Andanças…

Andanças…

Esperei…

Esperei enquanto acreditei em que algumas mudanças na vida aconteceriam, tal qual o percurso de um trem, onde os trilhos é que se abrem determinando a direção a seguir.

Esperei…  e,  cansada de tanto esperar, acordei!

Lentamente, fui liberando as opressões diárias, deixando os halteres excessivos, desejando menos peso e mais equilíbrio…

Foi uma entrega suave, tranquila e com as luzes acesas.

Saciada, cansada e sufocada de excessos inúteis, libertei-me  e um jeito manso de viver foi me seduzindo.

Com as mãos livres aconcheguei os sonhos, separei o tempo com pausas e dedilhei os sentimentos, cerzindo – os em poesia.

Tive por companhia a serenidade, a brandura, a permissão, a anuência e muitas outras mestras do bem viver.

Desencantei-me em surfar em alto mar e em conquistar ondas gigantescas.  Quis a tranquilidade das areias da praia, quis o descansar sob o sol da manhã, quis experimentar a profundidade de ser.

Escolhi a vida simples, dócil, onde o menos vale mais . Quis a velha dama!

Hoje, respiro, inspiro,  ganho força e fé. Abro-me aos mistérios de cada minuto que me é concedido viver.

Morrer na praia? Jamais!!! Não será um fracasso se a conquistei e nela habitei.

Filhos da Esperança: a crise dos refugiados sob a perspectiva de Bauman

Filhos da Esperança: a crise dos refugiados sob a perspectiva de Bauman

Poluição, super urbanização, guerras civis, doenças, caos. Esse conjunto de elementos forma uma ótima ficção e ela nos é dada através do filme “Filhos da Esperança” (The Children of Man), do diretor argentino Alfonso Cuarón. No entanto, esses elementos também são encontrados na vida real e, assim, o ditado que diz que a arte imita a vida parece ser perfeita nesse caso.

As obras de ficção científica, sobretudo distopias, costumam apresentar previsões que assustadoramente se confirmam e com Filhos da Esperança não é diferente. A história se passa em 2027, em um mundo caótico, cheio de guerras, doenças e poluição, em que o governo britânico é o único que se mantém de pé. Nesse futuro, inexplicavelmente, a humanidade se tornou infértil há 18 anos, instalando o medo e o caos sob uma sociedade sem perspectiva.

Como dito, o único governo que se mantém ativo é o britânico, porém, ele é exercido de forma autoritária e violenta, sobretudo em função de ataques terroristas e dos refugiados que tentam entrar no país. Diante desse cenário perturbador, que é realçado brilhantemente pelas lentes de Emannuel Lubezki, surge Theo (Clive Owen), um homem sem fé na humanidade, perturbado por acontecimentos do passado, que vive sem ânimo e procura refúgio no álcool.

A vida de Theo muda quando ele é contactado por Julian (Julianne Moore), líder de um movimento contra o governo, para proteger uma garota grávida, levando-a para um local seguro, onde possa ter seu filho sem a intervenção do governo e outras entidades que possam se aproveitar da situação. Essa missão soa de forma estranha, afinal, a criança deveria ser reverenciada, todavia, a questão reside no fato de a mãe não ser inglesa, mas sim uma refugiada, e aqui reside o mote central da história.

No filme, as pessoas que não são inglesas, isto é, estrangeiros que fogem de guerras em seus locais de origem, são tratadas de forma humilhante e degradante, enjauladas literalmente e transferidas para campos de refugiados. Sob a vigilância constante da polícia, os ingleses, considerados pessoas úteis, são bombardeados com mensagens que incentivam a denúncia dos imigrantes ilegais, a fim de “proteger” a Inglaterra.

O que acontece no longa aproxima-se muito com a crise dos refugiados que atravessamos. Tendo suas vidas destruídas por guerras, pelo terror e pela “Guerra ao Terror”, milhares de pessoas são expulsas de seus países e obrigadas a buscar guarida em outros locais distantes do seu povo, da sua língua, dos seus costumes e de qualquer coisa que traga a noção de que pertencem a algum lugar. Tanto aqui, quanto no filme, essas pessoas são barradas e jogadas em zonas, em que sequer têm um nome; são apenas “refugiados” vivendo por sua sorte, uma vez que não são considerados como pessoas úteis ou recicláveis.

Essa conclusão é observada nos pensamentos de Zygmunt Bauman, o qual entende que essas pessoas são tratadas como o “lixo humano” que precisa ser descartado, já que não há onde jogá-lo, bem como não há vontade em reciclá-lo. Ou seja:

“A caminho dos campos, os futuros moradores são despidos de todos os elementos de suas identidades, menos um: o de refugiado sem Estado, sem lugar, sem função e ‘sem documentos’. Do lado de dentro das cercas do campo, são reduzidos a uma massa sem rosto, sendo-lhes negado o acesso a confortos elementares que compõem suas identidades e dos fios usuais de que estas são tecidas.”

As palavras duras de Bauman, do mesmo modo que as imagens do filme, podem chocar, mas, se analisarmos de forma crítica, perceberemos que as colocações são pontuais. Vivendo segundo os ditames do capitalismo selvagem, não nos preocupamos com a saúde do planeta, tampouco com a nossa. Dizem que vivemos em um mundo globalizado, mas as grandes potências não estão preocupadas com as crianças que morrem todo dia, na Síria, e sim em poderem explorar mais o terceiro mundo, com a sua versão hi-tech do fardo do homem branco.

