK Iguatemi informou que a exposição é organizada pela equipe da ONG Orientavida, cuja responsável foi acionada pelo estabelecimento para que reforce o treinamento com sua equipe de recepcionistas.

“O empreendimento reforça que não compactua com a atitude tomada pela colaboradora da mostra e ressalta que trabalha continuamente para que todos os clientes sempre se sintam acolhidos e bem-vindos”, diz trecho da nota do shopping.

A ONG Orientavida, responsável pela exposição, classificou o fato como isolado e pontual. Afirmou que tem recebido gratuitamente crianças de escolas públicas e comunidades carentes e esse foi o único incidente.

A ONG informou ainda que tomou as medidas necessárias para que o fato não se repita e que a funcionária foi desligada.

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Todas as informações são provenientes do G1, em matéria de Poliana Casemiro

Imagem de capa: Alunos da rede pública de escolas da zona rural de Guaratinguetá foram barrados em entrada de shopping — Foto: Arquivo Pessoal/Jozeli Gonçalves

Djamila Ribeiro, filósofa brasileira, será homenageada pelo Governo da França

Djamila Ribeiro, filósofa brasileira, será homenageada pelo Governo da França

O programa do governo francês Personalidade do Amanhã irá prestar uma homenagem à filósofa brasileira Djamila Ribeiro. Ela foi selecionada a partir da sua potência e projeção atual e como sua atividade tem o poder de impactar o futuro. Mestre em Filosofia Política pela Universidade Federal de São Paulo, Djamila é ativista, pesquisadora e escreve livros sobre feminismo negro.

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A pensadora ganhou destaque nacional através de suas manifestações nas redes sociais, com destaque na luta contra o racismo. Ela possui dois livros com bom número de vendas. O “O que é lugar de fala?” e “Quem tem medo do feminismo Negro?” bateu recorde de vendas nas grandes feiras do país.

Djamila passará dez dias em um encontros oficiais pela França, como a visita aos órgãos oficiais franceses, ao parlamento europeu, agenda com o presidente Emmanuel Macron, bem como outros eventos com ativistas locais.

Nas redes sociais, a filósofa contou sobre a viagem: “penso ser uma oportunidade interessante para trocas, provocações e reflexões”.

Via Psicologias do Brasil

Uma cidade inteira comemorou a festa de 15 de uma menina com Síndrome de Down

Uma cidade inteira comemorou a festa de 15 de uma menina com Síndrome de Down

Milagros Oliveto, uma jovem com síndrome de Down que mora em San Pedro, Buenos Aires, sempre sonhou em fazer uma caravana por toda a cidade para que seus vizinhos a cumprimentassem pelo seu aniversário de 15 anos. Juntamente com sua irmã, Gabriela, dias antes da grande festa, convidaram toda a comunidade através de um vídeo, para que fizessem parte da caravana que deixaria o bairro Mitre e atravessaria a Rota 1001.

E o seu pedido foi muito bem sucedido. As calçadas estavam cheias de gente cumprimentando a menina e acompanhando-a a pé e em seus carros. “Mili é um ser de luz que só dá amor, ela me ensinou a viver”, disse Beatriz Oliveto, sua mãe, muito animada com uma emissora de rádio local.

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O jovem adolescente usava um lindo vestido branco e rosa, com uma coroa, e andava pelas ruas em um carro sem teto. Nas fotos divulgadas pelo Facebook, foi possível ver como os vizinhos vieram cumprimentá-la com entusiasmo e Mili não conseguiu esconder sua felicidade.

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“Obrigado família, amigos, conhecidos e pessoas de San Pedro, obrigado pelas mensagens aos detalhes, do imenso amor, de cada abraço (…) eu escreveria tudo que sinto, mas você que nos acompanhou com certeza viu em nossos rostos e olhinhos a felicidade que sentimos. Obrigado obrigado graciassssss San Pedro e arredores (havia pessoas de fora também) “, escreveu Beatriz em sua conta no Facebook, que descreveu a noite como a de seus sonhos.

TEXTO TRADUZIDO E ADAPTADO DE CLARÍN

Via Psicologias do Brasil

Vitimismo crônico: pessoas que trabalham em “modo queixa”

Vitimismo crônico: pessoas que trabalham em “modo queixa”

Todos nós, em algum momento ou outro, assumimos o papel de vítimas.

No entanto, assim como existem pessoas que se sentem culpadas por tudo, existem pessoas que se tornam vítimas permanentes, sofrem o que pode ser considerado uma “vitimização crônica”. Essas pessoas se disfarçam de falsas vítimas, consciente ou inconscientemente, para simular agressões inexistentes e, incidentalmente, culpar os outros, libertando-se de toda responsabilidade.

Na realidade, a vitimização crônica não é uma patologia, mas pode levar a um distúrbio paranóico, quando a pessoa insiste em culpar os outros pelos males que sofre. Além disso, esse modo de enfrentar o mundo, por si só, leva a uma visão pessimista da realidade, que produz desconforto, tanto na pessoa que reclama quanto na pessoa que recebe a culpa.

Em muitos casos, a pessoa que abraça a vitimização crônica acaba alimentando sentimentos muito negativos, como ressentimento e raiva, que levam à vitimização agressiva. É o caso típico daqueles que não apenas se queixam, mas atacam e acusam os outros, mostrando intolerância e continuamente violando os direitos das pessoas.

Raio-X de uma vítima crônica

– Deformar a realidade. Esses tipos de pessoas acreditam firmemente que a culpa do que acontece com eles é dos outros, nunca é deles. Na verdade, o problema é que eles têm uma visão distorcida da realidade, têm um locus de controle externo, e acredita que ambos os aspectos positivos e negativos que ocorrem em sua vida não depende diretamente de sua própria vontade, mas de circunstâncias externas. Além disso, eles exageram os aspectos negativos, o desenvolvimento de um pessimismo exacerbado que os levaram a se concentrar apenas nas coisas negativas que acontecem, ignorando o positivo.

– Encontram consolo no lamento. Essas pessoas acreditam que são vítimas dos outros e das circunstâncias, por isso não se sentem culpadas ou responsáveis ​​por nada que aconteça a elas. Como resultado, tudo o que resta é arrependimento. De fato, eles frequentemente sentem prazer em reclamar porque assim assumem melhor seu papel de “pobres vítimas” e conseguem atrair a atenção dos outros. Essas pessoas não pedem ajuda para resolver seus problemas, apenas lamentam seus infortúnios na busca desenfreada de compaixão e protagonismo.

– Procuram culpados continuamente. Pessoas que assumem o papel de vítimas eternas, desenvolvem uma atitude desconfiada, muitas vezes acreditam que os outros sempre agem de má fé. Por essa razão, geralmente têm um desejo quase mórbido de descobrir queixas mesquinhas, sentir-se discriminados ou maltratados, apenas para reafirmar seu papel como vítimas. Assim, acabam desenvolvendo uma hipersensibilidade e tornam-se especialistas em formar uma tempestade em um copo de água.

– São incapazes de fazer uma autocrítica sincera. Essas pessoas estão convencidas de que não são culpadas por nada, então não há nada para criticar em seus comportamentos. Como a responsabilidade pertence a outros, não aceitam críticas construtivas e, muito menos, realizam um exame minucioso de consciência que os leva a mudar de atitude. Para essas pessoas, os erros e defeitos dos outros são intoleráveis, enquanto os deles são uma simples sutileza.

