Por favor, não confunda estupidez com “personalidade forte”.

Por favor, não confunda estupidez com “personalidade forte”.

Já viu como esse mundo anda cheio de gente orgulhosa por ser do tipo que “estoura fácil”? É gente que anuncia em todo canto não levar desaforo para casa, que se gaba de não ter papas na língua e de falar na cara de qualquer um as piores grosserias exibindo uma credencial de pessoa sincera. Tem gente capaz de estragar um jantar, um almoço ou qualquer evento social cuspindo para todo lado coisas que bem podiam esperar outra hora. Gente que mantém uma incontrolável disposição para sair no tapa, ganhar no grito, vencer na marra. Gente insistindo em confundir sinceridade com grosseria e se recusando a aceitar que é bem possível, sim, dizer a verdade e ser honesto sem ser tosco.

Tem gente que até argumenta com a desculpa esfarrapada do “ah, eu conheço quem se ofende de qualquer jeito quando ouve o que não quer, mesmo que você diga com toda a delicadeza do mundo”. Verdade, mas isso não autoriza ninguém a ser estúpido na hora de dizer o que pensa. A menos que a intenção seja de fato ofender e agredir.

A gente pode, sim, dizer o que quiser com cuidado e delicadeza. É que ser gentil dá mais trabalho, né? Mais fácil é ser escroto, fechar a cara, bater a porta.

Tem gente com todo tipo de mau gosto por aí. Mas se você dispõe especialmente da infeliz característica de se orgulhar do seu “pavio curto”, eu preciso lhe dizer uma coisa: diferente do que costumam tagarelar aqui e ali, você não tem uma “personalidade forte”, não. Você só tem o “pavio curto”. E isso é nada senão sinal de um caráter fraco, raquítico, comezinho. Além de uma enorme vontade de chamar atenção e de uma flagrante e desavisada falta de educação.

Em algum momento, o cordão dos grosseirões, covardes e afins decidiu chamar de “força” os seus próprios desvios de personalidade que não passam de fraqueza pura e simples.

Não, um homem que grita, xinga ou espanca a sua esposa durante uma discussão não tem a “personalidade forte”. É só mais um canalha cometendo um crime, um fracote moral deixando o mundo pior.

Um chefe que demite a equipe inteira sumariamente, depois de ser contrariado durante uma reunião importante, sem nem cogitar se os seus funcionários estão certos ou errados, mas tão somente porque não admite ser contrariado, não tem uma “personalidade forte”. É só um cretino medonho, uma besta quadrada redondamente enganada.

Uma criança ou um adolescente que quebra a casa toda em arroubos de raiva por não ter um capricho atendido pelos pais não tem “personalidade forte”. Tem uma imensa dificuldade de aceitar “não” como resposta e outras questões que os especialistas sabem muito bem como tratar.

Os valentões que andam por aí caçando briga, sedentos para demonstrar o quanto são fortes e habilidosos com os punhos, não, não têm, de jeito nenhum, a “personalidade forte”. Têm a autoestima fraca, a inteligência desnutrida, o caráter alquebrado e uma desregulada produção de testosterona.

Pessoas corajosas de verdade não precisam provar valentia a ninguém. Elas também se revoltam, se pegam indignadas, tomam atitudes, também amam e também odeiam. Elas são o que são, não têm medo de dizer o que pensam e, quando precisam, correm de uma briga. Porque é preciso ter coragem para fugir também! Elas têm tudo isso mas, sobretudo, não lhes faltam controle, modos de gente, limites, dignidade, inteligência e educação. Essas pessoas é que têm a personalidade forte o suficiente para não ter de provar nada a ninguém a não ser a elas mesmas.

Neste mundo afeito a inverter valores, gente que pondera, que pensa e que evita o confronto é chamada “covarde”. Santo equívoco! Todos sabemos que “covarde” mesmo não é quem foge de uma briga. É quem só escolhe os “adversários” mais fracos!

Já notou como ninguém, exceto os muito estourados, os suicidas e os policiais, perde a paciência na frente de um ladrão armado?

Já viu como os donos de uma pretensa “personalidade forte” quase sempre só exibem a sua potência e o seu vigor físico e emocional diante dos mais frágeis? São grupos inteiros surrando um só! Fortões esculhambando fraquinhos! Monstros disfarçados de babás castigando crianças e velhinhos. Machos alfa irritados batendo em suas esposas porque “perderam a cabeça”!

E tudo isso é sempre culpa de sua “personalidade forte”. Ora, façam-me o favor! A única força que há nesses casos é a força bruta. A covardia, a maldade pura e simples. Marcas de uma debilidade absoluta e de um descontrole atroz!

Então, por favor, “personalidade forte” é o escambau! Gente estúpida padece de fraqueza na cabeça, no caráter, no espírito e na alma. Não merece nenhum tipo de admiração. Precisa urgente é de tratamento ou de cadeia!

Pessoas não passam!

Pessoas não passam!

Hoje parei pra pensar em como somos a soma das pessoas que um dia amamos e que nos amaram e como, mesmo indo embora, despertam o melhor em nos a cada vez que lembramos.

Porque infelizmente ou felizmente as pessoas não deixam de ser quem são pra nos ou de representar o que representam em nossas vidas pelas escolhas que elas fizeram.

Elas continuarão sendo o que sempre foram, porque aquilo que as pessoas despertam em nos nada apaga.

Hoje podem ter nos decepcionado, e isso as vezes fique e nos marque. Mas os momentos bons existiram e eles sempre serão imbatíveis.

Não adianta querer expulsar de você alguém que fez morada ai dentro. Alguém que veio e trouxe tanta coisa e que quando foi deixou mais coisa ainda. Alguém que fez sua vida bonita um dia. Porque é isso que fica, por mais que a pessoa não tenha ficado.

Por isso eu digo e repito sempre: as pessoas não passam nunca. Momentos passam, o tempo passa, mas as pessoas ficam, por mais que elas tenham ido embora.

Todos aqueles que de alguma forma despertaram o melhor em mim moram aqui. E morarão pra sempre.

Impossível dizer que não haja quem ocupe posições especiais. E estão lá por algum motivo.

São aquelas que conseguiram despertar o melhor que há em mim e me ensinaram coisas que hoje são essenciais pra seguir o caminho. Essas me tiram sorrisos grandes cada vez que me lembro delas e me da uma vontade imensa de tê-las comigo de volta. Vontade sentar com elas e contar dos meus caminhos, das minhas escolhas e das minhas alegrias. Contar como me fazem falta e como são importantes pra mim, mas eu não digo. Acho que jamais direi, porque a vida segue e nos também seguimos e, alem do mais, as pessoas que moram em mim só existem aqui.

A vida seguiu pra elas também e assim, se tornaram outras pessoas, frequentam outros lugares e gostam de outras coisas. A maioria eu nem sei onde estão, nem com quem estão e nem as escolhas que fazem. Não cabe mais a mim saber.

A parte delas que me cabe vive bem guardada aqui. Elas existem cada vez que eu quero que isso aconteça. E isso basta.

Porque mais vale uma doce lembrança do que uma amarga realidade. E pode ser que, voltando, seja só isso que elas tragam.

