10 razões que provam que os tímidos são mais atraentes

10 razões que provam que os tímidos são mais atraentes

Normalmente a ideia que fazemos das pessoas tímidas é errada, pois apesar de serem mais introvertidas do que as outras, elas acabam por ser muito mais criativas, assim como atraentes.

Os tímidos costumam ser:

Atentos – As pessoas mais tímidas tem o ‘dom’ de ver aquilo que muitos não vêem. E por isso acabam por captar informações de lugares e de pessoas que mais tarde se transformarão em atos criativos.

Estimulantes – Os tímidos são pessoas muito intelectuais e por isso acabam por ser estimulantes nas suas conversas. Conseguem passar para o outro uma energia bonita que faz com que quem está presente se sinta atraído pelo que é dito.

Misteriosos – Como são pessoas mais fechadas, são também mais misteriosas e isso torna-os pessoas fascinantes porque nunca se sabe o que se passa na mente deles ao certo.

Motivados – Tornam-se motivados e procuram agir de acordo com o que lhes manda o coração. Sabem o que querem na sua vida e procuram alcançar seus objetivos de uma maneira apaixonada, atraente e inspiradora.

Inteligentes – Interessam-se pelo estudo e querem sempre mais, por isso gostam de descobrir coisas novas e tornam-se mais inteligentes. Isto faz com que sejam mais atraentes, porque não existe nada melhor do que conviver com alguém que está sempre interessado em saber mais.

Sonhadores – Os tímidos tem a habilidade de se perder nas suas mentes com alguma frequência, o que faz com que estejam constantemente a ter várias ideias.

Criativos – Normalmente as pessoas mais tímidas acabam por ser as mais criativas, porque passam mais tempo sozinhos e isso faz com que a criatividade acabe por ser maior.

Fáceis de Lidar – As pessoas que geralmente são mais tímidas, também são as que pode ter uma grande amizade. São mais relaxados, amáveis, bem como amigáveis e isso atrai as atenções para eles e tornam-os mais atraentes.

Conscientes – Por vezes existem pessoas que por falarem de mais e dizerem coisas inapropriadas, acabam por parecer estúpidas e é por estas razões que as mais tímidas somam pontos. Até porque elas normalmente só falam o suficiente para deixá-lo com vontade de ouvir mais.

Ouvintes – Mostram mais interesse em ouvir o que outros tem para dizer, visto que não é da personalidade deles falarem muito. Isto faz com que eles se torne mais especiais, pois é difícil encontrar bons ouvintes hoje em dia.

Fonte indicada: Sapo

Imagem de capa: Look Studio/shutterstock

As pessoas que adoram ficar sozinhas possuem essas 8 características superiores

As pessoas que adoram ficar sozinhas possuem essas 8 características superiores

Muitas pessoas preferem a própria companhia do que estar ao lado de quem quer que seja. Para essas pessoas, os seus pensamentos e emoções são mais importantes e elas acabam não gostando de jogar conversa fora, ou até não possuem muita paciência para contatos sociais frequentes. Elas são vistas como solitárias e depressivas, mas isso está longe de ser um julgamento correto. Na verdade, elas gostam mesmo é de pensar e se concentrar nas suas próprias vidas em um processo limpo de autoconhecimento e amor interior.

1. Elas impõem limites claros

Uma pessoa que gosta de ficar sozinha sempre fica com o pé atrás com uma pessoa que não gosta da própria companhia, ela acredita que se a pessoa não consegue, nem gosta de estar com ela mesma ela não pode ter algo bom para oferecer, por isso ela coloca limites claros nas relações e não deixa que ninguém ultrapasse.

2. Tem poucos amigos, mas amigos leais

Elas são bons amigos, fieis e leais, mas possuem poucos, sabem selecionar e não precisam ficar recebendo atenção demasiada. Elas gostam mesmo de se fazer presente apenas quando existe real necessidade de afeto e companheirismo verdadeiro. Aqueles que são escolhidos como amigos, são realmente privilegiados e podem contar com elas para qualquer assunto.

3. Estão sempre querendo novas aventuras que instiguem a mente

Sim, elas gostam mais de estar sozinhas do que com outras pessoas, e daí? Mas elas possuem a mente aberta e querem sempre estar inovando e fazendo novas aventuras para nutrir suas mentes de coisas interessantes e de uma adrenalina saudável.

4. Autorreflexão

O gostar de estar sozinho lhes dá uma grande vantagem quando precisam tomar decisões e passam por momentos de estresse e pressão. A autorreflexão constante os colocam na frente para fazer as melhores escolhas em prol de si próprio e dos outros.

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5. Se conhecem muito bem

Elas buscam o autoconhecimento o tempo todo e por isso, não se demoram em momentos de tristeza e depressão, sabem os canais que devem buscar alimento dentro de si mesmos para atingir um nível de equilíbrio e satisfação.

6. O tempo para elas é precioso

O tempo é o seu melhor amigo, elas querem ter seu próprio tempo respeitado e respeitam o tempo dos outros. Não gostam que invadam seu espaço e que desperdicem o seu tempo com coisas inúteis e também não fazem isso com os outros.

7. São honestas consigo mesmas

Elas sabem que nunca encontrarão ninguém perfeito nesse mundo e que também não são, por isso não cobram perfeição de ninguém e são bem tolerantes quanto as falhas das pessoas que as cercam. Mas não possuem muita paciência para ignorantes, mas isso todo mundo, não é mesmo?

8. Conseguem sentir o sentimento do mundo

A maioria dos solitários são empáticos, sensitivos ou até paranormais, isso mesmo, eles sentem o que os outros estão sentindo com mais facilidade, conseguem perceber a falsidade alheia de longe e até por isso, gostam da reclusão, para não sentirem tantas emoções e não se apegarem a elas por serem uma espécie de esponja.

Editorial CONTI outra. Imagens: eldar nurkovic/shutterstock

Ciência revela 3 incríveis benefícios de ser solteiro!

Ciência revela 3 incríveis benefícios de ser solteiro!

Já foram realizados estudos sobre o valor do casamento, e nós bem sabemos que existem sim ótimos motivos para isso, mas segundo Bella DePaulo, psicóloga da Universidade de Santa Bárbara, na Califórnia, manter-se solteira foi o seu “viver feliz para sempre”.

