Como visitar mais a sua mãe pode ajudá-la a viver mais.

Como visitar mais a sua mãe pode ajudá-la a viver mais.

A solidão pode adoecer e não apenas no sentido metafórico. Há muito tempo a ciência relaciona moléstias físicas a sentimentos negativos como tristeza ou estresse. Por exemplo, uma revisão de artigos científicos realizada pelo Departamento de Psicologia da Universidade de Brigham Young, em Utah ( EUA), revela que o isolamento social e a solidão diminuem a esperança de vida.

“Vários estudos epidemiológicos têm detectado que viver sozinho é um fator que desencadeia demências. E também correlacionam com maior probabilidade de mortalidade em pessoas com Alzheimer.” Explica o neurólogo Alberto Villarejo, membro da Associação Madrilenha de Neurologia.

O estudioso afirma que este é um problema relevante do ponto de vista da saúde pública.

“O perigo não está apenas para pessoas com alguma debilidade, mas também para as saudáveis.” Sentir-se só é uma percepção emocional, não depende da quantidade de pessoas ao redor, mas sim da qualidade dos vínculos estabelecidos.

O diretor da pós-graduação em Educação Emocional e Bem Estar da Universidade de Barcelona, Rafael Bisquerra Alzina, explica o motivo das emoções afetarem a saúde física. “As emoções são uma resposta complexa do organismo diante dos fatos da vida e podem se manifestar fisiologicamente em forma de taquicardia, hipertensão ou suor frio nas pernas. Toda a saúde mental tem algum reflexo na saúde física.

Como visitar a sua mãe pode ajudá-la a viver mais.

Bisquerra nos avisa que depois de satisfeitas algumas necessidade econômicas, nossa felicidade depende mais dos vínculos e da construção de boas relações. Mesmo se sua mãe estiver bem alimentada, vestida e com as contas em dia, pode representar um fator de adoecimento o fato dela se sentir sozinha. Este sentimento de solidão forçada, de não se perceber parte de lugar nenhum pode levar desde à depressão até a atitudes impulsivas.

Os conflitos mal resolvidos dentro de uma família tendem a fazer mal a saúde tanto quanto outras doenças. Entender isso pode ser uma chave de prevenção contra o adoecimento mental e também contra moléstias físicas. Uma mãe que se sente esquecida pelos filhos pode maquiar essa sensação com diversos comportamentos, porém o resultado dessa maquiagem costumam ser o surgimento de doenças graves. Nossos pais precisam de uma boa alimentação, exercícios físicos e bem estar social. Estes três fatores são importantes para que tenham uma vida mais longa e saudável.

Caso você seja uma mãe que se sente solitária, ou um filho que precisa de ajuda para se relacionar melhor com seus pais, ou um marido que está tentando entender a solidão que sua esposa reclama, não deixem de buscar ajuda profissional. Um bom psicólogo, com uma psicoterapia, pode ajudar muito a melhorar os vínculos familiares.

Este é também uma tradução livre do artigo “Visite mucho a su madre si quiere que viva más”, de Teresa Morales García, para o El País.

Abaixo, Caetano Veloso canta Mãe.

Fonte indicada- Psicologias do Brasil– página parceira

Pessoas saudáveis não saem por aí ferindo as outras

Pessoas saudáveis não saem por aí ferindo as outras

Já peguei-me pensando em algumas situações em que fui ferida, eu pude me dar conta, claramente, de que fui vítima de vítimas. As pessoas que me machucaram, apenas me repassaram o que doía nelas ou o lixo que elas carregavam. Algumas fizeram isso de propósito, outras fizeram sem ter noção do estrago que estavam me causando. Descobri que algumas pessoas são inconformadas com a minha vida, simplesmente, porque frustrei as expectativas que elas nutriam a meu respeito. Elas desejavam o meu fracasso e eu não dei esse gostinho a elas.

Nesse emaranhado de lembranças, dores, ressentimentos e, culpas, fui e vou me esforçando para perdoar as pessoas. Na medida em que eu identifico a condição emocional da pessoa, eu vou me desprendendo daquele ressentimento, eu vou dando um desconto a ela e toco o meu barco. Nisso, a psicologia tem me ajudado bastante. Confesso que é mais fácil perdoar as pessoas que eu tive a certeza de que me feriram sem intenção. Considero que também feri muitas pessoas.

Se perdoei todo mundo? Não sei ao certo, mas posso garantir que não carrego nada que me pese tanto. Sempre que uma lembrança dolorosa surge, eu não a alimento e, busco alternativas para sublimá-la porque a vida me mostrou que carregar o lixo que depositaram em mim seria uma escolha destrutiva e, eu escolhi viver da melhor forma que eu puder.

Eu não sou nenhuma madre Tereza de Calcutá, estou longe disso. Eu apenas descobri que o rancor que eu carregava só fazia mal a mim mesma. A pessoa que me machucou, certamente, não está perdendo nenhum segundo do sono dela preocupada com o mal que me causou, então, compreendi que me livrar dessas tranqueiras emocionais trata-se de uma decisão racional e inteligente, afinal, eu não nasci para ser depósito do lixo de ninguém. Você já imaginou como seriam os meus textos se eu fosse um depósito de mágoas? Nem quero imaginar.

