A simplicidade leva à plenitude

A simplicidade leva à plenitude

Nós vivemos numa sociedade que, infelizmente, ainda é extremamente materialista e imediatista. Uma grande parcela da população trabalha de forma exagerada, quase sempre pra conseguir o dinheiro suficiente para manter um padrão de vida que não prioriza o essencial na vida e no qual não se valoriza tanto as pequenas coisas.

No momento em que escrevo esse texto estou lendo dois livros magníficos, que podem contribuir de forma significativa com mudanças no nosso comportamento e nas escolhas. São os livros “A morte é um dia que vale a pena viver”, da Dra. Ana Claudia Quintana Arantes, e “Simplicidade voluntária”, do escritor e palestrante Duane Elgin.

Desde garoto eu sempre tive uma tendência a buscar a simplicidade na vida, e agora com a leitura desses dois livros, isso só se ratificou, e venho trazer reflexões que considero de suma importância para todos nós a respeito da verdadeira simplicidade.

Como vivemos numa sociedade materialista e consumista, quem vive de forma mais simples automaticamente já está caminhando fora da curva, já está sendo um revolucionário. No livro do Duane Elgin ele explica de forma magnífica que a vida simples é uma escolha que está completamente atrelada com a elevação da consciência, o que concordo totalmente. Quanto mais vamos amadurecendo e observando o que é o mais importante que podemos cultivar ao longo da vida, se torna cada vez mais evidente que não são as coisas, os bens materiais, os títulos acadêmicos, o status, a fama, nem nada transitório que nos dá a sensação de plenitude.

A plenitude só pode ser atingida pelo AUTOCONHECIMENTO, e como o próprio nome já diz, ninguém fará com que você se torne pleno além de você mesmo! Milhões de pessoas chegam à velhice e à morte sem experimentar o que é essa plenitude do ser. Não é minha pretensão em um texto de poucas palavras como esse lhe indicar o caminho para a plenitude, mas posso indicar umas setas, que lhe ajudarão a encontrá-lo dentro de si mesmo.

O livro da Ana Claudia Arantes nos traz uma reflexão bem mais profunda a respeito do significado que damos à nossa vida. Ela trabalha em dois hospitais, nos quais se encarrega dos cuidados paliativos, que é a assistência aos pacientes que já foram “desenganados”, como costumamos dizer. Ou seja, ela cuida dos pacientes que sabem que vão morrer em breve e que a doença na qual estão acometidos não pode mais ser curada, por ter avançado demais.

Uma das reflexões que mais gostei e com ela farei esse link com o outro livro é sobre a ilusão presente nas pessoas com padrão aquisitivo maior. A doutora diz no livro que muitos homens e mulheres mais ricos financeiramente, quando chegam ao hospital com doenças gravíssimas pensam que podem com o dinheiro que tem conseguir um tratamento diferenciado, com melhores remédios, melhores médicos e melhores condições. E nessa hora eles são confrontados consigo mesmos, porque dinheiro nenhum no mundo consegue parar o alastrar de metástases pelo corpo, nem mesmo rezas infinitas para todos os santos!

Ela conta de forma extremamente tocante a dor da angústia que eles sentem em perceber que a doença não faz distinção em quem é rico ou pobre, bonito ou feio, alto ou baixo, gordo ou magro, repleto de diplomas ou analfabeto… Ela simplesmente VEM, e ao vir, não tem outro jeito, ela precisa ser tratada. Ponto!

Quero através dessa constatação meio chocante lhe levar a refletir sobre o caminho que pode nos levar à uma saúde mais integral.

No livro do Duane ele diz o que hoje em dia milhares de livros, revistas, artigos e palestrantes estão repetindo. As melhores coisas que podemos fazer são: praticar meditação, melhorar a alimentação (de preferência cortando a carne vermelha definitivamente), dormir bem e de forma regular, trabalhar com o que ama, fazer atividades físicas, ter bons momentos de lazer, ter maior contato com a natureza etc.

Estou falando algo que você já não tenha lido ou ouvido? É impressionante como, sabendo de tudo isso, nós ainda continuamos não nos convencendo de que esse é o caminho para a plenitude! Nessa hora me lembro até do personagem Quico do seriado Chaves: “Que coisa não?”.

A morte é um dia que vale a pena viver, só esse título já pode nos levar a grandes reflexões. O que ela quis dizer com esse título? Que grande parte das pessoas vive de forma tão inconsciente, que na hora da “passagem” não conseguem acreditar que “chegou a hora”…

Quando chegar a sua hora! Você terá vivido de forma plena e significativa? Não espere que uma doença séria lhe acometa para que você comece a viver de fato. Faça isso hoje, agora, não protele a sua vida, e quando digo isso estou dizendo para não deixar para depois a máxima do mestre Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo”.

A vida tem me mostrado através das experiências e de “n” maneiras diferentes isso é dito nos dois livros citados. Preste atenção!

Quanto mais a gente se conhece, mais percebe que a simplicidade na vida é o que pode nos levar a viver com plenitude. Dessa forma, estando plenos e felizes, a consequência natural é mudar os hábitos, de forma que eles se tornam mais saudáveis e sustentáveis. Com esses hábitos melhores, a saúde do corpo, das emoções, da mente e do espírito melhoram. Com essa melhora global, a vida ganha um significado muito maior, e a morte passa a não ser algo tão assustador como era antes, e por fim, quando esse dia chegar, que obviamente chegará para todos nós, será um dia feliz, um dia que vai valer a pena ser vivido…

Imagem de capa:Oksana Yurlova/shutterstock

Um coração que sempre entende também se cansa.

Um coração que sempre entende também se cansa.

Um coração que se coloca em amor, também se ama.
Amor é “animus”, é vontade, interesse, entrega. Então por que parece que há sempre uma responsabilidade por trás do amor que inibe os coração de se entregar?

A única responsabilidade que vejo é o de viver com verdade! No mais, é viagem do ego. O que pode haver também é o medo de deixar sua individualidade de lado ou de se entregar a ponto de se perder!

Mas isso não é a realidade do amor.

Um coração que se apaixona vive suas dúvidas e seus anseios. É assim quando se pisa em território desconhecido. O desbravar da misteriosa energia do outro que nos atrai, traz sempre um ar de suspense e medo.

O outro será sempre um tormento quando não estamos em paz em nosso coração. Quando desejamos o que queremos.

