Quando estamos apaixonados, fica em evidência. Quem nos conhece, sabe que alguma coisa está diferente. Amar e ser amado é uma das experiências mais lindas que um ser humano pode ter, entretanto, quando amamos e não somos correspondidos, o que deveria ser colorido, passa a ser preto e branco.
Da mesma forma que demonstramos ao ser amado quando estamos interessados, o ser amado demonstra quando também está interessado, ou quando não está.
Grande parte das decepções poderiam ser evitadas se não criássemos expectativas, contudo, quando o sentimento nasce, se não soubermos domá-lo, agimos conforme o sentimento, e deixamos a razão de lado. Com isso, idealizamos uma pessoa, e esperamos dela algo que jamais poderia nos oferecer.
Quando somos correspondidos, não existem desculpas. Quem realmente nos ama, faz tudo que está ao seu alcance para nos acompanhar. Distância, tempo, e compromissos são pequenos obstáculos quando se quer caminhar junto.
É preciso ter sabedoria para diferenciar quando o amor está ou não sendo servido, assim, evitaremos possíveis decepções.
Tentar não custa, mas quando insistimos demais ao ponto de deixarmos nossa dignidade de lado, é melhor colocar freios no sentimento, e partir para outra.
Desapaixonar é tão bom quanto se apaixonar. Desapaixonar leva tempo, mas o que não mata, ensina. Quando conseguimos soltar as amarras, passamos a encontrar motivação na vida novamente.
Lembre-se que amar e não ser correspondido, acontece com todos. O defeito não está em você, muito menos na pessoa que você se apaixonou. Quando as coisas não estão destinadas a acontecer, elas não acontecem. Mas isso não quer dizer que você não seja digno(a) de amor. Um “não” quer dizer que aquela pessoa não era para você, e que você merece algo melhor.
Antes de amar outro alguém, aprenda a se amar. Aprenda a olhar com outros olhos a decepção. Você não perdeu nada. Apenas teve a chance de aprender lições grandiosas que só a dor é capaz de nos ensinar.
Venho divagando sobre a sensibilidade. Acho difícil conceber que algo tão abstrato provoque tantos sentimentos, direcione olhares e modifique a vida das pessoas. Como algo tão etéreo tem esse poder todo?
Saramago dizia “Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia.” Poucos homens me entendem tão bem quanto Saramago. Todo dia, sem exceção. Mesmo rindo às gargalhadas. A sensibilidade, tão invisível se faz real e parte de carne, faz meu peito doer diante do mundo.
Muitos acham que é tristeza, mas não é. A dor da tristeza é diferente. É como comparar uma cólica de rim com uma coceira. A dor do meu peito é como uma coceira que me desperta para as belezas desse mundo. E quando as vejo, coça ainda mais, mas alivia. Não é para entender. É para sentir. Um mar que se compreende não passa de um aquário. É como ver o sol se pondo num quadro. Não tem graça porque nunca vai escurecer.
A sensibilidade é essa dor no peito que faz a gente inventar mais beleza. É graças a ela que no mundo todo se faz arte, em todas as suas formas. Na China se fez uma das arquiteturas mais esculpidas e desenhadas que os arquitetos sensibinventaram.
Na França e na Itália, nasceram os primeiros jardins projetados por paisagistas. Na Europa antiga Mozart, Bach e Beethoven alimentaram suas almas através da música. Nos EUA nasceu o Jazz. No Mundo todo artistas desenharam, musicaram e arquitetaram belezas. Mas eu não faço arte nenhuma. Minha sensibilidade fica entalada dentro de mim e as vezes eu choro pelo simples prazer de estar viva.
A vida é mágica. Já imaginaram que coisa mais louca é isso, estar vivo? Ver, ouvir, rir, amar? Ah, eu amo a minha sensibilidade. Se meu peito dói sempre, deixe doer… Ao menos pôr do sol algum passará em vão. E o mistério dessa vida será visto cheio de beleza. Porque assim escolho, assim será.
Como dizia Rubem Alves “Tempus Fugit” – o tempo foge. Portanto “Carpe Diem”- colha seu dia.
Nenhuma beleza pode ser economizada para amanhã. Porquê somos finitos.
Sim, meu peito “coça” o tempo todo. Ainda bem!
