A imensa maioria das pessoas tem um senso de valor próprio muito baixo, e de fato, sejamos honestos, não valem muito mesmo. Pois, deixando de lado a dignidade pessoal de cada um, na prática valemos o que somos capazes de fazer. Só que essa imensa maioria não faz nada de bom da vida. Por isso a autoestima geral reinante é rasteira.
Quase sempre vivem para si mesmas, numa vida narcísica. Querem e esperam que tudo lhes aconteça sem darem nada em troca. Essa imensa maioria não faz nada de bom talvez por um preguiçoso egocentrismo, ou talvez por incompetência, ou por desinteresse, em suma, por falta de iniciativa, desânimo, fraqueza, desconhecimento de que as coisas podem ser diferentes.
Viver só para si é a melhor forma de esvaziar nossa própria vida. Nosso vazio interior só pode ser preenchido por outras pessoas. Normalmente só somos reconhecidos pelo que fazemos aos outros. Quando doamos algo aos outros, sempre somos retribuídos. A troca sempre existe. Ou você recebe alguma remuneração, ou então recebe reconhecimento, gratidão e apreço. Você pode SER uma grande pessoa, mas o que você É só pode ser expressado através do que você faz… de bom.
Poucos se esforçam por construírem a si mesmos, mas todos querem ser valorizados, apreciados, prestigiados, desejados (segundo Lacan), sentirem-se importantes (segundo Carnegie), o que dá na mesma (segundo Ronaud ). E na ânsia por se sentirem valorizados porém sucumbidos à própria nulidade existencial, acabam por usar de artifícios para serem apreciados pelos outros. Gente exibida e sem um mínimo de talento tem um quê de ladrões, que tiram dos outros o que não fizeram por merecer, no caso, nossa atenção.
A moda é um desses artifícios. O paraíso da gente exibida 🙂 Moda é comunicação. O que você veste está comunicando o que você é. Se você está comunicando mais do que você é, está sendo incoerente. E você, bobinho, não percebe que todos percebem essa incoerência. Todos dirão: “Nossa, visual novo, bacana hein!” ou “Nossa, como você tá linda!”. Mas é por educação!
Vejo rapazes usando bermudão, bonés virados, numa atitude contestadora e independente, porém ainda morando com os pais. Vejo meninas seguindo a moda cegamente, só porque a atriz tá usando na novela, sem se darem conta do ridículo de 1 – usar peças extravagantes que são FEIAS; 2 – ir atrás do que os outros sugerem igual um cordeirinho indo para o abate – abate do seu dinheiro.
Vejo hipsters chamando atenção nas ruas de modos exagerado e só percebo despropósito. Onde querem chegar com esse exagero? Por que essa exposição gratuíta? Se expõe numa atitude de auto-afirmação do quanto se pode ser ridículo. É só distração. Uma solução externa e visual para um problema interno e existencial. Não vai resolver.
Acho que a única contestação possível é a independência. Ou você não depende de ninguém e se mostra como quiser, ou dar uma de excêntrico quem sabe ainda morando com os pais ou trabalhando naquele emprego medíocre que mal lhe permite dar conta da vida só vai lhe fazer passar por ridículo, dada a tamanha incoerência de uma postura dessas. A mensagem que se está passando é incondizente com sua condição real.
Embora já tenha criticado aqui a noção contemporânea de status, ainda penso que a exibição de nossa condição alcançada com base em nossos esforços ainda é a mais aceitável. Cresça na vida produzindo valor para a sociedade e exiba-se da maneira que seu dinheiro permitir. Agora ficar se exibindo de forma artificial, sem um fundamento – $ – ou um porquê, sem graça nem talento para a representação artística, ainda me soa um tanto estúpido.
Em média, os indivíduos de QI alto caem no sono à 1h44 – uma hora mais tarde do que “pessoas menos privilegiadas intelectualmente”. Essa é a conclusão de um estudo da Universidade de Londres, que analisou os hábitos de 20 mil pessoas. Segundo os cientistas, ficar acordado até tarde é um sinal de curiosidade e vitalidade intelectual. (fonte)
1. O quanto é acolhedor o silêncio e a ausência de interrupções da madrugada.
2. A fome gostosinha que faz você deixar a preguiça de lado e ir na cozinha mesmo sabendo que isso engorda.
3. A companhia de uma TV ligada, mesmo que não esteja assistindo nada.
4. Conversas na internet com seus amigos notívagos sem pressa.
5. Saber que, quando alguém fala que você dorme demais, eles não entendem que você dorme de 6 a 8 horas por dia ou até menos- a única diferença é que não dorme no mesmo horário que eles.
6. A alegria de saber que algum estabelecimento funciona 24 horas e tem bem pouco movimento.
7. O quanto ficamos orgulhosos quando pesquisas apontam que quem dorme tarde é mais inteligente 🙂
8. O quanto é estranho uma pessoa acordar às 6:00 da manhã de bom humor. Isso é quase incompreensível.
9. A inveja de quem consegue bater na cama e dormir quando tem um compromisso no outro dia pela manhã.
10. O quanto pode ser sacrificante acordar antes do meio-dia.
Branco, negro, gordo, magro, católico, protestante, rico, pobre. Não importa quantos fatores sociais, econômicos, culturais ou religiosos difiram entre as pessoas, nós todos temos algo em comum: viemos ao mundo graças a um pai e uma mãe, e o amor deles por nós faz toda a diferença na nossa vida.
Segundo um novo estudo, ser amado ou rejeitado pelos pais afeta a personalidade e o desenvolvimento de personalidade nas crianças até a fase adulta. Na prática, isso significa que as nossas relações na infância, especialmente com os pais e outras figuras de responsáveis, moldam as características da nossa personalidade.
“Em meio século de pesquisa internacional, nenhum outro tipo de experiência demonstrou um efeito tão forte e consistente sobre a personalidade e o desenvolvimento da personalidade como a experiência da rejeição, especialmente pelos pais na infância”, disse o coautor do estudo, Ronald Rohner, da Universidade de Connecticut (EUA). “Crianças e adultos em todos os lugares tendem a responder exatamente da mesma maneira quando se sentem rejeitados por seus cuidadores e outras figuras de apego”.
E como elas se sentem? Exatamente como se tivessem sido socadas no estômago, só que a todo momento. Isso porque pesquisas nos campos da psicologia e neurociência revelam que as mesmas partes do cérebro que são ativadas quando as pessoas se sentem rejeitadas também são ativadas quando elas sentem dor física. Porém, ao contrário da dor física, a dor psicológica da rejeição pode ser revivida por anos.
O fato dessas lembranças – da dor da rejeição – acompanharem as crianças a vida toda é o que acaba influenciando na personalidade delas. Os pesquisadores revisaram 36 estudos feitos no mundo todo envolvendo mais de 10.000 participantes, e descobriram que as crianças rejeitadas sentem mais ansiedade e insegurança, e são mais propensas a serem hostis e agressivas.
