Dizem que a experiência faz o mestre… Será?

Dizem que a experiência faz o mestre… Será?

O tempo tem a indiscutível missão de operar transformações em nós. Mesmo a mais teimosa das pessoas, mais dia menos dia, acaba se rendendo às areias do tempo. A passagem dos minutos; das horas; dos dias; dos anos; das vidas, vão modulando dentro de nós a nossa maneira de vermos o mundo, de nos vermos e de entender a maneira do mundo de nos ver.

Quem será que faz os ponteiros dispararem durante o tempo que dura um beijo apaixonado, um fim de tarde morno na praia, um amanhecer azul de inverno visto do topo de uma montanha, a primeira noite de amor, o primeiro colo que oferecemos ao filho recém-nascido, o último abraço de conforto que entregamos ao pai?

Quem terá o poder de fazer emperrar o relógio e impedir que os minutos escoem nas situações dolorosas a que somos submetidos; nas noites insones; nas enfermidades que roubam de nós o brilho da vida; nas experiências de perda que ninguém pode passar por nós.

O tempo que passa é mensurável, real e físico. O que fazemos dele, é tão subjetivo quanto a interpretação de um poema ou a capacidade que temos para descrever o sabor de um beijo. São as experiências vividas que determinam o quanto fomos espertos, lentos ou refratários diante das oportunidades infinitas de aprendizagem às quais somos apresentados a cada dor suportada, a cada prazer sorvido aos poucos ou apressadamente.

A sabedoria que tanto almejamos alcançar tem muito menos a ver com o tempo do que com a nossa disposição em nos entregarmos de corpo inteiro e alma desarmada. É a coragem de aceitar que é inevitável sangrar às vezes, esperar que cicatrize para só então, tentar entender o propósito de nossa passagem por esse planeta tão confuso e belo, ao mesmo tempo, que fará de nós um pouco mais humanos e menos intolerantes.

E, se tivermos alguma paciência, seremos presenteados com lições de rara beleza que nos permitirão avançar alguns passinhos para longe de nossa pretenciosa ambição de controle e poder. E, liberados da ansiedade pelo brilho das glórias, seremos aprendizes eternos. Haverá sempre alguma lição mal compreendida ou pouco aprofundada esperando que abandonemos o conforto das coisas conhecidas a fim de nos aventurarmos por caminhos mais estreitos e pouco iluminados.

A nossa vida aqui neste tempo presente não pode ser aceita simplesmente como a consequência direta de nossas ações e escolhas pregressas; seria simplificar demais acreditar em tão descomplicada explicação. Somos o que fazemos de nós a cada instante. Somos os “sins” e “nãos” que proferimos; somos a mão que estendemos ou o abraço que negamos; somos o alimento que partilhamos ou a sede que infringimos; somos a chuva mansa que acaricia ou a tempestade que arruína.

E o futuro, o que nos espera lá na frente é um mistério insondável, tão assustador quanto belo. A nossa vida no tempo que ainda virá é também a somatória de missões assumidas, desejos projetados e vaidades abandonadas. Para sermos mestres é necessário e indispensável que nos encharquemos de humildade diante daquilo que não podemos modificar. Seremos mestres quando finalmente compreendermos que saber algo ou muita coisa isoladamente, ignorando a necessidade ou contribuição do nosso irmão, é optar pela arma que mutila gerada pela mesma ideia que fez germinar a ferramenta que cura.

Um brinde às taças que se quebram

Um brinde às taças que se quebram

Quando me mudei, depois de morar por doze anos na mesma casa, eu me dei conta de quanto usamos pouco certas coisas por achar que são restritas ao uso em certas datas especiais. Ao abrir a cristaleira e me deparar com aquelas taças todas, eu me lembrei de que elas viviam ali empoeiradas há anos e que algumas delas nunca tinham sido usadas. As taças foram então embaladas, vieram junto da mudança e continuaram morando na mesma cristaleira, só que em uma casa diferente. Nunca tive a ideia de usa-las para tomar suco, água ou para comer morangos com chantilly no dia a dia. Sabe-se lá porque, me ensinaram que as taças de cristal são sós para bebidas e datas especiais. Fui ensinada a separar a roupa “de missa”, o sapato de usar em casa e o de sair. Tenho quarenta e um anos e quem é “da minha época” vai entender.

Em abril de 2014 eu fui salva “pelo gongo” e muita coisa mudou aqui dentro. Se eu tivesse morrido de septicemia naquele três de abril quando a diverticulite que eu nem sabia ter perfurou e evoluiu para uma peritonite, as taças ficariam aqui e junto delas, tudo que dizem serem os meus bens materiais.

Lembro-me de um conto bem famoso no qual o marido contava que sua esposa guardara uma linda camisola por toda a vida esperando usa-la em uma data especial; ela então morre e o marido pede que a vistam com a roupa que ela então finalmente usaria. A morte chegou antes da tal data especial – se é que essa data existe. Uma parábola perfeita para lembrar-nos que só existe o hoje.

