Eu vou ser grande por nós dois e dizer: seja feliz

Eu vou ser grande por nós dois e dizer: seja feliz

Você foi como um mergulho na piscina. Deixei um pouco de mim na água e ao mesmo tempo, saí com gotículas presas a mim. Agora acabou, mas quem disse que não valeu a pena? Sei que é difícil aceitar o fim, por isso vou ser grande o suficiente por nós dois e dizer: seja feliz.

Não precisamos mais nos prender a ideia de que o relacionamento deu errado quando terminou. É ingratidão com todos os momentos em que deu certo. O importante é se encher ao máximo de bons momentos e levar de cada um, pequenas experiência que vão formar quem você será amanhã. Como podemos, então, dar errado com alguém se esse alguém vai ser uma nova camada nossa?

Eu não quero me despedir, mas a despedida só é triste quando remete a um fim; e não precisa ser assim. Estamos em constante movimento, vendo dezenas de rostos e um esbarrão e pronto: já estamos no dia um. Somos cíclicos. Por que não usar isso ao nosso favor?

Não tem experiência que não se valha. Se foi boa: sei que num fim de tarde de um domingo qualquer, vou acabar sorrindo de canto ao saber que tenho essas boas memórias guardadas. Se foi ruim: sei que não é algo que quero que se repita e minhas ações daqui pra frente serão pensadas para me desviar de revive-las.

Para onde o amor vai nos levar, eu não sei. Mas eu garanto que o destino é bem longe daqui. Com uma imensidão de oportunidades no meio do caminho, com desvios tortuosos algumas vezes, outras, atalhos inesperados com pessoas que nos impulsionam para frente e nos fazem chegar mais rápido. O andar, o conhecer, desconhecer, reconhecer, enfim; a jornada é a experiência mais significante, a que mais deu certo.

Por isso, seja feliz.
Viva a jornada,
Aproveite suas gotículas.

Imagem de capa: eldar nurkovic/shutterstock

Não há nada mais belo que apaixonar-se por alguém autêntico!

Não há nada mais belo que apaixonar-se por alguém autêntico!

Em um telefonema com minha mãe, comentei com ela que ia sair com alguns amigos. Entre um riso e outro, disse a ela que estava ansiosa para encontrar com eles para tomarmos um café e batermos uma prosa como sempre fazemos. Entretanto, dentro dessa roda de amigos, um deles me chama a atenção. Minha mãe perguntou como estava meu coração. Disse a ela que meu coração estava batendo forte ao saber que encontraria essa pessoa.

Despretensiosamente, perguntei a ela como agir perto dele. Claro que era uma brincadeira, até por que, essa pessoa pela qual sou interessada é ciente dos meus sentimentos, os corresponde, e me conhece bem. Contudo, foi assim que recebi um dos conselhos mais sábios que uma filha poderia receber de sua mãe. Ela disse: “Seja você mesma”.

Essa frase ecoou em minha mente durante alguns segundos. Ri, e disse a ela que ela havia caprichado.

Apesar do conselho ter sido maravilhoso, foi algo que sempre segui mesmo antes dela falar.

Desde quando percebi que meu coração batia de uma forma diferente quando tratava-se dele, procurei ser transparente.

Embora não seja perfeita, enxergo os sentimentos dele em seu olhar. Não adianta, quando a gente gosta de alguém, nosso semblante denuncia. E eu, que sempre fui péssima em guardar sentimentos, sorrio feito boba ao mergulhar em seus lindos olhos verdes.

O que quero dizer é que não importa quanto tempo demore, alguém vai gostar de você exatamente do jeitinho que você é. E você não precisará fingir ser quem não é para chamar atenção desse alguém. Ele enxergará beleza em você, e quando isso acontecer, não haverá desculpas, você conquistará a admiração desse alguém sem esforço algum.

Quando encontrar essa pessoa, ela se apaixonará pelo seu sorriso, ou, pelo seu jeito de falar, ou talvez, pelo seu jeito de enxergar a vida. Não importa, quando essa pessoa cruzar sua estrada, algum atributo fará com que ela se encante por você. Sabe por quê? Porque as coisas mais lindas acontecem quando não esperamos que aconteçam.

Não há nada mais belo que apaixonar-se por alguém autêntico.

Imagem de capa: Antonio Guillem/shutterstock

Dos amigos que a gente carrega

Dos amigos que a gente carrega

Quando penso na gente minha, nos meus amigos de anos, sou tomado por uma saudade miúda. Lembro, claro, de nossos rompantes, de nossas loucuras, dos grandes eventos que testemunhamos com o brilho nos olhos que só parece queimar uma vez na vida. Mas a saudade vem dolorida, aperta pouquinho, chama baixinho de canto, quando lembro mesmo é de nossos tempos mais brandos, aqueles que pareciam banais, quando nosso amor era comum e estava o tempo todo ao alcance de uma vontadinha curta.

Não precisava de agenda, não carecia reserva, ninguém pegava avião. A gente meio que intuía que ia sair pra espantar o calor, pra ver um filme junto, pra dançar onde quer que fosse. Não havia estrada, nem remarcação, nem pressa ligando, só a gente se debruçando sobre um futuro incerto, que a gente adorava imaginar.

E é uma saudade doída, uma vontade absurda de dizer – Ei, vamo ali – e receber um sorriso de volta, já dando o primeiro passo. Naquela época, nossos celulares eram todos péssimos e nossas conversas muito melhores. Eu me lembro dos olhos, a gente se olhava muito nos olhos e eu ainda não entendia, mas hoje vejo aqueles lagos fundos de amor e cuidado voltando na minha memória, fortes.

Quando havia carro, era um e cabia todo mundo. A gente saía pela cidade, ouvindo música, cantando alto e sempre íamos parar no mesmo lugar, onde éramos tomados por um silêncio imenso que durava cinco ou seis segundos. Vim entender anos depois que aquela era nossa prece de gratidão, nosso medo de perder a amizade um do outro, como quem sai de um carro apertado de gente e se espalha pelo mundo.

De vocês eu só sinto saudade, da não necessidade de pompa, do estar bem vestido de chinelos, dos assuntos que iam além do trabalho, da nossa falta de organização sempre certeira. De vocês eu só sinto saudade, do nosso tempo de escola, das noites pós-faculdade, das viagens sem estada certa, da riqueza de nossa amizade, de quando não tínhamos ideia que um dia nos faríamos tanta falta.

Imagem de capa: Rawpixel.com/shutterstock

A satisfação indescritível de realizar as nossas habilidades.