E quando esse pulsar não é correspondido, num momento o coração cansa de querer, de entender, de buscar compreender. Ele também entende quando tem de partir. Não é necessário odiar, apenas e simplesmente se retirar, mudar o foco, deixar de lado o que não pode ser resolvido, querido.

Ele pode provavelmente amar você. Pensar em você todo dia, mas não é isso que importa. O que importa é o que ele está fazendo sobre isso. E se não está fazendo nada não há nada que você possa continuar fazendo.

Se retirar com elegância e amor, (o próprio) é o melhor a se fazer.

Um coração que deseja também se deseja E o caminho de volta é o melhor a se tomar. Pra si, pro lar.

Não há porque se lamentar . A solitude é bênção, é aconchego – é como voltar pra casa depois de uma tempestade e tomar um banho quente, colocar meias secas, tomar um chá quentinho com as pernas esticadas na poltrona de casa. É assim que devemos nos sentir sempre.

Um coração que ama também cansa, mas jamais de si. Muitas vezes é importante voltar, ficar e permanecer. Esperar a tempestade passar.
Não há melhor lugar que o seu lar.
Descanse. Só não desista de amar.

Imagem de capa: Predrag Popovski/ shutterstock

O amor à profissão faz toda a diferença!

O amor à profissão faz toda a diferença!

Sou estudante de comunicação social, e toda sexta-feira tenho aula com professor Sclavi. Esse monstro da comunicação, cuja matéria me fascina, consegue prender a atenção dos alunos, nos mostrando a realidade do jornalismo brasileiro.

Com um toque de humor e leveza, suas aulas são dinâmicas, e muito divertidas. Ronald, é aquele tipo de professor que dá gosto de sentar à mesa e esquecer o mundo para estudar sua matéria.

Lembro-me na época do ensino médio, onde os alunos cabulavam as aulas para saírem. Quando não saíam, ficavam na porta da escola batendo papo. Até porque, raramente havíamos aula às sextas-feiras. Então, aproveitávamos para dar uma escapadinha (risos). Entretanto, se naquela época estivéssemos na faculdade, eu e meus colegas, faríamos questão de frequentar às aulas se nosso professor fosse o Ronald.

Elogios à parte, tenho observado que nosso mestre tem amor à profissão, e apesar de sua entrega, sua atuação tem sido pouco valorizada. Tanto na universidade, como na rede estadual e pública de ensino, os professores ainda ganham salários inferiores à sua dedicação. Não é atoa que vez ou outra, fazem manifestações por aumento de salarial. O que é justo quando se tem um papel fundamental na vida de milhares de pessoas.

Esses profissionais que vão as ruas manifestarem sua insatisfação, são seres humanos que dedicaram grande parte de suas vidas para nos ensinar, e através de sua profissão, constroem um mundo melhor.

Os alunos fazem a faculdade, e são responsáveis pela sua formação, contudo, é maravilhoso quando me deparo com professores que, através de sua simplicidade, conseguem instigar os alunos a estudarem mais. Apesar da desvalorização, esses mestres deixam claro que sentem amor pela profissão, e orgulho dos alunos que um dia, assim como eles, farão diferença em suas respectivas atuações.

Imagem de capa: sirtravelalot/shutterstock

Pequenos lapsos de memória podem ser sinal de inteligência

Pequenos lapsos de memória podem ser sinal de inteligência

Todo mundo acha que ter boa memória é o mesmo que ser inteligente, mas não é. O que as pessoas nem sempre sabem é que a nossa memória é seletiva e que ela organiza e descarta informações de acordo com a sua utilidade e conteúdo emocional mais recente.

O jornal científico Neuron Journal publicou matéria desmistificando a teoria de que quantidade de informação é o mesmo que maior inteligência e explica que os mecanismos de esquecimento são triagens que podem indicar, inclusive, sinais de maior inteligência ao longo do dia.

A afirmativa é baseada em um estudo realizado na Universidade de Toronto onde o professor responsável afirma que o esquecimento é justamente o que nos ajuda a nos tornarmos mais inteligentes. A afirmativa é baseada no fato de que o hipocampo, região cerebral responsável pela memória, precisa de limpeza para dar espaço para novas e mais importantes memórias. Afinal, de que adianta nos lembramos de fórmulas matemáticas que aprendemos no ensino médio e nunca mais usamos se temos outras memórias  relacionadas ao nosso dia a dia e que precisam de registro imediato? Ou seja, sempre devemos lembram o que, em nosso momento atual, é mais importante para nossa vida.

Baseado nisso o cérebro separa o que é importante e descarta o que deixou de ser.

Isso nos indica que ter pequenos esquecimentos está longe de ser um problema, pois é indicativo de que o cérebro está fazendo sua faxina.

Por outro lado, se você acha que está se esquecendo de informações realmente importantes que que podem trazer prejuízo para sua vida, procure ajuda médica e faça uma avaliação.

Editorial CONTI outra

Imagem de capa: Tatomirov/shutterstock

Pelo direito de cada um ser o que quiser, sem ter que se explicar

Pelo direito de cada um ser o que quiser, sem ter que se explicar

Por que razão tendemos a acreditar que as pessoas devem explicações por serem assim ou assado? Da onde é que tiramos que temos o direito de “achar” coisas sobre elas? Que mania é essa que temos de julgar os outros o tempo inteiro?

Cada um pode ter o bumbum do tamanho que quiser. O peito e a barriga também. O cabelo, a unha, a roupa e o que mais for. O que nós temos a ver se fulano engordou ou se cicrana ficou “desleixada”? No que nos influencia se aquela celebridade está “uma tábua de tão magra” ou se aquela outra resolver usar cabelo “Black Power”?

Além disso, cada pessoa se relaciona com quem melhor lhe aprouver: homem, mulher, bi, tri ou que gênero for. Se nos der “nojinho”, problema é nosso, unicamente. Guardemos tal sentimento bem guardadinho.

Se alguém quiser largar tudo para o alto e se aventurar pelo mundo, é uma questão da pessoa, e só dela. Se tal fulano decidir mandar a carreira à m… e virar artista, mesmo ganhando muuuito menos, isso não nos diz respeito.

