Falando com sinceridade…

Falando com sinceridade…

Não ando com muita paciência sobre uma situação que tem ocorrido com relativa frequência.

Pessoas telefonam perguntando qual a minha linha de atuação como Psicóloga, pois foram orientadas, por alguns profissionais da área da saúde, que deveriam buscar por um psicólogo(a) que atuasse numa determinada modalidade de atendimento clínico.

Primeiramente, pergunto se esses profissionais têm conhecimento profundo sobre os objetivos de uma Psicoterapia; em segundo lugar, penso que tal orientação somente revela uma incompreensão profunda sobre o ser humano.

Por que digo isso? Porque, cada pessoa é única, singular; cada indivíduo tem um idioma pessoal. Desta forma é impossível colocar a teoria em primeiro lugar. Grandes estudiosos da psique humana como Freud, Winnicott, Lacan, Bion desenvolveram teorias tendo a experiência clínica como norteadora de suas posições teóricas, nunca ao contrário.

O ser humano não cabe dentro de uma teoria, não tem natureza genérica, não é uma abstração. Por ser Uno deve ser compreendido em sua complexidade e transcendência e a situação clínica deve acolher e se adequar a essa singularidade.

Assim sendo, o que a pessoa necessita é encontrar um analista que não tente colocá-lo dentro de um determinado padrão reducionista, achatando-a para que se adapte em teorias postuladas. Isto é comportar-se como Procusto, no famoso mito grego criado como metáfora para imposições de um padrão tido como o correto.

Procusto era um bandido que vivia na serra de Elêusis. Em sua casa, tinha uma cama de ferro, com seu exato tamanho, na qual convidava todos os viajantes a se deitarem. Se o hóspede fosse demasiado alto, ele amputava o excesso de comprimento para ajustá-lo à cama, e o que tinha pequena estatura era esticado até atingir o comprimento suficiente.

Uma relação de acompanhamento psicoterápico deve ser construída à medida que o indivíduo vai revelando e desvelando suas peculiaridades. O bom profissional, ciente disso, busca o conhecimento em vários aportes acadêmicos, atenta-se em estabelecer um adequado vínculo com a pessoa, assim como cria um setting (espaço apropriado para que a relação aconteça.

Somente ele, o paciente, é que tem o conhecimento sobre si mesmo, mas que, numa determinada situação de sofrimento psíquico, precisa do auxilio de um profissional.

Acredito na Clínica da Pessoa que implica reconhecer o outro na sua alteridade e numa posição ética, onde o lugar do analista é acompanhar e não educar a manifestação própria de cada pessoa.

O Prof. Dr.Gilberto Safra afirma: o que necessitamos para as ciências humanas não são teorias, mas Escolas de Compreensão, pois somente assim haverá possibilidade de superar a abordagem do ser humano como um “Caso”.

Desta forma, acredito no “fazer clínico” como a arte de compreensão da Pessoa como Ser de sentido e que cria sentidos.

Imagem de capa: wavebreakmedia/shutterstock

5 perguntas a serem feitas antes do divórcio

5 perguntas a serem feitas antes do divórcio

Normalmente as pessoas se preocupam com as perguntas que devemos nos fazer para garantir um casamento feliz: se há afinidades, se as diferenças de temperamento poderão se tornar um problema no médio prazo e por aí vai. No entanto, mesmo depois de anos de convivência, na hora em que o relacionamento parece estar indo para o vinagre, pouca gente se dispõe a fazer um levantamento desapaixonado de prós e contras sobre a situação antes de partir para a separação. Será que há também um roteiro para se chegar a um diagnóstico mais isento sobre a relação? Foi o que o jornal americano “The New York Times” fez na semana passada, ouvindo especialistas de diferentes áreas. Das 11 perguntas selecionadas pela publicação, separei cinco que merecem uma boa dose de reflexão. Antes de procurar um advogado, vale se debruçar sobre esses temas, principalmente porque o estresse causado por uma separação só perde para a morte de um cônjuge.

O estresse causado por uma separação só perde para a morte de um cônjuge.

1) Você tem certeza de que suas preocupações e queixas sobre o relacionamento foram devidamente comunicadas? – a terapeuta de casal Sherry Amatenstein afirma que a maioria só ouve mesmo de 30% a 35% do que lhes é dito. E muitas vezes a pessoa prefere se calar e alimentar o ressentimento em vez de pôr todas as cartas na mesa. Isso inclui as expectativas em relação ao papel de cada um, como, por exemplo, quem vai ser o provedor da casa. Talvez ainda dê tempo de dizer ao outro o que está entalado na garganta.

2) Se há um meio de salvar o casamento, qual seria? – o exercício é proposto pelo reverendo Kevin Wright: faça uma coluna com a lista do que seria preciso para salvar a relação; e outra com o que sua mulher (ou marido) deveria fazer. Os dois têm que realizar o mesmo exercício separadamente. Talvez vocês descubram que concordam mais do que discordam e possam trabalhar nisso.

3) Você tem certeza de que será mais feliz sem a pessoa que está a seu lado? – a convivência é feita de inúmeros fatores. Às vezes o sexo está deixando a desejar, mas a companhia e a família superam a falta de intimidade física. A questão é: o que é mais importante na sua vida? Eventualmente, pode até existir amor, mas o dia a dia é um inferno e a separação pode ser o melhor caminho.

4) Qual é o seu maior medo ao terminar o relacionamento? – será que é ficar sozinho pelo resto da vida? Afastar-se dos filhos? Ser prejudicado profissionalmente? Ter clareza sobre os temores também influencia a decisão. De novo, trata-se de saber o que é mais relevante. É claro que a perspectiva de um divórcio aumenta o sentimento de fracasso, mas o pior é seguir em frente numa vida miserável a dois.

5) Você está preparado para o estresse financeiro e as mudanças na rotina que um divórcio traz? – a psicoterapeuta Nancy Colier diz que aconselha aos pacientes que pensem logo na questão material e façam uma previsão realista do baque nas finanças. De um dia para o outro você pode ter que se responsabilizar por pagamentos que nem acompanhava; ou ter que monitorar a vida escolar dos filhos.

