Redes sociais: Todo mundo é feliz o tempo inteiro?

Redes sociais: Todo mundo é feliz o tempo inteiro?

Por Zenklub*

Você acredita na felicidade constante e na vida perfeita que muitas pessoas – inclusive nós mesmos – mostramos nas redes sociais?

Desde que começamos a usar diariamente as redes sociais, sentimos uma necessidade de mostrar aos outros – sejam familiares, amigos ou até completos estranhos – nossos momentos e experiências felizes do dia-a-dia. Do outro lado, centenas, milhares de pessoas em nosso ciclo fazem o mesmo.

“Temos a tendência de nos reconhecermos por meio do reconhecimento do outro e é por isso que as redes sociais fazem tanto sucesso. Quantos mais likes, seguidores e comentários eu tenho, mais importante, poderoso e único eu me sinto. Além disso, o mundo virtual nos dá a possibilidade de construir a nossa imagem, seja ela real ou não. Então, se a minha autoestima não é tão boa e eu não gosto do que vejo quando olho para mim mesmo, então eu posso construir, nas redes sociais, uma vida só de experiências boas para me convencer do contrário”, explica a psicóloga Milena Lhano, que atende pelo Zenklub.

São 24 horas por dia de fotos de pessoas felizes, viagens, festas, famosos, dietas, corpos perfeitos e tudo que é preciso para criar a impressão de vida perfeita. O lado ruim dessa vida digital perfeita? É que quem não se encaixa nessa felicidade toda, começa a sentir deslocado, frustrado, perdido. A sensação de que a vida dos outros é melhor que a nossa acaba diminuindo nossa auto-estima, não é?

Um estudo realizado pela Royal Society for Public Health (Sociedade Real para a Saúde Pública, do Reino Unido), chamado “#StatusofMind”, revelou o quão grande e tóxico pode ser o impacto do conteúdo de redes como o Instagram, Facebook, Snapchat e Twitter no bem-estar e no dia-a-dia das pessoas.

A pesquisa foi realizada com 1.500 pessoas entre 16 e 24 anos. Foram feitas perguntas sobre assuntos como ansiedade, depressão, perda de identidade pessoal e problemas com a imagem do próprio corpo. O resultado foi que 5% dos entrevistados sofrem do que pode ser chamado de “dependência de mídias digitais”.

Algumas outras descobertas: 1 em em cada 6 jovens sofrerá de algum transtorno de ansiedade em algum momento de suas vidas. A imagem corporal também sofre um impacto tóxico para as pessoas que usam as redes, principalmente mulheres jovens. Isso porque as imagens e vídeos publicados 24 horas por dia levam a comparações – e desejos – de uma certa aparência padrão.

Isso acontece, muitas vezes, por se compararem com os outros e se acharem piores, ou até por receberem menos likes e comentários do que imaginavam. “A questão aqui é que eles se comparam com imagens que muitas vezes não são reais: são fotos produzidas ou situações aparentemente felizes que mascaram tristeza e depressão. Assim, muitos desenvolvem transtornos reais baseados em comparações com imagens irreais”, destaca a psicóloga.

A especialista também fala um pouco sobre a crescente tendência de estar conectado nas redes sociais o tempo todo: “Temos visto acontecer um fenômeno bem interessante: um grupo de pessoas está sentado em um restaurante, mas elas não conversam entre si porque cada um está em seu celular publicando fotos, fazendo vídeos ou conversando com alguém que não estão ali. As pessoas estão sempre conectadas vivendo nesse mundo paralelo, onde cada um pode ser o que quiser e “fugir” do mundo real onde têm momentos de frustração, tédio, obrigações e cobranças”.

A realidade das redes sociais muitas vezes não mostra a verdade. A verdade? Não dá para ser feliz o tempo inteiro. E não tem problema nenhum. Ninguém está livre de momentos de tristeza e angústia, de frustrações profissionais e amorosas, de indecisões. Ninguém tem sempre todas as respostas ou soluções para os problemas e desafios do dia-a-dia.

A especialista dá a dica: “Não compare a sua vida, o seu corpo, o seu relacionamento, o seu trabalho, seus filhos ou qualquer outra coisa com o que você vê nas redes sociais. Entenda que não agradar a todos, ter frustrações, ter problemas, um dia ruim, fazem parte da vida. São essas situações que nos fazem crescer e superar obstáculos. A vida é aquilo que acontece enquanto você está olhando para a tela do celular”.

E se todos os momentos não forem perfeitos: tá tudo bem. Faz parte de sermos seres humanos.

* No Zenklub, você encontra mais de 80 especialistas que podem ajudar você a superar muitos transtornos desencadeados pelo uso excessivo de redes sociais, como baixa autoestima, ansiedade e depressão.

Imagem de capa: Impact Photography/shutterstock

Você é uma mulher incrível

Você é uma mulher incrível

Você é uma mulher incrível. Malha, trabalha, faz pilates, cuida da casa, paga as contas sem a ajuda de ninguém. Sai com as amigas, bebe, ri, se diverte. Dança. Quando não tem companhia, vai sozinha e aproveita do mesmo jeito. Sai com calor, com frio, de salto ou de bota. Quando chega, todo mundo te vê, te quer perto, te admira.

Se encanta com olhares, com sorrisos despreocupados e com pequenas gentilezas. Não tem medo de viver, de correr riscos, de amar. Se errar, pede desculpas. Se cair, levanta e recomeça.

Todos os homens te observam, te desejam e tentam se aproximar. Às vezes você permite, às vezes não. Quando chegam, criam sua morada. Você permite que te conheçam, entrega de graça suas risadas e seu jeito leve de levar a vida. De cara, sempre escuta “você é uma mulher incrível”.

Semanas depois, quando você se pega cantando Jorge e Mateus no banho e a música começa a fazer sentido, escuta de novo “você é uma mulher incrível, MAS…” Mas eu não quero me relacionar agora. Mas eu estou focado no meu profissional. Mas eu conheci outra pessoa. Mas eu não quero te magoar. Mas a putaquepariu toda. Se você é uma mulher incrível, por que não deu certo?​

​Não deu ​certo porque não tinha que dar. Porque ele não estava tão pronto quanto você. Porque ser independente é uma qualidade, mas assusta. Não deu certo porque ele não carrega a mesma força e fé dentro de si que você, e sentiu que não seria capaz de fazê-la feliz por muito tempo.

