Mulheres que vivem rodeadas de plantas vivem mais, diz a ciência

Mulheres que vivem rodeadas de plantas vivem mais, diz a ciência

Pesquisadores da Universidade de Harvard divulgaram um estudo na Environmental Health Perspectives, que revela que mulheres que vivem em um espaço rico em vegetação vivem mais. De acordo com a pesquisa, nesses lugares o índice de mulheres que falecem é 12 % menor do que em outros espaços. Isso só reafirma a importância de viver em comunhão com a natureza.

O teste foi realizado com uma grande quantidade de mulheres, no total 108 mil e durou por 8 anos, no período de 2000 e 2008. Esta análise da exposição à natureza foi cuidadosamente estudada.

As participantes da pesquisa puderam vivenciar vantagens de vidas passadas aproveitando o verde dos bosques e parques, tanto psicológica quanto fisicamente. Segundo o pesquisador Peter James: “uma grande parte dos aparentes benefícios dos altos níveis de vegetação parece estar associada à melhoria da saúde mental”. No estudo uma boa porcentagem das mulheres apresentaram diminuição nos níveis de depressão, isso se deve ao fato de que este estilo de vida cria mais possibilidade de estabelecer relações e atividades sociais.

 

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JOY AND GRATITUDE. First, I’m pretty happy about this shipment of plants I received from the Florida greenhouse last week. My plant studio and porches will hopefully be looking more lush than ever! … ? More importantly, I continue to feel endlessly grateful to all of you for your encouragement and enthusiastic feedback! I even appreciate and try to learn from the critical comments. … ? I have always been a fairly compulsive maker/decorator/plantswoman but it has been so unexpected and has brought me true joy to have my efforts embraced by so many wonderful people. I wake up every day feeling fortunate and excited to explore living with plants as a beautiful, engaging , and meaningful experience. ?… ? Wishing you all a thrilling Thursday! . . . . #gratitude #get_planted #plantseverywhere #planterina #indoorplantstyling #indoorjungle #plantgang #plantcollection #houseplants #indoorplants #growingplants #plantstyle #indooroutdoor #selfportrait #myplantaesthetic #windows #plantlady #botanicalwomen #girlswithplants #indoorplantsdecor #planthaul #plantdelivery #greenhouse #plantswoman #thursdaythoughts

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Além do alívio psicológico, cercar-se de plantas também pode reduzir os riscos de doenças respiratórias e tumores, uma vez que o ar puro da floresta se contrapõe à poluição dos grandes centros urbanos.

A dica dos especialistas é que, mesmo que não podendo morar em áreas onde o verde é abundante, pelo menos devemos adquirir o hábito de cultivar plantas em casa. Faça jardins ou de sua varanda um bom lugar para mantê-las mais próximas a nós.

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Redação CONTI outra. Com informações de Olha que vídeo

Photo by Alasdair Braxton from Pexels

Empresas oferecem serviço de reconhecimento facial a igrejas brasileiras

Empresas oferecem serviço de reconhecimento facial a igrejas brasileiras

O Centro de Exposições Anhembi, na zona norte de São Paulo, abrigou no final de outubro a 15ª ExpoCristã – maior evento voltado para o público cristão da América Latina. O evento, que contou com shows de música gospel, simulações virtuais de episódios bíblicos e estandes de editoras evangélicas, também apresentou uma novidade tecnológica que deixou muita gente intrigada.

Sob o slogan “mude a maneira de operar sua igreja”, a Kuzzma, empresa estrangeira de inteligência artificial, lançou seu serviço de reconhecimento facial voltado para igrejas no Brasil. O serviço de reconhecimento facial também estava sendo vendido pela brasileira Igreja Mobile durante o evento. “Hoje em dia quem não deseja ter o controle do seu ambiente? De quem entra e quem sai? Nas igrejas nós constatamos que eles queriam muito saber disso e por isso trouxemos essa tecnologia”, explica Luís Henrique Sabatine, diretor de desenvolvimento da empresa, que oferece ainda o serviço de transmissão ao vivo de cultos e eventos religiosos.

Vigilância em nome de Deus

De acordo com o site da Kuzzma, uma câmera panorâmica de alta resolução instalada nas igrejas possibilita o reconhecimento facial. A câmera ainda identifica informações pessoais e assiduidade dos fiéis nos cultos. A partir disso, são gerados relatórios para cada pessoa, incluindo estatísticas sobre seu comportamento e até avisando em casos de atividade considerada anormal. “Conseguimos definir em nossas métricas até mesmo se alguém precisa de uma visita pastoral”, disse o CEO da empresa em entrevista à ExpoCristã.

Já a concorrente direta, a Igreja Mobile utiliza software da TecVoz, empresa de segurança eletrônica, mas com especificidades voltadas para as necessidades das igrejas.

Uma câmera comum captura as imagens e as envia para um computador capaz de reconhecer rostos e mais informações sobre essas pessoas. “Nós conseguimos definir para o cliente a assiduidade do usuário, contagem de pessoas, humor do usuário, se ele está feliz, se está triste, se está angustiado, com medo. Nós conseguimos definir isso tudo”, explica o diretor de desenvolvimento, Luís Henrique Sabatine.

A Igreja Mobile oferece relatórios de quantidade de pessoas presentes, gênero, idade média dos fiéis, assiduidade e análise de sentimento, conforme divulgado no próprio site.

Segundo Sabatine, cerca de 40% dos clientes da Igreja Mobile – 160 igrejas – utilizam o serviço de reconhecimento facial. O resto utiliza apenas o serviço de transmissão ao vivo dos cultos oferecido pela empresa, que não quis dar nome aos clientes.

A Igreja Mobile pertence a Flávio Carrer Domingues e Rita Cardamone e foi fundada no final de 2018 com o serviço de transmissão ao vivo para igrejas. No início de 2019 começaram a oferecer o reconhecimento facial. Segundo o diretor de desenvolvimento da empresa, “o ponto diferencial é o nicho [cristão], realmente”.