A experiência de ser rejeitado faz com que essas pessoas tenham mais dificuldade em formar relações seguras e de confiança com outros, por exemplo, parceiros íntimos, porque elas têm medo de passar pela mesma situação novamente.
É culpa do pai, ou é culpa da mãe?
Se a criança está indo mal na escola, ou demonstra má educação ou comportamento inaceitável, as pessoas ao redor tendem a achar que “é culpa da mãe”. Ou seja, que a criança não tem uma mãe presente, ou que ela não soube lhe educar.
Como o amor de mãe muda o cérebro do filho
Porém, o novo estudo sugere que, pelo contrário, a figura do pai na infância pode ser mais importante. Isso porque as crianças geralmente sentem mais a rejeição se ela vier do pai.
Numa sociedade como a atual, embora o nível de igualdade de gênero tenha crescido muito, o papel masculino ainda é supervalorizado e muitas vezes vêm acompanhado de mais prestígio e poder. Por conta disso, pode ser que uma rejeição por parte dessa figura tenha um impacto maior na vida da criança.
Com isso, fica uma lição para os pais: amem seus filhos! Homens geralmente têm maior dificuldade em expressar seus sentimentos, mas o carinho vindo de um pai, ou seja, a aceitação e a valorização vinda da figura paterna, pode significar tudo para um filho, mesmo que nenhum dos dois saiba disso ainda.
A raiva é uma sensação composta de 3 componentes que interagem um com o outro (pensamento avaliativo, mudanças físicas e comportamento de raiva) que ocorre frente a um acontecimento desencadeador. Estes 3 componentes são capazes de influenciar um ao outro aumentando a intensidade da sensação. Pensamento avaliativo quer dizer o modo como interpretamos uma situação e acontecimento desencadeador se refere a algum evento externo, ou seja uma provocação. Comportamento de raiva quer dizer o que a pessoa faz quando está na situação que lhe dá raiva.
No exemplo a seguir pode se verificar a interação dos 3 componentes da raiva.
Exemplo: se o marido deixa de fazer o que a mulher espera (a provocação) , ela pode ter um pensamento avaliativo do tipo “ele nunca faz o que quero, droga, ele não presta mesmo!” Neste momento, o corpo reage e mudanças físicas ocorrem, o coração bate muito rápido, os músculos ficam tensos, a respiração fica ofegante e uma sensação de sufoco ocorre”. Ao notar essas reações físicas a esposa pode ter outro pensamento avaliativo “Puxa, ele me dá uma raiva!” O cérebro imediatamente percebe essas reações, aumenta a raiva e deslancha o comportamento de raiva, que pode ser brigar, gritar, ir embora, ficar calada etc. Este comportamento de raiva, por outro lado, tem o poder de aumentar mais ainda a raiva que a pessoa já sentia.
Outro exemplo, se alguém nos faz uma injustiça(a provocação), podemos avaliar o que ocorreu pensando “que desaforo, não posso deixar isto acontecer”. Neste momento, nosso corpo vai reagir com aceleração das batidas do coração, com tensão muscular, a respiração fica ofegante e sensação de sufoco que faz aumentar a raiva. ÀS VEZES, A RAIVA VAI CRESCENDO CADA FEZ MAIS DENTRO DA PESSOA ATÉ POR HORAS. NESTES CASOS FICA DIFÍCIL PARAR A RAIVA QUE JÁ CRESCEU MUITO. seguir, é provável que façamos algo para demonstrar que estamos com raiva, as vezes até maior do que a situação merecia.
Resumindo, o processo da raiva ocorre do seguinte modo:
Algo acontece na vida da pessoa:
1. ela interpreta o que ocorreu como uma afronta, ameaça ou injustiça pessoal (pensamento avaliativo)
2. o funcionamento do seu corpo sofre mudanças: o coração bate rápido, os músculos ficam tensos e há a sensação de sufoco;
3. o comportamento agressivo ocorre (ou raiva para dentro ou para fora)
Tenho o direito de ter raiva?
Todo mundo tem o direito de sentir. Raiva é um sentimento, portanto temos o direito de sentir raiva. Não é errado sentir raiva, o que pode ser errado é o modo como a expressamos, o que fazermos com ela. Não é necessário ter culpa por se sentir com raiva, mas reconheça que ela só é valida se estiver ajudando a pessoa a resolver o problema. Sempre pergunte a si mesmo se sua raiva está dentro do razoável e se você está sabendo fazer uso dela. Raiva dá energia e vigor e portanto pode ser útil para nos proteger de injustiças e abusos, porem ela deve ser mantida sob controle e usada de modo construtivo. A raiva passa a ser um problema quando ela é freqüente demais, intensa demais, quando dura muito , quando leva a agressão e violência e quando interfere nas relações interpessoais.
Por que se preocupar com a raiva?
Existem pessoas que sentem raiva com muita facilidade, que estão sempre sob o domínio deste sentimento. Suas ações, muitas vezes, fogem do seu controle. As conseqüências são graves para a sua saúde e se manifestam em termos de hipertensão, úlceras, depressão, obesidade, perda de emprego, abuso físico ou psicológico de familiares e amigos. A conseqüência inevitável disto é uma auto estima prejudicada, relações interpessoais tumultuadas e um alto nível de stress emocional. Quando a interpretação que se dá a algo que ocorreu em nossa vida ultrapassa a ameaça, a injustiça ou a afronta, então, a raiva fica desproporcional e intensa.
A fim de evitar estas conseqüências e garantir à pessoa propensa à raiva uma vida de melhor qualidade e com um menor nível de stress, necessário se torna aprender estratégias que a ajudem sentir menos raiva e usar a raiva, que não possa ser eliminada, como força de energia positiva.
Estratégias para lidar com a raiva
1. Reconheça que está com raiva;
2. Aprenda a reconhecer os eventos desencadeadores da raiva em você;
3. Aprenda a reconhecer os 3 componentes da raiva: avaliação, reações físicas e comportamento de raiva;
4. Entenda que algo só se torna um “evento desencadeador” (uma provocação) pela interpretação que você dá a ele;
5. Entenda que as reações físicas da raiva tem o poder de aumentá-la;
6. Compreenda que o comportamento de raiva é o último a ocorrer e que portanto dá tempo de controlar seu comportamento de raiva;
7. Sempre tente quebrar o processo de reação da raiva na sua fase inicial , isto é, verifique se o seu modo de avaliar a situação desencadeadora da raiva (aquilo que você acha uma provocação) pode ser mudado. Para tal mude o seu diálogo interno, o modo como fala consigo mesmo;
8. Quando perceber que a raiva está caminhando para as reações físicas , que seu coração já começou a bater muito rápido, que seu corpo e mente estão ficando tensos , que está desenvolvendo uma sensação de sufoco, tente relaxar para ver se elimina essas reações. Experimente dizer para si mesmo:
“Cal… ma, cal …ma”,
“preciso tomar cuidado para não deixar a raiva correr todo o seu processo”,
“vai ver que minha visão do que ocorreu pode ser aliviada: a respiração fica ofegante”,
“vou deixar para reagir amanhã, quando tiver avaliado a situação sem raiva”.