Não deu certo porque ele tem receio de te desapontar, e sabe que hora ou outra vai fazê-lo. Ele sabe que vai te machucar, e sabe também que você não merece passar por isso de novo. Ele sabe que não tem corpo, alma e coração para te entregar como você, despretensiosamente, pensou em fazer por/para ele.

Não deu certo. E não é culpa sua se outrem não estava preparado como você já está. Tenha paciência, menina. A vida nos dá o frio conforme o nosso cobertor. Você é SIM uma mulher incrível, e vai ficar tudo bem.

Imagem de capa: Raisa Kanareva/shutterstock

“Minha filha, apaixone-se por Um Grande Homem e nunca mais voltará a chorar”.

“Minha filha, apaixone-se por Um Grande Homem e nunca mais voltará a chorar”.

Nós homens nos caracterizamos por ser o sexo forte, embora muitas vezes caiamos por debilidade.

Um dia, minha irmã chorava em sua casa…

Com muita saudade, observei que meu pai chegou perto dela e perguntou o motivo de sua tristeza.

Escutei-os conversando por horas, mas houve uma frase tão especial que meu pai disse naquela tarde, que até o dia de hoje ainda me recordo a cada manhã e que me enche de força.
Meu pai acariciou o rosto dela e disse:

“Minha filha, apaixone-se por Um Grande Homem e nunca mais voltará a chorar”.

Perguntei-me tantas vezes, qual era a fórmula exata para chegar a ser esse grande homem e não deixar-me vencer pelas coisas pequenas.

Com o passar dos anos, descobri que se tão somente todos nós homens lutássemos por ser grandes de espírito, grandes de alma e grandes de coração, o mundo seria completamente diferente!

Aprendi que um Grande Homem… não é aquele que compra tudo o que deseja, porque muitos de nós compramos com presentes a afeição e o respeito daqueles que nos cercam.

Meu pai lhe dizia:

“Não se apaixone por um homem que só fale de si mesmo, de seus problemas, sem preocupar-se com você… Enamore-se de um homem que se interesse por você, que conheça suas forças, suas ilusões, suas tristezas e que a ajude a superá-las.

Não creia nas palavras de um homem quando seus atos dizem o oposto.

Afaste de sua vida um homem que não constrói com você um mundo melhor… Ele jamais sairá do seu lado, pois você é a sua fonte de energia..

Foge de um homem enfermo espiritual e emocionalmente, é como um câncer, matará tudo o que há em você
(emocional, mental, física, social e economicamente)

“Não dê atenção a um homem que não seja capaz de expressar seus sentimentos, que não queira lhe dar amor.

Não se agarre a um homem que não seja capaz de reconhecer sua beleza interior e exterior e suas qualidades morais.

Não deixe entrar em sua vida um homem a quem tenha que adivinhar o que quer, porque não é capaz de se expressar abertamente.

Não se enamore de um homem que ao conhece-lo, sua vida tenha se transformado em um problema a resolver e não em algo para desfrutar”. Não se apaixone por um homem que demonstre frieza, insensibilidade, falta de atenção com você, corra léguas dele.

“Não creia em um homem que tenha carências afetivas de infância e que trata de preenche-las com a infidelidade, culpando-a, quando o problema não está em você, e sim nele, porque não sabe o que quer da vida, nem quais são suas prioridades”.

Por que querer um homem que a abandonará se voce não for como ele pretendia, ou se já não é mais ” útil “? …

Por que querer um homem que a trocará por um cabelo ou uma cor de pele diferente, ou por uns olhos claros, ou por um corpo mais esbelto?

Por que querer um homem que não saiba admirar a beleza que há em você, a verdadeira beleza… a do coração?

Quantas vezes me deixei levar pela superficialidade das coisas, deixando de lado aqueles que realmente me ofereciam sua sinceridade e integridade e dando mais importância a quem não valorizava meu esforço?

Custou-me muito compreender que GRANDE HOMEM não é aquele que chega ao topo, nem o que tem mais dinheiro, casa, automóvel, nem quem vive rodeado de mulheres, nem muito menos o mais bonito.

Um grande homem, é aquele ser humano transparente, que não se refugia atrás de cortinas de fumaça, é o que abre seu CORAÇÃO sem rejeitar a realidade, é quem admira uma mulher por seus alicerces morais e grandeza interior.

Um grande homem é o que cai e tem a suficiente força para levantar-se e seguir lutando…

Hoje minha irmã está casada e feliz, e esse Grande Homem com quem se casou, não era nem o mais popular, nem o mais solicitado pelas mulheres, nem o mais rico ou o mais bonito.

Esse Grande Homem é simplesmente aquele que nunca a fez chorar… É QUEM NO LUGAR DE LÁGRIMAS LHE ROUBOU SORRISOS…

Sorrisos por tudo que viveram e conquistaram juntos, pelos triunfos alcançados, por suas lindas recordações e por aquelas tristes lembranças que souberam superar, por cada alegria que repartem e pelos 3 filhos que preenchem suas vidas.

Esse Grande Homem ama tanto a minha irmã que daria o que fosse por ela sem pedir nada em troca…

Esse Grande Homem a quer pelo que ela é, por seu coração e pelo que são quando estão juntos.

Aprendamos a ser um desses Grandes Homens, para vivenciar os anos junto de uma Grande Mulher e NADA NEM NINGUÉM NOS PODERÁ VENCER!

(O texto é atribuído a Arnaldo Jabor)

Imagem de capa: Monkey Business Images/shutterstock

Se o seu cão pudesse, essa seria a carta que ele te entregaria. Leia com o coração.

Se o seu cão pudesse, essa seria a carta que ele te entregaria. Leia com o coração.

“Eu sou seu cachorro e tenho algo a dizer- lhe: Eu sei que os seres humanos estão sempre ocupados, alguns têm que trabalhar, outros têm que criar seus filhos. Parece que eles estão sempre correndo de um lado para outro; às vezes muito rápido, tão rápido que perdem as grandes coisas da vida.

Olhe para baixo onde eu estou, enquanto você está sentado em seu computador. Você vê a maneira pela qual os meus olhos castanhos olham para você? Eles estão um pouco nublados, mas isso faz parte do envelhecimento. Meu nariz está começando a encher-se com pelo cinzento. Você sorri para mim; Eu vejo o amor em seus olhos. O que você vê nos meus? Um espírito? A alma que te ama como nenhuma outra no mundo? Um espírito que perdoaria o que quer que fosse apenas por um único momento de seu tempo?

