Bater num adulto é agressão, num animal é crueldade, numa criança…é educação?”

Bater num adulto é agressão, num animal é crueldade, numa criança…é educação?”

Por Ângelo Simões, psicólogo

Existem tantas formas de se ser mãe ou pai, quanto de se ser filho ou filha. Não existe apenas uma correta, mas existem formas de relação positivas entre pais e filhos que promovem um crescimento individual e relacional, já outras não são tão positivas e  trazem ainda mais preocupações, mais dificuldades na gestão dos comportamentos e do reconhecimento da autoridade dos pais. A autoridade, aquela que se reconhece e não a que se impõe, tem sido um dos desafios com os quais muitos pais lidam, já que também eles trazem modelos das gerações anteriores, uns mais bem-sucedidos do que outros. A questão mantém­-se: é possível mostrar aos filhos os limites e regras com que se vive as relações humanas sem, no entanto, recorrer à punição física?

O que sabemos sobre os efeitos da punição física na criança e nos pais?

“Os meus pais também me bateram quando era pequeno, e no entanto tanto eu como os meus irmãos crescemos sem problemas nenhuns”. Este é um argumento comum que justifica, para muitos pais, bater nos filhos, com maior ou menor frequência. No entanto, bater não está associado a melhorias no comportamento ao longo do tempo. Não só coloca os pais num nível de adrenalina e stress elevado, como também transmite à criança a ideia de que o corpo não é seu, é propriedade dos pais, não podendo ser negociada a forma como querem ser tratadas. Estudos indicam que em adultos punidos fisicamente durante a infância, a probabilidade de valorizarem positivamente um comportamento violento aumenta, seja contra o filho ou contra o atual parceiro (Gershoff & Grogan-Kaylor, 2016).

“Nem doeu!” ­ Uma rápida escalada, não só de violência…mas de culpa

Um dos grandes problemas da punição corporal é a facilidade com que os limites definidos pelo próprio educador são ultrapassados, sem que este sequer se aperceba.

É muito frequente, nos pais com quem se trabalham estes temas, eles próprios estarem dessensibilizados para o grau de violência que utilizam.

Isso acontece porque se forma um ciclo em torno do comportamento da criança e da resposta que é dada por parte do adulto. A punição corporal leva frequentemente a que o comportamento desadequado se mantenha ou até aumente, o que resulta num aumento da frequência do castigo corporal, levando a mais situações de comportamento desadequado. Por exemplo, a mãe repreende o filho por correr na loja em que fazem compras. O filho não presta atenção e continua. A mãe, frustrada, dá uma palmada ao filho. Este não aprendeu necessariamente porque é que correr na loja é mau, apenas sabe que não gosta de levar uma palmada. O comportamento vai manter-­se, se não em loja, noutros contextos. A mãe utiliza a palmada e, vendo que o comportamento continua, pode aumentar a frequência e/ou intensidade da punição até obter os resultados desejados. O comportamento do filho, no entanto, piora.

É um ciclo em que violência gera violência.

Mais importante, e talvez menos abordado nestes termos, o ciclo amplia as desvantagens para pais e filhos: os pais, cada vez menos eficazes em controlar o comportamento da criança, desenvolvem com frequência sentimentos de culpa, por não se sentirem capazes de educar os filhos sem bater. Por parte da criança, com a frequência do castigo corporal, desenvolve uma imagem negativa de si enquanto filho, o “mau filho” ou “o filho desobediente”, com um impacto negativo na sua auto­estima e personalidade. No final, cada palmada ou bofetada confirma aos pais o fraco controlo e ineficácia da sua parentalidade. À criança é confirmado o fraco controlo sobre o seu próprio corpo, que pode ser invadido a qualquer altura, bem como o comportamento desadequado passa a fazer parte da imagem que têm de si mesmas.

A investigação com crianças e pais

Uma das mais importantes revisões de literatura neste campo, publicada este ano, registou dados sobre punição corporal em cerca de 160,000 crianças (Gershoff & Grogan­Kaylor, 2016). Desta revisão concluiu­-se que a punição corporal está associada a um maior risco de comportamentos agressivos e antissociais, mais problemas de saúde mental e uma relação pais-filhos mais negativa. Este é um resultado explicado, em grande parte, pelo fato de os pais serem os principais responsáveis por ensinar aos filhos formas de se relacionar com os outros (e.g., Maccoby, 1992). Talvez o resultado mais importante desta revisão tenha sido o de que, mesmo quando removidas as formas de punição mais severas e o abuso físico, deixando apenas a punição corporal nos seus moldes mais simples (palmadas nas nádegas, por exemplo), esta se revela associada a resultados negativos para as crianças. Ou seja, mesmo formas mais simples de punição corporal como a palmada, podem ter efeitos negativos no desenvolvimento saudável da criança.

Por que é que bater persiste?

Nas palavras da Doutora Maria Amélia Azevedo, coordenadora do Laboratório de Estudos da Criança (LACRI): “Bater num adulto é agressão, num animal é crueldade, como você pode dizer que bater numa criança é educação?”.

O castigo físico persiste, em parte, por ter resultados aparentemente imediatos (cessa o comportamento da criança) e por ser fácil de aplicar. No entanto, punições corporais não oferecem à criança oportunidade de refletir sobre as suas ações, nem ensinam à criança a distinção entre o certo e o errado, levando-­a a agir (ou não agir) apenas por medo da punição. A investigação demonstra que apesar de conduzir a uma obediência imediata, existe um decréscimo na obediência a longo prazo (Gershoff, 2002). Só a convivência e o tempo investido pelos pais no diálogo possibilita uma base afetiva em que os filhos reconhecem nos pais alguém que se preocupa, que ouve e, mais importante, um modelo a seguir. Isto é importante pois ao longo do desenvolvimento do seu filho, ele precisa de aprender a decidir e a regular o seu próprio comportamento.

Quais são as possíveis alternativas à punição corporal? Aqui ficam algumas sugestões para pais, mães, ou responsáveis pela educação e desenvolvimento de uma criança:

– Utilize o diálogo sempre que possível.
Falar com uma criança sobre que comportamentos são aceitáveis e quais não são tem, de longe, muitos mais benefícios do que a punição corporal. Garanta que lhe explica o porquê de um comportamento ser desadequado ou perigoso. Ao fazê-­lo está também a transmitir-­lhe uma mensagem importante: o diálogo é uma ferramenta crucial para resolução de problemas, ao contrário da violência, que cria distância entre as pessoas.