Quais são suas estratégias?

Para uma pessoa assumir o papel de vítima, deve haver um culpado. Portanto, você deve desenvolver uma série de estratégias que permitam que a outra pessoa assuma a culpa no assunto. Se não tivermos conhecimento dessas estratégias, provavelmente entraremos em suas redes e estaremos dispostos a levar toda a culpa nas nossas costas.

1. Retórica vitimista.

 

Basicamente, a retórica dessa pessoa visa desqualificar os argumentos de seu adversário. No entanto, na realidade, ele não refuta suas afirmações com outros argumentos que são mais válidos, mas, ao contrário, ele cuida da suposição da outra pessoa, sem perceber, o papel de atacante. Como acontece? Ela assume o papel de vítima na discussão, de modo que a outra pessoa seja como alguém autoritário, sem empatia ou mesmo agressiva. É o que se conhece no campo da argumentação como “retórica centrista”, já que a pessoa é responsável por mostrar seu adversário como um extremista, em vez de se preocupar em refutar suas afirmações. Desta forma, qualquer argumento que seu adversário exerça será apenas uma demonstração de sua má fé.

Por exemplo, se uma pessoa se atreve a contrastar uma declaração com irrefutáveis ​​ou estatísticas do fato de fontes confiáveis, a vítima não vai responder-lhe com fatos, mas dizer algo como: “Você está sempre me atacando, agora você diz que eu estou mentindo” ou “Você está tentando impor seu ponto de vista, por favor, peça desculpas.”

2. Recuo de vítima.

Em alguns casos, o discurso da vítima visa evitar a responsabilidade e evitar pedir desculpas ou reconhecer seu erro. Portanto, ele tentará escapar da situação. Para conseguir isso, sua estratégia consiste em desacreditar o argumento do vencedor, mas sem explicitar que ele estava errado. Como acontece? Mais uma vez, assume o papel de vítima, joga com os dados ao seu bel prazer e os manipula a sua conveniência com o objetivo de semear confusão. Basicamente, essa pessoa irá projetar seus erros no outro.

Por exemplo, se uma pessoa responder com um fato comprovado, o que nega sua declaração anterior, a vítima não reconhecerá seu erro. Em qualquer caso, tentará fazer um retiro digno e dirá algo como: “Esse fato não nega o que eu disse. Por favor, não vamos criar mais confusão, é claro que é inútil discutir com você porque você não quer ouvir a razão”, quando na realidade quem cria confusão é o próprio.

3. Manipulação emocional

A manipulação emocional é uma das estratégias preferidas das vítimas crônicas. Quando essa pessoa conhece bem seu interlocutor, não hesitará em recorrer à chantagem emocional para colocar o conselho a seu favor e adotar o papel de vítima. De fato, essas pessoas são muito habilidosas em reconhecer emoções, então elas usam qualquer lampejo de dúvida ou culpa a seu favor. Como isso acontece? Eles descobrem o ponto fraco do adversário e exploram a empatia que podem sentir.

Desta forma, eles acabam envolvendo-o em sua teia de aranha, de modo que essa pessoa assuma toda a responsabilidade e o papel de carrasco, enquanto eles permanecem confortáveis ​​em seu papel como vítimas e podem continuar a lamentar.

Por exemplo, uma mãe que não quer reconhecer seus erros pode colocar a culpa na criança dizendo coisas como: “Com tudo que fiz por você, e é assim que você me paga”. No entanto, esse tipo de manipulação também é muito comum nas relações entre parceiros, entre amigos e até mesmo no ambiente de trabalho.

Como enfrentar esse tipo de gente?

O primeiro passo é perceber se estamos diante de uma pessoa que assume o papel de vítima. Então, é sobre resistir ao ataque e não nos deixar enredar em seu jogo. O mais sensato é dizer que não temos tempo para ouvir suas lamentações, que se você quiser ajuda ou uma solução, teremos o prazer de ajudá-lo, mas não estaremos dispostos a perder tempo e energia ouvindo continuamente suas queixas.

Lembre-se que o mais importante é que essas pessoas não estraguem o seu dia baixando sua dose de negatividade e, acima de tudo, não o façam se sentir culpado. Não se esqueça de que só pode machucá-lo emocionalmente, aquele a quem você lhe dá poder suficiente.

Texto traduzido e adaptado de Rincon Psicología. Via Psicologias do Brasil.

8 fatos sobre a guerra na Síria

8 fatos sobre a guerra na Síria

Na semana em que a guerra na Síria completa oito anos desde o seu estopim, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) reuniu oito fatos sobre o conflito que mostram os desafios vividos pela população do país.

1. Mais da metade da população síria foi forçada a deixar suas casas

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Moradores deslocados internamente pela violência e destruição começam a voltar para o que restou de suas casas, em Alepo. Foto: ACNUR/Hameed Marouf

A crise na Síria continua a ser a maior crise de deslocamento do mundo. Existem mais de 5,6 milhões de refugiados sírios registrados em outros países e mais de 6 milhões de pessoas vivem como deslocadas internas — elas tiveram que abandonar seus lares, mas permaneceram dentro do território sírio.

Os números significam que mais da metade da população síria foi forçada a fugir da violência. Os sírios já representam um terço da população total de refugiados no mundo.

2. Os países vizinhos acolhem a maioria dos refugiados sírios

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O ACNUR e seus parceiros estão oferecendo às crianças deslocadas em Alreyadah, Tishreen e Alepo atividades recreativas, apoio psicossocial e atenção primária de saúde, além de sessões de conscientização para as famílias e outras atividades de proteção. Foto: ACNUR/Bassam Diab

A maioria dos mais de 5,6 milhões de refugiados sírios está em apenas cinco países vizinhos: Líbano, Jordânia, Turquia, Iraque e Egito. A Turquia abriga atualmente mais de 3 milhões de sírios. No Líbano, estima-se que uma em cada quatro pessoas é um refugiado sírio.

3. A maioria dos refugiados sírios vive na extrema pobreza

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Os sírios internamente deslocados em Tal Refaat, Alepo, coletam suprimentos de ajuda das equipes do ACNUR que trabalham com parceiros locais na região. Foto: ACNUR/Antwan Chnkdji

Nove em dez refugiados sírios vivem em comunidades de acolhimento em zonas rurais e urbanas de países vizinhos. Na Jordânia, 80% dos refugiados sírios que moram fora dos campos estão vivendo abaixo da linha de pobreza. No Líbano, cerca de 60% das famílias de refugiados sírios vivem em situação de pobreza extrema, com menos de 2,87 dólares por pessoa por dia.

4. Mulheres e crianças são os mais vulneráveis

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Mãe de cinco crianças, a síria Ronia Metwali vive com seus filhos numa casa no campo de refugiados de Domiz, no norte do Iraque. Foto: ACNUR/Andrew McConnell

Estima-se que 70% das pessoas em situação de vulnerabilidade na região sejam mulheres ou crianças. Cerca de 1 milhão de bebês refugiados sírios nasceram em países vizinhos.

5. As crianças sírias estão ficando para trás nos estudos

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Uma escola na cidade de Al-Khafseh, na Síria, foi parcialmente afetada pelo conflito. Foto: ACNUR/Bassam Diab

Dentro da Síria, uma em cada quatro escolas foi danificada, destruída ou usada como abrigo. Menos da metade das crianças em idade correspondente ao Ensino Fundamental I estão matriculadas na escola. São 700 mil meninos e meninas sem estudar na região.

