Não julgue a dor do outro, dor a gente consola

Não julgue a dor do outro, dor a gente consola

Enquanto vivermos, acumularemos saudades de momentos, de pessoas queridas, de empregos, de comidas, cores, sabores, do que éramos, dos sonhos amortecidos pelo peso do cotidiano. Será necessário aprendermos a conviver com a falta do que e de quem se foi, ao longo de nossas vidas, transformando a dor da saudade em combustível aos recomeços que teremos pela frente. Agora, junto mais uma saudade à minha coleção: a da Kate, minha gata.

Anos atrás, apareceu uma gatinha em meu quintal. Eu nunca tivera gatos, somente cães a minha vida toda. Deixei-a na minha garagem, enquanto procurava por um possível interessado em ficar com ela, mas ele nunca apareceu. E ela foi ficando, ficando e ficou. Estranhei, desde o início, o jeito de um gato, sua autossuficiência, seu olhar de altivez, sua calma, enquanto tudo à volta pode estar fervendo. E um comportamento que me fazia sofrer era a liberdade de ir e vir que ela possuía. Saía e voltava quando quisesse, bem como ficava na rua o tempo que fosse.

Uma semana antes de ser atropelada, ela saiu de manhã e não voltou o dia todo. Cheguei do trabalho e ela não aparecera, o que me deixou nervoso – ela nunca ficara mais de duas horas na rua. Coloquei sua foto no Facebook, numa página de proteção aos animais aqui de minha cidade, totalmente desolado. Saí a pé, de carro, pelas redondezas, à sua procura, e nada. Somente lá pelas nove da noite, ela apareceu, como se nada tivesse acontecido, e foi comer sua ração calmamente. Uma semana mais tarde, ela morreria atropelada.

Já perdi muitos cachorros ao longo da vida, mas perder a Kate me arrasou de uma forma cruel. Porque a gente lutou junto na construção de nosso amor: ela lutava de lá para que eu a amasse e, no início, eu lutava daqui para não amá-la. Ela venceu.

Dizem que o gato nos escolhe e a Kate me escolheu desde o primeiro dia. Eu a encontrei, enrolei-a num paninho e arranjei-lhe uma almofada. Dizem que gatos têm uma missão junto aos que amam, pois energizam os ambientes. Seu amor me confortou nesse um ano e meio, em que muitas dificuldades enfrentei. Então, num dos dias mais felizes de minha vida, em que meu filho se matriculou na faculdade, ela percebeu que a sua missão acabara e partiu.

Partiu pois percebeu que estávamos felizes e a sua partida não nos tiraria qualquer esperança. Partiu quando percebeu que conseguiríamos continuar sem ela. Kate deixou muito amor, muita lealdade e momentos que preencherão esse vazio que agora me consome.

Minha gata me ensinou muita coisa, principalmente em se tratando de relacionamentos e amor. Ela me amava e deixava claro isso quando dormia sob minha barriga, quando se esfregava em forma de um oito entre minhas pernas enquanto eu escovava os dentes, quando lambia minha mão com sua língua crespa. Ela me amava e sempre voltava: ela queria que eu entendesse que ela voltaria para mim. Todo dia. Para sempre. Ela voltaria. Ela acabou, um dia, não voltando fisicamente, mas ela voltou, sim, afinal, ela prometera que voltaria. Voltou porque, na verdade, nunca saiu do meu coração. Ela continua aqui dentro de mim, de onde nunca mais sairá.

Com ela aprendi tanto, inclusive que a gente se despede, todos os dias, de quem ama, nos gestos, nos dizeres, nos olhares, no carinho. O adeus está diluído em cada parte de nossos dias. E a Kate despediu-se lindamente de mim. Ela veio rápido e foi rápido. Na última semana juntos, ela vinha toda noite pular na minha barriga enquanto eu via televisão. Na última madrugada juntos, ela dormiu encostada na minha perna. Naquela última vez em que eu a vi viva, ela saiu e, parada na janela, olhou pra mim, encostando o focinho no meu nariz.

Levarei para sempre essa imagem. Ela foi tão boa, que sabia que não ficaria muito tempo conosco e se despediu aos poucos. Despediu-se quando quase morreu acidentada meses atrás e resistiu bravamente; despediu-se quando sumiu, uma semana antes de sua morte; despediu-se inspirando um texto meu publicado um dia antes de ela morrer e que ficará para sempre no mundo, e despediu-se na madrugada, dormindo comigo. Acho que ela começou a ir embora depois já daquele primeiro acidente. Ela sabia que estava morrendo, mas foi forte e continuou por mim, até não dar mais, até sua missão ser bem sucedida.

Outra lição que ela me deixou foi que, por incrível que pareça, a gente acaba sendo julgado até na dor, no sofrimento. Mas a gente não controla a dor e o sofrimento. O sentimento vem lá de não sei onde e transborda, mesmo que queiramos, a todo custo, calá-lo. E cada um sente de um jeito, não significando que sofre mais quem chora demais ou de menos. Por isso, não há coerência em se comparar ou se medir dor. É maldade menosprezar quem sofre, seja por um ente querido, por um animal, por um passarinho, seja por um peixinho dourado.

A morte traz raiva, dor e revolta, seja a morte de quem for. Dor não é para ser comparada, julgada, medida. Dor é para ser consolada. O tempo de luto de cada um diz respeito somente a ele. A dor há de amenizar, mas a tempestade que atravessamos, enquanto dói a alma, merece, no mínimo, respeito.