E vários estudos apoiam a sua opinião.

PARA OUTROS INVESTIGADORES OS SOLTEIROS MANTÊM RELAÇÕES MAIS INTENSAS

Em estudo realizado em 2015, Natalia Sarkisian e Naomi Gerstel descobriram que os solteiros interagiam mais com grupos sociais. Para elas, os solteiros possuem mais amigos e estão mais próximos da família.

Para excluir de vez a solidão do vocabulário dos solteiros, eles acabam por nutrir amizades e entendem que isso é essencial para se ser feliz e para envelhecer com qualidade.

Quanto mais amigos uma pessoa tem, mais feliz ela tende a ser, e isso foi comprovado pelo estudo realizado pelo British Medical Journal em 2008, que descobriu que as pessoas que conversam normalmente com cerca de 10 ou mais pessoas são significativamente mais felizes que aquelas que não o fazem.

William Chopik, professor assistente de psicologia na Michigan State University, confirma a tese e diz que manter amigos por perto é essencial para a felicidade.

SOLTEIROS TENDEM A CUIDAR MAIS DA APARÊNCIA FÍSICA

Um grupo de pesquisadores descobriu que, em média, os casados são 3kg mais pesados que os solteiros e que os solteiros tendem a praticar mais atividades físicas durante a semana.

OS SOLTEIROS APROVEITAM MAIS A SOLIDÃO E USUFRUEM DELA

A psicoterapia explica que ser solteiro faz com que as pessoas desfrutem melhor da solidão e gostem mais da sua própria companhia, usufruindo de momentos criativos e produtivos.

Para muitos pesquisadores ser casado é bom, mas ser solteiro é muito melhor, e essa mania de dizerem que quem está solteiro sempre está à procura de um relacionamento para se casar é uma bobagem, ser solteiro pode ser também uma escolha de vida.

Editorial CONTI outra. Imagem Kokliang/shutterstock

As mulheres de 40 e sua nova identidade social

As mulheres de 40 e sua nova identidade social

As mulheres de 40 estão arrasando quando se fala em independência e originalidade, para defini-las a empreendedora de tecnologia Gina Pell criou o termo “perennial”, que já pegou e vem sendo discutido por vários veículos e comunicação de credibilidade mundial como a revista Fast Company e os jornais The Telegraph e El País.

Para ela, perennial é uma pessoa que assume um estilo de vida que não foca na idade cronológica, mas sim, consegue balancear gostos e visitar costumes de diversas idades, criando assim uma identidade social própria.

Não é à toa que a maioria das mulheres, em várias pesquisas realizadas, declaram estar em sua melhor fase quando chegam aos 40. Elas se sentem mais confiantes, mais bonitas, mais maduras.

Para provar que elas estão com a força total separamos algumas características que as definem:

# Maturidade: Essa tal maturidade vem acompanhada com uma confiança inabalável e um autoconhecimento invejável. Tanto que a palavra “perennial” vem do termo “perene”. Elas se sentem leves, sabem escolher o que é melhor para elas, bancam a própria vida e são mesmo donas de si.

# Elas não envelheceram: Como elas possuem um pensamento livre e não se deixam intimidar, estão sempre atuais e bem-dispostas, fato que a colocam em uma difícil definição de idade cronológica, já que suas peles estão jovens e estão sempre atuais quanto ao modelo de roupa que escolhem.

# Autonomia: Elas buscam autonomia e não acreditam mais na antiga forma de construir uma carreira sólida, através de um emprego formal. Preferem o ideal do trabalho do que a rotina maçante e vão atrás daquilo que acreditam.

# Mudam os conceitos: Como elas não se enquadram na idade que chegaram, acreditam e sentem que são muito jovens, e realmente são, por isso, não se deixam intimidar pela imposição de regras sociais e de conduta, muito menos pela imposição da mídia e da moda.

E você, também se enquadra na geração perennial?

Editorial CONTI outra.

Imagem de capa: BestPhotoStudio/shutterstock

De um a dez, qual é o nível da sua dor?

De um a dez, qual é o nível da sua dor?

As experiências dolorosas são sempre muito parecidas. No entanto a dor é como uma impressão digital, cada um tem a sua, única, pessoal, intransferível. E por mais que sejamos empáticos, solidários e acolhedores, jamais seremos capazes de sentir a dor que o outro sente.

Há dores que pulsam, feito aquela enxaqueca que se manifesta nas têmporas. Tum tum, tum tum, tum tum…acompanham a gente num ritmo cadenciado e inoportuno. Tiram a nossa capacidade de reagir adequadamente. Uma discussão além dos limites provoca dores assim, ficam martelando na gente, provocam reações físicas a partir do sofrimento emocional. No caso da dor de cabeça, em geral tomamos um analgésico, que em geral resolve a questão… às vezes temporariamente. Caso não seja um desconforto pontual, assim que o medicamento cumprir seu ciclo de ação, o pulsar da dor voltará a nos visitar. E isso é exatamente o que irá acontecer com a dor pulsada da alma em conflito com outra alma. Podemos tentar uma analgesia travestida de desabafos com alguém querido, uma comprinha para afagar o ânimo, um chocolate. Por algum tempo pode até funcionar. Mas, se não olharmos bem nos olhos da raiz dessa dor, ela há de se aquietar por um tempo, apenas para voltar mais tarde, quem sabe até mais fortalecida.

Há dores que dão verdadeiros nós por dentro da gente, feito aquelas cólicas que nos reviram as vísceras, nos imobilizam e nos fazem querer fugir para algum lugar seguro, onde possamos nos enrolar feito tatus-bola, na tentativa de agasalhar a origem da dor. Uma perda, dói feito cólica. Em geral, o calor local, um banho morno, um chá quentinho, oferecem na urgência do sofrimento, algum alento e alívio. O calor relaxa, reconforta, amolece. E isso é exatamente o que irá ocorrer com a dor retorcida da alma. Podemos tentar um aquecimento travestido de abraços, colos, cafunés. Durante algum tempo, isso é tudo que damos conta de querer e de receber. Entretanto, o calor humano é um remédio que afaga, mas não cura o corte de uma perda. A perda, requer de nós uma força de reação que nos mova, que nos tire do casulo e nos faça seguir adiante, a fim de encontrar algo novo, muitas vezes inusitado, para repor ou substituir o que foi perdido. Caso contrário, seremos nós os perdidos numa dor para qual nos teremos oferecido em sacrifício.