Se aquela conhecida resolver largar o marido – ainda que este seja maravilhoso -, ou mesmo traí-lo, não é problema nosso. E se alguém resolver que quer virar “natureba”, “porra loca”, ativista, político, “da vida” ou um “nada”, nada disso, definitivamente, nos importa.

Vamos cair na real e deixar nosso moralismo de lado. Tudo bem que pode ser uma questão cultural tentar ficar enquadrando todo mundo, mas isso está mais que ultrapassado.

Temos que largar de mão ficar emitindo juízos de valor acerca das ações dos outros. Cada leva a sua vida do jeito que quiser e nós não precisamos “compreender” as suas questões. Sem questionamentos, sem justificativas.

Mesmo que se trate de alguém mais próximo, que a gente ama, se a pessoa é maior e capaz, temos que nos colocar no nosso papel – que é o de nos responsabilizar pela NOSSA vida – e deixar que ela viva a dela do jeito que melhor lhe aprouver. Que quebre a cara e que se arrependa, se for o caso, mas que faça suas escolhas e arque com as consequências, inclusive com a possibilidade de ser imensamente feliz, ainda que não do jeito que nós imaginávamos ser o “mais apropriado”.

Não percebemos que gastamos muito do NOSSO tempo e da NOSSA energia cuidado da vida dos outros, da vida do mundo. Sim, porque ficar analisando as escolhas dos vizinhos, dos parentes, dos colegas, dos artistas, dos conhecidos e dos desconhecidos demanda muito de nós.

Vamos parar de nos atordoar com questões alheias e começar a olhar para dentro de si: pode haver paraísos – ou escuridões – dos quais estamos fugindo, ainda que inconscientemente, ao olhar tanto para fora.

E, lembremos: talvez o que mais nos incomoda nos outros seja o reflexo do que há em nós mesmos – desejos ou defeitos -, tal como num espelho.

E então, com quem devemos nos preocupar mesmo?!

Imagem de capa: Nejron Photo/shutterstock

Bem-vindo ao seu novo EU!

Bem-vindo ao seu novo EU!

A vida é cíclica, cheia de começos, meios e fins. Sábios os que aprendem rápido que é preciso deixar o passado no lugar dele – lá atrás – e seguir em frente. Mas nós, meros mortais, somos uma maioria de erros e aprendizados, que levamos tempo e porradas para perceber a importância do “deixar pra lá” e olhar pro misterioso futuro que nos aguarda.

Todo mundo já precisou encerrar um ciclo sem querer ou sem estar preparado para. Todo mundo já foi mandado embora do trabalho sem esperar, sem merecer e sem motivo. Todo mundo já teve que terminar um relacionamento que não somava mais. Todo mundo precisou de uma mudança – de casa, de bairro, de cidade, de vida.

A maioria desses “encerramentos”, vamos assumir, dói pra caralho. Mesmo que a gente entenda que aquele relacionamento já não é saudável, cadê a coragem pra chegar e terminar? Na verdade, coragem a gente até tem. O que a gente não tem é idéia do que virá depois. O depois é que dói, porque esse depois a gente não conhece.

Você estava acostumado a andar de mãos dadas no cinema, a almoçar na sogra todo domingo, a jogar conversa fora com a cunhada. Ai você termina, e o que vem depois? Depois não tem mais ninguém pra dividir a pipoca, depois o almoço volta a ser com seu irmão, depois não tem mais com quem conversar sobre o seu dia.

Você tem aquele trabalho que a gente até que gosta, mas não ama. Numa terça-feira ensolarada qualquer, você volta pra sua mesa e o RH te chama pra conversar. Quando você abre a porta, em cima da mesa tem uma carta de demissão esperando a sua assinatura. E você se pergunta: “Mas por quê?” E você treme, e você contesta, e você chora, e você acaba assinando. Vai pra casa indignado, não entende nada, não sabe o que fez de errado, não sabe o que virá depois.

Você tem aquele sonho de morar em outra cidade. Planeja tudo, faz as contas, economiza, negocia um bom preço de aluguel, consegue uma transferência no seu trabalho. Quando o chega o dia de ir embora, porém, você arreia porque dali em diante você não sabe mais de nada. Depois daquele dia, sua rotina vai mudar, e a mudança causa medo.

Não saber o que virá depois geralmente nos apavora. A gente começa a procurar respostas, a tentar interpretar o que aconteceu, por quê aconteceu, por quê conosco. É difícil, é bem difícil recomeçar. Mas é crucial. Como diz Paulo Coelho, “Feche algumas portas. Não por orgulho ou arrogância, mas porque já não levam à lugar nenhum.”

Lá na frente, depois que a tempestade passar, a gente entende que encerrar o ciclo foi exatamente o que a gente precisava para repaginar o nosso futuro. Mesmo que tenha acontecido de sopetão, o término de algo nos empurra ao recomeço. E esse novo começo é mais maduro, afinal nosso passado nos ensinou. Entenda e assuma que o passado passou, que não voltará. Encerre o ciclo. Lembre-se de como você era antes daquela pessoa ou daquele trabalho. Lembrou? Haviam bons momentos também, né? Porque, afinal, nada é insubstituível. Um antigo hábito não era uma necessidade, era apenas algo que você se acostumou a fazer todos os dias.

Agora você tem a chance de criar novas manias, ir a novos lugares, aprender novas habilidades, conhecer o novo! O novo é fascinante, é infinito, não tem limites. Você irá até onde suas asas te permitirem. Afinal, você não é mais a pessoa que era. Seus antigos capítulos estarão pra sempre escritos, mas agora você tem a chance de escrever uma nova história, e tem bagagem para construir um caminho mais sereno, assertivo e feliz.

Bem-vindo ao seu novo eu!

Imagem de capa: Natalia Deriabina/shutterstock

18 comportamentos das pessoas emocionalmente inteligentes

18 comportamentos das pessoas emocionalmente inteligentes

Em 1990, os psicólogos Peter Salovey e John Mayer escreveram um artigo pioneiro sobre inteligência emocional (IE), definindo isso como “o subconjunto de inteligência social que envolve a capacidade de monitorar sentimentos e emoções pessoais e dos outros, discriminar entre eles, e usar essa informação para guiar pensamentos e ações”.

Mais tarde, ainda na década de 90, Daniel Goleman, escritor e psicólogo de Harvard, popularizou o conceito de inteligência emocional por meio de uma série de livros sobre o tema. Desde então, as pesquisas sobre inteligência emocional avançaram muito, e o termo se tornou onipresente em todo o mundo.