A satisfação indescritível de realizar as nossas habilidades.

Eu tenho certeza de que cada pessoa nesse planeta possui, no mínimo,uma aptidão, habilidade ou dom. É aquilo que ela faz com desenvoltura, com leveza e que sempre desperta admiração e arranca elogios das outras pessoas. Não importa o que seja: cozinhar, dançar, cantar, escrever, falar, desenhar, costurar…enfim, são infinitas possibilidades. Eu entendo um dom como uma semente gerada em nosso DNA para nos conduzir ao sentido pleno de existir. Sabe por quê?

Simplesmente porque acredito que uma das razões da nossa existência é deixar nossa marca com aquilo que nos dá muita satisfação ao realizar. Uma das condições para realizarmos algo bem feito é colocando a alma junto ,atuando como ferramenta. De cara, percebemos quando algo foi realizado por alguém que o fez com amor. Seja uma comida, seja uma decoração, seja uma faxina. Quando a alma está envolvida no processo do realizar, a prosperidade se faz presente.

De nada adianta anos de faculdade, pós graduação, mestrado e doutorado, se a pessoa não tem afinidade e paixão por aquilo que ela está estudando. Se ela não tem aptidão por aquilo, ela será apenas uma pessoa cheia de diplomas, o que não será garantia de sucesso e realização. Ela até poderá ter um mega cargo, mas não deixará a sua marca naquilo que realizar. Eu estou falando de paixão, não de conhecimento acadêmico, entendem?

Eu me refiro àquilo que você faz com prazer, mesmo estando muito cansado. Falo daquilo que você realiza sem arrumar desculpas, daquilo para o qual você sempre dá o seu melhor. É sobre daquilo que você faz com os olhos brilhando e o sorriso escancarado. Sabe, quando realizamos algo que realmente temos aptidão, impressionamos quem está à nossa volta em questão de minutos, ainda que isso não seja intencional. Qualquer coisa nessa vida que seja realizada com entusiasmo, será marcante e será visto como um diferencial até mesmo pelos olhares mais desatentos.

Quando fazemos algo com paixão, as digitais da nossa alma ficam tatuadas nessa obra. Uma pessoa que tem loucura pelo o que faz, nunca terá pressa para se aposentar, tampouco ficará depressiva ao chegar a noite de domingo. Acredito que trabalhar com algo, com o qual uma pessoa não se identifica, poderá ser o desencadeador de doenças emocionais ao longo da vida dela, e, sabemos que as doenças emocionais se transformam em doenças físicas.

As insatisfações profissionais, certamente, contribuem para a grande procura pelos consultórios psiquiátricos. É muito triste ouvir uma pessoa dizer que escolheu a profissão tal porque era um desejo do pai. É triste também perceber que uma pessoa não se conhece o suficiente para identificar aquilo que gosta de fazer. Fazer aquilo que gostamos nos dá a certeza de estarmos na rota certa nessa vida e isso nos proporciona um sentimento de pertencimento, só assim nos sentimos peça integrante desse gigantesco universo. Então, a alma agradece e canta de gratidão. Eu amo escrever. E você, o que gosta de fazer?

Imagem de capa: MRProduction/shutterstock

A triste geração que dá mais valor ao celular, do que a vida que há fora dele…

A triste geração que dá mais valor ao celular, do que a vida que há fora dele…

Se tem uma coisa que me deixa fula da vida, é puxar assunto com alguém que não sai do celular e não demonstra o mínimo de interesse em falar comigo. Sabe quando você puxa papo com alguém, e a pessoa está tão ocupada interagindo virtualmente que não te dá espaço para continuar a conversa?

Não vejo problema em pegar o celular para dar uma olhadinha, ver se tem alguma mensagem não lida, ou, uma ligação não atendida, contudo, não custa nada esquecer um pouco o aparelho e ouvir o que o outro tem a dizer.

Entretanto, com o avanço da tecnologia, as pessoas estão ficando cada vez mais conectadas, e esquecem como é gostoso se deixar levar por uma prosa regada de risos, leveza, e principalmente, espontaneidade.

Um exemplo claro disso é a selfie. Quando saio para dar uma volta, noto que as pessoas estão mais preocupadas em registrar os momentos, do que aproveitar as companhias. Não que seja um crime tirar fotos, longe disso, mas é inevitável. Você pega o celular, tira a foto, edita, e quer postar ali mesmo. Quando vai perceber, o passeio já acabou, e você só se preocupou em tirar fotos.

Problema que o Cantor Mick Jagger da banda Rolling Stones notou quando veio fazer um show em São Paulo, no estádio no Morumbi, em fevereiro de 2016.

Jagger concedeu uma entrevista ao SuperPop, conduzido por Luciana Gimenes. Na atração, a apresentadora perguntou a ele sobre a diferença entre os públicos da banda. O cantor disse que “São Paulo é um público diferente”. E complementou dizendo que as pessoas assistem o show através do celular. Ao finalizar a entrevista, disse que nossa cidade é a “cidade do celular”. esa, ficam com o celular na mão, ao invés de conversarem com as pessoas que estão ao redor.

A vida passa tão depressa. Os dias estão ficando cada vez mais corridos. Vivemos 24 horas conectados, e quando encontramos a oportunidade de nos desconectar um pouco, não damos abertura para as pessoas que estão dispostas a nos ouvirem.
Triste geração que é mais preocupada em registrar momentos do que vivê-los intensamente. Triste geração que não chega junto, e não faz valer a pena cada momento. Triste geração que dá mais valor ao celular, do que a vida que há fora dele.

Imagem de capa: Syda Productions/shutterstock

Envolva alguém nos seus braços. E, se precisar, envolva-se nos braços de alguém

Envolva alguém nos seus braços. E, se precisar, envolva-se nos braços de alguém

A medida do abraço, se mede pela intensidade daqueles que se abraçam, concordam?

Na verdade, braços que se abrem para o abraço são a extensão de um amor genuíno, embora em muitos casos, representem o amor próprio.

Uma mãe está o tempo todo com seus braços abertos para seus filhos, não importa em quais situações; o que importa é o amor por eles dispensado. O principal desejo de uma mãe na hora do abraço é sentir o coração do filho batendo junto ao seu. A vida pode tomar rumos diferentes, mas o abraço da mãe continuará sempre vivo, quente e acolhedor. E ainda estarão sempre na sua mente, os braços abertos e a criança meio perdida correndo ao seu encontro. Sim, o abraço sempre será um referencial na vida de uma mãe. Nunca existirão escolhas de um momento próprio ou local para esse abraço, porque se baseia num amor incondicional.