Igrejas vigilantes

A Igreja Evangélica Projeto Recomeçar, localizada no bairro de Xerém, na zona oeste do Rio de Janeiro, é cliente da Igreja Mobile desde o início de 2019 e avalia o serviço positivamente. “Nós utilizamos [o reconhecimento facial] para dar uma maior assistência aos membros que não estão vindo aos cultos”, conta Caio Duarte, responsável pela área de TI da igreja.

Em São Paulo, a Igreja da Restauração, na zona norte da cidade, começou recentemente a utilizar a tecnologia para controle de público. “A gente fica sabendo em média quantas pessoas vêm em cada culto semanal. Pra gente é bem importante ter esse retorno”, relata Sabrina Marciano, da comunicação da igreja.

De acordo com o diretor de desenvolvimento da Igreja Mobile, a tecnologia de reconhecimento facial oferecida precisa ser alimentada com dados de fiéis, como nome e foto, para poder gerar os relatórios individuais para cada um. Nesse momento de registro, os fiéis assinam termo consentindo o uso dos dados pela igreja. “A gente leva os membros, eles registram a face no nosso software lá e assinam o termo dizendo que a igreja irá utilizar da imagem dele para o reconhecimento facial, porque o banco de dados não fica com a Igreja Mobile. Isso fica com o cliente”, esclarece.

No entanto, nem a Igreja da Restauração nem o Projeto Recomeçar firmaram termo de uso de dados com os fiéis. “A gente anunciava nos cultos, mas nada de assinatura”, admite Sabrina Marciano, justificando que a igreja se encontra em reforma e que posteriormente isso será implementado.

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Redação CONTi outra. Com informações de El Pais

Imagem de capa: BRUNO FONSECA/AGÊNCIA PÚBLICA

A metáfora da indelicadeza: o elefante em loja de porcelanas

A metáfora da indelicadeza: o elefante em loja de porcelanas

A psicanálise se utiliza dos recursos simbólicos, pois o que sentimos, falamos e pensamos sobre a vida e o mundo podem ser explicados pelos conceitos metafóricos. As metáforas são usadas de modo inconsciente e influenciam a nossa linguagem falada e escrita, que produz sentidos figurados por meio de comparações. A expressão “o elefante em loja de porcelanas”, com suas variáveis: cristais ou louças é uma metáfora que explica o comportamento de gente grosseira, deselegante ou sem nenhuma delicadeza.

Em geral, essas pessoas são agressivas e colecionam inimizades, porque agem com indelicadeza, sem se preocupar que estão magoando os outros. É como um elefante numa “sala de cristais”, que não quer entender que nesse ambiente tem seres humanos de diferentes idades, etnias, crenças, ideologias e orientação sexual. E que suas atitudes deselegantes geram mal-estar nas empresas, nas famílias, nas escolas e nos demais espaços públicos ou privados.

Essa agressividade pode estar ligada ao um desequilíbrio físico ou emocional, que é inconsciente e contém materiais reprimidos da consciência, e quando emergem para o consciente produzem ansiedade, que se revertem em hostilidade. Os indivíduos com esse perfil agem de maneira vil, como se fossem palhaços do circo de horrores ou como um elegante que se mostra tenso na “loja de louças”, constrangendo quem está ao seu redor.

É cada vez mais comum vê-los, inclusive nas redes sociais, sendo ofensivos com pessoas frágeis física e emocionalmente, como crianças, idosos, mulheres grávidas, pessoas com deficiências, pacientes com depressão profunda e doentes crônicos, que não conseguem dar uma resposta aos desaforos. Precisamos protegê-las de palavras afrontosas, que tem o poder simbólico e psicológico de ferir e humilhar os mais fracos.

O ID desses indivíduos tem uma estrutura de personalidade, que se comporta de forma caótica, sentindo prazer nas ofensas contra os demais. No entanto, o que eles ganham como isso? É o lançamento dos seus desejos ao consciente, pela satisfação plena e imediata, da destruição do afeto, do respeito e da confiança, que são delicados como cristais ou porcelanas.

Há duas possíveis análises para entender esse tipo de conduta desagradável. Primeiro: está agindo só pelo impulso, como uma criança mimada, que pressiona o ego para satisfazer os seus mais diversos desejos. Segundo: ou se move pelo instinto de morte, um instinto autodestruidor, que está na fonte de todos os tipos de agressividade.

Entretanto, para se relacionar com os brutamontes das indelicadezas precisamos de assertividade, que é dizer o que precisa ser dito, no lugar certo e no momento certo, mas com a mesma elegância dos cristais, uma vez que esses sujeitos não estão acostumados a ser tratados com gentileza. É por isso, que a polidez se torna impactante para quebrar a frequência da má educação, que vem do rico ou do pobre, do culto ou do ignorante, já que ser assertivo e calmo é uma virtude moral e divina.

Enfim, a redenção dessas criaturas é autocrítica e a busca por ajuda psicoespiritual, a fim de mudar esse padrão inconsciente de hostilidade. Também devem ser dar conta que é importante ter – autocontrole e refletir antes de falar –, visto que não se deve colocar para fora tudo o que vem à mente, e pôr na consciência que o mundo não gira em torno do seu umbigo. Aliás, ninguém quer manter na sua loja ou melhor na sua vida, um elefante para quebrar seus cristais ou suas louças, já que a restauração desse material é muito custosa.

Tumor no cérebro como o de Gloria Maria pode alterar comportamento da pessoa

Tumor no cérebro como o de Gloria Maria pode alterar comportamento da pessoa

A jornalista Gloria Maria passou por uma cirurgia no último dia 11 para a retirada de uma “lesão expansiva cerebral”. Na quinta-feira (14), ela recebeu alta do hospital Copa Star, no Rio de Janeiro, onde o procedimento foi realizado, e lá está em casa.

A apresentadora do Globo Repórter se sentiu mal no dia 7 de novembro e foi internada. Após ser submetida a uma ressonância magnética, foi detectada uma lesão cerebral e ela precisou passar por uma cirurgia de emergência.

A lesão cerebral, conhecida também como neoplasia, ou popularmente como tumor, pode benigno ou maligno.