– Crie oportunidades educativas.
A existência de diálogo não invalida que se sigam outros métodos de disciplina eficazes. Se tiver de disciplinar, procure castigos não físicos e crie, se possível, oportunidades educativas (ex. dar ao seu filho tarefas domésticas extra ou colocá-­lo a arranjar algo que tenha quebrado). Talvez uma das técnicas mais utilizadas e familiar aos pais seja o retiro de benefícios (ex. não jogar durante uma semana). Não há nada de errado com esta forma de disciplina, sendo que os resultados podem ser melhores se a aplicação for ponderada e firme – se proibiu o seu filho de utilizar o computador durante uma semana, já terá pensado sobre quão adequada é a duração do castigo, sendo recomendado que o mesmo seja cumprido nos moldes por si definidos.

– Utilize consequências como uma forma eficaz de disciplina.
Tal como os adultos, as crianças aprendem com base no que experienciam. As consequências das suas decisões, quando vividas, possibilitam oportunidades de aprendizagem únicas para o desenvolvimento de responsabilidade. Tal exige que os pais permitam aos filhos experimentar as consequências naturais destas decisões (ex. Se não comes o que tens no prato, eventualmente ficarás com fome; se estragaste os teus brinquedos/computador, não poderás divertir­te com eles). Em várias ocasiões os pais protegem os filhos, no entanto algumas formas de proteção podem privá-­los de oportunidades para serem responsáveis e aprenderem que as suas ações têm consequências. Ao deixá-lo experienciar as consequências das suas ações está a dizer-­lhe que é capaz de tomar as suas próprias decisões. Não deve utilizar este método de disciplina se colocar em risco a saúde ou segurança da criança. Cabe­-lhe a si decidir que consequências naturais dos atos do seu filho serão uma boa oportunidade de aprendizagem. A chave é manter­-se calmo e não se envolver demasiado, deixe que o seu filho experiencie as consequências que decorrem naturalmente dos seus comportamentos. Por fim, seja paciente pois nem sempre os resultados são imediatos, mas quando surgem são duradouros!

Nota da CONTI outra: esse artigo é de autoria do psicólogo Ângelo Simões. Algumas palavras foram substituídas para melhor adequação ao leitor brasileiro, mas a leitura do texto original UP to Kids , espaço que também recomendamos.

Imagem de capa: Lopoloshutterstock

 

A missão destinada a cada um dos 12 signos (Você se encantará com a sua)

A missão destinada a cada um dos 12 signos (Você se encantará com a sua)

 

Deus chamou ÁRIES

“Para ti, Áries, dou a primeira semente, para que tenhas a honra de plantá-la.

Para cada semente que plantares, mais outro milhão de sementes se multiplicará em suas mãos.

Não terás tempo de ver a semente crescer, pois tudo o que plantares criará cada vez mais e mais para ser plantado.

Tu serás o primeiro a penetrar o solo da mente humana levando minha ideia. Mas não cabe a ti alimentar e cuidar dessa ideia, nem a questionar.

Tua vida é ação, e a única ação que te atribuo é a de dar o passo inicial para tornar os homens conscientes da Criação.

Para este trabalho, Eu te concedo a virtude do respeito por si mesmo.

E para que faças um bom trabalho, dou-te a provação do orgulho para dominares e, como bênção, concedo-te o dom da INICIATIVA.”

Áries voltou ao seu lugar.

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Deus chamou TOURO

“A ti, Touro, concedo o poder de transformar a semente em substância.

Trabalharás com afinco e paciência para que as sementes não se percam ao vento.

Não questionarás ou mudarás de ideia até que termines tudo que já foi iniciado, pois a ti compete o processo de concretização da minha Ideia.

E para que realizes um bom trabalho, dou-te a provação do apego para dominares e, como bênção, concedo-te o dom da FORÇA. Trata de usá-la sabiamente!”

Touro voltou ao seu lugar.

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Deus chamou GÊMEOS

“A ti, Gêmeos, atribuo a tarefa de comunicar ao mundo minha ideia.

Por isso te dou perguntas sem respostas.

Em tua busca pelo conhecimento, inquietarás os que estão ao teu redor, para que compreendam o que veem e o que ouvem.

Tu serás um, mas pensarás e falarás por dois.

E para que faças um bom trabalho, dou-te a provação da superficialidade para dominares e, como bênção, concedo-te o dom daINTELIGÊNCIA.

Gêmeos voltou ao seu lugar.

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Deus chamou CÂNCER

“A ti, Câncer, dou a missão de implantar no coração do homem a emoção.

Minha ideia se fará sentir por meio de risos e lágrimas, para que todo o conhecimento adquirido atinja plenitude interior.

Tu multiplicarás os sentimentos com teu instinto de preservação, de modo que os homens se reúnam em famílias.

Para que realizes um bom trabalho, dou-te a provação da fragilidade para dominares e, como bênção, concedo-te o dom da FERTILIDADE.”

Câncer escutou tudo isso e voltou ao seu lugar.

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Deus chamou LEÃO

“A ti, Leão, atribuo a tarefa de mostrar ao mundo o esplendor de minha Criação.

Tu iluminarás os corações humanos com minha luz, acendendo em cada um o entusiasmo de assumir a própria existência.

Mas peço-te que não confundas as coisas e lembra-te que é minha a ideia, e não tua.

Para que faças um bom trabalho, dou-te a provação da vaidade para dominares e, como bênção, concedo-te o dom da HONRA.”

Leão voltou ao seu lugar.

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Deus chamou VIRGEM

“A ti, Virgem, dou a missão de examinar em detalhes o que os homens têm feito com minha Criação.

Tu analisarás seus passos e revelarás seus erros para que, por intermédio de ti, minha ideia mantenha-se pura e possa seraperfeiçoada.

Para realizares um bom trabalho, dou-te a provação do ceticismo para dominares e, como bênção, concedo-te o dom da DISCERNIMENTO.

Virgem, pensativo, voltou ao seu lugar.

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Deus chamou LIBRA

“A ti, Libra, dou a missão de unir os homens em torno da minha ideia.

Tu despertarás o desejo da cooperação, por meio da capacidade de se colocar no lugar do outro e então sentir o que o outro sente.

Estarás onde houver desavença, para que possas mostrar o valor do acordo e da justiça.

E para que faças um bom trabalho, dou-te a provação da indolência para dominares e, como bênção, concedo-te o dom da PAZ.”

Libra voltou ao seu lugar.

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Deus chamou ESCORPIÃO

“A ti, Escorpião, peço que não te afastes de mim quando doer em teu coração as maldades que presenciares.

Terás a capacidade de penetrar na mente dos homens e, conhecendo-a, perceberás que não sou Eu, mas a perversão da minha ideia que está causando tua dor.

Chegarás a conhecer o homem em seu instinto animal e lutarás contra o próprio dentro de ti.

Para que faças um bom trabalho, dou-te a provação do extremismo para dominares e, como bênção, concedo-te o dom do RENASCIMENTO.”

Escorpião voltou ao seu lugar.

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Deus chamou SAGITÁRIO

“A ti, Sagitário, atribuo a missão de ensinar o riso e a esperança, para que no meio das incompreensões da minha Criação o homem não se torne amargo.