Isso é tudo que eu peço: se acalme um pouco, mesmo que por alguns minutos para estar comigo. Muitas vezes você fica triste lendo essas coisas sobre a morte de outros como eu. Às vezes a gente morrer de repente, muito jovens; Isso quebra o seu coração. Às vezes a idade avança lentamente diante de seus olhos e você não pode notá-la até o fim, quando você olha meu focinho e meus olhos já têm cataratas de prata. Ainda assim, o amor nunca falha, mesmo se tivermos que dormir mais para correr como antes.

Você pode não estar aqui amanhã, você pode não estar aqui na próxima semana. A água um dia vai sair de seus olhos, porque os seres humanos têm uma grande mágoa que preenche sua alma, e você vai irritar-se consigo mesmo por não ter tido “mais um dia” comigo.

Eu te amo muito, então a sua tristeza toca minha alma e me deprime. Vamos hoje ficar juntos. Venha sentar-se comigo no chão e olhar nos meus olhos. O que você vê? Se você olhar profundamente você vai ver minha alma e nós podemos falar, você e eu. Receba-me não como “alpha” ou como um “treinador” ou mesmo como “mãe ou pai”; venha a mim como um ser vivo e toque minha pele, vamos conversar com um olhar. Talvez seja divertido ir buscar uma bola de tênis, talvez me diga algo pessoal sobre mim ou sobre a vida em geral. Você decidiu me ter em sua vida, porque você queria alguém para compartilhar esse tipo de coisas. Alguém que não seja você. Bem, aqui estou eu!

Eu sou um cachorrinho, mas eu estou vivo. Eu tenho emoções, sensações físicas e posso deleitar-me com as diferenças entre os nossos espíritos. Eu não acho que você é um “cachorro de duas pernas”, eu sei o que você é. Você é humano, com todos os seus detalhes e ainda assim eu te amo.

Agora, venha sentar-se comigo. Venha para o meu mundo, mesmo que apenas por 15 minutos. Olhe nos meus olhos e converse.

Fale com o coração, com a sua alegria, eu conheço seu verdadeiro espírito. Talvez amanhã não vamos estar juntos; a vida é curta e imprevisível.

Por favor, sente-se comigo e compartilhe os momentos preciosos que temos juntos.

Com amor,
o seu cachorro”

A história foi encontrada no site: Histórias com Valor, espaço que recomendamos!

Imagem de capa: SpeedKingz/shutterstock

“Casas amáveis”, um texto deliciosamente aconchegante de Cecília Meireles.

“Casas amáveis”, um texto deliciosamente aconchegante de Cecília Meireles.

Vocês me dirão que casas antigas têm ratos, goteiras, portas e janelas empenadas, trincos que não correm, encanamentos que não funcionam. Mas não acontece o mesmo com tantos apartamentos novinhos em folha?

Agora, o que nenhum arranha-céu poderá ter, e as casas antigas tinham, é esse ar humano, esse modo comunicativo, essa expressão de gentileza que enchiam de mensagens amáveis as ruas de outrora.

Havia o feitio da casa: os chalés, com aquelas rendas de madeira pelo telhado, pelas varandas, eram uma festa, uma alegria, um vestido de noiva, uma árvore de Natal.

As casas de platibanda expunham todos os seus disparates felizes: jarros e compoteiras lá no alto, moças recostadas em brasões, pássaros de asas abertas, painéis com datas e monogramas em relevos de ouro.

Tudo isso queria dizer alguma coisa: as fachadas esforçavam-se por falar. E ouvia-se a sua linguagem com enternecimento.

Mas, hoje, quem se detém a olhar para rosas esculpidas, acentos, estrelas, cupidos, esfinges, cariátides?

Eram recordações mediterrâneas, orientais: mitologia, paganismo, saudade. (Que quer dizer saudade? E para que e o que recordar?)

Os jardins tinham suas deusas, seus anões possuíam mesmo bosques, onde morariam ecos e oráculos; e pequenas cascatas, pequenas grutas com um pouco d’água para os peixinhos.

Possuíam canteiros de flores obscuras – violetas, amores-perfeitos – para serem vistas só de perto, carinhosamente, uma por uma, de cor em cor. (Hoje, estes ventos grandiosos apagam tudo.)

E, lá dentro, as casas tinham corredores crepusculares, porões úmidos, habitados por certos fantasmas domésticos, que de vez em quando se faziam lembrar, com seus pálidos sopros, seus transparentes calcanhares, suas algemas de escravidão.

As famílias abrigavam cortejos de mortos. E havia as clarabóias. Luz como aquela? Nem a do luar! – uma suavidade de cinza e marfim, a maciez da seda, o fulgor da opala.

As casas eram o retrato de seus proprietários. Sabia-se logo de suas virtudes e defeitos. Retratos expostos ao público: nem sempre simpáticos, mas geralmente fiéis. Agora, os andaimes sobem, para os arranha-céus vitoriosos, frios e monótonos, tão seguros de sua utilidade que não podem suspeitar da sua ausência de gentileza.

Qualquer dia, também desaparecerão essas últimas casas coloridas que exibem a todos os passantes suas ingênuas alegrias íntimas – flores de papel, abajures encarnados, colchas de franjas – e cujas risonhas proprietárias têm sempre um Y no nome, Yara, Nancy, Jeny…
Ah! Não veremos mais essas palavras, em diagonal, por cima das janelas, de cortininhas arregaçadas, com um gatinho dormindo no peitoril. Afinal, tudo serão arranha-céus. (Ninguém mais quer ser como é: todos querem ser como os outros são.)

E eis que as ruas ficarão profundamente tristes, sem a graça, o encanto, a surpresa das casas que vão sendo derrubadas. Casas suntuosas ou modestas, mas expressivas, comunicantes.

Texto de Cecília Meireles. Crônica que aparece no livro, ‘Escolha o seu sonho’, publicado pela Record.

Imagem: Julia Kuznetsova/shutterstock

A cada amanhecer

A cada amanhecer

Faz um mês que me mudei para os Estados Unidos. Eu já tinha vindo aqui antes, então achava que sabia o que esperar. Aos olhos de turista, tudo aqui era lindo, novo e moderno. Tudo era melhor. O sonho americano, porém, não é bem assim.