Inteligência emocional refere-se à excepcional habilidade humana de utilizar conhecimentos sobre sentimentos e emoções para administrar relações sociais, em um âmbito externo, e intrínsecas, a nível pessoal. Está relacionada, entre outros aspectos, à empatia, conscientização, flexibilidade, construção de relacionamentos, influência, motivação e ao autoconhecimento.

Em geral, uma pessoa é inteligente emocionalmente se consegue traduzir em comportamentos claros aquilo que vê, ouve e sente. Há variados níveis de inteligência emocional, assim como existem diferentes tipos de inteligência (como propôs o psicólogo Howard Gardner).

Embora seja bom e mesmo necessário ter consciência emocional, a menos que isso se traduza em comportamentos, é bastante inútil. Indivíduos emocionalmente inteligentes estão preparados para transformar pensamento consciente em ação.

Apesar de algumas pessoas serem naturalmente melhores em determinados comportamentos emocionais do que outras, algumas pesquisas demonstram claramente que competências comportamentais relacionadas à inteligência emocional podem ser aprendidas por qualquer um.

Os neurologistas usam o termo “plasticidade” para descrever a capacidade do cérebro de mudar. Nosso cérebro aprende e faz novas conexões na medida em que aprendemos novas habilidades, como aquelas relacionadas à inteligência emocional.

Não há dúvidas de que a inteligência emocional é crucial para alguém ser bem-sucedido na vida. Em seu livro Inteligência Emocional: A Teoria Revolucionária Que Redefine o Que é Ser Inteligente, Daniel Goleman prova que a consciência das emoções é fator essencial para o desenvolvimento da inteligência do indivíduo.

Partindo de exemplos e casos cotidianos, o autor mostra como a incapacidade de lidar com as próprias emoções – e negligenciar as emoções dos outros – pode minar a experiência escolar, acabar com carreiras promissoras e destruir vidas.

Segundo Goleman, a vitória e o fracasso não são determinados por algum tipo de loteria genética: muitos dos circuitos cerebrais humanos são maleáveis e podem ser trabalhados. Portanto, temperamento não é destino.

No livro, Goleman associa o modelo de inteligência emocional com os testes de QI. De acordo com ele, o modelo de testes de QI é ultrapassado, e o futuro está melhor reservado para aqueles que sabem compreender integralmente suas emoções, bem como as dos outros.

“A inteligência emocional prevalece sobre o QI apenas naquelas áreas tenras nas quais o intelecto é relativamente menos relevante para o sucesso. Autocontrole emocional e empatia podem ser habilidades mais valiosas do que aptidões meramente cognitivas.”

Goleman lembra que a pontuação de QI prognostica muito bem se alguém pode arcar com os desafios cognitivos que uma determinada posição social ou profissional nos oferece, mas o QI cai por terra quando a questão é identificar quem, em meio a um grupo de pessoas talentosas e candidatas a uma profissão intelectualmente exigente, será o líder, por exemplo. O autor afirma:

“Os líderes eficazes são emocionalmente inteligentes. Eles podem monitorar seus humores através de autoconsciência, mudá-las para melhor através da autogestão, compreender o seu impacto através da empatia, e agir de forma que aumentam o humor dos outros, através de gestão do relacionamento.”

Em uma reunião escolar da qual Goleman participou, ele descobriu que o homem mais bem-sucedido – tendo sido considerado por todos dessa forma – não foi o aluno mais inteligente ou o mais trabalhador da escola, mas aquele que sabia como fazer os outros se sentir mais relaxados e confortáveis perto dele.

Em casa, pode-se perceber isso, quando os relacionamentos harmoniosos são alimentados principalmente por quem busca fazer os outros membros da família ficarem à vontade e felizes. No local de trabalho, também é possível notar esse fenômeno: nem sempre os melhores trabalhadores recebem aumentos e promoções, mas os profissionais com as melhores habilidades sociais e políticas.

Uma outra área em que a inteligência emocional se aplica é o amor romântico e relacionamentos pessoais. Pessoas inteligentes podem fazer coisas muito idiotas, e fazem, mesmo que estejam cientes da estupidez de seu comportamento em relação à pessoa amada.

Além de estar associada ao sucesso profissional e relacionamentos afetivos, a inteligência emocional é um fator imprescindível à saúde. A falta de controle de sentimentos destrutivos, principalmente, parece ser um forte indicador de doenças mentais e problemas psicológicos. Aqueles que conseguem gerenciar suas vidas emocionais com mais serenidade e autoconsciência, afirma Goleman, parecem ter uma vantagem clara e considerável na saúde.

Pessoas que não conseguem controlar suas emoções ou então não compreendem a variação de seus estados emocionais podem se ver seriamente debilitadas dentro das esferas de convivência humana.

Porque a inteligência emocional é tão importante para relacionamentos interpessoais, bom desempenho escolar e profissional, desenvolver essas habilidades se torna um diferencial valioso.

Em Ética a Nicômaco, Aristóteles escreveu sobre virtude, caráter e justiça, e discutiu, também, a nossa capacidade de equilibrar razão e emoção. Nossas paixões, quando bem exercidas, têm sabedoria e nos impelem à ação, além de orientarem nosso pensamento, valores e sobrevivência. Mas nossas paixões podem nos fazer cair no erro, e sabemos que o fazem com demasiada frequência.

Como sugeriu Aristóteles, o problema não está na emocionalidade, mas na adequação da emoção e sua manifestação.

“Qualquer um pode zangar-se, isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo, e da maneira certa, não é fácil.”

Bem, a inteligência emocional é um conceito maduro, mas ainda em evolução. Como observou o filósofo Thomas Kuhn, “todo modelo teórico relevante deve ser progressivamente revisado e aperfeiçoado na medida em que suas premissas passam por testes mais rigorosos”.

Basicamente, inteligência emocional é algo mais intangível do que possa ser medido quantitativamente, como em QI. Ela afeta a forma como gerimos o comportamento, navegamos em complexidades sociais, e tomamos decisões em busca de resultados.

18 comportamentos das pessoas emocionalmente inteligentes

É muito difícil imaginar uma pessoa que esteja totalmente apta ou disposta a pensar e agir conforme todos esses 18 atributos comportamentais a seguir, mas a inteligência emocional é uma virtude que não se pode subestimar.