Através da esperança, implantarás no coração humano a  e através da fé voltarás teus olhos para mim.

Expandirás assim minha ideia por todos os cantos e os mais longínquos lugares.

E para que realizes um bom trabalho, dou-te a provação da intolerância para dominares e, como bênção, concedo-te o dom da GENEROSIDADE.”

Sagitário voltou ao seu lugar.

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Deus chamou CAPRICÓRNIO

“A ti, Capricórnio, dou a tarefa de mostrar com o suor de teu rosto o valor do trabalho.

Fincarás com disciplina os alicerces de minha Criação, para que nada destrua suas bases.

E tua alegria pelo dever cumprido ensinará que a responsabilidade não é um fardo e sim uma condição natural.

E para que faças um bom trabalho, dou-te a provação da culpa para dominares e, como bênção, concedo-te o dom da AUTORIDADE.”

Capricórnio voltou ao seu lugar.

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Deus chamou AQUÁRIO

“A ti, Aquário, dou a missão de abrir os olhos dos homens para novas possibilidades.

Por isso terás o conceito do futuro e do amor fraternal.

Sentirás a solidão dos que vivem à frente do seu tempo, pois não lhe permito personalizar meu amor.

Viverás livre para que possas servir à humanidade renovando minha Criação.

Para que faças um bom trabalho, dou-te a provação da rebeldia para dominares e, como bênção, concedo-te o dom do PROGRESSO.”

Aquário voltou ao seu lugar.

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Por fim, Deus chamou PEIXES

“A ti, Peixes, não foi à toa que te deixei por último, pois te dou a mais difícil de todas as tarefas.

Peço-te que reúnas todas as tristezas dos homens e as tragas de volta para mim.

Tuas lágrimas serão, no fundo, minhas lágrimas.

A tristeza e o padecimento que terás de absorver são os efeitos das distorções impostas pelo homem à minha ideia, mas cabe a ti levar até ele a compaixão, para que possa tentar de novo.

Será tua a missão de amparar e encorajar a todos teus irmãos, fazendo-os acreditar que eles são capazes, e sempre podem tentar novamente.

Por esta tarefa, Eu te concedo o dom mais alto de todos: tu serás o único de meus doze filhos que me compreenderá.

Mas este dom do ENTENDIMENTO é só para ti, Peixes, pois quando tentares difundi-lo entre os homens eles seguirão e poucos te escutarão.”

Peixes voltou retornou ao seu lugar sorrindo carinhosamente para cada um dos seus onze irmãos, sabendo que cada um deles agora tinha se tornado parte da vida dele.

Naquele momento ele já amava a cada um deles profundamente. E agradeceu a Deus tanta honra por missão tão difícil!

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Então Deus completou:

Cada um de vós é perfeito, mas não compreendereis isto até que vós doze se tormais UM. Agora vão!”

E as doze crianças foram embora e estão hoje espalhadas pelo mundo, cada uma tentando executar sua tarefa da melhor maneira.

Texto do do astrólogo americano Martin Schulman e consta de seu livro Karmic Astrology: the Moon’s Nodes and Reincarnation, de 1975. Fonte Caminhos

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Vídeo de 2 minutos mostra com clareza o ciclo do relacionamento abusivo

Vídeo de 2 minutos mostra com clareza o ciclo do relacionamento abusivo

Aqui na CONTI outra nós já falamos inúmeras vezes sobre os perigos dos relacionamentos abusivos. Eu já falei com a Folha sobre o tema, nossa colunista Lucy Rocha tem um texto fabuloso que descreve o Ciclo do Relacionamento Abusivo.

Hoje, porém, trago para vocês um vídeo da Day One que mostra, de maneira ilustrativa, como tudo acontece. Na mensagem, o apelo para que não confundamos amor com abuso, principalmente depois que a fase inicial do apaixonamento passa e a máscara começa a cair.

Notem bem como tudo começa encantador e perfeito “demais”, gera dependência e depois caminha para o controle e os abusos.

O mundo precisa de loucos

O mundo precisa de loucos

Recentemente li uma poesia fantástica que me fez refletir sobre a loucura. Será que a loucura é uma coisa ruim? Ou será que é o que mais está fazendo falta no nosso mundo?

Não estou falando daquela loucura de hospitais psiquiátricos, estou falando daquela loucura boa, que nos faz sermos ousados e buscarmos caminhos diferentes e originais.

Cada vez mais eu me dou conta que as pessoas que são consideradas loucas são as que mais contribuem para a melhoria do mundo. Exatamente! É como eu intitulei esse post. O mundo precisa de loucos. As pessoas estão se tornando o que luto todos os dias para não me tornar, PREVISÍVEIS. Você olha para alguém e já sabe tudo que ela vai fazer e muitas vezes até o que vai dizer. Isso é horrível e destruidor. E uma das primeiras coisas que destrói é a CRIATIVIDADE. Perceba! Não tem como uma pessoa previsível ser criativa, porque ela faz o que todo mundo faz, não inova, não foge às regras, não dá uma pitada de ousadia e não vive o valor da descoberta. Já os imprevisíveis não. Estes quase sempre são criativos, estão sempre com o cérebro fervilhando de ideias, estão sempre tomando atitudes mais ousadas e logicamente, agregando valor à vida das pessoas. Vamos ser loucos e fazer desabrochar em nós essa criatividade tão necessária.

Enfim! Vamos à poesia, da autoria de Avany Morais.

Loucos

Falar de loucos é falar de sábios!
Posto que, loucos veem além da visão…
Sentem nos lábios a essência da vida
E discordam, sem pedir permissão.

Loucos… Precisamos destes loucos
Para virar a mesa, jogar o jogo bruto,
Mudar o mundo, as regras, não aos poucos,
Mas mudar abruptamente, num espaço curto.

No caos que se encontra nosso País no momento,
Atravessando duramente tanto descontentamento,
Para mudar, hoje, ser louco é a única solução.
Somente um louco, poderia revolucionar a nação.

Um louco que sonhando seja capaz de o mundo mudar…
Que vivendo seja na terra, no ar ou no mar, ouse…
Crie, invente, faça seu pensamento ecoar, vibrar…
Sem medos, sem tabus, um louco essencial capaz de amar.

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Você percebe a maravilha que acabou de ler? Os loucos são os sábios. São aqueles que revolucionam o mundo, que fazem o mundo sair da mesmice e do marasmo. Sem os loucos, o mundo não teria graça nenhuma, nem graça de riso, nem graça de bênçãos. Eu amo os loucos, tenho uma admiração sem palavras por eles. Eu quero ser louco, quero lhe convidar hoje a também fazer parte desse grupo seleto e que também queira se orgulhar de sê-lo.