No dia vinte e quatro de dezembro de 2015 as minhas taças saíram da cristaleira e foram – junto de toda a porcelana – usadas em uma deliciosa ceia de natal que reuniu a minha família e a do meu marido. Foi aí que eu percebi que o maior valor delas está em ser usada – e se quebrar, quebrou! Uma eu quebrei quando a lavava, livrando-a do pó e do abandono, ela morreu feliz, coitadinha. A outra se quebrou lindamente quando uma das crianças esbarrou nela, correndo em direção ao Papai Noel que chegava com os presentes. Uma terceira, de champanhe, acabou se quebrando no dia seguinte porque eu a esqueci na mesa quando, já depois da festa, decidi tomar “mais uma” com o meu marido. Estávamos embriagados demais para cuidar das taças e felizes por termos passado o natal com nossos pais, com nosso filho, com os irmãos, primos, tios…

As taças também servem para serem quebradas. Não deve ser justo que vivam mais do que nós. As coisas servem para serem usadas e por isso devemos ter apenas o que realmente usamos. Cem pares de sapatos para um par de pés parece não fazer sentido, mas se você os tem, use todos eles. Não guarde nada para uma ocasião especial porque todos os dias são especiais. Tome água numa manhã de segunda-feira difícil naquela taça de cristal. Vá trabalhar com sua melhor roupa quando sentir vontade. Não deixe nada para amanhã porque ele pode não chegar.

Usar tudo que se tem e ter somente o que se usa pode nos ajudar a acumular menos e a ter menor necessidade de comprar mais do que se precisa. Relatos de colegas que trabalham atendendo pacientes acumuladores me ensinaram que uma das características deles é quase nunca usar o que adquirem.

Não deve ser saudável comprar o que não se vai usar. Nem comprar para “guardar”, nem para usar quando houver uma oportunidade. Compre e use, use o que comprou. Não se apegue às coisas, nem lamente quando as louças ou os cristais se quebrarem. Comemore porque foram usados – é para isso que servem.

A vida é traiçoeira conosco. Tive tanto apego aos meus CDs e hoje olho para eles e não consigo conter o riso de pensar que todas aquelas músicas cabem em uma geringonça menor do que a palma da minha mão. Parece que o fim de todas as coisas é não ter valor algum. Mesmo as que estão nos museus, às vezes me dão “gastura”. Quando estive em Liverpool e vi, daquela distância segura, o piano branco do John, dentro do museu The Beatles Story, pensei na hora: “O que vale ver esse piano agora, mudo?”. Chorei é claro, mas queria John vivo tocando em qualquer piano.

Quero levantar um brinde a todas as minhas taças quebradas, às que ainda restam na cristaleira e que quero usar e quebrar ao longo da minha vida. Quero comemorar por estar viva para usar as roupas lindas que compro até que fiquem velhas e também pelos sapatos e as botas que já gastei e que ainda quero gastar andando pelo mundo. Quero agradecer pelo tecido do meu sofá todo manchado pelas estripulias do meu filho e também por todos os enfeites que ele quebrou e que não me fazem a menor falta. Sou feliz por todos os tecidos da minha casa que meus gatos rasgaram ao longo desses anos todos porque uma casa com tudo intacto e no seu devido lugar é uma casa sem vida e a mais linda taça de cristal não vale nada se não for usada.

 

Fique com alguém que te faça agradecer por não ter dado certo com ninguém antes

Fique com alguém que te faça agradecer por não ter dado certo com ninguém antes

Título original:  Fique com alguém que não tenha dúvidas

Por Marina Barbieri, via Deuruim

Quando a gente quer muito uma pessoa, a gente se engana. A gente tenta encaixar aquele outro ser humano em posições que nunca foram dele. A gente clama ao universo para um sim em algo que já começou destinado ao não. A gente quer, e a gente bate o pé e faz pirraça feito criança para conseguir. Mas um dia a gente percebe que amor tem que ser uma via de mão dupla. Amor tem que ser fácil, tem que ser bom, tem que ser complemento, tem que ser ajuda. Amor que é luta é ego. Amor que rebaixa é dor. E então a gente aprende que amor que não é amor, não encaixa, não orna, não serve.

Fique com alguém que não tenha conversa mole. Que não te enrole. Que não tenha meias palavras. Que não dê desculpas. Que não bote barreiras no que deveria ser fácil e simples. Fique com alguém que saiba o que quer e que queira agora.

Fique com alguém que te assuma. Que ande com orgulho ao seu lado. Que te apresente aos pais, aos amigos, ao chefe, ao faxineiro da firma. Que segure a sua mão ao andar na rua. Que não tenha medo de te olhar apaixonadamente na frente dos outros. Fique com alguém que não se importe com os outros.

Fique com alguém que não deixe existir zonas nebulosas. Que te dê mais certezas do que perguntas. Que apresente soluções antes mesmo dos questionamentos aparecerem. Fique com alguém que te seja a solução dos problemas e não a causa.

(…)

Fique com alguém que te faça rir. Que te mostre que a vida pode ser leve mesmo em momentos duros. Que seja o seu refúgio em dias caóticos. Fique com alguém que quando te abraça, o resto do mundo não importa mais.

Fique com alguém que te transborde. Que te faça sentir que você vai explodir de tanto amor. Que te faça sentir a pessoa mais especial do universo. Fique com alguém que dê sentido à todos os clichês apaixonados.

Fique com alguém que faça planos. Que veja um futuro ao seu lado. Que te carregue para onde for. Que planeje com você um casamento na praia, uma casa no campo e um labrador no quintal. Fique com alguém que apesar de saber que consegue viver sem você, escolhe viver com você.

