Por sabores mais lentos

Por sabores mais lentos

Eu estava inquieto naquela manhã. Passei rápido pra dar um beijo e raspar uma colher nas panelas da minha avó. “O que você tem que tá afobado?”, perguntou ela já achando engraçado meu bate-pé, rói-unha, ajeita-relógio. Não precisei responder. Ela me chamou no quintal e colheu uma fruta do conde direto do pé. Aquela árvore tinha a mesma idade de minha avó. Ou mais. “Come!”, me entregando, “Senta e come, devagar. Essa gastura vai passar”.

Não sei porque guardei isso por tanto tempo comigo. Não sabia, até que me lembrei disso justamente hoje, enquanto minha amiga me contava do seu último namoro-relâmpago. Você já deve conhecer essa história: um cara legal surge, vocês se adoram, algo bobo acontece, vocês se detestam, fim. Tem acontecido muito. Roteiro rotineiro dos relacionamentos afobados e pré-desgastados de hoje.

Naquela manhã, anos atrás, minha avó estava tentando me mostrar que certos momentos da vida precisam ser vividos com parcimônia ou com o mínimo de sabedoria. Não dá pra engolir uma fruta do conde inteira de uma vez, dá? Por sua própria estrutura, cheia de sementes revestidas com fruta, ela praticamente te obriga a comê-la bem devagarinho. A senti-la. A saboreá-la, parte por parte.

Ela lentamente transforma a dificuldade que é contornar o que não nos agrada em serenidade. As respostas vêm com jeito, mas principalmente vêm porque a gente se abre pra elas. É aí que o empecilho vira estímulo, a irritação vira bom humor e o insolucionável vai ficando miúdo, miúdo até poder ser contornado, até que a gente possa digerir.

Tomara que a gente nunca se esqueça disso, né? Que o amor se abastece da morosidade do entorno do tempo, na delicadeza do relevar e que a gente só aprende a fazê-lo, fazendo, teimando, deixando-nos ser contorno. Enxergar que nem tudo é problema, mas apenas nosso registro único nos tornando igualmente únicos e, com sorte, imensamente doces ao final de tudo.

Imagem de capa: Pemaphoto/shutterstock

Quando virei a esquina, já não era mais a mesma

Quando virei a esquina, já não era mais a mesma

Talvez eu já tenha perdido as contas de quantas pessoas eu perdi na vida. Digo talvez, porque nunca cheguei a contar, na verdade. Acontece tão rápido que nem percebo se estou do lado de alguém ou só faço companhia aos rastros que ela deixou quando foi embora. E tudo bem o coração apanha, mas revida. Quando dei por mim, já não era mais a mesma, a pele já estava mais grossa e aguentando batidas mais fortes.

Aquilo que doeu se fez presente em cada passo, fazendo questão de ser lembrado para mostrar como é ter um machucado que não pode ser visto. Mas, depois disso, virou página. Não era tão insuportável quanto parecia ser ou, então, eu mudei e nessa parte da vida já não valia mais a pena. Prefiro acreditar nisso, que se eu superei não foi por que o que doía deixou de ser importante, mas que eu parti de um melodrama de quinta, água com açúcar, e amadureci.

O fato é que aprendi a não fazer mais estardalhaço por cada detalhe. Que seja suave e libertador, caso não; que seja o que for, mas longe de mim. Não preciso de histórias de sessão da tarde, sem clichê e casos contados. Já não me reconheço mais dentro desses roteiros. Não sou mais a iminência de um conflito, já superei meus resquícios de abandonos e hoje estou pronta pra quem quiser ficar.

Se render. Na real, é libertador. Entender que o que é nosso pode se esvair num milésimo ínfimo, mas que permanecer vazio é escolha nossa. Nós só precisamos nos curar o suficiente até nos sentirmos seguros para caminhar, depois disso, quantas são as possibilidades. E se for reparar, assim que nos colocamos em pé e damos nossos primeiros passos depois da queda, é só virar a esquina para perceber que não somos mais os mesmos. Alguma parte fica ali, na rua de trás, no passado. A percepção muda, a visão que antes varria certa área, se expande e alcança lugares mais longes. É o aprendizado, somos moldados para aguentar desdobramentos, e cada vez que perdemos o chão, aguentamos mais, nos decepcionamos menos. É isso que fica, no final das contas, as agonias transformas em versos. O bom é reler e ver que valeu a pena mudar.

Abracei minhas pernas e chorei o máximo que pude, me senti completamente sozinha, não pude escapar. Joguei tudo para o alto, mas caiu em cima de mim. Eu me perdi nas minhas rotas e achei que não iria encontrar a saída. E olha, que bom que me senti assim. Porque me alivia os pesos no ombro saber que consigo enfrentar o que tiver que vir. E sei que sim, pois renasci das minhas fraquezas, mesmo quando me senti tão frágil quanto folha de papel molhada. Não sei qual foi a ordem da equação, onde estava o “x”, juro; não tenho as respostas. Foge da minha capacidade explicar como acontece, como superamos, sem querer. Mas, acredito, na verdade, que cada um acaba encontrando sua própria fórmula. A gente bebe das tristezas como se fosse álcool, mas depois vomita porque não pertence ao nosso organismo. O corpo te prepara, é isso que não podemos esquecer. Que estamos preparados, podemos aguentar.

Quando virei a esquina, já não era mais a mesma.
Como é bom estar aqui.

Imagem de capa: ESB Professional/shutterstock

Nunca duvide das pessoas que foram quebradas pela vida

Nunca duvide das pessoas que foram quebradas pela vida

“Gosto das pessoas que foram quebradas pela vida, existe uma beleza única nas suas rachaduras.” (Zack Magiezi)

É complicado tentar comparar ou mesurar sofrimento, porque as pessoas recebem e digerem o que vem da vida, conforme aquilo que possuem dentro delas; trata-se de algo muito pessoal. A dimensão que os acontecimentos tomam depende da forma como cada um encara o mundo, dos valores e crenças que carrega, independentemente de qualquer outra coisa. Talvez a dor seja proporcionalmente mais intensa, quanto maior a quantidade de expectativas que ela quebre.

