Faça uma coisa boa para os outros. Vá cuidar da sua vida primeiro!

Faça uma coisa boa para os outros. Vá cuidar da sua vida primeiro!

Isso mesmo. Cuidar, tomar conta, arcar com as consequências, fazer acontecer. Encarregar-se. É disso que o mundo precisa: gente capaz de se responsabilizar por si mesma, de bancar a própria conta, assumir a própria vida em vez de abraçar o que não pode e atrapalhar mais do que acudir.

A amiga me perdoe, o amigo me desculpe, mas tem gente demais achando que vai dar jeito nas questões políticas, no problema ecológico, na camada de ozônio, na violência urbana e em toda aflição do nosso tempo sem antes resolver suas pelejas pessoais.

Não é egoísmo. Não é, não. É o mínimo de senso prático. Quem não dá jeito na própria vida não pode ajeitar a dos outros. Faz mal! Uma existência bagunçada não pode organizar nenhuma outra. Primeiro a gente arruma a nossa casa. Conserta os vazamentos, troca as lâmpadas queimadas, esfrega o chão encardido, descongela a geladeira, manda fora o que já não vale, lava, enxuga e guarda a louça, depois recebe quem quiser e puder.

Uma coisa é contribuir com a campanha do agasalho, doar o que lhe sobra, assinar uma rifa aqui e ali, fazer o que pode dessas coisas boas que deixam o dia e a consciência mais leves. Outra bem diferente é ignorar as próprias mazelas, fingir que elas não existem e embarcar na ilusão ou na mentira de que podemos esquecer nosso quintal e dar jeito no mundo. Tá aí um enorme e escandaloso equívoco.

Não é possível deixar nosso problema trancado em casa e correr para a rua decididos a resolver o aperto alheio. Nossos impasses não ficam em casa. Eles fogem e nos perseguem. Arrombam a porta, escapam pelos vãos, passam por debaixo do portão e vêm junto. No fim, de algum jeito levamos para o outro mais um inconveniente. O nosso.

Protelados, nossos abacaxis florescem em hortas infinitas dentro de nós. Multiplicam-se em pomares robustos, brigando por pedaços de terra com caquis que amarram na boca e limões azedos, rodeados por cercas enormes, tomadas de pepinos e abobrinhas de todas as classes. Não se pode lhes dar as costas, não se deve oferecê-los às visitas nem muito menos passá-los adiante para que os outros os descasquem por nós ou, quem sabe, nos ajudem a esquecê-los até que eles apodreçam ou explodam na próxima hecatombe.

É preciso cuidar da terra, machucar as mãos na enxada, carpir o mato, podar os galhos, mandar os abacaxis, caquis, limões, pepinos, abobrinhas e afins a destino certo. Antes de tratar do outro é melhor dar um jeito em nossas próprias questões.

No mau sentido, cuidar da vida alheia é um péssimo hábito. Perseguir os passos do outro, julgar, desdenhar, invejar suas conquistas sempre serão gestos horríveis. Já no bom sentido, cuidar do outro carece primeiro estar em condições de fazê-lo.

Quem não sabe nadar não pode pular na água e socorrer alguém que se afoga. É melhor correr e chamar um salva-vidas. Desprezar essa regra nunca vai dar em boa coisa, mesmo com toda a boa intenção do mundo. Porque você sabe: de boa intenção o inferno sempre foi cheio.

Não se faça em pedaços para manter os outros completos

Não se faça em pedaços para manter os outros completos

Por Raquel Brito

Frequentemente nos quebramos em pedaços para manter outras pessoas completas, para não abrir feridas ou não deixar que doam nelas aquelas feridas que já têm. Fazemos isso sem nos darmos conta ou, ao menos, sem darmos importância a isso.

Quando nos acostumamos a dar sem receber acabamos sentindo que dedicar-nos a nós mesmos é algo egoísta, mas nada mais longe da verdade. A troca é essencial em toda relação e toda pessoa precisa dela sendo um ser emocional.

Amar a nós mesmos é algo que devemos cultivar todos os dias para nos manter completos. Porque quando estamos despedaçados uma consequência direta é o sofrimento, e esta não deixa darmos o melhor de nós mesmos.

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Quando ficamos em pedaços?

– Ficamos em pedaços quando deixamos de cuidar de nós.
– Ficamos em pedaços quando evitamos fazer aquilo que gostamos.
– Nos despedaçamos quando deixamos de cultivar nossa felicidade ou quando postergamos nossos interesses.
– Nos partimos em pedaços quando não nos escutamos nem nos prestamos ajuda.
– Nos partimos em pedaços quando priorizamos as necessidades dos outros e não prestamos atenção às nossas.
-Quando queremos ser perfeitos e deixamos de ser nós mesmos.
-Quando tentamos agradar e maquiar nossa realidade ou nossa opinião.

-Quando nos esquecemos do que precisamos e nos obrigamos a passar na frente de nossas necessidades os desejos dos outros.
-Quando transformamos o sacrifício em obrigação.
-Quando achamos que somos pessoas ruins porque nos afastamos de um ambiente que nos faz mal para respirar aliviados.
-Quando cedemos a chantagens emocionais e favores que impedem nosso próprio crescimento.
-Quando sacrificamos nosso bem-estar e nos deixamos levar pela inércia de quem nos acompanha mas nos atrasa, deixando de lado o que nos agrada para fazer com que os outros se sintam bem.
É complicado sim, por isso devemos optar pelo equilíbrio entre as paixões, o cuidado e a dedicação a si mesmo e ao outro. Se assim fizermos, viveremos deliciosamente contemplando nossa essência plena, sem exceções ou poréns.

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Às vezes devemos esquecer o que sentimos para lembrar o que merecemos

Quando não temos reciprocidade estamos sendo agressivos com o princípio do equilíbrio, que devemos manter sempre para termos sucesso em nos mantermos completos e não nos despedaçarmos.

Devemos lembrar que as relações afetivas não são uma mera interação, mas exigem uma troca equilibrada e satisfatória que faça sentido quando colocada na nossa balança social e afetiva.

Ou seja, não podemos fazer de nossas relações apenas oportunidades de “dar”, mas também devemos procurar que haja um equilíbrio com o “receber”. Isso não é egoísta nem mesquinho, mas sim enriquecedor.

Quem dá tudo em primeiro pessoa, quem se oferece inteiramente aos outros, não recebe nada em troca e não trabalha em si mesmo, termina sentindo-se vazio e machucado. Não podemos deixar de lado nossa autoestima para procurar a felicidade alheia, pois acabamos sendo vítimas da nossa própria atitude.

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Só jogando com o interesse pessoal e o alheio podemos cultivar nosso próprio desenvolvimento sem deixar de lado o outro. Ou seja, mantendo a balança equilibrada, numa linha reta e perfeita.

Dar e receber são partes de um todo. Quando alcançado, esse todo nos faz sentir capazes de amar e merecedores de amor e reconhecimento. Baseando-se nisso devemos ser capazes de:

  • Manter nossos direitos: pode ser que em algum momento haja algo que não nos fará bem ou que simplesmente não nos agradará fazer. Nesse momento devemos fazer valer nosso direito de manter nosso próprio espaço.
  • Cultivar nossos interesses e passatempos: esta é a base para a satisfação, para a felicidade e para o crescimento pessoal. É importante que não deixemos de nos cuidar e de dar alimento aos nossos desejos.

