A culpa não é de ninguém

A culpa não é de ninguém

De quem é a culpa pelos fatos desagradáveis que acontecem na sua vida? E pelas pessoas, talvez não tão legais, que surgem na sua jornada? Talvez você mesmo esteja “pedindo” algumas coisas contrárias ao seu interesse?

Há questionamentos que simplesmente não fazem sentido, e compreender isso pode trazer um grande alívio…

Você está frustrado porque o seu trabalho não é nada realizador.
Você está triste porque seus familiares não possuem muitas das qualidades que você aprecia, por mais que você se esforce.
Você está desanimado, ao mesmo tempo, por não conseguir brincar com seus filhos como gostaria, afinal, está sempre na correria.
Você está angustiado por não conseguir alimentar seu relacionamento como o fazia no passado, o cansaço lhe impede de dar (e receber) a atenção devida ao seu parceiro.

Você está aflito por não conseguir atingir muitas das metas de final de ano traçadas, e isso já vem se repetindo há alguns anos.
Você está frustrado por não fazer – por vários motivos – todos os cursos/estudos/atualizações que gostaria.
Você está chateado por fazer muito tempo que não encontra pessoalmente seus amigos de verdade, pra comer uma besteira, tomar um drink e jogar conversa fora.

E, muitas vezes, você para para pensar e se sente um miserável por essas estagnações todas.
E, então, fica ansioso. Deprimido. Confuso. Perdido.
Não sabe nem por onde começar a “ajeitar” as coisas.
E, vez ou outra, acaba culpando os outros pelas situações: os filhos por não serem perfeitos, o companheiro por não ser dedicado, os amigos por serem desinteressados, o chefe pelo trabalho ser maçante…

Mas daí percebe que, culpar os outros (silenciosa ou declaradamente), apenas piora as coisas, o clima começa a ficar pesado, você se arrepende por pensar assim, e nada, de fato, acaba mudando…

Então, passa a culpar a si mesmo: “oh pessoa sem vontade, que não tem jeito, acaba sempre cometendo os mesmos erros, não aprende com eles, não se esforça, está esperando acontecer o que para mudar?!”
Nesse ponto, as emoções, que já estavam fragilizadas, ficam caóticas! Você contra você mesmo, tem cabimento?!

A imunidade cai, o cansaço aumenta, o coração fica triste, a mente fica a mil e a ansiedade toma conta!
Aí se sofre, se sofre e se sofre, até se tentar sair do buraco…
Então se procura um médico, um curandeiro, ou qualquer coisa do gênero…
E a ajuda vinda pode até amenizar a dor por um tempo, mas, cedo ou tarde, ela volta!

E o círculo vicioso começa outra vez!
Por quê? Porque não se exterminou o problema na fonte. Ele continuou ali, latente. E ficará para sempre se você não tomar uma providência efetiva…
E como se faz?
É preciso organizar as emoções. É preciso se autoconhecer. Se investigar. Se estudar e se compreender. Enxergar as suas sombras, para poder afastá-las.

Entender que a culpa, definitivamente, não é de ninguém!
Os outros podem, sim, acionar gatilhos em você. Mas só vai ressoar em seu íntimo o que tiver que ser trabalhado. Se você precisar desenvolver a paciência, o amor incondicional, a serenidade ou a compreensão, as pessoas e as situações da vida lhe darão as oportunidades…

E é fundamental se dar conta de que, evidentemente, você não é perfeito e não vai conseguir ser, por mais que se esforce. Nem deve ser essa a pretensão!
A missão de cada um, ao fim e ao cabo, é evoluir, mas não virar um “deus”.

Então, você tem defeitos, vai falhar e vai, eventualmente, machucar os outros também, mas precisa se compreender, se acalentar e “se gostar”, apesar de tudo.
E não se culpar, se martirizar, se “auto-humilhar”.
Nem fazer isso com ninguém. Entender que os outros, tal como você, também estão envoltos nos seus conflitos e nas suas emoções e, muitas vezes, fazendo o melhor que conseguem no momento, com o entendimento que possuem.

Somos todos aprendizes. Uns auxiliando os outros, ainda que de forma inconsciente. Estamos todos andando na mesma direção, em busca do mesmo objetivo, uns mais à frente e uns mais atrás de um mesmo caminho.

Mas é preciso ter em mente que, a sua primeira missão, é consigo mesmo. Se centrar, se cuidar e procurar a sua luz.
Sem culpar a si, sem culpar as outras pessoas, a Deus, ao acaso, ao tempo, às circunstâncias ou seja lá o que for pelo que surgir em sua jornada.

Aceitar o que vier, enfrentar dando o melhor de si e procurar aprender a lição que cada fato e pessoa lhe oferecer.
A vida fica bem mais leve sem precisar se apontar o dedo a quem quer que seja (principalmente a si mesmo)…

Aproxime-se dos seus filhos, não se distancie

Aproxime-se dos seus filhos, não se distancie

Por Raquel Etérea

Com o estilo de vida que levamos, cada vez nos encontramos mais ocupados e sem tempo para nos dedicar a nós mesmos e às pessoas que mais amamos. Nesse contexto encontram-se nossos filhos, os principais afetados que veem como seus pais vão se distanciando cada vez mais deles.