Faz um ano que sai de casa e do meu país para ir trabalhar a bordo de um navio de cruzeiros. Joguei meus diplomas no lixo, desenterrei o inglês da gaveta e coloquei uma bandeja na mão. Meus pais não aprovaram e não acreditaram que eu ia, mesmo, deixar tudo para trás. Quando iam me visitar no porto, me olhavam como se eu não soubesse o que estava fazendo. Esperavam mais de mim.

Faz dois anos que eu fui embora da casa do meu ex marido. Não tínhamos um problema, só que também não tínhamos amor. Esse era, provavelmente, o maior problema de todos. Mas ninguém se separa porque não há mais amor. “Isso não é motivo”, diz a sociedade. Na verdade é, buscar a felicidade sempre é um motivo importante, mas nem todo mundo vê as coisas assim.

Faz quatro anos que meu cachorrinho, tão querido, tão companheiro, faleceu. Lembro até hoje dele no meu pé, deitado, me fazendo companhia quando eu estava imensamente feliz e quando eu estava infinitamente triste. Ele ficava ali, caladinho, esquentando meus pés e meu coração. Sua partida deixou um buraco e seu amor ficou em meu coração, me lembrando sempre que toda forma de amor é válida, mesmo que tenha um fim.

Faz cinco anos que eu fui demitida do meu trabalho. Descobri que minha chefe fazia caixa dois na empresa e, quando fui contar ao RH, descobri que a empresa inteira era um caixa dois. Aprendi naquele dia que a corda arrebenta do lado mais fraco, e que a justiça dos homens nem sempre é, realmente, justa. E que você deve cuidar apenas do seu jardim.

Tenho muitas lembranças, muitas marcas e cicatrizes das decisões que tomei e que tomaram por mim. A graça da vida é, justamente, aprender a viver o presente e lidar com o que vem a seguir. Você tem que dançar conforme a música, encontrar seu propósito e fazer o seu melhor todos os dias da hora em que acorda até a hora em que vai dormir. E agradecer por cada conquista e por cada obstáculo, pois eles constroem seu caráter e te evoluem. E lá na frente, lá no fim, quando você olhar para trás, vai ter muita história pra contar, boas e ruins, com começos, meios e fins. Nem todos os finais são felizes, mas todos são necessários para que o sol nasça novamente para nós a cada amanhecer.

Imagem de capa: tongcom photographer/shutterstock

O valor terapêutico da espiritualidade: Um caminho de cura.

O valor terapêutico da espiritualidade: Um caminho de cura.

Os psicólogos ou psicanalistas podem considerar a espiritualidade um modo de ajudar os seus pacientes na busca da cura. Vou utilizar os conceitos do psicanalista Erich Fromm para entendermos a diferença entre espiritualidade e religiosidade. A primeira tem o seu valor terapêutico e a segunda malconduzida colabora com o adoecimento psíquico das pessoas.

Fromm analisa o fenômeno religioso como algo de que o ser humano não pode prescindir, um elemento natural de sua existência. Ele pondera, apesar disso, que nem todas as religiões geram o bem-estar nas pessoas, porque determinadas instituições religiosas são autoritárias, anulando o desenvolvimento humano dos indivíduos.

É que essas religiões exigem dos fiéis uma fé cega, uma devoção incondicional à autoridade religiosa, pois elas não aceitam nenhum tipo de questionamento. É uma religiosidade que culpabiliza e gera confrontos. Associada a isso está a fé irracional, que é intolerante com quem não pensa ou crê como ela, já que basta ser uma criatura religiosa, mesmo que carecendo de espiritualidade. É como um coração desprovido de amor.

Porém as religiões humanistas, com intensos valores terapêuticos, aperfeiçoam o bom senso das pessoas, conduzindo-as ao conhecimento de si mesmas e de seu lugar no domínio da criação. Sendo religiões que buscam a realização humana, onde mantém a felicidade e uma fé sadia, que motivam os indivíduos a encontrar o melhor caminho para si próprios.

As religiões não autoritárias dedicam-se a construir uma “ponte” saudável entre o ser humano e divindade, um o caminho que permite ampliar essa relação entre o ser, o espírito e Deus. Assim as religiões conduzidas de forma honesta pelos sacerdotes reduzem a distância entre religiosidade e espiritualidade. Os verdadeiros clérigos compreendem de que a espiritualidade é anterior à institucionalização das crenças e que respeitam todas as religiões que promovem a vida e o bem.

Gosto da analogia de que a religiosidade é como tempo para o turista. Ele pega fila para tudo e viaja com os dias agendados, visto que tem presa e só olha para fora, não dando valor a paisagem que vê, ignora a singularidade das pessoas que passam por ele, uma vez que se preocupa apenas com os fatores externos da viajem e com as posts nas redes sociais.

Mas a espiritualidade é como um peregrino que desfruta do tempo, organizando-o conforme sua expectativa interior. Valoriza a vida, a cultura, a beleza humana e ecológica, interagindo com as pessoas que encontra no caminho. O mais importante para peregrino são os aspectos essenciais, do que que os fatores externos da viagem.

Enfim, temos dois caminhos a escolher: aquele do rosto “peregrino” das religiões que são fontes de espiritualidade: da voz interior e divina com – o seu toque suave e parche. Ou daquelas religiões que consagram apenas os brados das autoridades religiosas, que impõem proibições, preconceitos e pieguices.

Imagem de capa: Shutterstock/karelnoppe

“Arrume suas gavetas”

“Arrume suas gavetas”

Aprendi com os mais velhos e sábios que, quando temos um problema difícil de ser resolvido, que nos tira a paz, precisamos nos afastar de tudo e arrumar o ambiente ao nosso redor.

Entendi que o quarto bagunçado, a casa, a bolsa, a gaveta ou o guarda-roupa, o carro, são espelhos da nossa vida interior! E… vice-versa! Ou seja, um ambiente desorganizado acaba influenciando e dando espaço para que os sentimentos negativos tomem conta dos nossos pensamentos, e, por outro lado, manifesta-se no exterior o que está acontecendo no nosso interior.

Mas, então, você pode estar se perguntando: “E o que explica o meu caso? Sou uma pessoa extremamente organizada e metódica, mas, infelizmente, minha vida pessoal não anda nada bem!”.