“Sempre posso reagir amanha se quiser”.
“Não vou correr o risco de ficar doente por causa da minha raiva”.
“Estou aborrecido, mas isto não é fim do mundo”.
“Quem mantém a calma mantém o controle”.
“Posso assumir o controle das minhas emoções”.
9. Ao mesmo tempo que vai dialogando consigo mesmo, respire profundamente pelo nariz e expire devagarzinho pela boca
10. Tente encontrar modos construtivos de uso da raiva, por exemplo, faça ginástica, caminhe, dance, cante, ria, seja positivo, converse sobre ela.
11. Quando já estiver em controle da sua raiva, tente resolver a situação que o fez ficar tão aborrecido.
Eu não sabia que a saudade incomodava, que o amor era tanto e que a vida doía.
Não sabia que a mágoa machucava, que a lembrança desbotava e que a aspereza enrugava.
Eu não sabia que o caminho era longo, que as pedras incomodavam e as curvas confundiam.
Eu não sabia que o silêncio torturava, o desejo salivava e a distância traria o esquecimento. Também não sabia que a ironia maltratava e que em todos os tempos o fingimento não tinha graça nenhuma.
Eu não sabia que a preocupação esquentava a cabeça, que a noite se afeiçoava com a solidão. Eu desconhecia sobre os interesses fúteis como praga que contaminava os dias. Isso eu não sabia.
Eu não sabia que o choro era sinal de fraqueza. Pensei que arejava a alma, em algumas situações. Não sabia que as mães eram heroínas, mesmo que os filhos nem se deem conta disso, nem que os pais fazem um esforço danado para parecem certos o tempo todo com seus sermões quilométricos.
Eu não sabia que a alma fica doente e o corpo padece com isso. Que o coração é lugar para dúvidas e a razão nunca é obediente.
Eu desconhecia o sofrimento como escada para a felicidade, que o medo fragilizava e que havia um abismo entre o sonho e a realização.
Eu não sabia que o universo conspira a favor de quem faz a sua parte. Que sorte é quase uma fábula e que o discurso só funciona quando é resultado de uma prática.
Não sabia que era preciso tanto esforço para viver em um mundo contraditório.
Diga-me, por gentileza, por qual razão você ama ler Mia Couto?
Abaixo vocês encontrarão algumas das respostas que selecionamos. Será que elas contemplam também os seus sentimentos? Confiram.
1-Amo Mia Couto por seu amor à sua terra e à língua portuguesa, que ele maneja, com criatividade, reinventando-a. Suas histórias fascinam-me. Gosto de Histórias Abensonhadas. Olha o título saboroso! Miriam Grossman Menascé
2-Amo ler Mia Couto, ponto final. Alás, eu releio vezes sem conta. A Língua Portuguesa, ganhou com Ele milhares de palavras registradas em dicionário. Ele nos coloca com seus livros, em salas de cinema de longas metragens. As imagens e sentimentos são duma profundidade tal, que, conseguimos ver projetadas todas as cenas por ele descritas. Tocamos nos sentidos, nas emoções e na alma. Para mim é simplesmente o maior poeta Africano. Sou muito grata por poder lê-lo. Bem haja! Liz Neto
3-Por ser genuíno ao elevar seu povo e apresentar as mazelas que outros nem olham. Ilsa Maria Barros Terraciano
4- Porque a alma humana em toda a sua dimensão transborda em forma de poesia. Elizabeth Oliveira
5-Porque ela me faz viajar, sentir nas palavras algo grandioso, dolorido e ao mesmo tempo, colorido e intenso. Ninguém escreve como ele! Márcia Milani
6- Pelas palavras que inventa e fazem tanto sentido..Carla Barata
7- Porque é completa em um minifúndio onde amiúde as publicações são efêmeras. Diferenciada seria um adjetivo mínimo, mas concreto. Luiz Paulo Sousa
8- Traduzir em palavras poéticas o simbolismo oculto nos cultos e ritos sociais. Josie Conti
9- Porque me abre os olhos da consciência…Gracinha Siqueira
10-Ele empresta poesia à dor cotidiana de seu povo. Ele dá voz aos que a vida fez silentes. Ele retoca a prosa como quem recolore o preto e branco de monotonia dos dias. Ele brinca com as palavras em estado de infância. Nele, o fantástico tem chão de lua e um inusitado brota das estrias da terra. Ele faz pedra parecer clarão e a lágrima ganha contornos de oceano. Ele sabe onde a minha alma se esconde e se acoberta e bem a desnuda. Nele, a língua é se verga, arqueia, estua A palavra surge, como quem flutua.
A poucos quilômetros da divisa com a Eslovênia, Trieste é uma ponte entre a Europa ocidental e a centro-meridional e mistura caráteres mediterrâneos e centro-europeus.
Importante nó ferroviário e principal escoadouro marítimo do Império dos Habsburgo. Hoje é um nó internacional para o fluxo de mercadorias entre a Europa centro-oriental e a Ásia.
Em 2013 foi o primeiro porto italiano em termos de volume de mercadorias em trânsito, é uma das cidades com melhor qualidade de vida do país.
Seu clima é mediterrâneo, porém sem temperaturas extremas, no litoral. O vento Bora representa um fenômeno característico, com ráfagas breves mas intensas que podem superar os 180 km/h.
Golfo de Trieste
História
Inicialmente foi habitada por povos indoeuropeus, mais tarde começou o processo de romanização e assimilação. Com a queda do Império romano de ocidente, Trieste passou sob o controle do Império Bizantino até a chegada dos francos. No século XII virou Comuna Livre e conservou sua autonomia, até o século XVII. Em 1719 transformou-se em porto franco e consolidou uma fisionomia urbana particular, fortemente cosmopolita, plurilingue e plurireligiosa. No século XVIII o triestino substituiu o antigo dialeto local e atualmente é o idioma mais usado no âmbito familiar e em inúmeros contextos sociais formais e informais, consolidando-se em situação de diglossia com o italiano, língua administrativa e principal veículo de comunicação no âmbito público.
No período entre as duas guerras mundiais diminuíram a atividade portuária, a comercial e a financeira. A cidade perdeu a sua autonomia comunal e mudou sua configuração linguística e cultural. Com a chegada do fascismo proibiu-se o uso público do esloveno e do alemão e fecharam-se escolas e círculos culturais da comunidade eslovena.
Em 1943 a Alemanha ocupou a cidade e posteriormente o fizeram os iugoslavos, mas com o tratado de Paris (1947) ficou sob a proteção das Nações Unidas.
Com o Memorando de Londres (1954) voltou à Itália em forma temporária e pouco depois definitivamente.