Quando pensamos em ter filhos, analisar se vamos poder fornecer a eles uma estabilidade econômica e encontrar uma resposta afirmativa é importante na hora de dar esse grande passo. Mas nos esquecemos de que antes da estabilidade econômica temos que analisar se podemos e estamos dispostos a compartilhar tempo de qualidade com eles. Podemos dar um quarto impressionante com muitos e muitos brinquedos, cheios de livros com ilustrações fantásticas, mas se não há com quem brincar ou quem leia para eles, não fará diferença.

Um filho dá um monte de alegrias mas também nos traz muitos desafios. Perguntas e mais perguntas, para as quais por vezes não temos resposta, mas que de alguma maneira temos que responder. Para isso temos que ouvi-los, conhecê-los e transmitir para eles nosso carinho, fazê-los entender que podem contar conosco. Isso pode se dar já com seus avós, com seus irmãos, seus tios, sua babá se houver. Mas o mais importante é o reconhecimento dos pais.

Ter filhos não nos torna pais automaticamente, assim como ter um piano não nos torna pianistas.

 

Falta de tempo ou falta de interesse?

É normal que o tempo com os filhos diminua quando nos encontramos diante de um projeto importante ou com muita carga de trabalho. O problema é que quando temos um tempo livre para aproveitarmos, na realidade acabamos indo para longe do aproveitamento e o jogamos na lata do lixo.

Esse é um problema bastante comum. Acreditamos que nunca temos tempo, quando realmente deveríamos ver como podemos ser mais produtivos e aproveitar ao máximo as horas que temos para nós mesmos.

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Bom, é certo que, como pais, nosso trabalho também se encontra dentro de casa: arrumar as roupas, prepara a comida, dar banho e ajudar os filhos… Tudo isso nos ocupa tempo, mas nos sentimos sempre esgotados e o que queremos é descansar.

No entanto, nossos filhos merecem atenção e devemos fazer um esforço para dar a eles algum pedaço desse tempo que algumas vezes temos para gastar com o que quisermos. É complicado, pois acreditamos sempre que não temos tempo nenhum. Mas se pensarmos bem, às vezes é mais um ‘não querer’ do que um ‘não poder’.

Lembre-se sempre de que o melhor presente dos pais para seus filhos é algo chamado tempo.

A síndrome dos pais ausentes nos filhos

Talvez pensemos que tudo o que falamos até então não seja tão grave assim, ou é isso que queremos acreditar. A verdade é que podemos estar provocando em nossos filhos uma síndrome chamada síndrome do pai ausente, em que ainda que o pai esteja presente, encontra-se inacessível emocionalmente.

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Só nossa presença não basta para nossos filhos. Devemos estar ali para eles, falar, compreendê-los, compartilhar coisas, sonhar juntos. É muito importante ter isso em mente se não queremos que nossos filhos comecem a desenvolver condutas que não nos agradam, como essas a seguir:

  • Problemas para respeitar as regras ou a autoridade em todos os âmbitos.
  • Incapacidade para fazer um trabalho até o fim.
    Indisciplina e falta de iniciativa.
  • Condutas abusivas com os companheiros.
  • Falta de sinceridade.

Ainda que não acreditemos, todos esses problemas que tentamos resolver por meio de gritos ou castigo têm uma só origem: nós mesmos. Estamos fazendo as coisas de uma forma muito ruim, e não nos damos conta. Não devemos ser pais ausentes, devemos ser pais presentes.

Não se mate trabalhando para dar tudo do bom e do melhor para o seu filho. Quando eles crescerem não se lembrarão dos presentes e dos brinquedos, mas sim dos momentos que passaram com você.

O desenvolvimento cerebral pode ser afetado

Os problemas anteriormente descritos já são graves e difíceis de resolver, mas você sabia que o desenvolvimento cerebral de nossos filhos pode ser gravemente afetado por nosso comportamento distante? Isso não é uma afirmação aleatória, é o resultado de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Sichuan.

Nesse estudo chegou-se à conclusão de que as crianças que passam muito tempo sem seus pais, sem manter um contato verdadeiro e próximo com eles, sem estabelecer um vínculo emocional, sem passar tempo juntos de verdade, manifestam um atraso no desenvolvimento cerebral.

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O cérebro permanece imaturo. As áreas relacionadas com as emoções não se desenvolvem do jeito devido e, por isso, há uma resposta deficiente em relação a esses estímulos aos quais as crianças não foram expostas.

Mas podemos pensar que isso só tem a ver com as emoções, quando realmente tem a ver com muito mais. O estudo também descobriu que ter pais ausentes pode provocar graves problemas de aprendizagem, assim como um quociente intelectual muito menor.

“Dê a mão ao seu filho cada vez que tiver a oportunidade. Chegará ao momento em que nunca deixará de fazê-lo”
-H. Jackson Brown-

Em algumas ocasiões, não há nenhuma diferença entre um pai que passa tempo com seus filhos e aquele que quase nunca os vê. O importante é saber se aproximar deles, compartilhar coisas, falar e prestar atenção. O problema dos adultos é que consideramos que nossas preocupações são mais importantes quando, na realidade, não há nada mais importante que estar ali para nossos filhos.