6. A Guerra da Síria já dura mais que a Segunda Guerra Mundial

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Boushra é uma menina de 12 anos que, como muitas crianças da Síria, teve de abandonar a escola. Foto: ACNUR/Antwan Chokdi

Conforme o conflito continua, também continua a luta das famílias deslocadas dentro da Síria e além de suas fronteiras. No mundo, a Síria gera mais refugiados do que qualquer outro país. Apesar das dimensões do conflito, ele corre o risco de se tornar mais uma emergência esquecida.

7. Contra todas as probabilidades, os sírios estão sobrevivendo

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Tuqah, Khadijah e Mariam olham pela janela para a sua casa parcialmente destruída em Homs, na Síria. Foto: ACNUR/Vivian Toumeh

Em todo o mundo, as famílias sírias continuam a demonstrar coragem e resiliência, fazendo sacrifícios para colocar as necessidades de seus filhos em primeiro lugar, transformando seus abrigos temporários em casas, mostrando seu espírito empreendedor e seu profundo desejo de reconstruir suas vidas com esperança e dignidade.

8. Os sírios querem voltar para casa

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Refugiados sírios em assentamento informal no Líbano. Foto: ACNUR/I. Prickett

Em pesquisas de intenção de retorno realizadas em 2018, 76% dos refugiados sírios afirmaram que esperam voltar para a Síria um dia.

Você pode contribuir com o trabalho do ACNUR na Síria e na região fazendo uma doação. Saiba como clicando aqui.

Via nacoesunidas.org

Jovem tetraplégico tratado com células estaminais recupera movimentos na parte superior do corpo

Jovem tetraplégico tratado com células estaminais recupera movimentos na parte superior do corpo

Infelizmente, muitos são os casos de acidentes que deixam marcas para o resto da nossa vida, como o caso de um jovem chamado Kristopher Boesen que viu a sua vida a mudar drasticamente ao ter ficado tetraplégico após sofrer um acidente de viação no qual o seu carro se despistou e embateu contra uma árvore e um poste de luz.

Sem conseguir mexer o seu corpo do pescoço para baixo, os médicos alertaram a família que ele poderia mesmo nunca recuperar os movimentos.

Felizmente, a medicina têm avançado a passos largos, e por isso foi proposto a Kristopher um tratamento experimental que usa células estaminais para a reparação do tecido nervoso danificado.

Apesar deste novo tratamento não garantir que o jovem recuperasse a sua mobilidade, Kristopher decidiu correr o risco – e ainda bem!

Assim sendo, Dr. Liu, o médico responsável pelo tratamento, injetou 10 milhões de células AST-OPC1 diretamente na medula espinhal cervical de Kris. Segundo este, as células em questão são retiradas de óvulos doados que são posteriormente fertizados em laboratório.

“Normalmente, os pacientes com lesão da medula espinhal passam por uma cirurgia que estabiliza a coluna, mas faz muito pouco para restaurar a função motora ou sensorial. Com este estudo, estamos a testar o procedimento que pode melhorar a função neurológica, o que poderia significar a diferença entre estar permanentemente paralisado e poder usar os braços e as mãos. Restaurar esse nível de função pode melhorar significativamente o dia a dia de pacientes com lesões graves na coluna vertebral.”, disse Dr. Liu.

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Em apenas três semanas, Kristopher melhorou significativamente, sendo que em apenas dois meses este já começou a ser capaz de atender o telefone, escrever o seu nome e operar uma cadeira de rodas.

Com este tratamento inovador, Kris recuperou dois níveis de cordas espinais, o que fez uma enorme diferença nas suas habilidades de movimento.

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“Tudo o que eu queria desde o começo era uma chance de lutar … Mas se há uma oportunidade para eu andar de novo, então sim! Eu quero fazer o possível para fazer isso”, contou Kris.

Apesar dos médicos não garantirem que a situação de Kristopher possa alterar muito mais, estes estão determinados em continuar este tratamento experimental de forma a tentar melhorar os seus resultados e quem sabe até recuperar completamente os seus movimentos, acabando totalmente com a paralisia.

Fonte: theheartysoul, via Sábias Palavras

13 filmes para quem não engole o racismo

13 filmes para quem não engole o racismo

“Quando crescer, todos os dias você verá brancos ludibriando negros, mas deixe-me dizer uma coisa, e nunca se esqueça disso: sempre que um branco trata um negro desta forma, não importa quem seja ele, o seu grau de riqueza ou a linhagem de sua família, esse homem branco é lixo.”- Citação do filme “o Sol é para Todos”

Uma lista para pessoas lúcidas e esclarecidas. Uma lista que nos faz crescer.

Josie Conti

1-  Bem-vindo a Marly-Gomont (Bienvenue à Marly-Gomon)

1975. Seyolo Zantoko (Marc Zinga) é um médico que acabou de se formar em Kinshasa, capital do seu país natal, o Congo. De lá, ele decide partir para uma pequena aldeia francesa, um vilarejo que lhe deu uma imperdível oportunidade de trabalho. Com a sua família ao seu lado, Zantoko embarca na maior jornada de sua vida, onde precisará vencer o preconceito e as barreiras culturais para vencer.

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2-  Viver sem endereço ( Shelter)

Dois moradores de rua, Tahir (Anthony Mackie) e Hannah (Jennifer Connelly) de Nova York vivem rodeados por desespero, perigos e incertezas. Eles acabam se conhecendo e se apaixonando. Tahir e Hannah encontram consolo e força e, aos poucos,  contam um ao outro como foram parar nesta situação de dificuldade, e percebem que juntos podem tentar construir uma vida melhor.

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3- O mordomo da Casa Branca ( The Butler)

1926, Macon, Estados Unidos. O jovem Eugene Allen vê seu pai ser morto sem piedade por Thomas Westfall (Alex Pettyfer), após estuprar a mãe do garoto. Percebendo o desespero do jovem e a gravidade do ato do filho, Annabeth Westfall (Vanessa Redgrave) decide transformá-lo em um criado de casa, ensinando-lhe boas maneiras e como servir os convidados.  Eugene (Forest Whitaker) cresce e passa a trabalhar em um hotel ao deixar a fazenda onde cresceu. Sua vida dá uma grande guinada quando tem a oportunidade de trabalhar na Casa Branca, servindo o presidente do país, políticos e convidados que vão ao local. Entretanto, as exigências do trabalho causam problemas com Gloria (Oprah Winfrey), a esposa de Eugene, e também com seu filho Louis (David Oyelowo), que não aceita a passividade do pai diante dos maus tratos recebidos pelos negros nos Estados Unidos.

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4- Raça (Race)

Cinebiografia de Jesse Owens (Stephan James), atleta negro americano que ganhou quatro medalhas de ouro nas Olimpíadas de Berlim, em 1936, superando corredores arianos em pleno regime nazista de Adolf Hitler.

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5- 12 anos de escravidão  (12 Years a Slave)

1841. Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor) é um escravo liberto, que vive em paz ao lado da esposa e filhos. Um dia, após aceitar um trabalho que o leva a outra cidade, ele é sequestrado e acorrentado. Vendido como se fosse um escravo, Solomon precisa superar humilhações físicas e emocionais para sobreviver. Ao longo de doze anos ele passa por dois senhores, Ford (Benedict Cumberbatch) e Edwin Epps (Michael Fassbender), que, cada um à sua maneira, exploram seus serviços.