Lembre-se de que as grandes mudanças sempre vêm acompanhadas de algumas dificuldades. Ainda que a mudança doa e seja incômoda, a melhora gradual lhe mostrará que longe de ser um fim, é a oportunidade do início de um grande momento emocional.

Filme “O Segredo dos seus olhos”: e a tridimensionalidade da profundidade humana

Filme “O Segredo dos seus olhos”: e a tridimensionalidade da profundidade humana

Por 

O segredo dos seus olhos é uma narrativa que te transporta para a tela, e sem precisar dos recursos tecnológicos de 3D. Ainda que se trate de um filme de 2009, eu não assisti um a altura da profundidade com que consegue tratar tantos temas da humanidade. Afinal, um filme que consegue abordar drama, romance, suspense, ação pode ser considerado no mínimo genial e admirável. Caso eu pudesse resumir em uma frase esse filme, seria: exitem filmes que não cabem muitas explicações, apenas assistir: Esse é um. Mas como sou fascinada por ele, fiz este texto.

Minha proposta é trazer essa originalidade do filme, ou seja, e tentar transportá-los para o mesmo. Para aquele que viram relembrarem e aqueles que não, desejarem vê-lo. Primeiro bom dizer que trata-se de um filme argentino, que foi ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 2010, e dirigido com maestria por Juan José Campanella. Composto por um elenco de autores também merecedores da premiação.

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A história envolve passado e presente: os anos de 1999 e 1974 (período muito conturbado e de violência). Benjamin Espósito (interpretado pelo brilhante ator Ricardo Darín), que havia se aposentado do cargo de oficial de justiça de um tribunal penal, por isso passa a ter bastante tempo livre, e se dedica a escrever um livro. O mesmo tem como tema um crime ocorrido em 1974, mas que nunca lhe saiu da cabeça, pois foi um crime hediondo, um violento caso de estupro e homicídio de uma jovem mulher, que havia se casado no início do ano de 1974 com o bancário Ricardo Morales (Pablo Rago). Eram, assim um casal apaixonado e feliz, interrompidos brutalmente pelo crime sob investigação. Para isso ele vai ao Tribunal pedir opiniões de uma velha amiga, Irene Menéndez, interpretada por Soledad Villamil, que já está casada e com filhos. E já que o filme trata de segredo de olhares, logo percebemos entres os olhares de ambos, e possivelmente uma paixão, que detalho melhor daqui a pouco.

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Ricardo pergunta para Benjamin qual seria a pena do assassino? Em resposta, ele explica que a pena para violação seguida de morte era prisão perpétua, pois na Argentina não havia pena de morte.Mas Ricardo diz era contra a pena de morte, pois seria uma morte rápida e pouco dolorida, e isso não traria justiça ao sofrimento de sua mulher.

Após essa cena, Benjamin observa o álbum de foto do casal. Nesse meio tempo, ele percebe que há um homem estava sempre com os olhos direcionados para a vítima. Através do olhar, ou seja, da maneira como ele encarava a vítima – descrito por ele como um “olhar de adoração” – Benjamim descobriu que (…segredo para os que não assistiram), seria o possível responsável pelo assassinato? O segredo do olhar, que pode revelar aquilo que as imagens ou as palavras tentam esconder. Como ele novamente refere, “Os olhos falam”. Neste momento: Quem é o assassino? Onde ele está? E o que acontecerá com ele? Nessa altura o que o telespectador deseja que aconteça? Há justiça? E a trama de grande tensão do filme se desenvolve neste sentido.

Agora sobre a paixão entre Benjamin e Irene, vivida de maneira platônica, nos diálogos, cenas e olhares entre ambos é de uma interpretação de incrível sensibilidade e talento dos atores. Cabe a Benjamin decidir o próprio destino! Será ele capaz de criar coragem para viver a sua própria paixão — a paixão por Irene? A paixão que ele não pode mudar mesmo após 25 anos de espera. É possível trocar de paixão? O filme vai além…e fala do vazio da vida sem alguma paixão. São realmente cenas tocantes! Que ainda fico pensando e me pergunto, retomando o que já disse, cadê o Oscar para eles? Mas como o filme aponta em um dos vários momentos de profunda reflexão na narrativa: “Pare de pensar, senão você fica com vários passados e nenhum futuro…”

contioutra.com - Filme "O Segredo dos seus olhos": e a tridimensionalidade da profundidade humanaAlém disso, é preciso falar sobre a direção fotográfica incrível do filme, feita por Felix Monti (argentino, mas nascido no Brasil) que também nos faz entrar no filme, sentir aquele espaço e participar da trama. Realizou, dito por muitos críticos, uma das cenas mais memoráveis do cinema, com um plano-sequência (filmagem de uma cena continua sem cortes) de uma duração longa em que acompanhamos um estádio de futebol (outra paixão bem colocada no enredo!). Estádio lotado segue até a arquibancada encontrando os protagonistas e sequenciando para com uma perseguição ao suspeito!

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Juan José Campanella, e todo elenco do filme, nos presenteia com um mosaico de sentimentos que tornam a o segredo de seus olhos indiscutivelmente tridimensional, o espectador se sente no filme. Ao ver a emoção nos olhos dos personagens nos transportamos para dentro da tela.

 

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Quanto a cenas finais, bom, apenas digo isso: ainda é muito vivida na minha memória, de me arrepiar ao relembrar, como se tivesse visto ontem…e mesmo diante das últimas cenas, em relação ao que aconteceu com o assassino, garanto, você ainda será surpreendido nesta trama que consegue compor segredos que hipnotiza os olhos de quem vê, e realmente sente as emoções da cena!

Como eu disse, o filme que não cabe muitas explicações, mas tentei trazê-las para que possam apreciar uma das “obras primas” do cinema….sem mais, apenas assistam! Ou revejam!

O mundo precisa de pessoas inúteis

O mundo precisa de pessoas inúteis

Vivemos em um mundo em que tudo deve seguir uma forma e uma métrica. Tudo deve seguir ditames matemáticos e ser valorado. Todas as coisas que não podem ser valoradas, isto é, que não possuem uma utilidade clara, são desprezadas da vida. Esse utilitarismo cartesiano capitalista transforma a vida em uma grande linha de produção, em que todas as coisas que fazemos devem obrigatoriamente servir para alguma coisa.

Em outras palavras, você deve ser útil. Sendo assim, coisas que não possuem uma utilidade clara, como, por exemplo, a poesia, devem ser necessariamente descartadas da vida, já que somente aquilo que é proeminentemente útil possui valor. Diante disso, declaro a minha insatisfação e meu desejo de ter um mundo de pessoas inúteis.

De que me adianta viver sem poder ter uma boa conversa, daquelas que vão desde os assuntos mais mundanos e triviais aos mais existencialistas e melancólicos? Nada de conversas protocolares e com uma utilidade, falo de palavras despretensiosas e, ao mesmo tempo, sinuosas. Um papo sereno, que vem de mansinho, que bate à porta e quer ficar.

De que me adianta viver sem poesia? A poesia é o que me faz diferente, é o que me torna único, é o que me faz sonhar e ter essa incessante vontade de dobrar a realidade. É o que me dá imaginação para sempre ter uma boa história para contar, para deixar alguém com a orelha em pé e um sorriso no rosto. É o que me faz chorar, porque as lágrimas são a aquarela da alma e uma vida sem lágrimas é uma vida sem cor.