Hoje, quando eu penso em quem me machucou, de imediato, vem uma certeza: aquela pessoa não estava feliz, ou ela é perversa, ou ela é mau caráter, ou ela não conseguiu uma forma saudável de se livrar do lixo que alguém depositou nela. Independente da condição que a pessoa se encontrava, eu decidi que não vou alojar aquele veneno aqui dentro de mim. Eu preciso de alma leve para escrever e alcançar outras vidas, esse é o meu propósito aqui nesse Universo.

Se você parar para pensar nas pessoas que lhe machucaram, você para de sentir mágoa e passa a sentir pena. Porque, pensando bem, pessoas saudáveis não saem por aí machucando os outros. Logo, se é alguém adoecido, ele está em sofrimento, ele já está carregando um peso enorme.

Talvez, você não concorde comigo, mas foi essa a alternativa que eu venho buscando para tentar entender quem me feriu e, a partir dessa compreensão eu liberá-lo da minha mágoa. É que mágoa, ressentimento, amargura e outros sentimentos negativos ocupam muito espaço da alma da gente e, acaba não sobrando espaço para os sonhos, o riso, a poesia, o encantamento.

Fácil não é, mas é possível aprender a deixar de lado certas coisas. A gente vai selecionando aquilo que merece a nossa atenção, a gente vai deixando de revidar certas provocações. A gente vai aprendendo a contar até 10 para não entrar na frequência tóxica do outro que não tem nada a perder. No fim do dia, percebemos que o nosso sono foi mais tranquilo e, que abstrair a negatividade alheia é um santo remédio.

***

Photo by Ana Francisconi from Pexels

Síndrome do avô escravo

Síndrome do avô escravo

O surgimento do fenômeno do avô escravo deve-se, em grande parte, às mudanças que a estrutura familiar sofreu nas últimas décadas.

Você pode nunca ter ouvido falar disso. E, no entanto, o surgimento do fenômeno do avô escravo deve-se, em grande parte, às mudanças que a estrutura familiar sofreu nas últimas décadas . Com a integração das mulheres no mundo do trabalho e o aumento da expectativa de vida, mais e mais idosos cuidam de seus netos. Eles costumam fazer isso em tempo integral, como uma espécie de “profissão”. Isso, em parte, facilita muito a famosa reconciliação entre trabalho e vida familiar.

Mas onde estão os limites? Os casais devem questionar o verdadeiro papel de seus pais idosos e se esforçar para respeitar seu espaço. Os avós já suportaram o peso das experiências de vida, casamentos, lares, empregos, filhos nos ombros. Para eles, a terceira idade deve ser sinônimo de tranquilidade, paz e relaxamento. O que, então, é a síndrome do avô escravo?

A aposentadoria é um momento experimentado como uma libertação. Um momento de descanso e diversão. Assim, depois de uma vida dedicada ao trabalho, finalmente chega o tão esperado período de despreocupação. O de tempo livre para dedicar-se a paixões e hobbies reservados para dar prioridade às obrigações e responsabilidades. No entanto, situações de estresse, ansiedade, dor física e mental podem surgir.

Segundo Colubi e Sancho (2016), a síndrome do avô escravo provoca uma série de sintomas psicológicos e físicos que os idosos sofrem por causa de fortes mudanças sociais. Esse conjunto de sintomas inevitavelmente produz conseqüências físicas e mentais.

Conciliação familiar nos ombros dos avós

Quão importante é o papel dos avós nas famílias hoje em dia? Considerando os tempos turbulentos e de crise que marcaram os últimos anos, o apoio dos idosos tem sido e é um pilar fundamental para permitir aos jovens casais sobreviver e seguir em frente.

Esse suporte foi fornecido de várias maneiras:

• Apoio financeiro: muitos dos avós foram “forçados” a apoiar filhos e netos. Nesses tempos de crise, muitos assumiram as despesas e as necessidades da família com suas pensões e algumas economias.

• Apoio para o cuidado dos netos: os avós passaram a cuidar dos netos, pois os pais dos pequenos trabalham fora de casa por muitas horas. Atividades extracurriculares, visitas ao médico, esportes, tempo livre … Sem o apoio dos avós, muitas vezes não seria possível fazer tudo. Isso permitiu que os filhos cuidassem de suas famílias sem abrir mão de suas vidas profissionais.

• Ajuda nas tarefas domésticas: limpeza doméstica, compras de supermercado, culinária …

Tudo isso, em muitas ocasiões, desencadeou uma dinâmica que pressionou a saúde e a resistência desses idosos. Isso resulta na síndrome do avô escravo. Portanto, é necessário saber dizer “basta” e estabelecer limites para evitar abusos.

Sintomas do avô escravo

“O que, a priori, poderia representar uma fórmula eficaz e terapêutica de enriquecimento para os idosos e pais, em muitos casos assume a forma de uma escravidão moderna. Onde fortes laços emocionais são usados em vez de cadeias “(Soldevilla, 2008).

Por outro lado, a síndrome do avô escravo não aborda a ideia de que o cuidado dos netos e o vínculo estabelecido têm efeitos positivos. Em princípio, uma pessoa mais velha que começa a oferecer esse trabalho de suporte pode obter vários benefícios:

• Ele se sente útil e menos sozinho

• Intensifica relacionamentos

• Sente-se feliz

• Realiza atividades dinâmicas e novas

• Ele recebe afeição de seus netos

No entanto, se esse relacionamento for mal encaminhado e se tornar mais o resultado de uma obrigação tácita, inevitavelmente ele deixará até conseqüências decisivamente negativas. Como no caso de:

• Fadiga e exaustão

• Agravamento da saúde

• Stress

• Sensação excessiva de apego

• Redução da vida social

• Pouco tempo livre

• Mais possibilidades para discussões familiares

Não escravize os avós!