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6- Histórias Cruzadas (The Help)

Jackson, pequena cidade no estado do Mississipi, anos 60. Skeeter (Emma Stone) é uma garota da sociedade que retorna determinada a se tornar escritora. Ela começa a entrevistar as mulheres negras da cidade, que deixaram suas vidas para trabalhar na criação dos filhos da elite branca, da qual a própria Skeeter faz parte. Aibileen Clark (Viola Davis), a emprega da melhor amiga de Skeeter, é a primeira a conceder uma entrevista, o que desagrada a sociedade como um todo. Apesar das críticas, Skeeter e Aibileen continuam trabalhando juntas e, aos poucos, conseguem novas adesões.

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7- O Sol é para Todos (To Kill a Mockingbird)

Jean Louise Finch (Mary Badham) recorda que em 1932, quando tinha seis anos, Macomb, no Alabama, já era um lugarejo velho. Nesta época Tom Robinson (Brock Peters), um jovem negro, foi acusado de estuprar Mayella Violet Ewell (Collin Wilcox Paxton), uma jovem branca. Seu pai, Atticus Finch (Gregory Peck), um advogado extremamente íntegro, concordou em defendê-lo e, apesar de boa parte da cidade ser contra sua posição, ele decidiu ir adiante e fazer de tudo para absolver o réu

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8- Tempo de Matar (A Time To Kill)

Em Canton, no Mississipi, dois brancos espancam e estupram uma menina negra de dez anos. Eles são presos, mas quando estão sendo levados ao tribunal para terem o valor da sua fiança decretada o pai da garota (Samuel L. Jackson) decide fazer justiça com as próprias mãos e mata os dois na frente de diversas testemunhas, além de acidentalmente ferir seriamente um policial. Ele é preso rapidamente, mas a cidade se torna um barril de pólvora e, além do mais, a defesa tem de se defrontar com um juiz que não permite que no julgamento se mencione a razão que fez o pai cometer o duplo homicídio, pois o julgamento é de assassinato e não de abuso.

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9- Selma- uma luta pela igualdade (Selma)

Cinebiografia do pastor protestante e ativista social Martin Luther King, Jr (David Oyelowo), que acompanha as históricas marchas realizadas por ele e manifestantes pacifistas em 1965, entre a cidade de Selma, no interior do Alabama, até a capital do estado, Montgomery, em busca de direitos eleitorais iguais para a comunidade afro-americana.

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10- Cidade de Deus

Buscapé (Alexandre Rodrigues) é um jovem pobre, negro e muito sensível, que cresce em um universo de muita violência. Buscapé vive na Cidade de Deus, favela carioca conhecida por ser um dos locais mais violentos da cidade. Amedrontado com a possibilidade de se tornar um bandido, Buscapé acaba sendo salvo de seu destino por causa de seu talento como fotógrafo, o qual permite que siga carreira na profissão. É através de seu olhar atrás da câmera que Buscapé analisa o dia-a-dia da favela onde vive, onde a violência aparenta ser infinita.

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11- Cidade de Deus 10 anos depois

Como o próprio título já diz, resgata os dez anos passados desde o lançamento de Cidade de Deus (2002), longa de Fernando Meirelles e Kátia Lund que recebeu quatro indicações ao Oscar. Procura mostrar as transformações vividas pelos atores do longa na última década. Deram entrevistas atores como Seu Jorge, Alice Braga, Leandro Firmino da Hora, Darlan Cunha, Roberta Rodrigues, dentre outros.

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12- Mandela- o caminho para liberdade (Mandela: Long Walk to Freedom)

nspirado na autobiografia de Nelson Mandela, lançada em 1994, o filme retrata todo o percurso traçado pelo líder sul-africano a partir de seu próprio ponto de vista, desde a sua infância, vivendo em uma pequena aldeia rural, até a eleição democrática ao cargo de Presidente da República da África do Sul. Em uma luta constante pelo fim do apartheid no país, Mandela (Idris Elba) chegou a passar 27 anos em cárcere pelo que acreditava.

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 Green Book: O Guia

Green Book é um filme de comédia dramática estadunidense acerca de uma turnê na região de Deep South, nos Estados Unidos, feita pelo pianista de jazz clássico Don Shirley (Mahershala Ali) e Tony Vallelonga (Viggo Mortensen), um segurança ítalo-americano que trabalhou para Shirley como motorista e segurança. Dirigido por Peter Farrelly, o roteiro foi escrito por Farrelly, Brian Hayes Currie e Nick Vallelonga, baseado nas entrevistas de seu pai e de Shirley, além das cartas que foram enviadas à sua mãe.[4] O título do filme foi influenciado pelo livro The Negro Motorist Green Book, informalmente chamado de Green Book, que se tratava de um guia turístico para viajantes afro-americanos, escrito por Victor Hugo Green para ajudá-los a encontrar dormitórios e restaurantes favoráveis.

Nota da página: após a publicação dessa matéria eu já ouvi ( e compreendi) algumas críticas sobre o filme no que se refere a posição, mais uma vez, de que existiria um “heroi branco” no filme e isso desabonaria o filme na lista. Assim, o filme também teria conteúdo racista. Eu, particulamente, acho que existem cenas muito ricas que ainda fazem valer, e muito, o tempo investido para ver o longa. Como sempre deve ser, sugiro que tenhamos uma leitura crítica da obra e de seus pontos fortes e fracos!

13- What Happened, Miss Simone?

A vida da cantora, pianista e ativista Nina Simone (1933-2003). Usando gravações inéditas, imagens raras, diários, cartas e entrevistas com pessoas próximas a ela, o documentário faz um retrato de uma das artistas mais incompreendidas de todos os tempos.

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Green Book teve estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Toronto, em setembro de 2018, onde foi galardoado com o People’s Choice Award, que premia os filmes mais populares entre os festivais. Em 16 de novembro de 2018, foi lançado teatralmente nos Estados Unidos por intermédio da Universal Pictures. O filme recebeu aclamação generalizada, cujas avaliações reconheceram prosseguidamente as atuações de Mahershala Ali e Viggo Mortensen. Além disso, foi escolhido pelo National Board of Review como o Melhor Filme de 2018, e entrou para um dos Melhores Dez Filmes selecionados pelo American Film Institute. Recebeu, ainda, indicações para o Prémios Globo de Ouro de 2019 nas categorias de Melhor Filme de Comédia ou Musical, Melhor Ator em Filme de Comédia ou Musical(Mortensen), Melhor Ator Coadjuvante (Ali), Melhor Direção e Melhor Roteiro.

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Seleção: Josie Conti. Imagens divulgação. Com sinopses de Adoro Cinema e Wikipedia

 

Jung e a Astrologia

Jung e a Astrologia

Muitos se perguntam qual seria a ligação de Jung com a astrologia. A verdade é que existe uma intensa ligação.

Para desenvolver o conceito de sincronicidade, Jung se debruçou no estudo do I Ching, mas conforme relata precisou da astrologia, pois esta oferecia uma forma de avaliação mais exata (Jung, 2012).