Na verdade, muitas pessoas se esmeram em ordenar tudo por fora, tornar o ambiente externo perfeito para compensar e mascarar o seu próprio desequilíbrio interior. Na vida familiar ou social, são assombradas por constantes desentendimentos e conflitos, relacionamentos conturbados e discussões que aparentemente acontecem por qualquer bobeira ou nenhuma razão.

Então, eu pergunto se, analisando lá no fundo, não há algo bem escondido dentro da sua alma. Algo oculto e que precisa ser revelado. Talvez uma mágoa recente ou muito antiga, talvez até ocorrida na sua infância. Ou então, o coração esteja contaminado pelo orgulho, e tudo isso se manifeste dessa forma tão peculiar na sua vida. Saiba que a poeira do ressentimento do passado, que se acumula com o passar do tempo, é capaz de roubar o brilho da sua vida e confundir os seus sentimentos!

São muitas as hipóteses e, sinceramente, não sei qual o seu real motivo. O que eu desejo apenas é que, nesse momento, você pare, analise e identifique onde está a raiz do problema que está atrapalhando a sua existência. E, então, assuma que seus pensamentos, palavras e atitudes foram, de alguma forma, responsáveis pelas dificuldades que hoje você enfrenta. Feito isso… É hora de arrumar suas gavetas!

Você pode se justificar dizendo que possui muitas responsabilidades e que, por falta de tempo, muitas coisas na sua vida não ficam tão bem esclarecidas ou acertadas, pois você acaba tendo que priorizar alguns assuntos e deixando outros sem solução. Ou então, pode simplesmente falar que a preguiça e, principalmente, o temor de mexer nos assuntos delicados do passado impedem de resolver o que é preciso.

Não importa! Eu somente digo a você, sem medo de errar, que “arrumar as gavetas” é uma atitude simbólica do seu desejo e esforço em mudar o que está negativo dentro de você, e também fora!

O universo funciona assim: o que está dentro influencia o que está fora. E, por outro lado, o que está fora contamina o que está dentro. Por esse motivo, lembre-se sempre que você tem a chave para iniciar a sua própria organização pessoal.

No momento em que você “limpa a sua gaveta” e, metaforicamente falando, joga fora aquilo que não lhe acrescenta, livra-se das pessoas que não contribuem para o seu crescimento e atrapalham a sua evolução, está reprogramando simbolicamente o seu interior.

E este é um dos grandes segredos de como alcançar serenidade e respostas para seus problemas mais difíceis.

Comece perdoando a si mesmo e a todos que lhe fizeram mal. Mude sua atitude em relação às pessoas que estão ao seu redor, sua família, seus amigos e colegas de trabalho.

Sorria mais, agradeça mais, elogie mais e… critique menos! Volte-se para o que é simples e essencial, e deixe de lado o que é supérfluo e desnecessário. Permita que DEUS esteja presente no seu dia e ore mais! Entregue suas dificuldades para Ele, faça a sua parte com o coração limpo e colha os frutos que certamente virão!

Arrume suas gavetas, aclare suas ideias, torne o seu coração mais leve e comece a ser feliz!

Esse lindo texto em forma de metáfora foi escrito pelo Dr. Fábio Augusto, médico, escritor, palestrante e compositor e foi originalmente publicado no Correio do Estado.

Imagem de capa: sergiophoto/shutterstock

Limpar a casa faz tão mal às mulheres como fumar 20 cigarros por dia

Limpar a casa faz tão mal às mulheres como fumar 20 cigarros por dia

“O contato com os produtos usados para limpar a casa provoca tantos danos nos pulmões das mulheres como fumar um maço de cigarro por dia. O estudo que levou a esta conclusão não encontrou, no entanto, o mesmo efeito nos homens”, diz o artigo publicado no último dia 18 de fevereiro pelo site Sapo, de Portugal.

Segundo o artigo, para as mulheres, limpar “pode representar um risco para a saúde respiratória”. A afirmativa foi baseada numa pesquisa da Universidade de Bergen, na Noruega e publicada pelo jornal da Sociedade Toráxica Americana. O resultado teria sido baseado na análise dos pulmões de mais de 6.200 pessoas em duas ocasiões. Primeiramente, quando tinham uma média de 34 anos e 20 anos depois: O enfoque das perguntas era se as pessoas trabalhavam com limpeza/faxina e se usavam produtos químicos e sprays, assim como a regularidade do uso.

“..as mulheres que faziam limpezas, quer fosse uma vez por semana na sua própria casa ou a nível profissional, mostravam um declínio “acelerado” na capacidade pulmonar, comparável ao consumo de 20 cigarros em 10 ou 20 anos. Já nos pulmões dos participantes do sexo masculino não foi encontrado qualquer efeito do uso de produtos de limpeza.”

Os autores, ainda segundo artigo, sugerem que a redução da capacidade pulmonar seria decorrente do uso dos produtos químicos dos produtos de limpeza, pois eles irritam as mucosas que revestem as vias respiratórias, o que, com o tempo, resulta em alterações permanentes. Já no caso dos homens que parecem não ser afetados, os investigadores acreditam que a explicação resida no fato de os seus pulmões serem menos suscetíveis a esse impacto, uma vez que estudos anteriores mostraram que os pulmões dos homens são mais resistentes aos danos provocados por vários agentes irritantes, incluindo o cigarro.

“Enquanto os efeitos a curto prazo dos químicos de limpeza na asma estão cada vez mais documentados, falta-nos conhecimento sobre o impacto a longo prazo“, afirma Cecile Svanes, da Universidade de Bergen. “Receamos que esses químicos, ao danificarem um pouco as vias respiratórias, dia após dia, ano após ano, pudessem acelerar a taxa de declínio da função pulmonar que ocorre com a idade.”

“Quando se pensa na inalação de pequenas partículas de agentes de limpeza destinados a limpar o chão e não os pulmões, talvez não seja surpreedente” o impacto destes produtos, concluiu Oisten Svanes, co-autor do estudo.

Com informações de Sapo-Visão

Imagem de capa: kuzmafoto/shutterstock

O raro amor à primeira vista

O raro amor à primeira vista

Você chegou naquele por do sol, lembra? Você conversava com ela, uma conversa leve, e seu sorriso tomava a conta de todo o salão. Era lindo, era um sorriso com os olhos e com o coração. Fiquei te observando de longe, fascinada por ti desde o primeiro segundo.