Vale ressaltar que nem todo tumor é câncer. A palavra tumor corresponde ao aumento de volume observado numa parte qualquer do corpo. Quando o tumor se dá por crescimento do número de células, ele é chamado neoplasia – que pode ser benigna ou maligna.

Ao contrário do câncer, que é neoplasia maligna, as neoplasias benignas têm seu crescimento de forma organizada, em geral lento, e apresenta limites bem nítidos. Elas tampouco invadem os tecidos vizinhos ou desenvolvem metástases. O lipoma e o mioma são exemplos de tumores benignos.

As neoplasias benignas não costumam apresentar risco à vida, entretanto, podem complicar-se quando aumentam em grande quantidade, levando à compressão de órgãos e tecidos próximos.

As neoplasias malignas, por sua vez, são formas mais graves, podendo ser de difícil tratamento, principalmente quando descobertas tardiamente.

Sintomas da neoplasia

● Dores de cabeça: costumam ser o primeiro sintoma a se manifestar e se tornam mais frequentes à medida que o tempo passa. Podem não melhorar com remédios comuns para dor de cabeça e ser acompanhadas por náuseas e vômitos. Elas podem piorar quando o paciente se deita ou abaixa a cabeça.
● Convulsões: as convulsões assumem diferentes formas como apresentar dormência, formigamento, movimentos descontrolados dos braços e das pernas, dificuldades na fala, sentir cheiros estranhos ou ter sensações estranhas, episódios de inconsciência e convulsões.
● Mudanças nas funções cognitivas, no humor ou na personalidade: o paciente pode ficar retraído, temperamental ou ineficiente no trabalho, sentir-se tonto, confuso ou incapaz de pensar. Depressão e ansiedade, especialmente se aparecem repentinamente, também podem ser sinais de tumor cerebral. O paciente também pode se tornar desinibido ou agir de forma completamente diferente da que lhe era habitual.
● Mudanças na fala: como dificuldade para encontrar palavras, falar de forma incoerente, incapacidade de se expressar ou de compreender a linguagem.
● Alteração nas capacidades auditiva e olfativa ou na visão, incluindo visão dupla ou embaçada.
● Perda do equilíbrio ou da coordenação
● Mudança na capacidade de sentir: calor, frio, pressão, um toque leve ou algo afiado.
● Alterações no pulso ou frequência respiratória: se o tumor pressionar o tronco cerebral.

Fatores de risco

Existem alguns fatores de risco para o desenvolvimento de um tumor no cérebro, de acordo com Leonardo Takahashi, especializado em neurocirurgia funcional pelo serviço da Central da Dor e Estereotaxia do Hospital A.C Camargo Câncer Center, em São Paulo.
Se o tumor se originou na cabeça, doenças genéticas são determinantes, segundo Takahashi.

“Já o hábito de fumar aumenta a chance de câncer de pulmão que, de acordo com estatísticas, é o tipo de tumor que mais gera metástase no cérebro”, afirma o especialista.
No caso das mulheres, o câncer de mama é o que tem mais probabilidade de se espalhar. A exposição à radiação também é arriscada: “Nessa situação, ocorre uma mudança no DNA das células, que pode gerar um tumor”, finaliza Leonardo Takahashi.

Redação CONTI outra. Com informações de Catraca Livre e R7

Sobre o Coringa, ainda e mais

Sobre o Coringa, ainda e mais

De tanto que falei do filme, fui convidada por um colega da psicanálise para fazermos um debate sobre o tão aclamado Coringa. Virou motivo de chacota o fato de eu ter ido três vezes ao cinema, até para mim, que nunca tinha ido mais de uma vez para ver a mesma coisa. Então, enquanto pensava no que falar durante o debate, para além daquilo que já havia escrito, pensei: mas por que diabos tive que ver três vezes, perigando ir a quarta vez?

Quando criança, eu tinha medo de palhaços. Claro que na época não entendia, mas depois, pensando e pensando já adulta, me parece que a figura de um palhaço é triste porque carrega um sorriso forjado e, ao mesmo tempo, uma lágrima, que está desenhada para expor a contradição entre o imperativo do riso enquanto o que se quer, no fim das contas, é chorar. Afinal, qual é a graça?

Na adolescência, meu livro favorito se chamava O dia do curinga (Jostein Gaarder – o mesmo autor d’O mundo de Sofia). Também tive que ler pelo menos umas três vezes, não porque fosse difícil de entender, mas porque em cada releitura podia enxergar coisas que não tinham sido possíveis antes. Trata-se da história de um menino em uma viagem com o pai, e o que motiva a viagem é a busca pela mãe/esposa que os deixou quando o filho tinha quatro anos e saiu pelo mundo para se encontrar. Lá pelas tantas da viagem, Hans-Thomas ganha uma lupa e um mini-livro, temos então uma história dentro da história e, obviamente, ambas estão entrelaçadas. Em uma ilha, um marinheiro náufrago vive sozinho por muitos anos até que as cartas do baralho que carregava numa caixinha de madeira ganham vida em forma de anões, cada um com seu naipe. Tudo está em perfeita ordem quando chega o Curinga. Cito um trecho:

Todas as cinquenta e duas figuras eram diferentes, mas tinham uma coisa em comum: nenhuma delas jamais perguntou quem era ou de onde tinha vindo. E por agirem assim, todas viviam em perfeita harmonia com a natureza à sua volta. Elas apenas viviam suas vidas dentro desse jardim exuberante e, como os animais, estavam íntima e despreocupadamente ligadas a ele…Até que chegou o Curinga. Ele se infiltrou no povoado como uma cobra venenosa. (…) Ele não apenas usava roupas engraçadas com guizos nas pontas, mas também não pertencia a nenhuma das quatro famílias, a nenhum dos quatro naipes. E, para completar, conseguia irritar os anões fazendo-lhes perguntas que não eram capazes de responder. (GAARDER, 1996, p. 210).