As pessoas reagem de forma diferente aos mesmos acontecimentos, com maior ou menor intensidade. Ademais, certos indivíduos externam o que sentem sem pestanejar, enquanto outros prendem mais fortemente, somente para si, as escuridões que seu íntimo enfrenta. Por essa razão é que se torna um tanto quanto injusto compararmos as dores das pessoas tão somente nos baseando no que elas nos mostram. Dentro de muitos, há tempestades dolorosas se formando.

Embora não possamos comparar o sofrimento, ao menos conseguimos discernir que certos acontecimentos machucam muito, de uma forma avassaladora, retirando o chão de qualquer um. Existem tragédias que sequer imaginamos em nossas vidas, tais como a perda de um filho, a perda de todo um patrimônio, uma deformação física abrupta, uma doença terminal, condições adversas extremas. Infelizmente, ninguém está livre de ter de enfrentar a perda do que lhe é vital.

Há inúmeros exemplos por aí, à nossa volta, de gente que sobrevive ao que parecia impossível de se suportar, ao que nada mais traz do que desesperança, desespero e dor. Provavelmente, até entre nossos colegas, existem pessoas que já atravessaram os corredores amargos das escuridões dolorosas e sobreviveram. Porque são humanos e as pessoas são incríveis, possuem uma capacidade interminável de se reinventarem, de se fortalecerem e de se reergueram de novo e de novo, sobrevivendo ao que parece inconcebível, impossível.

E o que move, no fundo, a todos os sobreviventes, que não sucumbem ao que parece intolerável, é a esperança. Sim, esperança, fé, olhos fixos adiante, no horizonte de possibilidades que ainda estarão por vir, na certeza de que há um porquê por detrás de cada tombo nesta vida. Esperança na própria força, nas pessoas, esperança no amor. Porque quem tem amor dentro de si jamais estará desamparado, ainda que esteja sozinho.

Imagem de capa: Sasa Lalic/shutterstock

O dom de se acalmar

O dom de se acalmar

Já senti ventanias tão fortes que tive vontade de segurar o teto para ele não voar, e poucas horas depois tudo terminou em brisa. Já ouvi chuvas tão agressivas que dava medo em abrir a janela, mas pouco depois se resumiam em gotinhas tímidas grudadas no vidro. É passageiro, o susto é passageiro. A agonia nos abraça tão apertado que dá vontade de sair por aí salvando o mundo, mas ao abrir a porta já não tem mais perigo nenhum. Tudo depende da importância que você impõe.

Se está ventando muito, não precisa se agarrar ao primeiro cobertor que for ver na frente, aproveite o impulso e jogue alguns sentimentos antigos para serem levados pela direção do vento, junto com o teto se for preciso. Dê tchauzinho e um grande aceno, pois já não te serve mais. Aquele teto já estava aí há tanto tempo mesmo. Vai ver você agora quer morar debaixo das estrelas, acampando em meio ao nada e tendo apenas o balançar das folhas como paredes.

Até eu que sou tarja preta aprendi a me acalmar e a respirar ao invés de suspirar. Até eu que sou um caos sentimental aprendi a chover menos em copos d’água. Eu que vivi sempre estufada, sem espaço pra nada de tanto estar cheia de tudo, aprendi a abrir a válvula de escape e esvaziar um pouco. Que mal tem? Passar a vida com o coração acelerado pelos motivos errados é um desperdício de hormônios. Acelera quando algo sai errado, acelera quando não te falam o que queria ouvir, acelera quando alguém vai embora, acelera quando não entendem o que você sente.

Ah, pra quê se esforçar tanto, afinal? Se virou rotina se esforçar ao máximo para acalmar os batimentos, está mais que na hora de tomar uma dose do calmante mais forte já inventado. O santo soberano de qualquer medicamento à venda em farmácia, que não vem com bula, mas é tão fácil de usar que nem é preciso instruções:

Dê um tempo, tome um tempo, não culpe o tempo, sinta o tempo e recupere seu tempo.

O que não pode acontecer é ter tanto medo da vida, e se esconder atrás de tantas chaves. Pois, tudo passa. Eu já me enchi com tantos cadeados, mas poucos segundos depois já não lembrava mais o que estava guardando. Já corri tanto da solidão que quando percebi estava de mãos dadas com ela. Então, parei de correr. Joguei as fechaduras. Abri as janelas. E sorri com o vento. Se funciona? Dia sim, dia não. Mas passa, o dia bom passa, e o ruim também. A chuva é fase, por que eu não seria?

O incerto também tem seu encanto.

Imagem de capa: Boiko Olha/shutterstock

3 filmes intrigantes para prestar atenção do começo ao fim (dicas Netflix)

3 filmes intrigantes para prestar atenção do começo ao fim (dicas Netflix)

São poucos os filmes capazes de manter a nossa atenção do começo ao fim.

Abaixo, 3 exemplos de filmes intrigantes com a capacidade manter o espectador interessado e refletindo…mesmo depois que o filme acaba.

Com sinopses de Adoro Cinema.