Por último, mas não menos importante: quanto mais você souber sobre os motivos por que está se separando, mais chances terá de não repetir o erro numa próxima. “

Fonte indicada: G1

Imagem de capa: Roman Samborskyi/shutterstock

Como não perder uma mulher incrível!

Como não perder uma mulher incrível!

Aquele texto que todas nós queríamos ter mandado para aquele idiota que não nos deu valor!

Já perdi as contas de quantas vezes ouvi garotas maravilhosas me dizerem que desistiram do amor, que não há homens a fim de compromisso por aí, que os homens andam por demais infantis ou que preferem ficar sozinhas a aturar outro relacionamento furado e frustrante.

Bem sei que a essas alturas já haverá uma porção de “caras legais” torcendo a boca ou o nariz para esse texto, e com os dedinhos já coçando para escrever um monte de impropérios nos comentários. Faz parte…

A verdade quando pega, atinge e faz sentido… dói. E eu sei que deve haver uma porção de homens de verdade perdidos por esse mundo, que também andam penando com relacionamentos que não dão em nada. É fato! Há também uma legião de mulheres que parecem ter congelado no tempo.

Desesperadas para impedir o passar dos anos, muitas mulheres acreditam de verdade que precisam deter o relógio; que precisam ter um par de seios perfeitos, uma barriga negativa, pele de porcelana, sobrancelhas definidas, cílios que parecem asas de borboleta, mais a boca da Angelina Jolie e sabe-se lá mais que outras modas podem ter surgido de ontem para hoje.

O problema. O grande problema é que uma mulher que de fato acredita que precisa disso tudo para ter afeto, para ser desejada, para ser feliz… reduz a sua vida a isso também. Cria-se uma ideia louca e facilmente comprada de que a nossa casca vale mais do que tudo nessa vida.

Puxa vida! Estaremos todos perdidos a procura de outros perdidos?!

Vamos mesmo continuar perpetuando essa ideia destruidora da perfeição do corpo, do cabelo, da curva da sobrancelha, do formato das unhas, em detrimento de uma alma legada a segundo plano?

Pois é… a questão é que eu também estou cansada de ver mulheres que se queixam por não terem sorte no amor, por não serem levadas a sério; e que, de forma contraditória, vendem uma imagem fútil e volátil postando fotos e vídeos; lives e stories de maneira quase compulsiva… Expondo ideias? Não!!!! Expondo o corpo esculpido na academia e submetido a baixas ingestões de carboidratos. Expondo a curva do seio perfeito entalhada pelo cirurgião plástico. Expõe-se a casca e busca-se a valorização da pessoa! Faz sentido? Nenhum!!!!

Queridos e queridas pessoas desiludidas desse mundo… Vamos acertar o passo? Vamos tentar, nem que seja um pouquinho, alinhar ação e discurso?

Porque tudo bem querer apenas se divertir e arrumar vários “crushes”. Há quem viva feliz assim… por um tempo ou pela vida toda. Vai de gosto, não é mesmo?!

Entretanto, fica imensamente difícil encontrar o amor dos sonhos, pulando de galho em galho, sem ter tempo de conhecer o outro.
Amor é iguaria, não é fast food!

Então… sabe aquela mulher incrível que foi perdida lá em cima no título? E sabe aquele idiota que a perdeu lá em cima no subtítulo? São apenas pessoas lindas, perdidas e iludidas, tentando encontrar o caminho.

Imagem de capa meramente ilustrativa: cena do filme “De repente é Amor”.

Preciso contar para vocês como a religião destruiu a minha família

Preciso contar para vocês como a religião destruiu a minha família

“Esses dias encontrei minha mãe na farmácia e ela me ignorou, como uma estranha. Quando eu me tornei dissociada na igreja que frequentava eu sabia que minha mãe não aceitaria facilmente, mas eu nunca imaginei que ela me ignoraria. Já sofri muito e até pensei em tirar a minha vida nos momentos mais difíceis. Hoje estou bem, estou grávida e sei que minha escolha foi a correta, mas existe uma cicatriz imensa dentro de mim e ela é fruto de um corte profundo que foi causado por anos e anos em que eu estive em lugares que não gostaria e fiz coisas de maneiras que não foram minhas escolhas. Para ser “eu” tive que abrir mão de um nós que ainda faz muita falta, mas a minha vida teve que vir primeiro. Ela é a única que eu tenho ”

Relatos de dor, como o apresentado acima, são exemplos de como coisas acontecem em nichos específicos da sociedade, sem que nós nem mesmo façamos ideia.

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A Lei 9.459, de 1997, considera crime a prática de discriminação ou preconceito contra religiões. A liberdade religiosa deve ser respeitada, tendo como princípio a imparcialidade em assuntos religiosos, não apoiando ou discriminando nenhuma religião, com fulcro no artigo XVIII da Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinada em 1948, sendo esta uma garantia constitucional, conforme dispõe o artigo 5º, inciso VI, da Constituição Brasileira de 1988. (Fonte)

Entretanto, continuando o relato acima: “Assistindo ao programa do Pedro Bial sobre suicídio refleti muito sobre um tema que sou sempre incentivada a não me expor. Sempre defendi temas como LGBTs, lutas contra o racismo, direitos a liberdade e igualdade, mas me calei sobre o tema que pega diretamente a mim: Intolerância religiosa, fanatismo e suas consequências. Mas hoje, baseada em tudo o que tenho passado e na minha capacidade de fala, que venho resgatando aos poucos, quero e preciso falar.”

A FALTA DE OPÇÃO

“Durante anos fui Testemunha de Jeová. Por opção? Escolha? Não! Obrigação! Ou era isso ou era seguir meu caminho… por medo do abandono emocional e medo de um Deus assassino, cedi… adoeci, desenvolvi transtorno de ansiedade, quase pirei…”

Apesar da lei respaldar a liberdade de credo, característica de um país LAICO, quando você nasce em uma família religiosa ou é uma criança e faz parte de uma família que segue uma determinada linha religiosa, você, automaticamente, também é direcionada para o mesmo caminho que seus pais acreditam que é o melhor e mais correto para você. ( Referência para consulta)

Mas a criança, à medida que cresce, também desenvolve seus próprios traços de personalidade. Na escola, quando inserida junto aos outros pares da sociedade, ela vê e sente as diferenças de hábitos e costumes. Ela se compara, e sente, e sofre quando não se percebe incluída ou quando não pode participar das atividades que são usuais no grupo.