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Não são só os problemas que, como vimos, podem surgir da distância, mas também o valioso tempo que estamos perdendo e a irresponsabilidade que é não estar lá para ensinar aos nossos filhos como dar seus primeiros passos nesse mundo. Pensemos um momento em quando éramos pequenos, não precisávamos de pais presentes?

Santa ironia. Os retiros espirituais tão cheios e os espíritos tão vazios.

Santa ironia. Os retiros espirituais tão cheios e os espíritos tão vazios.

Eu acho bonito, quando chega essa época do ano, ver tanta gente nos retiros espirituais. São pessoas de todo canto, de toda crença, de todo jeito, retirando o espírito para longe dessa loucura que, quase sempre, elas mesmas ajudaram a criar. Eu acho bonito.

Deus queira que essa gente toda não seja daquela espécie que passa o ano inteiro destilando veneno, magoando, pisando, gritando, batendo, e em dezembro fica uns dias no meio do mato ouvindo as cigarras, bebendo água da moringa, comendo fruta no pé, fazendo silêncio, dormindo, caminhando descalça, vivendo no céu mas depois, com o espírito renovado, volta a fazer da vida dos outros um inferno.

Você não me leve a mal, mas de que adianta encher os retiros espirituais nessa época e seguir vazio de espírito o ano inteiro? Sei não. Eu só acho que retiro espiritual não funciona se a gente não põe o espírito para trabalhar.

Retirar o time de campo nessas horas é fácil. Duro é voltar e contribuir. Trabalhar firme, colaborar, pôr em prática o que se aprende na teoria do isolamento. Afinal, por que raio alguém faz um retiro espiritual senão para aprender com o silêncio, ouvir a sua voz interior longe do burburinho e tentar dar jeito nas coisas?

Acontece que, do jeito como tudo anda, tem gente cuja voz interior não grita outra coisa além de “volte lá e acabe com todos eles”. É triste, mas verdadeiro.

Não há retiro espiritual que dê jeito em espírito de porco. Não sozinho. Esse buraco fica mais embaixo e bem mais longe que o retiro mais afastado.

Mas a gente não pode perder a esperança. Tomara que esse ano os retiros se encham de gente e os espíritos se completem de humanidade. Talvez seja esse o espírito da coisa.

O que tem que ser vem com muita força

O que tem que ser vem com muita força

Nunca poderemos aguardar que aquilo que queremos chegue até nós de mãos beijadas, como se existissem pessoas, empregos e oportunidades nos procurando, prontos para bater à nossa porta. Há, sim, muitas coisas e pessoas feitas na medida exata da gente e que caberão perfeitamente em nossas vidas. No entanto, elas aguardam por nós, por nossa procura, por nossas ações, por nossa busca.

Muito do que conseguimos já nos parece destinado, como se nascêssemos para aquilo tudo, como se, mesmo que nada fizéssemos, teríamos direito a certas coisas que nos acontecem e a determinados encontros com as pessoas certas. As oportunidades e as pessoas que são perfeitas para nós existem, sim, porém, se não fizermos a nossa parte, permaneceremos longe de tudo o que nos cabe, porque tudo requer disposição e vontade.

Ouvimos sempre que o que tiver de ser será, o que não significa que o será, mesmo que fiquemos olhando pela janela sossegadamente sentados em nossa poltrona, aguardando o que estiver por vir. Na verdade, muito do que há por aí parece ser já nosso, como o emprego em que nos sentimos bem, o amigo com o qual podemos ser transparentes, a pessoa que acelera nosso coração e aninha a nossa alma. E tudo o que se encaixa na gente tem muita força, sim, pois nos atrai e por nós se atrai.

Mesmo assim, é preciso que estejamos sempre em busca do que queremos, com o coração leve e isento de maldade, firmes no propósito de conseguirmos alcançar o que desejamos e de conquistar quem nos faz bem, mantendo nossos princípios éticos, sem pisar ninguém nesse percurso. Quando vivemos ativamente, de bem com a vida, desejando o bem, sendo íntegros e verdadeiros, iremos ao encontro de tudo o que é nosso e de todos que nos amam com certeza, com transparência. Iremos, mesmo que nos firam, mesmo que nos traiam, mesmo que tentem nos derrubar, nos roubar, nos destruir.

Enfim, tudo aquilo que é nosso e todas as pessoas que parecem aguardar o nosso acolhimento farão parte de nossas vidas, permanecerão em nossa jornada, caso nos guiemos por convicções éticas e pela pureza do amor verdadeiro. E não haverá torcida contrária capaz de mudar o curso do destino que nos foi preparado, caso nos comportemos como roteiristas e protagonistas de nossa jornada, sem esperar sentado.

Quem nunca teve medo não sabe o que é ter coragem

Quem nunca teve medo não sabe o que é ter coragem

É preciso muita coragem para admitir que se está com medo. É preciso muita bravura para reconhecer que estamos assustados e passar desse ponto, ao ponto de respirar fundo e voltar à tona, depois dos inúmeros caldos que vivemos a levar das ondas da vida.