Você deve ter em mente que os avós não têm a mesma energia e habilidade de quando eram apenas pais. Na velhice, limitações físicas e cognitivas podem surgir. Portanto, é necessário estabelecer limites e organizar uma rotina na qual haja espaço para os idosos administrarem independentemente de seus netos.

Os avós têm seus próprios interesses e necessidades. Eles não podem, de forma alguma, ser relegados ao papel de “escravos”, aproveitando-se da desculpa do tempo livre e do profundo sentimento de pertencer à família. É um jogo egoísta que mostra todos os elementos da exploração.

Suas aspirações, suas expectativas, seus desejos devem ser respeitados e levados em consideração: eles não podem ser anulados! Sua opinião, embora possa não parecer relevante, será sempre apoiada pelo valor da experiência. Especialmente em relação aos valores humanos, onde talvez o ser humano não tenha mudado tanto.

De qualquer forma, repetimos, ajudar a família a não deve significar qualquer renúncia por parte dos avós. Tome suas decisões com sensibilidade e a medida certa.

Para evitar cair na síndrome do escravo-avô, dois elementos são essenciais: boa organização e distribuição adequada das tarefas. Em resumo, um planejamento que permita aos pais se organizarem confiando em seus avós somente quando for estritamente necessário.

***

Traduzido de La Mente è Meravigliosa Via Pensar Contemporâneo

“Eu decidi ficar com amor. O ódio é um fardo muito grande para carregar.”

“Eu decidi ficar com amor. O ódio é um fardo muito grande para carregar.”

Vamos iniciar a nossa reflexão com o insight desta frase de Martin Luther King Jr, que foi um pastor e ativista político, um dos mais importantes líderes do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, e no mundo. Ele criou uma campanha de não violência e de amor ao próximo.

As notícias publicadas pelas diversas mídias evidenciam a presença do ódio, em que a vida diária é afetada por desavenças, agressões e assassinatos, etc. Esse pêndulo entre ódio e amor se revela na tensão entre a vida e a morte, entretanto, o sentimento de ódio é um fardo para quem odeia e gera sofrimento aos outros.

O amor é o ódio são estados afetivos e forças antagônicas. Porém, em nossa época atual, corremos o risco de apenas uma força destruir a outra. O ódio é uma condição perturbadora, que dá trabalho para colocar a “máquina do mal” em funcionamento, com a finalidade de vingar-se de quem discorda de suas ideias e paixões.

Por isso, que o budismo entende que o ódio é um vício mental que tem sua gênese em um sentimento de fraqueza. Ele ocorre em situações onde certos sujeitos não toleram pensamentos contrários, e assim nutrem sua raiva para sentirem-se mais fortes, no sentido de eliminar os adversários.

O cristianismo na mesma direção afirma que ódio é um sentimento poderoso, que se põe ao lado dos outros demônios da alma, por exibir um alto grau malignidade. A bíblia diz que se eu amo a Deus, mas odiar meu irmão é sou um mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.

Em grego se distingue três tipos de amor Eros, Philos e Ágape. A pulsão de vida nunca vem sozinha, mas vinculada a essas dimensões afetuosas, que nos animam a enfrentar os domínios do mal. Pois amar é cuidar e querer estar junto: a Deus, a família e a comunidade, reunindo-se na benquerença corpórea, espiritual e intelectual.

Aliás, o amor é um sentimento mais contagioso e incondicional do que ódio na definição cristã e budista. Jesus e Buda vieram ao mundo, como propósitos éticos e espirituais semelhantes, e anunciaram que devemos amar os nossos inimigos e orar por aqueles que nos maltratam.

Esse é um caminho difícil em nossa modernidade líquida, mas não é impossível, porque têm pessoas que fizeram uma escolha por tais princípios e acreditam que quando o amor habita em nosso coração ficamos mais felizes e confiantes.

Então, precisamos dessa resistência autoconfiante para se objetar as manifestações de ódio, que se ramificam de forma patológica nas relações humanas e virtuais, que pode ser neutralizada pela perseverança do amor, que atua sem demagogia para defender os nossos direitos de pensar, falar e agir.

Portanto, a melhor estratégia para barrar o ímpeto do ódio são as campanhas de não violência, como nos ensinou o pastor Luther King, para conseguir que os governos representem a vontade coletiva, em vez de impor projetos irracionais e obsoletos.

Jackson César Buonocore é sociólogo e psicanalista

O poder da escuta atenta

O poder da escuta atenta

Não consegui encontrar a autoria dessa frase lindíssima, mas quero a partir dela refletir com você sobre o poder da escuta atenta.

Eu trabalho como professor e psicanalista e aprendo imensamente com os pacientes que acompanho. Recentemente atendi a uma mulher já idosa e com ares de cansada. Fiquei tão comovido com seu relato que digo com sinceridade que as poucas palavras que dirigi a ela quase não saíram.

Ela passou quase a vida inteira cuidando de um filho que foi diagnosticado com esquizofrenia ainda na adolescência e a doença foi se agravando com o passar dos anos, de forma que ele se tornou totalmente dependente dela para tudo, desde a alimentação até a higiene mais básica. Não entrarei em detalhes por conta do sigilo profissional.