O Curinga, ou Joker, representa esta figura que faz questão, enquanto as outras cartas vivem sem que precisem fazer perguntas. No filme, há uma transformação de Arthur, esse “garotinho feliz”, de palhaço a joker. Enquanto palhaço, bem ou mal, ele se monta/desmonta e causa riso com suas palhaçadas, mas é alguém que está para ser batido, espancado, achincalhado. Ao fim do dia, remove-se a maquiagem, tira-se a peruca, roupas e sapatos, volta-se a ser triste. Enquanto Coringa/Joker, Arthur é a própria piada, uma piada que não tem graça. Há algo de identidade que passa a compô-lo. Não mais a peruca, mas o próprio cabelo pintado de verde. A maquiagem até por dentro da boca. A dança, o andar confiante, algo que lhe atravessa o corpo, uma verdade que vem à tona.

Arthur não pôde ser ouvido, primeiro por sua mãe (seja por ter sido tomada pela loucura [?], seja pela obsessão por um homem que não quis assumi-la, nem a seu filho). Começa aí a posição de Arthur como este objeto que resta espancado, recusado pelo pai, batido pelo(s) padrasto(s), cujo grito não é ouvido pela mãe. A posição do sujeito se repete na vida. Apesar de não se lembrar dos maus-tratos na infância, segue na vida sendo espancado gratuitamente por ser quem é: um cara estranho que tem um “distúrbio” de riso involuntário. Será coincidência que haja um sintoma assim para alguém que “veio ao mundo para trazer riso e alegria”? Também segue não sendo ouvido pelo patrão, pela assistente social, dentre outros. É uma voz que não tem lugar para o Outro.

Ao saber (como se tomasse um remédio amargo) de sua história, matar a mãe no real, ou seja, fazer uma passagem ao ato, é a saída que encontra para deixar a posição de objeto e colocar-se minimamente como sujeito. Arthur passa a ser visto, a ter uma ex-sistência, a custo da violência e não da elaboração. Sua passagem de palhaço a Coringa não tem como objetivo fazer um levante social, uma revolução de cunho político. É uma transformação que ocorre no nível micro, das primeiras e primordiais relações desse sujeito, mas o que ele reclama é para si, sua filiação, seu lugar. Arthur está matando a mãe, este primeiro Outro no real. Seria preciso fazer metáfora para que esta concretude pudesse ter sido ultrapassada. Que os outros o tenham como símbolo de uma revolução, trata-se de um deslizamento que já não lhe diz respeito.

Tanto no livro O dia do Curinga quanto no filme de Todd Philips, há uma questão com a mãe. No livro, um menino em busca de encontrar a sua, no filme, ao encontrá-la (saber quem ela realmente é e que mentiras carregou), há o deparar-se com o horror e a violência de quando não se é nada para o Outro.

A trilha sonora (que só pude reparar na terceira vez que fui ao cinema e por causa de um comentário que li na internet) remete ao imperativo da felicidade. Smile!!

Em outro comentário, de um psicanalista também, me deparei o com o tocante fato de que Joaquin Phoenix, aos 19 anos viu morrer de overdose em seus braços o irmão (também ator) River Phoenix. Foi ele quem ligou para o socorro enquanto seu irmão agonizava em um beco, como na cena do começo do filme, na qual é espancado por garotos e resta caído num beco. Há algo pungente na atuação de Phoenix que ultrapassa tudo o que é esperado. O artista finge sentir a dor que deveras sente.

Quanto à questão do “somos todos Coringas”, posso afirmar que não é Coringa quem quer. O Coringa é uma carta extra, que está fora do baralho, mas que pode causar um rebuliço e mudar as regras do jogo. Como Jostein Gaarder diz em seu livro: “somos bonecos vivos”, e o Coringa é a única carta que sabe disso.

Obs. 1: Agora juro que eu paro.

Obs. 2: Até a minha próxima ideia fixa.

Referência:

GAARDER, J. O dia do Curinga. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

As pessoas feridas não sabem lidar com o afeto

As pessoas feridas não sabem lidar com o afeto

Existem pessoas que têm muita dificuldade em receber afeto e cuidados. Muitas delas são especialistas em se dedicar ao outro. Elas não se sentem confortáveis quando são abraçadas, tocadas. São pessoas que nunca dão um abraço inteiro, elas travam, sinalizando para que o outro não avance além daquele limite.

São pessoas tão feridas ao ponto de perceberem o carinho e a entrega do outro como uma ameaça. Semelhante ao cachorro que, após ser muito maltratado, reage com agressividade ao carinho.Minha ex sogra uma senhora extremamente dedicada a cuidar dos outros. Ela cuida dos vizinhos quando adoecem, dos familiares, de estranhos. Cuida até de quem não merece. Ela ama cozinhar para todos. Contudo, ela possui uma extrema dificuldade em ser agradada, o abraço dela é tenso e desconcertado.

Um dia eu me ofereci para fazer uma massagem nos pés dela, com a desculpa de que queria uma opinião sobre um creme que tinha comprado. Ela permitiu com muita resistência, mas, no terceiro dia, ela já estava relaxada e com um semblante que expressava gratidão, ela estava gostando de ser tocada. Recentemente, ela fez contato comigo, disse que sente a minha falta, e que nunca vai me esquecer, eu a amo muito e ainda pretendo viajar só para abraça-la e enchê-la de carinho. Eu deixei minhas digitais naquela vida e carrego as dela comigo, sou muito grata por isso.

Muitas pessoas estão sempre atentas às necessidades de quem as cercam. Elas se doam ao extremo, dessa forma, evitam entrar em contato com as próprias necessidades. No geral, são pessoas que foram negligenciadas desde a infância. Elas aprenderam que não podem “dar trabalho” aos outros. De certa forma, vivenciaram situações em que internalizaram que a vida se resume a servir ao outro, a se doar. São pessoas que se sentem culpadas quando estão felizes, como se isso fosse pecado. Essas pessoas precisam e merecem que ao menos uma pessoa do círculo familiar e social delas a enxergue além da aparência durona que elas apresentam.

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Cuidar de você deveria ser prioridade.

Cuidar de você deveria ser prioridade.