***
Artigo publicado originalmente na Revista Pazes– reproduzido com autorização.
No vídeo de hoje, canal MOVA e o público selecionaram essa pergunta para compor a série Monja Coen Responde:
“Monja, quando pessoas que amamos adotam falas e comportamento tóxicos, conosco e com os que estão à volta, o que podemos fazer para ajudar? Creio que existe um dilema entre “deixar pra lá” ou reagir às situações. As vezes tentamos compreender sob quais condições as pessoas estão naquele momento, pois como você já ensinou: “Essa pessoa não pode estar bem. Quem está bem não reage assim!”. Mas acredito que não podemos ficar alheios às situações que nos incomodam, nos destratam, mesmo lembrando do que você disse: “não existe um eu para magoar”. Será que devemos e podemos ser essa pessoa passiva o tempo todo? Num mundo ideal, o diálogo seria a solução, em que ambas as partes concordam em ouvir e trocar ideias. Mas no mundo real, onde muitos ouvem para responder e não compreender, o que fazer?”
Discreta, fina, elegante, majestosa. Essa é Fernanda Montenegro, não importa em que fase da sua vida.
Hoje Fernanda diria com propriedade a famosa frase de Cora Coralina “venho do século passado e trago comigo todas as idades”. E traz mesmo. Tem todas as idades. Viveu muitas vidas e nos faz refletir, hoje, sobre as faces positivas que o envelhecimento pode nos emprestar.
Trouxemos abaixo trechos de um depoimento emocionado e lúcido de Walcyr Carrasco, (escritor, dramaturgo e autor de telenovelas brasileiro.)publicado na Revista Época.
“Já admirava Fernanda Montenegro havia muitos anos. Era jovem quando assisti a sua magnífica interpretação em As lágrimas amargas de Petra Von Kant. Saí impactado. Fernanda pertence a uma geração de atores formada nos palcos. Nunca fez questão de ser a mais bonita, a exuberante. Ao lado do marido, Fernando Torres, já falecido, investiu sempre na carreira teatral. Surgiram a televisão, o cinema. Foi finalista do Oscar por Central do Brasil. Feio fez a Academia, ao não lhe dar o prêmio. Há pouco tempo, ganhou o Emmy por uma série da TV Globo.”
(…)
“Dia desses, fui visitar as gravações. No camarim, Fernanda, orgulhosa, se contemplou no espelho.
– Estou sem maquiagem.
Aviso. Ouvir isso de uma atriz, ainda mais de uma estrela como é Fernanda, é raríssimo. Não só de atrizes. Eu mesmo gostaria, quando dou entrevistas, de passar pelas mãos mágicas de um maquiador. Uma boa maquiagem elimina sinais de idade. Diante da iluminação, torna os rostos muito mais atraentes. Para uma atriz, abrir mão da maquiagem é o mesmo que expor todos os sinais do tempo, as marcas da vida. Fernanda, como a vidente Mercedes, não usa nenhum artifício. Também a observei nas entrevistas. Lúcida, com um raciocínio exato e conciso, ao fazer declarações sobre os recentes ataques a exposições de arte. Surpresa! Justamente no dia da minha visita, era seu aniversário. Haveria um bolo em sua homenagem. Coisa simples, apenas com o pessoal que estava no cenário, não mais de seis ou sete pessoas.
Cantamos “Parabéns”. Cortamos o bolo. Oferecemos um buquê de flores. Alguém comentou sobre o fato de estar trabalhando justo no dia do aniversário. Ela disse:
– Só tenho a agradecer por estar com 88 anos, aqui, gravando. Ser atriz é o que quis fazer toda a vida. Possuir condições físicas para trabalhar é uma dádiva. A oportunidade de ter um papel, de viver meu personagem, é a melhor comemoração que posso ter. Existe felicidade maior?
(…)
Sempre fui pessimista em relação à velhice. Meu olhar sempre se voltou para os problemas, as doenças. No entanto, diante de Fernanda Montenegro, descobri que a velhice pode ser uma fase intensa, cheia de vida, de emoções. “
Para ler o depoimento completo, acesse o site da Revista Época.
Nossas homenagens à incoparável Fernanda, por sua genialidade, e ao diretor Walcyr Carrasco, por sua imensa sensibilidade.