Evolução demográfica
Em meados do século XVIII e até começos do século XX houve um extraordinário desenvolvimento econômico acompanhado de um notável crescimento demográfico. No final da primeira guerra mundial e com a anexação ao território italiano, as grandes mudanças geopolíticas provocaram o declínio da cidade e do seu porto. Acabada a segunda guerra mundial, muitos italianos migraram a Trieste, provocando transformações no tecido urbano. Porém, a partir de 1954, motivos políticos e sociais levaram mais de 20.000 triestinos a emigrar para a Austrália, o Canadá e a América do Sul. Na última década a redução da população foi menos marcada, graças à chegada de imigrantes da Europa oriental. Atualmente existem, junto com as populações autóctones italiana e eslovena, grupos minoritários de croatas, sérvios, gregos e alemães, além de árabes, romenos, albaneses, chineses, africanos e sul-americanos.
A Universidade de Trieste foi fundada em 1924 e adquiriu um grande prestígio. Abriga inúmeras organizações científicas internacionais e o principal parque científico italiano e atrai a cada ano milhares de estudantes do mundo inteiro. O ambiente cultural centro-europeu e a singular história de Trieste favoreceram a consolidação de escritores locais e a chegada de judeus, alemães, ingleses, eslovenos, franceses e espanhóis.
Economia
Tram de Opcina, Trieste by markogtsPorto
A produção de vinho foi sempre muito importante e uma prova disso é o Prosecco, conhecido internacionalmente.
As atividades comerciais e industriais estão ligadas ao porto.
No setor industrial, destacam-se a indústria metalúrgica e a naval. A Wärtsilä Italia é a maior produtora de motores navais da Europa e o grupo Fincantieri é líder mundial na construção de cruzeiros. Ambas têm sua casa matriz em Trieste, junto com a Italia Marittima, uma das companhias de navegação mais antigas do mundo.
A cidade sedia também companhias de seguros fundadas no período dos Habsburgos, além dos laboratórios da Alcatel e da Telit. No setor alimentar há importantes sociedades como a produtora de café Illy.
Porto Trieste conta com um porto de grandes dimensões que representa o principal acesso marítimo dos produtos turcos na Europa. Resulta relevante, além do comércio do café, o terminal petrolífero. Quanto ao movimento de passageiros, a cada ano a atividade dos cruzeiros leva mais de 100.000 passageiros.
Trieste durante la regata Barcolana vista dal faro della Vittoria
Cafés históricos
Fazem parte da identidade de Trieste, os primeiros abriram na segunda metade do século XVII e assumiram na hora um toque vienês na decoração e nos serviços oferecidos.
Destacam-se:
Caffè Tommaseo
Inaugurado em 1830 é o mais antigo da cidade e seu nome homenageia o escritor e patriota dálmata Tommaseo.
Os espelhos foram levados da Bélgica.
O local se tornou rapidamente um ponto de encontro privilegiado para artistas, homens de negócios e políticos.
Caffè degli Specchi
Inaugurado em 1839, localiza-se na atual Piazza dell’Unità d’Italia, no coração da cidade, num lugar privilegiado para acompanhar todos os eventos políticos, econômicos e culturais.
Estátua em homenagem a James Joyce
Caffè Tergesteo
Com vidraças coloridas que apresentam fatos marcantes da história da cidade.
Caffè Stella Polare
Ao lado da igreja serbo-ortodoxa e próximo da Piazza della Repubblica, nasceu como um típico local austro-húngaro e foi refúgio de negociantes e intelectuais.
Caffè San Marco
Aberto em 1914 virou lugar de encontro de leitores dos quotidianos e laboratório para a preparação de passaportes falsos a fim de que o patriotas anti-austríacos pudessem fugir à Itália.
Transformou-se em lugar de encontro de intelectuais como James Joyce, Umberto Saba e Italo Svevo.
Professora de francês e português, trabalha com grupos de estudantes a partir dos 16 anos em cursos abertos à comunidade. Acredita que a atividade docente, a interação com os alunos e as amizades conquistadas ampliam horizontes e alimentam sonhos. Escreve sobre sua terra natal, a Argentina, assim como sobre tudo o que tenha a ver com desenho, pintura, viagens e literatura, temas que permitem conhecer e compreender outros jeitos de ser e viver, outros olhares.
Você costuma se perguntar porque certas coisas são do jeito que são? Ou como teria sido se tivesse feito diferente? A ciência está longe de oferecer todas as respostas, ainda bem ou a vida não teria graça, mas ela tem ajudado pessoas comuns a compreender melhor suas atitudes e as das pessoas com quem convive.
“Saber é metade da batalha. Quando você descobre as inúmeras formas em que nossas mentes criam percepções e ponderam decisões e, subconscientemente opera, você começa ver as vantagens da psicologia. (Buffer App Blog)”
O que você faz, a maneira como age, reage e pensa em determinadas situações não é 100% você tampouco 100% consciente. Todos nós viemos pré-programados pelos nossos genes e vamos sendo“updated” ao longo de nossas vidas. Conhecer um pouco dessa programação pode nos ajudar a viver melhor, sermos mais felizes e bem-sucedidos. A seguir, estão 6 grandes descobertas da psicologia que nos ajudam a entender melhor situações comuns do dia a dia. Tire proveito disso, humano.
#1 Porque errar é algo positivo
Efeito Pratfall (1966)
Os dois escorregões da atriz Jennifer Lawrence não foram suficientes para evitar que o publico se apaixonasse. É o Efeito Pratfall em ação, que faz com que simpatizemos com aqueles que erram de vez em quando, como nós, do que com pessoas perfeitas que estão sempre certas e nunca cometem uma gafe. Errar é humano e quem não erra (ou faz de tudo para esconder seus erros) é visto como não natural, perfeito demais e, acredite, as pessoas não gostam de nada perfeito, já que percebem como algo sem graça e não realista. Os seres humanos possuem maior afinidade com aqueles que compartilham semelhanças, e todos nós erramos. Logo, gostamos de pessoas que também erram. Desde que esses erros não se tornem hábitos. Cometer erros é normal, mas é saudável não se acostumar com eles.
Lição: não queira ser perfeito ou ninguém gostará de você.
#2 Porque acreditar nas pessoas faz a diferença
Efeito Pigmaleão (1965)
Segundo a mitologia grega, Pigmaleão foi um escultor que se apaixonou por uma de suas esculturas que considerava a imagem de mulher perfeita. Solteiro convicto ele ficara completamente apaixonado (para não dizer louco), então a deusa Afrodite transformou a sua obra em uma mulher real e juntos tiveram até uma filha. A moral da história é que se você acredita muito em algo, isso pode se tornar realidade. Não com um passe de mágica de Atenas, mas porque você e as pessoas envolvidas trabalharão para isso, gerando novas oportunidades e se doando mais. Por exemplo, se o seu chefe lhe dá uma tarefa complicada e com prazo curto, é porque ele acredita que você é capaz. Ele espera muito de você e, certamente, o seu desempenho será maior que o de qualquer outro. Isso é especialmente positivo para líderes, acreditar na sua equipe fará com que naturalmente você ofereça melhores condições para que os resultados sejam atingidos, além de motivá-los a dar o melhor de si.
Lição: Acredite em você e nos outros. Essa é a melhor forma de incentivar bons resultados.