Enquanto se precisa diminuir a poluição, só nos preocupamos em criar novas formas de sujar o planeta. Enquanto o mundo explode em guerras civis, dissemina-se mais ódio – e advinha por quem? Pelos mesmos países que, no século XIX, dividiram as nações que hoje sofrem, como se estivessem em uma pizzaria, desrespeitando limites étnicos, culturais e geográficos. E o que eles queriam? Expandir seus mercados, tornar o mundo globalizado ou, como diziam os romanos, salvar os bárbaros da ignorância.

A grande questão é que esse modus operandi trouxe problemas, os quais nós vemos hoje e, mesmo que maximizados, também aparecem no filme. Há a necessidade, então, de separar o joio do trigo, os humanos úteis dos inúteis, os que merecem ser tratados como humanos dos que devem ser tratados como trapos vagabundos. Os “fúgis” do filme são tratados como o joio, vivendo atrás de muros, sob a vigília de armas de fogo, bem como acontece debaixo dos nossos olhos diariamente, ainda que só enxerguemos quando aparece uma criança morta na praia.

“Nada resta senão os muros, o arame farpado, os portões controlados, os guardas armados. Entre si, eles definem a identidade do refugiado – ou melhor, eliminam o seu direito de autodefinição, que dirá de autoafirmação. Todo refugo, incluindo o lixo humano, tende a ser depositado indiscriminadamente no mesmo local. Essa destinação do lixo põe fim a diferenças, individualidades e idiossincrasias. Lixo não precisa de distinções finas ou nuances sutis, a menos que seja destinado à reciclagem. Mas as expectativas dos refugiados de serem reciclados em membros legítimos e reconhecidos da sociedade humana são, para dizer o mínimo, diminutas e infinitamente remotas.”

Desenvolvemos um estilo de vida degradante, tanto para o planeta, quanto para nós. Marcados por individualismo, só nos preocupamos com o nosso umbigo, assim como enxergamos o mundo tão somente como uma grande maçã, fonte do nosso apetite. Vivemos sob a égide de uma liberdade falsa e de uma globalização perversa, em que as grandes potências buscam modos de explorar o eterno novo mundo, em guerras marcadas pelo vermelho do sangue, pelo negro do petróleo e pelo verde do poder. E eis que olhamos para o mundo e enxergamos poluição, proliferação de doenças, caos urbano, violência e guerras – então, nós nos perguntamos o porquê. No filme, também não existem respostas fáceis. Mas elas estão lá, nas entrelinhas, e são as mesmas que respondem às nossas questões mundanas.

Enquanto não estivermos preocupados em encontrar essas respostas, mais guerras explodirão, mais caos existirá e mais refugiados baterão às portas das grandes potências que um dia foram aos seus países levar a “colonização”. E, com um mundo cheio e doente, é preciso, nas palavras do próprio Bauman, “remover o nocivo lixo humano” e produzir uma “faxina étnica”, já que as fronteiras estão fechadas para os que anseiam por pão e abrigo, a não ser que seja para fazer o trabalho sujo, como serem empregados em fábricas em condições escravas.

Filhos da Esperança é um filme triste e pesado e, por isso, é tão próximo da nossa realidade, já que, quando desenvolvemos um estilo de vida que coisifica o ser humano e reduz milhares de pessoas a lixo, a sociedade realmente se tornou infértil de compaixão – e, disso à realidade descrita no filme, talvez leve menos do que 11 anos.

“É estranho o que acontece no mundo sem a voz das crianças.”

Uma das melhores sensações é saber que alguém gosta de você

Uma das melhores sensações é saber que alguém gosta de você

Por Raquel Brito

Saber que alguém gosta de nós é uma das melhores sensações que podemos sentir. É reconfortante e energizante. Saber que alguém quer ver você e falar com você, que se interessa em saber como você está, que tem um interesse sincero baseado no verdadeiro apreço. Isso é maravilhoso.

Algumas vezes, quando parece que nada pode ficar pior, chega essa pessoa e nos resgata com uma ligação, uma carícia, ou um olhar. Outras vezes basta uma mensagem rápida ou um cumprimento caloroso que lembre que somos queridos para levantar nosso ânimo.

Saber que estamos presentes na mente de alguém que se preocupa conosco e que somos capazes de despertar emoções e sentimentos em alguém é o nosso melhor salva-vidas, uma bóia que, sem dúvida, arranca o nosso melhor sorriso.

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O amor dos outros é um salva-vidas

Existe um trecho de um livro de Paul Auster, “O palácio da lua”, que define perfeitamente o que sentimos quando o amor dos outros nos resgata do poço no qual caímos e do qual não podemos sair:

“Naquele momento eu o ignorava, está evidente, mas sabendo o que agora sei, é impossível ignorar aqueles dias sem sentir uma onda de nostalgia dos meus amigos. De certa forma, isso altera a realidade do que experimentei.

Eu havia pulado da beira de um penhasco e bem quando eu estava quase tocando no fundo, aconteceu um fato extraordinário: fiquei sabendo que havia gente que gostava de mim. O fato de alguém gostar da gente dessa forma muda tudo.

Não diminui o terror da queda, mas dá uma nova perspectiva do que esse terror significa. Eu havia pulado da beira e então, no último instante, alguma coisa me pegou no ar. Esse algo é o que eu defino como amor.

É a única coisa que pode deter a queda de um homem, a única coisa poderosa o suficiente para invalidar a lei da gravidade.”

Como vemos nesta maravilhosa definição, o amor daqueles que nos rodeiam é o nosso salva-vidas, a boia que nos mantém a salvo mesmo quando estamos nos afogando e parece que nada tem solução.

O amor sincero não conhece o egoísmo e os interesses
O interesse sincero de quem gosta de nós não conhece egoísmo. Isso é uma coisa que se sente nos pequenos detalhes, que nos enfeitiça e que nos mantém conectados com nosso mundo emocional e com os relacionamentos.