E há inúmeras outras formas de doer, que só aquele que foi atingido é capaz de descrever. Mas… Numa última tentativa de me transplantar para os corações do mundo, invoco aqui a única dor que vale a pena ser sentida. Aquela dor para a qual devemos abrir as portas, convidá-la a entrar, ouvir com atenção tudo o que ela tem a dizer. Há uma única e bela dor, que de tão pungente, não pode ser ignorada. É a dor que salva! Ela não lateja, nem pulsa, ne se revira dentro da gente. Ela esfola a nossa casca de arrogância e orgulho numa persistência de formiga. Move sobre nós os seus pezinhos minúsculos numa caminhada lenta, disciplinada e cheia de determinação. Ela vai nos despertando aos poucos do nosso sonho manhoso de conforto; e nos faz enxergar um pouco além a cada dia. A dor de amadurecer é uma dor escolhida. Uma dor à qual devemos nos entregar de boa vontade, porque sem senti-la, seguiremos anestesiados em nossa ignorância emocional, teimaremos em defender convicções estúpidas e perderemos maravilhosas oportunidades de transformação.

Seja bem-vinda querida dor de salvação! Pois, é só na sua presença, que nos tornaremos algo além da nossa obstinada teimosia. Vem transmutar nossa seiva prematura e ácida em caldo doce e terno. Vem nos desabrochar em seu calor, abrir nossos olhos para a luz da única sabedoria que importa: entender que amanhã, nós seremos exatamente aquilo que escolhemos ser hoje; e que somos hoje o resultado inequívoco da semente que fomos ontem. Está em nossas mãos a cura para a nossa cegueira diante da vida. Acendamos a luz de dentro, porque sem ela, não há nascer de sol que dê conta da nossa escuridão.

Imagem de capa meramente ilustrativa: cena da série Grey´s Anatomy

Stephen Hawking, o homem que voou alto

Stephen Hawking, o homem que voou alto

Ontem (14/03/2018) um homem memorável e raro encantou-se e expandiu-se no universo que ele tanto amou pesquisar. Ele, que além de gênio, era um autêntico fenômeno da natureza. Stephen Hawking encantou, e encantou de todas as formas. Não tenho o vocabulário e a vivência da ciência, pacata que sou. Encontrei mais afinidades com artes, bobagens e algumas insignificâncias na vida. E das minúcias do brilhante cientista que foi não vou aqui falar, pois falta a competência. Os jornalistas pelo mundo hoje o fazem com festa. Stephen Hawking foi um forte, raro e nobilíssimo homem.

Ele tinha o dom de simplificar os conhecimentos científicos mais complexos. Popularizou a ciência para milhares de pessoas com uma linguagem direcionada para a simplicidade. Pela forma como os assuntos foram desenvolvidos, resta clara a intenção de torná-los tendencialmente compreensíveis para o leitor comum. Queria que seus livros fossem vendidos em lojas de aeroporto, vejam só. É necessário inteligência e sensibilidade para isso. Avalio como um compromisso com a educação, com o saber e com a democratização do conhecimento acima de tudo.

Até eu, leitora contumaz de humanidades, comecei a ler com prazer Uma breve História do Tempo, misto de aventuras para meu mundo. Ler sobre buracos negros, horizonte aparente, teoria do big bang ou do espaço-tempo é quase uma aventura fantástica. Louca por viagens no tempo desde sempre, procurava por máquinas do tempo e manipulações das horas nas ficções dos livros e dos filmes. Então ver um cientista renomado admitir empiricamente essa possibilidade foi a minha Eureca, a minha desculpa. Descobri que o mundo real também pode ser mágico. O desbrave do universo é das águas mais profundas, das sagas mais complexas e poéticas, pela sua infinitude.

Vejam que língua simples era a desse homem, nesse livro que é um dos mais vendidos e celebrados no mundo – Uma breve História do Tempo : “Na teoria da relatividade, não existe tempo absoluto único; em vez disso, cada indivíduo tem sua própria medida do tempo, que depende de onde ele se encontra e de como está se movendo”. Foi quando descobri que o tempo, esse bichinho do qual somos tão escravos, na verdade não existe per si. É uma abstração, convenção criada como tantas outras. Nossa necessidade humana de quantificar, metrificar e delimitar tudo foi o mote originador. A relatividade do tempo parece mais evidente quando conseguimos enxergar que nosso tempo é um ritmo e uma escolha natural e particular. O tempo é aquilo que somos e fazemos.

Aos vinte e um anos, Stephen Hawking recebeu o diagnóstico de esclerose lateral amiotrófica, doença neuromotora voraz, que paralisa todo o corpo e mata em pouco tempo. O próprio físico explicou que tal cenário de morte precoce foi a gênese para que ele se dedicasse com voracidade às descobertas intelectuais, mas isso não dá conta de tamanha façanha. Sua força ( física, inclusive ), sua dignidade e seu otimismo diante de tal fatalidade pareceram-no rondar tanto ou mais que a celebração mundial do seu brilhantismo.

A ELA é uma doença rara e devastadora, pois limita toda a parte neuromotora e mata em poucos anos. Em 2014 eram cinquenta mil casos no mundo e aproximadamente doze mil no Brasil. Segundo a ABRELA (Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica), o doente fica fisicamente paralisado, porém não altera a inteligência, o que pode psicologicamente ser aterrador para muitos. Há uma lesão degenerativa dos neurônios motores, e isso afeta a mobilidade do braço e das pernas, tornando o paciente tetraplégico. A possibilidade de comer e de respirar também fica comprometida, pois os músculos responsáveis pela fala, pela deglutição e pela respiração também são afetados. O paciente tem uma brusca perda da qualidade de vida, até que morre. Não tem causa definitiva, e costuma ser diagnosticada após os cinquenta anos em média. Tive um tio vítima dessa doença, que morreu poucos meses após o diagnóstico. Ele estava aparentemente saudável e vivia normalmente. Foi um choque para a família.