Quem já se sentiu ameaçado sabe que, muitas vezes, acabamos por agir de formas absolutamente inesperadas. Reagimos. E reagir significa apresentar uma alteração física, psíquica ou comportamental diante de um estímulo.

Reagir é mais próximo dos nossos instintos animais do que da nossa capacidade de pensar. A mais equilibrada das pessoas pode revelar-se furiosa diante de uma afronta; assim como, a mais reativa das pessoas pode perder a voz e até os movimentos diante de uma agressão sofrida.

Depende. Tudo depende, da nossa disposição, situação ou disponibilidade de recursos naquele momento.

Não somos seres definidos, como as abelhas ou as formigas que, independente das intempéries ou dos infortúnios, seguem obstinadas no cumprimento de suas missões.

Acima das abelhas, há a colmeia; acima das formigas, há o formigueiro. Essas nossas companheiras de jornada no planeta são seres coletivos. Nós, não. O individualismo nos rege e delineia nossa personalidade.

Vez em quando, ousamos sair da casca e olhar em volta sem que haja nenhum interesse próprio envolvido. Mas isso é raro. Muito raro.

O que nos falta em generosidade, amor gratuito e empatia, nos sobra em facilidade para dar notas de zero a dez às formas como cada um encontra de lidar com suas mazelas.

A dor do outro, essa incompreendida, é um absoluto mistério para nós. Ficamos abismados com as aparentes coragens alheias, porque simplesmente nos falta entendimento, ou disposição para entender que o medo é um atributo tão universal, quanto democrático.

Num mundo rico em desigualdades, se há algo que nos assemelha é o nosso despreparo para lidar com as coisas que dão errado, com as negações, as frustrações, os não-perdões. No entanto, a inconteste verdade é que, diante do perigo somos todos humanos.

Carta para te lembrar que você não está só

Carta para te lembrar que você não está só

Ontem eu te vi e você era luz. Você me estendeu a mão e eu guardei seu riso na memória e é dele que me lembro quando penso em você.

Hoje eu te vi e você ainda é luz, mas teus olhos tristes me contaram que você se esqueceu disso.

Você começou a esconder seu sorriso bonito com as mãos e, encobrindo sua alegria, o riso virou choro. Então te falaram que as asas nas suas costas eram um peso e você acreditou.

Veja bem, eu estou aqui para te lembrar que esse peso que te legaram, não é um fardo, mas sim uma benção, em forma de asas bem pouco usadas. Que você é maior que tudo.

Não se esqueça daqueles dias risonhos cheios de planos e sonhos felizes. Eles não acabaram.

Lembra. Você não é o seu dia que deu errado. Você não é um problema. Você não é a má fase pela qual está passando. Você não é um relacionamento rompido, o resultado do vestibular, o status do teu cargo ou a empresa para qual trabalha. Você não é sua doença ou sua dificuldade.

Você é muito mais que isso e a vida tem uma maneira interessante de indicar novos caminhos ou lembrar que podemos simplesmente retornar. Acredite na sua força e não desanime, mesmo que seus pés estejam cansados e seus olhos embaçados pelo choro.

Deixa de lado tudo que te levou para longe de você e volta. Larga essa terra de Oz, e vem pra realidade. Lembra. O Mágico de Oz bem pouco podia, no fim das contas foi a própria Dorothy que venceu todas as dificuldades e voltou para a verdade. Volte para a sua verdade. Aquela que disseram que você devia colocar de lado.

Consola teu coração. Consola tua alma e ora baixinho. Os anjos te escutarão.

Não diga que está tudo bem quando as coisas não estiverem bem. Seja sincero consigo e com os outros. Afasta do seu caminho aqueles que te trouxeram tanta dor. Vai para perto de quem te ama. Inventa um novo jeito de ver as coisas. Encontra a felicidade que existe aí dentro. É só procurar.

Ouça o teu coração. O coração não mente.

Permita-se tocar pela poesia da vida. Observa como é bonito o vento que tira as flores para dançar. Escuta a sinfonia do universo que diz: você não está só.

Você não está só. Hoje quem te estende a mão sou eu.

Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

Você vai se decepcionar e amar de novo, não desista

Você vai se decepcionar e amar de novo, não desista

Para os descaminhos do amor, a pior frase que podemos assumir é a clássica “não quero me machucar de novo”. Desculpe, mas você vai. Mas também irá amar quantas vezes forem necessárias. Porque não adianta acreditar em um único amar. Somos somas de todos os relacionamentos bons e terminais que tivemos.

Esperamos que tudo flua conforme os nossos planos, mas para recolher afeto é preciso autoconhecimento. Aceitar dores, decepções e outros finais infelizes é o que nos permite a coragem de vivenciar inícios felizes. Isso de não se machucar mais é uma fábula. Trata-se de quem desistiu de olhar pra si e quer colocar na conta do coração que partiu. Para mais amor, você também precisa de mais calma. Saborear e deixar a tristeza permanecer por um tempo. E depois, com versos e abraços, buscar a própria construção da serenidade partilhada por dois amores.

O argumento mais comum entre os doloridos é o do cansaço emocional. Eu sei, cansa determinar e estabelecer limites dentro de nós. Ainda mais quando, dispersos, atingimos a condição de vítimas amorosas. Mas elas não existem, assim como os vilões. Perceber cedo que desencontros acontecem ajuda e permite a configuração de novos voos.