Um mundo no qual às vezes vivemos tão alheios que nos esquecemos de que, como já disse Maslow, não podemos cumprir certas necessidades ou expectativas se não possuirmos como parte da base o amor, a afiliação e o vínculo com aqueles que nos rodeiam.

Sejam quais forem as premissas que nos mantêm de pé, estamos mancos quando não sentimos que alguém se preocupa conosco. Portanto, quando não temos a presença de alguém que contribua para nos sentirmos queridos, nos sentimos tristes e abandonados.

As nossas referências, as pessoas para as quais somos importantes
Precisamos nos relacionar e alimentar as nossas raízes para continuar crescendo, para que dos nossos galhos brotem lindas folhas que simbolizam o amor, a saúde e a prosperidade. Para a nossa autoestima e para manter o bom humor é fundamental ter referências, pilares nos quais possamos nos apoiar em um momento ruim, ou colocar a roupa de gala para dançar sem guarda-chuva sob a chuva da alegria.

Que gostem da gente mesmo quando tivermos cometido uma falha, que nos pareça incrível que deixem de lado a escuridão, que conheçam a nossa versão mais imperfeita e que nos mantenham ao seu lado, que nos guardem, que nos cuidem, que nos dêem um suspiro.
Porque a construção de um relacionamento enriquecedor depende, em grande parte, de que as asas dos outros queiram voar ao nosso lado, e queiram cuidar da cumplicidade de um amor puro e sincero que não conhece egoísmo.

TEXTO ORIGINAL DE A MENTE É MARAVILHOSA

Aos teus olhos

Aos teus olhos

Por Patrícia Pinheiro e Guilherme Antunes

Aos teus olhos gastos pela tristeza, refaço-os na poesia que cultivo somente a ti.

Às tuas mãos castigadas pelo tempo, empresto-lhe as minhas, a levar-te a qualquer descanso.

Aos teus lábios com gosto amargo, ponho-te flores à boca, lembrando-te de que o teu nome é um dia bonito.

Assim, falo sobre esperanças; deito-te no colo da noite; amanheço-te com os teus sonhos.

Anuncio as primaveras. Costuro o teu próprio amor para que o vistas e, traço o meu viver para tocar na tua vida.

Anuncio-te aos amanhãs, este espetáculo de cores novas em que será o mundo quando tu novamente tornar-te o poema, e estiveres outra vez a florescer.

Serei eu, então, amante e testemunha dos teus milagres.

Não corte carboidratos da sua dieta, corte gente chata da sua vida

Não corte carboidratos da sua dieta, corte gente chata da sua vida

Teimamos, muitas vezes, em procurar somente no espelho aquilo que nos incomoda e entristece. Da mesma forma, acabamos nos culpando exclusivamente pela infelicidade sentida diariamente. No entanto, apesar de sermos responsáveis pelo que nos acontece, nem tudo depende somente de nós mesmos, ou seja, temos que atentar também para o tipo de gente que caminha ao nosso lado.

Filmes, artigos, livros e palestras nos ensinam a olhar para dentro de nós mesmos, para que tomemos as rédeas do rumo de nossas vidas e nos conscientizemos de que muito do que nos ocorre é consequência de nossa forma de agir. Com isso, às vezes nos esquecemos de lembrar que o aquilo que está fora de nós também influencia a nossa caminhada, tendo poder, sim, sobre nossos humores.

É muito difícil levarmos a vida numa boa, ignorando o que à nossa volta é ruim e desagradável, como se fôssemos a única fonte de alegrias, como se aqui dentro houvesse uma força capaz de neutralizar o que acontece lá fora. Se o mundo carece de empatia, de solidariedade, de enxergar o próximo, imbuir-se de controle total sobre a própria vida, sem se importar com nosso entorno, soa, no mínimo, a egocentrismo.

Ficamos tão perdidos, que acabamos não sabendo mais onde procurar a felicidade, desviando-nos da essência que nos move, enquanto nos prendemos ao que aparentamos, à imagem física tão somente, uma vez que ela é mais palpável, está ali bem no nosso nariz. Assim, privamo-nos de prazeres frugais, para emagrecer e endurecer o corpo, sem perceber que cuidar do que está fora de nós também é essencial.

É preciso desintoxicar-se por dentro e por fora, cuidar do corpo – sem neuroses – e dos ambientes por onde transitamos, pois valorizar as coisas, os momentos e as pessoas certas nos tornará mais felizes e realizados. De nada adiantará malharmos por horas e comermos somente o que a dieta prescreve, caso saiamos da academia para uma vida superficial e rodeada de gente falsa e desagradável. Estaremos lindos por fora e em frangalhos por dentro.

Como tudo o mais nessa vida, é preciso equalizar as nossas atitudes e comportamentos, para que não exageremos além da conta no que somamos e no que restringimos. Quando priorizamos só o físico, quando ficamos muito indiferentes ao outro, quando transformamos comportamento em fixação, deixamos de lado muita coisa que poderia nos levar a sorrir mais e por mais tempo. Comer uma barra de chocolate vez ou outra não mata ninguém, mas dar importância a gente chata e insuportável nos distanciará cada vez mais da serenidade desejável em nossas vidas.

As 15 casas na árvore mais surpreendentes do mundo

Ter uma casa na árvore é um desejo utópico de muitas crianças. Durante a infância, é comum passar pela cabeça a ideia de se morar em uma casa dessas. A imaginação voa às alturas. Realmente, é algo divertido de se pensar.

Como as crianças, a maioria de nós já sonhou em ter uma casa na árvore como porto seguro: um lugar secreto onde poderíamos nos desligar do mundo e concretizar algumas fantasias.