O que quero dizer é que essa mulher é de uma nobreza e bondade tão grande que eu me senti mais do que honrado em poder ouvir o seu relato e ela ter confiado em mim. Ela disse que até já o levou para clínicas psiquiátricas, mas ele não foi bem tratado. Os profissionais de lá não tinham a paciência necessária para cuidar dele em momentos de agitação, então ela decidiu definitivamente nunca mais levá-lo para nenhuma clínica, contraindo diversas pessoas da família.

Enquanto ela falava fiquei 100% presente, ouvindo cada palavra dita por ela. Quando a sessão terminou deu pra sentir como se ela tivesse retirado um enorme fardo das costas. E se eu tiver falado por 2 minutos foi muito! Acredite! Ouvir atentamente é algo mais poderoso do que você pode imaginar.

Outro relato emocionante aconteceu em 2018, no meio de uma aula do curso de Filosofia que estou fazendo. Na aula foi abordado o tema da morte e suas diversas facetas, entre elas o suicídio, tema extremamente complexo e amplo.

Um dos colegas pediu para falar sobre sua experiência com ideação suicida e disse enfaticamente que ele só não tirou a própria vida por causa de um ouvido atento. Ele um dia ligou para o CVV (Centro de Valorização da Vida) e uma voluntária lhe ouviu por mais de 1h praticamente sem interrompê-lo. O máximo que fazia era o conhecido “Unhun”, só para dizer que estava na escuta.

Ao final do seu relato eu e metade da sala estávamos com os olhos marejados, tamanha era a sinceridade das suas palavras. Há um tempo queria contar essa história real em um texto, e fico feliz que nesse veio a devida inspiração para isso.

Aproveito para dar meus sinceros parabéns ao trabalho primoroso desempenhado pelo CVV, que conhecia superficialmente e tive o privilégio de conhecer mais através da querida Adriana Rizzo, voluntária há cerca de 20 anos e que coordena a equipe de comunicação, mídias sociais e internet.

Os voluntários do CVV costumam dizer: “Se nesses quase 60 anos de existência do centro, uma pessoa decidiu continuar vivendo, já valeu a pena por tudo”. É claro que nesse tempo foram milhares e milhares de pessoas que se sentiram mais aliviadas e por isso não atentaram contra a própria vida, mas essa frase é para dizer que toda vida é muito importante e não tem preço, nenhum dinheiro no mundo paga o valor de uma vida.

Ouvir atentamente pode dar um novo sentido na vida de alguém que não esteja conseguindo enxergar sentido algum, pode encher de esperança uma pessoa triste, pode aliviar as tensões de uma pessoa cujo fardo da vida esteja muito pesado, pode trazer um sorriso a uma pessoa que não tem com quem conversar etc. etc.

Exercite essa atitude nobre de ouvir sem interrupções. Dessa forma você estará realizando um bem muito maior do que pode supor…

***

ACESSE O CVV

Como lidar com familiares que só dão problema? Um conselho de Monja Coen

Como lidar com familiares que só dão problema? Um conselho de Monja Coen

Conviver com pessoas que “só dão problema”, no geral, é algo que buscamos evitar sempre que possível, mas quando essas pessoas são parte da família e, portanto, estamos ligados a elas por laços bastante difíceis de romper, decidir se devemos ou não nos afastar delas costuma algo profundamente doloroso.

No vídeo a seguir, Monja Coen coloca essa dificuldade em debate sob o prisma da alteridade. Devemos buscar suportar todo o sofrimento a que certas pessoas nos submetem pelo fato de serem familiares? Devemos desconsiderar os laços que nos vinculam e, simplesmente, nos desapegar das pessoas que nos fazem mal? O que o Budismo nos ensina a respeito desse dilema?

Confira:

 

Via Sábias Palavras

USP produz plástico 100% biodegradável com resíduos da agroindústria

USP produz plástico 100% biodegradável com resíduos da agroindústria

Da Redação do Jornal da Usp

Pesquisas da USP em Ribeirão Preto avançam na busca de plástico 100% biodegradável e competitivo com o plástico comum. Testes que reúnem na fórmula resíduos agroindustriais resultaram num produto com qualidades técnicas e econômicas promissoras.

A boa nova saiu dos laboratórios do Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP. A química Bianca Chieregato Maniglia desenvolveu filmes plásticos biodegradáveis a partir de matrizes de amido presentes em resíduos agroindustriais de cúrcuma, babaçu e urucum.

O fato do novo material ser totalmente desenvolvido a partir de descartes da agroindústria faz toda diferença. Ao mesmo tempo, recicla resíduos; é biodegradável; é produzido com fontes renováveis que não se esgotam como o petróleo (de onde sai o plástico comum) e cultivadas em qualquer lugar do mundo. Bianca lembra de mais predicados de seu produto: matéria-prima barata, que não compete com o mercado alimentício e ainda “contém composição interessante com a presença de ativos antioxidantes”.

Essa fórmula com compostos antioxidantes, lembra a pesquisadora, pode ser ainda mais interessante no desenvolvimento de “embalagens ativas”.

Uma embalagem ativa interage com o produto que envolve, sendo capaz de melhorar a qualidade e segurança para acondicionamento de frutas e legumes frescos.

Os estudos parecem indicar o caminho certo para a obtenção de um plástico, ou pelo menos um filme plástico, totalmente biodegradável. Os pesquisadores da FFCLRP conseguiram produzir filmes plásticos com boa aparência, boas propriedades mecânicas, funcionais e ativas, o que os torna mais eficientes na conservação de hortifrútis. O grupo de pesquisa também tem trabalhado com a aplicação de aditivos como a palha de soja tratada, outro resíduo agroindustrial, para melhorar as propriedades destes filmes. A meta é o ganho de maior resistência mecânica e menor capacidade de absorver e reter água.