O importante não é o que você junta, mas o que você espalha

O importante não é o que você junta, mas o que você espalha

O mundo anda meio egoísta, muito provavelmente por conta dessa avidez descontrolada por consumir, pela supervalorização das aparências, tornando-nos afoitos por conseguir ter mais dinheiro, ser mais belo, comprar mais produtos, conhecer gente mais popular. Muitos acabam, por isso, perdendo-se de si mesmos, de sua essência humana e gregária, que necessita da troca afetiva para sobreviver com mais tranquilidade e paz de espírito.

Infelizmente, quanto mais tentamos preencher nossas vidas com posses e bens materiais, mais vazios nos tornamos por dentro, uma vez que, assim, estamos negligenciando nosso sentir, nosso pulsar íntimo. Aquilo que verdadeiramente somos, por ser imaterial, não se contenta com o que fica lá fora, ou seja, nossos traços de humanidade independem de tudo aquilo que compramos.

Os sonhos de vida que alimentam a nossa jornada rumo à felicidade, caso se pautem tão somente por conquistas materiais, irão se tornar cada vez mais voláteis, incapazes de corresponder aos nossos anseios, incapazes de nos preencher afetivamente. Precisamos compartilhar sentimentos, pois é assim que eles se multiplicam dentro de nós e na vida daqueles que estão na lida conosco.

Na verdade, o que importa é o amor que damos e recebemos dos pais, dos filhos, dos irmãos, do parceiro, dos amigos, enfim, das pessoas que nos dão as mãos com verdade e reciprocidade. Aquilo que fazemos é que alimentará as necessidades de nossa alma, tornando-nos alguém que se vale da ética e da partilha para dignificar a jornada de vida, de si e de quem faz parte desse caminhar.

Ninguém se lembrará das roupas que usávamos ou do carro que dirigíamos, mas todos carregarão dentro de si tudo o que fizemos em seu favor. É preciso, pois, criar lembranças especiais do que fomos junto a quem amamos, pois é isso que nos eternizará, é isso que nos manterá vivos dentro de cada coração que pudemos tocar com nossa bondade e compreensão. A vida carrega tudo para o esquecimento, menos aquilo que foi feito com amor.

Entenda como funciona o ciclo do abuso em um relacionamento tóxico

Entenda como funciona o ciclo do abuso em um relacionamento tóxico

VOCÊ ESTÁ NUM RELACIONAMENTO TÓXICO?

Muito tem se falado sobre relacionamento abusivo. Dedico uma página inteira ao tema, pois, por trás dessas relações, há assunto para uma coleção de livros e muito estudo. Para quem está fora de uma relação tóxica, parece bastante fácil identificá-las. Mas quem está dentro, vive mesmo é num estado constante de confusão mental e dúvida, onde nada parece tão óbvio.

Meu relacionamento é abusivo ou não?

As relações tóxicas/abusivas/destrutivas/doentias são, não raro, formadas por indivíduos com características do transtorno de personalidade narcisista ou antissocial de um lado e pessoas exacerbadamente empáticas ou emocionalmente dependentes do outro. Dificilmente cria-se uma situação destrutiva por um longo período entre pessoas emocionalmente saudáveis, pois não toleram e rompem rapidamente. Já entre narcisistas e dependentes emocionais cria-se uma simbióse.

Trata-se daquelas relações em que, não importa o que aconteça, a parte que se submete não consegue sair dela, como se estivesse quimicamente viciada e emocionalmente cega, e a parte que submete, parece alimentar-se daquele estado de coisas.

Se você não tem certeza se está vivendo uma relação tóxica, um método bastante simples é verificar se está presente a ocorrência de um ciclo repetitivo de abuso dividido em 4 fases principais que formam, resumidamente, a rotina do casal por toda a duração da relação.

Nesse cenário, passados os primeiros momentos da fase de conto-de-fadas, característico das relações tóxicas, a dinâmica relacional passa a ser marcada por esse ciclo ininterrupto de abuso, até que se dê a ruptura pelo alvo de abuso ou pelo descarte do abusador (mais comum).

Entenda o que forma esse ciclo. Você se identifica?

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CICLO DE ABUSO NAS RELAÇÕES TÓXICAS

  1. TENSÃO

Surgem momentos de tensão, a maioria das vezes, imotivados ou causados por algo sem significância. Há interrupção brusca de comunicação com o alvo e uso silêncio passivo-agressivo. O alvo sente medo e confusão mental, passando a tentar apaziguar, compensar, reverter o comportamento tenso da pessoa abusiva

  1. INCIDENTES

Ocorrem “incidentes” de abuso verbal, emocional ou físico. Há brigas, gritos, xingamentos, cara feia, ameaças, vitimização, intimidação e culpabilização. Inicialmente o alvo diz para si mesmo que não vai tolerar, mas…

  1. RECONCILIAÇÃO

A pessoa abusiva se desculpa ou dá desculpas para o seu comportamento. Culpa o alvo por ter-lhe feito “perder a cabeça” e ou por ter criado aquela situação que resultou no incidente. Algumas vezes nega que o abuso tenho ocorrido ou que tenha sido tão grave quando o alvo afirma. Minimiza e estipula “novas regras”. O alvo se esforça para não ter novos incidentes.

  1. CALMARIA

O “incidente” é esquecido. Há uma pausa nos comportamentos abusivos, dando início a uma fase de “lua-de-mel”. O alvo crê que exagerou. Sua crença na relação se fortalece novamente.

Volta-se à fase 1.

Se você se identificou e crê que seu relacionamento esteja permeado desse ciclo abusivo, talvez seja a hora de criar coragem e romper.  Em que pese o fato da ruptura em relacionamentos tóxicos ser dolorosa e por a parte submissa numa espécie de crise de abstinência duríssima, ela é necessária e urgente para garantir sua saúde mental, emocional e física. Se você não põe um fim nesse ciclo, ele põe um fim em você. Não adie.

***

PRECISA DE AJUDA?

Você chegou até o final do texto e se identificou com alguma dessas situações?

Um processo psicoterápico pode fazer a diferença na sua vida nesse momento.

Indicamos: Josie Conti- psicóloga. Saiba mais aqui.

 

A Outra História Americana: quando o ódio nos torna cegos

A Outra História Americana: quando o ódio nos torna cegos

Saramago afirmou que o homem está cego da razão, que não consegue enxergar nada ao seu redor e só vê alguma coisa ao olhar para si mesmo. A individualidade e a mesquinharia do homem são tamanhas, que o português chega a dizer no seu “Ensaio sobre a Cegueira” que: “Ainda está por nascer o primeiro ser humano desprovido daquela segunda pele a que chamamos de egoísmo, bem mais dura que a outra, que por qualquer coisa sangra”.

Esse egoísmo é demonstrado em atos como o racismo, a homofobia e o xenofobismo. Enganam-se aqueles que acham que as coisas hoje estão muito diferentes. Na verdade, há um véu de hipocrisia que passa a falsa sensação de que esses comportamentos inescrupulosos não são praticados diariamente. Mas basta a situação ficar mais complicada e emergir uma crise, para que o preconceito velado venha à tona.

O atual momento político brasileiro fala por si só, em que o ódio deu lugar a qualquer pensamento racional e empático, de modo que, salvo raras exceções, são disparadas ofensas em direção aos indivíduos com posições ideológicas contrárias, além da exaltação de indivíduos altamente racistas e sexistas, que desconhecem o significado das palavras igualdade e inclusão.