O cientista inglês é uma das poucas pessoas no mundo a conseguir conviver com a doença por mais de cinco décadas. Talvez movida pela repercussão do filme que relata a história do físico inglês, em 2014 houve uma campanha dos EUA que desafiava qualquer um a jogar um balde de água gelada na cabeça e divulgar o vídeo, ou a doar cem dólares para a ALS Association, organização sem fins lucrativos que ajuda pacientes portadores da doença. Muitas pessoas comuns, políticos e famosos pelo mundo aderiram à campanha e apareceram em vídeos tomando banho com água e gelo. O paralelo foi com o real “balde de água fria” que é receber o diagnóstico da doença sem cura.

Mas Stephen Hawking tinha um brilho peculiar, pois além da coragem, seu bom humor foi exaltado por muitos. O ator Eddie Redmayne, que em 2014 interpretou Hawking no filme “A teoria de tudo” e ganhou o oscar pela sua interpretação do físico, descreveu: “um cientista surpreendente e o homem mais divertido que eu tive o prazer de conhecer”. O jornalista estadunidense Larry King por sua vez falou: “Uma vez perguntei a Stephen Hawking em uma entrevista o que mais o enlaça em todo o universo. ‘Mulheres’, ele respondeu.”

Não foi um homem que hoje encantou-se, mas um ser extraordinário e especial entre os demais. O homem pequenininho em tamanho e preso à cadeira de rodas não parecia ter amarras e escondia um dos cérebros mais colossais que já existiu. Costumamos reclamar ou nos achar imperativos por pouco, não é? Contudo quando a vida parecer pesada ou parecermos demasiado importantes, é bom olhar para o exemplo dele.

Acima da celebridade, o homem. E que homem! Que o legado humano dele não seja esquecido e ao menos hoje possamos seguir o conselho da Universidade de Cambridge, onde Hawking lecionava: “Olhe para as estrelas e não nos seus pés”. Que não miremos para baixo, mas para o alto. Que ao invés de olharmos para as bolinhas dos nossos umbigos, olhemos para a beleza do universo e sua infinitude, suas galáxias invisíveis, seus planetas, suas estrelas… Que olhemos também para o que construímos com as pessoas em nossa volta, pois certa vez o físico disse: “Não seria muito um universo se não fosse o lar das pessoas que você ama”. Stephen Hawking, enfim, agora voa mais alto pelo universo que tanto amou pesquisar. Voa! Voa! Voa!

Imagem de capa: Martin Hoscik/shutterstock

Sabedoria é optar pela dor que o tempo pode curar

Sabedoria é optar pela dor que o tempo pode curar

Como dizem, a vida é feita de escolhas, as quais fazem parte de nossos dias, desde que acordamos, até o momento em que dormimos. Muitas vezes, inclusive, não teremos opções tranquilas, pois estaremos em frente a uma encruzilhada cujos caminhos inevitavelmente carregam sofrimento, ou seja, em certos momentos, não podemos fugir à dor. Cabe-nos, portanto, optar pela travessia menos dolorosa, cujas feridas serão cicatrizadas com o tempo.

Manter um relacionamento à força ou desistir? Tentar mudar o parceiro ou aceitar que ele não muda? Continuar num emprego sem perspectivas ou partir para outra? Continuar investindo na amizade que decepciona ou cortar relações? Muitos serão os dilemas que enfrentaremos e que não nos darão nenhuma alternativa tranquila, quando teremos que enfrentar a dor, não importa qual escolha fizermos. Nesses casos, optar pelo sofrimento que certamente passará será o melhor a se fazer.

Em vez de manter um sofrimento sem fim, por medo da dor do rompimento com pessoas que não nos fazem bem algum, é melhor enfrentar alguns meses de coração machucado, que o tempo curará. Romper com um amor, com um amigo, com um trabalho, certamente será doloroso, porém, trata-se de ferimentos que os dias e meses amenizam. Por outro lado, continuar preso ao que machuca implica dor sem fim, lágrimas diárias, escuridão eterna. Para que optar por sofrer sem parar?

Escolher pelo que poderá ser superado, ainda que haja escuridão a ser enfrentada, nunca poderá ser pior do que viver uma vida de dor, lamentando o que poderia ter acontecido, caso tivéssemos a coragem de lutar pela nossa felicidade. Nós nos acostumamos a tudo e, infelizmente, também nos acostumamos com o que nos faz mal. Não podemos é nos permitir o apego ao que só acumula sofrimento dentro de nós. Isso adoece, diminui, inferioriza, anula.

Acordar, tendo um caminho dolorido a ser percorrido, mas na certeza de que tomamos a atitude certa em relação às pessoas erradas, sempre será melhor do que acordar, diariamente, sabendo que os dias que virão serão os mesmos, recheados de lágrimas e de decepções, junto a quem não muda, ao que nunca mudará. A escolha será sempre nossa e teremos que lidar com ela enquanto vivermos.

Imagem de capa:Master Cowley/shutterstock

As crises são terrenos férteis para novas oportunidades

As crises são terrenos férteis para novas oportunidades

As nossas crises escondem tesouros, pode ter certeza. Aquilo que, num primeiro momento, se assemelha a um desmoronamento, sempre traz, em meio aos “escombros”, excelentes oportunidades de recomeço e de redescoberta. Uma crise nunca se instala do nada, ela é o sinalizador de que algo em sua vida está fora do eixo.

Um casamento infeliz, uma depressão, uma insatisfação crônica com o trabalho, ou os conflitos relacionais como um todo, trazem verdades que precisam ser encaradas. No geral, chegamos ao auge da crise ou fundo de poço, justamente, por tentarmos ignorar aquilo que grita aos quatro cantos da nossa alma.

Ocorre que costumamos fazer cara de paisagem para aquilo que tanto incomoda. Afinal de contas, quem disse que é fácil encarar os problemas de frente? A gente tenta driblá-los, nos esforçamos para empurrá-los com a barriga e vamos seguindo empurrando o lixo para debaixo do tapete da nossa existência. Acontece que tudo tem o seu limite, então, só podemos empurrar o lixo até onde há espaço embaixo do tapete. Chegará uma hora que não será possível empurrar mais nada, nem uma folha sequer. O espaço para o “faz de conta” estará abarrotado, então, seremos forçados a encarar toda aquela tranqueira de frente.