1- O Despertar ( The Awakening)

1921, pouco após a Primeira Guerra Mundial. Assombrada pela morte de seu noivo, Florence Cathcart (Rebecca Hall) resolveu dedicar sua vida a investigar supostos casos paranormais, usando a lógica para explicá-los. Ela aceita o convite para ir a uma escola onde um garoto foi encontrado morto e, segundo rumores, seu fantasma assombra o local. Logo ela começa a buscar evidências científicas que expliquem a situação, só que suas descobertas aos poucos colocam em dúvida tudo o que sabe até então.

contioutra.com - 3 filmes intrigantes para prestar atenção do começo ao fim (dicas Netflix)

2- Sommersby: o retorno de um estranho (Sommersby)

Jack Sommersby (Richard Gere), dado como morto na Guerra Civil Americana, reaparece em casa após seis anos. Antes rude e amargurado, Jack agora é gentil e dedicado. A drástica mudança intriga sua esposa, Laurel (Jodie Foster), e os vizinhos. Enquanto Laurel se apaixona cada dia mais pelo “novo” marido, os demais moradores da região, certos de que há algo errado nessa história, tentam desvendar o mistério.

contioutra.com - 3 filmes intrigantes para prestar atenção do começo ao fim (dicas Netflix)

3- A última tempestade

Uma família rural no interior dos Estados Unidos vai passar por experiências nunca antes vistas. Enquanto o planeta terra sofre com tempestades, inundações e vandalismo, eles irão receber a visita de um homem com um passado misterioso, que promete mudar seu futuro para sempre. O que eles precisam decidir é se permitem a sua entrada, ou o deixam de fora de suas vidas.

contioutra.com - 3 filmes intrigantes para prestar atenção do começo ao fim (dicas Netflix)

Gostou? Recomende!

Não gostou? Sugira outros para melhorar as nossas listas cada vez mais!

Precisa de algo mais? Compre um livroEncontre um amor.

 

 

Não confunda minha gentileza com interesse por você

Não confunda minha gentileza com interesse por você

Quando lhe enviei aquele vídeo, era só para dizer que achei a música linda e a melodia contagiante; não precisava sumir achando que o foco era você e sua aura radiante.

Quando deixei de curtir sua foto do carnaval não foi porque estava “de mal”, muito menos porque não gostei da sua fantasia; simplesmente não tive tempo de apreciar a alegoria.

Quando te cumprimentei com dois beijinhos foi porque quis ser cordial, não sabia que meu gesto pegaria tão mal.

Quando você cria histórias na sua mente e me coloca no seu enredo, qualquer gesto meu vira dança ou cobrança. Mas existe uma grande diferença entre ser gentil e estar interessado. Uma grande distância entre minha falta de tempo e qualquer descaso.

Não crie romances onde não tem. Não construa pontes para quem não vem. Não alimente expectativas em cima de sinais vagos e semblantes incertos. Não se ofenda com demoras de quem nunca deu certeza de estar por perto.

Você sumiu por achar que eu corria atrás de você. Mas meu bem, veja bem, eu só quis ser gentil encaminhando aquela mensagem, e você se assustou por não entender minha abordagem. Não se confunda com a realidade, nem fuja de situações que não são verdade.

Nem sempre meus sinais são de interesse. Não é porque te mando um “bom dia” pela manhã ou curto sua foto no Instagram que desejo me casar com você. Não confunda carinho sincero com amor eterno. Não se assuste nem faça pactos com o silêncio só porque elogiei sua imagem ou encaminhei uma mensagem.

Não se ressinta da ausência de quem nunca disse que viria. Não julgue o silêncio de quem nunca disse que falaria. Não se magoe por tão pouco, nem se alegre demasiadamente por uns poucos e rasos “likes”.

É preciso contar com aquilo que tem consistência em nossa vida. Com afetos declarados, convite para jantar, beijo correspondido. Não viver se vangloriando por suposições vagas nem se lamuriando por respostas escassas.

A vida, ainda que pareça ter muitos filtros, pode e deve ser medida pela realidade, seja ela qual for. Se eu quiser te conquistar, não terei receio de me declarar. Se eu quiser me afastar, terei coragem de me retirar. Porém, se minha intenção não for me declarar nem me afastar, continuarei seguindo com minha vida, sem iniciar ou desfazer “romances” só porque na sua imaginação de alguma forma estamos juntos.

Não confunda minha gentileza com interesse por você. Não se gabe nem se torture com meus sinais, pois pouco ou nada significam nos dias atuais. Gostar de você é fato, mas esperar que nossas vidas se tornem um romance, é boato.

Imagem de capa: AstroStar / Shutterstock

Para comprar meu novo livro “Felicidade Distraída”, clique aqui.
contioutra.com - Não confunda minha gentileza com interesse por você

6 filmes de romance estrangeiro que você encontra na Netflix: um para cada gosto

6 filmes de romance estrangeiro que você encontra na Netflix: um para cada gosto

Difícil resistir a filmes belos, românticos e que não subestimam a nossa inteligência.

1- Eterno Amor ( Un long dimanche de fiançailles)

Após o término da 1ª Guerra Mundial, a jovem Mathilde (Audrey Tautou) aguarda notícias sobre Maneth (Gaspard Ulliel), seu noivo. Mathilde fica sabendo que Maneth fez parte de um grupo de cinco soldados que, individualmente, provocaram sua própria mutilação, para que deixassem a frente de batalha da guerra. Os cinco são condenados à morte pela Corte Marcial e, após serem levados a uma trincheira francesa, são deixados à morte no território existente entre o local em que estavam e a trincheira alemã. Apesar de todos serem considerados mortos pelo exército francês, Mathilde acredita que Maneth está vivo e inicia, por conta própria, uma busca por pistas que confirmem isto.