Essas questões aparecem de forma brilhante no filme “A Outra História Americana” (American History X), do diretor Tony Kaye. A trama gira em torno da vida dos irmãos Danny (Edward Furlong) e Derek (Edward Norton) que, envoltos pelos pensamentos preconceituosos do pai, passam a se envolver com uma gangue de skinheads após a morte deste. Através de flashbacks não lineares, a história vai sendo contada, demonstrando, por meio desse anacronismo, a relação de causa e consequência das ações.

Em um desses flashbacks, vemos o garoto Derek, ainda desprovido de preconceitos, falando acerca de seu novo professor, de como este é fantástico e das leituras que estão fazendo. O pai, aparentemente um homem de bem e honesto, um bombeiro que trabalha para a comunidade, indaga o filho sobre o referido professor e constata que este é negro e que está incentivando a leitura de livros que abordam as questões étnicas da sociedade americana. Indignado, desconstrói a imagem que seu filho possui em relação ao professor e lhe ensina uma “grande lição”: a de que a culpa por todos os problemas se devem aos negros e imigrantes que vêm para a “América” roubar seus empregos e destruir suas vidas, como verdadeiras pragas. Derek observa atentamente e internaliza cada palavra. Estava plantada a semente do ódio.

Assim como Derek, muitas vezes damos vazão a discursos cheios de ódio e permitimos nos infectar por um mal que nos corrompe. Passamos, então, a analisar a realidade de modo superficial e com o recorte que nos é conveniente. Daí a se tornar um homicida como o personagem de Norton é um passo tão curto, que sequer imaginamos. No entanto, não precisamos ir tão longe, quer dizer, menos longe, já que a tortura psicológica e a exclusão causadas pelo ódio são tão desprezíveis e duras quanto um ato de violência física cometido.

Como disse, em momentos de crise, esse ódio vem à tona e é assim que acontece no filme e, curiosamente, na vida. No mesmo flashback em que se planta o ódio em Derek e, consequentemente, em seu irmão, Danny, o pai afirma que, nos Estados Unidos, os melhores devem vencer e que ações afirmativas são uma besteira para desqualificar quem de fato merece ser vencedor. Dessa maneira, Derek e seu irmão são impulsionados a convergirem para a ideia de que qualquer problema que acontece é culpa exclusivamente dos negros e estrangeiros que saqueiam a sua nação.

Esse mesmo pensamento é transmitido por Cameron (Stacy Keach), líder da gangue dos skinheads, levando-os a invadir e destruir lojas pertencentes a negros e estrangeiros, espancá-los, saqueá-los e até mesmo matá-los. Essas ações acontecem em função de um ódio que os torna cegos e lhes permite enxergar apenas a verdade racista que carregam no peito, literalmente.

No Brasil, também há manifestações como essas, seja com negros, com pessoas de outras regiões ou pobres – pior é quando há uma combinação. Também escutamos discursos inflados contra ações afirmativas, muito embora a própria Carta Magna seja trabalhada segundo a perspectiva da igualdade material, de modo que os desiguais devem ser tratados como desiguais, a fim de equilibrar as discrepâncias sociais. Além disso, temos os nossos líderes, endeusados com seus discursos marcadamente odiosos. Ou seja, reiterando o que já foi dito, não estamos muito distantes da realidade do filme e por isso ele é imprescindível.

Derek e Danny, bem como os outros jovens da gangue, não são apenas racistas e cheios de ódio porque alguém mais velho lhes disse que eles são superiores, mas, sobretudo, porque permitiram se contaminar e, em meio a momentos difíceis, preferiram sucumbir ao caminho mais fácil, desconsiderando outras possibilidades e abordagens. Não é porque seu pai morreu em um bairro negro (apartheid?) que Derek tornou-se uma máquina racista de destruição e sim porque não se permitiu observar o que acontecia de fato ao seu redor e ser tocado por palavras de respeito e tolerância.

É somente na prisão que, paradoxalmente, Derek se liberta, mais que isso, pelas mãos de homens negros, os quais até ali odiava. Ao permitir ser tocado por outra perspectiva, por outro olhar, Derek percebeu que aquilo que tinha feito da sua vida não fazia sentido algum e somente trouxera destruição para ele e para aqueles que estavam ao seu redor, como a péssima influência que foi para o irmão. Enquanto se fazia as perguntas erradas, Derek jamais conseguia as respostas certas. Foi somente quando pensou e fez a pergunta certa, que obteve a resposta que precisava.

“Bob Sweeney – Houve um tempo em que eu culpava a tudo e a todos por toda dor, sofrimento e as coisas desprezíveis que aconteciam comigo e que eu via acontecer com o meu povo. Eu culpava todo mundo. Culpava os brancos, culpava a sociedade, culpava Deus. E eu não tinha resposta porque fazia as perguntas erradas. Você deve fazer a pergunta certa.

Derek – E qual é?

Bob Sweeney – Alguma coisa do que fez tornou sua vida melhor?”

Infelizmente, para Derek, tudo que fizera e transmitira gerou frutos e as consequências foram inevitáveis, o que nos leva à cena final. Mas, para nós, talvez esse ponto ainda não tenha chegado e, assim, ainda é tempo para fazermos a pergunta certa, destruir toda semente de ódio e reavaliar o que vivemos, como fez Derek e também Danny, através da história do seu irmão, afinal, “Nós não somos inimigos, mas amigos” e, como disse Danny:

“O ódio é um ônus, a vida é muito curta para se estar sempre com raiva. Não vale a pena.”

5 coisas que aprendi vivendo na roça

5 coisas que aprendi vivendo na roça

Faz uns meses que arranjei morada numa casinha em cima da montanha, área rural de uma cidadezinha do interior. Cheguei em busca de um canto, querendo abandonar as bagagens pesadas da alma e descansar o coração e a mente do ritmo tão artificial das grandes cidades.

Não é uma aposentadoria precoce, é vontade de ver a vida por outros ângulos, sentir o tempo em outro ritmo e interagir de uma forma nova (ou antiga) com a realidade.
Então, neste texto quero contar um pouco alguns aprendizados ou desaprendizados que tive nessa minha curta vida de roça.
Lá vão eles:

1. A gente precisa de muito menos do que pensa para viver.

Eu nunca fui do tipo super consumista, mas a vida aqui na roça me faz comprar ainda menos coisas do que antes. Não preciso de muitos cremes, shampoos, maquiagem, compro apenas o necessário e uso até o fim da embalagem. Produtos de beleza também são frutas colhidas no quintal, água de mina e argila natural. Remédio para gripe é chá de erva cidreira com gengibre e temperos para o almoço ficam nos canteiros. A felicidade brota nas árvores e não nos produtos em promoção. E aí no fim do mês até sobra tempo e, quem sabe, dinheiro.

2. Tecnologia é coisa muito boa, mas não substitui interações orgânicas.

Essa é uma questão que daria um texto inteiro sozinha, e eu nem vou aprofundar muito, amo, uso e valorizo tecnologia. Mas aqui na roça percebi que nada substitui uma boa conversa ao vivo e em cores com alguns amigos, um cafezinho passado na hora, um bolo de fubá quentinho. Uma prosa boa no fim do dia. E como são terapêuticos e bonitos os trabalhos manuais, uma semente que você planta e vê crescer, uma mesa rústica feita com madeira descartada, uma cortina de retalhos para a sala. As mãos tocando outras superfícies além do teclado do computador.