Você, é você mesmo, que cuida de tantos compromissos. Que é ombro amigo nas horas mais difíceis. Você que dá conta de tantas coisas no mesmo dia, que tem trabalhado duro nos seus sonhos e naquilo que acredita ser o correto. Você, que às vezes parece abraçar o mundo e esquece de abraçar a si mesmo. Você deveria ser prioridade na sua vida também, viu? Quanto tempo você leva cuidando de você? Fazendo algo por você? Há quanto tempo você não tira um tempo de qualidade de você para você mesmo?

Eu não sei o que te arranca um riso feliz ou o que faz o seu coração sentir paz. Talvez seja uma noite de sábado regado a Netflix e pizza. Pode ser que seja uma ida ao salão, uma tarde lendo aquele livro que você gosta, ou planejando as suas férias. Talvez você goste de correr no parque, ir a academia, ter uma alimentação saudável.

Eu não sei o que você tem feito para cuidar de você, eu só sei que você precisa desse cuidado. Se doar para os outros e tentar ser o melhor em tudo é importante às vezes, mas deixar a gente de lado sempre é engano demais. Pode ser que depois disso, as pessoas percebam que você nem sempre estará disposto (a) a atendê-las. Muito provavelmente você terá que começar a usar a palavra “não” como forma de impor seus limites. O ato de ceder é importante nas relações, mas o de se amar também. Não se anule. Vão dizer que você é egoísta às vezes e sabe? Se aprender a não ser disponível sempre é sinônimo de egoísmo acho, sinceramente, que isso nos mostra muita coisa: Ser útil não é o mesmo que ser amado. Como diz a minha amiga Laureane, quem cuida também precisa de cuidado. Eu desejo profundamente que nesta semana você se cuide. Permita-se errar sem se culpar o tempo todo. Sem se achar um fracasso. Sem se comparar com os outros. Eu espero e desejo que você se orgulhe da pessoa que tem se tornado e caso não esteja feliz que vá em busca de conquistar o que deseja, sem medo. Eu quero que você se cuide, entende? Tire um tempo pra você, faça algo essa semana por você. Seja o que for. E se quiser, me conta no direct depois? Vou adorar saber que essas palavras fizeram a diferença para alguém. Eu só quero que você também seja prioridade na sua vida. Tá bem?

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Após retirar pólipo pré-canceroso, Will Smith fala sobre a importância da colonoscopia.

Após retirar pólipo pré-canceroso, Will Smith fala sobre a importância da colonoscopia.

Will Smith já é uma figura muito conhecida mundialmente. O ator, protagonista de diversos filmes e séries conseguiu cerca de 40 milhões de seguidores nas redes sociais, se tornando dono de um dos maiores perfis no Instagram. Na primeira semana de novembro, Will chocou todos os seus seguidores com um desabafo, que também foi um alerta.

O ator havia passado por uma colonoscopia, um exame que todos deveríamos fazer, mas causa medo por ser um procedimento invasivo. O exame avalia uma parte do intestino e detecta, entre outras coisas, pólipos, câncer e doenças inflamatórias intestinais. A colonoscopia captura imagens em tempo real do intestino grosso e de parte do íleo terminal (a porção final do intestino delgado).

Smith não deixou de falar todos os detalhes do processo, em seu canal no youtube ele mostrou toda o cuidado pré exame, até o resultado final: infelizmente Will encontrou um pólipo pré-canceroso.

No vlog, o médico de Smith comenta que, se o pólipo não fosse retirado, ele poderia continuar crescendo. “Quando resolvi fazer o vlog, só pensei: ‘Isso vai ser engraçado’. Não fazia ideia que encontrariam um pólipo”. Smith ainda recomenda que as pessoas sigam seu exemplo: “Já é 2019, precisamos estar com a saúde em dia.”

 

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Com seus 51 anos, Will Smith revelou ficar muito assustado com o resultado, mas felizmente pode retirar o pólipo e evitar uma das piores doenças da atualidade, o câncer.

“É 2019, nós temos que melhorar nossa saúde. Há uma certa quantidade de comprometimento e vergonha em ser saudável. Você só precisa fazer isso, cara” disse o artista.

As palavras do astro repercutiram bastante e conseguiu chegar até aos principais jornais brasileiros. O exame feito pelo ator é bastante recomendado e sem dúvidas é o que mais previne o câncer no intestino.

 

Com informações de UOL

Viver exige coragem

Viver exige coragem

Rasteiras, decepções, doenças, desemprego, traição, morte, a vida tem dessas coisas. Existem momentos maravilhosos que marcam as vidas de cada um de nós. E há aqueles períodos em que a gente só quer sumir. Gangorra, instabilidade, imprevisibilidade, caos, beleza, amor, prazer, tudo junto e misturado nesse trem em que embarcamos assim que nascemos.

Talvez soframos por sermos esperançosos e sonhadores demais, porque o ser humano é cheio de planos e de projetos, desejos e afetos, mas nem tudo se realiza. A gente se frustra o tempo todo, com os momentos, com as pessoas, com o que vem na contramão e nos derruba. A gente enfrenta rejeição, gosta da pessoa errada, escolhe o que deveria ficar longe.

A gente acorda, na maioria das manhãs, com o propósito de vencer e de ser feliz. Mas a gente depende do que está lá fora e de quem caminha conosco, para que a felicidade resida completa na gente. E então o chefe acorda azedo e desconta na gente. E então o filho desiste da faculdade e volta para trás. E então um irmão adoece, o cachorro fica cego, um amigo se vai para sempre.

A gente planeja que as coisas durem, que as amizades sejam fiéis, que os amores sejam recíprocos, que nosso trabalho dê certo. A gente espera uma notícia boa, uma promoção no trabalho, o reconhecimento de alguém. E lá vem o contrário disso tudo, e lá vêm as colheitas amargas de nosso passado imaturo. E tudo de novo parece desandar, e nada mais parece ter sentido.

Daí a gente se agarra a alguma coisa que nos salve dessa escuridão que machuca: a gente ouve aquela música, lê aquele livro, dedilha uma peça de Bach esquecida, escreve, come sorvete, deita e dorme, ou vai andar na esteira. Daí a gente tem que se virar com o que sobra dentro do peito, com o que contorna a essência de nossa alma, dando as mãos a quem nos ama, abrindo-nos a quem nos escuta, orando no fervor de nossas crenças. Porque o tanto que a fé ajuda nessas horas é indescritível.