Alguns designers e arquitetos foram, outrora, as mesmas crianças que sonharam em ter casas na árvore, como essas 15 em perspectiva. As estruturas magnificentes que criaram é prova da viabilidade de suas ideações.

Primeiro, esses profissionais testaram protótipos das casas, combinando diversas ideias e modelos. Em seguida, eles convocaram engenheiros, os quais desenharam todo o projeto no papel, planejaram o espaço útil e depois identificaram quais seriam os recursos necessários para a praticabilidade da construção. Os resultados finais foram absolutamente formidáveis.

As casas na árvore a seguir encantarão não só crianças, mas também adultos que já se imaginaram como moradores nesses espaços habitacionais.

A beleza estonteante dessas casas se compõe em meio à natureza que já é intrinsecamente bela.

Morar um tempo nesses lugares arbóreos é uma boa saída para as pessoas que se sentem cansadas e estressadas por causa da rotina incessante em grandes cidades, onde a vida em civilização testa os limites da paciência. Nem que seja para passar um curto período de tempo nessas casas na árvore, vale a pena a experiência.

Essas construções a seguir foram pensadas para servir a diferentes propósitos de convivência social: algumas são apenas moradias, enquanto outras servem como restaurantes e hotéis, por exemplo.

Curiosamente, muitas pessoas de alguns países não consideram casas na árvore como sendo exóticas, mas como parte de sua vida cotidiana.

Na Nova Guiné, por exemplo, as pessoas da tribo Korowai vivem em casas na árvore permanentemente. Essas casas têm uma funcionalidade prática para elas: ajudam a proteger seus alimentos e pertences de animais e inundações, ao manter tudo acima do nível do solo.

Para aqueles que procuram realizar um dos seus maiores sonhos de infância, ou apenas desejam relaxar por conta de uma vida atribulada, essas surpreendentes casas na árvore a seguir são uma boa referência.

1. Teahouse Tetsu, Japão

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2. Three Story Treehouse, Canadá

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3. Mirror Treehouse, Suécia

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4. The Bird’s Nest, Suécia

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5. Minister’s Treehouse, EUA

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6. Yellow Treehouse Restaurant, Nova Zelândia

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7. UFO Treehouse, Suécia

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8. Hapuku Lodge Treehouses, Nova Zelândia

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9. Nanshan Treehouse, China

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10. Ramshackle Treehouse, Costa Rica

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11. Free Spirit Sphere Treehouse, Canadá

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12. Eco-Friendly Treehouse, Dinamarca

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13. Hemloft Treehouse, Canadá

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14. Cypress Valley Canopy Treehouse, EUA

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15. Plane Treehouse, Costa Rica

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O que acontece quando nossas emoções ficam guardadas no corpo

O que acontece quando nossas emoções ficam guardadas no corpo

Por Anne Rammi

Artigo Original de Kate Bartolotta em The Good Men Project

Tradução Livre por Anne Rammi

***

Nunca é tarde demais para prestar atenção nas emoções não expressadas que arquivamos no corpo, que se manifestam através de dores, desconforto e tensões.

Quando olhamos para a linguagem que usamos para falar das nossas reações emocionais, normalmente existe uma sensação física associada a elas: um caroço na garganta, borboletas no estômago, falta de ar, o peso do mundo nos ombros. Isso não é mera coincidência. Essas reações viscerais são mensagens do nosso corpo.

Chamamos de “conexão entre mente e corpo”. Essas reações são associadas com o uso da mente – através de pensamentos positivos – para ajudar a melhorar o estado geral do corpo, sua imunidade e provocar sensação de bem estar. Embora usar a mente para atingir o corpo seja extremamente útil e preciso, não podemos ignorar que nosso corpo pode também ser uma forma de acessar e tratar nossas emoções mais escondidas.

A maioria de nós pode se lembrar de um tempo quando expressar uma emoção era desencorajado pelos adultos que nos cercavam. Pais ainda dizem para as crianças que “sejam valentes”, ou “engulam o choro”. Ou ainda diminuem suas sensações de dor com o clássico “não foi nada”. Nossos corpos simplesmente gravam aquilo que acontece com nossas emoções – mesmo que tenhamos sido convencidos intelectualmente a lidar com elas, ou a ignorá-las. O impacto físico e emocional de dores e sentimentos não expressados é algo que perdura. Fica marcado.

Abaixo há uma ilustração de padrões típicos de emoções guardadas no corpo, reconhecidas pelas entidades de trabalhos corporais. Cada pessoa desenvolve também seus padrões individuais, mas esses são alguns dos padrões mais comuns:

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Nossos corpos sabem das coisas que nossas mentes gostariam de se livrar. Das coisas que estão esquecidas em algum nível de consciência, estão sempre presentes concretamente no corpo. A boa notícia é que nunca é tarde para acessar esses assuntos, e que os resultados de um olhar para o corpo, podem afetar tanto o plano físico como o mental e emocional.

Alguns passos que você pode dar para liberar emoções mal resolvidas:

1) Encontre uma atividade física diária que você goste. Perceba, não se trata de “faça exercício”. Cuidar do corpo é importante, mas a intenção aqui é ser feliz, através do olhar para o corpo. Portanto tem que ser alguma atividade que amamos fazer. É interessante também que seja algo que acalme um pouco a mente. Muitas pessoas encontram na ioga, nas corridas e outras atividades do gênero esse componente meditativo. Pode ser simplesmente uma caminhada silenciosa de dez minutos, onde você pode prestar atenção na sua respiração e outras sensações corporais.