Nota: Este é o 2º filme em que o diretor Jean-Pierre Jeunet e a atriz Audrey Tautou trabalham juntos. O anterior fora O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (2001).

contioutra.com - 6 filmes de romance estrangeiro que você encontra na Netflix: um para cada gosto

2- Ferrugem e Osso (De rouille et d’os)

Alain (Matthias Schoenaerts) está desempregado e vive com o filho, de apenas cinco anos. Ele parte para a casa da irmã em busca de ajuda e logo consegue um emprego como segurança de boate. Um dia, ao apartar uma confusão, ele conhece Stéphanie (Marion Cotillard), uma bela treinadora de orcas. Alain a leva em casa e deixa seu cartão com ela, caso precise de algum serviço. O que eles não esperavam era que, pouco tempo depois, Stéphanie sofreria um grave acidente que mudaria sua vida para sempre.

contioutra.com - 6 filmes de romance estrangeiro que você encontra na Netflix: um para cada gosto

3- Bela do senhor (Belle du seigneur)

Na década de 1930 em Genebra, a sedutora Solal, que faz parte da Sociedade das Nações e tenta obter os avanços da bela Ariane, aristocrata protestante que é esposa do seu subalterno, Adrien. Ele não leva muito tempo para sucumbir aos encantos ds jovem, mas esse relacionamento apaixonado entre os dois amantes leva a um destino trágico.

contioutra.com - 6 filmes de romance estrangeiro que você encontra na Netflix: um para cada gosto

4- Quebra de conduta (Möbius)

Grégory Lioubov (Jean Dujardin) é um agente secreto que trabalha para o governo russo. Ele é enviado a Mônaco para investigar as ações sigilosas de um poderoso empresário. Alice (Cécile de France), uma especialista das finanças, é contratada para integrar a equipe e se infiltrar no local, mas Grégory começa a suspeitar que ela está trabalhando para o inimigo. Ele precisa então se aproximar dela e conhecê-la melhor. Os dois acabam se envolvendo em uma paixão perigosa, capaz de destruir a carreira de ambos.

contioutra.com - 6 filmes de romance estrangeiro que você encontra na Netflix: um para cada gosto

5- The invisible woman

No ponto mais alto de sua carreira de sucesso, o escritor Charles Dickens (Ralph Fiennes) conhece uma jovem atriz chamada Nelly Ternan (Felicity Jones), que assume o papel de sua amante até seu falecimento em 1870.

contioutra.com - 6 filmes de romance estrangeiro que você encontra na Netflix: um para cada gosto

6- Suite Francesa (Suite Française)

Durante a Segunda Guerra Mundial, na França, Lucile Angellier (Michelle Williams) passa os dias junto de sua sogra (Kristin Scott Thomas) esperando pelo retorno do marido, um prisioneiro de guerra. Enquanto alguns combatentes franceses retornam para a casa, o pequeno vilarejo onde Lucile mora começa a ser invadido por soldados alemães, incluindo o refinado Bruno von Falk (Matthias Schoenaearts). Apesar de resistir aos flertes do soldado, Lucile acaba cedendo e inicia uma relação amorosa com ele.

contioutra.com - 6 filmes de romance estrangeiro que você encontra na Netflix: um para cada gosto

SEleção Josie Conti. Sinopses Adoro Cinema. Imagens reprodução.

Gente madura não tem frescura

Gente madura não tem frescura

Maturidade não é sinônimo de seriedade, e sim responsabilidade. Chega muito cedo para uns poucos, e nunca para outros. Nos resguarda dos mi mi mis e blá blá blás, e traz significado ao que importa de fato.

Gente madura não vive correndo atrás de aprovação ou explicação. Tem noção para quem deve satisfação e é pra esses que abre seu coração. Não vive de suposições nem ilusões. Não cria mundos a partir de pensamentos vagos nem alimenta expectativas em cima de sentimentos rasos.

Gente madura sabe se absolver. Não se leva tão a sério, chuta o balde de tempos em tempos, desculpa suas incapacidades e aceita suas precariedades.

Gente madura não se cobra a perfeição nem exige tanto de si e dos outros em nome de uma imagem imaculada e um semblante engessado. Ao contrário, aprendeu a rir dos tombos que leva e a fazer limonada dos limões que a vida lhe dá.

Gente madura não tem frescura com a própria vida e por isso consegue se deixar em paz. Já caiu e levantou tantas vezes que aprendeu a não sofrer por pequenices e superficialidades. Perdoa o cabelo mal humorado, a pele ressecada, a gordurinha fora do lugar. Não se tortura com fios puxados na blusa de lã, pregos fixados com diferença de altura, unha do mindinho descascada. Não se patrulha por repetir a sobremesa no almoço ou o vinho no jantar. Sabe que um dia compensa o outro, e que o saldo final é ser feliz.

Gente madura sabe que é exaustivo tentar ser legal o tempo inteiro. Por isso impõe limites e cuida bem de si. Zela pelos que ama mas entende que não é possível agradar a todos o tempo todo.

Gente madura não tem medo de errar nem de viver. Experimenta sabores novos, inova na frente do espelho, recomeça depois de uma fossa, assume que estava errado, pede perdão, se reconcilia com sua história.

Gente madura não faz drama. Enfrenta os dissabores com bravura e vive os dias comuns com gratidão e maravilhamento. Com isso, aprende a ser feliz. A não comparar a própria vida, a não querer chegar na frente, a não desejar subir no podium da ilusão. Gente madura ama a própria realidade e não cobiça o mundo alheio. Não se faz de vítima nem vive ressentida. Ama o que lhe cabe e não se fecha para a alegria.

Gente madura aceita bem as diferenças e convive bem com as divergências. Ouve, analisa e tira suas conclusões sem impor seus conceitos como verdade absoluta.

Gente madura não faz alarde da tristeza nem da felicidade. Curte seus momentos com serenidade e não mede sua vida pela popularidade.

Gente madura tem um coração sossegado. Um coração que aprendeu a ser sereno e não se desgastar por bobagem. Já trilhou estradas de anseios, expectativas, constatações e frustrações. Sabe que não adianta dar murro em ponta de faca, procurar chifre em cabeça de cavalo ou botar o carro na frente dos bois. Entende que com paciência e fé em Deus, não é preciso fazer tempestade em copo d’água.

Maturidade é conquista, mas também disposição. Disposição em se cobrar menos e viver mais, aprendendo a dar menos importância ao que não acrescenta e valorizando o que é real e provido de sentido.