O amor não foi feito para ficar escondido. Não é um sentimento para os petrificados de medos. Amar é disposição de lançar-se ao desconhecido sem saber de uma possível recompensa. Você vai se decepcionar e amar de novo, não desista. Encontros para os que acreditam em sorrir mais uma vez.

Este teste rápido vai determinar qual sua idade psicológica

Este teste rápido vai determinar qual sua idade psicológica

Você apenas começou a viver, mas já se sente uma pessoa experiente e difícil de se surpreender com alguma coisa. Ou já tem uma idade considerável, mas ainda sente toda a alegria da adolescência. Você gostaria de saber quantos anos tem de verdade? Este teste vai ajudar a encontrar a resposta.

Lembrem-se que este teste é uma brincadeira, então não o levem tão a sério.

O verdadeiro charme das pessoas: seus traços de loucura

O verdadeiro charme das pessoas: seus traços de loucura

Deleuze disse certa feita que “O verdadeiro charme das pessoas reside nos seus traços de loucura”. Algo parecido diz o suíço, Alain de Botton, o qual fala que “As pessoas só ficam realmente interessantes quando começam a sacudir as grades de suas gaiolas”. Essas ideias referem-se ao que há de belo no ser humano, não em sua superficialidade, e sim, nas suas entranhas, no seu interior.

A loucura citada pelos filósofos pode ser traduzida como as idiossincrasias que formam uma pessoa. Ou seja, tudo aquilo que ela possui de único e insubstituível. As características peculiares, as quais nos tomam o pensamento e nos fazem sentir saudade. Aquilo que quando vemos parecido em alguém, automaticamente nos faz lembrar a pessoa. Todavia, é bom que se diga parecido, porque as idiossincrasias são únicas e singulares, de modo que se torna impossível buscar em outros lugares, o que apenas o ser carrega dentro de si.

Por isso, Deleuze afirma que só amamos de verdade uma pessoa quando percebemos a sua loucura. A bem da verdade, é extremamente difícil encontrar pessoas que demonstrem a sua loucura e outras capazes de percebê-las. A maior parte de nós prefere viver de acordo com a normalidade, seguindo as regras, os padrões, se adequando e, portanto, sendo igual. Dessa forma, os traços de loucura, as idiossincrasias, são sufocados, quando não, mortos, pois acreditamos que a demonstração das nossas longitudes é um disparate sem tamanho, uma verdadeira “loucura”.

Sendo assim, acabamos nos tornando completamente iguais uns aos outros e, por conseguinte, desinteressantes, já que, como dito, o que nos faz enxergar alguém de um modo diferente e se sentir atraído está naquilo que percebemos de singularmente novo e que nos faz perceber que será inútil procurar em outros lugares aquilo que sabemos onde encontrar.

É por isso que existem pessoas insubstituíveis em nossas vidas, porque elas guardam dentro de si uma espécie de magia que se reverbera no encanto das suas peculiaridades. Entretanto, sentimos enorme dificuldade em perceber isso como a maior beleza que existe nas pessoas. Acreditamos que são defeitos, coisas que devem permanecer ocultas, mas as idiossincrasias significam intimidade, entrega, libertação, desejo e poesia. É o que permite que as lembranças sejam criadas, que a saudade se instaure, porque convenhamos, saudade do absolutamente igual não possui rosto.

Sabe, o que eu acho é que temos medo de descobrir que as nossas loucuras são maravilhosas, que não precisamos de tralhas para nos destacarmos, precisamos sacudir as grades e assumir o que somos, demonstrar sem medo as nossas “imperfeições” e enxergar no outro as suas coisas simples, bobas e unicamente maravilhosas, porque é sempre magnífico quando as águas saem do subterrâneo e explodem na superfície e, então, nos tornamos rios profundos de loucuras idiossincraticamente belas, como um quadro pintado na lucidez de um sonho.

7 elementos que todo casal precisa além do amor

7 elementos que todo casal precisa além do amor

Em um relacionamento é fundamental aceitar o outro, com suas qualidades e defeitos, e não pretender mudar a pessoa. A mudança somente será consentida se for construtiva para ambos.

O ingrediente principal para todo relacionamento é o amor. Se uma das duas pessoas tiver dúvidas com relação aos sentimentos, o mais provável é que, em algum momento, o casal termine por se separar.

Mas, apesar do amor ser o elemento mais importante para qualquer relação, outras coisas também são necessárias para poder construir algo forte, estável e, principalmente, feliz.

A arte de amar vem acompanhada de uma série de complementos que são necessários para aprender a conviver de uma forma saudável e conseguir um projeto de vida juntos.

Conhecer estes elementos, apropriar-se deles e aplicá-los no relacionamento, é uma das melhores formas de fortalecer o amor e se assegurar de que a relação será duradoura.

Como sabemos que quando o assunto é amor surgem muitas dúvidas sobre o que é e não é correto, hoje iremos compartilhar 7 elementos fundamentais que todo casal precisa além desse sentimento.