2) Receber algum trabalho corporal com frequencia. Massagens terapeuticas são uma das formas mais efetivas de se liberar emoções guardadas. Quando alguém trabalha nos nódulos do pescoço, onde guardamos estresse e raiva por tanto tempo, as emoções começam a vir à tona. É comum ver clientes chorando nas mesas dos massagistas. É importante somente lembrar que os profissionais de terapias corporais não são psicoterapeutas, portanto são tidos como agentes auxiliares para liberar as emoções e iniciar o processo de cura, individual de cada um, que pode necessitar em outro momento de ajuda de outros profissionais.

3) Fazer do toque parte integrante de nossos relacionamentos primários. Isso soa simples, óbvio até. Mas infelizmente podemos nos deixar levar pela cultura do “não-me-toque”. Menos e menos das nossas interações diárias envolvem o toque. Na medida que apoiamos nossas estratégias de comunicação nas mídias sociais e demais tecnologias, nossos relacionamentos tem menos contato corpo a corpo do que precisamos. Encoste nas pessoas, nos braços ou ombros, quando fala com elas. Cumprimente os amigos com um abraço. Vá jogar basquete com os amigos, ao invés de assistir na TV. Quando começarmos a compreender que não somos mentes presas dentro de um corpo, e sim mente e corpo atuando em perfeita harmonia, podemos começar a curar velhas feridas de uma forma mais profunda e duradora.

Anne Rammi

Artista Plástica de Formação, comunicadora por vocação, cantora nas horas vagas e mãe em tempo integral. É produtora de conteúdo e aprendiz de Eupreendedora na Rede Ubuntu.

E se, por princípios, eu não estiver deixando a vida acontecer?

E se, por princípios, eu não estiver deixando a vida acontecer?

Por princípios…

…não aceito isso ou aquilo, não me envolvo com certos temas, não opino em algumas discussões. Por princípios entendo que sou assim e dessa forma me sinto confortável.

Até que um dia os princípios me engessam, me paralisam a ponto de só conseguir balançar a cabeça, muito embora esteja gemendo para me expressar, defender meus argumentos, fazer diferença numa determinada questão. Mas, por princípios, não devo me contaminar.

É a hora em que a consciência se apresenta e me diz claramente que eu não sou um conjunto de princípios e comportamentos, que sou livre para escolher e atuar em qualquer tema que me provoque reação. A consciência manda os princípios se calarem, ou então, mudarem, crescerem, atuarem como meios.

As certezas que crescem com a gente também envelhecem, também precisam de atualizações e novas versões que suportem a vida atual. Se os princípios não se tornam flexíveis, tendem a enferrujar e literalmente estragar no canto das certezas tolas que acumulamos vida afora.

A consciência é sutil, muitas vezes tímida…

…mas ela nos diz claramente principalmente o que estamos deixando de fazer. E nesse momento, seguir seu conselho e arrebentar o cadeado de um princípio ultrapassado, é um enorme passo na direção do senso de justiça, que também nos presenteia o conforto de argumentos justos e fortes.

Certamente a intenção da consciência não é de se rebelar contra os princípios, mas sim de não aceitar o que não cabe mais, o que impede a clara visão das coisas, o que acovarda e trava a autonomia que todos devemos ter.

Princípios são o começo das certezas, as escolhas de regras que funcionaram em uma época. Se não forem reciclados, viram preconceitos, covardias, ofensas e humilhações. É importante que se tornem meios e eficientes para que possam se converter finalmente nos fins de uma vida livre e desimpedida de respostas prontas.

Leia mais artigos de Emília Freire aqui.

O amor não é uma gaiola

O amor não é uma gaiola

O tempo é um fenômeno que muitos tentam explicar e que poucos vivenciam de fato. Eu sei disso porque já fui um desses últimos. Me importei mais com a teoria do que com a prática, mais com falar sobre amor do que fazer, mais com a aparência e menos com a essência. Já calei quando devia falar e já falei quando devia ter ficado quieto. Mas nada disso importa agora. O que pega mesmo pra mim agora é o fato de nunca ter dito o quanto você foi importante pra mim.

Nunca é tarde demais para falar sobre aquilo que realmente importa. Acho que li isso em algum lugar, e desde então a saudade se tornou martelo e o meu peito bigorna. O que importa agora é dizer que valeu a pena cada suspiro e gemido debaixo dos cobertores em dias de chuva, cada gole de cerveja tomada em copo americano, cada piadinha infame que contávamos um para o outro.

Também valeu a pena cada momento em que desafiamos o mundo com nossos sonhos,que desafiamos o tempo com nossos abraços intermináveis contra a pressa furiosa do relógio que insistia em nos dizer que precisávamos ir a algum lugar.

Valeu a pena as noites mal dormidas por conta de conversas intermináveis sobre bandas, livros, filmes, estrelas e galáxias distantes; sobre a vida, sobre a morte, sobre aliens, sobre fantasmas assombrando o corredor e sobre coisas inúteis como saber quem ganharia uma luta entre Chuck Norris e Steven Seagal (inútil porque qualquer um, menos você, sabe que o Seagal é imbatível).

Eu sei que você ainda pensa em mim quando escuta musicas hipsters (tipo bandas da Cracóvia ou da Esbórnia – país que é ligado ao continente por um istmo), certa de que eu iria tirar sarro de você por isso. Em contrapartida, você também sabe que eu ainda penso em ti quando leio Victor hugo. Não vamos conseguir nos livrar um do outro assim tão facilmente.

Nós dois sabemos bem que a vida é cheia de idas e vindas, mas é importante que você saiba que a sua vinda fez toda a diferença pra mim e que eu sei que essa ida é apenas o prólogo de uma nova chegada sua na vida de outra pessoa – uma pessoa de sorte, com certeza. Não que eu não encare isso com certa melancolia e até com algum remorso, mas é que estar com você me ensinou que o amor não é uma gaiola, mas sim uma casa grande e arejada onde as portas e janelas estão sempre destrancadas.