Fique com alguém que não se esconda. Que não te esconda. Que cada palavra seja direta e clara. Que não dê brechas para o mal entendido. Que faça o que fala e fale o que faça. Fique com alguém cujas palavras complementam suas ações.

Fique com alguém que te admire. Que te impulsiona pra frente. Que te apoie quando ninguém mais acreditar em você. Que te ajude a transformar sonhos em realidade. Fique com alguém que acredite que você é capaz de tudo aquilo que queira.

Fique com alguém que você não precise convencer de que você vale a pena. Que não tenha dúvidas. Fique com alguém que te olhe da cabeça aos pés e saiba, sem hesitar, que é você e só você.

Fique com alguém que te faça olhar para trás e agradecer por não ter dado certo com ninguém antes. Fique com alguém que faça não existir mais ninguém depois.

Éramos grandes

Éramos grandes
Quando eu tinha meus 8/9 de idade anos costumava brincar por horas com meus primos e irmãos no terraço da minha vó.  Me sentia gigantemente pequena ali. Aquele terraço parecia ter o super-poder de diminuir as crianças, como minha vó tinha o super-poder de dar falta de uma única folha de qualquer uma de suas plantas. Assustador. Nossas bolas e raquetes que o digam.
Independente de qualquer medo ou roubada que entrassemos por destruir uma das plantas da minha vó, naquela época éramos felizes. Lá, o que importava era se divertir, independente do mundo lá fora.

Em meio aquele aquele terraço, que fazia parte daquele casarão fixo em uma rua, que estava em um bairro qualquer, que era um pedaço de uma cidade, que se encontrava em um estado que era apenas um dos 24 que formam um país, país este que é só um pedacinho de um planeta que se localiza nesse lugar chamado universo que dizem ser infinito, nós éramos, digo novamente, infinitamente felizes. 

Arrisco dizer que a inocência, de certa forma, nos engrandece. É imperceptível, mas me parece verdade. 

Inevitavelmente crescemos e com isso damos conta dos outros. A maioria das vezes, sem dar conta de nossa pequenez. Damos conta do terraço alheio, do universo alheio. Começam as comparações. Ah, malditas comparações! Nos perdemos tentando ser ‘grandes’ como os outros.

Saímos ganhando algo com esse negócio de crescer? Esquecemos como fomos felizes em nossos próprios terraços da vida e começamos a correr atrás de algo, muitas, vezes inalcançável. Continuamos infinitamente pequenos.

Não duvido que se nos dessemos conta do quão pequenos somos, seriamos capazes de melhor aproveitar nossa estadia nesse universo.

Mal sabíamos nós, mas mesmo naquele terraço enorme onde nos sentíamos tão pequenos, fomos grandes naquele tempo. No mínimo, interessante.

Como pensam as pessoas que optam por permanecerem solteiras

Como pensam as pessoas que optam por permanecerem solteiras

O que significa estar solteiro (a)?

Dizer que alguém está “solteiro” é uma maneira popular de definir as pessoas que não estão vivendo um relacionamento estável, seja ele um namoro, morar junto ou a instituição do casamento propriamente dita.

Por que muitas pessoas estão solteiras?

Inúmeros fatores podem influenciar para que uma pessoa esteja sozinha. Todos envolvem a história pessoal de cada um, mas alguns pontos que poderiam ser pensados são:

– Existem as pessoas que estão solteiras, mas que buscam frequentemente mudar essa situação. São aquelas que estão abertas e procurando uma relação;

– Existem pessoas que não se julgam merecedoras de amor e mantém uma estima tão baixa que nem percebem que não criam oportunidades para que um “outro alguém” as perceba como um potencial parceiro (a) amoroso (a);

– Existem pessoas que saíram de outros relacionamentos anteriores e que ainda não se julgam aptas para iniciar um novo ciclo, pois ainda estão organizando em si o fechamento emocional dos ciclos anteriores;

– Existem ainda outras pessoas que têm intenção de se relacionar mais seriamente, mas estão em momentos de suas vidas em que priorizam sua energia para estudos, estabilização financeira e trabalho.

Quais os fatores que interferem em manter ou não uma relação?

Atualmente já não existe a exigência cultural tão marcada para que as pessoas mantenham relacionamentos convencionais.

Tanto homens quanto mulheres costumam trabalhar e possuem capacidade para batalhar pelo seu próprio sustento. Possuem também planos individuais de vida e trabalho que podem não necessariamente envolver uma relação afetiva estável.

Sabemos que, mesmo assim, ainda não existe um total encorajamento social para que as pessoas mantenham-se por conta própria. Mas essa realidade não é mais vista como uma aberração como já foi vista no passado.

Como pensam as pessoas que realmente optam por ficarem solteiras?

“Solidão é ausência do outro; solitude é sua própria presença.” Osho

– Elas aprenderam que não precisam escolher um par por mera convenção social e que hoje podem se sustentar, frequentar lugares como restaurantes e cinemas mesmo estando sozinhas sem que isso seja considerado algo descontextualizado ou pejorativo.

– Elas entenderam que, depois de um longo tempo de relacionamento, podem estar interessadas em uma nova forma de se relacionar com o mundo. Com a possibilidade dos divórcios, por exemplo, não são raras as pessoas que saem de relações longas. Mesmo assim, optam por uma realidade sem vínculos mais próximos;

– Elas conhecem o valor da própria companhia. Possuem hobbies pessoais, respeitam melhor a própria individualidade, aprenderam a ter prazer na solidão e em seus próprios pensamentos e sonhos sem que isso as torne amargas ou seja motivo de vergonha. Elas falam sem nenhuma inibição que optaram por isso.