Bianca, porém, acredita que ainda demande mais pesquisa e teste para os 100% biodegradáveis chegarem ao mercado. Em perspectiva mais recente, comenta, “esse tipo de plástico deve atuar como alternativa ao comum”. Apesar de não substituir o tipo comum, pode ser aplicado a diversos tipos do produto, como já ocorre nas misturas de matérias-primas renováveis com polímeros não renováveis, formando as chamadas “blendas”. “Temos as boas propriedades dos plásticos comuns com parcial biodegradabilidade”, comenta.

Plásticos (não tão) “verdes”
O plástico comum, que é produzido com derivado do petróleo (matéria-prima não renovável, cuja composição não é metabolizada por microrganismos), leva até 500 anos para desaparecer.

Já o plástico biodegradável desenvolvido na USP é feito de material biológico, e por isso é atacado, na natureza, por outros agentes biológicos – bactérias, fungos e algas – e se transformam em água, CO2 e matéria orgânica. Ele se degrada em no máximo 120 dias.

Atualmente, existem no mercado outros tipos de plástico biodegradável. São feitos a partir de fontes renováveis – milho, mandioca, beterraba e cana-de-açúcar. Porém, estas fontes servem como matérias-primas para produzir um composto (ácido láctico) do qual se pode sintetizar o polímero (PLA – ácido polilático). “Devido ao fato destes plásticos não serem produzidos com polímeros naturais, como proteína e carboidratos, por exemplo, o material apresenta estrutura mais complexa e só se biodegrada corretamente em usinas de compostagem, onde há condições adequadas de luz, umidade e temperatura, além da quantidade correta de microrganismos”, lembra Bianca.

contioutra.com - USP produz plástico 100% biodegradável com resíduos da agroindústria
Alguns plásticos biodegradáveis já comercializados e os chamados plásticos “verdes” também apresentam problemas para o meio ambiente – Foto: Mayke Toscano/Gcom-MT

Além de caros, os plásticos produzidos por fontes renováveis hoje comercializados ainda deixam a desejar em relação a algumas propriedades mecânicas e funcionais se comparados aos plásticos produzidos com fontes não renováveis, e também demandam outros custos para não poluírem o meio ambiente.

Outro plástico muito divulgado na busca por maior sustentabilidade é o “plástico verde”. No entanto, a pesquisadora faz um alerta sobre este tipo de plástico. É feito de cana-de-açúcar, mas não é biodegradável. A partir da cana, é produzido o polietileno igual ao obtido do petróleo, assim o tempo de decomposição do plástico verde é o mesmo do plástico comum. “Vai continuar a causar problemas nas cidades e na natureza.”

Bianca defende que a aceitação e demanda por plásticos biodegradáveis dependam mais de consciência ambiental, legislação e vontade política que de fatores econômicos. Avalia que, em perspectiva global, quando se incluem custos indiretos, como geração de lixo, poluição e outros impactos à saúde e meio ambiente, “os biodegradáveis assumem posições economicamente mais favoráveis”.

Falando em economia, os custos de produção desses materiais podem ficar bem menores que os atuais. E isso se deve à utilização dos resíduos agroindustriais, como o produto agora desenvolvido na USP, cujos componentes não competem no mercado com a indústria de alimentos.

Os resultados desse estudo foram apresentados em março deste ano à FFCLRP na tese de doutorado de Bianca, que trabalhou sob orientação da professora Delia Rita Tapia Blácido.

***

Rita Stella e Paulo Henrique Moreno, de Ribeirão Preto

Mais informações: e-mail [email protected]

Imagem de capa: Filme plástico produzido pela equipe da USP em Ribeirão Preto com resíduos de babaçu – Foto: Divulgação/FFCLRP- USO imagens

Aquele amor que faz você entender que nunca havia sido amada antes

Aquele amor que faz você entender que nunca havia sido amada antes

A primeira vez que olhei pra ele, fiquei sem fôlego. E nem era só porque ele era, sem discussão, um homem de fato muito bonito. Foi alguma coisa que eu vi no jeito dele olhar pra mim e ao redor. Eram os olhos mais transparentes e limpos que eu já tinha visto em toda minha vida.

E não sei se depois, tenha sido porque a minha cabeça ficava exatamente na altura do coração dele. Ou se porque era tão bom ficar em silêncio ao seu lado, partilhando a paz de não ter nada que fosse necessário dizer.

Também não sei se mais à frente, no decorrer dos dias, das semanas e dos meses, a gente tenha tido a alegria de descobrir que, embora fôssemos essencialmente tão diferentes, tínhamos as mesmas certezas em relação ao que é honestidade de sentimentos, respeito às diferenças, amor à família e a indiscutível necessidade de poder confiar um no outro.

Eu entreguei minha vida nas mãos desse homem, assim como ele entregou a sua vida nas minhas, simplesmente porque não havia – nunca houve e nunca haverá – medo entre nós.

E o mais bonito é que, mesmo na perspectiva desse nível tão profundo de entrega, sabíamos que era a nossa individualidade que havia despertado o amor. Nunca houve ciúme porque não havia porque haver; nunca houve desconfiança porque a nossa permanência, juntos, foi uma escolha desde o começo. E, nenhum de nós, em momento algum precisou abrir mão daquilo em que crê, daquilo que gosta ou daquilo que vislumbra lá na frente, para provar o que quer que fosse.