De que me adianta viver sem abraços quentes e apertados? Sem o afago sincero, sem o olhar silencioso que fala. Sem a coragem alucinante para amar, sem o soluço de um coração partido, sem a gagueira que insiste em querer dizer palavras que só se entendem com o coração.

De que me adianta viver sem música? Sem ouvir o canto dos pássaros que anunciam a aurora que nasce? Sem ouvir o som das folhas que balançam sempre que há um vento mais forte que a corta como um sinal de vitalidade? Sem o som das ondas que arrebentam perto da praia em um início e fim de imensidão?

De que me adianta viver sem a coragem, para me equilibrar no fio da navalha? Sem o medo da morte que me faz sempre querer viver? Sem a saudade que me faz querer estar junto? Sem o desenho de uma criança? Sem olhar para as nuvens, os desenhos de Deus?

De que me adianta viver sem a inutilidade, sem as gratuidades, sem as façanhas lúdicas, sem a ternura que canta para acalmar a ansiedade que não quer se dobrar ao tempo? De que me adiante ter tudo que possui um valor, que pode ser comprado e ser vendido, mas não pode ser guardado?

Eu quero uma vida importante e isso só é possível quando estamos atentos para guardar todos os momentos que vêm depressa e logo se vão, em coisas pequenas manifestas na grandiosidade de felicidades invadidas por uma inutilidade vã. Eu quero ser inútil, para não perder o dom de chorar e de ter cores sempre vivas para pintar sonhos. O mundo não precisa de mais etiquetas marcando preços. O mundo precisa de pessoas inúteis.

Imagem de capa: SPITZWEG, Carl – O poeta pobre, 1839

 

11 filmes sobre as marcas de quem sofreu abuso físico e/ou psicológico desde a infância.

11 filmes sobre as marcas de quem sofreu abuso físico e/ou psicológico desde a infância.

Por Marcela Alice Bianco

Esta é uma lista que, definitivamente, não gostaria de fazer dado a brutalidade e tristeza deste tema que nos toca profundamente a alma. Os abusos e violências físicas e/ou psicológicas contra meninas, meninos, homens ou mulheres, contidos nestes filmes nos levam a refletir como esses traumas podem ser devastadores para a personalidade do abusado. Muitos deles são baseados em fatos reais e outros revelam com muita veracidade a realidade de quem já passou por uma situação de violência sexual e psicológica. Os caminhos encontrados pelas vítimas são diversos, mas gostaria de frisar aqui a importância do suporte social que recebem, da ressignificação do amor e do desenvolvimento da resiliência como caminhos essenciais para a superação.

1- Preciosa

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Sinopse: 1987, Nova York, bairro do Harlem. Claireece “Preciosa” Jones (Gabourey Sidibe) é uma adolescente de 16 anos que sofre uma série de privações durante sua juventude. Violentada pelo pai (Rodney Jackson) e abusada pela mãe (Mo’Nique), ela cresce irritada e sem qualquer tipo de amor. O fato de ser pobre e gorda também não a ajuda nem um pouco. Além disto, Preciosa tem um filho apelidado de “Mongo”, por ser portador de síndrome de Down, que está sob os cuidados da avó. Quando engravida pela segunda vez, Preciosa é suspensa da escola. A sra. Lichtenstein (Nealla Gordon) consegue para ela uma escola alternativa, que possa ajudá-la a melhor lidar com sua vida. Lá, Preciosa encontra um meio de fugir de sua existência traumática, se refugiando em sua imaginação. EUA, 2010.

2- Sobre meninos e lobos

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Sinopse: Após a filha de Jimmy Marcus (Sean Penn) ser encontrada morta, Sean Devine (Kevin Bacon), seu amigo de infância, é encarregado de investigar o caso. As investigações de Sean o fazem reencontrar um mundo de violência e dor, que ele acreditava ter deixado para trás, além de colocá-lo em rota de colisão com o próprio Jimmy, que deseja resolver o crime de forma brutal. Há ainda Dave Boyle (Tim Robbins), que guarda um segredo do passado que nem mesmo sua esposa conhece. A caçada ao assassino faz com que o trio tenha que reencontrar fatos marcantes do passado, os quais eles preferiam que ficassem esquecidos para sempre. EUA, Austrália, 2003.

3- Fita Branca

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Sinopse: Em um vilarejo no norte da Alemanha (1913) vivem as crianças e adolescentes de um coral, dirigido por um professor primário (Christian Friedel). O estranho acidente com o médico (Rainer Bock), cujo cavalo tropeça em um arame afiado, faz com que uma busca pelo responsável seja realizada. Logo outros estranhos eventos ocorrem, levantando um clima de desconfiança geral. França, Itália, Áustria, Alemanha, 2010.

4- Meninos não choram

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Saiba como Teena Brandon se tornou Brandon Teena e passou a reivindicar uma nova identidade, masculina, numa cidade rural de Falls City, Nebraska. Brandon inicialmente consegue criar uma imagem masculinizada de si mesma, se apaixonando pela garota com quem sai, Lana, e se tornando amigo de John e Tom. Entretanto, quando a identidade sexual de Brandon vem público, a revelação ativa uma espiral crescente de violência na cidade.EUA, 2000.

5- Má educação

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Madri, 1980. Enrique Goded (Fele Martínez) é um cineasta que passa por um bloqueio criativo e está tendo problemas em elaborar um novo projeto. É quando se aproxima dele um ator que procura trabalho, se identificando como Ignacio Rodriguez (Gael García Bernal), que foi o amigo mais íntimo de Enrique e também o primeiro amor da sua vida, quando ainda eram garotos e estudavam no mesmo colégio. Goded recebe do antigo amigo um roteiro entitulado “A Visita”, que parcialmente foi elaborado com experiências de vida que ambos tiveram. Goded lê o roteiro com profundo interesse. Este relata as fortes tendências de pedofilia que tinha um professor de literatura deles, o padre Manolo (Daniel Giménez Cacho), que vendo Ignacio e Enrique em atitude suspeita diz que vai expulsar Enrique. Ignacio, sabendo que Manolo era apaixonado por ele, diz que fará qualquer coisa se ele não expulsar Enrique. Então Manolo promete e molesta Ignacio, mas não cumpre a promessa e expulsa Enrique. Goded decide usar a história como base do seu próximo filme e, por causa de um isqueiro, vai até a casa de Ignacio e constata uma verdade surpreendente. Espanha, 2004.

6- A cor púrpura

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La couleur pourpre (The Color Purple), un film de Steven Spielberg (Etats-Unis, 1995)

Georgia, 1909. Em uma pequena cidade Celie (Whoopi Goldberg), uma jovem com apenas 14 anos que foi violentada pelo pai, se torna mãe de duas crianças. Além de perder a capacidade de procriar, Celie imediatamente é separada dos filhos e da única pessoa no mundo que a ama, sua irmã, e é doada à “Mister” (Danny Glover), que a trata simultaneamente como escrava e companheira. Celie fica muito solitária e compartilha sua tristeza em cartas, primeiramente com Deus e depois com a irmã Nettie (Akosua Busia), missionária na África. Mas quando Shug, aliada à forte Sofia (Oprah Winfrey), esposa de Harpo (Willard E. Pugh), filho de Mister, entram na sua vida, Celie revela seu espírito brilhante, ganhando consciência do seu valor e das possibilidades que o mundo lhe oferece. EUA, 1986.