Tem uma frase de um cara que sou fã e já falei inúmeras vezes dele aqui. Estou falando do mestre Raul Seixas. Em sua música “maluco beleza” temos a frase: “Vou ficar, ficar com certeza, maluco beleza…”. Raul era louco e adorava isso, e na música “quando acabar o maluco sou eu” temos a frase: “Eu sou louco, mas sou feliz. Muito mais louco é quem me diz, eu sou dono do meu nariz, em feira de Santana ou mesmo em Paris…”. Nessa última frase percebemos claramente a sua ousadia e vida totalmente sem regras. Essa vida sem regras o fez desenvolver todo o seu potencial artístico, mas foi uma pena, porque também o levou a autodestruição. É nessa hora que digo que é importante dosar. Precisamos ser loucos, mas loucos moderados. Precisamos desenvolver aquela loucura que aguça a percepção e a criatividade, que são tão importantes para a melhoria pessoal e coletiva.

As palavras do fim da poesia também são bem filosóficas. São os loucos essenciais que fazem o mundo ser melhor. Eu adoro a palavra ESSENCIAL, e sempre que leio essa palavra me recordo do livro “O pequeno príncipe” e de sua célebre frase: “O essencial é invisível aos olhos”. Essa frase se encaixa perfeitamente nos loucos, pois eles têm algo essencial e que é invisível aos olhos, que se chama CRIATIVIDADE e OUSADIA. Dois ingredientes que fazem o mundo ser melhor e evoluir.

Você conhece uma das campanhas publicitárias mais famosas do mundo? A campanha da empresa Apple de 1997. Seu texto fala sobre os loucos como sendo as pessoas que mudam o mundo! O vídeo inspirador está logo abaixo.

“Isto é para os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os que são peças redondas nos buracos quadrados.
Os que vêem as coisas de forma diferente. Eles não gostam de regras. E eles não têm nenhum respeito pelo status quo. Você pode citá-los, discorda-los, glorificá-los ou difamá-los.
A única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas.
Eles inventam. Eles imaginam. Eles curam. Eles exploram. Eles criam. Eles inspiram.
Eles empurram a raça humana para frente.
Talvez eles tenham que ser loucos.
Como você pode olhar para uma tela em branco e ver uma obra de arte? Ou sentar em silêncio e ouvir uma música jamais composta? Ou olhar para um planeta vermelho e ver um laboratório sobre rodas?
Enquanto alguns os vêem como loucos, nós vemos gênios. Porque as pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo, são as que de fato, mudam.”

Portanto amigos. Vamos desenvolver essa loucura saudável e tão necessária nesse mundo de hoje. Um mundo coberto por pessoas medíocres que só pensam na vida como um passar de dias, que não se abrem ao novo e às possibilidades. Observe os loucos da humanidade, todos eles podem lhe ensinar a ser alguém melhor e mais criativo. Vou citar apenas alguns: Albert Einstein, Thomas Edison, Isaac Newton, Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, Johannes Kepler, Arquimedes, Aristóteles, Leonardo da Vinci, Freud, Nietzsche, Rubem Alves, Mário Quintana, Clarice Lispector, Arthur Schopenhauer, Montesquieu, Carl Jung, William Shakespeare, e por aí vai. Eu amo todos esses loucos que citei e muitos outros. São esses loucos que fazem com que eu eleve os meus pensamentos a níveis que jamais conseguiria sozinho. Eles são grandes amigos meus. Não tenho contato com nenhum, vários já morreram, mas são grandes amigos, porque contribuíram e ainda contribuem para o meu crescimento humano e intelectual.

Que essa breve reflexão lhe inspire a ser como esse louco essencial capaz de amar, alguém que tenha força e determinação para dar o melhor de si em tudo que fizer e assim contribuir para mudar o mundo…

Imagem de capa: Navistock/shutterstock

Há pessoas que preferem um bom papo a um bom prato. Outras preferem uma suave sinfonia a uma bela gastronomia.

Há pessoas que preferem um bom papo a um bom prato. Outras preferem uma suave sinfonia a uma bela gastronomia.

Título original: Arrebatamento

Há pessoas que preferem um bom papo a um bom prato. Outras preferem uma suave sinfonia a uma bela gastronomia.

E há pessoas que gostam dos dois…

Existem pessoas que se encantam com as palavras em prosa ou em versos e existem outras que ao ouvi-las, bocejam.

Há pessoas que amam boas músicas orquestrais e há as que apreciam a melodia casada com a poesia. E há, ainda, as que ficam enlouquecidas e querem as duas…

Existem pessoas que recorrem ao pó, ao tabaco ou ao álcool para ir além dos limites, e há outras que se elevam com as belas artes: cinema, escultura, pintura, literatura…

Qual o melhor antídoto para a nossa finitude e concretude? Emil Cioran, filósofo romeno, não tinha dúvidas: postulou que somente a música é capaz de levar-nos ao êxtase, pois ela nos faz perder a pesada materialidade e nos dissolve em harmonias.

Aconselhou a música de Mozart e Bach como remédio contra o desespero, uma vez que sua pureza aérea nos faz “le- ves, diáfanos e angélicos”.

A poesia, a música e todas as coisas “belas” que o homem cria nos fazem angélicos.

As artes mais do que as ciências são capazes de afinar com precisão as sensações, tocar com tranquilidade a alma humana – lugar onde reside o coração – embalar sonhos e modular gestos.

Somente cordas, teclas, partituras, palavras, pincéis e outros instrumentos diáfanos são capazes de esculpir o verda- deiro homem e levá-lo mais além de si mesmo.

Somente eles são capazes de fazer-nos pairar, voar, sonhar e nos arrebatar.

Imagem de capa: Mykola Komarovskyy/shutterstock

Prefeitura de Blumenau sanciona projeto “Telhado Verde”. Agora é lei!

Prefeitura de Blumenau sanciona projeto “Telhado Verde”. Agora é lei!

Seguindo a linha da arquitetura sustentável, a cidade de Blumenau sancionou e aprovou no último dia 15-02-2018 a Lei Complementar no. 1.174/2018, de autoria do prof Gilson de Souza.

Conforme publicado em jornal de notícias local, o Blumenauense, o “Telhado Verde” é uma das saídas para aumentar a área de permeabilidade de terrenos pequenos, o que permite uma maior área de terreno construído, mantendo uma porcentagem mínima exigida pelo município.

A solução, além de paisagística e ecologicamente correta, melhora o escoamento de água de enxurradas e equilibra a temperatura da casa. Agora os moradores interessados terão que realizar os projetos conforme as especificações da prefeitura.

Nós, aqui da CONTI outra, enviamos os nossos parabéns pela iniciativa!