Torcemos um pelo outro, se ele está feliz, eu estou também; se ele prospera, minha vida também é próspera; se seu coração aperta, o meu aperta igual. E tudo isso vem em mão dupla, somos dois seres distintos e independentes que não têm a menor necessidade de possuir.

Nossa paixão nasceu de uma atração instantânea e avassaladora. Nos queríamos com a urgência daqueles que descobrem na mesma pessoa, o colo, o porto seguro e o prazer.

Nosso amor se construiu aos poucos, nas comidinhas feitas a dois, nas tardes de preguiça, na doçura das mãos entrelaçadas, nos sábados e domingos que dedicávamos às crianças, no amor de pai que ele acolheu no peito pelos filhos que não eram dele.

Passamos por tanta coisa juntos, conhecemos perdas e vitórias juntos, rimos juntos, choramos juntos, vivemos juntos e somos nós contra o mundo, se for preciso.

Ele conhece os meus pedacinhos mais sombrios, os meus erros mais imperdoáveis, as minhas fraquezas, as minhas forças, os meus medos e as minhas coragens. E, nunca, em nenhum momento me deixou sozinha, ou se aproveitou da minha vulnerabilidade para se fazer maior ou mais forte.

Ele é meu amor, eu sou o amor dele. E esse sentimento, tantas vezes transformado, me transformou numa pessoa infinitamente melhor.

A vida é um bichinho esquisito, cheio de truques, imperfeições e emoções inesperadas. A gente uma hora está no alto da roda da vida, outra hora nos escapa o chão por baixo dos pés. E a única resposta para as incontáveis perguntas que a vida nos faz é o amor.

Não tenho como mensurar a imensidade da gratidão que sinto em meu peito por ter um dia conhecido esse homem. Meu namorado, meu companheiro, meu parceiro, meu melhor amigo. O meu amor é pra sempre seu. A minha vida foi redimensionada pela simplicidade da sua alma, pela força do seu caráter e pela grandeza do seu coração. O amor pra mim tem nome próprio, o amor pra mim é você, João.

Idoso de 83 anos aprende a maquiar a esposa depois que ela começa a perder a visão

Idoso de 83 anos aprende a maquiar a esposa depois que ela começa a perder a visão

Casados há 56 anos, Des e Mona Manahan, de 83 e 82 anos, são um casal irlandês que continua a demonstrar a todos o que o verdadeiro amor significa, tendo Des decidido começar a ter aulas de maquiagem para poder ajudar a sua esposa a sentir-se mais bonita.

Já com problemas de visão devido ao avançar da idade, Mona não conseguia mais se maquiar. Assim sendo, o seu marido, sabendo que esta sempre gostou de se arranjar, decidiu pôr “mãos-à-obra” e começar a aprender ele mesmo algumas dicas de maquiagem, desde a aplicação da base, do blush, do pó, e até do rímel nos olhos e o batom nos lábios.

contioutra.com - Idoso de 83 anos aprende a maquiar a esposa depois que ela começa a perder a visão

Tudo isto começou quando o casal foi convidado para uma festa e Mona, ao tentar maquiar-se, acabou por não conseguir devido à sua falta de visão. Desta forma, decidiram recorrer a uma loja de cosmética para que a idosa pudesse ser maquiada.

Ao ver Rosie, a funcionária, a maquilhar a sua esposa, Des decidiu dar uma “mãozinha” e, desde então, o casal passou a ir ao estabelecimento para que o homem pudesse aprender a maquiar a sua esposa sozinho.

Segundo Rosie, Des tem um talento natural para a maquilhagem, aprendendo com bastante facilidade, sendo que a única regra que este tem com a sua esposa é “menos é mais”, pelo menos no que diz respeito à maquiagem.

contioutra.com - Idoso de 83 anos aprende a maquiar a esposa depois que ela começa a perder a visão

A história deste casal tão amoroso acabou por se tornar viral nas redes sociais, tendo até chamado a atenção do maquiador da Kim Kardashian que os convidou para uma MasterClass.

Via Sábias Palavras

Mães a partir dos 30 anos têm filhos mais inteligentes, segundo a ciência

Mães a partir dos 30 anos têm filhos mais inteligentes, segundo a ciência
via Rawpixel

A partir de uma certa idade começa a ser comum para as mulheres serem “bombardeadas” com as típicas perguntas: “Então para quando um bebé?”, “Já está na hora de vir um menino, não?”. Contudo, hoje em dia a maternidade é cada vez mais adiada por diversas questões: financeiras, profissionais, relações pessoais, …, e por um lado ainda bem, pois segundo a ciência, isso pode mesmo até ser bastante benéfico para o bebê.

De acordo com um estudo realizado por Alice Goisis, uma professora associada em Demografia no Centro de Estudos Longitudinais localizado no Departamento de Ciências Sociais da University College London, em Londres, as mulheres que são mães pela primeira vez a partir dos 30 anos têm filhos mais inteligentes, tendo estes apresentado melhores resultados cognitivos e comportamentais comparativamente aos filhos de mulheres com idades entre os 25 e 29 anos.