Que a gente possa amadurecer com o coração tranquilo, ciente de que fez tudo o que podia. Que haja riso, parceria e poesia. Que não falte respeito às diferenças e fé diante das adversidades. E que, ao final de tudo isso, possamos olhar pra trás e perceber admirados, que enfim crescemos…

Imagem de capa: paultarasenko /Shutterstock

Para comprar meu novo livro “Felicidade Distraída”, clique aqui.

5 qualidades de pessoas incrivelmente atraentes

5 qualidades de pessoas incrivelmente atraentes

Estas dicas vão ajudá-lo a encontrar o seu “eu” feliz e melhor. Aqui ficam as cinco qualidades de pessoas incrivelmente atraentes (e não apenas fisicamente).

1. Elas cuidam da própria saúde

Nada nos torna mais confiantes do que estar em forma e sentir que o seu corpo está saudável. Você tem que estabelecer metas e depois esforçar-se para atingi-las. Eu sugiro fazer contratos consigo mesmo. Por exemplo: “Se eu não vou ao ginásio três vezes por semana durante todo o mês, vou cancelar a minha subscrição da Netflix”. Soa dramático, como se você fosse o seu próprio pai, mas isto funciona. Recusar-se a algo, ou torná-lo num presente que deve ser conquistado, impulsiona muito a nossa motivação. Experimente. As vantagens de fazer exercícios são incríveis.

2. Elas têm uma vida social ativa

A popularidade é atraente, como também a indisponibilidade. Quando você está muito ocupado ao divertir-se com os seus amigos, de repente aquela pessoa que o deixa sempre para segundo plano vai escrever-lhe de novo. Mas não fique rodeado o tempo todo do mesmo grupo de pessoas que você sempre vê: amplie as suas relações e encontre alguém que não conhecia antes; experimente coisas novas. Fazer amigos quando é adulto é, na verdade, tão fácil como quando era criança. Quando você encontrar uma mulher interessante, seja como uma criança e diga: “Hey, vamos ser amigos! E que tal um passeio?”. É divertido encontrar pessoas novas e sair fora do seu círculo social comum. Quando você está muito ocupado, rodeando-se de novas pessoas maravilhosas, juntamente com os seus amigos que estão consigo sempre, você sente-se amado, inspirado e confiante.

3. Elas passam o tempo a fazer coisas que as inspiram

Ioga. Pintura. Treinar para uma meia-maratona. Fotografia. Voluntariado. Começar um negócio autônomo. Estudar para um concurso público. Não é fácil dedicar tempo para hobbies quando você tem trabalho a tempo inteiro, viagens de negócios, eventos de trabalho e a tarefa de manter o seu apartamento. Mas os hobbies são comida para a alma, e você tem que se alimentar se quiser sentir-se bem. Todos nós dizemos: “Estou ocupado. Não tenho tempo livre.” Mas será que é verdade? Olhe para a sua agenda e em vez de ir para uma noite de happy hour, sugira aos seus amigos optar por uma aula de culinária. Está com vontade de passar algum tempo com aquela colega interessante? Inicie um clube de corrida e faça os pontos 1 e 2 juntos. E a propósito, pense sobre quantas horas por semana você passa a ver televisão. Relaxar em si, não é um hobby. Então comece a substituir uma hora no sofá pelo seu hobby.

4. Elas eliminam qualquer negatividade da sua vida

Este emprego tóxico, amizade, cliente ou o hábito de comer um gelado à noite: toda esta negatividade nos pressiona. Isto nos destrói de dentro para fora, mostrando a sua fealdade através de pele manchada, cabelo frágil. O estresse e a negatividade causam enormes prejuízos à nossa saúde física e mental. Como adulto, você tem escolhas. Você pode escolher os seus amigos e livrar-se daqueles que arruinam a sua vida. Você pode escolher um emprego que odeia e com o qual você fica ansioso sempre que entra no escritório ou pode ser sério e colocar na sua agenda a hora de candidatar-se a outros empregos (como se fosse o seu trabalho!). Você pode escolher ficar numa relação que você sabe que não o vai levar a lugar nenhum, ou pode fazer a escolha (assustadora) de andar sozinho e ver se há alguém perfeito por perto à sua espera. Tudo é uma escolha. Então escolha a direção positiva e afaste-se das coisas negativas na sua vida que o deixam triste, ansioso ou irritado. Você não precisa delas.

5. Elas tentam ser felizes como elas são

Quando você atinge um ponto em que está a cuidar da sua saúde, tem amigos fantásticos ao seu redor, alimenta a sua alma com hobbies enriquecedores, e eliminou a negatividade da sua vida, o mundo vai parecer um lugar bonito e cheio de oportunidades. Está na hora de pensar sobre o que você realmente quer e para onde ir para o conseguir. Esta carreira de sonho que exige que você volte para a faculdade? Faça isso. O objetivo de acabar uma maratona antes do seu próximo aniversário? Vamos. O livro que você começou a escrever no colégio, mas esqueceu-se dele? Termine-o. Aquela viagem que você está a planear no seu quadro no Pinterest há alguns anos? Reserve-a. Quando você está feliz e se coloca a si mesmo em primeiro lugar, ficará mais atraente. Você vai começar a atrair pessoas maravilhosas — pessoas que são tão brilhantes e fantásticos como você — não só no sentido romântico, mas também amigos novos, laços familiares fortalecidos e relações mais satisfatórias no trabalho. Encontrar a sua felicidade é a melhor coisa que você pode fazer para o seu futuro, então o que é que está a esperar?

Fragmentos do original indicado: Insider

Imagem de capa: PlusONE/shutterstock

5 hábitos de pessoas honestas

5 hábitos de pessoas honestas

As pessoas honestas desfrutam de uma melhor qualidade de vida, são mais felizes e enfrentam os problemas de um modo mais íntegro e valente. Isso é assim por uma razão bem simples: as pessoas honestas não são aquelas mais inteligentes, nem as que sabem sempre a verdade sobre as coisas: são perfis com uma firme coerência entre o que pensam e o que fazem.