Você passou por mim na escada no dia seguinte, atrasado para o trabalho. Você mal me notou no corredor, mas seu sorriso, novamente tão encantador, encheu meu dia de esperança. Esperança de que, talvez, você pudesse me notar também qualquer hora.

Você foi transferido naquela noite de lua cheia. O luar iluminava tudo, inclusive o seu olhar quando, pela primeira vez, encontrou o meu. Você parou um segundo a mais em mim e, finalmente, me viu; Ali meu coração bateu forte, tão forte, tão forte, que eu quase deixei ele escapar pela boca.

Eu nunca tinha sentido aquilo, mas já tinha lido nos livros sobre sentimentos semelhantes. Falavam de amor, de paixão, e de um tal de amor à primeira vista que só existia, sinceramente, nos filmes. Eu reconhecia a teoria do que eu sentia quando eu te olhava, mas custei a acreditar que realmente eu pudesse ter tido a sorte de ter encontrado o sentimento mais puro e raro do mundo: o amor verdadeiro.

Eu tinha tanta vergonha de você, de te encontrar, de conversar mesmo sobre os assuntos mais banais. Até que decidi superar meus medos e, com a ajudinha e a coragem que só a vodka pode dar a alguém, fui até você tarde da noite, antes do seu trabalho terminar. Abri a porta da cozinha e você estava lá, lindo, terminando de limpar tudo para poder ir descansar. Lembra da surpresa quando me viu ali? Não éramos amigos, não tínhamos intimidade, mas eu apareci de repente, um pouquinho alterada, querendo te dizer que era você. Eu sentia que era você, mas eu não sabia como lidar com isso. Eu não sabia nem como começar nossa amizade, pra ser sincera.

Você lembra que eu voltei no seu posto, tarde da noite, no dia seguinte? E no outro? E mais um? E mais outro? Mesmo com vergonha, comecei a ajudar você para que terminasse mais rápido e pudesse ir pro seu repouso. Eu via seu olhar de canto de olho, tentando entender o que eu fazia ali e onde eu queria chegar. Eu queria ter respondido essa pergunta, mas eu também não sabia como responder. Só sabia que algo me puxava, todo dia, para mais perto de você.

Se eu fechar meus olhos, vejo claramente o primeiro beijo que você me deu. Foi urgente. Foi sem eu esperar. Foi o melhor gosto que eu já provei. Quando senti seu beijo, sabia que aquele era o beijo que eu queria receber pelo resto da minha vida.

Lembro como foi te conquistar depois daquele primeiro beijo. Todo dia um carinho novo. Uma lembrança no meio da tarde. Uma mensagem inesperada no celular. Encontros nos corredores, nas escadas, na academia, no seu trabalho, no meu, em todo lugar. Íamos jantar juntos no refeitório e, quando você me encontrava, seu abraço acolhia minha cintura como quem dizia “ela está comigo” e eu sentia borboletas na barriga aos 31 anos, só porque era você que fazia isso.

Todo dia um novo pôr do sol. Todo dia um novo nascer do sol. Todo dia a sorte de ter encontrado você. Todo dia um beliscão quando te via ao meu lado, compartilhando o melhor e o pior da vida comigo. Todo dia um sentimento que crescia mais e mais. Era incontrolável, e nós dois já não sabíamos mais o que fazer.

Lembro do dia que você terminou seu trabalho e teve que voltar para casa, me deixando para trás. Eu ainda tinha mais seis semanas até poder voltar para casa e te reencontrar, e quando eu te dei meu último beijo e me despedi, senti que tinham tirado o meu coração do peito. Voltei pr’aquele navio e não consegui mais trabalhar sem deixar as lágrimas escorrerem pelo meu rosto livremente. Sem você, os corredores ficaram vazios, as noites ficaram longas, os segundos doíam para passar. Eu passava dias esperando por uma mensagem sua e tinha que dormir em uma cama que ainda tinha seu cheiro e sua presença.

Lembro quando acordei, alguns dias depois, triste, doente, morrendo por dentro de saudades de você. Eu tinha um trabalho a terminar, mas eu sentia que a vida tinha sido tirada de mim. Sobrevivendo, recebi uma mensagem de uma amiga: “Vai para casa e corre atrás do seu amor, se é isso que você quer. Talvez ele te espere, talvez não. Não de chances para as dúvidas”. No mesmo dia, pedi demissão, peguei um avião e cruzei um oceano para encontrar você. Só fiz porque era você, e faria mil vezes, se em todas elas eu te encontrasse.

Quando te vi naquele aeroporto, depois de poucos dias de tanta agonia, desmoronei em seus braços e nunca mais sai dali. Naquele segundo eu entendi que o amor a primeira vista existe, mas é raro. Difícil de reconhecer, de acreditar, de compreender. Quando vi você, porém, todas as minhas dúvidas e crenças se transformaram no sentimento mais incrível que eu poderia sentir: o de te ter em minha vida, me dando a mão, me acompanhando em minhas decisões e me permitindo te acompanhar nas suas. Com amor, carinho e respeito. Com paciência, com prudência e com gratidão por ter e ser parte do seu caminho, de hoje em diante, enquanto caminharmos juntos.

É você. Desde o primeiro segundo e até o meu último suspiro. Te amo aqui, no sul, no norte, no Atlântico, no Pacífico e no Mediterrâneo. Por todos os dias que hei de viver.

Imagem de capa: patrisyu/shutterstock

Não implore para ficar. Conquiste para não ir!

Não implore para ficar. Conquiste para não ir!

Não implore atenção. Esse é o clássico conselho que deveria nortear todas as ações afetivas e sociais, porém, não é sempre assim que acontece e, o que deveria ser dado livremente, é ofertado como favor para os carentes de plantão.

Amor é a gente no outro e o outro na gente. É quando estamos dispostos a fazer dar certo e somos felizes com os detalhes que envolvem a relação. É ficar, tendo a oportunidade de ir. Amor, como dizia Saramago, “é o encontro da harmonia com o outro”.

Nas relações saudáveis os sentimentos são dados livremente. A saudade, os sonhos e a vontade de estarem juntos são compartilhados de forma igualitária, sem cobranças, sem ameaças, sem dramas. Por essa razão é inadmissível aceitar menos que a reciprocidade. Amor bom é amor compartilhado, mútuo, sincero. Tudo que foge a isso está mais para uma prisão psicológica do que para amor.