Após analisar os dados do Millennium Cohort Study (MCS), um estudo nacional que acompanhou mais de 18.000 nascimentos ocorridos no Reino Unido por volta do ano 2000, a pesquisadora pôde concluir que as mães que têm o primeiro filho aos 30 anos ou mais são as que têm maior probabilidade de manter altos níveis de qualificação, de se casar e de coabitar no momento do nascimento e de ter altos níveis de renda familiar. Além disso, tendem também a ter melhores comportamentos de saúde em comparação às mais jovens, tendo menor propensão a fumar e a amamentar por um período superior a 4 meses.

Contudo, o mesmo não se passa com mulheres que são mães pela primeira vez a partir dos 40 anos que, apesar de terem características semelhantes às de 30-39 anos, os seus filhos não só não apresentam níveis significativamente diferentes de resultados cognitivos e comportamentais, como até correm maior risco de obesidade em comparação com crianças nascidas de mães com idades entre os 25 e 29 anos.

Assim sendo, se estás a pensar em ter filhos, então fica a saber que as melhores idades para o fazeres é entre os 30 e os 39 anos, segundo a ciência. Ainda assim, não existe melhor altura do que aquela em que te sentes realmente preparada para esse passo tão importante da tua vida!

 

Via Sábias Palavras

Antes de ser um excelente profissional, seja um bom ser humano

Antes de ser um excelente profissional, seja um bom ser humano

A questão principal a ser respondida, ao se escolher um ramo profissional a se seguir, não deveria se relacionar tão somente às habilidades e competências das pessoas, mas, principalmente, ao fato de o indivíduo gostar ou não de gente. Quem não gosta de lidar com pessoas deve procurar uma ocupação que possa ser realizada isoladamente, com o mínimo de interação pessoal. Isso é fato.

Quando lidamos com o público, estaremos diante de seres humanos que carregam, em si, histórias diversas e que passam por momentos que nem sempre são bons. Quase ninguém, por exemplo, procura um médico porque está se sentindo ótimo e feliz. Quem vai a uma consulta médica está doente, sofrendo, com dor e medo, ou seja, estará fraco e vulnerável, precisando de atenção, de força e de esperança. Ninguém, em sã consciência, opta por sofrer, por ficar doente e triste. Por isso é que não dá para aceitar situações em que o médico trata mal o paciente, com uma rispidez desmedida, sem ao menos olhar nos olhos de quem sofre ali na sua frente, sem nem tocar no paciente.

Da mesma forma, dá-se o relacionamento entre advogado e cliente, uma vez que a grande maioria das pessoas que procuram por serviços jurídicos está prestes a enfrentar batalhas judiciais desgastantes, que podem determinar a qualidade de suas vidas dali em diante. Quem nunca foi maltratado ao ser atendido em algum balcão de banco, em algum guichê de serviço público, entre outros? Como entender quando um vendedor parece querer expulsar da loja quem está ali exatamente para dar lucro ao estabelecimento?

Quem atravessa tempestades e enfrenta dificuldades possui menos força para se defender, para se posicionar, haja vista a sua autoestima já se encontrar alquebrada. Dificilmente, nesse caso, essa pessoa terá como fazer valer os seus direitos mínimos de cidadão. Por isso, é covardia descontar os próprios problemas em quem não tem nada a ver com eles, desaguando mau humor e cara feia frente a quem, muitas vezes, necessita exatamente do contrário, a quem somente gostaria de alguém que o enxergasse e lhe sorrisse.

Colocar-se no lugar de quem está ali na sua frente é o mínimo a ser feito quando se lida com pessoas. Pessoas não são robôs, não são experimentos, não são de ferro, portanto, não são obrigadas a ter que enfrentar, além das próprias escuridões, o vazio desesperançoso de quem deveria lhes ajudar. Dá para ser útil sem ter que interagir com os outros, cozinhando na cozinha de um restaurante, pesquisando em laboratórios, entre várias opções. Somente se proponha a lidar com gente quando você souber se comportar como gente. Simples assim.

***

Photo by Nicolas Postiglioni from Pexels

Artigo também publicado na página do autor: Prof Marcel Camargo

Um pincel no focinho e uma ideia na cabeça: Pigcasso, a porca pintora, faz sucesso na África do Sul

Um pincel no focinho e uma ideia na cabeça: Pigcasso, a porca pintora, faz sucesso na África do Sul

Esqueça tudo o que você sabe sobre os artistas renomados que fazem sucesso no universo das artes hoje em dia, porque Pigcasso, a porca pintora, chegou para desconstruir paradigmas.

O método de Pigcasso é bastante simples, mas não por isso menos fascinante. Com um pincel no focinho, ela balança a cabeça com energia para dar pinceladas coloridas e ousadas em uma tela montada em seu ateliê, o chiqueiro.

Quase todos os artistas consagrados tem uma história de vida bastante interessante, que posteriormente será tema de livros, documentários e produções cinematográficas em Hollywood. E com Pigasso a situação não é diferente. Ela foi resgatada em um abatedouro quando era um filhote e foi levada a um santuário de animais em Franschhoek, na região sul-africana do Cabo Ocidental, em 2016, onde seus novos donos perceberam seu amor por cores e pincéis.

contioutra.com - Um pincel no focinho e uma ideia na cabeça: Pigcasso, a porca pintora, faz sucesso na África do Sul

 

“Os porcos são animais muito espertos, então, quando trouxe Pigcasso (trocadilho entre ‘pig’, porco em inglês, e Picasso) aqui para o celeiro, pensei ‘como posso entretê-la?'”, disse Joanne Lefson, que administra a Farm Sanctuary SA.