A INFÂNCIA CERCEADA PELO MEDO E PELA CULPA

Todas as crianças que são Testemunha de Jeová são orientadas a esperar pelo fim do mundo desde início. Pesa, sobre elas, a ideia de que o mundo pode acabar a qualquer momento e que, se cometerem atos que contrariem as escrituras, elas não serão salvas. Para uma criança, que ainda possui o pensamento concreto, a ideia de ser destruída por um “Jeová” punitivo, pode ser devastadora. Além disso, o sentimento de exclusão na escola, ao não poder participar de aniversários (e nem cantar parabéns para os amigos), não poder comemorar datas consideradas pagãs, como Páscoa e Natal, sempre com desejo de ser inserido e imediata culpa por desejar o proibido.

NA JUVENTUDE

Se as crianças possuem uma dependência direta dos pais, na adolescência, com o aumento gradativo da autonomia e do questionamento, fica ainda mais difícil permanecer em um grupo religioso onde a identificação não é pessoal e voluntária.

Os Testemunhas de Jeová, por exemplo, apenas aceitam namoro com pessoas da mesma religião. Não são admitidos contatos íntimos e até mesmo a autoestimulação é altamente condenada. Por condenação, entendam, não estamos falando de alguém passar um sermão. Estamos falando da expulsão da igreja.

A ARBITRARIEDADE DAS REGRAS

Mas, se por um lado, existe essa rigidez quanto a pureza, a fidelidade dos casais e ao pertencimento, o mesmo parece não acontecer com casos de violência doméstica, por exemplo. Relatos indicam que a orientação dos anciões, em tais casos, seria para, na negativa da parte agressora e na presença apenas de uma acusação, deixar o julgamento para Jeová. Logo, a comunidade religiosa estaria se omitindo de proteger a parte mais fragilizada de seus membros e, ao contrário disso, reforçando seu ciclo de violência. (ver referência). Recentemente também temos visto polêmicas internacionais também envolvendo abafamento de casos de abuso de crianças.

E QUANDO ALGUÉM DECIDE SAIR?

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Uma das maiores agressões dessa religião aos seus membros, ex-membros e familiares, parece que vai além da polêmica da transfusão de sangue, mas está relacionada a escravização das pessoas utilizando-se de seus vínculos emocionais. (ver referência)

Todos sabemos que um dos maiores alicerces da vida de qualquer ser humano é a sua família. Logo, privá-lo de seu convívio, pode trazer prejuízos devastadores.

Quando uma pessoa  opta por ser “dissociada” da igreja, seus familiares e todos os amigos com quem ela conviveu por toda a vida, são orientados e literalmente proibidos de manter qualquer contato com ela.

“Eu, assim como um menino gay que não é aceito, também não era por não ser mais uma testemunha de Jeová. Qdo resolvi seguir meu caminho, escolher outra crença, minha mãe me deu um intimato: ou volta pra Jeová ou vc não pode mais frequentar minha casa… ela fez isso comigo e com a minha irmã. Pra quem não sabe, testemunhas de Jeová são proibidas de conviver com membros familiares que são desassociados do grupo. Isso foi agora, no início de minha gestação… como estou, como meu filho ficou? Como minha irmã e seus filhos ficaram? Esses dias a encontrei na farmácia e ela me ignorou, como uma estranha.”

LAVAGEM CEREBRAL

Segundo o sociólogo e psicanalista Jackson César Buonocore, “o conceito de lavagem cerebral é definido como – um método – cujo o objetivo é mudar certas atitudes e crenças de pessoas ou grupos, através de técnicas agressivas de persuasão.”

No caso dos Testemunha de Jeová, os seus integrantes são desestimulados a frequentar faculdades, pois devem ler apenas a Bíblia e o material publicado pela Sociedade Torre de Vigia, como a revistas “Sentinela” e “Despertai”. Como se consideram “a organização cristã verdadeira”, não aceitam qualquer outra religião e nem o convívio com pessoas que não exerçam a mesma fé que eles. Essa base, que aparece claramente em sua literatura impressa, deixa claro que pessoas que deixam a igreja não devem nem mesmo ser cumprimentadas, porque falar com elas pode estimular aproximação e amizade. Logo, não se pode ler o que não é da igreja, não se pode criticar o que é da igreja e não se pode ter relações com quem não é da igreja mediante risco de expulsão. Seria isso lavagem cerebral? Deixo a conclusão para o leitor.

DANOS PSICOLÓGICOS

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As pessoas que optam por serem dissociadas  ou foram desassociados (expulsos da igreja por terem pecado e não pedirem misericórdia) sofrem com a ausência dos seus afetos. Não é incomum o sentimento de solidão, culpa e desamparo.

“Hoje faço parte de alguns grupos de ex testemunhas de Jeová, que sofrem ostracismo familiar por não serem da mesma crença, serem desassociados… e conheço muitos casos de suicídio, depressão, vários transtornos por serem abandonados por seus entes… já pensei em suicídio? Simmmm…”

Logo, relatos de sofrimento psíquico e adoecimento são muito frequentes.

Outro ponto de vista, além do desassociados é do das famílias onde um de seus membros tornou-se Testemunha de Jeová e foi afastado de seu convívio.

Há alguns anos acompanhei em um serviço público de saúde, como psicóloga, o caso de uma mãe que, após o casamento de sua filha de 18 anos com um membro da igreja, foi totalmente afastada de seu convívio. A filha era proibida pelo marido e seus familiares de receber suas visitas e telefonemas. A mãe desenvolveu um quadro de depressão e tinha, na época, pensamentos suicidas.