7- 3096 dias de cativeiro

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O filme é baseado na história real de Natascha Kampusch, que foi raptada e mantida em cativeiro entre os anos de 1998 e 2006. Capturada em uma rua de Viena aos dez anos, o longa narra sua vida ainda em liberdade, passando pelo período de isolamento completo do mundo exterior, onde sofreu abusos físicos e psicológicos, até o momento de sua fuga e readaptação a vida em sociedade.  Alemanha, 2013.

8- Oranges and Sunshine

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A história verídica de Margaret Humphreys (Emily Watson), uma assistente social de Nottingham (Reino Unido) que descobriu um dos maiores escândalos sociais dos últimos anos no Reino Unido. O filme aborda uma espécie de tráfico de crianças pobres que ocorreu na Inglaterra em direção a países como a Austrália. Para muitas crianças, aquela estava destinada a ser uma vida de horrendos abusos físicos e sexuais, longe de tudo que elas haviam conhecido. Austrália, Reino Unido, 2010.

9- Anjos do Sol

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Anjos do Sol conta a saga da menina chamada Maria, de quase doze anos, que no verão de 2002 é vendida pela família, que vive no interior do Maranhão, a um recrutador de prostitutas, imaginando que a garota estaria indo viver em um local melhor que vivia, pois não sabiam que se tratava exatamente o recrutamento. Depois de ser comprada em um leilão de meninas virgens, Maria é enviada para um prostíbulo localizado numa pequena cidade, vizinha a um garimpo, na floresta amazônica. Após meses sofrendo abusos, Maria consegue fugir e atravessa o Brasil na carona de caminhões. Ao chegar ao seu novo destino, o Rio de Janeiro, a prostituição se coloca novamente no seu caminho e suas atitudes, frente aos novos desafios, se tornam inesperadas e surpreendente. Brasil, 2006.

10- A ira de um anjo

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O filme é baseado na história real de Beth Thomas, uma criança que foi severamente abusada sexualmente e apresentou comportamentos violentos, conforme mostra o documentário. O vídeo retrata alguns trechos do processo terapêutico real e alguns depoimentos, da criança em duas fases, dos pais e do terapeuta. No filme, a trama aborda um drama familiar, focando na menina de 07 anos que foi adotada junto ao irmão por uma família bem-sucedida e até então feliz. Problemas começam a aparecer com o estranho comportamento da menina, que consegue influenciar maleficamente o irmãozinho, manipular os adultos ao seu redor, mostrando um lado violento e negro de sua personalidade. O casal imagina então que isso se deve ao passado desconhecido dessa criança, antes de desistir da adoção, os pais vão buscar respostas na história de vida da criança. As angústias vividas por esses pais, que se esforçam imensamente para amar essa menina apesar de se comportamento, são retratadas no filme. EUA, 1992.

11- Marcas do silêncio

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História de uma garota que é abusada sexualmente pelo padrasto (Ron Eldard). Sua mãe (Jennifer Jason Leigh), com medo de perder o marido, terá de optar entre o amor pela filha e a necessidade de um marido. Baseado no best-seller autobiográfico de Dorothy Allison. EUA, 1996

*sinopses: www.wikipedia.com e www.adorocinema.com

Banksy: 50 obras de arte polêmicas e famosas

Banksy: 50 obras de arte polêmicas e famosas

Banksy, o artista inglês icônico e anônimo, possui uma grande variedade de obras de arte com mensagens sociais poderosas e um tanto polêmicas.

Seu amplo portfólio de pinturas e desenhos é proporcional à grandeza de seu nome no mundo artístico.

Influência para milhares de artistas ao redor do mundo, ele não faz questão de aparecer em público por razões de privacidade, mas está sempre presente nas ruas através de sua arte.

O polêmico artista inglês iniciou sua trajetória artística no início da década de 90, na pacata cidade de Bristol. Desde então, sua figura é representada em museus, congressos e feiras de arte, embora ele mesmo nunca tenha participado pessoalmente de qualquer evento desse tipo.

Preocupado em manter-se longe dos holofotes, ele cria sua arte atrás dos bastidores, no escuro e sozinho, pois assim é mais valorizado: em anonimato.

Muitos de seus fãs expressam o desejo de conhecê-lo, mas outros simplesmente aceitam o fato de que a identidade de Banksy é um mistério muito bem encoberto e improvável de ser desvendado.

Não é preciso conhecer um artista para apreciar suas obras de arte, gostar de seu estilo e compactuar de suas ideias.

Quanto ao conteúdo dos trabalhos de Banksy, todo ele é expresso a partir de uma crítica social sobre algum aspecto de injustiça, desigualdade ou opressão no mundo. Ativista político, crítico social, porta-voz contra a violência e o terrorismo. São muitos os papéis que Banksy assume no cumprimento de suas funções.

Ele já foi procurado pela polícia de vários estados e países, mas nunca incriminado. Sua arte de guerrilha é, na verdade, um contra-ataque às intempéries da sociedade. Banksy não chega a ser um fora da lei; é apenas um artista revoltado que faz parte de um movimento reacionário. Muitos estão junto dele nessa causa.

Os temas abordados pelo artista são política, filosofia, socialismo, terrorismo, sexualidade e outros derivados. Nas 50 obras de Banksy a seguir, pode-se notar algumas abordagens interessantes sobre esses temas em geral. Veja:

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18 filmes que ninguém me pediu pra indicar, mas que eu indiquei mesmo assim.

18 filmes que ninguém me pediu pra indicar, mas que eu indiquei mesmo assim.

Saudações, pequeno gafanhoto! Cá estamos, em nossa primeira lista juntos. Afinal, quem não gosta de listas, né não?

De cara já aviso que não tem Spielberg, não tem Tarantino, nem Tarkovski (quem sabe na próxima). Também não tem sinopses relevantes, muito menos análises profundas, fundamentadas em correntes teóricas labirínticas.

O que compartilho aqui são alguns dos filmes que de alguma forma mexeram comigo e com os quais aprendi importantes lições: não mexer com velhinhos invocados, não fazer inimizade com uma baleia do tamanho de uma ilha e não puxar conversa com um bode preto foram algumas delas.

O negócio aqui é dar diretas e sem frescuras. Eu tô ligado que gosto é como o olho que nada vê: todo mundo tem o seu – a metáfora ficou bem esquisita, admito, mas é bem por aí mesmo. Então, antes de criticar o amiguinho, seja boa praça e bora trocar figurinhas e referências.

5 Filmes que provam que o mar é cabuloso.

1. Mestre dos Mares

Tenho uma confissão a fazer: eu sou fissurado em qualquer coisa com tema náutico. Roupas, bebidas, tatuagens, mulheres com tatuagens náuticas e, claro, barcos. Por conta disso, filmes com temas marítimos precisavam estar nesta lista. Principalmente os que envolvem tretas.
No caso deste, a treta é pessoal. Um navio que caça o outro depois de quase ter ido a pique em um embate no Cabo Horn.

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2. A Ilha da Garganta Cortada

Primeiro filme de pirata que vi na vida e até me pergunto por que gosto dele. Mas basta começar a assistir e todas as perguntas chatas sobre produção, roteiro e bilheteria vão embora.