Por mais curioso que pareça, este tipo de princípio psicológico não é nada fácil de colocar em prática. A honestidade da mente e de atos requer um adequado desenvolvimento pessoal onde temos que ser genuínos, autênticos e sinceros com nós mesmos e com os demais. A seguir, propomos aprofundar um pouco mais nas características que definem esta qualidade tão valiosa de uma personalidade.

1. As pessoas honestas não temem dizer a verdade

A honestidade não serve para nada, se não formos capazes de ter a coragem de defender e exigir sempre a verdade em cada um dos contextos que a rodeiam.

  • Quem tem um coração honesto não admite as injustiças, as chantagens, as meia verdades ou as mentiras inteiras.
  • Essa honestidade que tentamos manter para nós mesmos, também devemos exigir dos demais.

Por outro lado, todos sabemos que não é particularmente fácil defender e espalhar este tipo de integridade pessoal.

São muitos os cenários no qual se reina aquela desonestidade camuflada, aquela hipocrisia nociva da qual temos que nos defender de forma constante.

2. São pessoas conscientes de suas limitações, de seus defeitos

De nada nos serve exigir honestidade das outras pessoas, se não somos capazes de praticá-la em nossa própria pessoa.

  • Em nosso dia a dia não faltam pessoas que se vangloriam de uma infinidade de virtudes. No entanto, ficam sozinhas nos cartazes, porque no seu dia a dia não aplicam nem um princípio daquilo que pregam.
  • Não é o caso das pessoas honestas. Neste caso, são perfis que fizeram uma adequada viagem interior, e que estão conscientes de suas limitações, de seus defeitos e seus buracos negros.
  • Conhecem quais são os aspectos que devem melhorar em si mesmos, os pontos fracos e as fraquezas que devem ser superadas momento a momento e passo a passo.

Esse autoconhecimento favorece, por outro lado, uma congruência pessoal onde atos e pensamentos se harmonizam, onde não existem falsidades nem maniqueísmos: somente o equilíbrio de um coração humilde e respeitoso.

3. São pessoas transparentes: demonstram o que realmente são

Ser transparente não é permitir que os demais vejam as nossas intimidades, nem ser vulnerável como uma janela de cristal fino.

  • A honestidade é sinônimo de transparência porque cada coisa que cada um de nós faz, diz e demonstra está em harmonia com a própria personalidade.
  • Não existe viés nem dissonâncias. Ainda mais, ser honesto é manter sempre uma mesma conduta, um mesmo tratamento e um mesmo modo de se relacionar com os demais.
  • Ser transparente sempre e em todo momento tampouco é simples porque, se existe algo que costuma caracterizar o ser humano, é sua natureza volátil, mutável.

Logo, nos encontramos em aquela constante necessidade de “se encaixar” e de ser aceito por todos e em qualquer contexto. A pessoa honesta não tem este problema: se algo não lhe agrada ou vai contra seus princípios, ela se manifesta.

4. As pessoas honestas lutam por aquilo que acreditam

Em certos casos, as pessoas mais honestas, humildes e nobres são as que mais sentem a solidão e até mesmo a rejeição de muitos que as rodeiam.

  • Isso é assim por uma razão muito simples: em certos momentos, a honestidade é ofensiva e não teme dizer em voz alta o que não lhe agrada, o que para ela não é legal nem respeitoso.
  • Quase ninguém gosta dessa sinceridade que não tem papas na língua, nem dessa voz que não se esconde na hora de deixar as coisas claras.

Tudo isso faz com que muitas vezes a honestidade seja incômoda e seja preferido mais uma pessoa hipócrita ou a pessoa dócil, manejável.

5. As pessoas honestas inspiram, dão o exemplo

A pessoa que vive seu dia a dia na congruência, naquele equilíbrio perfeito entre valores e atos, costuma inspirar quem sabe apreciar a verdade.

  • Pode ser que criem alguma inimizade por sua franqueza, mas o olhar sábio, que sabe valorizar os pilares de bondade e de integridade destes perfis, os aprecia enormemente.
  • Daí, são grandes amigos, familiares que apreciamos de forma intensa e companheiros de trabalho que dia após dia tornam nossa vida mais fácil, mais bonita.

Se em sua vida você tem uma ou mais pessoas caracterizadas por uma honestidade infalível, não tenha dúvidas em sempre a manter por perto, em aprender com elas, em compartilhar tempo e grandes momentos.

São presentes de nossa sociedade, pessoas que nos inspiram a ser melhores.

Imagem de capa: Shutterstock//FCSCAFEINE

TEXTO ORIGINAL DE MELHOR COM SAÚDE

“A maior saudade que nós vamos sentir na vida é saudade de mãe… pois é saudade de nós mesmos!”

“A maior saudade que nós vamos sentir na vida é saudade de mãe… pois é saudade de nós mesmos!”

Uma das lembranças mais doces da minha infância é a voz da minha mãe, no átrio da igrejinha que frequentávamos, animando as crianças da catequese com suas canções habituais. Ela era a coordenadora das catequistas, e embora eu me ressentisse da estreita possibilidade de tê-la só para mim, me orgulhava de vê-la tão dinâmica, alegre e confiante.

Os anos se passaram e nos mudamos de paróquia, de cidade, de vida. Cresci, amadureci, me despedi. Porém, de vez em quando ouço a melodia conhecida e volto a enxergar minha mãe, no auge de seus trinta e poucos anos, gesticulando e pedindo para cantar com mais entusiasmo. De vez em quando antecipo a saudade que um dia vou ter e me comovo ao recordar a mulher independente, segura e muito amorosa que ela ainda é.