#3 Porque ter muitas opções levam a escolher nenhuma
Paradoxo da escolha
Eu adoro esse estudo e já perdi a conta de quantas vezes o vi citado em livros e artigos. Do ponto de vista do neuromarketing, as marcas devem trabalhar para diminuir a dor da decisão do cérebro primitivo (a parte do cérebro extremamente sensível à ameaça). Entenda “dor” como a resistência do consumidor a algo, geralmente é preço, mas pode ser qualquer dificuldade de chegar a uma decisão. O clássico estudo da geléia demonstrou que quando havia 24 opções de geléia para escolher, 60% das pessoas paravam, mas apenas 3% compravam. Por outro lado, com apenas 6 opções de geléia, o número de pessoas que paravam para ver era menor (40%), mas 30% deles compravam ao menos um produto. Em outras palavras, menos opções significa menos dor para o nosso cérebro decidir.
Lição: as pessoas adoram a liberdade da escolha, mas isso dificulta a decisão e podem acabar decidindo por nenhum.
(O outro lado: Benjamin Scheibehenne replicou vários estudos para entender quando isso ocorre realmente e o que ele descobriu foi que, na maioria das vezes, opções em excesso não fazem diferença alguma. Às vezes prejudica, mas em muitas ocasiões não afeta em nada. No entanto, a dor do cérebro primitivo realmente existe ao se deparar com muitas opções. Parece existir um número ideal em que o consumidor se sente confortável — nem opções de menos, nem de mais — um estudo da Universidade de Bournemouth descobriu que o número ideal de opções em um cardápio de restaurante é 7 para entradas e sobremesas e 10 para pratos principais. Talvez isso explique porque o McDonald’s tem 9 sanduíches e o Burger King 10.)
#4 Porque quanto maior a equipe, menor a iniciativa
Efeito do espectador (Bystander Effect), 1968
Você está na sala de aula com um colega e o professor faz uma pergunta. Você hesita e talvez não seja o 1º a responder. Agora pense na mesma situação, com você sendo o único na sala e havendo outros 12 na turma. Os psicólogos chamam isso de “confusão de responsabilidade”, o fenômeno de se sentir menos responsável quando há outras pessoas por perto. O estudo de Bibb Latane e John Darley que batizaram de “Efeito Espectador” diz que as chances de você receber ajuda de alguém é inversamente proporcional a quantidade de pessoas presentes. Pare para pensar como isso afeta o ambiente de trabalho e as salas de aula; equipes grandes costumam ser um problema porque um fica esperando pelo outro e quando um assume a responsabilidade, os outros presumem que o trabalho já está encaminhado.
Lição: seja direto ao pedir ajuda de alguém e deixe claro as responsabilidades de cada um.
#5 Porque deve-se dar menos importância ao que os outros pensam
Efeito holofote (2000)
Além de ser uma completa bobagem porque impede você de ser autêntico e feliz, estudos mostram que nós não somos tão populares como imaginamos. A diferença entre o que se acha e a realidade é praticamente o dobro. Na maior parte do tempo, as pessoas estão ocupadas com milhares de outras coisas para notar nosso cabelo despenteado, a roupa velha ou que saímos dormindo na foto. Desculpa, mas você não é o centro das atenções.
Lição: não se preocupe demais com o que você fez ou que deixou de fazer, o impacto é certamente muito menor do que você pensa.
#6 Porque damos muita importância a uma coisa e esquecemos o resto
Ilusão de foco (The Focusing Illusion)
O ser humano tem uma enorme tendência a se ater a uma coisa e ignorar as outras, geralmente, é a mais negativa delas. Pense na última discussão banal com a namorada, o motivo pode ter parecido trivial para você, mas talvez porque ele não seja o real motivo. Vasculhe na sua memória por outros possíveis motivos, brigas anteriores, comentários, cara feia. A ilusão de foco do Daniel Kahneman funciona muito bem para aspectos negativos (quando se vê o problema, não a causa), mas ela está em tudo. O político que distribui cestas básicas ao povo, uma marca de fast-food com campanhas que promovem a alegria, uma matéria jornalística que diz que pessoas ricas são felizes. Todos exageram em um ponto, alterando a nossa percepção. A ilusão de foco é quando nos focamos demais em algo, dando a ele importância maior que a realidade, e deixamos de ver o que realmente importa. Somos campeões disso, e isso nos afeta de uma maneira que nem percebemos.
Lição: procure sempre ter uma visão geral da situação, evitando se ater a fatos isolados.
Se você já chorou alguma vez sobre tirar uma nota 8,5 ou ficar em segundo lugar em uma competição, é bem provável que você seja um perfeccionista.
A tendência vigente em nossa cultura é recompensar os perfeccionistas por sua insistência em estabelecer padrões altos e pela busca incessante de alcançar esses padrões. E de fato, os perfeccionistas muitas vezes têm alto desempenho – mas o preço desse sucesso pode ser a infelicidade e insatisfação crônicas.
“Ao tentar alcançar as estrelas, os perfeccionistas podem acabar apenas correndo atrás do vento”, alertou o psicólogo David Burns em um ensaio na revista Psychology Today em 1980. “[Os perfeccionistas] são especialmente propensos a terem relacionamentos conturbados e transtornos de humor”.
O perfeccionismo nem precisa chegar no nível Cisne Negro para detonar a sua vida e saúde. Mesmo aqueles perfeccionistas casuais (que talvez nem se julguem perfeccionistas) podem experimentar os efeitos colaterais negativos da demanda pessoal por excelência.
Recorte do cartaz do filme “Cisne Negro”
Veja a seguir 14 sinais de que o perfeccionismo pode de fato estar te prejudicando – e maneiras simples de começar a se livrar dele.
1. Você sempre tentou agradar os outros.
Muitas vezes o perfeccionismo começa na infância. Desde cedo somos desafiados a tentar alcançar o céu – os pais e professores encorajam seus filhos a terem um alto desempenho escolar e recompensam o trabalho bem feito com aquelas estrelinhas douradas (ou em alguns casos, com uma punição se não alcançam o resultado esperado). Os perfeccionistas aprendem muito cedo a viver de acordo com as palavras “Eu realizo, logo eu sou” – e nada lhes dá maior satisfação do que impressionar os outros (ou a si mesmos) com o seu desempenho.
Infelizmente, viver sempre correndo atrás da nota 10 – seja na escola, no trabalho ou na vida – pode resultar em uma vida de constante frustração e auto-questionamento.
“A busca pela perfeição pode ser dolorosa porque muitas vezes ela é motivada tanto pelo desejo de ter um bom desempenho e também o medo das consequências de ter um desempenho insatisfatório”, diz a psicóloga Monica Ramirez Basco. “Essa é a faca de dois gumes do perfeccionismo”.
2. Você sabe que a busca pelo perfeccionismo está te prejudicando, mas você acha que isso é apenas o preço que precisa pagar para ter sucesso.