Na verdade, implorar o amor de alguém é tão absurdo quanto degradante. Primeiro porque amor não é dívida, portanto, não dá para cobrar atenção, respeito e fidelidade de quem não está disposto a dar. Segundo que tudo o que acontece de forma natural, acontece melhor.

É humilhante tentar convencer o outro a nos amar. Amor não é algo a ser imposto, não precisa de argumentos, nem razão para acontecer. Amor é amor e a gente sempre sabe quando é para valer.

Não dá para forçar saudade, vontade, atitude e achar isso natural. O máximo que se pode fazer é dar motivos para que o outro fique, sem condenar a relação a um martírio psicológico. É preciso entender que uma relação se constrói com pessoas emocionalmente maduras e que, sem sensibilidade e diálogo, nenhuma relação dará certo.

É melhor originar saudade do que ser refém dela. É melhor dar carinho, do que recebê-lo por pena. É melhor sentir paz na companhia do que um turbilhão de sentimentos na ausência.

Poupe seu tempo e sua energia tentando encontrar motivos para que o outro fique. Como dizia Drummond “entre as diversas formas de mendicância, a mais humilhante é a do amor implorado.’

Imagem de capa: fizkes/shutterstock

18 Coisas que somente as pessoas que adoram dormir entendem

18 Coisas que somente as pessoas que adoram dormir entendem

Dormir é bom demais! O problema é que esse ato sublime de descanso físico e reorganização cerebral às vezes é mal interpretado pelas pessoas.

Abaixo, segue uma lista de coisas que só as pessoas que amam dormir entendem bem. No final do texto, que tal você me contar com quantas delas você se identificou?

1- Você se deita e já começa a fazer as contas de quanto tempo terá para dormir antes de acordar;

2- Saber que dormir é de graça, mas o que custa é levantar!

3- Você crê firmemente que o futuro depende dos seus sonhos e jamais ousaria contrariar essa afirmativa.

4-Você imagina lugares pela rua onde poderia tirar um cochilo em seu tempo de folga.

5- E conhece também a Primeira Lei de Newton: um corpo em descanso quer permanecer em descanso.

6- Você já leu todas as reportagens que falam que os notívagos são mais interessantes e inteligentes.

7- Você viaja com o seu travesseiro.

8- Você conhece o termo “Clinomania”: excessivo desejo de ficar na cama

9- Você não se lembra de quando foi a última vez em que viu um filme até o final.

10- Você conversa com outras pessoas sobre as maravilhas do sono e jamais compreenderá como alguém pode sofrer de insônia. É algo que não consegue nem imaginar.

11- Você se preocupa de estar perdendo tempo da sua vida, mas depois pensa melhor e chega a conclusão que prefere mesmo dormir.

12- Você gosta de comprar pijamas.

13- Você sabe que nunca poderia trabalhar em casa porque poderia ficar sem salário.

14- Você nutre uma admiração profunda pelos ursos e pela sua capacidade de hibernar.

15- Você já dormiu escondido no seu trabalho.

16- Você ama o silêncio da madrugada.

17- Você acorda pela manhã, mas não abre os olhos com medo de perder o sono.

18- Você leu essa lista até o final e está rindo, mas também já está com um pouco de sono.

Imagem de capa: ViChizh/shutterstock

7 razões pelas quais você não precisa dar explicações a ninguém

7 razões pelas quais você não precisa dar explicações a ninguém

A maioria de nossas decisões sempre vai ser questionada ou julgada. Porém, isso realmente não deve nos importar e não temos porque dar explicações a ninguém por nossos atos.

Ninguém pode julgar as decisões de outras pessoas: isso significa liberdade.

Ainda que, às vezes, pensemos que sim, e possamos nos sentir quase obrigados a dar explicações se são amigos ou familiares que as requerem, na verdade não é assim.

Sempre e quando não passar o limite e nem prejudicar ou machucar os outros com seus atos, não há porque dar satisfações.

7 fatos da sua vida pelos quais você não deve dar explicações a ninguém

1. Não deve dar explicações por sua aparência física

Se você for magro, se pratica esportes ou come muito ou pouco, segundo o seu peso, você não tem de dar explicações a ninguém sobre isso.

O importante é que você se sinta bem e esteja cômodo com seu corpo, fazendo o que crê necessário para mantê-lo ou mudá-lo.

2. A maneira como se alimenta

Se você decide ser vegetariano, não comer doces, não comer carne… ninguém pode julgá-lo e nem pedir explicações pela forma como você se alimenta. É sua decisão e você pode tê-la tomado por mil motivos. Portanto, os demais precisam aceitar sua realidade, ainda que possam ou não estar de acordo.

3. Sua sexualidade se você é adulto

Você decide como e com quem quer viver e ter suas relações

Seja homem, mulher, se você quer casar ou viver só, se quer ter filhos ou não…. Trata-se de decisões que você tem que tomar individualmente e ninguém pode questioná-las.

Podem aconselhá-lo se não o veem feliz ou se perceberem que você está sofrendo, mas nada além disso.

Você não tem porque dar explicações por suas decisões com respeito aos seus gostos ou a sua ideia com respeito ao casamento.

4. Sua carreira ou seu trabalho

Nesta área você também não tem de dar explicações a ninguém pela forma que escolheu de ganhar a vida, estudar ou seguir certa carreira, sem importar a idade que tenha.

  • Ainda que, às vezes, você tenha decepcionado os seus pelo que esperavam de você, é uma decisão difícil de tomar e para muitos pode estar errada.
  • Por isso sempre é importante que a decisão tenha vindo de dentro de você, do seu coração, do que você sente que deve fazer.

5. Suas convicções religiosas

Você não deve explicações a ninguém sobre seus ideais religiosos, sejam quais forem suas crenças. Inclusive, pode ser que seja agnóstico ou ateu, e que nenhuma religião lhe interesse.

As pessoas devem aceitar sua maneira de ver o mundo, não devem questionar e, se fizerem isso, não é o seu problema.

6. Sobre seus conceitos a respeito de relacionamentos

Você pode estar de acordo ou não em morar com alguém, viver sozinho, não estar de acordo com a instituição do casamento…

Todos temos diferentes conceitos e maneiras de viver. Como saber qual é a que está certa ou errada?