Quando falamos em signos, não podemos esquecer que quatro elementos regentes da natureza os influenciam. Esses elementos são primordiais e foi sua exata combinação que resultou na vida como a conhecemos. São eles: Terra, Ar, Fogo e Água.
A Terra é milenarmente conhecida, em diversos os mitos, como o elemento de formação do homem: O Criador formou, pois, o homem do barro da terra. Do pó vieste e ao pó voltarás!
O Ar é a essência de nossa vida e morte: no ar está o oxigênio que respiramos, imprescindível à manutenção da vida, mas também responsável pela nossa morte, pois provoca a decadência de nosso corpo através da oxidação e da atuação dos radicais livres.
O Fogo é fonte de energia vital para nossa sobrevivência, pois nos aquece quando preciso e transforma a matéria. Umas das benesses do fogo, em nossa vida, foi utilizá-lo para preparar nossos alimentos. Cozidos, eles duram mais e demandam menos trabalho e tempo desperdiçado na sua busca. Esse tempo extra que o homem ganhou, ao colocar o fogo a seu favor, em todas as suas potencialidades, foi aplicado no desenvolvimento da civilização e da formação das diversas culturas.
A Água é outro elemento essencial para a vida, pois nosso corpo e nosso planeta é formado, na sua maioria, por ela. Antes de nascermos, estávamos imersos, no ventre de nossas mães, no ambiente líquido. A água, portanto, alimenta, alivia a sede, nos revigora e cuida de nossa saúde, através de suas propriedades minerais.
Por ANRproduction/shutterstock
Consequentemente, pela sua real importância, três de cada um dos doze signos do zodíaco, pertencem a cada elemento, como iremos discorrer abaixo.
Vale ainda salientar que, como somos pessoas altamente complexas, nossas características não apenas são identificadas pelo nosso signo solar. Este signo nos mostra, muitas vezes, nossas preponderâncias. Mas isso não quer dizer que sejamos ou tenhamos exatamente as características dele. Para o autoconhecimento através os signos, é necessário que façamos nosso Mapa Astral. Ele nos mostra, com certeza, onde estava o sol no momento e hora de nosso nascimento, qual nosso signo ascendente, que nos influencia muito, geralmente a partir de nossa vida adulta, bem em que casas e signos estavam os outros planetas e a lua na oportunidade em que viemos à luz.
No entanto, se você não fez seu mapa astral, é desejável se guiar de forma discricionária pelo seu signo solar, o que lhe ajudará bastante, conjuntamente com sua própria intuição sobre si. Se você tem conhecimentos sobre o seu signo ascendente, é aconselhável que, do mesmo modo que se informa sobre seu signo solar, informe-se sobre ele para conhecer de forma abrangente, seus atributos e capacidades.
Quando um profissional fala sobre as características dos signos, ele não erra ou acerta. Ele aponta caminhos a serem seguidos, com parcimônia, aos que desejam conhecer-se intimamente. O desvendar dos signos ajuda na nossa caminhada interior, mas é sempre bom lembrar que esta é uma estrada única, a se percorrer sozinho! Os signos, principalmente solares e ascendentes, são uma bússola apontando a direção a ser seguida, mas as veredas a serem percorridas são do arbítrio de cada ser.
Assim, para ajudar nos mistérios que trazemos interiorizados, discorreremos hoje, sobre os elementos regentes de cada signo e o que eles revelam para cada trio astrológico a eles pertencentes:
TERRA, elemento regente dos signos de TOURO, VIRGEM e CAPRICÓRNIO:
Por Selins/shutterstock
“Somos da Terra e temos os pés bem fincados no chão! Gaia conduz nossa vida com disciplina e discernimento! Somos a força basilar do planeta e agimos com cautela e moderação!”
Os signos regidos pelo elemento terra são sempre os mais ponderados do zodíaco! Tem inteligência aguçada e são excelentes em situações de ordem material. Nunca esmorecem diante de adversidades, solucionando-as de forma prática, pois sabem achar caminhos simples na resolução de problemas complexos.
Também são ótimos conselheiros, pois conseguem enxergar os dois lado de uma situação e não raro, se colocam no lugar do outro, para entender o que ele está pensando.