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Natalia Bryliova 1984 Belarus

– Elas reconhecem o lado bom de estar com alguém e não são avessas a companhia, entretanto também não veem no outro a solução para alcançar a felicidade, pois sabem que a felicidade não será encontrada no outro como uma fórmula mágica ou enredo de conto de fadas.

– Elas podem investir mais em outras relações familiares assim como podem nutrir relações de amizades mais íntimas e profundas;

– Encontram também, como descrito pela escritora Sara Maitland ,

“…o desenvolvimento de gostos pessoais, da originalidade, da gestão do tempo e da independência de pensamento e ação. Suspeito que aumenta a autoestima, além do senso de competência e capacidade. Na verdade, acaba por ser muito boa para a saúde, pois reduz o estresse e, portanto, a frequência cardíaca e a pressão arterial. Dormir sozinho melhora a qualidade do sono e dos sonhos. Mas a maior surpresa é a descoberta de que sozinho você é, de fato, uma pessoa interessante, com muitos recursos inesperados.”

Ou seja…

As pessoas que são solteiras por opção sabem que em um momento ou outro podem entrar em um relacionamento, pois reconhecem que a questão mais importante não é estarem sozinhas ou com alguém e sim estarem bem consigo mesmas.

Imagem de capa: Women in Painting, by Xi Pan

18 Gifs para apaixonados por Charles Chaplin

18 Gifs para apaixonados por Charles Chaplin

Charles Chaplin (1889 – 1977) foi um ator e diretor inglês, também conhecido por Carlitos no Brasil. Sua presença no cinema mudo foi revolucionária trazendo emoção, crítica social e humor através de seus olhos e expressões corporais.

Abaixo, uma selação de 18 gifs animados para os amantes desse grande astro.

Os gifs não estão organizados por data ou filme, mas trazem uma amostra da grandiosidade de seu trabalho.

“Num filme o que importa não é a realidade, mas o que dela possa extrair a imaginação.” Charles Chaplin

Todos os gifs via GIPHY

As 4 leis do desapego para a liberação emocional

As 4 leis do desapego para a liberação emocional

É possível que a palavra desapego lhe cause uma sensação de frieza e egoísmo. Nada está mais longe da realidade. A palavra desapego, compreendida dentro do contexto do crescimento pessoal, é um valor interno precioso que todos nós devemos aprender a desenvolver.

Praticar o desapego não significa abrir mão de tudo o que é importante para nós, rompendo vínculos afetivos ou relacionamentos pessoais com aqueles que fazem parte do nosso cotidiano.

“Desapego significa saber amar, apreciar e se envolver nos relacionamentos com uma visão mais equilibrada e saudável, libertando-se dos excessos que o prendem”.

Liberação emocional é viver mais honestamente, de acordo com as suas necessidades. Crescer, progredir com conhecimento de causa, sem prejudicar ninguém e não deixando ninguém o limitar.

Conheça abaixo as 4 leis do desapego para a liberação emocional. Vamos praticar?

1- Você é responsável por si mesmo

Ninguém pode viver por você. Ninguém pode respirar por você, se oferecer como voluntário para carregar suas tristezas ou sentir suas dores. Você é o arquiteto da sua própria vida e de cada passo que dá em seu caminhar.

Portanto, a primeira lei que deve ter em mente para praticar o desapego é tomar consciência de que você é totalmente responsável por si mesmo.

Não responsabilize os outros pela sua felicidade. Não imagine que para ser feliz é necessário encontrar o parceiro ideal ou ter o reconhecimento de toda sua família.

Se a opinião dos outros é a sua medida de satisfação e felicidade, você não vai conseguir nada além de sofrimento. Raramente os outros suprirão as nossas necessidades.

Cultive sua própria felicidade, seja responsável, maduro, conscientize-se das suas escolhas e consequências e nunca deixe que seu bem-estar dependa da opinião alheia.

2- Viva no presente, aceite e assuma a sua realidade

Muitas vezes, não conseguimos aceitar que nesta vida nada é eterno, nada permanece sempre igual; tudo flui e retoma seu caminho. Muitas pessoas estão sempre focadas no que aconteceu no passado, e isso se torna um fardo pesado que carregamos no presente.

Mesmo que seja doloroso, aceite, assuma o passado e aprenda a perdoar. Isso o fará se sentir mais livre e o ajudará a se concentrar no que realmente importa: “o aqui e agora”. Liberte-se!

3- Liberte-se e permita que os outros também sejam livres

  “Assuma que a liberdade é a forma mais plena, íntegra e saudável de aproveitar e compreender a vida em toda a sua imensidão”

Ser livre não nos impede de criar vínculos com os outros. Criar vínculos, amar e ser amado, fazem parte do nosso crescimento pessoal.

O desapego significa que você nunca deve assumir a responsabilidade pela vida dos outros, que eles não podem lhe impor seus princípios e nem tentar prendê-lo. É assim que surgem os problemas de relacionamento e o sofrimento.

Os apegos exagerados nunca são saudáveis. Temos como exemplo aqueles pais obcecados por proteger os filhos, que os impedem de crescer e avançar com confiança para explorar o mundo.