Há oito anos, minha mãe partia para sua próxima jornada. E, por mais que eu tenha fé, que eu creia em nosso reencontro, que eu racionalize esse sentimento todo e me equilibre por aqui sem sua presença, um vazio ainda me acompanha por dentro. Não adianta; em certos momentos, a gente quer ouvir a voz, abraçar, brigar que seja, sentir o cheiro daquela pessoa.

E a dor pela partida da minha gatinha Kate agora se junta à minha coleção de saudades doídas. A morte é a certeza mais óbvia de nossas vidas, mas também a dor mais duradoura dentre todas. E, irônico consolo, é suportável, porque a gente tem que continuar. Porque é isso que quem partiu espera de quem fica. E eles aguardam ansiosamente por nós – são lindos esses reencontros. Tem todo dia festa no céu.

Sim, descubro, às duras penas, que somos mais fortes do que imaginamos. Amor verdadeiro faz isso com a gente. Só o amor. Sempre o amor.

*Dedicado à Cleide e à Kate.

Brasileira desenvolve aplicativo que auxilia na alfabetização de crianças com autismo

Brasileira desenvolve aplicativo que auxilia na alfabetização de crianças com autismo

Foi pensando em auxiliar na alfabetização de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) que a brasileira Ana Sarrizo criou um aplicativo, batizado de Brainy Mouse – ou “Rato Esperto”, em uma tradução livre – , que trabalha a alfabetização dessas crianças de forma lúdica, divertida e em concordância com as necessidades do seu desenvolvimento.

O aplicativo, criado em uma pesquisa que durou quatro anos na Babson College, nos Estados Unidos, está disponível para dispositivos com sistemas Android ou iOS. No jogo, a criança tem que ajudar um ratinho a formar palavras como se fosse uma receita, em que os ingredientes são as sílabas. Enquanto fazem isso, também devem escapar dos cozinheiro.

Além de ensinar a ler e a escrever, o Brainy Mouse ainda estimula a empatia, pois insere as noções de empatia e colaboração, já que o ratinho e a criança que joga são aliados. No final de cada fase, o jogador ganha de uma a três estrelas, de acordo com seu desempenho. Quanto mais estrelas, mais acessórios para escapar dos cozinheiros eles podem comprar.

O Transtorno do Espectro Autista é um transtorno de desenvolvimento que geralmente aparece nos três primeiros anos de vida de uma criança e compromete as habilidades de comunicação e interação social. Ele é dividido em três tipos: Síndrome de Asperger, Transtorno Autista ou Autismo Clássico e Transtornos invasivos do desenvolvimento, que podem ter três níveis. As causas do autismo ainda são desconhecidas, mas a pesquisa na área é cada vez mais intensa.

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Redação CONTI outra. Com informações de Terra

Abraços são o alimento emocional dos filhos

Abraços são o alimento emocional dos filhos

Para todos os psicólogos, sabe-se, o poder terapêutico emocional que tem um abraço.

Como seres emocionais que somos, o contato físico constitui em nós uma maneira de comunicar e expressar sem palavras o afeto que sentimos por uma pessoa.

O abraço permite que as pessoas estabeleçam um vínculo de aceitação e compreensão, que não seria transmitido da mesma maneira se simplesmente o expressássemos.

A sensação proporcionada pelo estreitamento nos braços de uma pessoa com quem temos algum tipo de afinidade nos dá segurança e refúgio; além da certeza de se sentir apreciado.

No entanto, em recém-nascidos, no momento do parto, eles são entregues à mãe, colocando-os no peito. Isso permite que você seja gravado em seu subconsciente, o vínculo que irá mantê-lo unido por toda a vida.

Neles, o contato direto com a pele da mãe é tão necessário quanto alimentar-se dela; reforçando assim o seu sistema imunológico para se sentir protegido e seguro.

Por que o abraço é tão importante em crianças?

Os abraços têm a propriedade de nos ajudar a nos sentir bem e, além disso, favorecem o desenvolvimento afetivo e a inteligência das crianças.

O contato físico simples que os abraços proporcionam, encha a energia da mãe e da criança e as interpenetre de maneira especial; onde as palavras acabaram.

Um exemplo claro do que foi dito acima é a ação que, quando uma criança tem um excesso de raiva ou raiva, o simples fato de ser abraçada é capaz de controlar sua agressividade e dissipa a tensão que pode ter acumulado.

O poder do abraço faz a criança sentir que não está sozinho, que tem alguém com quem pode contar e abre o caminho para expressar tudo o que sente; recuperando seu equilíbrio interno, que nos pequenos é um pouco difícil de administrar.

Quais são os benefícios de abraçar para crianças?

Há muitos benefícios do ponto de vista afetivo e de saúde em geral, que um forte abraço traz para as crianças.

A seguir, são apenas alguns deles:

1. Eles fornecem segurança

Uma criança se sentirá mais segura quando receber de seus pais e parentes próximos, o afeto que só um bom abraço é capaz de transmitir.

Isso fortalecerá grandemente a auto-estima deles e aumentará sua crença em si mesmos e em sua capacidade de serem independentes.

A segurança proporcionada por um abraço na criança só pode ser comparada com a que ele sentiu quando ainda estava no ventre de sua mãe.

2. Fortalece a saúde emocional

Uma criança que constantemente recebe afeto através de abraços como hábito cotidiano, será no futuro uma pessoa emocionalmente saudável, capaz de lidar assertivamente com conflitos e não dependerá de terceiros para se firmarem em suas resoluções.

3. Motivar a união familiar

Os abraços que se manifestam diariamente de maneira constante e espontânea são os que criam laços indissolúveis de união familiar.