Seu interesse era tão intenso, a ponto de sua segunda filha, Gret Baumann-Jung, tornar-se a mais famosa astróloga de Zurique e professora de astrologia. No artigo escrito por ela, intitulado O Horóscopo de Jung, publicado pela revista Planeta número 35-A (dedicada ao Centenário do Nascimento de Jung) – Editora Três, São Paulo, 1975:

“Novamente vemos como ele foi fiel ao seu horóscopo. Pouco antes de sua morte, falávamos sobre horóscopos e meu pai notou: O engraçado é que essa coisa danada funciona até mesmo depois da morte. E de fato, logo após sua morte o MC em progressão fez um trígono exato com Júpiter nativo. Num momento como esse pode-se ficar famoso. Seu livro Memórias, Sonhos, Reflexões, então recém-publicado, tornou-se um best-seller.”

Em muitas cartas Jung confessa seu interesse pela Astrologia, como se pode observar em uma carta enviada a Freud em maio de 1911:

“No momento incursiono pela Astrologia, que se revela indispensável para a perfeita compreensão da mitologia. Há coisas realmente maravilhosas e estranhas nesses domínios obscuros. As plagas são infinitas, mas não se preocupe, por favor, com minhas erráticas explorações. Hei de, em meu regresso, trazer um rico despojo para o conhecimento da alma humana. Por longo tempo ainda tenho de me intoxicar de perfumes mágicos a fim de perscrutar os segredos que se ocultam nas profundezas do inconsciente.”

A linguagem é toda simbólica e mitológica, o que foi um prato cheio para Jung compreender ainda mais sobre as camadas subjetivas da psique inconsciente tanto individual quanto coletiva.

Em 12 de Junho de 1911 Jung escreve:

“Prezado Professor Freud, minhas noites são, em grande parte, tomadas pela Astrologia. Faço cálculos, com horóscopos a fim de encontrar pistas que me conduzam ao âmago da verdade psicológica. Há coisas notáveis que certamente não lhe parecerão dignas de crédito. O cálculo da posição dos astros, no caso de uma senhora, indicou um quadro caracterológico perfeitamente definido, com numerosos detalhes biográficos que, todavia, não se aplicavam a ela, mas à mãe dela, a quem as características assetavam como uma luva. E a senhora em questão, sofre de um extraordinário complexo de mãe. Atrevo-me a dizer que a Astrologia se poderá ainda descobrir um dia uma boa parcela de conhecimento que foi intuitivamente projetada nos céus. Há indícios, por exemplo, de que os signos do zodíaco são imagens caracterológicas ou, em outras palavras, símbolos libidinais que representam as qualidades da libido num determinado momento. Cordialmente, JUNG”

Para Jung, era muito clara a ligação do mapa natal com a personalidade. Ele observou que a astrologia consistia de imagens míticas poderosas e a de que forma essas imagens se relacionavam e afetavam a psique do individuo.

Para o Astrólogo André Barbault, Jung escreve:

“Existem muitos exemplos de notáveis analogias entre constelações astrológicas e eventos psicológicos ou entre o horóscopo e a disposição geral do caráter. É até mesmo possível prever até certo ponto, o efeito físico de um trânsito astrológico. Podemos esperar, com considerável certeza, que uma determinada situação psicológica bem definida seja acompanhada por uma configuração astrológica análoga. A astrologia consiste de configurações simbólicas do inconsciente coletivo, que é o assunto principal da psicologia; os planetas são deuses, símbolos dos poderes do inconsciente”

Existem correspondências, inclusive, apontando a forma como a utilizava o mapa natal em análise, especialmente com clientes com as quais tinha um entendimento difícil do processo.

Em uma carta para o Professor B V. Raman, de setembro de 1947, ele diz:

“Como sou psicólogo, estou principalmente interessado na luz particular que o horóscopo derrama sobre certas complicações existentes no caráter. Nos casos de diagnóstico psicológico difícil, eu normalmente providencio um horóscopo para poder ter um ponto de vista partindo de ângulo inteiramente diferente. E digo que muitas vezes descobri que os dados astrológicos elucidam certos pontos que eu de outro modo não teria sido capaz de entender.”

A astrologia, com suas imagens míticas, permite a personificação dos arquétipos na forma do mapa natal individual.

Conforme Von Franz (1995):

“As constelações astrológicas representam o inconsciente coletivo: são imagens dos arquétipos projetadas no céu. O horóscopo natal revela uma combinação individual e específica de elementos arquetípicos – isto é, coletivos – semelhante ao caráter coletivo de fatores biológicos hereditários; mas, no indivíduo, esses traços aparecem numa combinação individual. A combinação dos astros no horóscopo indica, em boa medida, as características do indivíduo e seu destino psíquico.”

Mais do que uma projeção de aspectos do inconsciente coletivo, o mapa natal seria a encarnação de forças arquetípicas na vida humana.

Todas as nossas experiências psíquicas, tanto subjetivas quanto objetivas, são arquetípicas. São personalizações dos arquétipos.

As 12 casas astrológicas, no mapa astral, representam as áreas da vida humana, comum a todos os seres humanos. Em cada setor de nossa vida temos nossa forma pessoal de manifestação, pois cada casa possui uma energia, ou seja, um signo. E algumas são povoadas com planetas.

Os signos estão representados por constelações zodiacais associadas a uma imagem mitológica, assim como os planetas.

Ou seja, cada área da nossa vida contém uma imagem arquetípica, sinalizando um esforço do arquétipo para alcançar a encarnação pessoal por meio da vida humana.

Conhecer nosso mapa natal é uma forma do ego se conscientizar a respeito das energias arquetípicas que estão se manifestando em cada setor da vida. Dessa forma o ego pode colaborar ativamente para a manifestação e a realização dos arquétipos em sua encarnação pessoal.

Essa consciência traz sentido à vida, pois se trata da manifestação da nossa personalidade mais profunda que o ego.

Jung cita que a alma como Anima Mundi, a Alma do mundo, é um elemento redondo, que gira. O mapa em forma de mandala, redondo representa a roda do universo que gira ao redor de um eixo.

A forma mandalica do mapa, simbolicamente representa a totalidade da vida humana.

A Cruz contida em seu interior, representa a ligação do macrocosmo com o microcosmo (linha vertical) e a linha horizontal, a matéria e o espírito. A cruz une céu e terra. Ela é o grande mediador entre o ego e o Self.

Para finalizar, a Astrologia fez parte do interesse de Carl Jung e foi de grande importância na compreensão de aspectos psicológicos na clínica. Portanto, trata-se de uma ferramenta de análise profunda, se utilizada seriamente.

***

Referências bibliográficas:

FREUD, S. A correspondência completa de Sigmund Freud e Carl G. JUNG – William McGuire (organização) – Rio de Janeiro; Imago, 1993JUNG, C.G – Letters Volume I 1906- 1950. Volume II 1951 – 1961 USA; Princeton University – 1973.

JUNG, C.G. – Aion. Petrópolis, Vozes, 2012.

JUNG, C.G. – Sincronicidade; Petrópolis. Vozes, 2012.

VON FRANZ, M. L. Os sonhos e a morte – uma interpretação junguiana. São Paulo. Cultrix, 1995.

Sem educação, os homens ‘vão matar-se uns aos outros’, diz neurocientista António Damásio

Sem educação, os homens ‘vão matar-se uns aos outros’, diz neurocientista António Damásio

O neurocientista António Damásio advertiu que é necessário “educar massivamente as pessoas para que aceitem os outros”, porque “se não houver educação massiva, os seres humanos vão matar-se uns aos outros”.