A hora do confronto vai acontecer, uma hora ou outra. Chegará um momento em que você vai ter que olhar no olho desse relacionamento que está praticamente o sepultando em vida. Você terá que dar um jeito nele. Seja convidando o parceiro para irem em busca de ajuda para ver a possibilidade de uma reconstrução, seja optando pela ruptura dessa aliança que mais parece uma forca. O que não vai dar é para você continuar se fazendo de desentendido enquanto a sua felicidade e sua saúde emocional descambam para o abismo.

Há casos em que é necessário parar de viver arrumando atestado médico e encarar o real motivo de tanto da esquiva do trabalho. Será que você não fez uma escolha profissional equivocada? Será que aquela faculdade que você cursou ou está cursando o seduz de verdade? Pois é, se fez uma escolha desconsiderando as suas próprias motivações, a fatura da insatisfação vai chegar, é só uma questão de tempo. E a insatisfação, quando ignorada, tende a evoluir para doenças emocionais e/ou físicas. Sim, as nossas emoções silenciadas ou mal administradas sempre dão um jeito de se manifestar. Seja por meio de uma enxaqueca, de uma insônia crônica… uma depressão. Emoções reprimidas viram sintomas.

Contudo, precisamos estar atentos ao que sentimos, precisamos olhar com muito interesse o nosso caos. Quando a desordem se instala, não podemos encará-la como uma derrota, e, sim, como algo que necessita de uma intervenção urgente. É o sinal de alerta de que aquela situação não está em harmonia com o nosso propósito de vida. Será o momento de buscar um novo rumo. Geralmente, quem se dispõe a olhar com empatia os próprios desacertos, costuma encontrar, naquele cenário desolador, excelentes oportunidades de recomeço.

Lógico que as coisas não acontecem num passe de mágica, não é fácil abrir mão de algumas escolhas por mais desconforto que elas nos causem. Mas, as novas possibilidades estão sempre ali, nos acenando em meio àquele turbilhão de sentimentos.

O problema é que somos medrosos demais. Estamos sempre atentos às opiniões externas, e o que é pior, opiniões de pessoas que nem se importam com a gente, muitas vezes. Temos uma grande dificuldade em nos silenciar para os barulhos de fora, e, com isso, acabamos ignorando aquilo que fala tão forte à nossa alma.

Eu sei do que estou afirmando. Foi em meio à crise do meu casamento que decidi cursar a faculdade de Psicologia, uma grande paixão desde os tempos da puberdade. E, foi com o divórcio que me dedique à escrita, minha paixão visceral. E sei que é um caminho sem volta, me sinto abraçada por minhas vocações. Sigo, apaixonadamente, a minha estrada com aquela sensação de ter me encontrado na vida, finalmente.

Olho para trás e agradeço por tudo o que deu errado, afinal, não fossem os meus desacertos, eu não estaria vivendo essa satisfação indescritível de dar vida àquilo que nasceu comigo. Exercer os meus dons e as minhas habilidades me dão a certeza de que a minha vida está fazendo sentido. Essas oportunidades surgiram em meio ao caos, não nasceram em tempos de paz.

Imagem de capa: Alfaenergy/shutterstock

Somos diálogos

Somos diálogos

O que é a palavra? Podemos dizer que aquilo que permite a nossa comunicação enquanto humanos. Se formos mais profundos, podemos até dizer que é o que nos faz humanos. E sendo algo tão importante à constituição do nosso ser humano, o que podemos inferir da palavra que não comunica? Seria ela ainda uma palavra? Seriamos nós ainda humanos?

O poeta alemão Holderlin diz em um dos seus versos que somos diálogos. Penso, então, que se somos diálogos, a palavra imbuída da capacidade e da vontade de comunicar é essencial para que consigamos nos manter enquanto diálogos. Isto é, enquanto sujeitos capazes de, por meio das palavras criar situações, fazer remeter a lembranças, recriar sensações, imaginar o futuro e, acima de tudo, conseguir que isso tudo consiga fluir entre a boca que fala e o ouvido que escuta.

Quando a palavra já não consegue exercer o seu espírito comunicativo, ela deixa de ser capaz de juntar os signos advindos de almas estranhas e atribuir-lhes sentido e sintonia. Desse modo, sem o elemento que permite a sua comunicação, as almas continuam na sua condição estranha e jamais se transformam em companhia.

E isso acontece, principalmente, quando a palavra deixa de possuir um interlocutor, de tal maneira que de tanto se acostumar a muito falar e nada dizer, ela se emudece, porque há um momento em que pela falta da chuva, a terra se torna seca, cheia de rachaduras que nada significam.

E, assim, as palavras começam a morrer de asfixia, porque não conseguem sair, tampouco respirar. Mas, diante desse cenário, para que servem tantos sons que notificam a chegada de mais uma mensagem? Servem para que apressadamente possamos responder, ainda que, na maior parte das vezes, sequer compreendamos. Talvez essa indisposição à compreensão ajude a explicar o porquê da morte das palavras.

Esses sons, tantos, também servem para nos lembrar que estamos em meio a multidões, cada vez maiores. E solidões, cada vez mais fortes. Afinal, não é preciso silêncio para que possamos nos perceber sós, quietos e sem as palavras. São as aglomerações humanas que expõem quão silenciadas nossas almas estão. Não à toa Hemingway, sufocado com as palavras, disse que: “Mesmo quando estava entre a multidão, estava sempre sozinho”.

Mas a gente prefere fingir que não vê e procura outras formas de preencher o vazio, por mais que esse vazio seja de gente, de uma humanidade perdida, órfã em sua própria rigidez. Que não muda de forma, não se abre para o outro, e vive a ironia dos gritos que ecoam pelas ruas um silêncio sem vida. Porque, “A gente vive muito em voz alta, mas às vezes a gente não se ouve”. Como não se ouve, a gente começa a cegar e nesse mundo de cegos, as palavras perdem o sentido, porque tampamos os ouvidos e paramos de enxergar.

Imagem de capa: Reprodução

Só sou perfeita aos seus olhos porque não te quero

Só sou perfeita aos seus olhos porque não te quero

Só sou perfeita aos seus olhos porque não te quero. Porque não te quero, sou bela, sou o que você consegue ver do pouco que me mostro. Porque não te quero, não me mostro toda, não me aproximo muito.

Se eu te quisesse talvez você fugiria ao ver a cara feia da minha carência, a dimensão da minha intensidade, a inconstância do meu humor.