INFORMAÇÃO IMPORTANTE: Não se combate injustiça fazendo injustiças

Todos nós, ora ou outra, recebemos visitas de pessoas que são membros dessa igreja e hostilizá-las, mesmo frente as injustiças que vemos, nunca é uma opção. Lembrem-se que essas pessoas acreditam que estão fazendo o bem e que estão visitando as casas (eles são obrigados a fazer as visitas) com o objetivo nobre de salvar vidas. Como dito anteriormente, existe um envolvimento de todo um grupo social, laços de amizade e família que pode estar atrelado a essas pessoas por gerações. Entretanto, não destratá-los, não nos obriga a concordar com eles e muito menos a sermos coniventes quando presenciamos injustiças.

ASPECTOS POSITIVOS DA RELIGIÃO

Enfatizo que esse não é um texto contra a religião e sim contra práticas religiosas que causam sofrimento e exclusão.

Alain de Botton, é um filósofo e escritor suíço residente em Londres. É o autor do livro internacionalmente conhecido “Religião para Ateus”. E, embora seja ateu, em seu livro exaltou os benefícios que os homens têm a partir de sua vida religiosa. De maneira geral, esses benefícios estão relacionados ao apoio e união comunitária, ao sentimento de pertencimento. As religiões, segundo ele, também se justificariam por serem um grande auxílio na necessidade de um controle moral e de lidar com diferentes graus de dor, que surgem da nossa vulnerabilidade ao fracasso profissional, a relacionamentos problemáticos, à morte de entes queridos e a nossa decadência e morte.

A PROBLEMÁTICA

O problema começa quando a religião deixa de ser fonte de união e construção de valores para, utiliza-se violência psicológica, e passa a incentivar a exclusão de seus pares a partir da intolerância frente à diferença. Nós podemos compreender e respeitar um pensamento que foi escrito dentro de seu momento histórico, mas acreditar que ele será válido, sem variações, séculos depois, não pode trazer nada além do alienamento.

Para saber mais sobre o tema veja o vídeo.

A MENSAGEM DA FILHA QUE FOI REJEITADA

“Deus é amor, ele está onde está o amor. Hoje, não tenho contato com meu irmão mais velho pelo mesmo motivo que com minha mãe, e dói ver como o fanatismo religioso acabou com minha família!!! Meu Deus é o sorriso do meu filho todos os dias, é minha família, é o privilégio de gerar uma vida!!! Cuidado com suas escolhas!! Muitas pessoas podem pagar por isso… e gostaria de deixar o meu muito obrigada aos meus companheiros e amigos que encontrei nessa mesma luta que eu: a luta de poder ser quem eu sou e ser amado por isso! Intolerância mata! Seja qual for!”

***

Todas as imagens são de Por kang hyejin/shutterstock

Nota da página: As falas apresentadas entre aspas e em itálico são de uma jovem desassociada e foram utilizadas para exemplicar os sentimentos das pessoas que passam por situações semelhantes.

E vocês, leitores? O que pensam sobre assunto? Já passaram por situações similares ou muito diferentes?

Por favor utilizem os comentários para falar de seus exemplos e posicionamentos sobre o tema. 

Têm pessoas que não querem amar, querem apenas saber que tem alguém ao seu lado.

Têm pessoas que não querem amar, querem apenas saber que tem alguém ao seu lado.

Apenas isso.

O comportamento revela que, na verdade o que elas querem mesmo é a boa companhia, a energia da pessoa por perto, o apoio, o carinho e não amor, ou relacionamento e planos.

Sim, nem tudo é como se quer. É possível se frustrar nesse negócio de relações humanas. Por isso é bom ficar atento aos sinais!

Existem pessoas que despertam uma maior afinidade, química, enrosco, aquele “algo a mais.” A partir destes sentimentos é normal pulsar o desejo de se construir algo juntos, levar adiante aquele encontro rico de bom papo, boa química, bom beijo e companhia… Mas aí vai desenrolando a trama e é possível realizar que nem tudo é como parece.

Têm pessoas que não buscam conexão, não querem contato profundo, e não estão interessadas em fazer o outro feliz, em ama-lo! São rasos. Vão até a página dois.

São capazes até mesmo de magoar por ignorar os sentimentos do outro, de não saber dar atenção e ser recíproco. São capazes de traição, sem remorso.

Esse tipo de pessoa não costuma se interessar. No seu repertório não existe o “Como você está” ? A relação nunca será de um interesse sincero .
Elas são egoístas. Pensam apenas em seus sentimentos e podem até mesmo manipular uma relação para tirar o melhor proveito para si.

São pessoas sem amor-próprio que acabam usando da energia de qualquer um para se fortalecerem e por isso também se passam de bons amigos, bons parceiros, mas no fim , estão apenas usufruindo dos seus interesses.

E se deparar com pessoas assim pode ser uma grande cilada, pois de início é possível achar que tudo não passa de viagem do ego. Que a falta de interesse e cuidado é porque é do tipo desligado mesmo ou que isso não tem importância… É bom saber quando a reciproca é verdadeira ou se esta numa grande emboscada emocional!

Ser apenas um doador de boa energia não faz ninguém especial, pelo contrário. Uma boa relação se constrói juntos. Ambos no mesmo caminho.

É bom estar atento a estas pessoas. Elas não querem amar querem apenas alguem por perto para saber que não estão sozinhas sem ao menos se dar o trabalho de cultivar uma boa relação.

Quando não sai da forma que se deseja é bom parar. Nunca ache que merece menos. O amor deve existir de forma real e interessada! As vezes não é viagem do ego, é mesmo uma relação de mão única, e esse caminho não leva a lugar algum.
Fica a aquela máxima ” Antes só que mal acompanhado”!

Anieli Talon

Imagem de capa: Reprodução

Ser chique – Sempre

Ser chique – Sempre

Por Gilka Maria

Nunca o termo “chique” foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.

A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.

Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro Italiano.

O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.

Chique mesmo é quem fala baixo. Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.

Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.

Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuações inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.

Chique mesmo é parar na faixa de pedestre e evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.

Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador. É lembrar do aniversário dos amigos.

Chique mesmo é não se exceder jamais! Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.

Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor. É “desligar o radar” quando estiverem sentados à mesa do restaurante, e prestar verdadeira atenção a sua companhia.

Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.

Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite!