Muitas vezes, são dotados de uma fortaleza emocional construída a base de decepções e desentendimentos, por isso valorizam a estabilidade, tendendo a procurar relacionamentos estáveis à grandes aventuras.
Por funnyangel/shutterstock
São amantes da natureza e se engajam em causas ecológicas, pois entendem mais do que ninguém, que a Terra é nosso lar e que precisamos preservá-la. Adoram a experiência terrena e desejam ter uma vida longa.
Não gostam de improvisação e são avessos à surpresas. Podem ser considerados teimosos por quem não os compreenda, pois preferem não ousar a errar. Por isso, há quem entenda que são lentos e saudosistas. Na verdade, tem o dom de buscar no passado soluções para problemas futuros, por isso apreciam a companhia de pessoas idosas e dão valor à sua sabedoria e conselhos.
Experiência e a maturidade compõe a personalidade dos signos regidos pelo elemento terra e determinam seu modo de agir na coletividade.
AR, elemento regente dos signos de GÊMEOS, LIBRA e AQUÁRIO.
Por Falcona/shutterstock
“Somos do ar e transitamos por todas as dimensões conhecidas. Não há barreira que nos impeça, podemos chegar a todos os lugares e mentes! Éolo conduz nossos dons de forma plena e criativa! Somos a liberdade em ação!
Os signos atribuídos ao elemento ar são os mais comunicativos do zodíaco, sendo pessoas agradáveis e conquistadoras.
Como o ar penetra nos mais ínfimos nichos, sabem penetrar na mente das pessoas e perceber o que lhes agrada. E utilizam esse dom para seduzir e surpreender o outro.
Tem uma espiritualidade aguçada e se interessam pelo oculto, mas sempre de forma psicológica, a fim de conhecer mais a si mesmo e aos que lhe rodeiam, além de serem grandes pesquisadores das ciências humanísticas, se interessando por filosofia, cultura, artes, história e cosmologia.
São deveras intuitivos e ótimos para se confiar problemas de ordem emocional e sentimental, pois têm uma visão holística e saberão aconselhar de maneira prudente a quem sofre por amor, problemas familiares, rejeição e dores da alma. Mas não se interessam por questões materiais e financeiras.
Por serem regidos pelo ar, alguns nativos se perdem de sua essência e volitam à deriva de seus próprios sentimentos, se aventurando em terrenos pouco confiáveis e que trarão decepções certas. Acabam, portanto, utilizando essas decepções e experiências para ajudar pessoas, embora muitas vezes tenham tendência a repetir os próprios erros, por amar tanto a aventura e a liberdade.
Por Avesun/shutterstock
São pessoas que não podem ser detidas quando entram em um conflito e vão até as últimas consequências, se entendem estar certos. Amam o calor das batalhas e morreriam como heróis por suas opiniões. Acreditam que a Terra seja apenas um local de passagem e não tem apego à vida terrena.
Seu senso de Justiça é superior e sempre se envolvem em causas que demandam a conquista de liberdades, como direitos da mulher, das minorias, igualdades de escolha sexual, igualdades raciais, religiosas, entre outras de mesmo estilo.
Conseguem entender o gênero oposto e muitas vezes pensam e agem como ele, o que é uma característica surpreendente, que pode confundir pessoas com quem se relacionam e até ferir almas despreparadas em entender esse viés que apresentam.
Percepção global e grande compreensão das diversidades, são pontos fortes das personalidades dos signos regidos por ar e influenciam sua ação em sociedade.
FOGO, elemento regente dos signos de ÁRIES, LEÃO e SAGITÁRIO.
Por Falcona/shutterstock
“Somos do fogo, e somos radiantes de vida e originalidade! Hefestos nos moldou nas altas temperaturas de sua forja e nada se oporá à nossa vontade férrea! Somo líderes afeitos a grandes decisões!”
Os nativos dos signos pertencentes ao elemento fogo são muito positivos e vibrantes! Eles também usam a sedução para encantar as pessoas ao seu redor, entretanto, com o objetivo de liderá-las e encaminhá-las.
Entendem ser sua missão a salvação do outro e por isso são generosos ao tratar com o problema dos que os rodeiam, gostam de ouvir e opinar, embora não admitam ser contrariados.
São seres passionais e, quando abraçam uma causa, vão até as últimas consequências, sendo os signos mais ativistas do zodíaco.