Imagem de capa meramente ilustrativa: shutternelke/shutterstock

Entenda o que é recalque e a psique de pessoas recalcadas

Entenda o que é recalque e a psique de pessoas recalcadas

O recalque  é uma das bases fundamentais da psicanálise, que constitui em um mecanismo da psique que envia para o inconsciente emoções, pulsões e afetos que são vistos como repulsivos para determinadas pessoas.

Freud caracterizou o recalque  como um processo em que alguns sujeitos procuram manter  ao nível do inconsciente várias memórias, que emergem no esquecimento, reprimindo de modo temporário os conflitos causadores de angústia. Mas tais recalcamentos são capazes de entrar em choque com a visão que as pessoas têm de si mesmas e nas suas relações com o mundo.

Quando se fala que existem pessoas recalcadas, significa que elas estão descontentes sobre certos assuntos ou situações, policiando esses conteúdos que ficam sempre voltando, empurrando-os para dentro emoções que estavam quase saindo.

De modo literal, pessoas recalcadas são aquelas que, frequentemente, calcam os seus desejos e tiram conclusões erradas, apoiadas em suposições quando sentem perigos contra si e seus valores. É por isso,  que os recalcados buscam ganhar algum tipo de prazer através de sinais do  inconsciente, como os  sonhos, os  atos falhos ou os sintomas neuróticos.

Sempre que os recalcados se deparam com gente liberando, livremente, os seus desejos, a primeira coisa que fazem é reprimir os outros, falando mal de todos, pois eles têm inveja e uma necessidade doentia de reconhecimento.

Portanto, são homens e mulheres frustrados e com enormes dificuldades de conectar com seus próprios sentimentos, fazendo de cada momento da vida, um eterno sofrimento.

Um exemplo é a paciente de Freud, Dora: uma jovem burguesa da era vitoriana, que se casou virgem, mas seria deplorável para ela se imaginar fazendo felação no amigo do seu pai. Esse desejo não se ajustava à imagem de moça pura que ela deveria ser. Então, Dora recalca essa fantasia, passando a sofrer de tosse nervosa e falta de voz.

Hoje existem inúmeros casos, que são visíveis nas redes sociais e no cotidiano, onde temos que estabelecer relacionamentos por questões familiares, sociais e profissionais com recalcados, que apresentam os seguintes recalcamentos:

  1. Baixa autoestima, isolamento ou autopunição;
  2. Raiva de ser contrariados por algum assunto, que não gostam de ouvir;
  3. Não aceitam ser visto abaixo de ninguém e desvalorizam os outros;
  4. Fogem para não ser julgados e não aceitam críticas;
  5. Atacam os outros apontando seus defeitos com exageros.

O recalque, muitas vezes, é comparado equivocadamente com à inveja, por apresentar aspectos similares. Porém, são sentimentos que operam no inconsciente e no consciente dos recalcados com intensidades diferentes. Enfim, os recalcados necessitam de ajuda terapêutica para direcionar a sua energia para si mesmos, na busca de conseguir e melhorar qualidades que gostariam que fossem suas, e com isso deletariam, definitivamente, do seu inconsciente os sintomas neuróticos do recalque.

Imagem de capa: Air Images/shutterstock

Não é de repente que o amor nasce ou morre

Não é de repente que o amor nasce ou morre

Amar vem depois do conhecer, do conviver, do se mostrar. Desamar vem depois do tentar, do resistir, do sofrer, do esperar.

Ninguém acorda e decide que, a partir daquele dia, está amando fulano ou sicrano. O amor é construção, é luta, é entrega, apoio, é arroz-feijão, no cotidiano em que a vontade de ficar junto supera todo e qualquer entrave nesse percurso. E o amor também morre. Desamar é desconstrução. É desistência paulatina, demorada, dolorida. Da mesma forma, ninguém acorda e decide, a partir daquele dia, não mais amar fulano ou sicrano.

O amor demora a se firmar porque se antecede pela paixão, que inicia o encontro entre duas pessoas. Primeiramente, somos atraídos pelo que o outro tem de bom e de agradável e idealizamos um romance de cinema junto com ele. O tempo, como sempre, acaba mostrando as verdades, o que era, o que não era, o que nunca foi, e vamos concedendo e nos ajeitando, para acomodar o amor na nossa vida e em nosso coração, entendendo que, apesar das imperfeições, o parceiro é nosso porto seguro.

Deixar de amar é demorado, porque nós relutamos em desistir daquilo em que depositamos tanto de nós, daquilo com que sonhamos a vida toda. A gente se entrega, é verdadeiro, compartilhando tudo o que somos e temos, de maneira clara e límpida, e então fica difícil aceitar que não vinha nada do lado de lá. Dói ver o nosso melhor sendo ignorado e desvalorizado. Dói tomar a decisão de romper com o que tomou tanto tempo e tanta força da gente. Dói e demora.

É de se estranhar, por isso, a perplexidade de muitos, quando o parceiro toma a decisão de romper, como se aquilo fosse algo repentino, sem razão, como se nada tivesse acontecido para aquela atitude estar sendo tomada. Isso só comprova o quanto aquela pessoa que ficou surpresa ignorava o parceiro, o quanto ela deixou de olhar para o lado, de ouvir o outro, de perceber que havia alguém ali precisando de carinho, atenção, de comprometimento afetivo. Mas então já é tarde.

Como se vê, não é de repente que o amor nasce ou acaba. Amar vem depois do conhecer, do conviver, do se mostrar. Desamar vem depois do tentar, do resistir, do sofrer, do esperar. Ambos levam tempo. Caso não estejamos abertos a tudo o que o amor requer, ele não entrará em nossos corações. Caso ele entre, mas não encontre terreno fértil, semeadura afetiva, vontade de lutar junto, então o amor não fincará raiz alguma e se diluirá em meio ao vazio sem reciprocidade. Desse jeitinho.

Imagem de capa: Maksim Toome/shutterstock

Redes sociais: Todo mundo é feliz o tempo inteiro?

Redes sociais: Todo mundo é feliz o tempo inteiro?

Por Zenklub*

Você acredita na felicidade constante e na vida perfeita que muitas pessoas – inclusive nós mesmos – mostramos nas redes sociais?

Desde que começamos a usar diariamente as redes sociais, sentimos uma necessidade de mostrar aos outros – sejam familiares, amigos ou até completos estranhos – nossos momentos e experiências felizes do dia-a-dia. Do outro lado, centenas, milhares de pessoas em nosso ciclo fazem o mesmo.

“Temos a tendência de nos reconhecermos por meio do reconhecimento do outro e é por isso que as redes sociais fazem tanto sucesso. Quantos mais likes, seguidores e comentários eu tenho, mais importante, poderoso e único eu me sinto. Além disso, o mundo virtual nos dá a possibilidade de construir a nossa imagem, seja ela real ou não. Então, se a minha autoestima não é tão boa e eu não gosto do que vejo quando olho para mim mesmo, então eu posso construir, nas redes sociais, uma vida só de experiências boas para me convencer do contrário”, explica a psicóloga Milena Lhano, que atende pelo Zenklub.