Inclusive, as crianças que são criadas em um ambiente onde as manifestações do amor são um hábito constante; no futuro formarão famílias com essa mesma tendência.

Os laços que fomentam abraços criam nexos afetivos próximos e sinceros, que conseguem unir a família num sentimento de grupo, de integração e de unidade pela sensação que a sensação de fazer parte de algo dá.

4. É uma fonte de energia

Não há nada que preencha mais uma pessoa do que a energia que emerge de um abraço sincero e motivada por emoções tão positivas quanto o amor.

Este tipo de energia positiva é o que dá força e encorajamento nas crianças, equilibrando seu estado emocional.

5. Influencie positivamente o humor

Se você quiser restaurar a alegria e a animosidade de uma criança, apenas tome-a em seus braços e reduza-a com muito amor e afeição; parar de se sentir triste ou triste.

Não devemos esquecer que a comunicação que fazemos de maneira não verbal pode se tornar muito mais importante e com mais conteúdo do que a comunicação verbal; pela contribuição que isso significa no vínculo emocional entre pais e filhos.

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Tradução por A Soma de Todos os Afetos, do artigo publicado no site Menteasombrosa
Imagem de capa: pexels

Cigarro ultrapassa o plástico como maior responsável por poluição dos oceanos

Cigarro ultrapassa o plástico como maior responsável por poluição dos oceanos

Já de algum tempo se sabe de todos os malefícios que o cigarro causa ao corpo humano.

Inúmeras campanhas empreendidas principalmente nos últimos anos visam chamar a atenção para o fato de que o tabagismo pode causar inúmeras doenças, como hipertensão arterial, infarto do miocárdio, bronquite crônica, enfisema pulmonar, cânceres de pulmão, boca e laringe, só para citar alguns. O que pode ser novidade a muita gente é que o cigarro também é uma ameaça real aos oceanos.

Dados divulgados pela Ocean Conservancy, que patrocina anualmente a limpeza de de praias, dão conta de que em 32 anos foram colhidas mais de 60 milhões de bitucas nos mares, o que posiciona o cigarro como o responsável principal pela poluição dos oceanos, ultrapassando inclusive o plástico, que por muito tempo foi considerado o maior vilão do meio ambiente.

Hoje, as bitucas de cigarro representam um terço dos materiais retirados do fundo do mar.

Resíduos de cigarro foram detectados em cerca de 70% e 30% das aves e tartarugas marinhas, respectivamente. O plástico também faz participação especial no cenário catastrófico, já que as guimbas possuem o produto nos filtros, que não são biodegradáveis.

Dados revelados por Thomas Novontny, fundador do Projeto de Poluição por Bitucas de Cigarro, mostram que no mundo, são produzidos cerca de 5,5 trilhões de cigarros todos os anos e a grande maioria deles leva filtros de acetato de celulose, levando mais de 10 anos para se decompor totalmente. Somado ao descarte irregular, os oceanos se transformam no abrigo do poluente. À NBC News, o professor da Universidade Federal de San Diego conta que os filtros são apenas uma instrumento de marketing adotado pelas empresas.

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Redação CONTI outra. Com informações de Hypeness

Barbeiro dá desconto em corte de cabelo a crianças que leem em voz alta para ele

Barbeiro dá desconto em corte de cabelo a crianças que leem em voz alta para ele

Andam dizendo por aí que as crianças de hoje lêem menos devido ao acesso fácil e irrestrito à tecnologia. E foi pensando em reverter este quadro que o barbeiro Ryan Griffin teve uma ideia sensacional. Na sua barbearia em Michigan, a Fuller Cut, as crianças que lêem um livro em voz alta durante os cortes têm desconto de 2 dólares (cerca de 8 reais).

E Ryan Griffin também se preocupa em passar uma importante mensagem aos pequenos leitores. Os livros utilizados na barbearia possuem imagens positivas de afro-americanos, como astronautas, atletas ou escritores. Não é demais?

A ideia surgiu quando o barbeiro visitou cidades como Houston (Texas), Dubuque (Iowa) e Columbus (Ohio), que já praticavam esse tipo de incentivo. Ryan então pensou que deveria levar essa ideia para sua comunidade. Um pai gostou da ideia e acabou doando alguns livros e, a partir daí, outros pais fizeram o mesmo.

Os pequenos clientes da barbearia Fuller Cut nem sempre conseguem terminar a leitura do livro em apenas um corte, então, Ryan realiza um monitoramento para garantir que, quando a criança retorne ao salão, pegue o mesmo livro para prosseguir com a leitura de onde parou.

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“Se nós pudéssemos receber as crianças de volta no Fuller Cut como adultos na faculdades e eles nos dissessem: ‘Por causa de vocês que nos fez ler aqui, me fez querer ser um escritor ou jornalista’, esse é realmente o objetivo final”, conclui o barbeiro.

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Me diz se essa não é a melhor história que você leu hoje. Definitivamente, o mundo precisa de mais pessoas como Ryan Griffin.

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Redação CONTI outra. Com informações de Historia no Paint

Portugal pretende oferecer incentivos a brasileiros que quiserem se mudar para o país

Portugal pretende oferecer incentivos a brasileiros que quiserem se mudar para o país

Se você tem o sonho de morar em Portugal, agora você tem mais um motivo para considerar a possibilidade de realizá-lo em breve. Uma proposta do atual governo português, conhecida como “A Geringonça”, quer dar acesso a “direitos sociais, vistos de residência e trabalho” para indivíduos que falem português fluentemente. É a sua chance!