Sabemos que não existe lugar mais seguro e reconfortante, que dentro dos braços de quem amamos. E todo mundo quer receber esse carinho, sabe? Porque uma pesquisa da Universidade de Viena, na Áustria, comprovou que o abraço traz benefícios para a saúde e deixa as pessoas mais felizes. (Isso porque quando abraçamos alguém, nossos níveis de oxitocina aumentam, fazendo com que o estresse e a ansiedade sejam amenizados e a nossa felicidade se eleve.).

O abraço é, sem dúvida, a inspiração dos poetas, a receita para muitos males, e o anseio dos apaixonados.

O melhor lugar do mundo

É dentro de um abraço

Pro mais velho ou pro mais novo

Pra alguém apaixonado, alguém medroso

O melhor lugar do mundo

É dentro de um abraço

Pro solitário ou pro carente

Dentro de um abraço é sempre quente. (trecho da música do Jota Quest)

E o que dizer do abraço dos apaixonados? Nos reencontros são mais apertados, prontos para dissolverem o medo e amparar com emoção a pessoa amada. São corpos entrelaçados, apaixonados e que se unem na esperança de aquecimento mútuo. E um abraço apertado pode dizer muitas coisas. Sim… Pode dizer: “Estou com saudades ou eu amo você”. Porque muitos precisam de um abraço para viver.

E quanto ao abraço que não seja de urso? Um amigo abraça em busca de conforto e como um gesto de carinho. O que não passa despercebido é a transparência desse abraço, porque existem muitos ursos por ai, querendo nos abraçar. Mas o abraço do amigo verdadeiro é um presente que nos traz felicidade.

Por fim, quero falar de braços que se abriram para o abraço dos mais excluídos, e depois de mostrar tanto amor, seus braços se abriram para o martírio. Os braços de Jesus. Esse abraço é um porto seguro, onde encontramos calor e afeto. Onde estaremos sempre seguros sob a proteção e a presença do doce Espírito Santo. Vale a pena experimentar esse abraço tão acolhedor.

Cristo morreu de braços abertos, para mostrar que os braços de quem ama não só se abrem para o abraço, mas também para o martírio.(Héber Salvador de Lima)

Então! Tome uma atitude e envolva alguém nos seus braços. E se precisar, envolva-se nos braços de Alguém.

Imagem de capa: Anna Gribtsova/shutterstock

Necessidades

Necessidades

Às vezes, admito, escrevo atendendo a um chamado da minha vaidade. Escapa como aquela selfie que a gente faz em frente a uma belíssima paisagem, fingindo ser sem querer, com uma luz adequada mascarando nossas imperfeições.

Às vezes escrevo porque quero garantir a mim mesmo o direito de não me calar. Vale qualquer coisa, um comentário irônico, a manifestação de uma genuína revolta, uma alegria, a graça que eu vi em alguma coisa e tenho vontade de dividir.

Também escrevo por tédio. Essa é a razão da qual menos me orgulho. E talvez seja por isso que encaixei estrategicamente no meio do texto.

Escrevo na ânsia de resgatar antigas memórias, maturá-las, traduzi-las. Me traduzir. Quando escrevo estou jogando no chão todas as mil peças do quebra-cabeças e juntando aos pouquinhos pra ver que desenho forma. Fantasio que um dia será possível emoldurar o quebra-cabeças e pendurá-lo na parede para exibi-lo com orgulho. Às vezes a poesia cai bem.

Escrevo todas as aventuras que não vivi. E a partir do momento em que as ponho no papel, ou no computador, que seja, elas passam a ser parte da minha história. Não dizem os estudos científicos que os sonhos que temos enquanto dormimos ficam registrados no nosso cérebro como memórias? Pois então.

Escrevo porque acontece. Parece que brota, sabe? É quase instinto. E eu sei que estou correndo todos os riscos de parecer pretensioso dizendo tudo isso. Mas se expor é mesmo correr todos os riscos de ser ridículo. Não há negociação. E posso, no meu dia a dia, estar sendo ridículo de tantas outras formas menos divertidas que acho que esse é um risco que vale a pena.

Escrevo às vezes sem nem saber o porquê. E tem que ter um porquê, afinal? Nem todas as necessidades se justificam.

Resumindo, não me ponho no papel de censurar uma necessidade minha. Nem que seja a de me expor gratuitamente. Estamos todos, de um modo ou de outro, querendo ser vistos, ouvidos, compreendidos. O que são as redes sociais senão um amontoado de vozes ecoando e necessidades se manifestando.

Imagem de capa: A. and I. Kruk/shutterstock

5 formas de amenizar a ansiedade

5 formas de amenizar a ansiedade

A ansiedade é um dos grandes males que atinge a sociedade moderna de forma arrebatadora. As pessoas que precisam viver com esse mal enfrentam grandes batalhas pois isso não é uma tarefa nada fácil. O controle da ansiedade não é uma tarefa rápida e muito menos fácil. Pelo contrário, leva muito tempo e é bastante trabalhoso. Mas, nós conseguimos algumas dicas de como você pode amenizar a ansiedade de forma mais simples e eficaz a curto tempo.

1- Controle a sua respiração

A respiração é um dos fatores que agrava bastante a ansiedade tanto em homens como em mulheres que praticam uma respiração inapropriada. Isso não quer dizer que você tenha que acelerar a sua respiração, pelo contrário, você deve desacelera-la utilizando técnicas eficazes. Faça o seguinte exercício:
– Tome uma inspiração pelo nariz com cerca de 5 a 7 segundos de duração
– Feito isso segure essa respiração por uns 4 segundos
– Depois solte todo o ar de forma bem lenta, pela boca, por 7 a 9 segundos.
Repita esse exercício cerca de 20 vezes paradesacelerar a sua respiração e diminuir os sintomas da ansiedade.

2- Converse com um amigo

A conversa é um excelente tratamento para vários distúrbios da mente, inclusive a ansiedade. Então tenha um amigo de sua confiança e se abra com ele sobre tudo que te aflige. Conte sobre os sintomas da sua ansiedade, sobre os seus medos e receios, suas vontades e distraia a sua mente numa boa conversa.
Escolha alguém que possa te ajudar a enfrenter todos os males da ansiedade e que não torne a doeça ainda pior e mais sofrida para você.