Sua energia é contagiante e sabem empolgar, desde uma só pessoa, até uma multidão.
Por serem signos empreendedores e muito irrequietos, tendem a aderir sem pensar a questões um pouco duvidosas e sofrem muito quando descobrem que as suas opções não foram as acertadas.
Por KITTIKUNMONGKOL NARUDON/shutterstock
Têm ideias autênticas e explosivas que defendem com empolgação, mas pouco discernimento.
São pessoas da surpresa, do agora, da ação! Não admitem a inércia ou o deixar para depois. Gostam de ousar e obter resultados rápidos e por isso podem ser mal compreendidos em suas boas intenções. Contudo, são caridosos e capazes de grandes atos de altruísmo.
Quando os conhecemos a fundo, compreendemos sua grandeza e que são pessoas benevolentes, do tipo que coloca sua própria vida em risco para salvar alguém.
Um ser de signo regido por fogo será sempre um companheiro leal que jamais deixará alguém passar por uma situação adversa sem o devido apoio. É uma mão amiga para qualquer ocasião.
Heroico e confiante, sua personalidade transcende força e originalidade e assim age no mundo, propondo transformações constantes.
ÁGUA, elemento regente dos signos de CÂNCER, ESCORPIÃO e PEIXES.
Por Evgeniia Litovchenko/shutterstock
“Somos da água e somos uma fonte inesgotável de emoções. Tétis nos presenteou com a capacidade da empatia e com uma memória prodigiosa. Somos amorosos, compreensivos e excelentes cuidadores”.
Os nativos dos signos do elemento água são seres que zelam pelo outro. São dotados de grande amor maternal, paternal e filial. Não obstante, gostam de cuidar das pessoas de seu núcleo, apresentando uma certa insegurança ao estabelecer conexões com pessoas de fora do círculo em que vivem.
Portanto, são seres a serem conquistados, e quando magoados, custam a se afeiçoar novamente a quem lhes magoou, pois que dotados de uma memória emocional sensível.
Entretanto, quando estimam alguém, são extremamente dedicados e comprometidos com a felicidade do outro.
Procuram conviver em harmonia, deixando muitas vezes de falar o que sentem, guardando sentimentos que lhes prejudicam internamente.
Podem parecer pessimistas, por vezes, e muito irritados. Mas isso se deve ao fato de serem sonhadores e sentirem-se frustrados quando esses sonhos demoram a concretizar-se, pois colocam suas expectativas mais no outro do que em si próprios.
Por WhiteJack/shutterstock
São altamente intuitivos. Se uma pessoa, sob a regência da água, lhe disser para não fazer algo, ou não interagir com determinada pessoa, pode ter a certeza que um fato negativo ou uma decepção irá ocorrer, caso você ignore esse conselho.
Não são signos com os quais se pode aventurar ou brincar, pois a profundidade de seus sentimentos exige estabilidade e segurança.
Portanto, exigem um amor franco, sólido e leal. Se identificam essas qualidades no outro, podem ser incrivelmente fiéis, dedicados e extremosos em seus préstimos, além de serem seres que possibilitam ao outro desenvolver suas aspirações e ajudar a realizá-las, como uma forma de compensação pelo bem que lhes fazem.
Honestos e trabalhadores, seu modo de ser se traduz em atitudes abnegadas em prol de seu meio, atuando com caridade e se compadecendo pela dor do outro.
Educação vem de berço. Falta de educação é sinônimo de egoísmo e demonstra complexo de inferioridade.
Eu gosto de gente educada, que diz por favor, com licença, obrigado e desculpe… Bom dia ao chegar ou um simples olá, o singelo ato de olhar nos olhos e oferecer um pouco de si, doar-se sem pensar na retribuição dos próximos minutos, das próximas horas, dias ou de uma vida.
Eu gosto mesmo é das gentilezas despretensiosas, de empatia, de gente que se importa, observa e respeita a posição do outro e não sai por aí querendo obter vantagem em tudo! Infelizmente em nosso dia a dia, nas situações mais corriqueiras, testemunhamos muitos exemplos de falta de educação, atitudes que causam indignação em quem tem a educação em patamar alto e abomina certos comportamentos incompatíveis com o coletivo.