A necessidade de desapegar-se é fundamental nesses casos; cada um um deve sair dos seus limites de segurança para enfrentar o imprevisto e o desconhecido.

contioutra.com - As 4 leis do desapego para a liberação emocional

4- As perdas irão acontecer mais cedo ou mais tarde

Devemos aceitar que, nesta vida, nada dura para sempre. A vida, os relacionamentos e até os bens materiais acabam desaparecendo como fumaça, escapando por uma janela aberta ou deslizando através dos nossos dedos.

As pessoas vão embora, as crianças crescem, alguns amigos somem e perdemos alguns amores… Tudo isso faz parte do desapego. Temos que aprender que isso é normal e enfrentar essa situação com tranquilidade e coragem.

O que nunca pode mudar é a sua capacidade de amar. Comece sempre por você mesmo.

Fonte indicada: A Mente é Maravilhosa

Unesp oferece curso online grátis sobre História da Arte

Unesp oferece curso online grátis sobre História da Arte

A Unesp está oferecendo através do site da Univesp TV, um curso gratuito online sobre História da Arte. Ele é voltado a graduandos e pós-graduandos interessados nas áreas de arte, história, pesquisa, cultura e assuntos correlatos. Também é aberto a todos com formação superior em qualquer área do saber.

Este curso de História da Arte é apresentado gratuitamente, em forma de videoaulas online, que você pode assistir a hora que quiser. Há ainda a possibilidade de fazer anotações sobre questionamentos, opiniões e dúvidas enquanto assiste o vídeo, e receberá tudo em seu e-mail.

A Univesp TV é o canal de comunicação da Universidade Virtual do Estado de São Paulo, a quarta universidade pública paulista e visa ao incentivo à formação integral do cidadão.

O curso

São 09 aulas do curso regular de graduação, ministradas pelo docente José Leonardo do Nascimento do Instituto de Artes da Unesp (Universidade do Estado de São Paulo).

O objetivo do curso de História da Arte é apresentar movimentos artísticos locais dentro de uma perspectiva mais abrangente da história da arte. As aulas exploram a arte etrusca, o realismo da arte romana antiga e o diálogo com a Grécia, a arte cristã primitiva, a arte bizantina, as expressões artísticas medievais, como as Iluminuras, a arte Românica e o Gótico, até os primeiros momentos do Renascimento italiano. O professor José Leonardo do Nascimento também apresenta e analisa os principais monumentos artísticos de cada período histórico.

O curso não possui certificação. São apenas aulas online para complementação de estudos e pesquisas. É só acessar o site e começar a estudar.

Conteúdo programático

  • Escultura e pintura etruscas: vitalismo e arte tumular.
  • Roma antiga: realismo e diálogo com a Grécia.
  • Arte cristã primitiva: abstração e solenidade.
  • Iluminuras medievais: arte monástica.
  • Arte bizantina: espiritualidade e esplendor celestial.
  • Arte românica: arquitetura e relevo escultórico.
  • Arte gótica: verticalidade e luz.
  • Siena no século XIV: arte republicana e religião.
  • Florença no século XIV: da bidimensionalidade pictórica ao Renascimento.

O curso sobre História da Arte oferecido pela Unesp é mais uma dica gratuita que o Canal do Ensino trouxe para te ajudar a expandir a mente, pensar diferente e aumentar ainda mais seus conhecimentos. Quer outras dicas como essa? Acompanhe também o site Canal do Ensino.

Receita de ano novo- Carlos Drummond de Andrade

Receita de ano novo- Carlos Drummond de Andrade

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.  

Carlos Drummond de Andrade 

“Receita de Ano Novo”. Editora Record. 2008.

Um bilhete só de ida para o Ano Novo- Nadia Regina Stella

Um bilhete só de ida para o Ano Novo- Nadia Regina Stella

Por Nadia Regina Stella

Imagine se 2016 fosse um outro país, outro continente, outro planeta, sua passagem para o novo ano é um bilhete só de ida. E você precisa dizer Adeus para 2015, além de selecionar o que vai levar consigo. Hora de fazer a mala, escolher o que vai na sua bagagem de vida e desperdir-se do que fica.

Adeus também é desapego! Adeus ano 2015! Adeus para o quê e  pra quem ficou no passado…

Um ano novo, só é mesmo um ano novinho em folha se a gente ressignificar dentro da gente o que nos fez mal, incomodou, fez sofrer, atrasou nossa vida! Senão, é só mais um ano no calendário que recomeça em 01 de janeiro! Nao adianta mudar de estado, de país, de ano, se você insiste em continuar a viver o que não te acrescenta, só te subtrai. Se você não pensou no quanto tem andado com  bagagem pesada, ainda dá tempo. A aeronave já está em solo, dentro de poucos minutos vai iniciar o embarque. O que vc vai levar pra 2016?

Vou levar comigo tudo o que foi bom e quero manter… Começando pelo que tenho de mais precioso: minha família. E isso inclui meus anjinhos de 4 patas. Vai também meu trabalho e, cá entre nós,  saiba que a gente pode amar o que faz, mas nem por isso está menos sujeito às vicissitudes. E tem ainda espaço para minhas amizades verdadeiras! Aquelas de uma vida, sabe? E aquelas mais recentes que diante de uma turbulência não tumultuam e não forçam o pouso.  Obrigada por me fazerem continuar acreditando que não somos descartáveis!