São 24 horas por dia de fotos de pessoas felizes, viagens, festas, famosos, dietas, corpos perfeitos e tudo que é preciso para criar a impressão de vida perfeita. O lado ruim dessa vida digital perfeita? É que quem não se encaixa nessa felicidade toda, começa a sentir deslocado, frustrado, perdido. A sensação de que a vida dos outros é melhor que a nossa acaba diminuindo nossa auto-estima, não é?

Um estudo realizado pela Royal Society for Public Health (Sociedade Real para a Saúde Pública, do Reino Unido), chamado “#StatusofMind”, revelou o quão grande e tóxico pode ser o impacto do conteúdo de redes como o Instagram, Facebook, Snapchat e Twitter no bem-estar e no dia-a-dia das pessoas.

A pesquisa foi realizada com 1.500 pessoas entre 16 e 24 anos. Foram feitas perguntas sobre assuntos como ansiedade, depressão, perda de identidade pessoal e problemas com a imagem do próprio corpo. O resultado foi que 5% dos entrevistados sofrem do que pode ser chamado de “dependência de mídias digitais”.

Algumas outras descobertas: 1 em em cada 6 jovens sofrerá de algum transtorno de ansiedade em algum momento de suas vidas. A imagem corporal também sofre um impacto tóxico para as pessoas que usam as redes, principalmente mulheres jovens. Isso porque as imagens e vídeos publicados 24 horas por dia levam a comparações – e desejos – de uma certa aparência padrão.

Isso acontece, muitas vezes, por se compararem com os outros e se acharem piores, ou até por receberem menos likes e comentários do que imaginavam. “A questão aqui é que eles se comparam com imagens que muitas vezes não são reais: são fotos produzidas ou situações aparentemente felizes que mascaram tristeza e depressão. Assim, muitos desenvolvem transtornos reais baseados em comparações com imagens irreais”, destaca a psicóloga.

A especialista também fala um pouco sobre a crescente tendência de estar conectado nas redes sociais o tempo todo: “Temos visto acontecer um fenômeno bem interessante: um grupo de pessoas está sentado em um restaurante, mas elas não conversam entre si porque cada um está em seu celular publicando fotos, fazendo vídeos ou conversando com alguém que não estão ali. As pessoas estão sempre conectadas vivendo nesse mundo paralelo, onde cada um pode ser o que quiser e “fugir” do mundo real onde têm momentos de frustração, tédio, obrigações e cobranças”.

A realidade das redes sociais muitas vezes não mostra a verdade. A verdade? Não dá para ser feliz o tempo inteiro. E não tem problema nenhum. Ninguém está livre de momentos de tristeza e angústia, de frustrações profissionais e amorosas, de indecisões. Ninguém tem sempre todas as respostas ou soluções para os problemas e desafios do dia-a-dia.

A especialista dá a dica: “Não compare a sua vida, o seu corpo, o seu relacionamento, o seu trabalho, seus filhos ou qualquer outra coisa com o que você vê nas redes sociais. Entenda que não agradar a todos, ter frustrações, ter problemas, um dia ruim, fazem parte da vida. São essas situações que nos fazem crescer e superar obstáculos. A vida é aquilo que acontece enquanto você está olhando para a tela do celular”.

E se todos os momentos não forem perfeitos: tá tudo bem. Faz parte de sermos seres humanos.

* No Zenklub, você encontra mais de 80 especialistas que podem ajudar você a superar muitos transtornos desencadeados pelo uso excessivo de redes sociais, como baixa autoestima, ansiedade e depressão.

Imagem de capa: Impact Photography/shutterstock

Você é uma mulher incrível

Você é uma mulher incrível

Você é uma mulher incrível. Malha, trabalha, faz pilates, cuida da casa, paga as contas sem a ajuda de ninguém. Sai com as amigas, bebe, ri, se diverte. Dança. Quando não tem companhia, vai sozinha e aproveita do mesmo jeito. Sai com calor, com frio, de salto ou de bota. Quando chega, todo mundo te vê, te quer perto, te admira.

Se encanta com olhares, com sorrisos despreocupados e com pequenas gentilezas. Não tem medo de viver, de correr riscos, de amar. Se errar, pede desculpas. Se cair, levanta e recomeça.

Todos os homens te observam, te desejam e tentam se aproximar. Às vezes você permite, às vezes não. Quando chegam, criam sua morada. Você permite que te conheçam, entrega de graça suas risadas e seu jeito leve de levar a vida. De cara, sempre escuta “você é uma mulher incrível”.

Semanas depois, quando você se pega cantando Jorge e Mateus no banho e a música começa a fazer sentido, escuta de novo “você é uma mulher incrível, MAS…” Mas eu não quero me relacionar agora. Mas eu estou focado no meu profissional. Mas eu conheci outra pessoa. Mas eu não quero te magoar. Mas a putaquepariu toda. Se você é uma mulher incrível, por que não deu certo?​

​Não deu ​certo porque não tinha que dar. Porque ele não estava tão pronto quanto você. Porque ser independente é uma qualidade, mas assusta. Não deu certo porque ele não carrega a mesma força e fé dentro de si que você, e sentiu que não seria capaz de fazê-la feliz por muito tempo.

Não deu certo porque ele tem receio de te desapontar, e sabe que hora ou outra vai fazê-lo. Ele sabe que vai te machucar, e sabe também que você não merece passar por isso de novo. Ele sabe que não tem corpo, alma e coração para te entregar como você, despretensiosamente, pensou em fazer por/para ele.

Não deu certo. E não é culpa sua se outrem não estava preparado como você já está. Tenha paciência, menina. A vida nos dá o frio conforme o nosso cobertor. Você é SIM uma mulher incrível, e vai ficar tudo bem.

Imagem de capa: Raisa Kanareva/shutterstock

“Minha filha, apaixone-se por Um Grande Homem e nunca mais voltará a chorar”.

“Minha filha, apaixone-se por Um Grande Homem e nunca mais voltará a chorar”.

Nós homens nos caracterizamos por ser o sexo forte, embora muitas vezes caiamos por debilidade.

Um dia, minha irmã chorava em sua casa…

Com muita saudade, observei que meu pai chegou perto dela e perguntou o motivo de sua tristeza.

Escutei-os conversando por horas, mas houve uma frase tão especial que meu pai disse naquela tarde, que até o dia de hoje ainda me recordo a cada manhã e que me enche de força.
Meu pai acariciou o rosto dela e disse:

“Minha filha, apaixone-se por Um Grande Homem e nunca mais voltará a chorar”.

Perguntei-me tantas vezes, qual era a fórmula exata para chegar a ser esse grande homem e não deixar-me vencer pelas coisas pequenas.