3- Jogue diferentes tipos de jogos

Quando alguém sofre de ansiedade um dos seus principais inimigos é a sua própria mente. Ela pode te levar para caminhos muito dolorosos e te fazer sofrer ainda mais. Por isso, é indicado que as pessoas que sofrem desse mal pratiquem diversos jogos que ajudem a distrair a mente e mandar para longe os pensamentos maléficos. Você pode escolher entre jogos de tabuleiro como damas e xadrez, por exemplo, pode jogar videogame e até mesmo jogos como caça niquel e outros de cassino que você encontra em plataformas como https://brasilcasinos.com.br/caca-niquel/jogos-de-caca-niquel/ onde existem as regras e dicas importantes sobre cada uma dessas modalidades.

4- Pratique atividades aeróbicas

Nos picos de ansiedade máxima o nosso corpo fica tomado de adrenalina. Uma ótima opção de mandar para longe toda essa adrenalina é praticando algum tipo de atividade aeróbica para melhorar os sintomas.
Escolha uma atividade prazerosa para você e de baixo impacto como uma caminhada ou até uma corrida rápida para mandar essa adrenalina e ansiedade para bem longe.

5- Faça amor

Isso mesmo que você leu. Não é mito, é verdade. Fazer amor ajuda a liberar endorfina e, consequentemente, te deixa mais relaxado e menos tenso. Se os sintomas de ansiedade estão te afligindo muito converse então com seu parceiro e peça ajuda para diminuir esses sintomas tão dolorosos e sofridos.

Imagem de capa: pecaphoto77/shutterstock

Carta aberta para um novo ano

Carta aberta para um novo ano

Ano Novo, não se preocupe. Dessa vez, prometo que não vou exigir muito de você. Não vou forçar a barra e pedir que traga doze meses de muitas alegrias e conquistas. Eu sei que isso não é tarefa sua. Nunca foi, né? É minha a responsabilidade de transformar uma simples mudança no calendário em um novo tempo para evoluir e abraçar a felicidade que tanto quero.

É injusto virar para você e jogar todo o peso de quem só existe para que possamos medir o tempo. Logo, não vou cruzar os dedos e nem correr em busca de variadas simpatias para ganhar felicidades a mais. Que eu persiga, a cada novo dia, o meu próprio jeito para ter orgulho, satisfação e amor pela jornada que eu decida trilhar. Porque ninguém pode criar sorrisos, amores e gratidões sem entregar os mesmos ingredientes. Tenho um dever comigo para o próximo ano, não sabotar o meu coração. Não deixá-lo fechado para balanço ou suspenso para viver novas oportunidades. Ele precisa botar a cara na rua e se tiver que apanhar, que apanhe. Pelo menos ele ganha corpo e malandragem para continuar intenso.

Ano Novo, confia em mim. O seu trabalho não é passar a mão na minha cabeça e nem me presentear com uma sensação de que tudo vai melhorar. Nada vai melhorar se eu não mantiver a alma erguida. Contra quem não é reciprocidade, contra quem não soma e contra quem não sente desejo de cumplicidade. Às vezes penso que demorei para aprender que você é só uma passagem, assim como tantas outras. O seu poder não é reiniciar a minha vontade de ser feliz, nada disso. A sua habilidade mais especial é me fazer lembrar que dores existem, independente do número que te acompanhe.

Percebi que não tenho todo o tempo do mundo. Percebi que é importante viver os dias da melhor maneira possível. Percebi que gentileza não é moeda de troca, mas que preciso acordá-la todos os dias em que levantar da cama. Percebi que os meus sonhos podem ser compartilhados, mas que eles não serão concretizados se eu não praticar um esforço contínuo.

Ano Novo, até os amores entram na roda e você já sabia há muito tempo disso. Parece fácil falar e difícil fazer, mas nem é. Você já dizia, ano após ano – o amor é para quem tem coragem de seguir de mãos dadas, mesmo podendo viver em corações separados. É sorte, mas também é sintonia. É amor, mas também é paciência. É ternura, mas também é sacanagem. É respeito, mas também é mais respeito.

Ano Novo, obrigado. Essa carta é para você, um novo ano que vai chegando com todos os indícios para ser o melhor ano do resto da minha vida. Porque agora eu sei contar comigo, e essa é uma lição que só dá para aprender em caso de amor próprio, com expectativas e promessas juntas e proporcionais com a minha leveza de existir.

Imagem de capa: KIRAYONAK YULIYA, Shutterstock

13 características das pessoas resilientes

13 características das pessoas resilientes

A resiliência é um fator psicológico, e trata da capacidade que as pessoas têm de adaptar-se à variação de circunstâncias, a fim de lidar com adversidades e superá-las.

De acordo com Garmezy (1984), a resiliência é a “resistência ao estresse ou invulnerabilidade frente a condições adversas”.

Embora seja um conceito válido, os termos “resiliência” e “invulnerabilidade” não são equivalentes. Segundo Zimmerman e Arunkumar (1994):

“Resiliência refere-se a uma habilidade de superar adversidades, o que não significa que o indivíduo saia ileso da crise, como implica o termo invulnerabilidade.”

Algumas pessoas confundem resiliência com resistência. Uma pessoa resistente é aquela que suporta constantemente situações de pressão, e uma pessoa resiliente não só faz isso, como também aprende com os desafios, usando sua flexibilidade para se adaptar e sua criatividade para encontrar soluções alternativas.

Pessoas resilientes conseguem transformar experiências negativas em aprendizado. Elas enxergam oportunidades de mudança em seus problemas, e acabam se beneficiando delas, mesmo se forem prejudicadas em algum outro aspecto.

A capacidade de resiliência é adquirida com a experiência. Não é algo que uns têm e outros não: há graus variados de como uma pessoa lida com a dor e o estresse. Dessa forma, é possível tanto aprender a ser resiliente quanto aumentar o grau de resiliência.

De diversas formas a ciência mostra que, quanto mais resiliente um indivíduo é, mais longe ele irá em sua vida pessoal e profissional.

Segundo Alex Anton, cientista de Harvard:

“Claramente, o indivíduo resiliente não é aquele que evita estresse de toda e qualquer forma, mas sim aquele que aprende como controlá-lo e transformá-lo em energia produtiva. A pessoa resiliente provavelmente entortará, mas não quebrará, quando confrontada com adversidade, traumas, tragédias e ameaças. Ela é, na maior parte do tempo, ativa e não passiva em relação ao que acontece a seu redor e em sua vida, sempre acreditando ser autora do seu presente e futuro, e não uma vítima do seu passado.”