Vou levar meus sonhos, meus objetivos, minhas alegrias e, sim, minhas tristezas, dificuldades e decepções também irão comigo, porque ninguém é 100% feliz o tempo todo, a menos que viva de aparências -em plena era das aparências já ta virando clichê a felicidadepara justificar seus vazios.

Desapegar tabém é ientrega. A-Deus tudo o que já não nos cabe ou não podemos mais manter.  Sim eu disse Deus, porque vou levar comigo minha pouca fé dos últimos tempos e minha espiritualidade. Eu preciso aprimorar isso em 2016 deixando um espaço maior para ter fé!

Bagagem de mão: Em tempos de amores líquidos, de amizades tóxicas-  Deixa pra trás o que te envenena e quem na boca veneno tem. Líquidos são restritos,  leve só os pequenos frascos de doces perfumes.

Vale também reciclar o que ainda é passível de fazer sentido, porque também dos erros a gente extrai a aprendizagem.

E quem sabe você ainda consegue descer  lá no subsolo antes da  virada do ano e abrir
aquela caixinha chamada mágoa, retirar de dentro dela aquele acontecimento que tentouesquecer, mas que ficou mal resolvido. Isso aí menina,  sacode a poeira, limpa, dá uma polida, deixa brilhar novamente. Nos bastidores de algo que não saiu como a gente esperava pode ter alguém que a gente quer levar para 2016, 2106, se é que você me entende?! Então corre, ainda faltam alguns minutos pra virada e dá tempo de trazer para o novo ano algo ou alguém que vc nao quer deixar no porão.

Se alguma coisa entrou por engano na sua bagagem, tudo bem, desapegar é se livrar de pesos ao longo do caminho, trocar a mala pesada por uma uma mochila leve nas costas e se aventurar nesse mundo lindo, mas requer cuidado. Sair da zona de conforto é o que nos faz crescer, no entanto pode  nos deixar vulneráveis a outros apegos… Não,  não vai dar para carregar excessos que tudo tem limite, entao, somente o que cabe no bolso, na mochila e no coração. Não dá pra carregar mágoas, não dá pra carregar desrespeito, não dá pra carregar culpa, nem o fardo que não nos compete. Não esquece o teu RG, nem teu passaporte, você precisa sempre em terras estrangeiras, respeitar quem vc é e saber onde quer chegar. Mas nada de complicar na imigração, você não vai querer ser deportado, vai?

E, enfim, pra quem não vai embarcar aqui, nem decolar no mesmo vôo, nem pegar o mesmo trem, também para quem nem dentro do meu coração vai pousar, boa viagem também, tenha um novo ano bom, e nem vem que nao tem- to entrando o ano 100% blindada contra inveja, quebrante, olho grande e gordo, vírus, bactérias, gente chata, gente que se acha e que acha defeito em tudo e em todos.

Vem que tem um 2016 cheio de esperança, de desafios, de trabalho, no caminho a gente descobre as surpresas boas de cada viagem, a gente pega junto nas dificuldades, chora junto, acha graça junto, se abraça, comemora, viaja o mundo…Solta o combustível no mar pra aterrizar com leveza se a turbulência nos obrigar.  Você já se deu conta que a sua própria vida é o  bilhete só de ida? Cuide bem da sua. Cada vez que você cuida mais da vida do outro você perde a oportunidade de fazer um up grade no seu programa de milhagem.

Aperta o cinto. Respira fundo! Volte sua coluna para a posição vertical e seus olhos no horizonte. Vem , vem junto pra 2016. Vem,  no caminho eu te conto. Portas encerradas! Atenção Senhores passageiros, vai decolar.

Nadia Regina Stella é enfermeira, especialista em saúde mental e em linhas de cuidados – ênfase atenção psicossocial. Coordeno há 10 anos e 9 meses um CAPS

Quando faltarem palavras, use os braços

Quando faltarem palavras, use os braços

Faz parte da nossa natureza a falta de jeito para interpretar os sinais do outro. Até mesmo porque, muitas vezes, os sinais são confusos mesmo. Diante do enfrentamento de situações dolorosas podemos ficar arredios, agressivos e difíceis de conviver. Ou podemos optar pela quietude do isolamento, a fim de purgar o que dói, interpretar os sentimentos e buscar saídas. Ainda há aqueles que disfarçam tão bem, mas tão bem, que passam a impressão de serem insensíveis, donos de corações de pedra, verdadeiros icebergs humanos.

O fato é que o sofrimento é algo extremamente pessoal. Não somos capazes de experimentar as sensações alheias. Podemos, no máximo, imaginá-las, supô-las ou fantasiá-las. No entanto, precisamos respeitá-las. Ainda que imaginemos ter o direito, não devemos julgá-las; não é lícito avaliar se a maneira do outro lidar com as mazelas da vida é exagerada, distante ou inadequada. O sofrimento do outro é sim da nossa conta, o que ele faz com ele não. Mas, como somos criaturas muito estranhas, fazemos tudo ao contrário: não movemos uma palha para atenuar a dor e, ainda, achamos que somos capacitados para criticar.

A perda de uma pessoa amada é das experiências mais dolorosas, significativas e transformadoras a que somos submetidos em nossa travessia pela vida; seja porque não fomos capazes de cultivar a reciprocidade do amor; seja porque ela optou por partir e ter uma vida longe de nós ou ainda, e mais definitivo, porque ela está perdendo a vida e a morte está prestes a visitá-la.