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3. Piratas

E por falar em filme de pirata, vamos ao melhor de todos eles. Nada de Piratas do Caribe. Roman Polanski zerou o cinema no estilo mandrião com esta obra. Reza a lenda que ele é o percursor do gênero de aventura que consagrou o bonitão Johnny Depp.
Ou seja, tá esperando o quê pra a pipoca e o rum? Corre, fi!

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4. A Vida Marinha com Steve Zissou

Steve Zissou é oceanógrafo e ele está puto. Uma estranha criatura marinha, conhecida apenas por ele, matou seu amigo e ele quer vingança e, se possível, salvar também sua carreira de cineasta. Se a tal criatura é real ou não, pouco importa. A grande sacada do filme é sua construção visual, já que é de Wes Anderson que estamos falando.

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5. Moby Dick

Cenas lindas, um maluco com o rosto todo tatuado, arpões, velas enormes, japonas, tempestade, um capitão vingativo e sanguinário, uma baleia enorme e furiosa. Tudo isso em um roteiro escrito por Ray Brandbury.
Não, não pode substituir pelos péssimos remakes. Assista e veja como é que se faz uma adaptação foda de um livro mais foda ainda.

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5 Filmes marcha lenta que valem a pena ver até o fim

1. A Bruxa

Talvez você já tenha ouvido falar de muita gente que se decepcionou com este filme porque esperava ter um infarto de medo com algum demônio saltando da tela. Não, não tem mesmo. Você é consumido aos pouquinhos e quando menos espera, PAH!, já está envolto pela atmosfera densa que cerca os personagens.
Uma puta filme pra quem quer fugir dos clichês das grandes produções.

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2. Mil Vezes Boa Noite

Uma fotógrafa invocada disposta a sacudir a sua, a minha, a nossa consciência sobre os problemas da guerra nos lugares mais inóspitos do planeta. Seria tudo lindo se sua obstinação não começasse a arruinar a relação dela com o marido e as filhas.
Até onde nossos ideais são prioridades? Um filme muito bem construído em cima de uma história tocante.

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3. Leviatã

Não é só a literatura russa que é cheia de fatalismo, melancolia e profundidade. O cinema deles também é assim.
Um pai de família move céus e terras pra tentar evitar que um prefeito pilantra ponha abaixo o seu lar, a sua fortaleza, o seu castelo, o seu… ah, vocês já entenderam. Um relato triste de uma luta árdua, que mostra a importância da paciência e perseverança – virtude que anda um tanto em falta atualmente.

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4. A Árvore da Vida

A aura mística e religiosa que envolvem os filmes de Malick, verdadeiro herdeiro do cinema de Tarkovski, atingem o ápice nessa obra-prima do cinema. Abordando a distinção entre Natureza e Graça, tema recorrente na filosofia medieval cristã, que passa por pensadores como Santo Agostinho e Blaise Pascal, “A Árvore da Vida”, com seus silêncios que preenchem quase todo o filme, sua estrutura poética e profundidade, é uma verdadeira obra de arte.

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5. Interestelar

Depois de assistir a isto, você nunca mais verá de viagem espacial com os mesmos olhos. O final irá fazer valer a pena todas as caras de paisagem que você fizer durante as explicações científicas e equações matemáticas que mais parecem uma cópia de receita de bolo de fubá em escrita cuneiforme dos sumérios.

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4 Filmes com tiro, porrada e bomba

1. Gran Torino

Pensa num velho ranzinza e cheio de manias. Pois é, poderia ser o meu ou o seu avô, se não fosse ele o grande, o descaralhante, o incomparável Clint Fucking Eastwood, que vai ensinar a um bando de pivete do seu bairro que nunca, em hipótese alguma, se deve mexer com um tiozão que tenha:
1. Armas
2. Um possante envenenado
3. Muito Sangue no zóio.

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2. Baahubali: The Beginning

Esqueça tudo o que você sabe ou pensava saber sobre Bollywood. Chama o bróder, a mina, a mãe, o catioro e divirta-se com este verdadeiro blockbuster da Índia, com direito a tretas épicas entre exércitos enormes, chuvas de flechas e uma caralhada de efeitos especiais.

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3. O Matador

Mano do céu, como eu amava os filmes da Sessão Kickboxer da Bandeirantes. Era muito sangue, muito tiro, muita espada, às vezes até muita espada e tiro e muito asiático, sempre. Era o delírio das minhas tardes, quando eu podia sair por aí dando bica na bunda dos colegas, fingindo ser o Jet li.
Este filme do John Woo batia cartão lá. Violento? Muito, mas também conta uma história de redenção no melhor estilo faroeste da China.

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4. Os Aventureiros do Bairro Proibido

Na boa, este é pra aplaudir de pé. Classiqueira da Sessão da Tarde que fazia todo mundo querer sair por aí em busca de passagens secretas. Enredo? Um caminhoneiro Badass Motherfucker que vai resgatar a namorada de um camarada que foi sequestrada por um mago bolado que se esconde em um bairro secreto e que tem como segurança pessoal ninguém menos que o Raiden do Mortal Kombat. Ufa.
Precisa dizer mais?

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4 Filmes pra assistir e dizer que tem um cisco no seu olho

1. 50%

História de uma amizade que vai além de qualquer dificuldade. Nada de comiseração, o jeito que estes dois parceiros lidam com as dificuldades impostas por uma doença grave é simples e linda. Camaradagem sincera e comovente e sem os clichês habituais.

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2. Lembranças

Robert Pattinson vive um jovem que degringolou na vida depois da morte do irmão mais velho. Daí, vira aquela coisa convencional de mocinho que conhece a mocinha pelo motivo errado (sempre uma aposta besta) e coisa e tal, mas o final pega de surpresa e faz a gente esquecer a sensação de já ter visto o filme antes.
Conclusão: surpresa e algumas gotas de suor nos olhos.

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3. Estou Aqui

Fãs de Her, preparem-se! Este curta-metragem de Spike Jonze poderia ser um grande clichê nerd… mas não é.
Dois robôs apaixonados encarando situações que vão do inusitado ao triste num piscar de olhos. Se você ainda não viu e quer ver, graças ao santo YouTube, você pode assistir na íntegra.

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4. Toy Story 3

Chorei como se estivesse passeando em um campo de cebolas. Crescemos junto com o Andy, acompanhamos, mesmo que um pouco distantes, o processo de amadurecimento que transformou o moleque em um universitário que precisa partir e deixar seus amigos de plástico.
Metáfora da vida de cada um de nós, do nosso crescimento e da importância de seguir adiante.
E assim chegamos ao fim, pessoal. Gostou? Nem tanto. Como eu falei ante, o lance é trocar figurinhas. Coloca aí a tua lista pra gente ver e bora ser feliz, minha gente!

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Quem bebe vinho possui QI mais alto, segundo estudo.

Quem bebe vinho possui QI mais alto, segundo estudo.

Um estudo feito nos EUA comparou os hábitos de jovens que bebiam vinho regularmente com os que não tomavam e traçou uma relação entre consumo de bebida e inteligência.

Essa pesquisa foi realizada pela Universidade de Indiana nos Estados Unidos e analisou os hábitos dos jovens e traçou um perfil dos grupos de acordo com o consumo. Essa pesquisa comparou consumidores de vinho com apreciadores de cerveja e abstêmios, ou seja, pessoas que não ingerem nada de bebida alcoólica. O resultado desse estudo mostrou que os consumidores de vinho apresentavam níveis de Q.I. (Quocientes de Inteligência) mais altos, possuíam superiores níveis de instrução e, por isso, eram as pessoas mais saudáveis do grupo.