O protótipo do perfeccionista é alguém que fará de tudo (e muitas vezes fará coisas nada saudáveis) para evitar ser comum ou medíocre. É a pessoa que tem uma mentalidade “sem dor, sem conquistas” na busca pela grandeza. Apesar de nem sempre os perfeccionistas terem alto desempenho, o perfeccionismo está frequentemente ligado ao excesso de trabalho, aquelas pessoas denominadas de workaholics.
“O perfeccionista reconhece que os seus padrões altíssimos causam estresse e são pouco razoáveis, mas ele acredtia que eles os motivam a atingir níveis de excelência e produtividade que de outra forma ele nunca atingiria”, escreve Burns.
3. Você é um grande procrastinador.
A grande ironia do perfeccionismo é que apesar da característica de grande motivação para alcançar o sucesso, ele pode ser justamente o que impede a pessoa de ter sucesso. O perfeccionismo está fortemente ligado ao medo de errar (o que geralmente não é um bom motivador) e a comportamentos de auto-sabotagem, como a procrastinação excessiva.
Pesquisas mostram que o perfeccionismo voltado para o outro (uma forma distorcida do perfeccionismo motivada pelo desejo da aprovação social), está ligado à tendência de postergar o cumprimento de tarefas. Para esse tipo de perfeccionista, a procrastinação parece ter origem principalmente no temor da desaprovação vinda de outras pessoas, segundo pesquisadores da York University. Por outro lado, os ‘perfeccionistas adaptativos’ estão menos propensos à procrastinação.
4. Você é altamente crítico de outras pessoas.
Julgar os outros é um mecanismo de defesa psicológica bastante comum: nós rejeitamos em outros o que não aceitamos em nós mesmos. E quando se trata de um perfeccionista, geralmente há muito que ser rejeitado. Os perfeccionistas são pessoas altamente criteriosas e poucos escapam do seu olhar crítico.
Ao pegar mais leve com outras pessoas, alguns perfeccionistas talvez consigam dar um desconto para si mesmos também.
“Não olhe para as falhas de outros, nem para suas omissões ou comissões”, Buda sabiamente recomendou. “Ao invés disso, olhe para os seus próprios atos, para o que você fez ou deixou de fazer”.
5. Para você, é tudo ou nada.
Muitos perfeccionistas lutam com o pensamento preto-e-branco – um momento você está tendo sucesso e no próximo já é um derrotado, de acordo com sua mais recente realização ou falha – e vivem nos extremos. Se você tem tendência a ser perfeccionista, provavelmente só mergulha de cabeça em um novo projeto ou tarefa se achar que existe uma boa chance de ser bem-sucedido naquilo – e se houver o risco de dar errado, você provavelmente evitará se envolver naquilo. Pesquisas mostram que os perfeccionistas tem aversão ao risco, o que pode inibir a inovação e a criatividade.
Para os perfeccionistas, a vida é um jogo de tudo ou nada. Quando um perfeccionista se determina a fazer algo, a motivação e ambição pode levá-lo até as últimas consequências para alcançar aquele objetivo. Então, não é de se admirar que os perfeccionistas correm um grande risco de desenvolver distúrbios alimentares.
6. Você tem dificuldade em se abrir com outras pessoas.
A autora e pesquisadora Brene Brown considera que o perfeccionismo é com uma “armadura de 20 toneladas” que carregamos para nos defendermos – mas na maioria dos casos, o perfeccionismo simplesmente nos impede de ter uma verdadeira conexão com outras pessoas. Por causa do medo intenso de falhar ou de ser rejeitado, o perfeccionista muitas vezes sente dificuldade se expor ou mostrar vulnerabilidade, diz a psicóloga Shauna Springer.
“É muito difícil para um perfeccionista compartilhar a sua experiência interior com um parceiro”, escreve Springer na revista Psychology Today. “Os perfeccionistas muitas vezes sentem que precisam ser fortes e ter o controle de suas emoções o tempo inteiro. Um perfeccionista pode se esquivar de falar sobre seus medos, inseguranças, incapacidades e decepções com outras pessoas, mesmo com aquelas que são mais próximas”.
7. Você sabe que não adianta chorar sobre o leite derramado… mas você chora mesmo assim.
Seja por ter queimado o arroz ou por ter chegado cinco minutos atrasado para uma reunião, aqueles que buscam a perfeição tendem a ter uma obsessão com cada errinho que cometem. Isso pode resultar em vários pitis, crises existenciais e birras de gente grande. Quando o seu foco principal está no erro ou falha e o que lhe motiva é evitar isso a qualquer custo, até a menor pisada na bola é um atestado incontestável da sua enorme falha pessoal.
“Com a falta de uma fonte profunda e sólida de auto-estima, as falhas afetam os perfeccionistas de forma bastante séria e podem levar a crises prolongadas de depressão e afastamento para algumas pessoas”, escreve Springer.
8. Você leva tudo para o lado pessoal.
Já que eles consideram cada obstáculo e crítica como uma falha pessoal, os perfeccionistas tendem as ter menos resiliência do que outras pessoas. Ao invés de reagir aos entraves e erros, o perfeccionista sente-se derrotado, considerando cada falha como prova do medo mais profundo que continuamente o assola: “Eu não sou bom o suficiente”.
9. … E você fica na defensiva quando é criticado.
As vezes é possível identificar um perfeccionista numa conversa pela maneira em que eles se defendem por qualquer crítica, por menor que seja. A fim de preservar a auto-imagem frágil e a aparência perante os outros, o perfeccionista tenta controlar a situação defendendo-se de qualquer ameaça – mesmo quando não há necessidade de defesa.
10. Você nunca “atinge o seu objetivo” totalmente.
Já que a perfeição, obviamente, é algo impossível de se atingir, os perfeccionistas geralmente têm a sensação de que ainda não atingiram o seu objetivo totalmente, que falta alguma coisa. A cantora Christina Aguilera, perfeccionista assumida, disse em entrevista à revista InStyle em 2010 que ela se concentra em todas as coisas que ela ainda não realizou, o que a impulsiona a constantemente superar a si mesma.
“Eu sou extremamente perfeccionista e exigente comigo mesma” confessou Aguilera. “Eu gostaria de fazer mais trabalhos no cinema e eu sinto que ainda não alcancei o tipo de sucesso que eu desejo ter. Tenho certeza que haverá um ponto em que eu me sentirei em paz, sabendo que eu realizei muitas coisas”.
11. A imagem abaixo te deixa nervoso(a).
Pessoa com uma avaliação mediana.
12. Você sente prazer em ver outra pessoa falhar, mesmo que não tenha nada a ver com você.
O sofrimento adora uma companhia e os perfeccionistas – que gastam muito tempo e energia pensando e se preocupando com as próprias falhas – podem sentir um certo alívio e mesmo prazer ao ver os desafios enfrentados por outros. Você pode até sentir-se melhor a respeito de si mesmo vendo a falha de outra pessoa, mas a longo prazo, isso só reforça o pensamento competitivo e crítico que alimenta o perfeccionismo.