Diante da morte, vemo-nos confrontados com inúmeras certezas, incertezas e confusões particulares. Somos levados a questionar o que temos feito com o nosso tempo. Ficamos mais receptivos a demonstrações de interesse e afeto. Passamos a funcionar num modo de economia de energia; pequenos compromissos nos escapam; o mundo em volta parece girar em descompasso com o nosso ritmo. O que antes, nos parecia natural e tolerável, passa a incomodar. Estamos à flor da pele; tudo pesa mais; fere mais; e faz menos sentido. E, quando finalmente chegamos àquele momento do dia em que nos é permitido tomar um banho, cuidar das necessidades básicas pessoais e encontrar algum repouso, o corpo está exausto; mas a mente, triste e inquieta vem conversar conosco; e a conversa é longa, lenta e complexa.

Assistir alguém que amamos concluir sua trajetória, ou estar exposto ao risco iminente do fim, faz brotar de dentro da nossa alma uma versão de nós que parece ter sido esculpida e reservada para ocasiões especiais. É uma espécie de traje a rigor para eventos de grande importância. E, assim, como aquele traje que se usa em situações de festa e comemoração, a versão destinada a fases de risco, é desconfortável, incômoda e nada prática. O sofrimento, embora visceral, é extremamente complexo. Muitas vezes, a despeito de estarmos em carne viva por dentro, não conseguimos externar o que sentimos, até as lágrimas nos abandonam diante da secura que nos vai na alma. Viramos desertos, repletos de dunas mutantes a representar nossas ondulações de humor.

No fundo, nenhum de nós está pronto ou minimamente preparado para dizer adeus. Sonhamos com um até breve; alimentamos o desejo de que a vida possa continuar existindo em outro plano. Quem sabe assim possamos encontrar sentido quando alguém nos disser “partiu porque precisava descansar”; “parou de sofrer”; está melhor do que nós”. De verdade, quem está doendo de saudade, prévia ou consumada precisa muito menos de palavras do que de algo mais concreto e palpável. É difícil mesmo encontrar o que dizer quando o outro parece estar sendo tragado por um oceano de tristeza bem ali na nossa frente. Então, quando faltarem as palavras, use os braços. Aninhe, acolha, proteja, sirva de colo ou de escudo. Não há dor que não possa ser aliviada. Não há sofrimento que ignore a força de um afeto generoso e sincero. Ofereça o que você tem de mais bonito, a sua capacidade de diluir tristezas na bênção de um longo, amoroso e paciente abraço.

Jovem fotógrafa lança projeto que promete revolucionar o mundo!

Jovem fotógrafa lança projeto que promete revolucionar o mundo!

“Espalhar amor pelo mundo”. Essa foi a frase escrita em um diário por Nataly Motta aos 12 anos. Hoje, aos 18, a fotógrafa de casamentos realizará esse sonho de menina através do projeto “Assinado, AMOR”, que visa disseminar mensagens a favor do amor por meio de fotografias. Para ela, o ato de abraçar é a principal forma de espalhar amor, pois ao abrir os braços os corações se encostam!

Após meses de preparação, Nataly lança nesta quinta-feira (24) o “Assinado, AMOR”. “Nada melhor do que a véspera de Natal para compartilhar abraços e muito amor”, afirma a fotógrafa. Para divulgar a proposta, Nataly e sua equipe prepararam uma ação de abraços coletivos no Parque da Redenção, em Porto Alegre, que se transformou no vídeo “O Melhor Presente do Mundo” lançado hoje no site e nas redes sociais do projeto. “Todos precisamos de mais amor e nós acreditamos que somos capazes de espalhá-lo”, afirma a fotógrafa. Para ela, cada pessoa tem o potencial de melhorar a vida de alguém e se cada um fizer a sua contribuição será possível construir um mundo inteiro de boas atitudes.

“Eu posso ser sentido de diferentes formas: em um olhar, em um abraço, em lágrimas e sorrisos, em gestos, nas palavras e na ausência delas também. Dizem que o mundo precisa de mim, mas na verdade sou eu quem precisa dele. Preciso que as pessoas me espalhem por aí…” 

 

Conheça mais sobre o trabalho de Nataly nos links abaixo

www.facebook.com/assinadoamor

www.instagram.com/assinadoamor

www.assinadoamor.com

 

Cartas de gratidão a Deus

Cartas de gratidão a Deus

S.P., 25 de dezembro de 2015

Deus,

Sou uma dessas pessoas que reclama, exaustivamente, de tudo e de todos o tempo todo. Sim, queixo-me de tudo…Hoje, queria fazer algo diferente. Parece clichê, né? É que precisa te agradecer, do meu jeito torto.
Sabe, Deus, uma vez peguei carona com um dos meus cunhados e me surpreendeu a compreensão que ele tinha sobre a minha irmã. Ele a descreveu como eu a conhece. Simplesmente disse: Sua irmã reclama, mas tem um coração enorme e se preocupada com todo mundo. É assim que eu a vejo. Como uma pessoa de coração grande! Fiquei feliz com o que ele disse. Reconheci que ele a amava. Acho que precisava agradecer por eles!
Obrigada.