Em artigo escrito para as revistas Time e Inc., o autor Travis Bradberry, outro especialista em inteligência emocional e autor de livros sobre o assunto, listou 18 comportamentos essenciais das pessoas emocionalmente inteligentes:

1. Elas têm um vocabulário emocional extenso

Segundo Bradberry, todas as pessoas experimentam emoções, mas poucas conseguem identificá-las com precisão à medida que ocorrem. Pesquisas mostram que apenas 36% das pessoas podem fazer isso, o que é problemático, porque emoções são muitas vezes mal compreendidas, o que leva a ações irracionais e escolhas contraproducentes.

Pessoas com alto nível de inteligência emocional dominam suas emoções, porque elas entendem-nas, e usam um extenso vocabulário de sentimentos para fazê-lo. Embora muitas pessoas possam descrever como sentindo-se “bem” ou “mal”, as pessoas emocionalmente inteligentes podem identificar se elas se sentem irritadas, animadas, frustradas, excitadas, angustiadas, oprimidas, ou ansiosas, por exemplo. Quanto mais específica for a escolha das palavras, melhor a visão que se tem sobre os sentimentos, o que os causaram, e o que se deve fazer em relação a isso.

2. Elas são curiosas sobre as pessoas

Não importa se são introvertidas, extrovertidas ou ambivertidas, as pessoas emocionalmente inteligentes são curiosas sobre todos ao seu redor. Essa curiosidade é produto da empatia, um dos determinantes mais significativos da inteligência emocional. Quanto mais alguém se preocupa com outras pessoas e com o que estão passando, afirma Bradberry, mais curiosidade haverá sobre elas.

3. Elas aceitam a mudança

Bradberry afirma que as pessoas emocionalmente inteligentes são flexíveis e estão em constante adaptação. Elas sabem que o medo da mudança é paralisante, e uma grave ameaça para a felicidade e o sucesso. Essas pessoas enxergam as mudanças à espreita no virar de uma esquina, e formam um plano de ação para lidar com elas.

4. Elas conhecem suas forças e fraquezas

Bradberry diz que as pessoas emocionalmente inteligentes não apenas compreendem as emoções; elas sabem o que é bom ou ruim em sua essência. Elas também sabem estimular pessoas que lhes ajudem a chegar ao sucesso. Ter um alto nível de inteligência emocional significa conhecer pontos fortes e usá-los para um pleno aproveitamento, mantendo os pontos fracos longe de serem exploráveis pelos outros.

5. Elas são boas juízas de caráter

Como indica Bradberry, grande parte da inteligência emocional se resume à consciência social: a capacidade de ler as outras pessoas, saber o que estão prestes a fazer ou o que estão sentindo. Com o tempo, essa habilidade faz das pessoas emocionalmente inteligentes excelentes juízas de caráter, pois poucos lhes serão um mistério a desvendar. Essas pessoas entendem o que está em causa e compreendem as motivações alheias, mesmo as que estão sob a superfície.

6. Elas são difíceis de ofender

Pessoas emocionalmente inteligentes são autoconfiantes e de mente aberta, o que cria uma boa resistência à ofensa. De acordo com Bradberry, mesmo que alguém faça piadas ou zombe delas, essas pessoas são capazes de desenhar mentalmente a linha entre humor e degradação.

7. Elas sabem dizer “não” (para si e para os outros)

Inteligência emocional também significa saber exercer autocontrole. As pessoas emocionalmente inteligentes adiam a gratificação e evitam a ação repulsiva, diz Bradberry. Dizer “não” é um grande desafio para muitas pessoas, mas esta é uma palavra poderosa que não se deve ter o medo de usar. Quando é hora de dizer “não”, essas pessoas não hesitam.

8. Elas desapegam de seus erros

Bradberry observa que pessoas emocionalmente inteligentes distanciam de seus erros, mas fazem isso sem esquecê-los. Ao manter seus erros a uma distância segura, mas ainda acessível o suficiente para se referir a eles, essas pessoas são capazes de se adaptar e ajustar ao futuro. É preciso autoconhecimento refinado para caminhar nessa corda bamba entre conservação e lembrança.

Ruminar erros por muito tempo torna uma pessoa ansiosa e envergonhada, enquanto esquecer os erros completamente faz com que a pessoa os repita. A chave para o equilíbrio reside na capacidade de transformar fracassos em oportunidades de melhoria. Isso cria uma tendência de dar a volta por cima quando se erra.

9. Elas oferecem coisas sem esperar algo em troca

Quando alguém oferece coisas sem esperar algo em troca, ou seja, ignora a regra da reciprocidade, isso passa uma impressão igualmente poderosa ao altruísmo deliberado. Pessoas emocionalmente inteligentes constroem relacionamentos fortes, propõe Bradberry, porque estão sempre pensando no bem-estar dos outros.

10. Elas não guardam rancor

As emoções negativas, como o rancor, podem ser uma resposta ao estresse. Só de pensar em um evento deveras estressante, surgem descargas de hormônios suprarrenais que ativam o mecanismo de luta e fuga, o qual é essencial à sobrevivência quando somos confrontados com uma ameaça real, mas, se a ameaça é persistente e antiga, o estresse, que se torna crônico, causa males devastadores ao corpo e à mente. Na opinião de Bradberry, segurar um rancor é o mesmo que segurar estresse, e as pessoas emocionalmente inteligentes sabem que devem evitar esse sentimento a todo custo.

11. Elas neutralizam pessoas tóxicas

Lidar com pessoas difíceis é frustrante e desgastante para a grande maioria de nós. Mas, de acordo com Bradberry, os indivíduos com alto nível de inteligência emocional controlam suas interações com pessoas tóxicas, mantendo seus sentimentos em cheque. Quando eles precisam enfrentar uma pessoa tóxica, abordam a situação de forma racional.

Indivíduos emocionalmente inteligentes identificam as próprias emoções e não permitem que raiva e frustração alimentem o caos. Eles consideram pontos de vista das pessoas tóxicas, e são capazes de encontrar uma solução e um consenso.

12. Elas não buscam a perfeição

Bradberry ressalta que pessoas emocionalmente inteligentes não têm como alvo a perfeição, pois elas sabem que isso não existe. Seres humanos, por natureza, são falhos e limitados. Quando a perfeição é o objetivo, reina uma sensação de fracasso que faz a pessoa desacreditar de uma causa e reduzir seu esforço.