Nós apenas mudamos de casa, levamos nossos livros, discos e canecas para outras estantes; conhecemos paisagens de outras janelas; nos acostumamos com as infiltrações de outras paredes; aprendemos os macetes de outras portas. Isso é natural e, onde quer que você more agora, eu só quero que saiba que desejo que seja confortável e aconchegante.

É, eu fui feliz. Na verdade, ainda sou. Porque nenhuma história termina antes de rolarem os créditos… e quer saber? Talvez toda história sobre amores como esse tenham um roteiro maior e mais complexo que toda a filmografia de Godard.

Marido ilustra a vida com sua esposa por 365 dias

Marido ilustra a vida com sua esposa por 365 dias

Em 2011, o fotógrafo e ilustrador americano Curtis Wiklund decidiu fazer 365 ilustrações (uma a cada dia) para registrar a rotina com sua esposa, Jordin, e homenagear o casamento entre eles.

Diariamente, Wiklund criou desenhos dele com sua esposa em circunstâncias diferentes, explorando, com detalhes, a convivência íntima do casal.

Essa série de desenhos é resultado de um amor conjugal poderoso.

A inspiração para Wiklund criar as ilustrações veio a partir da própria esposa, que trabalhava em um projeto pessoal chamado Photo 365, que consistia em um mural de 365 fotos com temáticas diferentes.

O americano não só emprestou a ideia de Jordin, como personalizou-a com desenhos representativos das experiências diárias que compartilhou com ela.

Esses desenhos melódicos retratam, em partes, a evolução do relacionamento de casado entre Wiklund e Jordin, desde quando se conheceram até viajarem juntos, participarem de datas comemorativas e experimentarem a chegada de um bebê.

Vários amigos e familiares do casal tiveram acesso às ilustrações, e puderam testemunhar a intimidade de alguns acontecimentos marcantes na vida dos dois.

Em seu site, Wiklund escreveu:

“Durante aquele ano de 2011, muitas pessoas disseram que nos conheceram melhor através dos desenhos, pois puderam dar uma espiada em nossa vida pessoal.”

Tais ilustrações mostram que é possível, sim, encontrar amor diariamente nas coisas mais singelas possíveis.

Alguns desenhos ilustram situações simplistas, mas não menos importantes. Cada figura representa uma parte da jornada que é o casamento entre Wiklund e Jordin.

Sem dúvida, toda mulher gosta que o companheiro lembre dos momentos especiais que passaram juntos, pois essa é uma forma legítima de valorizar as memórias que ajudam a construir uma história de amor.

É comum casais comemorarem marcos históricos de seu relacionamento, fazendo homenagens especiais para celebrar o sucesso de uma empreitada. Wiklund encontrou uma forma criativa de fazer isso, ao usar a arte para eternizar o primeiro ano de seu casamento aparentemente próspero.

As ilustrações de Wiklund não são obras complexas, e mais parecem esboços do que arte final. Mas não importa a qualidade ou estética dos desenhos, e sim seu conteúdo significativamente emocional.

As imagens revelam situações corriqueiras do dia a dia de Wiklund e Jordin. Quer se trate de escovar os dentes, obter resultados de gravidez positivos, preparar o jantar, escalar montanhas ao pôr do sol, pintar paredes ou caminhar pelo parque, as ilustrações tornam memoráveis alguns momentos diversificados de casado.

Veja a seguir algumas das ilustrações:

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Pesquisa científica aponta: cuidar dos netos ajuda a prevenir a demência

Pesquisa científica aponta: cuidar dos netos ajuda a prevenir a demência

As avós e os avôs desempenham um papel fundamental no núcleo familiar,afinal, graças à sua dedicação e cuidados, dão grande apoio para as crianças e os pais. Desde sempre sabe-se que existe uma estreita relação entre os netos e os avós, especialmente quando ambos compartilham momentos incríveis durante a ausência dos pais.

Essa conexão que existe entre ambos é mais forte do que muitas pessoas imaginam, já que, além de gerar uma sensação de bem-estar, também proporciona certos benefícios à saúde de quem está envelhecendo.

Uma pesquisa recente publicada na revista da Sociedade Norte Americana da Menopausa pôde confirmar que cuidar dos netos pode ajudar a prevenir a deterioração cognitiva e doenças crônicas como o Alzheimer ou a demência senil.

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Sobre o estudo que descobriu os benefícios de cuidar dos netos

O especialista em Alzheimer e demência senil Jonathan LaPook, responsável pelo estudo, determinou que as avós recebem um importante benefício com o fato de cuidarem de seus netos, já que assim mantêm sua agilidade mental.

Para chegar a esta conclusão foram registrados dados de 186 mulheres australianas, com idades entre 57 e 68 anos, com as quais foram feitos diferentes testes de agilidade mental. Elas foram questionadas se seus filhos haviam exigido muito delas no último ano.

Das mulheres avaliadas, 120 asseguraram passar pelo menos um dia cuidando de seus netos, e foram exatamente estas as que se saíram melhor em dois dos três testes.

Esta atividade causa certa exigência física e emocional que influencia de forma positiva diferentes processos mentais, assim como várias funções do organismo que requerem uma maior atividade física.

Contudo, para que os benefícios sejam ótimos, cuidar dos netos deve ser uma atividade moderada, já que, em excesso, pode ter um efeito contrário pelo desgaste físico e o estresse que implica.

De acordo com a pesquisa, as pessoas que alegaram cuidar das crianças por cinco ou mais dias por semana tiveram resultados piores nos testes desenvolvidos para avaliar a memória e a velocidade do processo mental de trabalho.