Eu amo muito essa minha irmã! Aliás, amo todas elas. É que essa é especial. Ela é uma grande amiga e reza muito por mim. Talvez eu precise muito de orações….
Obrigada, Deus, Todo-poderoso, senhor do Universo ou Divindade. Não sei como te chamar. Mas precisava agradecer por tanta amizade e amor. Inclusive, queria que você soubesse que foi graças a ela e ao meu cunhado que convivi com meus sobrinhos. Apesar de todo o trabalho (tem dias que é difícil), agradeço por todos os momentos que vivi ao lado deles. Cada gracinha, cada malcriação marcaram a minha vida.

Tenho outros cunhados também! Agradeço, em especial, a esse outro pela alegria que trouxe à minha família quando se unia a essa outra irmã. Agradeço o carinho, o cuidado de irmão e as risadas. Foram tantas! Gratidão.

Minha irmã, aquela que é casada com ele, é muito calma. Agradeço, Deus, por ela e pelas duas filhas que tem. Agradeço o cuidado, as conversas, os conselhos e os momentos que compartilhamos, principalmente na praia.

Sabe, as vezes penso que são os momentos bons fazem que fazem a vida valer a pena. Obrigada. Gratidão pelas sobrinhas Alice e Helena que trouxeram flores e alegrias para a vida de cada um de nós.

São quatro irmãs. Preciso que você tenha paciência. Inclusive, a outra irmã, eu amo muito também. Sempre vou lembrar dela usando tênis e de cabelo enroladinho. Minha mãe brigava muito com essa guria. Eu a observava de longe e sentia uma profunda compaixão. Ela me comovia. Obrigada, Deus, porque eu acho que você, como meu amigo que é, permitiu que eu tivesse longas conversas, trocasse conselhos, desse risadas e até brigasse com ela. Gratidão.

Minha última irmã também é especial. Eu irei defendê-la sempre, até quando estiver errada. Será sempre a irmã que tem medo de lagartixa e que me escuta, incansavelmente, 70 vezes 7 se for preciso. Sim, eu agradeço de novo, Deus. Obrigada pela amizade e pelo amor. Obrigada também por esse último cunhado, que eu amo por tabela, exclusivamente porque a faz feliz.

Por último, serei grata ao meu pai e minha mãe. Aos dois, porque souberam me amar em momentos que eu não me amava, tiveram paciência quando eu não me suportava e nunca desistiram de mim, quando eu já tinha desistido.

Sinto muito, Deus, pelas vezes que eu não correspondi a altura desse amor tão genuíno, pelas vezes que faltou paciência e reconhecimento. Sinto muito pelos momentos que culpei os dois pelos meus erros ou indecisões, pelos momentos que frustrei expectativas e falhei.

Sei que ainda continuarei falhando, mas meu coração sente uma profunda gratidão por compartilhar esses momentos com todos.
Eu só queria dar boa noite e dizer que sigo feliz em mais um Natal!

Neste fim de ano trago votos de simplicidade

Neste fim de ano trago votos de simplicidade

Você vai me desculpar, mas nesse ano novo não lhe desejo muitas conquistas. Lhe desejo apenas o aprendizado diário da apreciação do caminho, e que mesmo que as conquistas sejam poucas, isso não importe muito, pois o caminho por si só já é um presente.

Além disso não lhe desejo grandes realizações. Essas coisas grandes demais que para serem atingidas demandam uma ralação da pele, um engrossamento do couro, um esquecimento de si mesmo, uma robotização dos ritmos humanos. Lhe desejo apenas olhos atentos para ver as pequenas conquistas diárias: um sol que nasceu, um amigo que (re)apareceu, um bicho que lhe sorriu.

Também não desejo que todos os seus sonhos se realizem. Desejo sim que você não desaprenda a cultivar sonhos e não interdite a fábrica que os produz dentro de você. Desejo que você saiba que o sonho em si já é suficiente para inundar um coração. E que uma vida com muitas realizações e poucos sonhos não tem graça nenhuma.

Não desejo também para o seu ano novo muita paz. Essa paz mansa, de quem consegue descansar a cabeça, ligar a televisão, se cercar de tudo que é fácil e próximo da mão e achar que o mundo está resolvido. Não lhe desejo essa paz que pode ser a morte em vida, que é uma redoma feita de medos lhe salvaguardando do mundo.

Também não lhe desejo amor. Esse amor que seca, que lhe faz sedento, que é uma busca de algo ou de alguém que lhe sacie, complete, ou que lhe traga vantagens. Não desejo amor para quem ainda não sabe amar, desejo antes outras coisas.

Como por exemplo, lhe desejo individualidade. Que você tenha ou crie tempos para se desenvolver enquanto pessoa, para enriquecer a própria alma. Que você encare a busca do autoconhecimento, sozinho. Porque é a partir do conhecimento profundo de si mesmo que nasce a compreensão profunda do outro. E o mundo parece estar precisando tanto de pessoas que se compreendam.

E por isso também lhe desejo solidão. Porque essa é a nossa condição natural, somos antes de tudo um universo em si. Então desejo que você saiba colorir o seu próprio universo e tenha momentos de profundo prazer na companhia de si mesmo.
Desejo finalmente que você sinta muita paixão, que seu sangue borbulhe, seus sentidos agucem, sua temperatura suba. Mas desejo que você sinta essa paixão avassaladora não por pessoas, mas pela própria vida.

INDICADOS