1. Confiança e amor nos casais

Um das maiores qualidades que um casal pode ter é a confiança. Este ingrediente é a chave para alcançar a felicidade própria e da outra pessoa. Quando ambos colocam em prática este sentimento, a relação se nutre de tranquilidade e não existem razões para se preocupar com aqueles momentos onde os dois não estão juntos.

Não deixar as preocupações de lado e pensar em todos os momentos em uma possível traição, gerará uma tensão na união e, pessoalmente impedirá você de desfrutar de forma plena cada uma das experiências.

2. Aceitação

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Aceitar é uma coisa e pretender mudar a pessoa é outra. Cuidado! Com frequência as pessoas dizem aceitar os defeitos de seu companheiro, mas de uma forma ou de outra estão esperando uma mudança.

É muito importante aprender a aceitar, tanto as qualidades quanto os defeitos. Ninguém é perfeito e, em certos momentos, existem coisas que simplesmente foram parte da personalidade da pessoa.

Logo, caso se trate de uma mudança construtiva para ambos, será bem-vinda, sempre e quando isso não implicar reprimir ou fazer algo que na verdade um dos dois não quiser.

3. Comunicação

Um dos grandes pilares para ter sucesso em um relacionamento é manter uma boa comunicação. Sempre e em qualquer momento é necessário falar de forma aberta, dizer o que se sente, o que se sonha e todas aquelas inquietudes que vão surgindo conforme a relação avança.

A comunicação também deve abranger o tema da sexualidade, que é um campo fundamental no qual ambos devem se sentir cômodos.

4. Compromisso

“Nos bons e nos maus momentos”. Assim deve ser o compromisso ao aceitar compartilhar a vida com outra pessoa. Sem importar o bom ou o ruim que as coisas estão dentro e fora da relação, deve existir a garantia de que os dois estão dispostos a superar tudo, mas juntos.

5. Respeito

Toda união duradoura está consolidada sob este importante valor que assegura uma convivência saudável. Sem o respeito simplesmente não pode haver amor e o mais provável é que as emoções negativas predominem.

É muito importante saber controlar as situações de incômodo ou raiva entre ambos, que tendem a ser os momentos nos quais podem usar palavras ofensivas. Cuidado! Sempre pense com a cabeça fria.

6. Saber perdoar

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Nenhuma relação é perfeita e em qualquer momento podem chegar provas importantes por causa de erros. É correto perdoar?

O perdão é uma coisa que não se concede a qualquer um e é difícil fazê-lo de coração. Em um relacionamento é muito importante perdoar, porque faz parte do crescimento e da experiência para ambos.

Porém, existem ações que custam ser perdoadas e que talvez demonstrem que não vale a pena continuar a relação. Nestes casos o melhor é se desprender, pelo menos por um tempo, para curar as feridas.

Não é legal fingir perdão e reprimir sentimentos somente pelo medo de ficar sozinho. Temos que aprender a dizer adeus no momento certo. Antes de tudo deve estar o bem estar pessoal.

7. Lealdade

Uma relação que sofre com a infidelidade carece de um ingrediente fundamental, a lealdade. Este elemento está muito ligado à confiança, mas é importante enfatizá-lo porque é o que garante a conservação da confiança.

A traição dói, destrói e cria um caos no relacionamento. Por isso, a maioria das relações termina no momento em que um dos dois decide cair na infidelidade.

Pare de sofrer, isso não faz de você uma pessoa melhor

Pare de sofrer, isso não faz de você uma pessoa melhor

Toda a minha dor será recompensada. A vida colocará cada um no seu lugar, especialmente todos aqueles que me traíram. Preciso sofrer porque assim algum dia terei recompensa. Agora talvez não aproveite a vida, mas um dia essa oportunidade chegará porque o universo ou Deus sabe todo o mal pelo qual passei. Toda a tristeza que sofro é útil, porque as pessoas boas sofrem e são as que mais ganham no fim das contas.

Talvez estas frases lhe sejam familiares, poderíamos dizer que fazem parte de um discurso repetido ao longo de anos. É um discurso tão popular que, com certeza, todos já o tivemos como tentação alguma vez, ou até já o adotamos como sendo próprio. É a crença de que a felicidade será uma recompensa pelo nosso sofrimento, não pelas ações que fazemos de forma ativa e agradável. É a herança emocional de nossas raízes judaico-cristãs. Quem é bom sofre, por ele e pelos outros.

No âmbito clínico da psicologia existe um grande percentual de pacientes depressivos com esta ideia totalmente irracional ativada em tudo o que fazem nas suas vidas. É o que se conhece como a “falácia da recompensa divina”, que nada mais é do que acreditar que nossas “boas” ações deverão ser recompensadas por um agente mágico e irracional.

Suas atitudes são mais poderosas do que o que você chama de karma

Não é preciso esperar as oportunidades, é preciso criá-las, aproveitá-las e tirar o máximo de cada uma delas. Isso requer vontade, determinação e firmeza. Nesta vida é preciso colocar limites aos abusos: aquilo que os outros cometem para com você e os que você aplica a si mesmo.

A dor e o desânimo fazem parte da vida, e aceitá-los lhe dará saúde emocional para saber tolerá-los e enfrentá-los, para evitar que se transformem em um sentimento crônico e disfuncional. Contudo, às vezes adotamos o sofrimento como uma autêntica forma de vida.