13. Você secretamente nutre uma saudade dos seu tempo de escola.
Algumas pessoas detestavam a escola, mas você amava, pois lá havia uma medida do seu sucesso – você tinha tarefas, notas, feedback e um professor que estava lá para lhe dar um feedback positivo e um tapinha nas costas por um trabalho bem feito. Talvez você tenha sido o queridinho(a) do professor, ou talvez aquele com “Melhores chances de ter sucesso”. O sistema estruturado da escola e a formula simples de “trabalhe duro, tenha um bom desempenho e receba uma recompensa” oferece conforto à maioria dos perfeccionistas.
No mundo real, o sucesso é medido de outra forma. Tudo tem uma estrutura diferente. E apesar de você nunca admitir isso, por um lado você sente falta daquele mundinho onde era possível tirar nota dez e estava tudo certo.
14. Você tem uma alma culpada.
No fundo, muitas vezes os perfeccionistas são atormentados por sentimentos de culpa e de vergonha.
O perfeccionismo mal-adaptado – um impulso pela perfeição que geralmente tem sua origem na esfera social e um sentimento de pressão para ser bem-sucedido que vem de fontes externas, mais do que internas – tem uma forte relação com a ocorrência de depressão, ansiedade, vergonha e culpa.
“O perfeccionismo não tem a ver com a busca da excelência ou da melhoria, que é uma coisa saudável”, disse Brené Brown numa entrevista a Oprah. “É uma forma de pensar e sentir que diz: ‘Se eu tiver uma aparência perfeita, se eu fizer do jeito perfeito, se trabalhar e viver da maneira perfeita, eu posso evitar ou minimizar a vergonha, a culpa e o julgamento’ “.
Então qual é o remédio para isso? Brown recomenda a prática da autenticidade. Permita que os outros lhe vejam exatamente como você é e abra mão do escudo protetor do perfeccionismo para que você possa expressar a sua vulnerabilidade.
“A autenticidade é uma prática que você escolher todos os dias”, ela diz, “as vezes a cada hora do dia”.
Ao longo das décadas as pessoas tentam melhorar a cada geração a forma como educam seus filhos. Há um progresso lento e muitas vezes negativo que pode ser observado entre as décadas, e é bastante controverso o que cada pai ou mãe pensa sobre como educar seus próprios filhos.
Infelizmente, a visão que muitos pais tem muda após o crescimento de seus pequenos, e eles mesmos percebem que se tivessem reagido diferente em muitas ocasiões, talvez seu sentimento de realização fosse um pouco maior depois de alguns anos.
Seguem algumas dicas:
1. Não diga mentiras
Ninguém gosta de discutir com a criança até convencê-la a fazer algo desagradável, como tomar um remédio, vacina, injeção, passar por uma consulta médica, fazer uma prova, ficar longe dos pais ou milhares de outras coisas desagradáveis. Porém, frases como “não vai doer nada” ou qualquer outra que omita ou que seja inverdade, não são nada recomendadas para usarmos com crianças ou adolescentes. Lembre-se, os pais são seus modelos, então eles aprenderão a mentir de vez em quando se você o fizer. O mesmo vale para o tradicional “fala que eu não estou”.
2. Não diga sim o tempo todo
Todo responsável quer o melhor para seus amados. Mas amor não é medido através do excesso de concessões. Muito pelo contrário. A criança precisa de limites para sentir o amor e a atenção dos pais. Também não exagere nosnãospara não bloquear a criatividade do seu filho.
3. Não rotule
Já experimentou deixar uma esponja dentro de um recipiente com líquido? Da mesma forma as crianças absorvem tudo. Ela vai crescer acreditando que é burra, chata, gorda, magrela, feia… Todo ser humano possui alguma dificuldade ou imperfeição. Uma coisa é admitir e continuar vivendo, tentando vencer seu próprio desafio, a outra é ser levado a acreditar que é assim e sempre será, que não há como mudar…
4. Não compare
Seu filho já se esforça muito para ter um pouco da sua atenção diariamente. E quando há comparações do tipo: seu irmão é melhor que você, sua amiga faz isso muito bem, porque você não pode ser como o Fulano? Seu ego fica muito machucado. O resultado será baixa autoestima e rebeldia. E não pense que isso só acontece com crianças, porque mesmo depois de grandes, adolescentes e mesmo adultos, comparações ainda o afetarão.
5. Não critique
Por pior que seja o desenho, por mais engraçado que seja uma mão de bolinha com 4 ou 5 risquinhos, elogie sua disposição, criatividade, incentive, mostre aos outros com orgulho, comente suas conquistas, mas evite condenar suas realizações, estudo, trabalhos, aparência, amigos e escolhas.
6. Não diga o que não gosta de ouvir
Palavrões, piadas indecorosas, xingamentos, falar mal dos outros, reclamar de tudo, ou seja, tudo o que é desagradável e que você não quer ouvir dos outros, não diga na frente de seus filhos. Já ouviu aquele ditado “O que você faz fala tão alto que não consigo ouvir o que você diz”?
7. Não culpe
A vida de mãe ou pai não é perfeita e muitas vezes estamos tão estressados que acabamos passando o sentimento de culpa. A casa está uma bagunça, e ele provavelmente é o maior responsável, mas se você conseguir administrar a situação sem acusações diretas ou indiretas, a harmonia reinará em seu convívio e o futuro do seu filho será muito melhor.
Há muitas outras coisas que não devem ser faladas, mas existem muito mais coisas a serem ditas. E o mais importante, ame seu filho, dessa forma as palavras se tornam dispensáveis.
“A questão que me intriga é que vou morrer e não sei o que fazer diante da morte. Vou morrer em breve, talvez eu não receba sua resposta. Claro que não estou pendente disso para morrer (isso está infelizmente fora de minhas mãos), mas filhadaputamente o padre que veio me visitar e não gostei do que ouvi. Sei que ele trouxe palavras bondosas, mas tão vazias de real sentido para mim que aproveitei que eu estava vomitando que nem um desgraçado para enxotar aquele velho de batina. Minha doença me consome rapidamente e não acredito em nada para além desta vida, nem preciso acreditar. Sou ateu (o máximo de fé que tenho é fazer figurinhas, pois mamãe me ensinou e lembro dela quando faço) e sinceramente não me culpo por isso.”
Muitas pessoas enxergam na capacidade de cozinhar, lavar, passar e administrar uma casa sozinho, como um sinal de amadurecimento. “Olha só, fulano está tendo que se virar por conta própria, está amadurecendo”.
Não se pode negar que a independência é um importante passo quando se fala em maturidade; mas a última é, a meu ver, algo ainda muito maior; algo quase subjetivo.
Você sabe que está amadurecendo quando opta por dormir no sofá da sala para não incomodar sua mãe de madrugada com a luz do computador ligado e barulhos de porta batendo. Quando a preocupação com a saúde dela lhe torna chato e questionador.
Amadurecer é tornar-se um pouquinho mãe de sua mãe e pai de seu pai.
Você sabe que está amadurecendo quando não deixa uma nota ruim ou uma pessoa amarga acabar com a sua paz de espírito.