3. Escambo é uma moeda válida.

Aqui na roça percebi como é bom trocar um livro de poesia por um pão caseiro. Dar uma muda de manjericão em troca de queijo fresco. Tomar conta do gato do vizinho em troca de amizade mesmo. Trocar um saco de laranja que quase se perdiam de maduras por um pote de goiabada cascão.

4. A sabedoria dos bichos.

Esse tema também daria um artigo científico, mas viver no mato também nos abre para isso. Observar os bichos e perceber a sabedoria de seus universos. Ver os gatos brincando, caçando, lidando de um jeito natural com a morte. Ver os pássaros chegando e partindo, cada qual em seu pé de fruta preferido. Ver as formigas carregando pedaço de grama e insetos. Ver as aranhas fechando seus ciclos. Ver um sapo calmo, estirado no sol depois de tantos dias de chuva.

5. Uma bela paisagem é bem melhor do que Netflix.

Gosto aqui no mato das belezas a olho nu, do por do sol da varanda, da amplitude que o olhar alcança, fazendo meu coração achar que a vida ainda vale muito a pena. Gosto dos diferentes tons de verde, e dos formatos das folhas, gosto do silêncio, e da orquestra dos grilos, gosto dos manacás florindo e dos voos livres das borboletas. Gosto de assistir as pequenas histórias que acontecem em cada olhar. Gosto de ver a vida passar.

E a lista poderia seguir, mas hoje eu paro por aqui e fico desejando que onde quer que a gente esteja que nossos corações sejam orgânicos e nossas interações humanas.

Até a próxima!

O oposto de depressão não é felicidade, mas vitalidade

O oposto de depressão não é felicidade, mas vitalidade

O escritor americano Andrew Solomon está certo ao afirmar que “o oposto de depressão não é felicidade, mas vitalidade”.

Em palestra para o TED, datada de outubro de 2013, o autor compartilhou algumas experiências pessoais da época em que ele sofreu do mal dos séculos: a depressão.

Solomon relata que, no ano de 1991, sua mãe morreu, e um namoro que mantinha há anos terminou abruptamente. Mas ele passou incólume por essas experiências traumáticas.

Em 1994, no entanto, Solomon viveu o pior ano de sua vida. Por nenhuma razão aparente, ele se viu desinteressado por tudo. Nada do que fazia antes lhe proporcionava satisfação e prazer. As coisas perderam total sentido. Sua vitalidade desapareceu. E o pior: ele não sabia o por quê.

No decorrer daquela época de profunda depressão, Solomon até melhorava por um tempo, mas depois tinha recaídas, como um viciado em ciclicidade constante. Enfim, chegou um ponto em que ele permaneceu estável psicologicamente. Ganhou mais confiança e autonomia. Recuperou sua autoestima e vitalidade. Hoje, ele sente apenas gratidão por estar bem, apesar de saber que a depressão, após ser manifesta pela primeira vez, se torna uma característica imutável.

Depressão: um segredo que compartilhamos

Para muitas pessoas que sofrem dessa doença espectralmente tortuosa, é quase impossível explicar, de todo, o que acontece. “Na depressão, a falta de significado de cada empreendimento e de cada emoção se torna evidente”, ressalta Solomon.

A depressão é um chacal ocioso que habita a mente de todos nós. A diferença está na disposição: uns dormem mais do que outros.

As pessoas acometidas pela depressão se encontram em estado de nulidade. As emoções ficam congeladas. O ânimo se esvai, restando apenas apatia.

De acordo com Solomon, há três coisas que as pessoas costumam confundir: depressão, mágoa e tristeza.

“Mágoa é explicitamente reativa. Se perdemos alguém e nos sentimos muito infelizes, e seis meses mais tarde, ainda estamos tristes, mas começamos a reagir um pouco melhor, provavelmente é mágoa, e ela acaba por passar sozinha, seja como for. Se sofremos uma perda catastrófica e nos sentimos mal, e seis meses depois não conseguimos reagir nem fazer nada, provavelmente é uma depressão, causada pelas circunstâncias catastróficas. A trajetória do caso nos diz muito.”

As pessoas pensam que depressão é apenas sentir-se triste, magoado, chateado. É a mais escrota banalização possível. A depressão é a principal causa de incapacidade em todo o mundo. As pessoas morrem por isso mais do que por qualquer outra coisa.

O deprimido se sente ridicularizado, pormenorizado, insignificante e, principalmente, vitimizado. Pensa que o mundo inteiro está contra ele, quando, na verdade, o mundo segue adiante, sem esperar por ninguém.

Algumas pessoas, ao se depararem com alguém deprimido, oferecem amor, mas elas se esquecem de que a depressão eclipsa a capacidade de reciprocidade afetiva. Ocorre uma espécie de subtração emocional. Faz-se cada vez menos, pensa-se cada vez menos, sente-se cada vez menos.

O senso comum diz que a pessoa depressiva “enxerga as coisas em preto e branco”. Porém, Solomon explica que não é exatamente assim:

“Numa depressão, não pensamos que colocamos um véu cinzento e estamos a ver o mundo através da neblina de um mau humor. Achamos que retiraram o véu. É mais fácil lidar com esquizofrênicos, que acham que há algo de errado com eles, do que com depressivos, que acreditam estar vendo a verdade. Mas a verdade mente.”

Ao longo de sua carreira como escritor, Solomon entrevistou uma série de pessoas que sofrem de depressão, e pôde aprender muito ouvindo as experiências alheias. Ele percebeu que, em geral, as pessoas depressivas têm muitas percepções delirantes. Acham que não são amadas, e que não valem nada. São pessimistas e, através do olho da mente, enxergam imagens terríveis, fantasiando finais trágicos e consequências desoladoras.

“Na maior parte das vezes, o que elas exprimem não é uma doença, mas uma visão.”

O indivíduo depressivo é como alguém que se vê completamente perdido em alto mar durante uma severa tempestade. Atormentado, até enxerga uma possibilidade de salvação, mas sucessivas ondas de medo o engolem. Quando, enfim, ressurge à superfície, ouve, aterrorizado, os relâmpagos de seu próprio desespero. Como descreve Solomon:

“É a sensação de ter medo o tempo todo, sem sequer saber o que se teme.”

Depressão tem cura mas, muitas vezes, essa cura é mais filosófica do que química. Terapia, medicamentos e outros métodos da medicina moderna podem ajudar, e certamente ajudam, mas não são a solução definitiva. Essa doença é um componente da personalidade dos depressivos; os depressivos não são a doença.

Na opinião de Solomon:

“Os tratamentos que temos para a depressão são terríveis. Não são muito eficazes. São extremamente caros. Têm inumeráveis efeitos secundários. São um desastre. Mas sinto-me muito grato de viver hoje, e não há 50 anos, quando não havia quase nada a fazer.”

Hoje em dia, diz Solomon, há um falso imperativo moral que diz que o tratamento da depressão, a medicação e todo o resto são um artifício, e que não é natural.