Ainda que esse resultado não fosse esperado, foi possível determinar que quanto mais tempo as avós passavam cuidando dos netos, mais sentiam a exigência de seus filhos recair sobre eles. Portanto, as pesquisas concluíram que o humor desempenha um papel relevante nos benefícios deste hábito.

Ainda que, graças a pesquisas passadas, fosse possível examinar a relação entre a agilidade mental e as atividades sociais, esta foi a primeira vez que se concentraram nos possíveis benefícios para as mulheres adultas na pós-menopausa.

Segundo o Dr. Gass, diretor executivo da Sociedade Norte Americana da Menopausa:

“Ser avó é uma função social muito importante e comum para as mulheres após a menopausa, e por isso torna-se necessário conhecer seus efeitos sobre a saúde futura. “

O papel dos avós na vida das crianças

Para os avós, seus netos são uma fonte de satisfação porque, com exceção de casos extraordinários, não existe mais nenhuma obrigação que se tem com um filho, e só é necessário se preocupar em dar carinho e talvez alguns ensinamentos de vida.

As crianças recebem amor, diversão e uma companhia que talvez ninguém mais proporciona. Enquanto os avós conseguem relaxar se entretendo com brincadeiras e conquistas dos pequenos, esses encontram alguém que lhes passa confiança e companhia.

Contudo, tal atividade deve ter certo limite e não deve se tornar um motivo de responsabilidade para os idosos, já que, de certa forma, o excesso causa uma sensação de estresse que pode desencadear problemas de saúde a médio e longo prazo.

Existem avós e avôs comprometidos com a criação de seus netos porque desejam que seus filhos sigam adiante e cumpram com suas atividades. Porém, tanto eles quanto seus filhos devem ser conscientes da necessidade de dedicar tempo a outras atividades que gerem prazer na etapa da velhice, e que têm um papel relevante tanto na saúde física como na emocional.

E você se achando muito para mim…

E você se achando muito para mim…

E eu achando que você pouco se enxerga, nada se situa e ainda menos sabe sobre a falta que não faz.

E você que me esnoba, faz todo o esforço que pode para nos classificar em andares diferentes na pirâmide, que mostra desconforto ao se misturar, que jura para os quatro ventos que antigamente não era assim, que as pessoas conheciam os seus lugares… Você realmente se acha muito para mim. Sim, muito antiquado, muito classista, muito besta, muito realeza. Você realmente é muito para mim. Muito dispensável.

E você então, que até sente algum afeto, que me concede a honra de sua amizade, mas que só me vê quando sobra tempo, ou quando posso ser útil, ou mais, quando precisa fazer quórum nas suas imperdíveis festas e reuniões. Você se acha muito para mim. E é, muito patético.

Você, meu antigo quase ex futuro amor. Eu quis, você não quis, mas não entristeço porque você não quis. Me dá um nó no estômago de concluir que você se achou muito para mim. Poderia até ser, mas o que é um muito quando vira um nada? Sorte para você! Vá ser muito por aí.

E para você que acorda e se acha muito para os mortais que vai encontrar pelo dia e pela vida, uma dica preciosa que vale ser considerada: Quem é você na fila do pão? Pense nisso, reflita, você é muito para seu espelho, seu ego, sua vaidade e pretensa casta. Mas, naquela hora difícil que você precisa de um suporte, um abraço, uma plateia, uma paquera para aumentar a auto- estima, e até uns trocados até o final do mês, invoque a pouca gentileza que tem e realize que quem está do outro lado não é mais o seu fiel espelho, mas sim outra pessoa, que embora e felizmente não se ache muito para ninguém, está satisfeita e convive feliz com o valor que conquistou.

E você, se achando muito para mim.

Faça uma coisa boa para os outros. Vá cuidar da sua vida primeiro!

Faça uma coisa boa para os outros. Vá cuidar da sua vida primeiro!

Isso mesmo. Cuidar, tomar conta, arcar com as consequências, fazer acontecer. Encarregar-se. É disso que o mundo precisa: gente capaz de se responsabilizar por si mesma, de bancar a própria conta, assumir a própria vida em vez de abraçar o que não pode e atrapalhar mais do que acudir.

A amiga me perdoe, o amigo me desculpe, mas tem gente demais achando que vai dar jeito nas questões políticas, no problema ecológico, na camada de ozônio, na violência urbana e em toda aflição do nosso tempo sem antes resolver suas pelejas pessoais.

Não é egoísmo. Não é, não. É o mínimo de senso prático. Quem não dá jeito na própria vida não pode ajeitar a dos outros. Faz mal! Uma existência bagunçada não pode organizar nenhuma outra. Primeiro a gente arruma a nossa casa. Conserta os vazamentos, troca as lâmpadas queimadas, esfrega o chão encardido, descongela a geladeira, manda fora o que já não vale, lava, enxuga e guarda a louça, depois recebe quem quiser e puder.

Uma coisa é contribuir com a campanha do agasalho, doar o que lhe sobra, assinar uma rifa aqui e ali, fazer o que pode dessas coisas boas que deixam o dia e a consciência mais leves. Outra bem diferente é ignorar as próprias mazelas, fingir que elas não existem e embarcar na ilusão ou na mentira de que podemos esquecer nosso quintal e dar jeito no mundo. Tá aí um enorme e escandaloso equívoco.

Não é possível deixar nosso problema trancado em casa e correr para a rua decididos a resolver o aperto alheio. Nossos impasses não ficam em casa. Eles fogem e nos perseguem. Arrombam a porta, escapam pelos vãos, passam por debaixo do portão e vêm junto. No fim, de algum jeito levamos para o outro mais um inconveniente. O nosso.