“As pessoas com alto Q.I, pertencentes a um nível socioeconômico mais alto e que têm boa instrução são geralmente mais saudáveis do que aquelas que não possuem essas características”, disse June Reinisch, líder do estudo.

Quem aí concorda com a pesquisa?

Melhor o mundo todo falando de amor que todo mundo se odiando na prática.

Melhor o mundo todo falando de amor que todo mundo se odiando na prática.

Era o que faltava. Tanta coisa com que implicar e tem gente perseguindo quem fala de amor. Deixemos de coisa, vai. Ô, espécie estranha somos nós!

Ora nos queixamos de que o povo só alimenta o ódio quando lê maldade, fofoca, futilidade, ora reclamamos que tem gente demais falando de amor. Bendita falta do que fazer!

Cá pra nós, é melhor o mundo todo falando de amor que meia dúzia falando mal de todo mundo. É tão óbvio! Mas não. Tem sempre um gênio dedicado à masturbação pseudo-filosófica com questões do gênero “tem muita gente dizendo que ama e pouca gente sabendo amar” num chatíssimo tom acusatório, generalizando como se todos os que ousam falar de sentimentos fossem alienados, hipócritas ou enganadores.

Se estão “sabendo amar” ou não, quem sabe? Quem pode afirmar? Ninguém! Deixa o povo falar de amor, ué! Lê e ouve quem quer! Melhor falar de amor que encher a cabeça de minhoca e sair por aí odiando quem passa na frente.

Concordo. Tem gente que fala uma coisa e faz outra. Tagarela que ama aqui e odeia na prática ali. Acontece muito. Mas isso não torna falar de amor uma coisa ruim.

Generalizar desse jeito é feio. É insistir na confusão. É entrar numa casa barulhenta, repleta de pessoas berrando, e gritar mais alto ainda. Pura desonestidade intelectual. Questão de caráter. Mau caráter.

Porque não podemos tolerar o termo “FEMINAZI”

Porque não podemos tolerar o termo “FEMINAZI”

É incrível a nossa capacidade de banalizar questões essencialmente importantes. O uso da palavra “empoderamento”, é um exemplo claro disso. O termo ganhou popularidade por meio dos movimentos de emancipação e garantia de direitos a grupos que, por alguma razão sofram algum tipo de discriminação, seja social, política, educativa, de gênero ou religiosa. E, nunca será demais ou suficiente alertar a sociedade para o perigo de qualquer tipo de discriminação.

No entanto, o desgaste imposto às questões de caráter feminista, por exemplo, podem gerar efeitos exatamente contrários às intenções originais e legítimas de garantir às mulheres lugares de atuação, manifestação e trânsito em todo e qualquer espaço da sociedade. O termo traduzido do inglês empowerment não é novidade; na realidade, remonta do século XVI, e tem origem nas ideias contidas na Reforma Protestante, cujo cerne era a luta por justiça social. A ideia de “empoderamento” ganhou nova forma de representação quando passou a ser utilizado para manifestar o repúdio à opressão e o apoio à conquista da autoridade, sobre a maneira de cada um interagir socialmente e determinar a história atual e futura de suas vidas.

Ideais de equidade e liberdade são a base dos movimentos feministas, tão presentes e atuantes num momento em que se faz absolutamente indispensável depositar nas mãos femininas o poder social. Poder esse que lhes garantirá a força política necessária para que seus corpos, direitos, desejos, ideias e destinos sejam respeitados.

O ânimo dos ideais feministas alimenta-se da consciência do quanto ainda são frágeis as nossas garantias de segurança, independência e liberdade. Passamos por situações de violência que nos atingem desde a hora do parto, quer sejamos nós a mulher que dá à luz ou a menina que é trazida a ela. Enfrentamos todos os dias circunstâncias que nos colocam em desvantagem; ainda temos salários inferiores aos homens; ainda há quem nos considere seres que precisam encarnar uma espécie de heroínas domésticas que nunca se cansam e, em hipótese alguma se queixam das inúmeras tarefas acumuladas, dentro e fora de casa.

O uso do pejorativo termo “feminazi”, por exemplo, revela o quanto ainda se faz necessário discutir e trazer à público os inúmeros contextos políticos e sociais que ilustram as incontáveis formas de discriminação contra as mulheres. A intenção por trás do termo encerra, em si mesma, a determinação em calar o debate, em rotular as mulheres que ousam ultrapassar os limites impostos a elas, em desacreditar o quanto seja possível a nossa voz e o que temos a dizer.

A falta de conhecimento histórico, e ainda pior, a falta de interesse em reconhecer que feminismo e nazismo são, em sua essência, termos antagônicos revela o quão alienados são aqueles que usam o termo “feminazi” com a disfarçada intenção de fazer crítica, a posicionamentos feministas supostamente radicais. No fundo, e no raso, quem faz uso desse tipo de expressão reducionista e preconceituosa, não passa de um pobre ignorante que acredita que ainda é possível silenciar a nossa voz.

O envolvente CINEMA NÓRDICO em 12 filmes

O envolvente CINEMA NÓRDICO em 12 filmes

Com grandes nomes na indústria cinematográfica, o cinema nórdico vem nos presenteando com trabalhos cada vez mais envolventes. Estamos falando de filmes dirigidos por Ingmar Bergman, Lars von Trier, Thomas Vinterbeg, Susanne Bier, dentre outros,  que nos oferecem algo para pensar. Muitos dos longos dessa lista são difíceis de digerir, alguns são polêmicos, mas todos valem a pena assistir.

Não estão em ordem cronológica, nem de preferência.

  1. FESTA DE FAMÍLIA

Nacionalidade: Suécia / Dinamarca

Do aclamado diretor dinamarquês Thomas Vinterberg. O patriarca de uma família (Henning Moritzen) resolve comemorar seu aniversário de 60 anos num hotel. Contudo, após a revelação chocante de um dos seus filhos, o que era para ser uma simples comemoração se transforma num evento cheio de surpresa, raiva e muito ressentimento.

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  1. A CAÇA

Nacionalidade: Dinamarca / Suécia

Dirigido também por Thomas Vinterberg, retrata a história de Lucas (Mads Mikkelsen) que trabalha em uma creche. Um homem querido pela comunidade que está reorganizando sua vida após o divórcio. Um certo dia, uma criança de cinco anos mente para a diretora da creche ao falar que Lucas mostrou suas partes íntimas para ela. A acusação resulta no afastamento dele do trabalho. Sem qualquer chance de defesa, ele começa a ser hostilizado pelos habitantes da cidade, numa verdadeira caça às bruxas.  O filme é muito forte e somos tomados por uma crescente sensação de injustiça na medida em que a trama vai se desenrolando.

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  1. EM UM MUNDO MELHOR

Nacionalidade: Dinamarca / Suécia

Dirigido por  Susanne Bier, com Mikael Persbrandt no papel de Anton, um médico que divide sua vida entre o trabalha em um campo de refugiados na África e a família na Dinamarca. Em casa, ele enfrenta problemas com sua esposa Marianne (Trine Dyrholm) com quem tem dois filhos, Elias (Markus Rygaard) e Morten (Toke Lars Bjarke). Em paralelo, o garoto Christian (William Jøhnk Nielsen) chega na Dinamarca com seu pai Claus (Ulrich Thomsem), após a morte da mãe. Elias e Christian se tornam amigos e a partir daí as consequências dos seus atos marcarão as duas famílias.