13. Elas apreciam o que têm

O autor aponta que pessoas emocionalmente inteligentes constantemente praticam a arte da gratidão. Investir tempo para contemplar algo pelo qual se é grato não é apenas o certo a fazer, mas também melhora o humor, gera energia e proporciona bem-estar físico.

14. Elas desconectam

Segundo Bradberry, ter tempo livre fora da agenda é um sinal elevado de inteligência emocional, porque isso ajuda a manter o estresse sob controle e viver o momento. Tecnologia permite comunicação constante, e faz com que as pessoas gerem a expectativa de estar conectadas o máximo de tempo que puderem. É difícil experimentar momentos de pacificidade quando se está sempre alerta para interações online, mas as pessoas emocionalmente inteligentes nadam contra a corrente e se desconectam.

15. Elas limitam seu consumo de cafeína

Não é um segredo que beber quantidades excessivas de cafeína provoca a liberação de adrenalina, uma fonte primária do mecanismo de luta e fuga. O corpo estando em um estado de hiperexcitação, as emoções atrapalham um julgamento racional. Indivíduos emocionalmente inteligentes, diz Bradberry, sabem que a cafeína pode ser um problema se não for adequadamente administrada.

16. Elas dormem o suficiente

Como Bradberry alerta, é difícil exagerar a importância do sono para aumentar a inteligência emocional ou gerir os níveis de estresse. Quando dormimos, o cérebro recarrega, remexe e descarta memórias translúcidas (o que provoca, em partes, sonhos). Indivíduos com alto nível de inteligência emocional, afirma o autor, sabem que seu autocontrole, atenção e memória são todos reduzidos quando não dormem o suficiente. Assim, fazem de dormir uma prioridade.

17. Elas separam pensamentos negativos de fatos concretos

Quanto mais se rumina pensamentos negativos, mais eles se comprazem. A grande maioria dos pensamentos negativos são apenas isso. Quando parece que nada acontece da forma que se espera, ou não estamos preparados para agir objetivamente, pode ser resultado de nossa tendência cerebral de perceber ameaças em coisas nem sempre perigosas (inflando a gravidade de um evento). Bradberry afirma que pessoas emocionalmente inteligentes separam seus pensamentos e sentimentos negativos de fatos concretos, a fim de escaparem do ciclo de negatividade e se moverem em direção a uma nova perspectiva mais positiva.

18. Elas não deixam alguém limitar sua alegria

Com razão, Bradberry lembra que, quando os sentimentos de alegria, prazer e satisfação são derivados de outras pessoas, deixamos de ser mestres da nossa própria felicidade. Pessoas emocionalmente inteligentes, ressalta ele, não permitem que opiniões sarcásticas e considerações maldosas subtraiam a intensidade de seus momentos de felicidade. Embora seja humanamente impossível se desligar de tudo aquilo sobre o que pensam de nós, as pessoas com alto nível de inteligência emocional não precisam ficar se comparando com os outros. Dessa forma, não importa o que os outros estejam pensando, a autoestima é uma força que advém, primeiramente, de dentro, não de fora.

Imagem de capa: Look Studio/shutterstock

Exame identificará todos os tipo de câncer 10 anos antes da manifestação da doença

Exame identificará todos os tipo de câncer 10 anos antes da manifestação da doença

De acordo com jornal britânico Daily Mail e do site Vix, o Centro de Combate ao Câncer Memorial Sloan Kettering, nos Estados Unidos está a cerca de dois anos da finalização de um exame de sangue chamado “Biópsia líquida”. O exame consiste em uma criteriosa análise de DNA que será capaz de identificar tumores até 10 anos antes de suas manifestações.

Resultados animadores indicam cerca de 90% de confiança nos resultados dos testes em  grupos mais comuns da doença e, em tumores de identificação mais complexa, cerca de 55% de eficácia nos resultados, podendo, num futuro próximo, ser incluídos nos exames de rotinas da população.

A Grail, empresa diretamente relacionado ao projeto, tem como objetivo realizar os primeiros testes de mercado já em 2019.

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Imagem de capa: Photographee.eu/shutterstock

16 tirinhas que mostram com a solidão pode ser a sua melhor amiga

16 tirinhas que mostram com a solidão pode ser a sua melhor amiga

Conviver consigo mesmo pode ser um grande desafio. Entretanto, quando descobrimos as fontes ilimitadas de prazer que estão presentes em nossa própria companhia, a percepção da solidão pode mudar.

Para ilustrar esse olhar de como a solidão pode ser nossa amiga, a artista latino-americana Fulana Who ilustra tirinhas sobre a temática. Confira as selecionadas abaixo.

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5 razões para deixar as crianças sem fazer nada

5 razões para deixar as crianças sem fazer nada

Crianças não são adultos em miniatura. Logo, suas atividades e divisão do tempo devem seguir o ritmo da sua idade e não o das expectativas de seus pais.

Os pais, às vezes na melhor das intenções, matriculam seus filhos em inúmeros cursos e atividades extracurriculares. O tempo ocioso, porém, é fermento indispensável para o desenvolvimento da criatividade, dos descobrimentos naturais da infância e de diversos outros enfrentamentos que devem acontecer sem tutorial e agenda.

Abaixo, veja algumas razões descritas pelo site Primi Stli para dar uma folga no cronograma da criançada.

CRIATIVIDADE – Se dermos um tempo livre para a criança, sem propor atividade alguma, veremos como ela é capaz de inventar suas próprias brincadeiras, brinquedos e histórias. Quando está muito ocupada ou tem alguém dirigindo suas ações, ela nem sempre consegue deixar a imaginação fluir.

PERCEPÇÃO CORPORAL – Criança precisa de espaço e brincadeira livre para entender como funciona o próprio corpo, para subir no sofá, dançar, rolar pela grama… É muito bom deixar que o pequeno decida sobre seus movimentos. Claro que é preciso observar de perto, para intervir em caso de perigo.

CONCENTRAÇÃO – Quando a criança é hiperestimulada, além de ficar irritada, tem dificuldade para se concentrar em atividades como a leitura.