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Nos instalamos na queixa e na vitimização porque sentimos que a vida não cumpre o princípio da reciprocidade, já que às vezes quando damos um abraço ela nos devolve um soco. Como se a vida estivesse à mercê de nossos desejos, como se a vida não fosse uma fonte de eventos imprevisíveis e arbitrários com base em suas próprias leis, estranhas e indecifráveis.

Se na verdade o karma fosse mais poderoso que nossas ações justas e corretas, as pessoas ruins e que manipulam constantemente estariam sofrendo com relação às que recebem o dano e não o contrário. Basta você olhar ao seu redor para perceber que o mundo está muito longe de ser justo e de recompensar os que sofrem. Então, como agir?

Sofrer não nos torna necessariamente mais fortes

Pensar que se você passar por maus bocados e sofrer a vida irá lhe devolver todas as coisas boas que você precisa e merece é pensar que se eu pego um papel e digo que é dinheiro poderei comprar qualquer coisa com ele. É uma crença de certa forma delirante e destrutiva que impomos a nós mesmos, como se sofrer fosse uma espécie de benção.

Muitas pessoas se assustam quando as coisas estão calmas e andam bem. Estão em constante estado de alerta e insatisfação, como se esta fosse a atitude que fosse lhes trazer mais benefícios. Como se pensar constantemente nas coisas ruins que podem acontecer trouxesse uma maior felicidade futura.

“Precisamos ser sofredoras, sensíveis, pouco seremos perdoadas pelo senso crítico e pela sátira. Fomos feitas para sofrer e nos compadecermos dos outros e sermos piedosas. E sofrer não nos torna mais fortes, mas normalmente nos enfraquece. Assim como a pobreza, que em vez de nos provocar uma justa ira, ressentimento e espírito revolucionário, o que faz é nos tornar mais fracas, nos tira a capacidade de reagir e vai nos tirando as forças.”
-Marta Sanz-

contioutra.com - Pare de sofrer, isso não faz de você uma pessoa melhor

Dentro da perspectiva sistêmica da psicologia, analisa-se o apego desta forma de pensar e agir, que com freqüência tem sua origem em mensagens de dentro da própria família. O castigo não ensina nada para as crianças se não for acompanhado de uma prática construtiva.

A criança precisa entender que para remediar alguma coisa que tenha feito errado, precisa reparar o que estragou ou fazer alguma coisa positiva que compense essa atitude, de forma imediata e contingente à conduta indesejada. Se simplesmente a castigamos para que sofra, ela entenderá que a reparação do dano reside na resistência do sofrimento que o castigo lhe impõe. Internalizamos desde crianças que sofrer passivamente é o correto.

Substitua o castigo autoimposto por atitudes valiosas

Se você deseja algo melhor para a sua vida, use as estratégias e habilidades que você possui para que isto aconteça. Esperar sentado que o mundo identifique a sua dor para recompensá-lo por ela é uma falsa ideia.

Muitas vezes a depressão se baseia nessa sensação de impotência aprendida: pensamos que nada que fizermos irá melhorar as coisas, porque isso nunca aconteceu desse jeito antes. É hora de pensar em quais foram suas estratégias anteriormente. Se você tinha uma atitude passiva diante das adversidades e jogava a toalha diante da menor dificuldade ou se as enfrentava de forma ativa.

O sofrimento costuma trazer mais sofrimento, é uma questão de inércia. Enfraquece nosso sistema imunológico, que já não tem energia para as situações de perigo real, pois constantemente nos situamos em um plano de alerta, desconfiança e tensão.

Uma dor interior que desejamos que algum dia mude, quando a única forma de melhorar é não esperar que as coisas aconteçam para nos recompensar apenas porque estivemos sofrendo. Se você deseja incentivos, precisa ir em busca deles. A tristeza e a falta de ação são viciantes. Pare de sofrer, isso não faz de você uma pessoa melhor, só causa dor a si mesmo e às pessoas que se preocupam com você.

Muita gente precisa de ajuda, sim, mas também existe muita gente folgada

Muita gente precisa de ajuda, sim, mas também existe muita gente folgada

Muitas vezes, a verdade é bem cruel e difícil de ser aceita até mesmo pelas pessoas mais fortes, uma vez que existem situações que ninguém sabe como enfrentar. Mesmo assim, saber a verdade sempre nos trará mais chances de poder lidar com aquilo tudo de forma mais acertada. Ainda que não pareça, as pessoas são bem mais fortes do que se pensa.

Em casos específicos, como quando uma doença fatal acomete alguém idoso, uma criança, alguém cujo conhecimento da real situação não ajudará em nada, poupá-los talvez seja o melhor a fazer. Entretanto, caso ainda haja esperança, ainda exista alguma saída, temos que conhecer os caminhos a serem enfrentados, para que nossos passos não se enganem.

Infelizmente, existem indivíduos que se fazem de incapazes, mostrando-se sempre fracos e impotentes, de forma conveniente, para que as pessoas à sua volta tomem as decisões que deveriam partir deles mesmos. É muito cômodo, afinal, isentar-se de qualquer responsabilidade frente aos problemas que surgem, pois, assim, a zona de conforto permanece intacta.