A proposta foi formalmente apresentada em Brasília, na sede do Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, e acolhida por membros e observadores da CPLP – a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. De acordo com interlocutores de ambos os países lusófonos – Portugal e Brasil, – o acordo tem previsão de concretização em até dois anos.

O intuito do governo português com a proposta é aquecer a economia do país com mão-de-obra qualificada, uma vez que o PIB português ainda sente os efeitos da crise mundial de 2008. Além disso, o salário mínimo de Portugal ainda é um dos mais baixos da União Europeia, girando em torno de €530 – pouco mais de R$ 1.900 – , o que faz milhares de jovens portugueses economicamente ativos deixarem a nação para morar em outros países da UE, onde a oferta de salário é melhor.

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Outro motivo pelo qual os portugueses estão querendo incentivar a ida de brasileiros para o país é o envelhecimento da população de Portugal – na próxima década começará a faltar mão de obra jovem. Assim, o governo vêm com bons olhos a renovação populacional pelos imigrantes, incentivando a entrada de cidadãos falantes da língua portuguesa.

Para Marcelo Ribeiro de Sousa, atual presidente de Portugal, a “nova lei de acesso aos países lusófonos tornará possível para um maior número de profissionais estrangeiros concorrerem a vagas de trabalho, levando-se em conta a equivalência de títulos profissionais e acadêmicos entre essas nações.”

Ele disse ainda que um trabalhador brasileiro que escolha viver e trabalhar em Portugal poderá agregar à sua aposentadoria os anos de trabalho no Brasil somados aos anos de trabalho futuros em Portugal, sendo amparado pela legislação no acordo, a incluir direitos sociais e previdência social.

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Redação CONTI outra. Com informações de Criatives

Keanu Reeves imortalizou suas impressões na “Calçada da Fama”.

Keanu Reeves imortalizou suas impressões na “Calçada da Fama”.

Geralmente não ficamos sabendo do caminho que alguns artistas tiveram que atravessar para chegar à fama. Eles são gente como a gente e alguns simplesmente podem não tiveram apoio dos pais. Já outros pode ter recebido suporte de grandes expoentes, enquanto outros mais tiveram que vir de bem abaixo para chegar ao topo.

Com isto não queremos dizer que aqueles que já começaram bem não merecem reconhecimento, mas devemos confessar que ficamos mais satisfeitos quando alguém que sofreu muito recebe, finalmente, suas recompensas. Esse é o caso de Keanu Reeves, que recentemente colocou suas mãos e sua assinatura no cimento da Calçada da Fama de Hollywood.

contioutra.com - Keanu Reeves imortalizou suas impressões na "Calçada da Fama".
Para aqueles que não sabem, Keanu nasceu no Líbano. Ele era uma criança imigrante que presenciando atos de um pai abusivo que maltratava sua mãe e que depois abandonou a família. Mais tarde, aos 15 anos, com auxílio de seu padrasto ele entrou no mundo da arte e do entretenimento como assistente de produção.

Nos anos 90 começariam suas perdas: seu melhor amigo River Phoenix (irmão de Joaquin Phoenix) morre de overdose, em 1999 sua filha também parte, e em 2001 ele perde sua ex-esposa e o amor de sua vida Jennifer Syme. Sua irmã foi diagnosticada com câncer, e apesar de tudo o que Keanu passou, ele persistiu e nunca desanimou.

Hoje, o ator reconhecido por Matrix e John Wick desfruta de uma homenagem com alguns de seus amigos, como Halle Berry e Laurence Fishburne.

contioutra.com - Keanu Reeves imortalizou suas impressões na "Calçada da Fama".
“É uma grande honra estar aqui e ser convidado para este lugar excepcional, histórico e mágico”, disse Reeves, de acordo com a EFE.

Aos 54 anos, ele continua a brilhar na sétima arte, sua história comovente, sua luta e seu talento lhe renderam reconhecimento por Hollywood e para seus fãs, ele já tem um lugar em nossos corações.

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Traduzido pela CONTI outra, do original de UPSOCL.

Veja também: Keanu Reeves tem 50 anos e parece mais bonito do que nunca em uma nova sessão de fotos para a GQ Magazine

Em cadeiras de praia e na sombra de árvores, psicanalistas oferecem sessões gratuitas à população

Em cadeiras de praia e na sombra de árvores, psicanalistas oferecem sessões gratuitas à população

Imagine ter uma consulta com um psicanalista ao ar livre, em um belo gramado, debaixo da sombra de uma árvore, e o melhor de tudo, sem pagar um real por isso. Parece incrível, não é mesmo? Pois é exatamente esta a proposta do projeto Psicanálise de Rua, que teve sua primeira atividade em São Carlos(SP) realizada no último sábado (18). A ação, realizada na data instituída como Dia Nacional da Luta Antimanicomial, tinha o intuito de oferecer psicanálise gratuita com acesso para toda a população.

A iniciativa do projeto Psicanálise de Rua em São Carlos partiu de Claudia Gigante Ferraz. Depois que ela participou de um evento na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a ideia começou a tomar forma. Envolveram-se no projeto, os psicanalistas Daniel Nogueira, Aleksandra Lopes, Marcos Arenales, Fernanda Leonardo, Mariazinha Saldanha de Castro, Pedro Magalhães Lopes, Daniela Foraciari e Beatriz Astolphi. Todos eles já atuavam na cidade de São Carlos e passaram a se disponibilizar também para realizarem todos os sábados atendimentos individuais e gratuitos na Praça Pedro de Toledo, entre os horários das 11h às 13h. A ideia é levar a análise para as ruas e utilizar os espaços públicos como uma espécie de consultório informal.