Realmente, muitas pessoas são temerosas acerca dos tratamentos disponíveis para a depressão. Elas têm medo de que medicamentos, por exemplo, alterem a forma como se age e pensa, e receiam que tais remédios as transformem em um ser desconhecido. Contudo, a maioria dessas mesmas pessoas se automedica regularmente contra todo um azar de dores e problemas; usam drogas lícitas ou ilícitas e não se preocupam com os efeitos colaterais. Trata-se de uma contradição.

Segundo Solomon, embora não previna contra a depressão, o amor é o que tranquiliza a mente e a protege de si mesma. Medicamentos e psicoterapia podem renovar essa proteção, tornando mais fácil amar e ser amado, e é por isso que funcionam.

Para o autor, ter a capacidade de estar triste e de ter medo, de estar alegre e de ter prazer, e de todos os outros sentimentos que temos, é incrivelmente valioso. Uma grande depressão acontece quando esse sistema emocional se avaria, portanto, trata-se de uma deficiência de adaptação.

Bem, como podemos viver melhor com a depressão?

Solomon lembra que as pessoas que desejam esquecer sua depressão e obliterar seus episódios depressivos são aquelas que mais se sentem aprisionadas por esse mal. Ele recomenda que as pessoas aceitem a depressão como parte de si mesmas:

“Valorizar a nossa depressão não impede uma recaída, mas pode alertar para uma recaída, e até mesmo tornar a recaída em si mais fácil de tolerar. Eu aprendi com a minha depressão o quão grande pode ser uma emoção, e descobri que aquela experiência me permitiu experimentar emoções positivas de uma forma mais intensa e focada. Acho que, apesar de odiar ter estado deprimido, encontrei uma forma de gostar da minha depressão. Gosto dela porque me obrigou a encontrar e agarrar-me à alegria.”


Para saber mais sobre as experiências de Andrew Solomon com a depressão, leia seu livro intitulado O Demônio do Meio-Dia, eleito um dos cem melhores livros da década de 2000 pelo jornal The Times, vencedor do National Book Award e finalista do Pulitzer.

Leia também: Andrew Solomon e as revoluções por identidade.

Assista a palestra de Andrew Solomon:

Imagem de capa: Reprodução

Não esqueça que ter amor próprio envolve ir embora

Não esqueça que ter amor próprio envolve ir embora

Por Raquel Brito

Em alguns momentos nos esforçamos para permanecer, ainda que isso não seja o melhor a fazer. Há ocasiões em que ficar é ir longe demais. Por isso dizemos que fechar algumas portas é necessário quando se tem amor próprio. Ir embora de alguns lugares é cuidar de si. Afastar-se de algumas pessoas também é se proteger.

Não são frases feitas, mas sim a realidade que em algum momento da vida todo mundo vai enfrentar, e algumas vezes a realidade por ser bastante dolorosa. Assim, ir embora e fechar as portas de nossa vida a alguém que não nos acrescenta nada de bom é positivo e saudável para nós. Com amor próprio conseguimos ver isso.

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Ir embora e encerrar círculos viciosos

Diz-se que temos que evitar cair em três acidentes geométricos: círculos viciosos, triângulos amorosos e mentes quadradas. Esta máxima pode ser muito útil na hora de cuidar da nossa saúde emocional. Quando decidimos caminhar, pode ser que tenhamos que ir contra nossos desejos. Daríamos qualquer coisa para ter motivos para manter as portas abertas mas, algumas vezes, não há outro remédio que não seja colocar um ponto final onde até então vínhamos deixando apenas vírgulas.

A questão é frear uma dor que pode ser evitada. Falamos de um relacionamento amoroso, de uma amizade ou de qualquer outro tipo de relação. Às vezes é preciso colocar fim na desilusão e no desencanto porque não há mais o que fazer.

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Como em outras ocasiões, faremos uso aqui de um texto magnífico; e nesse caso é uma passagem de um romance do escrito Paulo Coelho que nos ajuda a valorizar a importância de ter amor próprio, saber encerrar etapas e deixar ir.

Sempre é preciso saber quando uma etapa de nossa vida acabou. Se insiste em permanecer nela mais tempo do que é necessário, perde a alegria e o sentido de todo o resto. Temos sempre que fechar círculos, ou fechar portas, ou terminar capítulos, como quiser chamar. O importante é pode fechá-los, e deixar ir momentos da vida que acabam nos prendendo.

Não podemos estar no presente ansiando pelo passado. Nem mesmo nos perguntando o porquê. O que aconteceu já aconteceu e devemos deixar ir, devemos nos desprender. Não podemos ser crianças eternas, nem adolescentes tardios, nem empregados de empresas inexistentes, nem ter vínculos com quem não quer estar vinculado a nós. Tudo passa e temos que deixar ir!

contioutra.com - Não esqueça que ter amor próprio envolve ir embora

Mudar de pele, dizer adeus com a mão no peito

De tempos em tempos as serpentes mudam de pele. Para desfazer-se da pele velha, uma serpente escolhe transitar por duas pedras tão próximas que apertem seu corpo, raspando e ajudando a eliminar essa capa que já não quer mais. Mesmo sendo natural, essa transição não é agradável, e de fato provoca até dor, mas essa ação ajuda a cobra a se desprender do que já está desgastado, dando lugar ao novo.

Podemos extrapolar isso para a realidade em que nos encontramos quando chega a hora de dizer adeus. Esse processo final supõe um novo começo e, ainda que nos dê muita angústia, nos oferece um espaço para renascer. 

Essa tomada de consciência e esse passo nos ajuda a crescer e amadurecer, a conhecer mais sobre como construir relações saudáveis e significativas com as pessoas e com nosso círculo social. É inevitável o sofrimento quando chega a hora de fechar algumas portas, mas fazer isso é sinônimo de ter amor próprio.

Ao fim, é uma questão de visualizar nossa vida de maneira diferente, de sermos valentes e de mudar o que conhecemos. Porque no final o que conta é só isso, saber crescer, nos permitir um pouco de instabilidade e nos adequar às necessidades que surgem.

Uma vez que tenha feito isso, não pense mais no que foi perdido, e sim em tudo que pode ganhar.

Qual a importância do amor? – Flávio Gikovate

Qual a importância do amor? – Flávio Gikovate

O amor é um “prazer negativo” porque serve como remédio para a sensação de desamparo que nos acompanha desde o nascimento. Quando acoplado à amizade e à intimidade erótica, o amor se torna um “prazer positivo”; essa mistura é praticamente imbatível para aqueles que sonham com relacionamentos de boa qualidade.

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Esse blog possui a autorização de Flávio Gikovate para reprodução deste material.

O frio mata. A indiferença, também.

O frio mata. A indiferença, também.

As temperaturas despencaram em várias cidades do nosso país. Em pleno outono, fomos surpreendidos por ventos que arrasaram cidades, chuvas que aniquilaram outras tantas, neve nas partes mais altas da Região Sul, geadas em áreas rurais, destruindo o fruto de meses de trabalho de inúmeros produtores agrícolas.