Em que critério nos baseamos para afirmar que um ou outro é melhor ou mais adequado? O que cada um sente que está bem, é seu caminho individual.

7. Se você gosta de passar um tempo só

Se você desfruta da solidão, também não tem que dar explicações a ninguém, nem significa que seja antissocial, ou um ser egoísta e isolado do mundo. Você simplesmente gosta de estar consigo mesmo, desfrutar do seu espaço, escutar sua música preferida, ler um livro.

Querer tomar esse tempo para si não significa que esteja deprimido ou magoado, nem que tenha problema com as pessoas.

Desfrute da sua solidão quando tiver vontade e, só quando quiser, fale com sua família ou com seus amigos.

É importante que viva sua vida da sua maneira, tomando as decisões que você crê que são corretas, mas o fundamental é que acredite nelas.

O que os outros acreditam ou pensam não é importante.

Você precisa percorrer o seu próprio caminho e vai ter que fazer isso sozinho, com erros e com acertos, tomando em conta, claro, os conselhos dos outros, mas sempre decidindo por si mesmo.

Só você sabe o que lhe convém e o que faz bem, ninguém mais pode saber disso.

Tomar suas próprias decisões e estar feliz com isso, sem ter que dar explicações para ninguém, fala de como você é uma pessoa segura de si mesma e com grande autoestima, definitivamente, o quanto você se ama.

O amor próprio é o fundamental na vida para ser feliz e para poder dar amor as outras pessoas.

Imagem de capa: Maridav/Shutterstock

TEXTO ORIGINAL DE MELHOR COM SAÚDE

“Simpatia, Antipatia, Chatice”, por Flávio Gikovate

“Simpatia, Antipatia, Chatice”, por Flávio Gikovate

Parece evidente que o sucesso profissional, econômico e social de uma pessoa depende muito da sua capacidade de se relacionar bem com os colegas. Acredito que os dois aspectos mais importantes para um relacionamento construtivo sejam: nossa capacidade de não atribuir valor — positivo ou negativo — a nós mesmos sem consulta aos fatos e nossa capacidade de prestar atenção aos outros e dispensar-lhes cuidados e gentilezas. Quanto ao primeiro aspecto, já alertei para os perigos de formularmos opinião a respeito de nós mesmos antes mesmo de saber o que pensam de nós os que nos cercam. Na verdade deveríamos ter uma atitude mais humilde, para não confiar tanto nos nossos julgamentos, especialmente nos que dizem respeito a nós mesmos.

A ideia que fazemos de nós deveria ser uma média aritmética das opiniões que as pessoas têm a nosso respeito. É perigoso sermos muito autossuficientes num tema que depende mesmo da forma como as outras pessoas nos veem. Minha opinião acerca da minha aparência física, por exemplo, vale muito menos do que a opinião dos outros.

O segundo aspecto essencial para ter sucesso nas relações interpessoais diz respeito à nossa capacidade de prestar atenção às outras pessoas e agir de uma forma que as cative, que as agrade. Será simpático aquele indivíduo que tiver a habilidade de fazer um elogio na hora certa, incensando adequadamente a vaidade do interlocutor, aquele que souber fazer perguntas e deixar o outro falar bastante de si mesmo, aquele que aborda o outro com um sorriso no rosto, com uma boa palavra, com sinais de preocupação, aquele que tem bom humor, que faz graça, que não se queixa demais de suas próprias dificuldades, que tenta não ser pesado nem se colocar como alguém que terá de ser ajudado a toda hora.

A maior parte das pessoas simpáticas, aquelas que se esforçam em ser bem-aceitas, são voltadas para agradar o outro também com o objetivo de favorecer a si mesmas. Não é raro que sejam pessoas menos sinceras e até mesmo mais egoístas, uma vez que tratam de cativar para obter algum tipo de vantagem. Porém isso não é regra, de modo que as criaturas mais bem formadas do ponto de vista moral também deveriam ter bastante cuidado ao abordar os seus pares. Não há nada de errado em ser atento às peculiaridades do outro, em evitar a agressividade desnecessária e os comentários negativos em relação tanto aos presentes como aos ausentes.

A pessoa se torna antipática quando age de modo oposto ao que descrevi. Ao não tomar cuidado para não pisar no pé dos outros, ela vai fazendo inimigos ao longo do caminho. Muitas são as que confundem isso com autenticidade; acham que ser sincero é agir exatamente da forma como se pensa, mesmo que isso fira o interlocutor; ou seja, se eu achar uma pessoa gorda deverei dizer isso a ela, mesmo sabendo que vou magoá-la. É preciso refletir mais, pois sinceridade não pode ser confundida com agressão, que é a verdadeira motivação no caso do exemplo citado.

O antipático é aquele que está sempre pronto para falar dos defeitos dos outros. Faz gestos e tem posturas de superioridade, podendo, com facilidade, humilhar um colega. A desatenção e o descaso no trato com as outras pessoas será sempre, do meu ponto de vista, uma inadequação e um desrespeito. Não é virtude, autossuficiência e muito menos sinceridade ou espontaneidade. É desleixo, descaso com as inseguranças e fraquezas alheias.

O chato é um antipático particular, cuja principal característica é não prestar a menor atenção no outro. Na medida em que não se põe no lugar do outro e nem nota os sinais que ele emana, poderá continuar contando uma história que só interessa a ele mesmo quando todos a sua volta já se dispersaram e bocejam. O chato tem mais interesse em falar do que em ser ouvido. Aliás, tem a falsa ideia de que tudo o que ele disser será efetivamente do interesse de todas as outras pessoas. É difícil determinar de onde uma pessoa pode ter tirado uma ideia assim tola. É difícil também entender como uma pessoa não altera sua postura apesar de repetidos insucessos de ordem prática. O chato monopoliza para si as atenções, ofendendo a vaidade das outras pessoas que também acreditam ter coisas interessantes a dizer.

Insisto mais uma vez na necessidade imperiosa de estarmos atentos aos nossos relacionamentos interpessoais. A verdade é que o entendimento entre as pessoas não se dá de forma espontânea, por isso é conveniente que nos dediquemos aos processos relacionados com a comunicação. Temos de nos tornar especialistas nessa área se quisermos usufruir o que as relações humanas têm de bom e construtivo.

(Trecho do livro “Os Sentidos da Vida”, p. 99-102)

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