Napoleon Hill, um escritor americano da área de recursos humanos, afirmou:

“Cada adversidade, cada fracasso, cada angústia traz consigo a semente de um benefício igual ou maior.”

Nas palavras do escritor escocês Robert Louis Stevenson:

“A vida não é uma questão de ter as boas cartas, mas sim de jogar bem com uma mão fraca.”

As 13 características das pessoas resilientes

Existem algumas características comuns e observáveis em pessoas com alto grau de resiliência. Por exemplo:

1. Elas conhecem os seus limites

Pessoas resilientes compreendem que há uma diferença entre quem elas são em essência e a causa de seu sofrimento temporário. O estresse desempenha um papel em sua história, mas não alcança sua identidade ao ponto de desvirtuá-las.

2. Elas procuram ter boas companhias

Pessoas resilientes tendem a procurar e cercar-se de outras pessoas resilientes, seja apenas por diversão, ou quando há uma necessidade de apoio. Essas pessoas sabem quando ouvir e oferecer incentivo, e, o que é mais importante, elas têm a noção de que não podem resolver todos os problemas com seus conselhos. Bons apoiadores acalmam-se uns aos outros, e agem perante adversidades sem admitir um sentimento de frustração.

3. Elas aceitam o sofrimento

A dor é dolorosa, o estresse é estressante, e a cura leva tempo. As pessoas resilientes entendem que dor e estresse são uma parte da vida que flui e reflui. Por mais difícil que seja no momento, é melhor entrar em acordo com a verdade da dor do que ignorá-la, reprimi-la ou negá-la. Ao invés de resistir ao que está acontecendo, mesmo se não for de sua preferência, pessoas resilientes aceitam condições inevitáveis e além de seu controle, e sabem que as coisas podem melhorar.

4. Elas são otimistas

Pessoas resilientes costumam olhar para as circunstâncias de uma forma mais positiva e otimista. Elas externalizam a culpa, e internalizam o sucesso. Geralmente, essas pessoas assumem a responsabilidade direta por aquilo que as compete.

5. Elas cultivam a autoconsciência

Pessoas que cultivam a autoconsciência sabem entrar em contato com suas necessidades psicológicas/fisiológicas, da mesma forma que sabem daquilo que não precisam. O autoconhecimento é fundamental para que se consiga captar os sinais enviados ao corpo pela mente. Por outro lado, uma teimosia orgulhosa sem autoconsciência pode nos tornar “geleiras emocionais”: sempre tentando ser fortes a fim de manter-se à tona, mas propensas a fraturas quando experimentam uma mudança inesperada em seu ambiente.

6. Elas estão dispostas a manter-se focadas e atentas

Nós somos mestres da distração: TV, celulares, comer em excesso, abuso de drogas, comportamentos de risco, fofocas, etc. Nós todos reagimos de formas diferentes às distrações, bem como ao estresse e trauma. Uns se “desligam”, e outros respondem diretamente. Em algum ponto no meio dessas duas abordagens está o foco e atenção plena: viver o momento em sua totalidade sem recorrer a quaisquer subterfúgios. Isso é extremamente difícil, ainda mais nos dias de hoje, e requer muita prática, mas é uma das formas mais antigas e puras de cura e construção de autorresiliência.

7. Elas não precisam ter todas as respostas

A psique tem seus próprios mecanismos de proteção internos que nos ajudam a regular o estresse. Quando tentamos encontrar todas as respostas para perguntas difíceis em face de eventos traumáticos, podemos nos distanciar dessas respostas que, porventura, surgem em seu devido tempo.

8. Elas consideram todas as possibilidades

Pessoas resilientes perguntam a si mesmas quais partes de sua história são permanentes e quais podem mudar. Essa situação pode ser encarada de uma forma diferente? Esse tipo de indagação ajuda a manter uma compreensão realista da situação atual que está sendo colorida pela interpretação atual. As nossas interpretações sobre a vida que levamos mudam na medida em que crescem e amadurecem. Sabendo que a interpretação de hoje pode mudar, isso nos dá fé e esperança de que as coisas são melhoráveis.

9. Elas são compassivas

Pessoas com alto grau de resiliência sabem que todos merecem amor, respeito e boa vontade, mesmo aqueles que não consideram a ética e lidam com as circunstâncias de uma maneira puramente egocêntrica. Julgamento e condenação não ajudam a nutrir autorresiliência.

10. Elas têm múltiplas identidades

Quando se tem o máximo de autoestima no trabalho, por exemplo, e se é demitido, o mundo pode virar de cabeça para baixo: perda da fonte de renda e, em parte, da identidade. Sabendo disso, pessoas resilientes têm um grande número de áreas a partir das quais obtêm o seu sentido de autoestima. Elas trabalham para ter mais amizades duradouras e conexões familiares fortes. São bem capazes de se recuperar, porque, mesmo se um aspecto fundamental de sua vida for embora – um emprego, um romance, um amigo –, elas ainda sentirão uma conexão a partir de outras áreas (e identidades).

11. Elas não são rígidas ao ponto do detrimento

A inflexibilidade é uma fraqueza, mas ser flexível demais também nos torna frágeis. É ótimo ter alguma rotina e estrutura, como necessário abdicar de certas obrigações e dar espaço para novas oportunidades, como as pessoas resilientes fazem. Do contrário, fica difícil obter êxito do acaso.

12. Elas perdoam

Quer se trate de perdoar a si mesmo por algum erro ou perdoar alguém por uma injustiça, ser capaz de deixar as mágoas para trás e seguir em frente é uma característica essencial das pessoas resilientes. Quando essas pessoas deixam de perder tempo ruminando sobre brigas, queixas e negativismos do passado, elas se lembram pelo que são gratas hoje, e agem com a consciência mais tranquila.

13. Elas têm um senso de propósito

As pessoas resilientes têm um senso de propósito que as ajuda a analisar uma situação e dar passos seguintes. Isso deriva de um conjunto de valores particulares de cada indivíduo, mas, em geral, quando sabem realmente o que é importante – família, fé, dinheiro, carreira, ou qualquer outra coisa –, as pessoas resilientes priorizam os aspectos de sua vida que necessitam de atenção imediata. Elas têm objetivos futuros bem definidos, e agem de forma significativa e contributiva para conquistá-los.


*Com informações do Psychology Today, Fast Company e Inc Magazine.