A natureza pode ser cruel em sua instabilidade e imprevisibilidade. Instabilidade gerada, em grande parte, por nossa maneira irresponsável de explorar seus recursos. O fato é que conseguimos ser ainda mais devastadores do que tufões, terremotos ou coisa que o valha, quando nos isolamos em nossa individualidade e passamos a tratar como “normais” as situações de risco e abandono a que são submetidos alguns de nós, mais desvalidos e menos favorecidos.

As baixas temperaturas, nos levam à imediata reação de buscar em nossos armários aqueles casacos mais grossos, os cobertores mais quentinhos, acolchoados, gorros, luvas e cachecóis. Simples, não é? Basta abrir uma gaveta ou uma porta e encontrar o alívio para o desconforto provocado pelo frio.

Como seria bonito se esse desconforto fosse o suficiente para acender dentro de nós um alerta para a dura realidade: ALGUNS DE NÓS MORREM DE FRIO! Assim, ao abrirmos nossas gavetas e portas de armário, podíamos também abrir nossos corações e tomarmos a iniciativa de dividir o muito que temos com aqueles que, muitas vezes, não têm absolutamente nada.

Em dias frios como esses que temos vivido, podíamos adotar o hábito de sair de casa com uma sacolinha contendo uma blusa, algumas meias, uma mantinha, um cachecol, um par de sapatos.

Afinal, temos muito mais do que somos capazes de usar. Aquelas peças de roupa esquecidas e desprezadas nos cantos de nossas casas podem, literalmente, salvar a vida de alguém; aquele alguém que cruzar o nosso caminho e estiver sofrendo com o frio.

Felizmente, alguns de nós olham mais para o entorno do que para os próprios umbigos. Alguns de nós, incomodam-se com o sofrimento dos próximos e dos distantes e se dispõem a fazer de suas vidas uma missão para honrar o título de “ser humano”.

A Associação Beneficente Benedito Pacheco (Reintegra Turma da Sopa), organização sem fins lucrativos e atuante no Terceiro Setor, surgiu em 1992 com a iniciativa de dois amigos que se sensibilizaram com a morte de pessoas em situação de rua causada pelo intenso frio de São Paulo. Nesta fase inicial, eram distribuídos cobertores e sopa às pessoas em situação de risco, mas logo se percebeu a necessidade de algo mais. A partir daí, criou-se uma estrutura e metodologia que trabalhasse o indivíduo, promovendo a sua saída da situação de rua e reinserindo-o na sociedade. A Associação em seus 23 anos de existência, conta com cerca de 70 voluntários ativos. Já reintegrou à sociedade mais de 1.076 pessoas em situação de rua, por meio de ações que envolvem cursos profissionalizantes, encaminhamentos para frente de trabalho, tratamento para dependentes químicos, emissão de documentos pessoais, tratamento dentário e oftalmológico, transporte e retorno à terra natal para o retorno ao convívio familiar, entre outros.

A Associação desenvolve o trabalho de reintegrar o indivíduo em situação de rua e ou dependência química à sociedade. A partir de colaboradores e doações, todos os dias trabalha para ajudar a quem precisa, devolvendo a esses indivíduos a sua autoestima, a crença na sua transformação e na possibilidade de traçar um novo trajeto.

O projeto Meias do Bem é uma iniciativa sem fins lucrativos da marca Puket que começou em 2013. A campanha une solidariedade e sustentabilidade em duas atitudes simples: a doação e a reciclagem de meias. A Puket convida todos para doarem aquelas meias usadas, rasgadas, manchadas ou sem pares. Essas meias que permanecem inúteis em nossas casas, podem ser entregues nas lojas da Puket. O interessante é que as meias recebidas passam por um processo de reciclagem e são transformadas em cobertores. São necessários 40 pares de meias para produzir um cobertor e a cada 40 pares doados, a Puket ainda doará um par de meia novinho a alguém que precisa se aquecer.

A ideia de trazer alívio a quem sofre é tão simples que pode nos escapar. Perdidos em nossas rotinas e focados em nossas próprias mazelas ou necessidades, acabamos por ignorar os outros. Mas, sempre dá tempo de criar coragem e buscar lá no fundo aquela capacidade de tratar a dor alheia como algo que dói dentro de nós também. Façamos a nossa parte, sem julgar ninguém e sem esperar que alguém nos aplauda. O mundo agradece!

O que será do amanhã?

O que será do amanhã?

Aquela voz tirou-me de meus pensamentos e do planejamento que estava a fazer sobre os próximos dias, chegando a assustar-me por um momento .

“Oi! moça bonita, deixa eu ler a tua mão ? ” Olhei e vi uma mulher aproximando-se. Era morena, tinha cabelos pretos amarrados com um lenço vermelho, e um vestido longo todo colorido. Uma cigana!

Novamente, pediu-me para ver a palma de minha mão e eu, mais do que depressa, respondi com uma negativa, fui distanciando-me. Agora, meus pensamentos eram outros, mudaram totalmente de direção.

O futuro, os dias que estavam por vir perderam a força de sedução que tinham uns minutos antes em minha mente.

Olhei para a palma de minhas mãos procurando encontrar alguma pista, algum sinal do que me aconteceria. Comecei, então, a sorrir, do absurdo que estava pensando e temendo.

Lembrei-me de que, quando criança , tinha muito medo de ciganos, pois diziam-nos que podíamos ser por eles raptados. Agora, passadas algumas horas, posso refletir sobre essa experiência e perguntar-me se gostaria mesmo de saber sobre o futuro. Não tenho dúvida: NÃO.

Não apreciaria saber que logo ali na próxima esquina haveria um acontecimento muito bom esperando-me para ser vivido, pois perderia toda riqueza da novidade, da surpresa, do espanto.

Também, não gostaria de saber sobre um acontecimento negativo, pois perderia imediatamente a tranquilidade do momento presente e já começaria a viver a angústia do que poderia estar a algumas léguas de distância.

“O futuro a Deus pertence”, é preceito antigo, e é assim que acredito, e é assim que quero viver. Um dia de cada vez, um passo depois do outro.

Que graça teria assistir a um jogo sabendo o resultado final?
Que valor teria se soubéssemos que nossas decisões não contam, que nossas escolhas não interferem em nada, pois tudo estaria traçado sem a nossa participação?

Como manter ardendo a chama da paixão pela vida, o arrebatamento e a rebelião necessários para as mudanças?

O que adiantaria lutar pelos nossos sonhos e ideais se tudo já estivesse predestinado?

Não, não seria possível a vida nestas condições. Só o mistério e a imprevisibilidade é que fazem a vida ter essa tessitura tão delicada e , portanto , tão preciosa a todos nós.

Da arte da adivinhação fico com a mágica que nos incita a curiosidade e o espanto, e nos distrai por alguns momentos.

O ódio não cria asa quando o amor manda na casa

O ódio não cria asa quando o amor manda na casa

Por favor, não negue. Aí dentro de você, em algum lugar, escondidinho ou escancarado, mora uma porção de ódio. Sejam caminhões carregados de fúria em movimento arrastado, entupindo as ruas, vazando rastros de ira e areia pelo caminho, sejam raivas penduradas feito jacas pesadas, ameaçando despencar a qualquer momento e espatifar no chão do mundo, todos nós sentimos ódio.