Mas para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos retornar ao mesmo lugar, na mesma forma de energia.

Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não te faça bem.

***

Imagem de capa: Reprodução

Nota da página: em 06 de maio de 2018 fomos informados que a verdadeira autoria do texto é de Gilka Maria e não de Glória Kalil.

Amiga, a ciência afirma que nem os seus óvulos aceitam qualquer parceiro. Por que você aceitaria?

Amiga, a ciência afirma que nem os seus óvulos aceitam qualquer parceiro. Por que você aceitaria?

Se, no mundo moderno, a cada dia a mulher se torna mais e mais a protagonista da sua história pessoal, a ciência revela que geneticamente ela nunca foi “passiva”.

Ao contrário do que há muito se pensa, um novo estudo realizado em Seattle, nos Estados Unidos, comprova que os óvulos não são as células passivas e que não é verdade que a corrida da fecundação é determinada apenas pelos espermatozoides. Segundo os cientistas, os óvulos são capacitados para escolher os espermatozoides com a melhor carga genética, na tentativa de garantir saúde do feto a ser gerado.

O que sempre se acreditou é que a reprodução começava com uma corrida na qual os espermatozoides eram os competidores e o óvulo figurava meramente como a “linha de chegada” – quem primeiro chegasse seria, assim o vencedor.

Com a nova teoria resultante da pesquisa, as coisas não seriam assim tão simples para o competidor espermatozoie. Além da corrida, ao sagrar-se vencedor, seria submetido ao exame genético por parte do óvulo. Os cientistas também perceberam que os gametas masculinos não são recrutadores – ao contrário dos femininos, eles não têm habilidade de detectar genes ruins. Não se trata, assim, conforme afirma Joe Nadeau, do Pacific Northwest Research Institute´ e responsável pela pesquisa, de uma combinação aleatória. Segundo ele, seria “o equivalente a escolher um parceiro”.

A teoria de Nadeau faz com que pensemos na “importância da escolha”, pois, se até os óvulos exercem o seu poder de decisão, quanto mais podemos esperar da livre deliberação da mulher quando aos seus parceiros sexuais e também os seus parceiros de vida.

Aceitar parceiros de alma apequenada, de caráter débil e que muitas vezes se valem da força física para abusar, de todos os modos, de suas parceiras não está na predisposição genética feminina, ao menos não o está se levarmos em consideração o que diz essa pesquisa sobre a genética.

Que a permanência desses pseudo machões em nossoas vidas esteja com os dias contados.

Com informações da Revista Superinteressante. Via Revista Pazes.

Imagem de capa- uso editorial: MR.Yanukit/shutterstock

Você conhece a parábola sobre o julgamento apressado? Pois deveria.

Você conhece a parábola sobre o julgamento apressado? Pois deveria.

Uma garota segurava em suas mãos duas maçãs. Sua mãe entrou e lhe pediu com uma voz doce e um belo sorriso:

– Querida, você poderia dar uma de suas maçãs para mamãe?

A menina levanta os olhos para sua mãe durante alguns segundos, e morde subitamente uma das maçãs e logo em seguida a outra.

A mãe sente seu rosto se esfriar e perde o sorriso. Ela tenta não mostrar sua decepção quando sua filha lhe dá uma de suas maçãs mordidas. A pequena olha sua mãe com um sorriso de anjo e diz:

– A mais doce é essa!

contioutra.com - Você conhece a parábola sobre o julgamento apressado? Pois deveria.
Por Sergey Kaliganov/shutterstock

Pouco importa quem você é, que você tenha experiência, seja competente ou sábio. Espere para fazer seu ‪‎julgamento. Dê aos outros o privilégio de poder se explicar. Mesmo que a ação pareça errada, o motivo pode ser bom. Pense nisso!

Imagem de capa: Petr Bonek/shutterstock

Certas pessoas devem ficar lá onde as conhecemos: no passado

Certas pessoas devem ficar lá onde as conhecemos: no passado

Muitas pessoas passarão pelas nossas vidas, mas poucas ficarão de verdade. Existem amigos para uma vida toda, amigos para momentos específicos e amigos que o tempo e a saudade levam. Algumas delas, por mais que desejemos, não poderão permanecer em nossas vidas; já outras, teremos que fazer de tudo para expulsá-las de perto de nós. É desse jeito.

Infelizmente, muita gente é movida por interesse, apenas se aproximando de quem possa lhe oferecer algo em troca, algo que atenda às suas necessidades materiais e de status, por exemplo. Poderemos estar apenas servindo como peças de xadrez nas mãos de certos indivíduos que nos descartarão, assim que tivermos atingido o propósito deles, assim que não tivermos mais serventia alguma.

Nós nos enganamos muito com quem chega a nossas vidas, principalmente porque costumamos julgar o coração dos outros de acordo com o ritmo de nossos corações. É assim que a gente se estrepa, é assim que a gente se machuca com decepções em relação a quem julgávamos o oposto do que acaba por se mostrar. A gente confia, a gente se abre, a gente se doa e, de repente, o outro usa o nosso melhor da pior forma possível e contra nós mesmos.

Esses tombos serão inevitáveis na vida de todos nós. Uma ou outra hora, acabaremos nos deparando com uma faceta inesperadamente negativa das pessoas e o mundo parecerá desabar sobre nossas cabeças. Caberá somente a nós aprender com aquilo tudo e reunir forças para que erros como aquele não mais se repitam, para que não tragamos para nossas vidas quem não compartilha, não soma, não agrega, não ama.

Por essa razão é que devemos valorizar ainda mais as pessoas que ficam em nossas vidas com verdade e afeição sincera, sem cobranças, sem melindres, com um único interesse: partilhar amor verdadeiro. As demais, aquelas que decepcionam e fazem doer, que fiquem apenas, quando muito, como uma lembrança do que não queremos mais, uma lembrança distante, de um passado descartável.

Imagem de capa: Voyagerix/shutterstock

17 reflexões Meryl Streep que mostram o que é ser uma grande mulher

17 reflexões Meryl Streep que mostram o que é ser uma grande mulher

Meryl Streep é uma grande atriz, mas acima de tudo demonstrou ser uma mulher admirável, colhendo sucesso e atraindo admiradores por onde passa. Falamos de uma mulher enigmática, com temperança e caráter, que se tornou um pilar insubstituível no coração de Hollywood e de seus fãs.