O neurocientista português falou no lançamento do seu novo livro A Estranha Ordem das Coisas, na Escola Secundária António Damásio, em Lisboa, onde ele defendeu perante um auditório cheio que é preciso educarmo-nos para contrariar os nossos instintos mais básicos, que nos impelem a pensar primeiro na nossa sobrevivência.

“O que eu quero é proteger-me a mim, aos meus e à minha família. E os outros que se tramem. […] É preciso suplantar uma biologia muito forte”, disse o neurocientista, associando este comportamento a situações como as que têm levado a um discurso anti-imigração e à ascensão de partidos neonazis de nacionalismo xenófobo, como os casos recentes da Alemanha e da Áustria. Para António Damásio, a forma de combater estes fenômenos “é educar maciçamente as pessoas para que aceitem os outros”.

Em ” A Estranha Ordem das Coisas”(editora: Temas e Debates), Damásio volta a falar da importância dos sentimentos, como a dor, o sofrimento ou o prazer antecipado.

“Este livro é uma continuação de O Erro de Descartes, 22 anos mais tarde. Em ‘O Erro de Descartes’ havia uma série de direções que apontavam para este novo livro, mas não tinha dados para o suportar”, explicou António Damásio, referindo-se ao famoso livro que, nos finais da década de 90, veio demonstrar como a ausência de emoções pode prejudicar a racionalidade.

O autor referiu que aquilo que fomos sentindo ao longo de séculos fez de nós o que somos hoje, ou seja, os sentimentos definiram a nossa cultura. António Damásio disse que o que distingue os seres humanos dos restantes animais é a cultura: “Depois da linguagem verbal, há qualquer coisa muito maior que é a grande epopeia cultural que estamos a construir há cem mil anos.”

O neurocientista acredita que o sentimento – que trata como “o elefante que está no meio da sala e de quem ninguém fala” – tem um papel único no aparecimento das culturas. “Os grande motivadores das culturas atuais foram as condições que levaram à dor e ao sofrimento, que levaram as pessoas a ter que fazer alguma coisa que cancelasse a dor e o sofrimento”, acrescentou António Damásio.

“Os sentimentos, aquilo que sentimos, são o resultado de ver uma pessoa que se ama, ou ouvir uma peça musical ou ter um magnífico repasto num restaurante. Todas essas coisas nos provocam emoções e sentimentos. Essa vida emocional e sentimental que temos como pano de fundo da nossa vida são as provocadoras da nossa cultura.”

No livro o autor desce ao nível da célula para explicar que até os microrganismos mais básicos se organizam para sobreviverem. Perante uma plateia com centenas de alunos, o investigador lembrou que as bactérias não têm sistema nervoso nem mente mas “sabem que uma outra bactéria é prima, irmã ou que não faz parte da família”.

Perante uma ameaça, como um antibiótico, “as bactérias têm de trabalhar solidariamente”, explicou, acrescentando que, se a maioria das bactérias trabalha em prol do mesmo fim, também há bactérias que não trabalham. “Quando as bactérias (trabalhadoras) se apercebem que há bactérias vira-casaca, viram-lhes as costas”, concluiu o neurocientista, sublinhando que estas reações são ao nível de algo que possui “uma só célula, não tem mente e não tem uma intenção”, ou seja, “nada disto tem a ver com consciência”.

E é perante esta evidência que o investigador conclui que “há uma coleção de comportamentos – de conflito ou de cooperação – que é a base fundamental e estrutural de vida”.

Durante o lançamento do livro, o investigador usou o exemplo da Catalunha para criticar quem defende que o problema é uma abordagem emocional e não racional: “O problema é ter mais emoções negativas do que positivas, não é ter emoções.”

“O centro do livro está nos afetos. A inteira realidade dos sentimentos e a ciência dos sentimentos e do que está por baixo dos sentimentos. O sentimento é a personagem central. É também central uma coisa que me preocupa muito, o presente estado da cultura humana. Que é terrível. Temos o sentimento de que não está apenas a desmoronar-se, como está a desmoronar-se outra vez e de que devemos perder as esperanças visto que da última vez que tivemos tragédias globais nada aprendemos. O mínimo que podemos concluir é que fomos demasiado complacentes, e acreditamos, especialmente depois da Segunda Guerra Mundial, que haveria um caminho certo, uma tendência para o desenvolvimento humano a par da prosperidade. Durante um tempo, acreditamos que assim era e havia sinais disso”

***

Leia a instigante entrevista de António Damásio “Quando me perguntam qual é o maior cientista de sempre, respondo: na minha área, é Shakespeare”. acessando AQUI!

Fonte: Jornal Público

Fonte mais do que indicada:  Revista Prosa, Verso & Arte

O abrigo para animais abandonados do RJ que será cuidado por moradores em situação de rua que também possuem bichinhos

O abrigo para animais abandonados do RJ que será cuidado por moradores em situação de rua que também possuem bichinhos

Não raras vezes, encontramos pelas calçadas das cidades moradores em situação de rua que possuem animais de estimação. São pessoas que vivem em estado de extrema dificuldade e ainda assim escolhem dividir o pouco que têm com seus bichinhos – seja uma garrafa de água, um sanduíche, um cobertor ou ainda um papelão.

E quem mais confiável e apaixonado do que uma pessoa dessas para cuidar com amor e dedicação de um abrigo para animais abandonados?

A sacada foi do jornalista norte-americado Glenn Greenwald – famoso, inclusive, por denunciar o uso de espionagem pelo governo dos EUA no caso de Edward Snowden – e seu marido brasileiro, David Miranda. Os dois estão com uma campanha de financiamento coletivo aberta no GoFundMe, que visa arrecadar US$ 200 mil para a construção de um abrigo para animais abandonados que será cuidado por pessoas em situação de rua que possuem bichos de estimação.

O projeto trabalhará em parceria com dois grupos de voluntários: um formado por veterinários, que visa cuidar dos animais abandonados e prepará-los para adoção, e outro constituído por profissionais especializados em ajudar pessoas a sair da situação de rua, como psicólogos, assistentes sociais e educadores financeiros.

Isso porque a ideia é que os moradores em situação de rua contratados para trabalhar no abrigo fiquem empregados por lá temporariamente, até terem condição de conseguir um emprego permanente e darem sua vaga para uma outra pessoa em situação de rua que tenha o perfil. Para tanto, ao serem contratados pelo abrigo, receberão moradia temporária, roupas novas e acompanhamento necessário para sua inclusão no mercado de trabalho. Bem bacana, não?

A ideia surgiu em 2015, quando Glenn, apaixonado por animais, resolveu estudar a fundo a relação das pessoas em situação de rua com seus bichos de estimação. O trabalho do jornalista resultou em um curta-metragem sobre o assunto, chamado Birdie, e inspirou-o a lançar a campanha de financiamento coletivo para a construção do abrigo. Quer saber mais a respeito da ideia? Assista ao vídeo abaixo!

Fonte mais do que indicada!!!! The Greenest Post

“Palavras erradas costumam machucar para o resto da vida, já o silêncio certo pode ser a resposta de muitas perguntas”

“Palavras erradas costumam machucar para o resto da vida, já o silêncio certo pode ser a resposta de muitas perguntas”

Dia desses fui adicionada a um grupo no WhatsApp e, logo que entrei, uma pessoa com quem não tenho contato há pelo menos 25 anos, fez uma gracinha recordando uma passagem não muito agradável da minha adolescência. Por sorte, ninguém deu corda para o comentário da ex colega – que deve ter parado no tempo – e eu respondi com meu silêncio.