É ódio de alguém, de algo, de uma lembrança, ódio de um sentimento indesejado, de comportamentos irritantes, de situações ruins que se repetem, ódio do que não aceitamos, ódio de nossa incapacidade de mudar velhos hábitos, ódio de nosso medo do fracasso, ódio do que pensamos que alguém vá pensar de nós quando perdemos ou ganhamos, ódio dos outros e de nós mesmos. Ódio! Ódio! Ódio!

Odiar existe e faz parte de nós. Alguém invade a sua casa e lhe rouba tudo o que você suou para comprar. Em meio a outros sentimentos, pavor, tristeza, pesar, impotência, em alguma medida você vai sentir ódio. Negá-lo é decepar uma parte legítima de nós mesmos. É sufocar um sentimento vivo, pulsante, legítimo! E só pode nos fazer mal. Amor e ódio moram juntos. Mas quem manda na casa é você.

Você acha mesmo que Vincent Van Gogh adorava ser arrastado ao manicômio feito um animal selvagem? Acha? É claro que não! Ele odiava! Van Gogh sentia dor. A dor de sua própria doença, a dor de não compreender o que passava, a dor do ódio que machuca fundo. Ele detestava aquilo tudo. Mas então, misteriosamente, em dias de dor e de raiva ele pintava e transformava sua ira em uma beleza arrebatadora e colossal. Por isso é um dos artistas mais fascinantes da história humana e um dos homens mais incríveis que já viveram e sofreram entre nós. Em algum lugar lá dentro dele, o amor pela arte foi mais forte que o ódio e a dor.

Negar a presença do ódio em nós mesmos é engolir uma bomba acesa. Se ninguém apagar o pavio, uma hora vai explodir. É preciso tirar a bomba de lá, de algum jeito. Dá trabalho, mas é o que se deve fazer. Ignorar que sentimos ódio é uma grande e pavorosa falta de amor.

Logo, o maior inimigo do amor não é o ódio, ué. É a negação de que você odeia. Se não há o que odiar, o amor perde o emprego, a utilidade. Torna-se um amor fraquinho, raquítico, inútil. Amor bom é amor ativo, atento, vigilante. Amor em exercício contra o ódio à espreita. Amor aos outros e a nós mesmos. Amor! Amor! Amor!

O ódio existe, sim. Mas ele não suporta a presença do amor. Onde vive um amor potente, seguro, cultivado com ternuras e bondades, o ódio acende e logo apaga. Perde a força. Sai de perto.

O sujeito toma uma fechada violenta no trânsito e percebe a atitude maldosa do motorista do outro carro. Está armada a cena. Se aquele que tomou a fechada tiver mais ódio que amor, ele vai descer do carro e chamar a atenção do outro. O outro, já tomado de fúria, vai partir para a briga. E só Deus sabe o que vai acontecer depois. Agora, se no coração do homem que levou a fechada o amor for maior do que o ódio, ele vai gritar um palavrão na hora, porque ninguém é de ferro, e vai deixar o provocador irascível seguir adiante. Vai respirar fundo e deixar pra lá.

Dentro de nós tem amor e tem ódio sempre. Eles moram juntos. Mas é você quem escolhe quem manda na casa. Não adianta varrer poeira para debaixo do tapete. A gente tem de limpar o chão, esfregar a craca, lavar a sujeira e tirar o lixo para fora. Está aí um maravilhoso exercício de amor. E não há ódio que resista a gente que ama com força. Não há ódio que crie asa quando o amor é quem manda na casa!

Nota: A imagem de capa é da artista plástica sorocabana Daiane Oliveira, conhecida no meio artístico como Dah Fiore.

Perca a razão, recupere os sentidos

Perca a razão, recupere os sentidos

“A vida não é violino e rosas” essa frase constantemente repetida no curso de formação em Gestalt-terapia martela em minha cabeça e decido usá-la como uma espécie de mantra para lembrar que nem tudo que existe é belo ou justo, que nem tudo faz sentido. Justiça é um conceito inventado, criado, produzido e reproduzido pelo homem e para aquilo que não conseguimos explicar, um Deus. Mas, para aqueles que já viveram o suficiente e sofreram, para todas as perdas e todos os ganhos sabemos: a vida não é justa.

Game of Thrones me fascina, pois traz muito dos conceitos da Gestalt-terapia. A verdade é mostrada sem piedade, como ela é. Cada episódio nos lembra da máxima gestáltica citada acima: a vida não é violino e rosas. A justiça é cega, é falha, é unilateral, é relativa, é humana, é desumana. Ninguém é  mocinho nem vilão.

Game of Thrones é a verdade jogada na cara, sem rodeios ou floreios, nos lembrando que a verdade sempre é amoral, antiética, visceral. A cada episódio erramos ao tentar fazer sentido do que não faz sentido, aguardando fechamentos que talvez nunca venham a surgir, pois não são eles que importam, o que importa é a jornada.

E nossa tragédia em vida real não é diferente da que vivem os personagens da série: reféns da própria racionalidade, tentamos em vão buscar um sentido para tudo que vivemos ou fechar um ciclo que não tem fim.

O que importa é a jornada.

No cerne de tudo que não faz sentido existe nosso cérebro dando “loops” infinitos, incansavelmente tentando fazer conexões dos acontecimentos, dar sentido aos fatos, querendo completar o que falta. Sim, biologicamente ele é programado para isso. É preciso um esforço para deixar de lado a razão. Perca a razão.

A vida não é violino e rosas.

A falta faz parte da jornada e não tem Deus que nos console, não há amor, dinheiro, sucesso que preencha esse vazio existencial que é parte essencial do que somos. O encantamento da série vem justamente daí, ela repete na ficção a tragédia da vida real: uma jornada torta, bruta, esse vazio dilacerante dos ciclos que não fecham, do sentido que não encontramos, de tudo aquilo que não conseguimos nomear, que sentimos e não conseguimos validar, necessidades não atendidas ou mal atendidas, os jogos de ego, em vão buscamos refúgio na razão. A vida não nos devolve com razão ou sentido, ela é apenas feita de escolhas que levam a escolhas que levam a escolhas que levam a escolhas. E na falta do sentido transborda o melhor de nós: nossas sensações e sentimentos. Recupere os sentidos.

O título do sétimo episódio da sexta temporada, “O homem quebrado”, nos convida a lembrar exatamente do que somos, quebrados. Nas escolhas feitas por Arya que a deixam ferida, na força do ódio que mantém Santor Clegane vivo, no castigo divino que não vem, na justiça que falha. “Não busque justiça, busque vingança” é o conselho que a irmã de Theon Greyjoy lhe dá.  Não busque justiça, não busque a razão; busque vingança, busque sentir. A vida existe para ser sentida, não para fazer sentido.

A vida não é violino e rosas e o sentido dela é algo tão pessoal que não deve ser compartilhado muito menos julgado. Mas, para aqueles que o buscam um sentido, para aqueles que querem senti-la, um conselho: é preciso estar disposto a desconstruir crenças e mitos e entender que as coisas são apenas como elas são, nem tudo faz sentido, nem sempre há razão. O que importa é a jornada. Finalizando esse texto, repito as palavras de Fritz Perls, o grande intuitivo da Gestalt-terapia: “perca a razão, recupere os sentidos”.