A maior saudade que vamos sentir na vida é saudade de mãe. Pois a vida tem caminhos incompreensíveis, e tudo se ajeita num colo de mãe. Numa palavra doce ou mesmo numa bronca amarga feito café sem açúcar. Mas ainda assim, numa certeza de que logo tudo ficará bem.

Ter saudade de nossas mães é ter saudade de nós mesmos. Pois mãe é lembrete. Mãe nos ensina que, mesmo que a vida caminhe, que a gente adquira experiências boas ou ruins, que a gente endureça com os tombos e fissuras, ainda assim sempre existirá um recanto dentro de nós a nos lembrar que a vida não precisa ser dura para nos ensinar algo; que amor e tolerância também são jeitos eficazes da gente crescer e aprender.

Mãe é a voz que não sai de dentro da gente mesmo que a gente tenha acumulado tempo de sobra, dinheiro no banco e muita especialização. Pois por trás de cada gabinete com ar condicionado e nó na gravata, há uma mulher que já deu broncas, mandou que raspasse o prato e lembrou de levar o casaco.

Mãe é parceira das horas certas e também incertas. É ombro nos arrependimentos e bronca construtiva nas escolhas mal feitas. Mãe é censura e também ternura, cheiro de afeto e lembrete de “engole o choro”, intuição abundante e prece incessante.

Ao nos lembrar de nossas mães, nos lembramos de quem fomos. Pois a construção e lapidação de nossa existência se confunde com antigos sons chamando no portão, cheiro de perfume conhecido borrifado nos pulsos, lembrança de arrumar a cama e tirar os pés do sofá, assobio afinado, vestido lavado e delicadeza em forma de cuidado.

Não há saudade maior que saudade de mãe. Pois mãe muda de casa, mas não sai de dentro da gente. Mãe muda de estado, mas não se desliga. Mãe percebe que o filho cresceu, mas não desiste. Mãe carimba passaporte, mas não sai de perto.

O tempo em que minha mãe cantava na catequese ficou lá atrás, junto com meus oito anos e muitas lembranças. Hoje, depois de tanto chão e muitos acertos e desacertos, separações e recomeços, perdas e ganhos, ela nos emociona cantando no coral do Círculo Militar da cidade que escolheu para morar. Antecipo a saudade que vou sentir absorvendo cada acorde do momento presente e tentando repetir com meu filho a construção de lembranças tal qual ela fez comigo e com meus irmãos. Sei que ela será minha maior saudade, a falta que vou sentir diariamente, e por isso insisto em sentir-me grata e amparada por sua voz suave, seu abraço apertado, seu cheiro doce e seu beijo terno.

Hoje eu gostaria de lhe oferecer uma música da minha infância. Está tudo tão distante, mas o refrão ainda ecoa em meus ouvidos. Vem, me dá sua mão. Chega aqui perto e me deixa cantar baixinho: “Se eu pudesse eu queria outra vez, mamãe, começar tudo, tudo de novo…”

*O título deste artigo alude a uma citação de autoria atribuída ao Padre Fábio de Melo.

Imagem de capa: Viktoriia Drobotova/Shutterstock

Para comprar meu novo livro “Felicidade Distraída”, clique aqui.

Amor é uma coisa. Estar acompanhado é outra.

Amor é uma coisa. Estar acompanhado é outra.

Fotos em redes sociais, declarações de amor em público e pedido de casamento em Paris. Tudo para expor um amor não sentido, camuflar um relacionamento fracassado e esconder uma carência constante.

Sabe, relacionamentos não são contratos vitalícios, casamentos não são sociedades e estar acompanhado não significa estar amando. As pessoas estão tão acostumadas a fingir, que está ficando impossível distinguir entre o amor real e o amor vivido. Chegamos a um ponto que quanto mais exposto é o amor, menos vivido ele é.

Sabe, nenhum filtro do Instragram, disfarça agressão. Nenhum texto de Caio Fernando Abreu, esconde infidelidade. Nenhuma indireta no Twitter, apaga a ofensa da noite anterior. Então, por você, pare de viver de aparências e comece a viver de verdade.

A verdade é que a perdemos o conceito do verdadeiro amor e aceitamos qualquer relacionamento para suprir nossas carências. Esperamos que as relações sejam perfeitas e, como não conseguimos, idealizamos as relações na esperança de sermos felizes.

Das duas uma: ou esquecemos o que é, realmente, amar ou nunca soubemos. Rubem Alves dizia que “amor é estado de graça e com amor não se paga. Nada mais falso do que o ditado popular que afirma que “amor com amor se paga”. O amor não é regido pela lógica das trocas comerciais. Nada te devo. Nada me deves. Como a rosa que floresce porque floresce, eu te amo porque te amo”.

Estar só não significa abandono, da mesma forma que estar acompanhado não garante companhia. Muitas vezes, estamos fisicamente perto de quem está com o coração em outra alma. Outras, somos nós que não amamos, mas permanecemos ali. Calados, ausentes e frios. Como se não percebêssemos que o medo da solidão só nos aproxima dela.

Mário Quintana, em toda a sua intensidade diante da vida, dizia que “com o tempo não vamos ficando sozinhos apenas pelos que se foram: vamos ficando sozinhos uns dos outros”.

Quando o relacionamento se resume em olhares longínquos, pensamentos vagos e uma sensação de “tanto faz”, está na hora de terminá-lo. Indiferente das desculpas que te fizeram permanecer nessa história, está na hora de entender que há uma grande diferença entre “estarem juntos” de “estarem no mesmo lugar”.

Imagem de capa:Por Photographee.eu/shutterstock

O melhor detox da alma é parar de consumir a maldade alheia

O melhor detox da alma é parar de consumir a maldade alheia

Não é a toa que “afastar-se do mal” é um dos primeiros conselhos que recebemos dos nossos pais. Pessoas maldosas são vampiros da energia alheia, invejosos de conquistas e articuladores de planos destruidores. E, acredite, isso não é exagero!