Não solta da minha mão

Não solta da minha mão
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“Que a voz dos teus olhos é a mais profunda que todas as rosas.” (E.E. Cummings)

Esqueçamos o fim e voltemos ao início. Quando sentimos com urgência e saboreamos os trejeitos e outras características sublimes, também vivenciamos o êxito que é reconhecer, apreciar e zelar por alguém. Na poesia acima de qualquer padrão estético, surgiu o convite amável da conquista e da confiança. E a expectativa, impiedosa e cotidiana, pediu licença, saindo de mansinho para dar lugar à tranquilidade. Já não havia mais a necessidade de deixar brechas para o acaso. Escolhemos.

Passado o início, o meio. Meio que confunde diante tantos rostos e experiências calorosas e, por vezes, dolorosas, mas essenciais no processo de autoconhecimento. Erros e acertos patrocinados pela transformação que é viver. Conhecemos e desconhecemos. A certeza é a dúvida. A confiança, ingênua, entra num diálogo filosófico com a insegurança. O medo da perda. Escolhemos.

Ainda construindo o caminhar, queremos saber do fim. Clamamos por respostas, pelo destino final, onde esperamos ser possível deixar o caos, abraçando o silêncio. O prazer recorrente e recíproco. Alguns diriam ser o resumo do amor. Imprevisibilidade. Escolhemos.

Seja lá qual for o caminho a ser desvendado, desarmo, desabo, desfaço, mas sob nenhuma hipótese, disfarço. Apenas peço: – Não solta da minha mão.

Imagem de capa: Reprodução

Não espero muita coisa das pessoas que se aproximam do território do meu coração

Não espero muita coisa das pessoas que se aproximam do território do meu coração

Não espero muita coisa das pessoas que se aproximam do território do meu coração.
Pra chegar aqui não precisa se preparar tanto, usar a melhor roupa, a melhor fala, mostrar uma vida boa.

Meus olhos não brilham pelas cascas, pelos invólucros, acessórios e acúmulos.

Meu olhar distraído não percebe muitas vezes os malabarismos, os teatros de encantamento, o cheiro dos perfumes, o carro, o nível de formação acadêmica, o número de amigos legais, os planos grandiosos.

Me impressiona mesmo o jeito de andar pelas ruas, de tratar as pessoas, de falar com a mãe no telefone, de gostar de animais. Me impressiona a rebeldia da alma, o olhar questionador, a não aceitação dos modelos, a facilidade de se apaixonar por tanta coisa e expressar isso, a vontade de se abrir para a vida por inteiro, e de colocar mais amor por onde andar.

Me impressiona a fluidez da conversa, a capacidade de ouvir e de não julgar com o filtro dos medos. A simplicidade em sorrir, a facilidade em relaxar o corpo e a mente. Me impressiona o autoconhecimento, a vontade de viver se resgatando, a coragem de mostrar as imperfeições e vulnerabilidades, de estampar as estranhezas, vícios, neuroses e de rir de si mesmo.

Meus olhos brilham por pessoas humanas, de coração macio, que buscam mais carinho do que status, mais crescimento interior do que grandes conquistas, mais parceria do que domesticação, mais momentos bons do que contratos.

Não espero muita coisa das pessoas que se aproximam do território do meu coração.

Espero uma pele que se ajusta bem à minha, uma amizade incondicional que nos deixa livres e seguros para sermos nós mesmos e contarmos até os nossos mais insólitos segredos.

Em suma: espero apenas bons amigos para brincar de vida.

Imagem de capa: Dima Aslanian/shutterstock

O que temos de mais perfeito é a nossa capacidade para a imperfeição.

O que temos de mais perfeito é a nossa capacidade para a imperfeição.

Acontece em todas as festas. Depois dos risos, dos perfumes recendendo, das chegadas pirotécnicas, dos abraços e dos beijos em boa dose, depois das fotografias e de todo o protocolo festivo, chega o instante estranho em que o volume da música diminui, os convivas populares desaparecem e ali permanecemos apenas nós, as pessoas imperfeitas deste mundo.

Agora somos nós e nossos defeitos. Nós e nossas faltas imperdoáveis, nossas incoerências, nossa incapacidade de adaptação, nossa incompetência para a perfeição que outros fazem parecer tão fácil. Nós e nosso talento para perder o trem. Aqui restamos nós e nossa companhia solitária. Nós e nossas misteriosas disposições pessoais para o erro. Nós, as pessoas imperfeitas deste mundo.

Em nossa imperfeição de quem sobra, é como se tivéssemos os cotovelos invertidos, iguais aos habitantes daquela antiga tribo imaginária narrada por um poeta, cujos cotovelos ficam do lado de dentro dos braços. Assim, incapazes de levar as mãos à própria boca, aprendemos a nos alimentar uns aos outros. Por isso somos os últimos a deixar a festa. Porque esbanjamos tempo uns com os outros. Nós, as pessoas imperfeitas deste mundo.

É, somos nós essa gente suspeita que caminha pelas ruas à noite, alimentando com a luz mansa que vem das casas a nossa alma anoitecida. Nós que, reunidos ao final da festa, nos completamos na solidão silenciosa de mil canções tocando em sequência aqui dentro. Afinal, também sabem viver em grupo as pessoas imperfeitas deste mundo.

E quando a vida nos reserva uma comida boa, saborosa, caseira, tão caseira que é possível ouvir a voz da avó gritando ao fundo: “vem comer, cambada!”, é nas outras pessoas imperfeitas deste mundo que nós pensamos.

Nós, essa espécie que sempre avista o amor com assombro, que estremece e foge quando se sente ameaçada e que por isso é julgada covarde, cafajeste, bandida, egoísta, malandra. Nós, acusados ainda de autopiedade, aqui e ali escapulimos dos implacáveis bastiões da perfeição, tão dedicados a criar problemas desnecessários, tão empenhados em nos criticar com afinco, apontar nossos erros imperdoáveis, nos sentenciando e condenando ao fogo do inferno e à solidão do asilo. Quem sabe, assim, aprendemos com sua irretocável perfeição.

A nós, resta assistir a tudo calados. O que mais fazer? Somos só as pessoas imperfeitas deste mundo. E o mundo foi tomado pela casta grandiosa de super-heróis atacando os defeitos alheios para adiar eternamente o momento de olhar suas próprias desgraças.

Nossos silêncios transbordam, nossas querências borbulham, mas não pronunciamos palavra em defesa direta que os desminta. Para quê? De nada adianta. Não importa o que fizermos, seremos sempre, sempre as pessoas imperfeitas deste mundo.