É comum, nesse sentido, presenciarmos situações em que um dos irmãos esteja sempre fora da discussão de problemas familiares, em que um dos cônjuges esconda do parceiro atitudes inadequadas dos filhos, como se a algumas pessoas fosse impossível contar a verdade. Isso porque se quer poupar o outro, que é julgado como fraco, incapaz, ou seja, um inútil nesse aspecto.

No entanto, um dos maiores desfavores que poderemos fazer em relação a alguém é deixá-lo de lado nas tomadas de decisões que o incluam, pois, caso os resultados o desgostem, ele poderá culpar todos os demais, menos ele mesmo, pelo que ocorreu. Poupar o outro da verdade implica, em muitos casos, poupá-lo de crescer, de amadurecer, de responsabilizar-se por sua própria vida.

Sempre haverá pessoas mais prontas e centradas, com capacidade de tomar decisões com ponderação e equilíbrio, porém, isso não significa que somente quem seja mais apto deva carregar em seus ombros o peso de tudo. Temos que dividir as bagagens indigestas, apoiando e ficando junto com a verdade, pois seria injusto agir de forma contrária. No fim das contas, não tem por onde, por mais tentemos fugir e nos esconder, a verdade sempre nos encontrará. Lidar, portanto, com ela, de forma clara e transparente, é o que nos tornará menos vulneráveis aos tombos que a vida dá.

Teste: que país combina mais com o seu jeito de ser?

Teste: que país combina mais com o seu jeito de ser?

Você já teve a sensação de ter nascido em uma época ou lugar errado?

Esse teste, através de pistas deixadas por suas escolhas, é capaz de indicar qual o país que mais combina com o seu jeito de ser, modos e educação.

Lembre-se que materiais assim não possuem comprovação científica. Entretanto, quem faz, jura que dá certo.

 

Cuide só da sua vida e despreze a do outro. Tá aí um belo jeito de PIORAR o mundo.

Cuide só da sua vida e despreze a do outro. Tá aí um belo jeito de PIORAR o mundo.

Não nos iludamos. Essa história segundo a qual “o mundo seria melhor se cada um cuidasse da própria vida e deixasse a do outro para lá”, minha gente, não passa de uma frase de efeito velha, superficial e boboca. Fosse assim, tão simples, seria bom. Mas não é.

A premissa é correta. É isso mesmo. Cada um de nós que assuma suas próprias questões e não atrapalhe as dos outros. Mas tem gente pervertendo esse princípio faz tempo. Tem, sim. Gente exagerando, distorcendo. Tem gente aí achando que cuidar da própria vida é dar as costas ao outro, ser indiferente, onipotente, irrefutável e até torcer para que o resto se escafeda. Sim, há quem entenda “cuidar da própria vida” simplesmente como “os outros que se danem!”.

Acontece que ninguém precisa se danar para que a minha vida seja boa. Para que você e eu sejamos felizes, ninguém precisa ser infeliz. Para que nos sobre o que queremos, não é preciso faltar a ninguém. Tem pra todo mundo!

Os gênios egocêntricos que compraram a verdade vão me desculpar, mas é certo que nós só chegamos até aqui, é óbvio que só sobrevivemos às pragas e guerras e pandemias e outros perrengues porque, em certas horas, cuidamos uns dos outros, sim!

Se cada um de nós tratasse tão somente de sua própria vida e o outro que se danasse, o mundo já teria acabado. É que tratar o outro como a razão de todos os nossos males é uma bruta burrice, sabe? Porque “o outro” também somos nós. Assumamos!

“O outro que se dane”, né? Muito bem. Só tem um detalhe: se isso acontecer mesmo, se todo aquele que seja “o outro” se danar, quem é que sobra? Em que momento dessa loucura toda o ser humano esqueceu de que é um animal gregário, comunitário, coletivo, alguém que vive pelo outro, com o outro, para o outro?

Somos sete bilhões de pessoas no planeta. E se todo mundo inventar de agir feito uma besta autocentrada, a cada vez que você disser “o outro que se dane”, seis bilhões, novecentos e noventa e nove milhões, novecentos e noventa e nove mil e novecentas e noventa e nove pessoas vão desejar que VOCÊ se dane também. Porque você também é “o outro”.

Sei lá, eu só acho que a gente devia cuidar uns dos outros, sim. Um tiquinho, só. Você e eu deveríamos torcer um pouquinho mais um pelo outro. Não simplesmente dar as costas para o mundo e sobreviver no “cada um por si”.

Cuidar de si mesmo de forma a não atrapalhar o vizinho e, quem sabe, ajudá-lo. Por que não? Já tem pessoas fazendo isso aqui e ali. Tem, sim. Repare. Gente que ajuda quem precisar sem invadir, importunar, aborrecer. Gente que se faz saber estar ali para quando preciso mas não precisa chamar a atenção de ninguém.

Nesse caso não é intromissão, bisbilhotice, pitaco. É só questão de sobrevivência. Quem sabe uma hora a gente aprende? Sem querer me meter na sua vida, eu acho que você também devia pensar nisso. Ahh… devia, sim.

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