Se eu te quisesse talvez você se assustaria com a minha bagagem de vida, com as minhas piadas bobas, com o meu jeito descabelado de manhã, com as minhas melancolias pré-menstruais e questionamentos de tudo. Talvez você se assustaria com a minha necessidade de conversas profundas, com o meu silêncio prolixo, com as minhas lutas vãs e meu olhar que mensalmente alcança o sem sentido do mundo.

Se eu te quisesse talvez você fugiria como bicho assustado, saturado de tanto amor, ou ficaria acuado num canto sem entender a minha necessidade de solidão. Se eu te quisesse, você veria uma mulher imperfeita a cada curva. Talvez você tentaria me fazer voltar para as dimensões da ilusão que você criou a meu respeito.

Por não te querer sou perfeita, bonita, soberana, interessante, equilibrada, sensata e inabalável. Você acha que eu nutriria seus sonhos, mas se eu te quisesse, talvez eles morreriam.

Só porque não te quero, você acha que me quer, você acha que quer ver o que há detrás dessa minha pele de marfim pela qual você se apaixonou.

Imagem de capa: alan payne/shutterstock

7 sinais de que você é uma alma livre

7 sinais de que você é uma alma livre

Em muitas ocasiões a alma livre surge depois de ter passado muito tempo cativa e dependente das opiniões e gostos dos outros.

Ser uma alma livre, mais além de sua vertente mais espiritual, responde a um tipo de personalidade que alcançou um adequado nível de maturidade e de competência psicológica baseadas na autonomia e na segurança.

Não é nada fácil alcançá-la e chegar ao topo de nosso crescimento pessoal.

É que se trata de uma dimensão que, na realidade, entraria muito bem nessa cúspide da pirâmide de necessidades que Abraham Maslow introduziu em 1943 em seu artigo “A Theory of Human Motivation”.

Ser uma alma livre não significa absolutamente ser, sentir e agir como uma pessoa que escolhe se desvincular de todo laço, de toda responsabilidade ou de todo indício de relacionamento que lhe permita enraizar.

Falamos de uma série de características, atitudes e formas de interagir com a realidade que nos faz, sem dúvidas, mais aptos e seguros diante da vida e suas adversidades.

Por isso que não cabem os apegos insalubres ou as dependências asfixiantes.

A seguir, propomos descobrir se estas dimensões que explicamos agora definem você em corpo, alma e sentimento.

1. A alma livre escolhe, pensa e age sem necessidade de aprovação

Chegar a este ponto em nosso caminho vital e pessoal onde não precisamos da aprovação alheia para viver como desejamos é, sem dúvidas, um grande passo.

Ao longo de uma boa parte de nossa existência necessitamos ser validados pela sociedade. Primeiro por nossos pais, depois por nossos semelhantes e, mais tarde, por nosso entorno de trabalho.

Mostrarmo-nos tal e como somos, falarmos com a voz do coração e com a sinceridade da língua, é algo que não se consegue de um dia para o outro. Só as autênticas almas livres alcançam isso.

2. Vive sem medo: confia em si mesma

Os especialistas em crescimento pessoal e em psicologia motivacional sabem muito bem que o medo é o grande bloqueador de oportunidades.

Quando por fim deixamos os véus das preocupações e deixamos de antepor fatalidades, conseguimos avançar com pés mais seguros.

A felicidade está sempre mais além das fronteiras do medo. Porém, para cruzar essas linhas o que precisamos, em primeiro lugar, é uma “autoconfiança” adequada.

3. Você é uma pessoa autêntica, descarada, espontânea

É uma dessas pessoas que já não põe filtros na língua porque antes fez um processo mental adequado para saber que a verdade sempre deve ser colocada à frente.

A sinceridade o define, mas também a ousadia que arranca sorrisos e estabelece cumplicidades.

Você é espontâneo porque já não lhe importa o que vão dizer, muito menos o que vão pensar.

As personalidades autênticas são almas livres porque seu ser interior já não vive com censuras. Entraram em contato com suas essências e valores para demonstrar ao mundo como entendem a vida: desde a paixão.

4. Sabe por que vale a pena lutar

A alma livre, ao contrário do que muitos podem pensar, não supõe evadir as responsabilidades nem aspirar a uma forma de liberdade despreocupada onde os desejos vêm e vão de forma errada. Absolutamente.

A alma livre sabe muito bem pelo que deve lutar: por aquilo que ama, por tudo o que lhe identifica e lhe faz feliz.

O resto não tem importância.

5. A alma livre não fala a linguagem dos apegos

O apego, entendido do ponto de vista afetivo, é o grande inimigo do crescimento pessoal.

Cair em uma relação marcada pelo vício afetivo veta por completo nosso sentido de integridade, de liberdade e de autoexpressão.

A pessoa que se define por ser uma alma livre sabe amar sem depender. Oferece o melhor de si mesma aos demais, sentindo-se completa e sem ver o amor como uma droga que a torna prisioneira.

6. A alma livre sabe apreciar as pequenas coisas da vida

Ser livre supõe não ficar preso ao que veta nosso crescimento, ao que põe barreiras em nosso modo de sentir e viver.

Esta paixão pela liberdade se consegue, antes de tudo, sabendo priorizar, entendendo que as coisas mais importantes da vida na realidade não são coisas, são sensações.

Por sua vez, essas sensações vêm dadas pelas experiências mais simples e cotidianas: uma conversa, um passeio pela praia, um encontro, uma viagem, caminhar descalço, abraçar seu animal de estimação, sair para correr sem ter qualquer preocupação na cabeça…

As pessoas ocupadas e preocupadas não são capazes de apreciar esse tipo de detalhe cotidiano que as mentes mais livres identificam, promovem e valorizam.

7. A alma livre inspira a sua vida e a dos demais

É possível que, em mais de uma ocasião, tenham lhe perguntado como você faz isso.

“Está sempre feliz, tem tempo para tudo, faz mil coisas e sempre me faz rir… como você consegue?”

Na realidade, você não sabe muito bem como responder, porque sua filosofia de vida é algo que você alcançou com o tempo.

Às vezes, a alma livre surge depois de ser uma alma cativa, e isso é um fato que nunca deixamos passar por alto.