Em sessões que duram cerca de 50 minutos, os psicanalistas atendem qualquer pessoa que deseje ser escutada. “O coletivo Psicanálise de Rua – São Carlos surge no esteio de outras iniciativas de clínicas abertas de psicanálise que já ocorrem em algumas cidades do Brasil, permitindo que a escuta psicanalítica possa também operar para além do contexto do consultório particular. Trata-se de uma psicanálise “de rua”, pois é o espaço público da cidade que é utilizado para os atendimentos, ao invés do tradicional consultório particular. Assim, todo cidadão pode procurar este atendimento”, explica o grupo de profissionais ao portal A cidade on São Carlos.

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Em cadeiras de praia e na sombra de árvores, psicanalistas oferecem sessões gratuitas em São Carlos

O projeto em São Carlos deriva de uma ideia que nasceu em São Paulo, a partir dos psicanalistas Tales Ab’Sáber e Daniel Guimarães. A ideia se espalhou pelo Brasil e já acontece em outros estados, como o Distrito Federal e o Rio de Janeiro. Para o grupo, essa é uma oportunidade com potencial para atravessar a barreira de algo disponível, em partes, apenas para uma parcela favorecida da população: a psicanálise.

“A iniciativa de Psicanálise de Rua aposta na capacidade transformativa da experiência psicanalítica, em sua possibilidade de tratar o mal-estar psíquico e de se contrapor aos discursos de segregação, intolerância e autoritarismo crescentes na sociedade brasileira. Diante de tão preocupante cenário social, a Psicanálise de Rua surge como uma iniciativa de alcance clínico, ético e político”, esclarece o grupo.

A psicanálise ao alcance de todos é uma ideia tão bacana que merecia ser replicada em todas as cidades do país, concorda?

Serviço 
O que: Psicanálise de Rua São Carlos
Quando: Todos os sábados, das 11h às 13h
Onde: Praça Pedro de Toledo (Rua Dona Alexandrina, 672 734)
Quanto: Gratuito

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Redação CONTI outra. Com informações de www.acidadeon.com

Pessoas que sabem ouvir também precisam ser ouvidas

Pessoas que sabem ouvir também precisam ser ouvidas

Todos nós valorizamos as pessoas que sabem ouvir. Agradecemos sua hospitalidade emocional, sua empatia autêntica, sua capacidade de validar nossas palavras, histórias e sentimentos. No entanto, é necessário lembrar um aspecto simples: quem sabe escutar, quem está lá para nós sempre que precisamos, também precisa ser ouvido de tempos em tempos.

Este tópico é mais importante do que podemos pensar no início. Carl Rogers, um renomado psicólogo humanista, disse que a base de todas as relações saudáveis ​​está na escuta ativa, na capacidade de ouvir uns aos outros com eficácia. No entanto, mais e mais pessoas estão chegando à terapia psicológica para se sentirem ouvidas “pela primeira vez”.

Há aqueles que se levantam como figura sempre acessível a quem todos compartilham suas preocupações, problemas e ansiedades com eles. Eles são refúgios que, curiosamente, não costumam encontrar os deles quando precisam. Além disso, há muitos que estão tão acostumados a ouvir os outros, que acabam escondendo suas necessidades, escondendo-se nas circunvoluções do búzio do silêncio.

Pouco a pouco, é mais fácil para eles deixar os outros falarem do que pedir silêncio por um momento, só por um momento, para revelar o que sentem, para dizer em voz alta que eles também têm preocupações e gostariam de ser tratados. Estas são situações muito comuns que devem nos convidar a uma reflexão sincera.

Pessoas que sabem ouvir nem sempre sabem pedir ajuda

Uma parte das pessoas que sabem ouvir se acostumou a não ser ouvida. Esses dados podem parecer impressionantes, no entanto, é uma realidade muito parecida com a de alguém que se acostumou a se virar sozinho sem receber nada em troca. Existem muitos tipos de invisibilidade, e onde não se tem ninguém para ser honesto, apesar de ser a figura clássica de refúgio a que todos chegam, é sem dúvida um dos mais comuns.

Mais cedo ou mais tarde, essas pessoas acabam indo para a terapia porque precisam de um ouvinte sincero. Afinal, todos nós precisamos que nossas histórias sejam ouvidas. Cada um de nós merece apoio emocional para ir ao sincero. Assim, o fato de não ter alguém válido com quem fazê-lo é altamente doloroso.

No entanto … por que essas situações estão ocorrendo? É um problema apenas de alguém que se acostumou a ouvir e não é assertivo para pedir o que ele precisa ou talvez estamos enfrentando um tipo de egoísmo relacional? Vamos analisar as possíveis causas.

O palavreado narcisista

Essa realidade é muito comum entre casais e até entre amigos. Há sempre alguém acostumado a derrubar todos os pensamentos, anedotas, ocorrências ou problemas de natureza diferente. A comunicação é realizada em uma direção e através de um palavreado narcísico. Lá, onde o interlocutor não é levado em conta, onde abandonar um monólogo quase compulsivo e totalmente desprovido de empatia.

Esse tipo de situação evidencia um tipo de relação que é claramente prejudicial. O mais impressionante é que alguém acostumado a usar o outro como um “contêiner” de seu palavreado elogia sempre as pessoas que sabem ouvir. Portanto, não economize nos elogios do tipo ‘o que eu faria sem você? Está claro que ninguém me entende como você faz isso.