Imagem de capa: icsnaps/shutterstock

12 filmes para entendermos aspectos dominantes da nossa personalidade

12 filmes para entendermos aspectos dominantes da nossa personalidade

O psicanalista Carl Gustav Jung conseguiu enxergar a alma humana como bem poucos e, dotado de um interesse profundo em compreender o mundo e aqueles que adentravam seu consultório, Jung descobriu muitos tesouros enterrados no inconsciente humano.

Para Jung existem imagens e símbolos coletivos ou arquétipos na mente de cada um de nós que representam características primordiais de nossa personalidade. A maioria das pessoas tem uma personalidade que demonstra proximidade com vários arquétipos, destacados em doze grupos comportamentais, contudo sempre um parece ser o predominante.

O amante, o sábio, o herói, o prestativo são alguns dos arquétipos definidos pelo psicanalista suíço, no entanto existem muitos outros, os quais irei relacionar abaixo juntamente com filmes norteadas pelas características de cada um deles.

Você já parou para pensar em qual desses arquétipos, que podemos denominar como imagens do inconsciente coletivo, expressa melhor sua forma de ser? Talvez não, contudo a indústria cinematográfica sim.

Veja a seguir uma lista simplificada de filmes e características de personalidade que o farão entender um pouco mais sobre o seu inconsciente!

1. O Inocente: Filme – Forrest Gump, o contador de histórias

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É um arquétipo cuja aplicação prática ajuda as pessoas a manterem ou renovarem a fé.  O inocente vive de forma a ter uma vida mais natural e simples e quer ser livre para ser ele mesmo. Pessoas assim têm muita disposição e esperança.

Sinopse de Forrest Gump: Quarenta anos da história dos Estados Unidos são vistos pelos olhos de Forrest Gump (Tom Hanks), um rapaz com QI abaixo da média e boas intenções. Por obra do acaso, ele consegue participar de momentos cruciais, como a Guerra do Vietnã e Watergate, mas continua pensando no seu amor de infância, Jenny Curran.

Outros filmes que falam diretamente aos que são norteados por esse arquétipo: Beleza Americana e Titanic.

2. O Explorador: Filme – Mad Max

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É um arquétipo cuja aplicação prática incita as pessoas a manterem sua independência. O explorador vive em constante movimento e não tolera as amarras cotidianas. São pessoas que buscam a sua individualidade e não aceitam a rotina.

Sinopse de Mad Max: Num futuro próximo, o combustível que alimenta os motores dos carros é também motivo para crimes cometidos por violentas gangues. Max é um jovem policial e junto com seus companheiros patrulha as estradas a fim de impedir a ação daqueles que insistem em perturbar a paz.

Outros filmes que falam diretamente aos que tem esse arquétipo como norteador da personalidade: Clube da Luta e O Selvagem da Motocicleta

3. O Sábio: Filme – Efeito Borboleta

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É um arquétipo cuja aplicação prática ajuda as pessoas a compreenderem o mundo em que vivem. O sábio busca a verdade suprema e através do conhecimento ele deseja controlar, mensurar, avaliar e validar. Quando o Sábio está ativo na vida de uma pessoa, ela sente um agudo interesse em aprender por aprender.

Sinopse de Efeito Borboleta: Evan (Ashton Kutcher) é um jovem que luta para esquecer fatos de sua infância. Para tanto ele decide realizar uma regressão onde volta também fisicamente ao seu corpo de criança, tendo condições de alterar seu próprio passado.

Outro filme que fala diretamente aos que tem esse arquétipo como norteador da personalidade: Trem Noturno Para Lisboa.

4. O Herói: Filme – Guerra nas Estrelas

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Quando o arquétipo do herói está ativo em uma pessoa, ela se fortalece com o desafio, se sente ultrajada pela injustiça e responde rápida e decisivamente à crise ou à oportunidade. É um arquétipo cuja aplicação prática ajuda as pessoas a agirem corajosamente. O herói é dinâmico, veloz e ágil. É disciplinado e tem orgulho disso, foca seus esforços em ser sempre o melhor. Se destaca por suas escolhas difíceis. Protege os demais e faz tudo que precisa ser feito para tornar o mundo melhor.

Sinopse de Guerra nas Estrelas: Luke Skywalker (Mark Hammil) sonha ir para a Academia como seus amigos, mas se vê envolvido em uma guerra intergalática quando seu tio compra dois robôs e neles encontra uma mensagem da princesa Leia Organa (Carrie Fisher) para o jedi Obi-Wan Kenobi (Alec Guiness) sobre os planos da construção da estrela da morte para destruir um planeta. Luke então se junta aos cavaleiros Jedi e a Hans Solo (Harrison Ford), para tentar destruir esta terrível ameaça.

Outro filme que fala diretamente aos que tem esse arquétipo como norteador da personalidade: Rambo.

5. O Fora da Lei ou Revolucionário: Filme – O Poderoso Chefão

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É um arquétipo cuja aplicação prática leva a quebrar regras. Fiel a seus próprios valores, e não aos valores impostos, o Fora da Lei libera as paixões reprimidas da sociedade. O arquétipo do Fora da lei é conhecido também como Revolucionário. Ele tem a sedução do fruto proibido em si, assim como qualidades sombrias ou seja, qualidades que a sociedade desdenha. Quando a consciência do fora da lei está presente, as pessoas têm uma percepção mais aguda dos limites que a civilização impõe à expressão humana.

Sinopse de O Poderoso Chefão: Em 1945, Don Corleone (Marlon Brando) é o chefe de uma mafiosa família italiana de Nova York. Ele costuma apadrinhar várias pessoas, realizando importantes favores para elas, em troca de favores futuros. Com a chegada das drogas, as famílias começam uma disputa pelo promissor mercado. Quando Corleone se recusa a facilitar a entrada dos narcóticos na cidade sua família começa a sofrer atentados para que mudem de posição.

Outro filme que fala diretamente aos que tem esse arquétipo como norteador da personalidade: Bonnie & Clyde.

6. O Mago: Filme – O Mágico de Oz

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O arquétipo do mago ajuda as pessoas a serem mais imaginativas. O mago sabe encontrar resultados utilizando-se de conhecimentos que não podem ser explicados. As pessoas “mágicas” geralmente buscam entender os outros e as coisas do universo e possuem sonhos, ilusões e aspirações que muitos avaliam como impossíveis, mas o cerne da magia é ter uma visão na direção da qual se deva caminhar. Quando algo dá errado, os Magos analisam a si mesmos, a fim de perpetuar uma mudança interior.