Ser livre é uma atitude que precisamos ter com confiança e perseverança, sabendo que, às vezes, é necessário deixar certas coisas para trás.

Fonte indicada: Melhor com Saúde

Imagem de capa: RossHelen/shutterstock

5 coisas que você sempre deve manter em segredo

5 coisas que você sempre deve manter em segredo

Se você não gostaria que revelassem uma informação que você compartilhou em segredo, por que iria faltar com respeito com aqueles que lhe confiaram suas intimidades?

Às vezes por insegurança, outras para resguardar a autoestima ou para proteger nosso equilíbrio emocional e psicológico, há certos aspectos sobre nossa vida que é melhor manter em segredo e não compartilhar com ninguém.

Todos temos claro que um vínculo social e afetivo dá abertura para compartilhar determinados fatos, alguns pensamentos e experiências passadas que explicamos aos demais porque confiamos, porque a amizade ou o amor se caracterizam, precisamente, por isso mesmo.

Porém, para cuidar de nossa saúde psicológica é necessário entender que a própria identidade requer frequentemente que sejam estabelecidas linhas de proteção.

Assim como quase ninguém diz em voz alta o que pensa, sente ou percebe, sem filtros e nem coberturas – a não ser que sofra de algum transtorno – também não é adequado eliminar barreiras e compartilhar tudo o que é nosso com quem nos rodeia.

Hoje, em nosso espaço, queremos explicar quais aspectos, dimensões e dinâmicas pessoais é melhor manter no jardim do privado. Confira!

1. Planos, sonhos ou projetos: cuidado com quem os compartilha

Todos temos projetos em mente que, em ocasiões, comentamos com alguém.

  • Mais tarde, e pelas razões que forem, pode acontecer de deixarmos essas metas de lado, postergá-las ou nos desfazermos delas. Isso pode acontecer.
  • Este fato, tão natural e tão comum, é o detonante para que muitos encarem como justificativas eficazes para nos criticar, para nos colocar em evidência como pessoas que, longe de lutar por algo, abandonam.
  • Em outros casos, pode se dar um fenômeno um tanto mais complexo: que pessoas próximas assumam nossas mesmas metas ou se apropriem de nossos próprios desejos.
    Por estes e outros motivos como possíveis invejas, sofrer comentários depreciativos ou ouvir o típico “você não vai conseguir”, o melhor é fazer uso da discrição e reservar seus próprios objetivos vitais.

A luta silenciosa, persistente, contínua e sempre discreta, obtém os melhores frutos.

2. Mantenha as coisas sobre seus amigos e família em segredo

Tudo aquilo que pertença a esferas alheias às nossas não é nosso território e, portanto, não se compartilha.

  • Isso é algo quase “vital”: o que tenha a ver com amigos, família, e inclusive companheiros de trabalho é como um tesouro privado que é preciso proteger.
  • Nada disso pode ser revelado a terceiras pessoas. Nada disso deve ser exposto. Nada do que eles tenham passado, sofrido, vivido, rido ou chorado, pode simplesmente escapar para terceiros.
  • Ainda, é conveniente exigir a mesma coisa aos outros: ninguém pode falar aos outros sobre as nossas intimidades.
    É um princípio de reciprocidade que diz muito sobre as pessoas e que, portanto, devemos praticar.

3. É melhor não compartilhar as intimidades da nossa vida afetiva

Não deveríamos fazê-lo mas, em ocasiões, quando temos uma amizade com alguém, não hesitamos em falar de nossa vida sexual, ou de detalhes íntimos e privados que experimentamos com nosso parceiro.

Pode ser que a princípio pareça algo normal e até divertido, ou reflexo de uma boa amizade estabelecida com alguém.

Porém, na medida do possível, é preferível não cair nesta deriva de revelar esses aspectos ou detalhes que só cabem ao próprio casal.

Não há problema algum em comentar certos pontos do relacionamento, se somos felizes ou não, que coisas fazem parte da nossa rotina diária.

Porém, como dissemos, há terrenos que têm campos vetados, por um princípio básico e essencial de respeito à outra pessoa que amamos.

4. Muitos dos seus pensamentos deveriam ser só seus

Há certos aspectos de nosso universo pessoal que não só não é conveniente expor para revelar a alguém, mas muitas vezes nem podem ser explicados.

  • Há vezes em que experimentamos determinadas sensações, intuições, que não podemos definir.
  • São elas que fazem, por exemplo, com que evitemos certas pessoas, que escolhamos um caminho ao invés de outro, ou que, em um dado momento, precisemos ir embora de um lugar, ou comprar certas coisas, ou fazer aquilo outro.
    Há realidades que simplesmente ocorrem “porque sim e sem mais”, e que não há como explicar. Caso o façamos, o mais provável é que não nos entendam ou que inclusive formem uma imagem errada de nós.

5. Suas virtudes, seus atos nobres, seus atos heroicos

Em 2001 reanimei um homem que havia sofrido um afogamento na praia. Cuidei da minha mãe com Alzheimer até que ela faleceu, fiz isso e aquilo outro dia.

Me preocupo todos os dias que meus avós tenham a geladeira cheia e a casa em condições. Colaboro com entidades que ajudam países de terceiro mundo. Já resgatei 10 animais abandonados…

Mais do que manter esses dados em segredo, o mais adequado é “não vestirmos medalhas”, sermos discretos, nos mantermos humildes.

Em nosso dia a dia há milhões de heróis e de boas pessoas cumprindo com estes mesmos atos, que longe de serem heroísmos, são ações normais que todos deveriam realizar.

São fatos que, por sua vez, enriquecem a nós mesmos e que recompensam o próprio coração, não o dos outros.

Portanto, não precisamos exibi-los e, às vezes, tampouco comentá-los. Fizemos e fazemos o que deve ser feito, e essa é a realidade autêntica.

Uma realidade que, às vezes, só nós entendemos em profundidade…

Fonte indicada: Melhor com Saúde

Silenciar, não dizer o que pensa, fere tanto quanto usar palavras ofensivas.

Silenciar, não dizer o que pensa, fere tanto quanto usar palavras ofensivas.