O fato trouxe à tona situações vexatórias que passei nessa fase da minha vida, em que a menina tímida, introvertida e insegura que eu era se deixava abalar por comentários maldosos, nada agradáveis, da turminha “popular” do colégio. A fase de timidez e inseguranças foi embora, e deu lugar a uma compreensão e acolhimento das angústias experimentadas.

Então me lembrei de uma frase que li certa vez, que dizia mais ou menos assim: “Quando a sua brincadeirinha constrange o outro, não é brincadeira, é desrespeito.” Assim, antes de tentar fazer graça e desejar arrancar gargalhadas de seus aliados às custas da intimidação de alguém, reflita se não é preferível o silêncio. Palavras erradas costumam ferir por muito tempo, e nem sempre quem feriu o outro se lembrará disso.

“Quem bateu, esquece. Quem apanhou, não”. Palavras mal proferidas podem cortar, ferir, machucar para o resto da vida. Temos que ser cuidadosos, principalmente quando nossa “brincadeira” intimida e constrange o outro. Igualmente nos momentos de raiva, em que agimos por impulso e falamos sem conhecer, julgamos e condenamos baseados em deduções, ofendemos e denegrimos a imagem de alguém movidos por uma ânsia cega, há que se ter prudência.

O popular conselho de contar até dez ou cem nunca foi tão verdadeiro, principalmente nessa era de hipercomunicação, em que o celular é quase um prolongamento de nossos braços, e num piscar de olhos podemos tanto mandar uma mensagem em CAPSLOCK acompanhada de emoticons raivosos num momento de ira, quanto um coração pulsante num momento de carência afetiva.

Quantas vezes recebemos comentários maldosos em nossas postagens, má interpretação de nossas palavras, julgamentos de nossa alegria, acusações maldosas de nossa euforia… e, no ímpeto, temos a tendência de responder, retrucar, sair em nossa defesa. Porém, na maioria das vezes, estaremos dando ibope para a maldade. E, confie em mim, não vale a pena. Nesse caso, a melhor defesa continua sendo o silêncio. Aprenda: isso basta.

Na dúvida, melhor distanciar e calar. Dar um tempo, uma pausa para acomodar as emoções, um banho morno e algumas orações. Colocar o celular em modo avião, baixar as persianas do quarto e da alma, reconectar-se consigo, recordar o próprio valor. E, acredite em mim, o silêncio certo pode ser a resposta de muitas perguntas!

***

*Compre meu livro “Felicidade Distraída” aqui: https://amzn.to/2P8Hl2p

*A frase título desse texto é do Padre Fábio de Melo

Imagem de capa: Photo by Dalila Dalprat from Pexels

Mendigo encontrou a carteira de um milionário, devolveu e o dono o recompensou com casa e trabalho

Mendigo encontrou a carteira de um milionário, devolveu e o dono o recompensou com casa e trabalho

Um mendigo chamado Woralop, na Tailândia, viu como a sorte mudou a seu favor em um segundo. Ele estava dormindo em uma estação de metrô quando viu que um jovem deixou a carteira cair sem perceber. Sua reação, imediatamente, foi pegar a carteira, cuidar dela e depois ir e devolvê-la à polícia para que seu dono pudesse recuperá-la. Ele nunca pensou como uma ação nobre e sincera traria uma vida melhor para ele.

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Woralop encontrou a carteira de Nitty Pongkriangyos, um empresário milionário de 30 anos. Na carteira havia um cartão de crédito e mais de 20 mil baht tailandeses (quase 600 dólares) e, Woralop não tinha mais de um dólar no bolso. Quando Nitty descobriu que alguém encontrou sua carteira, ficou surpreso, porque ele não havia notado seu desaparecimento. Ele foi à polícia e ficou chocado com a pessoa que havia devolvido seus pertences.

“Fiquei realmente surpreso quando me disseram que tinham encontrado a minha carteira, porque eu não sabia que tinha perdido. Minha primeira reação foi: “Uau, se eu estivesse no seu lugar, sem dinheiro, eu teria ficado”. Mas ele era um mendigo e não tinha dinheiro, e ainda assim ele devolveu minha carteira. Isso é um sinal de que ele é uma pessoa boa e honesta. É o tipo de pessoa que precisamos em nossa equipe”. Nitty Pongkriangyos

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Em gratidão pelo que Woralop fez, Nitty decidiu oferecer-lhe uma recompensa, mas depois quis dar-lhe um emprego, além de uma casa e um bom salário. Woralop aceitou e agora está feliz com sua nova vida. Na verdade, ele agradeceu a Nitty pela oportunidade que ele lhe deu e pela gentileza.

“Ter uma cama limpa para dormir me deixa muito feliz agora”. -Woralop

Traduzido do site UPSOCL. Tradução A Soma de Todos Afetos

Este menino faz crochê, ensina online e doa para orfanatos

Este menino faz crochê, ensina online e doa para orfanatos

Jonah tem 11 anos de idade. Ele não apenas dominou a arte do crochê, ele se tornou uma lenda de mais de 130 mil seguidores no Instagram. Jonah começou a fazer crochê aos cinco anos de idade, assistindo aos tutoriais do YouTube que o fizeram aprender suas habilidades. Desde que assistiu ao primeiro vídeo, Jonah faz crochê todos os dias, entre duas e cinco horas da tarde.

Quando ele começou a compartilhar suas criações no Instagram, foi inundado com 4.000 pedidos de pessoas de todo o mundo, desesperados para ter um cachecol, chapéu ou cobertor feito por Jonah. Ele tem apenas 11 anos, e ainda tem que ir para a escola e fazer tarefas domésticas, então não foi capaz de atender todos os 4.000 pedidos, mas completou 100.

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Não bastasse, Jonah faz mais.

No início deste ano ele doou uma coleção de seus itens de crochê para o orfanato etíope de onde seus pais o adotaram, e realizou um leilão de suas criações para enviar centenas de dólares para lá também. Ah, e ele também deu muitos presentes à sua mãe – incluindo um cardigã personalizado.

Jonah está agora trabalhando em um livro sobre suas aventuras de crochê e planeja continuar experimentando novos projetos. Mas apesar do crochê sempre ser uma parte importante de sua vida, o grande sonho de Jonah é se tornar um cirurgião. “Eu não faço crochê pela fama ou pelos programas de TV”, diz Jonah. “Eu faço isso porque é uma atividade que me ajuda a relaxar. E também porque une todos ao redor do mundo.

TRADUZIDO E ADAPTADO DE METRO

Via A Soma de Todos os Afetos

 

Como a Psicologia pode ajudar a vender em uma loja virtual

Como a Psicologia pode ajudar a vender em uma loja virtual

A mente humana realmente é algo surpreende. Somo a todo instante condicionados tanto pelo nosso consciente quanto pelo nosso subconsciente.

Pense o seguinte, quando você precisa escrever um texto, ou fazer alguma conta você pensa bastante sobre o assunto, raciocina e o fez certo?

Nesse momento é o seu consciente dominando, pois você precisa raciocinar sobre como desenvolver a atividade da melhor maneira.

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Agora imagina duas situações, em uma você vai escovar os dentes, você pega a pasta, e faz a escovação diária. Você fica raciocinando em como escovar os dentes?

Aposto que não. Você automaticamente começa a escovação mecanicamente, afinal o seu subconsciente acredita que sabe como fazer.