Os prêmios e reconhecimentos por seu desempenho e sua carreira são muitos. Streep recebeu vinte e uma indicações ao Oscar, o recorde feminino; ganhou o prêmio por seu papel no elenco de Kramer vs. Kramer, em A escolha de Sofia e em A Dama de Ferro.

Nos Globos de Ouro, ela recebeu trinta indicações, das quais ganhou oito. Além disso, em 2017, recebeu o Prêmio Cecil B. DeMille em homenagem a toda a sua carreira. Outros reconhecimentos importantes que recebeu são: três prêmios Emmy, dois prêmios do The Actors Guild, dois BAFTAs e um prêmio no Festival de Cinema de Cannes. Como podemos ver, seu histórico profissional é impressionante.

17 reflexões de Meryl Streep

Sua crítica a Donald Trump e sua defesa dos direitos das mulheres nos mostram uma pessoa comprometida com o que acontece no planeta. Nestas e em outras afirmações, encontramos sensibilidade, mas também bom senso. Seu olhar vital é transcendental e coerente, de modo que suas reflexões deixam um resíduo de riqueza para aqueles que prestam atenção. Vamos rever algumas delas:

“Que ninguém tire as rugas da minha testa, obtidas pelo assombro diante da beleza da vida; Ou as de minha boca, que mostram o quanto ri e o quanto beijei; e nem as bolsas sob meus olhos: nelas está a lembrança de quanto eu chorei. São minhas e são belas”.

“Já não tenho mais paciência para algumas coisas, não porque me tornei arrogante, mas simplesmente porque cheguei a um ponto na minha vida em que não sinto vontade de perder mais tempo com aquilo que me desagrada ou machuca. Não tenho paciência para cinismo, inveja, críticas excessivas e exigências de qualquer tipo. Perdi a vontade de agradar a quem não me agrada, de amar quem não me ama e de sorrir para quem não quer sorrir para mim. Eu não gasto mais um minuto do meu tempo com quem mente ou quer manipular a mim ou a outras pessoas”.

“Decidi não conviver mais com a pretensão, a hipocrisia, a superficialidade, a desonestidade e os elogios baratos. Eu não consigo tolerar a erudição seletiva e arrogância acadêmica. Eu não suporto conflitos e comparações. Acredito em um mundo de opostos e por isso evito pessoas de caráter rígido e inflexível “.

“Na amizade eu não gosto da falta de lealdade e da traição. Não me dou bem com quem não sabe elogiar ou encorajar as pessoas. Os exageros me aborreceram e tenho dificuldade em aceitar quem não gosta de animais. E, acima de tudo, já não tenho paciência nenhuma para quem não merece minha paciência”.

“Minhas ações são o que me representa como ser humano, não minhas palavras.”

“A gratificação instantânea não chega rápido o suficiente.”

“Minha família vem em primeiro lugar, sempre foi assim e sempre será.”

“Não confunda ter um diploma universitário com ter educação. O título é um papel, a educação é responder quando lhe dão bom dia “.

“A grande dádiva dos seres humanos é que temos o poder da empatia”.

“Sempre leve suas crenças em todas as áreas de sua vida, leve seu coração para o trabalho e espere o melhor de todos.”

“No final, o que importa é o que você sente. Não o que sua mãe lhe disse. Não o que outra atriz lhe disse. Não é o que todo mundo lhe disse, mas sim aquela pequena, mas pulsante, voz dentro você.”

“Prefiro ser rebelde do que escrava. Incentivo as mulheres à rebelião.”

“Algumas pessoas estão cheias de compaixão e do desejo de fazer o bem, e outras simplesmente acreditam que nada fará diferença.”

” Se você tem um cérebro, é obrigado a usá-lo.”

“Você deve aceitar que vai envelhecer. A vida é valiosa e quando você perde muita gente, percebe que todo dia é um presente.”

“Mulheres: não se preocupem com a sua aparência. O que te faz diferente ou bonita é a sua força.”

“A maternidade tem um efeito muito humanizador. Tudo se resume ao essencial. “

“Você tem que continuar fazendo o que faz. É a lição mais importante que aprendi com meu marido, ele sempre diz: Vá em frente, comece pelo começo.“

Estas são algumas das reflexões de vida que Meryl Streep transmitiu à sociedade.

Compartilhar os próprios pensamentos é um grande ato de generosidade. Sem dúvidas, é difícil que algumas dessas palavras não nos seduzam, porque são cheias de lucidez, certeza e simplicidade.

Com informaçãoes de:  A Mente é Maravilhosa

Imagem de capa: Reprodução

Mãe ensina maneira genial de incentivar os filhos a ler ao invés de ficar só na internet

Mãe ensina maneira genial de incentivar os filhos a ler ao invés de ficar só na internet

Querido pai, querida mãe,

Com que frequência você censurou seus filhos por terem passado muito tempo na internet ou nos games? Algo como:

“Em vez de se sentar com os olhos colados ao seu celular, por que você não lê um livro legal! Os livros são os objetos estranhos que você pode encontrar na biblioteca”.

E então as queixas e discussões começam.

Os smartphones envolvem completamente os jovens… são onde as crianças entram nas mídias sociais e conversam com os amigos. A conexão wi-fi é sua chave mágica para a felicidade.

Se você está procurando uma maneira inteligente de aproximar seus filhos da leitura e tirá-los do WhatsApp, veja o exemplo desta mãe engenhosa que encontrou uma maneira original de educar seus filhos sobre como usar a internet com sabedoria. Sua ideia, que tornou viral na web, também foi relatada na edição italiana do Huffington Post:

“A senha do wi-fi desta semana é a cor do vestido de Anna Karenina no livro. Eu disse o livro, não o filme!! Boa sorte! Mamãe”, ela escreveu em um pedaço de papel.

A única maneira que seus filhos (em idade escolar) poderiam encontrar a senha para a conexão à internet era lendo o livro de Tolstoi.