Com o passar dos anos, descobri que se tão somente todos nós homens lutássemos por ser grandes de espírito, grandes de alma e grandes de coração, o mundo seria completamente diferente!

Aprendi que um Grande Homem… não é aquele que compra tudo o que deseja, porque muitos de nós compramos com presentes a afeição e o respeito daqueles que nos cercam.

Meu pai lhe dizia:

“Não se apaixone por um homem que só fale de si mesmo, de seus problemas, sem preocupar-se com você… Enamore-se de um homem que se interesse por você, que conheça suas forças, suas ilusões, suas tristezas e que a ajude a superá-las.

Não creia nas palavras de um homem quando seus atos dizem o oposto.

Afaste de sua vida um homem que não constrói com você um mundo melhor… Ele jamais sairá do seu lado, pois você é a sua fonte de energia..

Foge de um homem enfermo espiritual e emocionalmente, é como um câncer, matará tudo o que há em você
(emocional, mental, física, social e economicamente)

“Não dê atenção a um homem que não seja capaz de expressar seus sentimentos, que não queira lhe dar amor.

Não se agarre a um homem que não seja capaz de reconhecer sua beleza interior e exterior e suas qualidades morais.

Não deixe entrar em sua vida um homem a quem tenha que adivinhar o que quer, porque não é capaz de se expressar abertamente.

Não se enamore de um homem que ao conhece-lo, sua vida tenha se transformado em um problema a resolver e não em algo para desfrutar”. Não se apaixone por um homem que demonstre frieza, insensibilidade, falta de atenção com você, corra léguas dele.

“Não creia em um homem que tenha carências afetivas de infância e que trata de preenche-las com a infidelidade, culpando-a, quando o problema não está em você, e sim nele, porque não sabe o que quer da vida, nem quais são suas prioridades”.

Por que querer um homem que a abandonará se voce não for como ele pretendia, ou se já não é mais ” útil “? …

Por que querer um homem que a trocará por um cabelo ou uma cor de pele diferente, ou por uns olhos claros, ou por um corpo mais esbelto?

Por que querer um homem que não saiba admirar a beleza que há em você, a verdadeira beleza… a do coração?

Quantas vezes me deixei levar pela superficialidade das coisas, deixando de lado aqueles que realmente me ofereciam sua sinceridade e integridade e dando mais importância a quem não valorizava meu esforço?

Custou-me muito compreender que GRANDE HOMEM não é aquele que chega ao topo, nem o que tem mais dinheiro, casa, automóvel, nem quem vive rodeado de mulheres, nem muito menos o mais bonito.

Um grande homem, é aquele ser humano transparente, que não se refugia atrás de cortinas de fumaça, é o que abre seu CORAÇÃO sem rejeitar a realidade, é quem admira uma mulher por seus alicerces morais e grandeza interior.

Um grande homem é o que cai e tem a suficiente força para levantar-se e seguir lutando…

Hoje minha irmã está casada e feliz, e esse Grande Homem com quem se casou, não era nem o mais popular, nem o mais solicitado pelas mulheres, nem o mais rico ou o mais bonito.

Esse Grande Homem é simplesmente aquele que nunca a fez chorar… É QUEM NO LUGAR DE LÁGRIMAS LHE ROUBOU SORRISOS…

Sorrisos por tudo que viveram e conquistaram juntos, pelos triunfos alcançados, por suas lindas recordações e por aquelas tristes lembranças que souberam superar, por cada alegria que repartem e pelos 3 filhos que preenchem suas vidas.

Esse Grande Homem ama tanto a minha irmã que daria o que fosse por ela sem pedir nada em troca…

Esse Grande Homem a quer pelo que ela é, por seu coração e pelo que são quando estão juntos.

Aprendamos a ser um desses Grandes Homens, para vivenciar os anos junto de uma Grande Mulher e NADA NEM NINGUÉM NOS PODERÁ VENCER!

(O texto é atribuído a Arnaldo Jabor)

Imagem de capa: Monkey Business Images/shutterstock

Se o seu cão pudesse, essa seria a carta que ele te entregaria. Leia com o coração.

Se o seu cão pudesse, essa seria a carta que ele te entregaria. Leia com o coração.

“Eu sou seu cachorro e tenho algo a dizer- lhe: Eu sei que os seres humanos estão sempre ocupados, alguns têm que trabalhar, outros têm que criar seus filhos. Parece que eles estão sempre correndo de um lado para outro; às vezes muito rápido, tão rápido que perdem as grandes coisas da vida.

Olhe para baixo onde eu estou, enquanto você está sentado em seu computador. Você vê a maneira pela qual os meus olhos castanhos olham para você? Eles estão um pouco nublados, mas isso faz parte do envelhecimento. Meu nariz está começando a encher-se com pelo cinzento. Você sorri para mim; Eu vejo o amor em seus olhos. O que você vê nos meus? Um espírito? A alma que te ama como nenhuma outra no mundo? Um espírito que perdoaria o que quer que fosse apenas por um único momento de seu tempo?

Isso é tudo que eu peço: se acalme um pouco, mesmo que por alguns minutos para estar comigo. Muitas vezes você fica triste lendo essas coisas sobre a morte de outros como eu. Às vezes a gente morrer de repente, muito jovens; Isso quebra o seu coração. Às vezes a idade avança lentamente diante de seus olhos e você não pode notá-la até o fim, quando você olha meu focinho e meus olhos já têm cataratas de prata. Ainda assim, o amor nunca falha, mesmo se tivermos que dormir mais para correr como antes.

Você pode não estar aqui amanhã, você pode não estar aqui na próxima semana. A água um dia vai sair de seus olhos, porque os seres humanos têm uma grande mágoa que preenche sua alma, e você vai irritar-se consigo mesmo por não ter tido “mais um dia” comigo.

Eu te amo muito, então a sua tristeza toca minha alma e me deprime. Vamos hoje ficar juntos. Venha sentar-se comigo no chão e olhar nos meus olhos. O que você vê? Se você olhar profundamente você vai ver minha alma e nós podemos falar, você e eu. Receba-me não como “alpha” ou como um “treinador” ou mesmo como “mãe ou pai”; venha a mim como um ser vivo e toque minha pele, vamos conversar com um olhar. Talvez seja divertido ir buscar uma bola de tênis, talvez me diga algo pessoal sobre mim ou sobre a vida em geral. Você decidiu me ter em sua vida, porque você queria alguém para compartilhar esse tipo de coisas. Alguém que não seja você. Bem, aqui estou eu!

Eu sou um cachorrinho, mas eu estou vivo. Eu tenho emoções, sensações físicas e posso deleitar-me com as diferenças entre os nossos espíritos. Eu não acho que você é um “cachorro de duas pernas”, eu sei o que você é. Você é humano, com todos os seus detalhes e ainda assim eu te amo.