Protelados, nossos abacaxis florescem em hortas infinitas dentro de nós. Multiplicam-se em pomares robustos, brigando por pedaços de terra com caquis que amarram na boca e limões azedos, rodeados por cercas enormes, tomadas de pepinos e abobrinhas de todas as classes. Não se pode lhes dar as costas, não se deve oferecê-los às visitas nem muito menos passá-los adiante para que os outros os descasquem por nós ou, quem sabe, nos ajudem a esquecê-los até que eles apodreçam ou explodam na próxima hecatombe.

É preciso cuidar da terra, machucar as mãos na enxada, carpir o mato, podar os galhos, mandar os abacaxis, caquis, limões, pepinos, abobrinhas e afins a destino certo. Antes de tratar do outro é melhor dar um jeito em nossas próprias questões.

No mau sentido, cuidar da vida alheia é um péssimo hábito. Perseguir os passos do outro, julgar, desdenhar, invejar suas conquistas sempre serão gestos horríveis. Já no bom sentido, cuidar do outro carece primeiro estar em condições de fazê-lo.

Quem não sabe nadar não pode pular na água e socorrer alguém que se afoga. É melhor correr e chamar um salva-vidas. Desprezar essa regra nunca vai dar em boa coisa, mesmo com toda a boa intenção do mundo. Porque você sabe: de boa intenção o inferno sempre foi cheio.

Não se faça em pedaços para manter os outros completos

Não se faça em pedaços para manter os outros completos

Por Raquel Brito

Frequentemente nos quebramos em pedaços para manter outras pessoas completas, para não abrir feridas ou não deixar que doam nelas aquelas feridas que já têm. Fazemos isso sem nos darmos conta ou, ao menos, sem darmos importância a isso.

Quando nos acostumamos a dar sem receber acabamos sentindo que dedicar-nos a nós mesmos é algo egoísta, mas nada mais longe da verdade. A troca é essencial em toda relação e toda pessoa precisa dela sendo um ser emocional.

Amar a nós mesmos é algo que devemos cultivar todos os dias para nos manter completos. Porque quando estamos despedaçados uma consequência direta é o sofrimento, e esta não deixa darmos o melhor de nós mesmos.

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Quando ficamos em pedaços?

– Ficamos em pedaços quando deixamos de cuidar de nós.
– Ficamos em pedaços quando evitamos fazer aquilo que gostamos.
– Nos despedaçamos quando deixamos de cultivar nossa felicidade ou quando postergamos nossos interesses.
– Nos partimos em pedaços quando não nos escutamos nem nos prestamos ajuda.
– Nos partimos em pedaços quando priorizamos as necessidades dos outros e não prestamos atenção às nossas.
-Quando queremos ser perfeitos e deixamos de ser nós mesmos.
-Quando tentamos agradar e maquiar nossa realidade ou nossa opinião.

-Quando nos esquecemos do que precisamos e nos obrigamos a passar na frente de nossas necessidades os desejos dos outros.
-Quando transformamos o sacrifício em obrigação.
-Quando achamos que somos pessoas ruins porque nos afastamos de um ambiente que nos faz mal para respirar aliviados.
-Quando cedemos a chantagens emocionais e favores que impedem nosso próprio crescimento.
-Quando sacrificamos nosso bem-estar e nos deixamos levar pela inércia de quem nos acompanha mas nos atrasa, deixando de lado o que nos agrada para fazer com que os outros se sintam bem.
É complicado sim, por isso devemos optar pelo equilíbrio entre as paixões, o cuidado e a dedicação a si mesmo e ao outro. Se assim fizermos, viveremos deliciosamente contemplando nossa essência plena, sem exceções ou poréns.

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Às vezes devemos esquecer o que sentimos para lembrar o que merecemos

Quando não temos reciprocidade estamos sendo agressivos com o princípio do equilíbrio, que devemos manter sempre para termos sucesso em nos mantermos completos e não nos despedaçarmos.

Devemos lembrar que as relações afetivas não são uma mera interação, mas exigem uma troca equilibrada e satisfatória que faça sentido quando colocada na nossa balança social e afetiva.

Ou seja, não podemos fazer de nossas relações apenas oportunidades de “dar”, mas também devemos procurar que haja um equilíbrio com o “receber”. Isso não é egoísta nem mesquinho, mas sim enriquecedor.

Quem dá tudo em primeiro pessoa, quem se oferece inteiramente aos outros, não recebe nada em troca e não trabalha em si mesmo, termina sentindo-se vazio e machucado. Não podemos deixar de lado nossa autoestima para procurar a felicidade alheia, pois acabamos sendo vítimas da nossa própria atitude.

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Só jogando com o interesse pessoal e o alheio podemos cultivar nosso próprio desenvolvimento sem deixar de lado o outro. Ou seja, mantendo a balança equilibrada, numa linha reta e perfeita.

Dar e receber são partes de um todo. Quando alcançado, esse todo nos faz sentir capazes de amar e merecedores de amor e reconhecimento. Baseando-se nisso devemos ser capazes de:

  • Manter nossos direitos: pode ser que em algum momento haja algo que não nos fará bem ou que simplesmente não nos agradará fazer. Nesse momento devemos fazer valer nosso direito de manter nosso próprio espaço.
  • Cultivar nossos interesses e passatempos: esta é a base para a satisfação, para a felicidade e para o crescimento pessoal. É importante que não deixemos de nos cuidar e de dar alimento aos nossos desejos.

Lembre-se de que as grandes mudanças sempre vêm acompanhadas de algumas dificuldades. Ainda que a mudança doa e seja incômoda, a melhora gradual lhe mostrará que longe de ser um fim, é a oportunidade do início de um grande momento emocional.

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