12 segredos das pessoas realmente persuasivas

12 segredos das pessoas realmente persuasivas

A persuasão é uma das estratégias mais antigas e poderosas de comunicação. Trata-se de uma habilidade que certas pessoas têm de convencer alguém ou um público a adotar suas ideias, regras e opiniões.

Pessoas altamente persuasivas são objetivas, costumam saber exatamente aquilo que querem. Suas atitudes são firmes, coesas e espontâneas; seu comportamento é, em geral, eloquente, perspicaz e incisivo.

É importante frisar que persuasão não é manipulação, como muitos associam. Manipular é coagir; forçar alguém a agir contra sua vontade. Persuadir é convencer uma pessoa a fazer algo que, anteriormente, não era de seu interesse.

Persuasão não é apenas ciência, mas também uma arte e, como tal, pode ser ensinada, mas nem sempre executada.

Algumas pessoas altamente persuasivas nem se dão conta de que têm essa incrível habilidade e, por isso, não a ensinam aos outros.

Indivíduos altamente persuasivos costumam ser oradores eficazes. Mas falar bem em público não é uma habilidade permanente que se aprende uma vez para nunca mais esquecer. A influência do ambiente, as condições físicas e emocionais do orador e a pressão do público são fatores que variam, e muito. Alguém pode se mostrar extremamente confiante e seguro em uma palestra, por exemplo, ou em qualquer apresentação para um grande número de pessoas, mas, em outra oportunidade, pode cair em desespero e se perder completamente. Claro, existem muitas pessoas que dominam a arte da persuasão por décadas e décadas a fio: isso é resultado de muita prática.

Pessoas persuasivas usam de seu poder de argumentação e sua fluência comunicativa para chamar a atenção e conquistar o respeito de uma audiência. Essas pessoas sabem empregar palavras-chave impactantes e frases de efeito que expressam um conteúdo relevante, coerente e fácil de entender.

É fascinante a maneira como indivíduos persuasivos usam de seu carisma para fazer com que os outros sigam suas orientações, e é igualmente fascinante como as pessoas estão dispostas a fazer o que eles pedem, como se a própria persuasão fosse um favor que tivessem de retribuir.

A seguir, saiba quais são os 12 segredos compartilhados por pessoas realmente persuasivas:

1. Elas conhecem seu público

Pessoas persuasivas conhecem muito bem o seu público, e usam desse conhecimento para falar na linguagem do povo. Elas personalizam a mensagem, e estudam as preferências daqueles para com quem estão falando. Quer se trate de enfraquecer sua assertividade quando é um público mais tímido, quer use de veemência para responder a uma audiência mais enérgica, as pessoas persuasivas sabem que cada indivíduo é diferente um do outro, e por isso elas se adaptam rapidamente a essas diferenças de comportamento para poder apresentar um ponto de vista que seja bem compreendido por todos.

2. Elas passam uma boa primeira impressão

As pessoas realmente persuasivas sabem que passar uma boa primeira impressão é crucial e decisivo, uma vez que os outros farão um julgamento sobre elas dentro de alguns segundos após conhecê-las. Ver é tão ou mais impactante do que ouvir. Em geral, as pessoas persuasivas se vestem adequadamente, motivam-se frequentemente e trabalham cuidadosamente sua autoimagem para mostrar o seu melhor em cada encontro.

3. Elas criam conexões

É necessário haver uma conexão emocional, ou, no mínimo, um vínculo de reconhecimento para que uma pessoa acredite em suas ideias e considerações. Mais importante do que uma opinião é a pessoa que está por trás dela. Independentemente do poder e da validez dos seus argumentos, e por mais convincentes que possam parecer, as pessoas realmente persuasivas sabem que, antes de mais nada, é essencial criar algum senso de identificação com o outro, nem que seja à distância.

4. Elas têm uma forte linguagem corporal

O corpo é uma ferramenta de comunicação complexa e, para efeitos de persuasão, serve como força motriz na transmissão de uma informação significativa. Pessoas altamente persuasivas parecem decentes, usam um tom de voz entusiasmado, descruzam os braços, mantêm contato visual e, vez ou outra, articulam seus braços e pernas de forma teatral. Dessa forma, elas são vistas como confiantes, vigorosas e seguras não só de si mesmas, mas também daquilo que falam.

5. Elas ouvem

Assim como escritores devem ler para escrever, pessoas persuasivas precisam antes ouvir para poder falar. E da mesma forma que um texto relativamente longo cansa os leitores, um falatório interminável perturba a paciência dos ouvintes. Pessoas persuasivas não forçam a barra; elas sabem exatamente quando podem se posicionar para falar, e o mais importante, quando devem ficar em silêncio para ouvir.

 

6. Elas não são insistentes

Pessoas persuasivas transmitem suas ideias com sensatez, dinamismo e confiança, sem serem agressivas ou insistentes durante o processo. Seus argumentos costumam ser lógicos, ordenados e arregimentados de sentido. Essas pessoas não exigem complexidade de raciocínio por parte dos outros; elas apenas pensam no que falam antes de falar, e acabam sendo facilmente compreendidas.

7. Elas desenvolvem sua inteligência emocional

As pessoas realmente persuasivas sabem como controlar suas emoções, na maioria das vezes. Elas mantêm a calma e não se envolvem no drama quando as coisas não acontecem como o esperado. Elas tentam permanecer firmes e estáveis, inclusive naquelas situações em que ocorrem invasões imprevisíveis de sentimentos aflitivos ou estressantes. Assim, essas pessoas se mostram sempre mais confiantes e pacíficas do que seu verdadeiro estado emocional lhes indica.

8. Elas são curiosas e inquisitivas

Pessoas persuasivas não chegam com todas as respostas, mas estão preparadas para fazer todas as perguntas. O dom de ser curioso é que se pode aprender mais do que já sabe. Conhecimento é poder.

9. Elas sabem contar uma boa história

Normalmente, estamos mais dispostos a comprar uma ideia se tivermos uma visão convincente do que está sendo vendido, e se houver um contexto histórico envolvente. As pessoas realmente persuasivas trabalham seu senso de imaginação e inventividade para construir boas histórias: elas sabem criar narrativas poderosas e desenvolver personagens icônicos que cativam seu público de interesse.

10. Elas chamam os outros pelo nome

As pessoas persuasivas fazem questão de chamar os outros diretamente pelo nome. Elas se esforçam para lembrar disso e, caso se esqueçam, não hesitam em perguntar uma segunda vez. O nome é uma parte fundamental da identidade de alguém, razão pela qual todos gostam de ser lembrados dessa forma.

11. Elas sorriem

Pessoas persuasivas sorriem com frequência, pois elas têm convicção genuína e entusiasmo para com suas ideias. Com um belo sorriso, elas irradiam confiança, alegria e solenidade. Enquanto tentam convencer ou apenas transmitir sua mensagem, as pessoas persuasivas buscam fazer os outros se sentirem melhor. E são consideradas por isso.

12. Elas promovem satisfação alheia

Mais do que persuadir alguém, pessoas persuasivas fazem sacrifícios em prol dos outros. Em geral, elas promovem satisfação alheia, porque sabem que solidariedade e generosidade conquistam as pessoas em longo prazo. Essas pessoas acreditam que é melhor ser admirado do que estar certo.

Veja também: Os 6 Princípios da Persuasão

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