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  1. DANÇANDO NO ESCURO

Nacionalidade: Noruega / Suécia / Dinamarca /Finlândia / Islândia (…)

Dirigido pelo polêmico diretor Lars von Trier, o filme conta a história de Selma, interpretada pela cantora e compositora islandesa Björk, uma mãe solteira que tem uma doença degenerativa hereditária cuja consequência é a perda gradativa da visão, mal herdado também pelo seu filho de doze anos. Ela, imigrante tcheca, mora e trabalha duro nos Estados Unidos com a intenção de juntar dinheiro para a cirurgia do filho. Mas, algo muito sério acontece…  Não é um filme para aqueles que gostam de tramas sobre superação, mas um filme profundo e intenso que nos faz pensar sobre as graves distorções éticas da sociedade.

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  1. A FESTA DE BABETTE

Nacionalidade: Dinamarca

Filme dirigido por Gabriel Axel, conta a história da francesa Babette que fugindo da guerra vai viver numa pacata vila onde arruma trabalho de cozinheira e faxineira na casa de duas irmãs. Após anos de trabalho para a família, Babette ganha um prêmio e resolve preparar um jantar francês que transformará para sempre a vida dos moradores da vila.
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  1. DEIXA ELA ENTRAR

Nacionalidade: Suécia

Dirigido por Tomas Alfredson, o filme mostra parte da infância de Oskar (Kare Hedebrant), um garoto solitário que sofre bullying na escola. Contudo, tudo muda quando Oskar conhece a pálida Eli (Lina Leandersson) que acabou de se mudar para a vizinhança. Enquanto as duas crianças tornam-se cada vez mais próximas e a amizade entre elas cresce, uma série de mortes acontece na região. Acontece que Eli está envolvida com os macabros acontecimentos, o que não parece ser um problema para o frágil garoto.

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  1. O SÉTIMO SELO

Nacionalidade: Suécia

De direção de  Ingmar Bergman, considerado um dos maiores representantes do cinema sueco.  No filme, um cavaleiro participa de um jogo de xadrez com a Morte, cujo resultado determinará o seu destino. O clássico nos faz pensar sobre o significado da vida e também traz reflexões sobre a perda da fé e a crença em Deus.

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  1. PARA SEMPRE LILYA

Nacionalidades Dinamarca / Suécia

Dirigido por Lukas Moodysson, o filme conta um pedaço da vida de Lilya (Oksana Akinshina), uma garota de 16 anos que é deixada na União Soviética após a sua mãe partir com o namorado para os Estados Unidos. Sem receber qualquer dinheiro da mãe, Lilya passa a morar em um apartamento no subúrbio sem energia elétrica e aquecimento. Nesse meio tempo ela conhece e se apaixona por Andrey (Pavel Ponomaryov) que a convence de que o melhor seria recomeçar a vida na Suécia, onde teria uma oportunidade de emprego.  Lilya aceita e se muda, mas ela nem imagina o sofrimento que a espera.

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  1. DEPOIS DO CASAMENTO

Nacionalidade: Dinamarca /Suécia

Dirigido por Susanne Bier, o filme começa nos mostrando a luta do dinamarquês Jacob Petersen (Mads Mikkelsen) para manter um orfanato numa região muito pobre da Índia. Sem recursos para seu trabalho social, Jacob recebe uma proposta de doação por parte de um magnata sueco chamado Jorgen (Rolf Lassgard), mas para receber ele precisa ir até a Dinamarca. Jacob viaja para Copenhague, porém Jorgen avisa que somente decidirá sobre a doação depois do casamento da sua filha e convida Jacob para a festa. No casamento virão grandes surpresas.

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  1. DOGVILLE

Nacionalidade: Dinamarca / Noruega / Suécia / Finlândia (…)

Dirigido por Lars von Trier, o filme se passa na década de 30, quando uma desconhecida chamada Grace chega numa comunidade em busca de refúgio, pois está sendo perseguida por bandidos. Ela é escondida na comunidade e em troca trabalha para as pessoas que vivem no local. O acerto é de que após duas semana haverá uma votação para decidir se ela poderá ficar ou não. Grace é “aceita” na vila, mas os moradores começam a exigir abusivamente algumas coisas em troca pelo risco de escondê-la. O que ninguém imagina é que o segredo de Grace pode ser perigoso demais.

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  1. O AMANTE DA RAINHA

Nacionalidade: Dinamarca

Dirigido por Nikolaj Arcel, o filme se passa no século XVIII e conta a história da jovem britânica Carolina Mathilde (Alicia Vikander) que se torna rainha da Dinamarca depois de casar com o perturbado e fragilizado rei Christian VII (Mikkel Boe Folsgaard). Por conta da doença do rei, o alemão Johann Struensee (Mads Mikkelsen) é escolhido como o médico da corte, momento em que se aproxima da rainha. O romance entre o médico e Carolina é retratado no filme, bem como a forma em que o casal, aproveitando-se da doença do monarca, assume o poder e inicia uma reforma no país. É a entrada do Iluminismo no norte da Europa. O idealismo político de Struensee também é muito bem destacado na história.

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  1. OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES

Nacionalidade: Dinamarca / Suécia / Noruega / …

Baseado no primeiro livro da Trilogia Millennium, o filme nos mostra a eletrizante investigação particular sobre o desaparecimento de Harriet Vanger há 36 anos. A polícia não teve sucesso sobre o paradeiro da jovem e o caso permanece em aberto. Porém, mesmo após longos anos, seu tio ainda está à procura de Harriet, razão pela qual contrata Mikael Bomkvist (Michael Nyqvist), um jornalista investigativo que trabalha na revista Millennium. Ele aceita o trabalho e recebe ajuda de Lisbeth Salander (Noomi Rapace), uma moça talentosa e nada sociável.

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É preciso saber a diferença entre esperar e perder tempo

É preciso saber a diferença entre esperar e perder tempo

Sim, temos que nutrir esperanças de que as coisas vão melhorar, de que tudo há de arrumar um jeito de chegar até nós, porém, sem que fiquemos passivamente à mercê do sabor dos ventos, achando que presentes cairão do céu diretamente em nosso colo. A regra básica é clara: o mais sábio é esperarmos de nós mesmos o que queremos, na certeza de que aquilo que fizermos por merecer estará ao nosso alcance.

Espere o retorno de tudo aquilo por que você lutou, pelo que perdeu horas de sono e de diversão, dedicando-se com força de vontade e dedicação extrema. Colhemos os louros das conquistas nas quais investimos precioso tempo de nossas vidas, porque colocamos verdade nessa busca. Porém, não perca tempo aguardando que as chances de sua vida tocarão a campainha de sua porta, enquanto você fica sentado no sofá.

Espere o momento certo de falar com as pessoas por quem você tem consideração, por quem nutre afeto sincero e recíproco. Temos que alertar quem amamos das atitudes destrutivas que possam estar tomando, repreender seus comportamentos inadequados, aconselhando com carinho. Entretanto, não perca tempo tentando conversar com quem não consegue ouvir ninguém além de si próprio, ou colherá apenas ingratidão.