Título original: Bem-dizer, Mal-dizer

Desejo falar do silêncio corrosivo, daquele que machuca, que deixa o outro no vácuo. Silêncio utilizado por pessoas “passivo-agressivas”; por meio da negativa, da recusa em expor o que pensam ou sentem têm como intuito não corresponder à solicitação do outro que necessita de esclarecimento. Podemos inferir um caráter retentivo e agressivo, motivado por uma diversidade de sentimentos.

Francoise Dolto, pediatra e psicanalista francesa, chegou a definir violência como: “não se diz ou não se diz mais”.

O silêncio, quando resposta à solicitação do outro, sustenta uma negativa e fica para quem pergunta a certeza da não-aceitação, do não querer o diálogo e o envolvimento de forma alguma. Quantas são as ocasiões, numa relação afetiva, em que um dos parceiros nega-se a dialogar e discutir a relação, ou simplesmente escuta o que o outro lhe diz e NADA responde?

Isso mata qualquer vínculo amoroso, machuca profundamente qualquer ser humano, principalmente, se a outra pessoa está, a seu modo, tentando resolver as diferenças de pensamento.

Silenciar, não dizer o que pensa, fere tanto quanto usar palavras ofensivas.

Mesmo acreditando em que quem pergunta pode não estar preparado para escutar o que deve ser dito, isso não é motivo para deixar a pessoa no vácuo. Dar uma resposta, dialogar, confirmar ou não a fala do outro é respeito, é consideração.

Há também aquele silêncio que faz um estrago enorme na alma de quem o pratica: o silêncio autoinfligido; a pessoa cala emoções, provocando impedimentos à expressão do que sente por medo e insegurança.

É como água parada, não tem como produzir vida. Mágoas, rancores, doenças físicas e psíquicas são desenvolvi- das como consequência.

Dr. Freud já alertava no século passado: “falar cura”.

O mesmo “mal dito” pode ocorrer frente a um fato ou acontecimento socialmente injusto. Falar, mostrar, confrontar-se não é delação. É não compactuar com o errado, com a injustiça ou qualquer outro mal que prejudica o viver em coletividade.

Não há porque não acreditar, não há porque desistir de dialogar frente às diferenças de opiniões; basta saber falar e não vomitar com ira o que estava represado por muito tempo.

Isso é saudável e uma ótima oportunidade para aprimorar nossas comunicações, equilibrar as emoções e sermos mais humanos perante o outro e o mundo.

Imagem de capa: StockMySelf/shutterstock

Eu tinha deixado de acreditar no amor, até que conheci você

Eu tinha deixado de acreditar no amor, até que conheci você

Às vezes não há aviso algum. Nenhuma pista, nenhum sonho premonitório, nenhuma intuição. Aquilo que parece só mais um dia, um dia comum, é o dia em que o amor o alcança. Você ainda não enxerga sincronicidade, encontro de dois caminhos, início de uma história que será contada pela eternidade. Mas acontece. Do nada. Sem aviso algum. Apenas como um “teste” da vida para saber se você sabe reconhecer delicadezas. Sem perceber que foi eleito, você pode recusar a sorte que lhe sorri e continuar acreditando que o mundo está cheio de almas vazias para o seu querer. Ou, atento à clandestinidade da felicidade, pode reconhecer os sinais e por um instante de descuido, permitir que o amor o alcance.

Por mais decepcionadas e blindadas que as pessoas estejam, não se pode generalizar as derrotas do amor. Nem todo mundo está fazendo hora com você, nem todo mundo quer te usar para depois descartar, nem todo mundo está tão machucado que não quer se envolver. Ainda acredito que há pessoas dispostas a andar de mãos dadas, a assumir compromissos, a investir num encontro até que o tempo mostre que ali há uma vocação para o amor. Ainda acredito em investimento emocional, parceria, cumplicidade, envolvimento. Insisto em não desistir de acreditar em afinidades, que vão desde uma cerveja compartilhada numa tarde quente até a disposição para conhecer e começar a gostar de séries policiais no Netflix. Posso parecer ingênua e excessivamente otimista, mas ainda tenho fé num tipo de sentimento que começa num encontro tímido e, com muita vontade e coragem, vai se tornando, pouco a pouco, dia a dia, em amor construído, batalhado, valorizado.

Eu tinha deixado de acreditar no amor, até que conheci você. Mais do que dizer que eu era a mulher da sua vida, você me fez entender que eu poderia ter um tipo de amor que eu não sabia que existia. Um tipo de amor que me assegurava possibilidades novas, até então desconhecidas para mim. Sabe, eu tinha me acostumado a aceitar pouco. Eu tinha me habituado a ter em minhas mãos migalhas. Eu tinha aprendido que deveria me sentir grata por qualquer pontinho de afeição direcionado a mim. Eu não sabia que poderia ter mais. Não sabia que havia alguém disposto a me acompanhar sem reclamar, sem impor condições, sem pedir algo em troca. Não sabia que era possível ser amada dessa maneira. Não imaginava que poderia encontrar alguém que segurasse minha mão com tanta força e ternura que eu nunca mais teria medo de não ser amada.

Eu entendia o amor errado. Imaginava que amar era um jogo que oscilava entre perdas e ganhos. Imaginava que a sensação de estar numa montanha russa emocional me tornava mais “viva”, mesmo que isso custasse noites com o travesseiro molhado de lágrimas. Eu precisei me despir de meus medos e aceitar que poderia ter alguém diferente de tudo o que eu já havia conhecido antes. Alguém que estava disposto a atravessar as tempestades junto comigo e tornar meu caminho menos sinuoso.

Era preciso que eu voltasse a acreditar no amor. Era preciso que eu descobrisse que era possível encontrar alguém com quem poderia compartilhar pequenas ou grandes histórias, momentos delicados ou grandiosos, alegrias serenas ou arrebatadoras, tristezas miúdas ou generosas. Era preciso que eu entendesse que reciprocidade não se trata apenas de ligar no dia seguinte ou responder a uma mensagem carinhosa. Tudo isso faz parte, é claro, mas também se trata de ter real interesse na sua vida, orgulho de suas conquistas, parceria, respeito, investimento de tempo e sentimento. Era preciso que eu encontrasse você. Era preciso que eu te amasse como eu te amo e aprendesse, de uma vez por todas, que o amor se constrói no dia a dia, somando pequenas delicadezas, diminutas concessões, miúdas gentilezas e abundante dedicação.

Imagem de capa:  alessandro guerriero/Shutterstock

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