Educação vem de berço e há pessoas que não deixarão seu legado neste quesito! Falta de educação é demonstração de egoísmo e também complexo de inferioridade, é o inconsciente martelando a ideia fixa de que há que se fazer algo, para alguém não vir e fazer na frente e obter vantagem. É algo cultural, que carregamos em nossas raízes desde os primórdios, egoísmo puro que só atrai mais egoísmo.
Ultimamente tenho vivenciado alguns episódios onde testemunhei a falta de educação alheia, lhes relato através de um exemplo a minha indignação… Estava eu procurando vaga no shopping um dia destes, shopping lotado, pacientemente dei várias voltas pretendendo encontrar alguma vaga em que algum veículo estivesse saindo, quando para minha surpresa, um veículo veio na contra mão e roubou a vaga que supostamente meu veículo ocuparia.
Infelizmente não havia um guarda por perto e ao ser indagado por mim sobre sua atitude, o sujeito saiu debochando…Com este tipo de pessoa infelizmente não há o que argumentar, pois nunca sabemos a reação das pessoas, o silêncio é a melhor resposta, além de ser a mais sábia. Esperemos que o Universo se encarregue de dar a melhor resposta ao sujeito que age errado e ainda debocha dos outros!
Há pessoas que se transformam em posse de um volante, o trânsito pode ser perigoso, a gentileza atrai gentileza, eu frequentemente paro para pedestres atravessarem, dou passagem a quem quer entrar e se alguém me agride com palavras eu não revido, parece bobagem, mas simples atitudes, geram gestos de agradecimento que contribuem para mais cidadania e melhor convivência.
Todos nós temos muitos exemplos em nosso cotidiano da falta de educação, não respeito às filas, pessoas que tem a capacidade de abrir o vidro do veículo e jogar lixo onde quer que for, sem contar o desrespeito de pessoas que acham que o próprio filho não deve respeito à professores, funcionários, etc… E como não citar a corrupção…
Claro que da mesma forma que testemunhamos a falta de educação, há também muitos exemplos de pessoas educadas, que estão tentando cumprir seu papel como cidadão. Mas a verdade é que ainda não estamos preparados para o pensamento coletivo, é cada um pensando em si próprio, temos que evoluir e muito, mas se cada um fizer a sua parte, estaremos no caminho da evolução.
O cachorro escuta, inclusive, a sua lágrima antes de cair, o batimento do seu coração alterado, uma dor antes de ser palavra, e vem lamber o seu rosto e lhe oferecer conforto.
Um cachorro escuta quatro vezes melhor que uma pessoa. Assim escuta a 8 metros o que o homem só escuta a 2 metros. Ele detecta a origem do som com precisão, em apenas 0,06 segundo.
Você nem entrou em casa e o cachorro já ouviu você chegando. Você mal acordou, pisou o pé dentro do chinelo e o cachorro já corre para a porta do seu quarto. Você vive querendo entender o que ele está descobrindo – porque ele flagra os sons de insetos, da água correndo, do vento mudando a sua direção, dos subterrâneos, das paredes. Escuta o que até aquele instante parece invisível.
Por Pavel Ilyukhin/shutterstock
De repente a cabeça dele se inclina para um lado como se ele estivesse de pé, em vigília, por um novo movimento. É um profeta do que virá surgir. Pois alcança uma frequência entre 10 a 40.000 Hz, inacessível para a escala humana, presa entre 16 e 20.000 Hz.
O cachorro prostra-se em sentinela e late para algo que não aconteceu. Só não aconteceu para você, para ele aconteceu.
Não são fantasmas, são ruídos vivos se formando em grandes distâncias.
Antes do celular tocar, ele olha para o seu celular. Antes de algum objeto quebrar no chão, ele olha para os seus braços. Antes do interfone vibrar, ele olha para o interfone.
O cão tem uma hipersensibilidade auditiva. Um relâmpago é um terremoto para ele. Uma colisão de carros ao longe é uma colisão de trens.
O cachorro escuta, inclusive, a sua lágrima antes de cair, o batimento do seu coração alterado, uma dor antes de ser palavra, e vem lamber o seu rosto e lhe oferecer conforto.
Dá para entender agora a violência que são os fogos de artifício para os cachorros?