A natureza humana é má. Temos nossos momentos de raiva, indignação, sede de vingança e isso é normal. Anormal é permitir que esses sentimentos dominem nossas atitudes.

O que difere uma boa pessoa de uma pessoa má é a forma como age diante dos fatos. Para convivermos em sociedade, temos a necessidade de nos controlarmos diante das mais diversas situações e é, exatamente isso, que separa os bons dos maus.

Saramago dizia que “não sabemos o que é ser infinitamente bom. Sabemos o que é ser relativamente bom. E sabemos que não somos capazes de ser bons toda a vida e em todas as circunstâncias. Falhamos muito. E depois reconsideramos, o que não quer dizer que o reconheçamos publicamente”.

Infelizmente a sociedade se acostumou com a maldade, já que, muitas vezes, ela se instaura de forma sutil e passa desapercebida por nossa vida. Disfarçada de pessoas amáveis, de situações inofensivas e de elogios falsos, a maldade vem com um único objetivo: destruir a autoestima de pessoas boas, honestas e felizes.

O psicólogo argentino Bernardo Stamateas, autor de “Gente Tóxica – Como Lidar Com Pessoas Difíceis e Não Ser Dominado por Elas” (publicado no Brasil), afirmava que estes parasitas sociais fingem ser amigos, mostrando o seu lado mais inofensivo, para ir minando, pouco a pouco, a segurança da vítima com comentários sutis e com maldades “inofensivas”.

“Na realidade, o seu objetivo é reduzir a autoestima e o valor da pessoa, para a sua autoridade aumentar. O que pretende é obter poder e controlo sobre tudo e todos”.

Não se iluda: a maldade não tem preferências. Para ela não interessa sua condição financeira, sua fisionomia ou sua profissão. O que, realmente, importa é o que fere a sua alma e o quanto você aguenta até cair. Então, o melhor a fazer é afastar-se.

Lillian Glass, escritora e especialista em comunicação, em seu livro Pessoas Maléficas , explica que um indivíduo venenoso afeta qualquer área de nosso bem-estar.

Na mesma linha de estudos, Lillian Glass publicou “Toxic People – 10 Ways of Dealing With People Who Make Your Life Miserable”, obra em que introduziu o termo “Toxic” para os estudos do comportamento humano. No livro, a autora descreve o perfil desses vampiros psíquicos: “alguns são indivíduos com uma autoestima tão baixa e que se sentem tão deprimidos que conseguem, para melhorar o próprio estado de espírito, absorver a alegria das pessoas que os rodeiam”.

Portanto, ao perceber que está sendo alvo da maldade alheia, apenas afasta-se. Não procure mudar o comportamento ou mostrar o quão erradas essas pessoas estão, isso seria como dar murro em ponta de faca. Entenda que, quem pratica o mal, pratica-o por prazer e não carrega culpa alguma ao fazer isso.

Queria o bem, faça o bem, viva o bem. Lembre-se que todo o sofrimento causado, volta para o lugar de origem, portanto, seja sábio em suas atitudes. Acredite que as pessoas boas não são raras e que, no caminho da vida, você encontrará milhares delas.

Selecione seus relacionamentos, analise suas amizades e respeite seus limites. Lembre-se que, o poder de lhe fazer mal, só é dado aos outros se você permitir.

Imagem de capa: Daxiao Productions/shutterstock

Se você a ama, faça dela a sua prioridade

Se você a ama, faça dela a sua prioridade

Se você a ama, ela tem que se sentir amada, tem que ter a certeza de que poderá contar com você, não o tempo todo, mas sempre que o seu coração pedir, quando a dor vier, quando o mundo desabar. Ela precisará poder estender-lhe as mãos e ser socorrida, retirada dos escombros emocionais, trazida de volta à luz de seu amor verdadeiro.

Se você a ama, ela tem que saber, ela tem que ter certeza. Não basta somente dizer, é preciso demonstrar, importar-se, olhar nos olhos, entrelaçar-lhes fortemente as mãos. É necessário, mais do que palavras, atitudes, partilha, entrega, comprometimento e fidelidade.

Se você a ama, ela tem que se sentir amada, tem que ter a certeza de que poderá contar com você, não o tempo todo, mas sempre o seu coração pedir, quando a dor vier, quando o mundo desabar. Ela precisará poder estender-lhe as mãos e ser socorrida, retirada dos escombros emocionais, trazida de volta à luz de seu amor verdadeiro, toda vez que a tempestade for demoradamente forte e longa.

Se você a ama, estará ali juntinho, sob os raios e os trovões da vida, sorrindo junto e amparando cada lágrima, porque então ela lhe abrirá o coração e a alma, sendo você o porto-seguro, o repouso consolador, após a carga pesada de um dia ruim, o colo que acalenta ao final de uma travessia dolorosa, a chama de esperança que reacende os sonhos dela.

Se você a ama, ela se sentirá bem ao seu lado, seja de pijama, seja de salto alto, de batom vermelho ou de cara lavada, com tesão ou com febre, de manhã, à tarde, à noite, nas madrugadas sem fim do caminhar incerto da vida. Você será o apoio quando ela tiver que voar, que ousar, encorajando-a a ser mais, a viver mais, a ser cada vez mais feliz. A felicidade dela será então a sua felicidade.

Se você a ama, ela será sempre a sua prioridade, a mulher da sua vida, a companheira, com quem você dividirá o seu melhor e o seu pior, sem machucá-la, sem mentira, sem traição, porque o que construírem juntos será o bem mais precioso de ambos. E ela será sua e você será dela. Porque serão prioridades em vidas que caminham juntas, não o tempo todo, mas na medida exata de um amor digno e verdadeiro.

Imagem de capa: wavebreakmedia/shutterstock

INDICADOS