FIXAR O QUE É IMPORTANTE – Somos bombardeados de informações o tempo todo. Se a criança não tiver esse período de ócio, será difícil processar e absorver tudo o que aprendeu num único dia.

ENCARAR OS MEDOS – Quando a criança entende que é capaz de superar os desafios, que existe coragem dentro dela, se sente motivada a seguir em frente. Na vida adulta, ela provavelmente já estará familiarizada com essa sensação.

Imagem de capa: Elena Efimova/shutterstock

A melhor definição do que significa ser mozão de alguém

A melhor definição do que significa ser mozão de alguém

Ser mozão de alguém não quer dizer somente ganhar esse apelido carinhoso e frequente nos tempos atuais. Para o mozão ter um significado que sustente a sua importância, duas coisas não podem faltar; ouvir e saber cuidar de quem você dedicou amor.

Mozão é quem chega junto na saudade, quem não se desfaz dos momentos compartilhados e, gentilmente, quem não usa do silêncio do outro para construir uma arma de desconfianças e desrespeitos. Mozão que é mozão, escuta a parceira (o). Mas escuta com o ouvido de dentro. O do coração, especificamente. É quem não sabota conversas, mas quem percebe a sorte de saboreá-las. Nenhum relacionamento funciona no tempo imperativo. Se não existir contemplação e dedicação para entender a fala do outro, o mozão fica só na vontade. Ele encolhe e vai perdendo o tesão de continuar.

Para bons entendedores, o amor que não é parceria, acaba. Cuidar de quem você dedicou amor é o exemplo máximo do mozão. É ser suporte para quem te acompanha, torce e não perde o riso para deixá-la (o) infeliz. Os afetos não são roteados e pegam em poucos lugares. Eles estão em constante movimento e reciprocidade. Mozão é quem revida amor com disposição.

Quando você esbarrar na vida de alguém consciente desses detalhes, tenha certeza, você encontrou um mozão de verdade. Sem sobras, sem mais ou menos e sem o vamos ver no que vai dar. Porque quem já viveu amores no diminutivo, não perde mais tempo se o amor não vier – na teoria e na prática, composto de somas e inteiros.

Imagem de capa: LilacHome, Shutterstock

Malícia é a sensibilidade para identificar o mal

Malícia é a sensibilidade para identificar o mal

Há poucos dias ouvi um programa de rádio bem interessante que falava sobre a importância de desenvolvermos dentro de nós a verdadeira MALÍCIA, que infelizmente foi bastante distorcida em nossa sociedade.

Para muitas pessoas ter malícia tem uma conotação sexual, já pensou que coisa reducionista? Isso tem mais a ver com ser malicioso e concupiscente, o que é outra coisa.

Malícia, sendo bem direto, é a sensibilidade para identificar o mal. Ou seja, é eu desconfiar que existe algo de suspeito no comportamento e na postura de alguém.

Eu considero até vital que desenvolvamos essa malícia, porque o oposto dela é a INGENUIDADE, que à princípio deveria ser algo bom, mas como vivemos em uma sociedade adoecida, se torna perigosa.

Ser ingênuo significa “se comportar de acordo com os genes”, ou seja, com a essência primordial, como uma criança que está descobrindo o mundo.

A ingenuidade é a perspectiva da criança, sem maldade no olhar e nas ações. Para sobrevivermos nesta sociedade não podemos ser assim, porque literalmente seremos MASSACRADOS pelos outros. A vida não tem pena de quem não aprende a lidar com as situações da existência, ela bate com força!

Quando eu era mais jovem era sim muito ingênuo, e precisei “apanhar” diversas vezes para entender que existe muita maldade entre as pessoas, mas se aprendemos a nos proteger delas, a vida ganha um brilho todo especial.

Hoje eu tenho bastante sensibilidade para identificar pessoas más e perversas, mas sem JULGAMENTO entende? Esse ponto é bastante sutil e vou colocar com bastante clareza para que você me entenda. Achar que uma pessoa é boa ou má é algo bastante subjetivo, pois uma pessoa pode ser considera boa para alguém, e essa mesma pessoa pode ser vista como má por outra.

Nessa hora não cabe julgamentos, mas antes de tudo isso o SENTIMENTO. Eu faço assim! Se me sinto confortável perto de alguém, vou me aproximando pouco a pouco de sua realidade e seu universo, para ter a certeza de que ela realmente é boa para mim. Mas se alguém se aproxima e de cara não me sinto bem, ou seja, fico desconfortável, me afasto. Isso é sensibilidade. Sempre sigo o meu coração e sei que sempre que isso acontece é um livramento para minha vida.

Através desse pequeno texto quero lhe levar a pensar junto comigo sobre a MALÍCIA na sua essência.

Tem outro detalhe aqui. Nós sabemos muito bem que cada pessoa está em um grau muito particular de evolução e crescimento humano. Muitas vezes existem pessoas de ótima índole, mas que ainda estão engatinhando nos seus processos de autoconhecimento e precisam passar por inúmeras experiências para se tornarem autênticas e seguras de si.

Não há nenhum problema, nem pecado, nem nada parecido, se você não quiser conviver com essa pessoa entende? Não é tão simples explicar isso. São os processos individuais de evolução. Muitas vezes (quase sempre para falar a verdade), é um ato de amor deixar a pessoa livre para experienciar tudo aquilo que ela precisa sem nenhum tipo de INTERFERÊNCIA da nossa parte, sabe? Porque é uma questão de estar preparado internamente. Essa é uma questão tão ampla que pode ser levada até mesma para os relacionamentos amorosos.

É comum um dos parceiros ter mais experiências de vida do que o outro e aquele que é mais maduro não ter paciência com o mais imaturo e acaba se tornando um JULGADOR ou uma pessoa difícil de conviver.

Uma postura mais sensata em se tratando de relacionamentos é o diálogo franco e honesto. Dizer à pessoa: “Olha! Eu sou assim, assim e assado, penso desta e daquela maneira em relação a tal coisa. Se você não se incomoda com isso e quer continuar ao meu lado sabendo disso, ótimo. Senão, precisamos seguir nossos caminhos separadamente…”.

Pouquíssimas pessoas tem essa consciência dos processos evolutivos individuais. Como esse tema é muito amplo, voltarei a falar sobre ele em textos futuros.

Portanto! Que você busque sempre SEGUIR O SEU CORAÇÃO. É ele que pode lhe dar a verdadeira malícia para descobrir que existe maldade nas situações em que você está inserido.