A pessoa que teme ser julgada

Em um estudo realizado na Escola de Ciências Psicológicas da Universidade de Manchester (Reino Unido), a Dra. Pamela Fitzerald mostrou um fato que a maioria de nós pode entender muito bem. Quando uma pessoa vai à terapia psicológica, eles valorizam primeiro e acima de tudo um aspecto simples: saber que, seja o que for que digam, não serão julgados ou criticados por isso.

Algo assim nos faz entender que muitas daquelas pessoas que sabem ouvir, mas ao mesmo tempo evitam ser honestas com os outros, frequentemente o fazem por medo de críticas. Talvez, certas experiências do passado as privaram daquele ambiente seguro em que se sentem ouvidas e validadas, talvez o peso das críticas recebidas em certos momentos os impeça de estarem abertos aos outros.

Às vezes, ouvir é mais fácil do que comunicar

Outro fator que explica por que algumas pessoas preferem ouvir a comunicação é definido pelo estilo de personalidade. O perfil introvertido, muitas vezes, é aquele ideal para alguém ir em privacidade para explicar nossas experiências e pensamentos. No entanto, ele ou ela raramente tende a fazer o mesmo e se ele faz, ele escolhe pessoas muito selecionadas.

Muitas vezes, o ato de ouvir é mais fácil para muitas pessoas se comunicarem. Requer apenas a aplicação de uma escuta ativa, um olhar que compreenda e seja uma presença próxima, nada mais. Entretanto, o ato de se abrir para o outro para expressar pensamentos, revelar fatos ou confidências já requer outro tipo de competências que, para certos tipos de personalidade, não é simples ou não pode ser feito com ninguém.

Todos nós merecemos ser ouvidos: é um ato de hospitalidade emocional

Pessoas que sabem ouvir também merecem ser ouvidas. Se tivermos alguém que está sempre lá para nós, vamos lembrar de praticar essa reciprocidade onde eles podem dar o que eles nos oferecem. Talvez esse amigo, esse colega de trabalho ou esse membro da família esteja mais confortável em ser um ouvinte do que um comunicador, mas seja o que for, precisamos criar ambientes seguros onde possamos conversar com eles quando precisarem.

Para concluir, lembre-se que escutar é muito mais do que deixar o outro falar enquanto pensamos no que vamos dizer … A comunicação humana é também um ato de hospitalidade onde receber as palavras do outro e torná-las nossas, é conectar para proteger, é dar refúgio a fornecer quem temos em frente à segurança, compreensão e empatia. Portanto, aprendamos a praticar a escuta ativa diariamente.

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Tradução de A Soma de Todos os Afetos. Artigo do site La Mente es Maravillosa
Imagem de capa: Photo by Kaboompics .com from Pexels

‘Minha filha sofre tanto bullying que passou a fazer xixi na calça’, desabafa mãe

‘Minha filha sofre tanto bullying que passou a fazer xixi na calça’, desabafa mãe

Presenciar o sofrimento de um filho é o pior pesadelo de um pai ou de mãe, não é mesmo?

E foi justamente por se encontrar nesta situação que Cara Biggs, de 41 anos, foi levada a fazer o mais triste desabafo. Sua filha Liliana, de apenas oito anos, estava sofrendo tanto bullying na escola que passou até mesmo a fazer xixi na calça. Dá para imaginar a angústia dessa mãe?

A pequena Liliana é alvo de chacota dos seus colegas devido às suas “orelhas de abano”. Cara relatou ainda que, além de passar a fazer xixi na calça, o bullying também levou sua filha a não querer comer e isso fez com que os cabelos dela também começassem a cair muito.

Em entrevista ao jornal britânico “The Sun”, Cara contou que tentou de diversas maneiras fazer com que o bullying contra a sua filha acabasse. “Chegou ao ponto da minha filha começar a fazer xixi na calça e não querer mais ir para a escola. Eu já me reuni com a escola e com alguns dos pais das crianças que fazem o bullying, mas não adiantou nada”.

E foi aí que Cara e Liliana resolveram entrar em contato com um cirurgião plástico para se informarem sobre a cirurgia para a correção das orelhas de abano. “O médico disse que ela realmente era uma candidata para a cirurgia e nós decidimos fazer. Quando já estava tudo marcado, o plano de saúde não liberou a cirurgia, minha filha ficou arrasada. Aí ela parou de comer de vez e minha filha é bem magrinha, então fiquei muito preocupada com isso”, relatou Cara.

Então, sensibilizado com a história da menina, o médico Adam Frosh anunciou que faria o procedimento gratuitamente. “Ele me ligou e disse que iria fazer a cirurgia gratuitamente. Eu fiquei muito emocionada, ele está sendo maravilhoso. Minha filha ficou radiante com a notícia!”, afirmou a mãe. A cirurgia da pequena está marcada para junho.

Esse é só mais um exemplo de como o bullying pode afetar a vida de uma criança. Escola, família e comunidade, portanto, devem estar unidas na campanha contra o bullying. Se fere alguém, não é brincadeira, é ofensa!

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Redação CONTI outra. Com informações de Bebê Mamãe

Imagem de capa: Reprodução Arquivo Pessoal

Cientista brasileira inventa “caneta” que detecta câncer

Cientista brasileira inventa “caneta” que detecta câncer

Não é de hoje que os cientistas brasileiros vêm se destacando na área de pesquisa com as suas contribuições cada vez mais significativas às mais diversas áreas do conhecimento. E, desta vez, quem se destacou foi a cientista Livia Schiavinato Eberlin, formada em Química pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e atualmente chefe de pesquisa na Universidade do Texas, nos Estados Unidos. Ela foi a responsável por desenvolver um pequeno equipamento que representa um importante avanço para a comunidade médica, principalmente na área da oncologia. Trata-se da MacSpec Pen, um equipamento que se assemelha a uma caneta e é capaz de detectar células tumorais em poucos segundos.