Não é ruim quando um truque faz as crianças se apaixonarem pela leitura e isso faz obter o seu wi-fi muito desejado se a resposta for correta!

O destino final é a experiência de navegar pela literatura, mas uma pequena caça ao tesouro em uma obra literária é uma ótima maneira de eles começarem.

E quem não gosta de caça ao tesouro?

A propósito, você já leu Anna Karenina?

Imagem de capa: Tatiana Bobkova/shutterstock

Quem é desapegado é frio?

Quem é desapegado é frio?

Neste momento em que escrevo esse texto estou lendo um livro muito rico de ensinamentos chamado “No coração da vida”, da querida monja budista Jetsunma Tenzin Palmo, um livro que recomendo fortemente que adquira para ler do começo ao fim.

Num determinado trecho ela falava sobre o DESAPEGO trazendo uma reflexão que muita gente se faz e que mostra o quanto verdadeiramente não sabem o que é o desapego, uma das maiores virtudes que os seres humanos podem desenvolver.

Você acha que ser desapegado é ser frio? Pode ter certeza que sua visão não será mais a mesma depois de ler as suas palavras. Confira…

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“As pessoas pensam que se alguém é desapegado, é frio. Mas isso não é verdade. Qualquer um que encontre grandes mestres espirituais, realmente desapegados, ficará impressionado com o afeto deles por todos os seres, não só aqueles dos quais gostam ou com quem se relacionam. O desapego libera algo muito profundo dentro de nós, porque libera aquele nível de medo. Todos nós temos muito medo: medo de perder, medo da mudança, uma incapacidade de simplesmente aceitar.”

Jetsunma Tenzin Palmo

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Não é lindo? Ela está nos dizendo em outras palavras, que somente depois que nos livramos dos nossos medos mais arraigados e profundos é que podemos de fato ser desapegados.

Quanto mais desapegados nós somos maior a nossa capacidade de amar a todos com PLENITUDE, com ENTREGA, sem nenhum tipo de exigência, de cobrança nem expectativas.

Ao longo desse livro ela também fala muito sobre o amor apegado e amor desapegado. Se tenho o amor desapegado, eu deixo a pessoa seguir sua vida a qualquer momento. Se ela de repente não me quiser mais na sua vida, simplesmente digo: “Seja feliz! Se minha presença não lhe agrada mais, tudo que quero é a sua felicidade, vá em paz…”.

Quantos de nós consegue reagir dessa maneira quando alguém decide ir embora das nossas vidas? A minoria! O nome disso é DESAPEGO, e somente com muito amor no coração é que podemos deixar as pessoas irem sem ressentimentos e mágoas.

Aproveito essa parte do texto para compartilhar um áudio bem bonito que gravei inspirado em uma das minhas músicas favoritas do grande cantor e compositor Vander Lee, chamada “Siga em paz”, uma música que infelizmente, é conhecida por bem pouca gente. Uma das frases dela diz assim: “E vem você dizer, que o meu amor não te apetece mais, o que posso fazer além de desejar que você siga em paz…”. É disso que estou falando! Isso se chama DESAPEGO no mais profundo da palavra! Grande Vander Lee, um mestre que nos deixou em agosto de 2016. Segue o link.

O medo que carregamos no nosso coração é muito profundo, e por causa desse medo nos agarramos às pessoas que amamos e de forma totalmente ilusório confundimos isso com amor.

Gosto muito da alegoria feita por um grande amigo que faz palestras sobre o budismo chamado João Vale Neto. Ele sempre diz que quando amamos uma pessoa, no momento que esse amor é despertado, já surge na nossa pele um GANCHO e corremos para “enganchá-lo” na outra pessoa.

Ele brinca nas suas palestras que tem pessoas com tantos ganchos que por onde vão se engancham em um montão de gente! hehehe

Não precisa ser assim! E você? Quantos ganchos você tem grudados na sua pele? Você está enganchado em quantas pessoas? Talvez esteja na hora de desenganchar, ou utilizar o lema do site OLX: “Desapega!”

O resumo do que venho lhe dizer é isso. Se aprofunde cada vez mais no autoconhecimento, porque ele nos leva a desenvolver mais o amor próprio. Aprendendo a amar mais a si mesmo, consequentemente o amor às outras pessoas irá crescer na mesma proporção. Quanto mais amor eu nutrir pelos outros, menos medo terei no meu coração. E quando chegar a esse patamar de não ter mais medo da vida, entrarei no coração da vida, que é o título desse maravilhoso livro da monja Jetsunma Tenzin Palmo.

Como diria o mestre Jesus: “O amor afasta todo o medo…”.

Então eu complemento: também afasta o apego que nos engancha às pessoas que amamos…

Imagem de capa: Reprodução

Conhecer “A Teoria das Janelas Quebradas” deveria ser obrigatório

Conhecer “A Teoria das Janelas Quebradas” deveria ser obrigatório

Artigo de Sergio Enrique Faria

Título original: A Teoria das Janelas Quebradas

Há alguns anos, a Universidade de Stanford (EUA), realizou uma experiência de psicologia social. Deixou duas viaturas idênticas, da mesma marca, modelo e até cor, abandonadas na via pública. Uma no Bronx, zona pobre e conflituosa de Nova York e a outra em Palo Alto, uma zona rica e tranquila da Califórnia. Duas viaturas idênticas abandonadas, dois bairros com populações muito diferentes e uma equipe de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada local.

Resultou que a viatura abandonada em Bronx começou a ser vandalizada em poucas horas. Perdeu as rodas, o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram.Contrariamente, a viatura abandonada em Palo Alto manteve-se intacta.

Mas a experiência em questão não terminou aí. Quando a viatura abandonada em Bronx já estava desfeita e a de Palo Alto estava há uma semana impecável, os pesquisadores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto. O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o de Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre. Por quê que o vidro partido na viatura abandonada num bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo um processo delituoso? Evidentemente, não é devido à pobreza, é algo que tem que ver com a psicologia humana e com as relações sociais.