E para concluir, recomendo fortemente que você escute esse programa de rádio que me serviu de inspiração para escrever esse texto. Trata-se do programa Entrevidas, com o terapeuta Marcello Cotrim, da Radio Mundial. O nome do programa é “Malícia” e pode ser ouvido neste link abaixo…

Imagem de caopa: Ollyy/shutterstock

Finlândia pretende abolir a divisão de conteúdo e será a primeira nação a fazer isso! Entenda por quê!

Finlândia pretende abolir a divisão de conteúdo e será a primeira nação a fazer isso! Entenda por quê!

Os finlandeses estão decididos a agrupar os conhecimentos das diversas áreas em uma única aula e possuem argumentos fortíssimos para isso. Na visão deles, não existe motivos para separar as áreas de conhecimento, já que essa atitude leva a uma segregação desnecessária e a falta de interesse por parte dos alunos.
Entenda melhor:

A Educação na Finlândia já é encarada como uma das melhores do mundo e esse é o motivo: Eles acreditam que biologia, química, geografia, história, entre outras áreas de conhecimentos específicas podem ser abordadas em conjunto. Sabe como? Ao invés de colocarem as crianças para aprender história, eles querem que os estudantes aprendam a estudar os fenômenos por trás dos acontecimentos, por exemplo.

Para eles, uma criança que estuda a história somente, não consegue relacionar os diferentes tipos de conhecimento, mas a criança que entra para uma aula sobre a Segunda Guerra Mundial, onde especialistas de diversas áreas se uniram para desvendar a geografia, a física, a química e a biologia do cenário histórico, consegue ter uma visão mais ampla e agregadora de todo o processo.

O objetivo é ser o primeiro país a deixar de lado a tradicional maneira de estudar conteúdos divididos por “matérias” e adotar uma forma multidisciplinar de ensinar os fenômenos como um todo, englobando todos os conhecimentos dentro de um tópico, valorizando os professores, diminuindo os testes e provas, aderindo a diferentes formas de aprendizado através da arte, por exemplo.

Essa postura já vem sendo adotada em algumas cidades e por isso o país está constantemente sendo citado no rankings do PISA (Programme for International Student Assessment, ou Programa para Avaliação Internacional de Estudantes) ao lado de Cingapura, mas com uma vantagem, oferecem um ensino gratuito e sem estresse. “Nós realmente precisamos repensar a educação e reprojetar nosso sistema, para que ele prepare nossas crianças para o futuro com as competências que são necessárias para o hoje e o amanhã. Nós ainda temos escolas ensinando à moda antiga, que foi proveitosa no início dos anos 1900 – mas as necessidades não são mais as mesmas e nós precisamos de algo adequado ao Século 21”, afirma Marjo Kyllonen, gerente educacional de Helsinki.

Por estarem colhendo ótimos frutos com esse novo método, pretendem ampliar para o país todo esse estilo de ensino. Não é apenas Helsinki, mas toda a Finlândia que irá abraçar a mudança”, conclui.

Como toda mudança que pretende ser realizada, essa também está sendo muito difícil e encontra resistência até entre os professores mais tradicionais. Mas, atualmente, as escolas finlandesas já são obrigadas a oferecer ao menos um período de ensino multidisciplinar baseado em “fenômenos”, por ano, e cerca de 70% dos profissionais já aderiram ao modelo.

Helsinki, é a capital do país e lá, a reforma está mais acelerada, as escolas já oferecem o ensino em dois períodos. Marjo Kyllonen acredita que em 2020 a transição estará completa em todo o país.

Quer entender como está sendo realizado o processo? Assista o vídeo:

Editorial CONTI outra. Com informações de Rescola.

Imagem de capa: Sergey Novikov/shutterstock

Talvez um dos grandes desafios da vida seja seguir…Seja saber seguir!

Talvez um dos grandes desafios da vida seja seguir…Seja saber seguir!

Seja entender quando um ciclo se encerra, permitir que ele se encerre, e perceber quando um novo começa e dar este passo com coragem. Seja dar o próximo passo, e o seguinte.

Seja saber como encerrar um ciclo e não trancar esta porta ao sair, mas a ir de forma elegante, sábia.

Talvez seja difícil seguir!

Talvez seja difícil seguir por apego, carência, necessidade, medo, vontade. Talvez seja difícil seguir por comodismo, conforto (ou desconforto);

Talvez seja difícil seguir porque nunca nos ensinaram a seguir, apenas a ficar.

Talvez seja difícil seguir porque a gente não sabe o que vem, o novo sempre nos assusta!. Só que ficar parado não tem evolução, porque. a espiral é para cima! Se eu ficar parada, ficarei então em círculos fechados, e não darei o meu salto, não vou evoluir, crescer, amadurecer, espiralar!

E entendo que esse movimento requer desapego, entendimento, amor, Aceitação !

Se eu não seguir, não darei oportunidade para novas experiências – pessoas, lugares, situações acontecerem. Fazer novas escolhas.Novos desafios para mais bagagem de vida.
Eu não vou dar oportunidade para que a vida aconteça como eu também gostaria que ela fosse.

A encarnação é bastante desafiadora porque ela traz este tipo de desafio, e é por isso que nela também existe a super ação. Pra mover é preciso ação, e muitas vezes será preciso tomar uma super ação., e a super ação faz evoluir.

Ela tira da zona do desconforto, ela dá novas possibilidades, ela expande, ela é permissiva! Ela dá poder.

É bom lembrar que não estamos sozinhos. Por mais que se sinta sozinho, que se esteja sozinho, nós nunca estamos sozinhos. Existe sempre uma força nos acompanhando e auxilando. Essa força está acessível a todos, basta conectar e a solidão traz esta conexão, basta silenciar. Se trazer, se encontrar.

A solidão não é fuga, é encontro, é certeza e não abandono.
É nela que você tem as respostas e não se confunde com as opiniões dos outros. É lá o seu lar. Por isso, antes de seguir, visite este lugar e extraia coragem e forças. Peça ajuda lá; Respire e sinta tudo o que seu coração diz.

Decidir que precisa seguir é o primeiro passo, o segundo é seguir com fé, determinação e coragem. Um passo de cada vez, por que só assim, a vida segue.

Imagem de capa: pathdoc/shutterstock

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