A página de Içami Tiba, no Facebook, hoje administrada por seus filhos, publicou um vídeo excepcional do nobre pensador que tanto abordou temáticas de grande valor, especialmente aos pais.
Eles fizeram uma compilação de frases e grande sabedoria, que fazemos aqui reproduzir:
• Quanto custa um filho quando repete de ano? O cálculo não é somente matemático, mas também afetivo.
• Ninguém constrói por uma pessoa o que ela não constrói dentro de si.
• O filho vai precisar de conhecimento, de informação. Mas para vencer na vida terá que ter COMPETÊNCIA. Para ter competência, ele precisará querer “aprender sempre”. Não adianta fazer bem uma coisa e ficar parado ali, sempre repetindo a mesma coisa: é preciso evoluir. Temos também que dar “gosto pelo estudo”, pois o filho não sabe ainda o quanto isso fará falta na vida futura dele. Tem que ser “íntegro”, não adianta ficar mentindo que todo mundo foi mal etc, tem que falar a verdade: que não foi aprovado porque não fez o que deveria. Além de tudo isso, para ter competência, precisa ter “disciplina”: não adianta a pessoa ser inteligente se não tiver disciplina porque se a inteligência não for colocada em prática através da disciplina também não se formará a competência. E o mais importante de tudo é a “ética, integridade, legitimidade”.
• Ninguém repete no último mês do ano. A “repetência” já se faz manifestada logo no começo do ano. O erro não está só no filho que não toma providências e vai repetir de ano. O erro está em quem delega poderes e não cobra os poderes delegados.
• Infelizmente, para quem não tem educação, a cobrança entra por um ouvido e sai pelo outro. Mas se os pais cobrarem, o filho não fizer nada e depois os pais não tomarem nenhuma atitude com relação a isso, não adianta cobrar.
• Para poder cobrar tem que haver uma combinação prévia. Se o filho não sabe o que deve, como os pais irão cobrar? Tem que haver uma relação de compromisso e se o filho não cumprir o compromisso desde o começo do ano ele irá repetir mesmo. Se repetiu um ano, os pais não devem esperar que o filho “aprendeu” e no ano seguinte fará de forma diferente: não é errando que se aprende! É corrigindo o erro que se aprende!
AMAR NÃO É SÓ CRIAR. AMAR É EDUCAR e EDUCAR É PREPARAR PARA A VIDA!!!
Eis a história de um camponês que, para viver, vendia água para o mercado. Ele tinha cerca de dez jarros. Todos os dias, e muito cedo de manhã, ele colocava uma vara nas costas. Em cada extremidade estava suspenso um jarro; ele os levava para o poço e depois para o centro da aldeia. No entanto, no meio de todos esses potes havia um que estava rachado.
Curiosamente, esse trabalhador sempre pegou o pote rachado para fazer sua primeira viagem do dia.
Seguia para o poço a dois quilômetros de distância, levando sempre um pote em perfeito estado e mais esse rachado, um em cada extremidade de uma vara que carregava atravessada em seus ombros.
Ele coletava pacientemente o líquido e o transportava por mais por esse percurso até a aldeia.
“O que é útil é o que nos dá felicidade.”
-Auguste Rodin-
É claro que, quando ele chegava ao mercado, o pote rachado havia perdido uma grande quantidade de água que estivera carregando. Como resultado, o agricultor só poderia alcançar metade do que foi acordado. No entanto, o pote em bom estado funcionava perfeitamente e permitia-lhe ganhar todo o dinheiro que estava previsto.
O sentimento vergonhoso do pote rachado
Rapidamente, os outros potes começaram a falar sobre a situação entre eles. Eles não entendiam por que o homem ainda estava utilizando o pobre recipiente danificado, porque insistia em perder dinheiro todos os dias. Não havia sentido nisso, sendo que o carregador de água tinha vários outros potes em boas condições a sua disposição.
Além disso, o pote rachado passou a se envergonhar da sua condição. Ele fora utilizado por mais de dez anos, sempre desempenhou perfeitamente a função a qual era destinado, até o dia em que lhe apareceu aquela fissura por onde a água vazava. Era agora um inútil, um imprestável, e lhe amargurava saber que o parceiro só se valia dele por pura piedade. Isso não estava certo, não era justo o homem ter seus ganhos diminuídos por sua causa.