Um vidro partido numa viatura abandonada transmite uma ideia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação. Faz quebrar os códigos de convivência, como de ausência de lei, de normas, de regras. Induz ao “vale-tudo”. Cada novo ataque que a viatura sofre reafirma e multiplica essa ideia, até que a escalada de atos cada vez piores, se torna incontrolável, desembocando numa violência irracional.

Baseados nessa experiência, foi desenvolvida a ‘Teoria das Janelas Quebradas’, que conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujeira, a desordem e o maltrato são maiores. Se se parte um vidro de uma janela de um edifício e ninguém o repara, muito rapidamente estarão partidos todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto parece não importar a ninguém, então ali se gerará o delito.

Se se cometem ‘pequenas faltas’ (estacionar em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar com o sinal vermelho) e as mesmas não são sancionadas, então começam as faltas maiores e delitos cada vez mais graves.Se se permitem atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando estas pessoas forem adultas.

Se os parques e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente abandonados, depredados e pichados pelas pessoas, estes mesmos espaços são progressivamente ocupados pelos delinquentes.

A Teoria das Janelas Partidas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metrô de Nova York, o qual se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade. Começou-se por combater as pequenas transgressões: lixo jogado no chão das estações, alcoolismo entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos roubos e desordens. Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno conseguiu-se fazer do metrô um lugar seguro.

Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experiência do metrô, impulsionou uma política de ‘Tolerância Zero’. A estratégia consistia em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às normas de convivência urbana. O resultado prático foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York.

A expressão ‘Tolerância Zero’ soa a uma espécie de solução autoritária e repressiva, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condições sociais de segurança. Não se trata de linchar o delinquente, pois aos dos abusos de autoridade da polícia deve-se também aplicar-se a tolerância zero.

Não é tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito.Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.

Essa é uma teoria interessante e pode ser comprovada em nossa vida diária, seja em nosso bairro, na rua onde vivemos.

A tolerância zero colocou Nova York na lista das cidades seguras.

Esta teoria pode também explicar o que acontece aqui no Brasil com corrupção, impunidade, amoralidade, criminalidade, vandalismo, etc.

Publicado originalmente em Estúdio da Mente

Referência bibliográfica: Manhattan Institute

Imagem de capa: Gina Buliga/shutterstock

Nota da página:  Matheus Maciel Paiva, pesquisador na área de criminologia e sociologia e leitora da página, nos informou que:

“A “Teoria da Broken Windows” foi implantada nos EUA no século XX, como uma politica de controle social e, claro, criminalidade crescente nos centros urbanos. Acontece que ela se guia por um principio maximalista do direito penal, alem de utilizar um pensamento do século XVIII e XIX (da Escola Positivista) para justificar a atuação do poder sancionador em locais específicos, ou seja, é uma teoria que move todo o sistema de acordo uma estigmatização socio-individual. Atualmente tenta-se sobressaltar, evoluir, essa teoria, ela não deve ser mais utilizada ou propagada, principalmente no contexto constitucional contemporâneo que o todo o mundo está passando. Ela não é utilizada na maioria dos países desenvolvidos.”

E, devido a isso, fazemos a ressalva quanto a desactualização do tema. Entretanto, mantemos a matéria porque é uma linha de raciocínio interessante dessa área de conhecimento e também do processo de evolução na aplicação e estudo da criminologia.

5 formas de semear o seu lado espiritual e ter uma vida mais plena

5 formas de semear o seu lado espiritual e ter uma vida mais plena

Todo ser humano, em algum momento de sua vida, questiona a razão do seu existir. Na maioria das vezes, isso gera ansiedade e uma sensação de desamparo que só é suprida quando a pessoa descobre um propósito.

Por propósito podemos entender aquilo que nos dá motivo para levantar todas as manhãs. São, de maneira geral, as coisas que fazem nossos olhos brilharem. Alguns sentem isso por suas famílias, outros por sua profissão. Há que se alimente de ajudar ao próximo. É algo que, no final das contas, tem relação com o que existe de mais sincero dentro da pessoa.

Quando somos fieis a esse propósito, seja ele laboral, familiar e/ou espiritual, sentimo-nos mais felizes e completos. A partir desse momento, somos capazes de desenvolver o nosso lado espiritual, pois nos sentimos plenos com em nossos objetivos e razões de existir.

Abaixo, estão 5 maneiras de semear o seu lado espiritual 

1.  Desapego

Quanto menos você precisa, mais livre você é. A descoberta de que “o não apegar-se a coisas materiais e mesmo relações falidas” é um dos grandes segredos da felicidade e do cultivo de uma alma mais espiritualizada.

2. Aceitação de si

Um dos males da humanidade é a hipocrisia e ela não está distante das pessoas que cultivam a espiritualidade. É importante que a pessoa reconheça suas qualidades e seus defeitos, que não renegue e sim aceite sua história de vida.

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Por Olesya Kuprina/shutterstock

3.Perdão

Só após a aceitação pode vir o perdão de si e do outro. Quando nos aceitamos falhos vemos com mais gentileza a falha do outro. Sabermos que somos imperfeitos nos torna mais humildes e tolerantes.

4. Identificação do propósito

Como foi dito na introdução do texto, o propósito é algo que nos guia e nos motiva a continuar. Pense em quais são as coisas da sua vida que são as mais importantes. Aquelas que te dão a impressão de que a vida não teria sentido sem elas. Aí você terá a sua resposta. Mas lembre-se também que identificar o propósito é só o começo. É preciso que você o cultive e lute por ele.

5. Abertura para coisas novas

Toda unanimidade é burra. Logo, se você nunca questiona suas próprias verdades existe um grande risco de que você esteja engessado em ideias que não fazem mais sentido. Lembre-se que para desapegar é preciso deixar ir, para perdoar, é preciso mudar, para ver o novo, é preciso repensar o velho. O desenvolvimento de si só acontece quando aceitamos que não somos donos da verdade.

Lembre-se que qualquer pessoa que você conhecer será melhor em você em alguma coisa. Seja humilde e aprenda. 

PS: Você também pode chamar seu lado espiritual de MATURIDADE ou FELICIDADE- a espiritualidade não costuma andar muito longe delas.

Imagem de capa: PEPPERSMINT/shutterstock

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