E então a gente se levanta e se reergue e se reencontra com tudo o que há de mais bonito em nossas vidas, com tudo aquilo que a gente teima em deixar de enxergar quando a vida dói. O colo dos pais, o abraço do amigo, o olhar de quem nos ama, uma lembrança que acalenta, um Salmo que conforta, uma oração que ilumina. Há tanta coisa boa também, há tanta gente especial, tantas memórias mágicas. Ah, como a vida é bonita!

É. Às vezes, a gente acha que não pode ficar pior, mas fica. Acha que algo não vai acontecer, mas acontece. A gente fica sem ar, sem chão, sem esperança. A gente se revolta e chora muito, mas a gente não desiste. Somos muito mais fortes do que pensamos. A gente sobrevive e volta a sorrir, porque somos corajosos. A vida exige que sejamos assim, como fortalezas. E a gente é. E a gente continua. E começa tudo de novo. Vivamos!

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Existem pessoas de quem a gente gosta instantaneamente

Existem pessoas de quem a gente gosta instantaneamente

Eu gostei da minha sogra já na primeira vez que a vi. Cheguei da Unicamp, com meus 18 anos de idade, subi para a casa de minha então namorada, Fabiana, e nos sentamos na área da frente do casarão da rua Presidente Roosevelt. Passados uns minutos, chegou minha sogra, Sra. Waldeth Tetzner Gavioli, sentou-se e começamos a conversar. Eu tinha acabado de receber nota por um trabalho que tinha feito sobre Literatura Medieval e o Santo Graal e não é que minha sogra leu o trabalho todinho e teceu comentários lúcidos sobre o assunto?

Minha sogra era assim mesmo: tudo o que lia, conseguia entender, absorver, digerir e falar sobre aquilo com uma desenvoltura digna de estudiosos do assunto. Sua capacidade de se comunicar de uma forma clara e objetiva era imensa. Ela sempre fazia comparações e analogias, para que a gente entendesse e tudo ficasse mais claro. Não é à toa que sempre foi lembrada como uma professora excelente e inesquecível. Ela era assim também como pessoa.

Desde aquela primeira vez, eu passei a conversar muito com a minha sogra, porque nossas conversas fluíam toda vez. Eu telefonava para ela, quando batia a saudade no meio da semana, e conversávamos sobre tudo, sobre nada, sobre escola, política, sobre a vida. Minha sogra sabia como nos orientar em tudo de que precisássemos e conseguia nos acalmar com uma serenidade ímpar. Quando eu e a Fabiana terminávamos o namoro, eu continuava telefonando para a minha sogra, porque ela me acalmava, ela me alegrava e me confortava.

Acho que nos aproximamos tanto também por conta de minha profissão. Quando eu iria me formar e começar a lecionar, ela me orientava sobre procedimentos da sala de aula, sobre a parte documental do professor, seus deveres e direitos. A minha sogra foi minha professora de didática e eu utilizo até hoje as dicas que ela me deu sobre a arte de ensinar, a qual ela dominava com excelência. Sabe, nada do que ela dizia ficava ultrapassado, porque ela caminhava junto com o tempo; parecia, inclusive, sempre estar à frente de seu tempo.

Minha sogra conversava sobre tudo, não existia assunto sobre o qual não conseguisse elaborar um papo gostoso e leve. Quando minha mãe morreu, ela chorou comigo, sentiu de perto a minha dor e me ajudou muito. Minha sogra praticava a empatia antes mesmo desse termo virar moda. Ela conseguia se colocar no lugar do outro, fosse esse outro quem fosse, e nunca julgava as vidas alheias. Seu olhar era acolhedor, de compaixão e de bondade. Sempre apontava as qualidades das pessoas, elevava a autoestima de quem estivesse ao seu lado, nunca falava mal de ninguém.

Minha sogra me ajudou tanto, em todos os sentidos, e foi uma avó maravilhosa para o meu filho, Diego. Ele fez o parquinho na esquina da casa dela e, todos os dias, ia ficar lá no casarão dos avós depois da escola. Ela dava banho nele no tanque ou ali no jardim, com mangueira mesmo. Assistia a desenhos com ele, contava histórias, cantava aquelas canções das infâncias passadas, ensinava lições de escola de maneira lúdica, preparava mamadeiras, alimentando, ao mesmo tempo, o corpo e a alma de meu filho. Eles viviam se telefonando até hoje.

E, quando a pessoa é tão boa, autossuficiente, forte e inteligente assim, a gente não quer vê-la sofrer, nem por um segundo. Quando minha sogra adoeceu, eu orava para que ela se curasse, para que aquela mente brilhante permanecesse lúcida, porque ela não merecia dor. Minha sogra ajudava tantas pessoas, sem alarde, sem propaganda, no silêncio de sua consciência tranquila. Ela não merecia sofrer. Minha sogra sabia muito sobre psicologia, sobre psiquiatria, então, ela sabia o que estava acontecendo com ela, estava lúcida, mas seu corpo não, e isso não era agradável.

Felizmente, ficou acamada por pouco tempo, ainda comandando e dando orientações. Eu me sentava ao lado da cama e a gente conversava sobre escola e sobre o passado, porque ela estava revivendo o que foi bom, rememorando quem passou por ela, ela estava se despedindo da gente. Ela era inteligente demais para que não tivesse consciência de que estava ocorrendo dentro dela. Ela e meu sogro, Sr. Wladismir, conversavam por horas durante esse tempo, numa despedida doce e recheada de amor que dura.

Minha sogra foi prática e didática até na passagem para uma outra vida: ela aguardou o marido e as filhas estarem com elas, juntos no leito da UTI, para terminar sua missão por aqui. Partiu serena, sem dor, como um passarinho. Minha esposa se confortou tanto ao presenciar sua mãe partindo sem sofrimento e sem tristeza. Acredito que os três se sentiram assim, e minha sogra mais uma vez foi professora, ali, na sua despedida, ensinando que a morte não tem que ser assustadora, trazendo-lhes o conforto necessário para seguirem sem ela. Sempre pensando nos outros, essa minha sogra amada.