A MacSpec Pen, tem como principal objetivo certificar, durante uma cirurgia oncológica, que todo o tecido tumoral foi removido do corpo do paciente. À revista Veja, Livia explicou:

“Muitas vezes o tecido é retirado e analisado por um patologista ainda durante a cirurgia para confirmar se todo o tumor está sendo retirado, mas esse processo leva de 30 a 40 minutos e, enquanto isso, o paciente fica lá, exposto à anestesia e a outros riscos cirúrgicos”.

Ainda segundo a cientista, o equipamento usa uma técnica de análise química para dar essa mesma resposta que um patologista daria. “A caneta tem um reservatório preenchido com água. Quando a ponta dela toca o tecido, capta moléculas que se dissolvem em água e são transportadas para um espectrômetro de massa, equipamento que caracteriza a amostra como cancerosa ou não”, explicou Livia.

contioutra.com - Cientista brasileira inventa "caneta" que detecta câncer

Essa caracterização da amostra é possível porque a tecnologia usa, além dos equipamentos de análise química, técnicas de inteligência artificial para que a máquina “responda” se as células são tumorais. Para este resultado, foram usadas, na criação do modelo, centenas de amostras de tecidos cancerosos que, por meio de suas características, “ensinam” a máquina a identificar tecido tumoral.

Livia, que está no Brasil para apresentar os resultados iniciais de sua pesquisa no congresso Next Frontiers to Cure Cancer, promovido anualmente pelo A.C. Camargo Cancer Center, deu mais detalhes sobre a pesquisa: “Na primeira fase da pesquisa analisamos mais de 200 amostras de tecido humano e verificamos uma precisão de identificação do câncer de 97%”.

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Redação CONTI outra. Com informações de Veja- (Com Estadão Conteúdo)  

Não adianta mudar de parceiro se não aprendeu a se relacionar

Não adianta mudar de parceiro se não aprendeu a se relacionar

Por muito tempo, eu nutri essa ilusão. Já esperei ser curada por alguém, quando minha autoestima era zero e, já acreditei que o meu amor pudesse curar quem se sentia um zero à esquerda. Eu me desfiz dessa crença, já faz algum tempo.

O amor cura, sim, feridas que outras pessoas causam. Contudo, se o ferido não tiver a autoestima bem alicerçada, o amor do outro não terá esse efeito. Porque uma coisa é você estar ferido por consequência de uma determinada situação; outra coisa é você ter um péssimo conceito de si mesmo(a) ao ponto de não se sentir merecedor(a) de ser amado(a).

Se você está inteiro e inicia um relacionamento com alguém que se sente indigno de ser amado, nada do que você fizer será o suficiente. Você pode ofertar o seu melhor todos os dias, não vai adiantar, a pessoa não saberá lidar com a sua entrega. Ela sempre vai achar que ‘tá bom demais para ser verdade’ e, para provar que a paranoia dela faz sentido, ela fará de tudo para sabotar a relação.

Ela vai buscar algum indício, seja lá o que for, para mostrar que você não está fazendo o suficiente. E, caso ela não encontre nada no presente, ela vai fuçar o seu passado, especialmente, nas redes sociais, para trazer algum dissabor. Ela vai encontrar uma curtida que você deu numa foto de 8 anos atrás e, fará disso um motivo para uma grande crise entre vocês.

A relação será aquela gangorra, aquele sobe e desce, alternando dois dias de bem-estar com uma semana de aborrecimentos. Até chegar num ponto em que, de tanto desgaste, você vai abandonar o barco, mesmo gostando muito da pessoa. A outra parte, vai chorar, se vitimizar e sair dizendo a plenos pulmões: “Eu não tenho sorte no amor”!

Uma pessoa, antes de iniciar uma nova relação, deve fazer um balanço de como está a autoestima. É preciso investir em autoconhecimento e, se for o caso, buscar ajudar profissional. Não adianta mudar de parceiro, se ainda não aprendeu a se relacionar.

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Na Suíça, deputados não têm benefícios e ganham menos que professor

Na Suíça, deputados não têm benefícios e ganham menos que professor

Genebra, na Suíça, é uma das cidades mais ricas do mundo, com uma taxa de desemprego de 5,3%. E por lá, acreditem, um deputado não tem direito a carro oficial, auxílio moradia, aposentadoria, ou qualquer outro benefício exorbitante. E tem mais! Para não atrapalhar o emprego “normal” dos deputados, as sessões do Parlamento são todas organizadas no final da tarde, quando o expediente já terminou. Ou seja, ser parlamentar na Suíça é um privilégio e não uma profissão. Bem diferente do que acontece por aqui, não é mesmo?

Em Genebra, o deputado comum não conta com um carro oficial e não é beneficiado por qualquer tipo de transporte. Uma exceção é feita ao presidente do Grande Conselho que, caso esteja indo a um evento oficial, tem o direito de usar um veículo oficial. Mesmo assim, o privilégio só é concedido se ele estiver indo à reunião na condição de presidente da Câmara e não a título pessoal. Traduzindo em outras palavras, nada de dar rolê por aí com a família no carro oficial. O auxílio-moradia também não faz parte dos benefícios. Ao final de quatro anos de mandato, os deputados também não ganham uma aposentadoria.