Espere ser entendido e acolhido pelas pessoas que caminham ao seu lado com entrega e verdade, pois aceitarão as suas escolhas de vida e as apoiarão, interessando-se por nada mais do que sua felicidade, do seu jeito, que eles tanto prezam. No entanto, não perca tempo tentando se explicar para quem não se importa com o seu bem estar, para aquelas pessoas que se prendem a preconceitos diminutos e insustentáveis, incapazes que são de olharem para si mesmas.

Espere gratidão e reconhecimento das pessoas que não pedem, mas se encontram abertas ao que o outro possui, pois têm consciência de que necessitarão do outro, uma ou outra hora. Mas não perca tempo esperando retorno de quem sempre pede mais do que você pode ofertar, de quem suga suas forças, exigindo sua atenção integral, como se ele fosse o centro do mundo, do universo. Esses não enxergam nada além do próprio umbigo e jamais serão capazes de olhar além dos limites do próprio egoísmo.

Sem que reservemos um bocado de nossas vidas a esperanças e sonhos, tudo se tornará meramente mecânico, isentando-se do prazer mágico das agradáveis surpresas que enriquecem o nosso caminhar. Porém, tão somente nos enchermos de esperanças em relação a coisas pelas quais não lutamos e a pessoas vazias de retorno afetivo nos impedirá o fortalecimento de nosso amanhecer renovado na fé e no amor que nos alimentarão o seguir adiante, sempre e incansavelmente.

Minha noite estrelada- Ana Luisa Borba

Minha noite estrelada- Ana Luisa Borba

Por Ana Luisa Borba

Em meio a muitas andanças pelas escadas do MoMa (The Museum of Modern Art), e à horas de análises de obras de arte, fotografias, Kahlo, Dalí, Picasso, Gauguin, Monet, e muitos outros artistas que não é possível recordar, deparo-me com um burburinho de pessoas se empurrando freneticamente, olhos se arregalando, vários “com licença” em ao menos cinco línguas diferentes, que logo me chamam a atenção. Sem nada a perder, e fugindo do frio de -2º de NYC, vou com minha mãe para ver o porquê de tanto estardalhaço.

Noite. 1889. Vicent Willen Van Gogh. Não era para menos, estava ali, bem à frente de todos, “A Noite Estrelada”. Tiro minhas fotos como qualquer um naquele lugar, e salvo em  quatro app’s diferentes para evitar que perdesse tamanha preciosidade.

Mais tarde no hotel, passo a observar a obra, que sem sombra de dúvidas, está em primeiro lugar dentre as minhas pinturas preferidas. Não digo isso pelas pinceladas, ou pela tinta que foi usada, nem pela qualidade da tela e beleza da moldura, mas pela mensagem que ela traz.

Há nesse quadro um belo contraste. O Carpe Diem e o Carpe Noctem reunidos em um mesmo espaço. A noite vagarosa e profunda é marcada pela insegurança, instabilidade, pelo medo, e em certa proporção, pela tristeza. Isso se pode constatar olhando o céu; tão grande, tão imenso, que toma o maior plano do quadro. É incerto, é inalcançável. Talvez, Van Gogh preferiu retratar a insignificância de nosso tamanho em relação à outras coisas, ou a nossa incapacidade de controlar o mundo, ao invés de grandes feitos humanos. Por outro lado, vê-se a beleza, a tranquilidade, e a esperança, as luzes ao fundo, e a união entre as casinhas, passaram essa ideia de “você não está só”, de que o amanhã está à porta.

É difícil olhar para “A Noite Estrelada” e não ter um sentimento ambíguo ou se imaginar num paradoxo. É provável que isso se dê pelo estado em que o artista se encontrava – depressão e transtorno bipolar marcaram a vida do holandês – e de certa forma, naquele momento de maneira empática, fui solidária à sua dor. Enquanto observava o quadro, meus pensamentos se dividiam em dois caminhos: a noite e o dia, e como deveriam ser vividos cada um.

Enfim, foi uma experiência magnífica, uma análise do eu e o outro, somente através de um quadro. Obtive diversas conclusões que contribuíram muito para o meu intelecto e visão. Agora, percebo que esse paradoxo é constante, é real. Sei que devemos passar pelos nossas manhãs e madrugadas, sem espantar a bagagem de emoções que com elas vêm. Mesmo durante o dia, temos períodos de noite, recaídas. E mesmo durante as noites, temos paz e calma, e a clara certeza de um amanhã que logo virá. Cada antítese deve ser aproveitada ao seu modo, uma diferente da outra.

contioutra.com - Minha noite estrelada- Ana Luisa Borba

Ana Luisa Borba

15 anos e cursa o 1º ano do Ensino Médio.

Amante das artes e da literatura, fascinada por Klimt e Frida Kahlo, apaixonada pela Hungria e sua cultura. Adora escrever textos que retratem seus pensamentos, visitar novos lugares e conhecer pessoas diferentes. Amadora na questão ‘fotografia’. Café, por favor, não camomila.

As vicissitudes de um amor

As vicissitudes de um amor

Existe uma tendência em analisar o amor de forma topográfica, ou seja, como se esse sentimento fosse perceptível através de observação direta ou medição. Por esse ângulo, afirma-se que gostar até seis meses é paixão, ou se envolver por mais tempo é amor. Criamos linhas imaginárias para determinar o que ocorre com nossos sentimentos e ainda colocamos a paixão em lugar menor e improvisado. Desta forma, saindo da realidade, estabelecemos conceitos engessados sobre o amor e suas limitações.

Há quem diga que o amor deva ser sereno, dotado de calmaria, ambiente perfeito para a prática de uma união e não geraria desconforto. Pode ser, mas existem outros amores.

Existe um amor com fuoco, aquele que tem a exigência imediata da paixão e a paciência de quem ama. O prazer pede constante saída, mas a realidade impede o brotar de tais instintos sinceros. O tempo dos amantes é apressado e injusto; não atende ao desejo. Um simples encontro é motivo de tanta alegria, a despedida parece o fim, mesmo sabendo que se verão minutos depois. Os meses passam e tais sentimentos despertam outros mais fortes, e esse amor inflamado ganha relevância. Sentimento de condensações que abriga todas as formas de paixões e amores; um amor híbrido, em essência.

Nesse calor nos acolhemos como se fosse o centro da terra, mas os psicanalistas diriam que estamos nos acolhendo no centro do útero. Uma sensação de retorno e aconchego – uma busca de proteção. Em alguns casos, para amar, é melhor deixar o divã de lado.

Nesse amor condensado que transita entre a ternura e a passione é impossível não ter apego. Necessitamos estar próximos, saber o que o outro faz, como está sua família, se o ar que respira está agradável. Temos delírios de ciúme, aspectos infantis nos assaltam, ficamos inseguros ao tentar segurar. E no fim do dia, a sensação de que não irá amanhecer de tanta saudade.

Como dizer às pessoas que estão neste cenário para não se apegarem na tentativa de evitar o sofrimento? É melhor correr o risco. O amor apaixonado tem apego sim, impossível que não haja o profundo desejo desses dois assumirem uma unidade. Eles querem agir como uma ciência exata; um estar contido no outro, ou A pertence a B. Criar uma interseção ou União. Um conjunto que admite todas as formas de explorar esses sentimentos amorosos que demandam o infinito.

Tenta-se diferenciar, de forma arbitrária, o amor de paixão. Feliz é quem vive os dois ao mesmo tempo, sabendo das conseqüências do incêndio, mas dispostos a reparar, perdoar, incendiar novamente; viver em brasas e não se consumir.

INDICADOS