Amadurecer é também ter experimentado sofrimento suficientemente verdadeiro para nos fazer capazes de aumentar diariamente o nosso limiar. É concluir que o otimismo pode até nem sempre ajudar, mas nunca há de atrapalhar.
Esqueça o banheiro limpo e o dia a dia impecavelmente organizado. De nada adianta ter uma casa brilhante e o sucesso profissional, se você não dá bom dia para o porteiro e economiza palavras com seu companheiro/a.
Amadurece aquele espera sua vez de falar, que genuinamente se coloca no lugar do outro, que não tem medo de aprender, mudar de opinião, errar e voltar atrás.
Amadurece, enfim, aquele que passa a viver de olhos e ouvidos bem abertos; que se permite sofrer e sensibilizar pelas experiências, esvaziar-se para ser capaz de ficar cheio novamente, e que, quando transborda, jamais deixa de tentar encher outros copos.
Elogiar muito uma criança pode estragá-la. Para um adolescente, discutir com os pais demonstra respeito. Estas são apenas algumas afirmações contidas em “Os 10 Erros Mais Comuns na Educação de Crianças” (Editora Lua de Papel), recém-lançado no Brasil e escrito pelos americanos Po Bronson e Ashley Merryman. No livro, os autores procuram desconstruir mitos atuais a respeito da educação das crianças a partir de resultados de pesquisas sobre o desenvolvimento infantil. Conheça alguns dos discursos equivocados mais comuns dos pais citados pelo livro e confira os comentários de especialistas.
“Sempre elogio meu filho”
Incentivar e apoiar as atitudes de uma criança parece um caminho 100% seguro para garantir autoestima em alta. O problema é que o exagero pode levar a um efeito exatamente contrário. “Até os anos 70 não havia uma preocupação nítida com essa questão da autoestima dos filhos. Quando se começa a falar mais sobre isso, vem o exagero. Os pais começaram a elogiar qualquer coisa, mesmo que banal”, afirma Tania Zagury, mestre em educação e autora do livro “Filhos: manual de instruções” (Editora Record).
Tania ressalta que encorajar e parabenizar um filho deve fazer parte da rotina da família, desde que os pais percebam que as crianças realmente se esforçaram para atingir o objetivo. “Elogios excessivos e falta de encorajamento são dois extremos perigosos. O ideal é cada família encontrar o seu equilíbrio”.
“Deixo meu filho dormir um pouco mais tarde para ficar comigo”
De acordo com os autores do livro, pesquisas apontam que uma hora a menos de sono por dia pode significar problemas como comprometimento da capacidade intelectual, do bem-estar emocional, déficit de atenção e obesidade. Apesar de não haver ainda um consenso estabelecido pelos estudiosos, muitos defendem a ideia de danos causados pela diminuição de horas de sono para crianças e adolescentes.
“Os pais trabalham fora e acabam chegando tarde. Para compensar essa ausência permitem que seus filhos fiquem acordados até mais tarde em sua companhia. Mas isso pode ter um efeito ruim”, aponta Tania. O psicólogo clínico pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Marcelo Quirino concorda: “um sono ruim pode gerar alterações afetivas, cognitivas e sociais. O sono é fundamental para uma boa saúde”.
“Ensino a meu filho que somos todos iguais”
Qual a forma ideal de falar sobre diversidade racial com as crianças? Muitos pais acreditam que expor a criança a um ambiente multirracial, sem necessariamente apontar diferenças físicas como a cor da pele, seria o suficiente para desencorajar o preconceito e fazer com que o filho encare tudo com naturalidade. Para Po Bronson e Ashley Merryman, ficar apenas no discurso de “somos todos iguais” não é o caminho ideal. Os autores do livro defendem a abordagem mais clara do tema com diálogos exatamente sobre essas diferenças físicas e por que elas não devem ser motivo de discriminação. “O discurso de que somos todos iguais é mesmo muito superficial porque simplesmente não somos iguais. Pelo menos não fisicamente”, diz Marcelo.
Psicóloga e terapeuta familiar da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Marina Vasconcellos acredita que o importante é ensinar a respeitar as diferenças. “Dizer que somos todos iguais acaba sendo uma mentira mesmo. Outra abordagem é necessária”.
“A criança enxerga diferenças físicas. É uma questão visual. Precisamos ensinar que essas diferenças existem e nem por isso um é melhor do que o outro. A questão do preconceito deve ser trabalhada desde cedo com mais profundidade”, afirma Tania.
“Não discuto com meu filho adolescente”
Fase de bastante atrito, a adolescência é motivo de pavor para muitos pais. Alguns se sentem afrontados e outros desrespeitados diante de tantas discussões e confrontos. Mas será que os filhos também enxergam as discussões como uma forma de desrespeitar seus pais? “Tudo depende de como essa discussão acontece. Vozes exaltadas e xingamentos, por exemplo, não fazem parte de uma discussão saudável. Mas se é uma conversa respeitosa, é muito positivo para a família”, conta Marina.
Para fugir de tantos conflitos, muitos pais acabam sendo condescendentes com atitudes erradas dos filhos, como dirigir um carro sem permissão ou chegar embriagado em casa. Casos assim exigem posicionamento dos pais para o adolescente saber que eles se importam com seu bem-estar. “O adolescente pode confundir permissividade excessiva com falta de interesse mesmo. É preciso encontrar um equilíbrio. O interesse abusivo e o desinteresse total são igualmente prejudiciais”, ensina Marcelo Quirino.
“Meu filho é superinteligente”
Será possível detectar hoje os grandes nomes do futuro? O livro de Po Bronson e Ashley Merryman conta que milhões de crianças competem por vagas em boas escolas nos Estados Unidos, mas que em 73% dos casos todo esse processo seletivo mostrou-se equivocado. “Não há como prever se uma criança vai ser bem sucedida, mas se ela tiver uma boa educação certamente terá mais chances”, diz Tania Zagury.
“Os pais ou os avós podem até enxergar um gênio, entretanto é o coração falando alto. Tirando o emocional de campo, crianças mais precocemente estimuladas possuem maior possibilidade de desenvolvimento intelectual”, diz Tania, observando que as diferenças individuais existem e devem ser respeitadas.
“Meu filho assiste a DVDs educativos”
É sedutor pensar nos vídeos educativos disponíveis na prateleira das lojas como ajudantes poderosos no desenvolvimento da fala do seu bebê. Um engano comum, segundo os autores de “Os 10 Erros Mais Comuns na Educação de Crianças”. O assunto é tão polêmico que foi alvo de um comunicado da Academia Americana de Pediatria condenando o uso de vídeos para crianças de até dois anos de idade.
O psicólogo Marcelo Quirino explica que o desenvolvimento da linguagem é acima de tudo afetivo. “O vídeo é passivo e não estimula a interatividade com a criança. É uma ferramenta auditiva e visual. Não substitui o afeto e o diálogo entre pais e filhos”.
“Receber afago é delicioso, eu adoro dar e receber carinho, sem medo de me machucar ou de pedir, afinal não tenho nada a perder. Mas a maioria das pessoas confunde afetuosidade com mimo.”