Outras condições dos deputados suíços que a nós soaria estranha é que, durante anos no “poder”, eles não podem contratar parentes – Não tem nepotismo! Dá pra acreditar? – e ganham um voucher para fazer duas refeições por mês. Cada uma delas de 40 francos suíços (cerca de 137 reais).

E agora sobre o salário. Na melhor das hipóteses, um deputado em Genebra vai somar um salário anual de 50.000 francos suíços (o equivalente a 172.000 reais), cerca de 4.100 francos por mês. Isso se ele for o presidente do Parlamento e comparecer a todas às sessões. O cálculo de quanto um deputado comum recebe a cada mês é feito por hora. “Se você vem, você recebe. Se não, não recebe”, disse à Revista Veja o deputado e ex-presidente do Parlamento Estadual de Genebra, Guy Mettan. Ele conta ainda que precisa assinar com seu próprio punho uma lista de presença a cada reunião.

Convertido em reais, o valor pode até parecer elevado. Mas, hoje, o pagamento ao presidente do Grande Conselho de Genebra é inferior à média salarial de um fabricante de queijo e menor que a renda de um mecânico de carros na Suíça, de uma secretária, de um policial, de um carpinteiro, de uma professora de jardim de infância, de um metalúrgico ou de um motorista de caminhão. Ele, porém, é equivalente ao salário médio de um açougueiro da cidade alpina.

Para um deputado comum, o salário é muito inferior ao do presidente do Parlamento. Por ano, eles chegam a receber cerca de 30 mil francos suíços, o equivalente ao pagamento médio atribuído a um artista de circo ou a um ajudante de cozinha, postos ocupados em grande parte por imigrantes.

No Brasil, o salário de um deputado estadual chega a 25.300 reais por mês em São Paulo, por exemplo. Além disso, os parlamentares brasileiros têm direito a uma verba mensal (o chamado “cotão”), que pode superar 30.000 reais, para custeio de gastos de alimentação, transporte, passagens aéreas e despesas de escritório.

“Na Suíça, a política é considerada um envolvimento popular”, explicou. “É um sistema de milícia. Ou seja, não é um sistema profissional. Somos obrigados a ter um emprego paralelo, a ter uma profissão paralela. Não se pode viver com essa indenização”, admitiu o deputado suíço. “Não existe deputado profissional”, disse Guy Mettan.

É, parece que o Brasil tem mais essa lição para aprender com a Suíça!

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Redação CONTI outra. Com informações de Veja(Com Estadão Conteúdo)

A linguagem não verbal: o corpo que expõe a verdade

A linguagem não verbal: o corpo que expõe a verdade

A linguagem corporal é tão subjetiva e complexa que fica dependente de uma análise apurada. As pesquisas apontam que 90% da comunicação humana é realizada através de gestos, expressões faciais e movimentos dos olhos.

Assim, a linguagem não verbal se constitui em uma das formas para a construção de relações saudáveis. Entretanto, as tecnologias midiáticas estão extinguindo os contatos presenciais, pois são instrumentos de controle e poder.

Os padrões comportamentais são indicadores importantes, como por exemplo: ao ver que as pessoas com quem estamos tentando interagir não apresentam uma expressão corporal receptiva à nossa fala, não é a hora para conversarmos.

Então, temos que aprender o momento de falar e calar, nos tornando bons observadores da linguagem corporal, que nos ensina a fazer uma leitura adequada do ambiente que estamos convivendo, e ainda ajuda a perceber quando alguém está mentindo.

Sintetizei algumas emoções, que se realçam na motricidade corpórea:

Tristeza e olhares:

Há um período de tristeza onde as pessoas sentem-se desamparadas, e a linguagem corporal revela nelas: o canto da boca caído; as bochechas erguidas, como se estivesse cingindo os olhos, fatigantes em oposição aos cantos da boca; olhares curvados; pálpebras superiores pendentes; o canto interno das sobrancelhas cansativos para cima, no meio da testa.

Os sujeitos que olham sempre para os lados parecem inquietos, farsantes ou desatentos. Porém, se eles desviarem os olhares pode ser indício de sujeição ou incômodo. Olhares de esguelha, talvez, sejam de pessoas desconfiadas ou que estão inseguras, do que ouvem dos seus interlocutores.

Aliás, os sujeitos que olham muito para o chão podem ser tímidos. E têm aqueles que olham debaixo quando estão aborrecidos ou seus olhares estão longínquos ou indicam que estão refletindo ou sentindo alguma intensa emoção.

Entretanto, os psicopatas não manifestam expressão de tristeza, nem olhares intrigantes ou qualquer outra emoção, já que são criaturas que não possuem sentimentos, porque são frias e perigosas para a sociedade.

Ombros e dedos:

Ao contrair os ombros, os sujeitos querem dizer que não sabem nada sobre o assunto. Veja: as crianças balançam os ombros para mostrar que não se importam com algo.

Apontar os dedos pode evidenciar acusação ou dominação. Quando éramos crianças e fazíamos alguma coisa errada nossas mães erguiam o dedo indicador para afirmar seu descontentamento. E assistimos gente repetindo esse gesto na discussão com os outros.

Portanto, a linguagem corporal expõe suas verdades nas múltiplas expressões, que foram registradas nas estátuas, pinturas, fotografias, etc., de todas as culturas. Apesar disso, hoje, somos coagidos a fingir felicidade para as câmeras digitais, uma vez que a internet e as redes sociais manipulam o verdadeiro sentido das imagens corpóreas.

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Jackson César Buonocore é sociólogo e psicanalista

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