Sinopse de O Mágico de Oz: Em Kansas, Dorothy (Judy Garland) vive em uma fazenda com seus tios. Quando um tornado ataca a região, ela se abriga dentro de casa. A menina e seu cachorro são carregados pelo ciclone e aterrizam na terra de Oz, caindo em cima da Bruxa Má do Leste e a matando. Dorothy é vista como uma heroína, mas o que ela quer é voltar para Kansas. Para isso, precisará da ajuda do Poderoso Mágico de Oz que mora na Cidade das Esmeraldas.

Outros filmes que falam diretamente aos que tem esse arquétipo como norteador da personalidade: Harry Potter e O Senhor dos Anéis.

7. O Cara Comum: Filme – Meninas Malvadas

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O arquétipo do Cara Comum ajuda as pessoas a se sentirem bem assim como são. Esse é o mais democrático dos arquétipos, e está presente em diversos segmentos da sociedade. Frequentemente associado aos sentimentos tranquilos, estas pessoas não expõem suas convicções e assim preservam sua identidade na multidão. Elas não querem se destacar, e sim se enquadrar, por isso têm que tomar cuidado com a manipulação.

Sinopse de Meninas Malvadas: Cady Heron (Lindsay Lohan) é uma garota que cresceu na África e sempre estudou em casa, nunca tendo ido a uma escola. Após retornar aos Estados Unidos com seus pais, ela se prepara para iniciar sua vida de estudante, se matriculando em uma escola pública. Lá ela escolherá entre ser ela mesma ou fazer parte do grupo mais popular da escola.

Filmes que falam diretamente aos que tem esse arquétipo como norteador da personalidade: todos aqueles nos quais o protagonista tenta se enquadrar para fazer parte de um grupo.

8. O Bobo da Corte: Filme – Patch Adams, O Amor é Contagioso

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Esse arquétipo incita a ajudar outras pessoas a se divertirem. O bobo da corte torna situações chatas menos pesadas. Seu espírito alegre e descontraído permite que a inovação e a informalidade descompliquem tarefas cotidianas, muitas vezes maçantes.

Sinopse de Patch Adams, o amor é contagioso: Em 1969, após tentar se suicidar, Hunter Adams (Robin Williams) voluntariamente se interna em um sanatório. Ao ajudar outros internos, descobre que deseja ser médico, para poder ajudar as pessoas. Deste modo, sai da instituição e entra na faculdade de medicina. Seus métodos poucos convencionais causam inicialmente espanto, mas aos poucos ele conquista a todos.

Outro filme que fala diretamente aos que tem esse arquétipo como norteador da personalidade: Crazy People – muito loucos.

9. O Amante: Filme – A Um Passo da Eternidade

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Esse arquétipo ajuda a encontrar e dar amor. O amante quer um tipo mais profundo de conexão: uma que seja íntima, genuína e pessoal. Tal conexão – seja com namorados, amigos ou membros da família – exige muito conhecimento, honestidade, vulnerabilidade e paixão. Caracteriza-se pelo culto ao belo e pela valorização do romance e do sexo. O amante evoca também a elegância, o lúdico e o erótico.

Sinopse de A Um Passo da Eternidade: Em 1941, Robert E. Lee Prewitt (Montgomery Cliff) pede transferência do exército e vai parar em uma base militar no Havaí. Seu novo capitão transforma sua vida em um inferno. Paralelamente, o Sargento Warden (Burt Lancaster), ouvindo histórias que a esposa do capitão procura relações extra-conjugais por ter sérios problemas no casamento, começa a se interessar por ela e acaba sendo correspondido.

Outro filme que fala diretamente aos que tem esse arquétipo como norteador da personalidade: Don Juan DeMarco.

10. O Criador: Filme – Toy Story

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O criador tem uma ligação direta com a criatividade e é também bastante imaginativo. Gosta de começar do zero e não gosta de continuar algo criado pelos outros. Olha para as coisas e imagina que elas poderiam ser de outra forma. Se não pode criar, se sente sufocado. Não gosta do que é comum. Expressa sua criatividade através de suas roupas, casas, escritórios, etc.

Sinopse de Toy Story: O aniversário de Andy está chegando e os brinquedos estão nervosos. Afinal de contas, eles temem que um novo brinquedo possa substituí-los. Liderados por Woody, um caubói que é também o brinquedo predileto de Andy, eles montam uma escuta que lhes permite saber dos presentes ganhos. Entre eles está Buzz Lightyear, o boneco de um patrulheiro espacial, que logo passa a receber mais atenção do garoto.

Outros filmes que falam diretamente aos que tem esse arquétipo como norteador da personalidade: Muppets Vila Sésamo. Além de programas de decoração, faça você mesmo e culinária.

11. O Governante: Filme – A Dama de Ferro

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Esse arquétipo auxilia as pessoas a exercerem o controle. Quem o tem como predominante gosta de ter o controle sempre e gosta de liderar. É um indivíduo que carrega muitas responsabilidades, é competente e bastante ambicioso.

Sinopse de A Dama de Ferro: Antes de se posicionar e adquirir o status de verdadeira dama de ferro na mais alta esfera do poder britânico, Margaret Thatcher (Meryl Streep) teve que enfrentar vários preconceitos na função de primeiro-ministra do Reino Unido em um mundo até então dominado por homens.

Outros filmes que falam diretamente aos que tem esse arquétipo como norteador da personalidade: A rede social e Wall Street – Poder e Cobiça.

12. O Prestativo: Filme – Uma babá quase perfeita

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O Prestativo é um altruísta, movido pela compaixão, pela generosidade e pelo desejo de ajudar os outros. Dotado de uma imensa empatia, se preocupa com o impacto de certas medidas sobre os menos afortunados ou menos resistentes.

Sinopse de Uma Babá Quase Perfeita: Daniel Hillard (Robin Williams) está passando por uma fase complicada, acaba de se separar de Miranda (Sally Field) e perdeu o seu emprego. Impedido pela ex-esposa de passar mais tempo com os filhos, ele tem uma idéia inusitada para recuperar a relação com as crianças. Daniel veste-se como uma senhora idosa escocesa e tenta conseguir o cargo de babá no seu antigo lar.

Outros filmes que falam diretamente aos que tem esse arquétipo como norteador da personalidade: 3 solteirões e um bebê e A felicidade não se compra.

Base para composição do texto: Livro “O Herói e o Fora-da-Lei” de Margaret Mark e Carol Pearson.

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Imagem de capa: Reprodução

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