Agora, venha sentar-se comigo. Venha para o meu mundo, mesmo que apenas por 15 minutos. Olhe nos meus olhos e converse.

Fale com o coração, com a sua alegria, eu conheço seu verdadeiro espírito. Talvez amanhã não vamos estar juntos; a vida é curta e imprevisível.

Por favor, sente-se comigo e compartilhe os momentos preciosos que temos juntos.

Com amor,
o seu cachorro”

A história foi encontrada no site: Histórias com Valor, espaço que recomendamos!

Imagem de capa: SpeedKingz/shutterstock

“Casas amáveis”, um texto deliciosamente aconchegante de Cecília Meireles.

“Casas amáveis”, um texto deliciosamente aconchegante de Cecília Meireles.

Vocês me dirão que casas antigas têm ratos, goteiras, portas e janelas empenadas, trincos que não correm, encanamentos que não funcionam. Mas não acontece o mesmo com tantos apartamentos novinhos em folha?

Agora, o que nenhum arranha-céu poderá ter, e as casas antigas tinham, é esse ar humano, esse modo comunicativo, essa expressão de gentileza que enchiam de mensagens amáveis as ruas de outrora.

Havia o feitio da casa: os chalés, com aquelas rendas de madeira pelo telhado, pelas varandas, eram uma festa, uma alegria, um vestido de noiva, uma árvore de Natal.

As casas de platibanda expunham todos os seus disparates felizes: jarros e compoteiras lá no alto, moças recostadas em brasões, pássaros de asas abertas, painéis com datas e monogramas em relevos de ouro.

Tudo isso queria dizer alguma coisa: as fachadas esforçavam-se por falar. E ouvia-se a sua linguagem com enternecimento.

Mas, hoje, quem se detém a olhar para rosas esculpidas, acentos, estrelas, cupidos, esfinges, cariátides?

Eram recordações mediterrâneas, orientais: mitologia, paganismo, saudade. (Que quer dizer saudade? E para que e o que recordar?)

Os jardins tinham suas deusas, seus anões possuíam mesmo bosques, onde morariam ecos e oráculos; e pequenas cascatas, pequenas grutas com um pouco d’água para os peixinhos.

Possuíam canteiros de flores obscuras – violetas, amores-perfeitos – para serem vistas só de perto, carinhosamente, uma por uma, de cor em cor. (Hoje, estes ventos grandiosos apagam tudo.)

E, lá dentro, as casas tinham corredores crepusculares, porões úmidos, habitados por certos fantasmas domésticos, que de vez em quando se faziam lembrar, com seus pálidos sopros, seus transparentes calcanhares, suas algemas de escravidão.

As famílias abrigavam cortejos de mortos. E havia as clarabóias. Luz como aquela? Nem a do luar! – uma suavidade de cinza e marfim, a maciez da seda, o fulgor da opala.

As casas eram o retrato de seus proprietários. Sabia-se logo de suas virtudes e defeitos. Retratos expostos ao público: nem sempre simpáticos, mas geralmente fiéis. Agora, os andaimes sobem, para os arranha-céus vitoriosos, frios e monótonos, tão seguros de sua utilidade que não podem suspeitar da sua ausência de gentileza.

Qualquer dia, também desaparecerão essas últimas casas coloridas que exibem a todos os passantes suas ingênuas alegrias íntimas – flores de papel, abajures encarnados, colchas de franjas – e cujas risonhas proprietárias têm sempre um Y no nome, Yara, Nancy, Jeny…
Ah! Não veremos mais essas palavras, em diagonal, por cima das janelas, de cortininhas arregaçadas, com um gatinho dormindo no peitoril. Afinal, tudo serão arranha-céus. (Ninguém mais quer ser como é: todos querem ser como os outros são.)

E eis que as ruas ficarão profundamente tristes, sem a graça, o encanto, a surpresa das casas que vão sendo derrubadas. Casas suntuosas ou modestas, mas expressivas, comunicantes.

Texto de Cecília Meireles. Crônica que aparece no livro, ‘Escolha o seu sonho’, publicado pela Record.

Imagem: Julia Kuznetsova/shutterstock

A cada amanhecer

A cada amanhecer

Faz um mês que me mudei para os Estados Unidos. Eu já tinha vindo aqui antes, então achava que sabia o que esperar. Aos olhos de turista, tudo aqui era lindo, novo e moderno. Tudo era melhor. O sonho americano, porém, não é bem assim.

Faz um ano que sai de casa e do meu país para ir trabalhar a bordo de um navio de cruzeiros. Joguei meus diplomas no lixo, desenterrei o inglês da gaveta e coloquei uma bandeja na mão. Meus pais não aprovaram e não acreditaram que eu ia, mesmo, deixar tudo para trás. Quando iam me visitar no porto, me olhavam como se eu não soubesse o que estava fazendo. Esperavam mais de mim.

Faz dois anos que eu fui embora da casa do meu ex marido. Não tínhamos um problema, só que também não tínhamos amor. Esse era, provavelmente, o maior problema de todos. Mas ninguém se separa porque não há mais amor. “Isso não é motivo”, diz a sociedade. Na verdade é, buscar a felicidade sempre é um motivo importante, mas nem todo mundo vê as coisas assim.

Faz quatro anos que meu cachorrinho, tão querido, tão companheiro, faleceu. Lembro até hoje dele no meu pé, deitado, me fazendo companhia quando eu estava imensamente feliz e quando eu estava infinitamente triste. Ele ficava ali, caladinho, esquentando meus pés e meu coração. Sua partida deixou um buraco e seu amor ficou em meu coração, me lembrando sempre que toda forma de amor é válida, mesmo que tenha um fim.

Faz cinco anos que eu fui demitida do meu trabalho. Descobri que minha chefe fazia caixa dois na empresa e, quando fui contar ao RH, descobri que a empresa inteira era um caixa dois. Aprendi naquele dia que a corda arrebenta do lado mais fraco, e que a justiça dos homens nem sempre é, realmente, justa. E que você deve cuidar apenas do seu jardim.

Tenho muitas lembranças, muitas marcas e cicatrizes das decisões que tomei e que tomaram por mim. A graça da vida é, justamente, aprender a viver o presente e lidar com o que vem a seguir. Você tem que dançar conforme a música, encontrar seu propósito e fazer o seu melhor todos os dias da hora em que acorda até a hora em que vai dormir. E agradecer por cada conquista e por cada obstáculo, pois eles constroem seu caráter e te evoluem. E lá na frente, lá no fim, quando você olhar para trás, vai ter muita história pra contar, boas e ruins, com começos, meios e fins. Nem todos os finais são felizes, mas todos são necessários para que o sol nasça novamente para nós a cada amanhecer.

Imagem de capa: tongcom photographer/shutterstock

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