“Jogamos algumas bolas de futebol, bolas de rúgbi e, é claro, havia alguns pincéis ao redor porque o celeiro era recém-construído… ela basicamente comeu ou destruiu tudo, menos esses pincéis… ela os adorou”, acrescentou.

E o talento de Pigcasso não demorou a se manifestar. Logo a porca estava mergulhando os pincéis em latas de tinta e deixando sua marca. Suas pinturas são vendidas por até 4 mil dólares, e os lucros vão para entidades protetoras de animais. Uma de suas obras de arte até virou um mostrador de relógio da fabricante suíça Swatch, que iniciou a parceria no mês passado.

A edição limitada do modelo “Porco Voador de Miss Pigcasso” tem pinceladas verdes, azuis e rosas e custa 120 dólares.

“Pigcasso com certeza é uma expressionista abstrata, não dá para definir exatamente o que ela está pintando, mas posso dizer que seu estilo muda ligeiramente dependendo de seu humor, como todo grande artista”, disse Lefson.

***
Com informações de EXTRA e Reuters Television

Imagens: Pigcasso: Sumaya Hisham/Reuters

Estudo de psicologia precisa de voluntários com sobrepeso

Estudo de psicologia precisa de voluntários com sobrepeso

Por  , do Jornal da Usp

Estudo deseja produzir tecnologia comportamental para prevenção e tratamento de transtornos alimentares e obesidade

O Instituto de Psicologia (IP) da USP, em São Paulo, recruta voluntários com dificuldades de alimentação e problemas de controle do peso, para participarem do projeto de pesquisa da mestranda Aline Maués, coordenado pela professora Miriam Garcia-Mijares e orientado pela doutora Liane Dahás Jorge de Souza. O estudo é vinculado ao Programa de Pós-graduação em Psicologia Experimental e ao Laboratório de Investigações Comportamentais (Labic).

A proposta da pesquisa é produzir tecnologia comportamental para prevenção e tratamento de transtornos alimentares e obesidade, visando à promoção de perda de peso a partir da redução do consumo de alimentos ultraprocessados.

A participação no estudo consiste em comparecer pessoalmente a quatro encontros no laboratório no período de uma semana, onde os participantes serão expostos a uma tarefa comportamental e deverão preencher algumas escalas e questionários. Após um mês, é realizada uma nova sessão de manutenção da tarefa.

Para participar, as pessoas devem ter a partir de 18 anos e apresentar obesidade ou sobrepeso – com IMC maior que 30 kg/m² e entre 25 e 30 kg/m², respectivamente -, além de alguma dificuldade no controle da alimentação. Os interessados podem entrar em contato com a psicóloga Aline Maués pelo telefone (11) 96426-8595, por WhatsApp pelo (91) 98265-9579 ou pelo e-mail [email protected].

Você já pode se hospedar na casa em forma de batata gigante

Você já pode se hospedar na casa em forma de batata gigante

Se alguém te disser que vai viajar e se hospedar em uma casa em forma de batata gigante, saiba que não é mentira, nem piada. Esta casa existe sim! Ela fica em Boise, no estado de Idaho, nos Estados Unidos. E, ao menos que você não goste de batatas, te trago um ótima notícia, você também pode se hospedar nesta casa que tranquilamente já entrou para o hall das obras arquitetônicas mais exóticas dos últimos tempos. Ela está disponível para ser alugada via Airbnb pelo valor de US$ 200 (cerca de R$ 786). Pode parecer um preço salgado para muitos, mas pense, não é em qualquer esquina que você encontra  um hotel em forma de batata, não é?

O batatão – me desculpe, mas não encontrei nome que a represente melhor – oferece todo o conforto de que você pode precisar para um fim de semana dentro de uma batata. Ela dispõe de uma cama king-size, sala de estar, banheiro e uma banheira de metal. O lugar também possui ar-condicionado e uma pequena cozinha.

contioutra.com - Você já pode se hospedar na casa em forma de batata gigante

contioutra.com - Você já pode se hospedar na casa em forma de batata gigante
Photo Credit: Otto Kitsinger/AP Images for Idaho Potato Commission
contioutra.com - Você já pode se hospedar na casa em forma de batata gigante
Photo Credit: Otto Kitsinger/AP Images for Idaho Potato Commission
contioutra.com - Você já pode se hospedar na casa em forma de batata gigante
Photo Credit: Otto Kitsinger/AP Images for Idaho Potato Commission
contioutra.com - Você já pode se hospedar na casa em forma de batata gigante
Photo Credit: Otto Kitsinger/AP Images for Idaho Potato Commission
contioutra.com - Você já pode se hospedar na casa em forma de batata gigante
Photo Credit: Otto Kitsinger/AP Images for Idaho Potato Commission

A batata pesa seis toneladas e mede 28 metros de comprimento, 12 metros de largura e 11,5 metros de altura. A batata gigante foi originalmente projetada e construída pela Comissão de Batatas de Idaho em 2012. O objetivo era promover um dos produtos mais populares do estado norte-americano. Estratégia ousada, não é mesmo?

Quem está por trás do projeto de habitação é a arquiteta de casas pequenas norte-americana Kristie Wolf. Ela entrou em contato com a Comissão da Batata de Idaho pensando em transformar a batata em uma “propriedade”, como conta o site do Insider.

Mas, veja bem, eu garanti que você também pode se hospedar na casa em forma de batata gigante, mas não disse quando. O Big Idaho Potato Hotel já está reservado até meados de junho. E você, acha que a experiência vale a espera?

***

Com informações de Go outside

INDICADOS