Durante o seu velório, ouvi várias histórias lindas sobre ela. Tantas vidas foram tocadas pela vida de minha sogra de forma especial. Tanta gente enxergava aquela luz que ela emitia e ofuscava a tristeza da gente. Porque a vida é assim, é um vai e volta. A vida nos retorna conforme ofertamos. E o poder do amor fica. O amor é de dentro. O amor fica. Eu amei minha sogra e ela me amou. E isso é tudo.

Photo by Elijah O’Donnell from Pexels

Com a ajuda de projeto, detentos produzem bonecas para crianças com câncer no ES

Com a ajuda de projeto, detentos produzem bonecas para crianças com câncer no ES

O projeto acontece na Penitenciária de Segurança Média de Viana, na região Metropolitana de Vitória. A iniciativa de doar bonecas de crochê para crianças com câncer está dando novo sentido para a vida dos detentos . O objetivo é que 150 unidades do brinquedo sejam entregues no final do mês para pacientes em tratamento oncológico no Hospital Infantil.

A ideia de levar o projeto para o presídio surgiu no ano passado, quando a juíza da Vara de Execuções Penais de Viana assistiu a um vídeo da voluntária Rogéria Aguiar fazendo as bonequinhas na internet e fez o convite para que ela participasse do projeto, que já acontece desde 2016 na penitenciária.
Rogéria começou a fazer as bonecas há 10 anos, depois que passou por um tratamento de câncer. Ela encontrou no presídio a ajuda e mão de obra que precisava para confeccioná-las.

“Eu tinha patrocínio de linhas, mas não tinha mão de obra. Depois do tratamento todo, eu tive que refazer a minha vida. Eu era professora de matemática e lembrei que aprendi crochê na infância e me refiz fazendo bonequinhas. Comecei fazendo para uma sobrinha minha e quando fui costurar o cabelo da boneca, eu me vi. Deus colocou no meu coração fazer bonecas para doar”, relatou.

Os modelos das bonequinhas são os mais variados. A única coisa em comum é a peruquinha que todas usam. Com esse trabalho, ela espera fazer a alegria das crianças e ainda ajudar a reduzir o custo que o estado tem com os presos.

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“Isso traz a questão do comportamento, do trato com os servidores. O número de ocorrência é praticamente zero e a gente tem esse ambiente de integração, onde eles se sentem úteis”, relata o diretor prisional Roger Santesi Filho

Cada um dos detentos tem uma história e foram parar na prisão por um motivo específico. Com o trabalho, além de ajudar crianças com câncer, eles diminuem suas penas.

Para o interno Isaias de Oliveira, fazer as bonecas representa mais do que a redução da sentença.

“Quando eu estou fazendo um trabalho desse daqui eu estou colocando nele a minha emoção, meu sentimento. Então cada ponto desse significa o que eu estou desejando para a pessoa que vai recebê-lo”, declarou.

O interno Hiago Nascimento nunca tinha colocado a mão numa agulha de crochê antes. Com esforço, ele já conseguiu fazer uma boneca. Esse aprendizado representa para ele uma possibilidade de futuro.

“É gratificante saber que eu estou fazendo essas bonecas para crianças que estão com dificuldade. Mudou muita coisa. A gente adquire sabedoria também. É uma profissão também”, disse Hiago.

Esse projeto de solidariedade faz a voluntária Rogéria ver benefícios para todos.

“Eu faço esse trabalho voluntário tanto no presídio quanto nos hospitais. Aqui, às vezes, eles têm vida e estão pensando em tirar a vida em função do que estão passando. Lá, eles estão lutando para viver um dia a mais. Então, que aqui eles possam dar valor a vida independente de onde estão porque o nosso presente é o hoje e temos que agradecer por estamos vivos”, finaliza a idealizadora do projeto.

 

Fonte: G1

Fotógrafo cria sequência de fotos que mescla a natureza selvagem com nossas cidades grandes.

Fotógrafo cria sequência de fotos que mescla a natureza selvagem com nossas cidades grandes.

O fotógrafo Charlie Davoli criou uma sequência de fotografias intitulada “Natureza Distópica”, o trabalho iconográfico nos permite chegar um pouco mais perto do futuro que muitos especialistas acreditam, além de abordar um dos temas de ficção científica que mais geram entusiasmo entre artistas, produtores e fãs desse gênero.

Misturar cenas da sociedade moderna com a natureza em seu estado mais selvagem é, sem dúvida, uma das expressões artísticas que se assemelham a uma previsão dos cientistas. O ser humano destrói a natureza cada vez em porcentagens maiores, a mudança climática é tanta que está em caso de urgência. As imagens nos permitem visualizar como poderia ser nosso futuro se começássemos a agir da melhor maneira.

“Durante o meu último ano de viagem, tive a oportunidade de tirar várias fotos de paisagens urbanas e cenas urbanas: em cada cena, tentei imaginar como seria essa cena em particular se partes da cidade fossem misturadas com a natureza selvagem. Foi assim que comecei a combinar diferentes cenários, basicamente cenários urbanos com paisagens naturais, resultando em paisagens utópicas.” – explicou o autor Charlie Davoli, no BoredPanda .

A série fotográfica é intitulada “Natureza Distópica”

1-

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Aqui o fotógrafo combina duas imagens diferentes tiradas em Munique (Alemanha). A primeira camada com a escada de uma estação de metrô que se fundia com a segunda camada, uma foto do rio Eisbach.

2-

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Foto tirada no metrô de Milão, que foi mesclada com outra foto do Castelluccio di Norcia.

3-

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Uma nova versão da praça do Louvre.

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Uma fotografia do Palácio de Chicago misturada com o vale de Monodendri na Grécia.

5-

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Uma imagem de pessoas flutuando em águas rasas na Grécia, mesclada com uma fotografia dos edifícios de Chicago à noite.

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As águas profundas da Grécia se misturavam às florestas de Engadina (Suíça).