Imagina uma outra situação, você sem querer colocou a mão em uma panela quente, você irá pensar “Nossa, essa panela está quente preciso tirar minha mão”?

Provavelmente não, ao mesmo tempo em que colocar a mão instantaneamente você a tirará após sentir queimá-la. É o seu subconsciente agindo.

Dessa maneira, empresas do mundo todo, tanto físicas quanto virtuais passaram a estudar o comportamento humano para ampliar as vendas. E os resultados? Surpreendentes.

Resumidamente, todos nós possuímos mecanismos cognitivos – também conhecidos como gatilhos mentais – responsáveis por nossas escolhas, digamos, no piloto automático.

Quais os melhores gatilhos mentais para uma loja virtual?

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Antes de falar propriamente sobre os gatilhos mentais é importante você ter em mente que o ser humano vive resumidamente para tomar decisões.

Sejam pequenas ou grandes, conscientes ou subconscientes, a todo o momento estamos tomando decisões, inclusive essa que você tomou agora para ler esse artigo.

Nesse sentido, comprar e vender produtos e serviços não seria diferente, afinal, para adquirir qualquer produto é necessária uma tomada de decisão.

Aí entra os gatilhos mentais, afinal, como você toma uma decisão tanto conscientemente quanto inconscientemente, a decisão de compras não seria diferente, correto?

Ou vai dizer que você nunca comprou nada por impulso, e depois ao racionalizar o custo-benefício se perguntou “Onde eu estava com a cabeça”?

Foi à empresa utilizando as técnicas de gatilhos mentais que certamente funcionaram.

Então se você está aprendendo a como abrir uma loja virtual, é muito importante usar a psicologia ao seu favor, para isso separamos cinco gatilhos mentais que você deve aplicar imediatamente no seu e-commerce.

1 – Urgência

Você precisa começar hoje mesmo, antes que seja tarde. Entre agora na página do seu e-commerce e não perca mais tempo.

Garanto que você correu abrir a página do seu e-commerce, correto?

Esse é o gatilho mental da urgência, afinal, é através dele que você evitará o pensamento racional da pessoa, procurando fazê-la agir por impulso.

Muitas empresas utilizam com maestria, e uma data bastante comum que é uma aplicação do gatilho de urgência é o Black Friday.

Nesse sentido, para ativar o gatilho da urgência é necessário despertar no subconsciente da pessoa que caso não tome aquela decisão AGORA irá perdê-la.

Então, quando se pensa em promoção de algum produto ele deve possuir um prazo, e quanto mais curto melhor.

2- Escassez

Vou te oferecer um treinamento por apenas R$ 199,00. É isso mesmo, mas você precisa acessar agora meu site, pois só existem duas vagas, e uma precisa ser sua.

Já está querendo adquirir meu treinamento?

Repare que nesse gatilho utilizei a urgência e a escassez ao meu favor. Afinal você tinha que pensar rápido, pois só existiam duas vagas

Nesse sentido, os gatilhos mentais de urgência e escassez são geralmente usados juntos e tem uma grande importância afinal:

  • A pessoa precisa tomar uma decisão rápida;
  • Os produtos irão se esgotar em pouco tempo;
  • O site pode sair do ar em poucos segundos;
  • Você irá ficar sem o produto caso não decida agora.

Repare que ele mexe profundamente com o seu subconsciente, tirando completamente sua capacidade de raciocínio na decisão.

Por essa razão, aplicar essa técnica na sua loja virtual ajudará sobremaneira a ampliar as vendas do seu negócio.

3 – Autoridade

Você já comprou algo de um e-commerce que não confiava? Já tomou alguma vitamina de uma marca que nunca ouviu falar?

Provavelmente não. Dessa maneira, mesmo utilizando os gatilhos mentais da urgência e escassez, você não terá resultado algum se não criar o gatilho mental da autoridade.

O gatilho da autoridade pode ser criado de diversas maneiras, a mais comum é desenvolver conteúdos pertinentes ao seu nicho colocando-se como especialista.

Para exemplificar, imagine que você venda roupas em sua loja virtual, você pode criar um e-book gratuito falando tudo, absolutamente tudo sobre as tendências da moda.

Na autoria do e-book você coloca o seu nome e denomina-se especialista em moda.

Para dar ainda mais credibilidade, nesse caso citado, você pode criar diversos artigos relacionados ao tema, e em todos colocar o seu nome denominando-se especialista em moda.

Quando oferecer o produto e buscar ativar o sentido de urgência na mente do seu cliente, e ele entrar no seu site, verá que o proprietário é o “especialista em moda”.

E, comprar uma roupa exclusiva que vai acabar em pouco tempo, com um bom preço e feita por um especialista de moda, é absolutamente fantástico, não é mesmo?

4 – Prova social

As pessoas geralmente costumam seguir outras pessoas.

Você pode observar esse comportamento em tudo na sua vida, no trabalho, nos estudos, e até mesmo nos momentos de lazer.

Desse modo, se você tem um amigo que entende um pouco de determinado assunto e precisa adquirir algo sobre aquele assunto acaba sempre o consultando, acertei?

Esse gatilho mental está absolutamente vinculado ao gatilho da autoridade, pois, muitos “entendedores” indicando o mesmo produto, tornam esse produto uma referência.

Dessa maneira, existem os influenciadores digitais. Pessoas que entendem sobre determinado assuntos e que são contratadas para fazer a divulgação do seu produto ou serviço.

Esses influenciadores, muitas vezes ganham por comissão ou conversão, e ajudam o seu e-commerce a ganhar autoridade digital.

Através dos influenciadores, as pessoas entrarão do site do “especialista” que terá um produto extremamente barato que acabará em pouco tempo.

Com tanta gente atrás desse produto, é melhor garantir logo, não é mesmo?

5 – Reciprocidade

Esse gatilho mental tem bastante particularidade com que dissemos sobre oferecer um e-book gratuito para gerar autoridade.

As pessoas são subconscientemente condicionadas a retribuir gentilezas, afinal, se alguém lhe fez um favor, você procura todos os meios de retribuir esse favor.

Logo, quanto mais o seu e-commerce fizer pelas pessoas, mais elas retribuirão a gentileza, comprando o seu produto.

Nesse momento existem as chamadas iscas digitais, que podem ir desde simplesmente ganhar um e-book em troca de um e-mail, quanto um brinde exclusivo.

É importante definir bem a estratégia da reciprocidade para passar realmente a impressão de gentileza para o seu cliente.

Nesse ínterim, quanto mais gentilezas você fizer, mais as pessoas vão retribuir.

E quando a gentileza vem de uma autoridade no assunto, indicada por inúmeros entendedores, e ainda tem um produto barato e exclusivo para oferecer, não dá pra resistir.

Entendeu a psicologia?

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Sabendo usar muito bem esses cinco gatilhos mentais, certamente a sua loja virtual começará a dar um salto em relação ao seu concorrente

Todavia, existe na internet hoje muitas pessoas trabalhando intensamente os gatilhos mentais para conversão de seus produtos.

Sendo que, alguns setores encontram-se bastante saturados de “autoridades no assunto”.

Dessa maneira, usar a criatividade aplicando os gatilhos mentais faz toda a diferença, inclusive, participando de cursos sobre o assunto.

Então se você está começando no universo digital, certamente precisará se aprofundar no assunto para usar a psicologia a favor da sua loja virtual.

 

INDICADOS