7-

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Ele combina duas imagens diferentes tiradas em Munique (Alemanha). Uma camada com a escada de uma estação de metrô se fundia com outra camada do rio Eisbach.

8.- 

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Uma foto do shopping Rue de Halles (Paris, França), fundida com as terras verdes de Engadine (Itália).

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Fotografia de um edifício em Londres, fundida com uma foto subaquática da praia de Kala Nera (Grécia).

10-

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O United Center, o estádio de basquete de Chicago, se fundiu com uma paisagem do vale pré-Alpes, na Suíça.

 

Fonte: UPSOCL

Os muros da vergonha, que dividem as pessoas e os países

Os muros da vergonha, que dividem as pessoas e os países

No dia 9 de novembro de 1989 marcou a queda do vergonhoso muro de Berlim, sendo um dos fatos mais importantes do século 20, que nos leva a refletir que o desejo de liberdade e democracia é capaz de derrubar as muralhas que separam os países. E, sobretudo, desconstrói os muros ideológicos que são erguidos no coração e na mente das pessoas.

Após vencer a segunda Guerra Mundial, Estados Unidos, França, Reino Unido e União Soviética acordaram em dividir a Alemanha. Assim no oeste, surgiu a República Federal da Alemanha, enquanto no leste, foi criada a República Democrática Alemã.

A implantação do regime soviético levou 3,5 milhões de pessoas a fugir do leste para o oeste, em busca de uma nova vida. Mas Berlim era o enclave, que se tornou um problema para os soviéticos, e para tanto, eles construíram um muro para dividir a cidade, que foi erguido em 13 de agosto de 1961.

Essa divisória foi projetada para impedir a passagem dos habitantes entre as duas regiões, que por uma imposição ideológica: ergueu-se um paredão que se estendeu por 155 km ao redor de Berlim Ocidental, com 302 torres de observação, 127 redes metálicas eletrificadas e 3,5 metros de altura que foi reforçado com cabos de aço.

A construção dessa muralha resultou na morte de 136 pessoas de 1961 a 1989. E outras 200 ficaram feridas e 300 foram presas, contudo, 5.000 atravessaram de Berlim Oriental para Berlim Ocidental ao longo dos 28 anos em que o muro separou a cidade.

Aliás, o muro causou uma separação traumática, gerando sofrimento físico, psíquico e emocional entre milhares de famílias e amigos, que passaram quase três décadas sem se ver. Mas há 30 anos a população, após tanta humilhação, decidiu derrubar o muro, que oficialmente foi demolido em 13 de junho de 1990, dando o início a reunificação da Alemanha.

Porém, a importância histórica da queda do muro de Berlim não foi suficiente para impedir, que em diversos países e na Europa fossem erguidos os “muros contemporâneos” de expansão dos discursos xenófobos, homofóbicos, misóginos, racistas e de incitamentos ao ódio.

Os recentes dados da ONU mostram que mais de 2.000 imigrantes e refugiados morreram ao atravessar o Mediterrâneo para chegar à Europa. E quase 105.000 solicitantes de asilo e imigrantes chegaram ao continente europeu, todavia são vítimas de xenofobia. Também há outros muros da vergonha: entre Marrocos e a Espanha, o que separa a fronteira EUA-México, o que divide a Coreia do Sul e Coreia do Norte, e o da Cisjordânia que isola Israel do território palestino.

No Brasil se erguem os paredões dos discursos de intolerância contra os negros, indígenas, imigrantes, mulheres, LGBTI, moradores de favelas, entre outros. Segundo o IBGE, o que mais cresce é o muro da desigualdade, que permitiu que a extrema pobreza chegasse a 13,5 milhões de brasileiros sobrevivendo com até 145 reais mensais.

Nesse cenário o desemprego atingiu 12,5 milhões de pessoas, e o percentual de ambulantes nas ruas pulou mais de 500% entre 2015 e 2018. Os negros são os mais atingidos, onde taxa de desocupação chega a 14,1%, e quase um em cada dez é analfabeto e a metade não tem trabalho formal ou acesso a esgoto.

Hoje, os muros sãos os mecanismos de controle social, econômico e político da população, que são os símbolos do medo. Para o sociólogo Zygmunt Bauman, isso é um sofisticado sistema de segurança contra o perigo do estranho e do diferente. No entanto, a solução para os conflitos entre as pessoas e os países é a construção de mais “pontes” de diálogo e solidariedade.

Família real divulga vaga de faxineiro e salário é impressionante

Família real divulga vaga de faxineiro e salário é impressionante

O site do Castelo de Windsor, uma das propriedades da Rainha Elizabeth II, divulgou a informação de que está contratando um faxineiro, e o salário é de cair o queixo: £ 14,7 mil, cerca de R$ 79 mil!

Mas se engana quem pensa que o novo funcionário terá moleza. Para garantir a remuneração, o responsável pela faxina terá que trabalhar 30 horas semanais, de segunda a domingo.

A descrição da vaga diz o seguinte: “Aprendendo com seus colegas, você obterá as habilidades profissionais necessárias, sempre buscando os mais altos padrões. E, de vez em quando, você também apoiará funções em eventos no castelo”.

O futuro funcionário terá como responsabilidade “manter, limpar e cuidar de uma ampla variedade de interiores e itens, garantindo que eles sejam apresentados da melhor forma possível”.

E quais são os requisitos necessários? “Experiência anterior de limpeza ou hospitalidade” e “um olhar atento aos detalhes”, além de “altamente eficiente e proativo, com boas habilidade de gerenciamento de tempo, saber priorizar e gerenciar uma carga de trabalho diária ocupada”.

Além desta vaga, há outras oito oportunidades para quem quiser trabalhar para a Família Real: assistente de admissões, assistente de serviços aos visitantes, chefe da Encadernação Real e gerente assistente de varejo, assistente de projetos na área de tecnologia, assistente de compras e assistente de serviços aos visitantes, e coordenador de programas familiares, no Palácio de Holyroodhouse.

Se animou pára concorrer a alguma destas vagas?

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Redação CONTI outra. Com informações de Claudia

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