Na horas de repouso, gastava seu tempo contando aos potes mais jovens as suas aventuras de pote experiente, de quando era saudável e conseguia fazer o trajeto sem desperdiçar uma gota de água sequer. Os outros o ouvia atento, mas com pesar, não entendiam por que o homem das águas insistia em botar o velho pote rachado na atividade diária. Com tantos recipientes jovens e saudáveis, por que não descartava de vez o pobre inútil?
O caminho da água
O homem persistia nesse costume e ignorava os questionamentos da turma. As vezes até ria, sem nada dizer. “Por certo, enlouquecera”, comentavam com preocupação, ainda mais quando a reação do camponês era só a de apenas sacar farelos dos bolsos e espalhar pelo caminho. O que era aquilo? restos de pão? areia? que dó! o pobre humano deveria estar mesmo perdendo o juízo.
Porém, as demais coisas pareciam normais. As idas ao poço, o trajeto feito como sempre fora e o abastecimento das casas. Apenas a insistência em dar serviço ao velho pote rachado continuava ser a coisa sem sentido no dia a dia deles, pois até a nova mania de espalhar farelos pelo caminho o homem abandonara.
Uma bela moralidade
Certa noite, enquanto o fazendeiro se preparava para descansar, o pote quebrado chamou-o e disse que precisava conversar com ele. O homem ouviu-o então, muito atento ao que o pote queria lhe dizer. Este último, sem preâmbulo, disse-lhe o que tinha em mente. Ele disse que gostava do que fazia, mas não se sentia confortável sabendo ser ele um pote inútil. Não queria que o camponês o preservasse por compaixão. Melhor seria que o jogasse no lixo e acabasse com essa angustia de uma vez por todas.
O camponês sorri enquanto escuta. Confessa que nunca passou pela sua cabeça a ideia de se desfazer do velho companheiro. Ele lhe disse que nunca pensara em jogá-lo fora porque, na verdade, era muito útil para ele. “Útil?”, Perguntou o pote. Como ele poderia ser útil se estavam perdendo dinheiro todos os dias? O homem pediu-lhe para manter a calma. No dia seguinte, ele mostraria por que ele era tão valioso. O pote quebrado não conseguiu dormir.
No dia seguinte, como prometido, o camponês lhe disse: “Peço, por favor, que observe tudo de cada lado da estrada até o poço”. O pote foi extremamente atencioso. Ele olhou para os dois lados, mas viu uma estrada agradável, cheia de flores. Quando chegaram ao poço, ele disse ao fazendeiro que não havia encontrado uma resposta nesta estrada.
O homem olhou para ele carinhosamente e disse: “Desde que você se rachou, eu estive pensando sobre a melhor maneira de continuar obtendo o máximo de você. Então decidi, de tempos em tempos, espalhar sementes pelo caminho. Graças a você, eu era capaz de regá-las todos os dias. E, graças a você, uma vez que tudo floresceu, posso escolher algumas plantas e vendê-las no mercado, a um preço superior ao da água “. O pote rachado, muito comovido, entendeu qual a sua preciosa missão.
Não, eu não tenho vergonha e muito menos motivos para esconder o fato de ser intenso. É uma qualidade poder viver todos os dias, sentindo e fazendo o possível para estar sempre sendo sincero com essa minha intensidade. Quem não entende disso, tudo bem. Não espero ser compreendido pelos meus gestos. A intensidade em mim é algo que cresce de um jeito recíproco, natural e sem qualquer explicação da razão.
É bem simples, eu tenho muito para transbordar. Jamais considerei ser uma perda de tempo buscar e demonstrar a minha melhor versão. Penso que fôssemos mais abertos e menos preocupados com as vulnerabilidades do coração, mais as relações seriam inesquecíveis em vez desse apanhado de encontros esquecíveis. Quando a sua intensidade não é julgada como uma fraqueza, mas como uma parte fundamental da sua pessoa, você aprende a se valorizar e a reconhecer os instantes que são importantes e as trocas que carregará por toda a vida.
Ser intenso me ensinou bastante. Até mesmo nas decepções e tropeços, nunca plantei arrependimentos no peito. Nada foi em vão. Tudo o que revelei teve uma consequência. É assim que funciona. Tentar negar o coração que respira intensidade nunca foi uma escolha que pesei. Em um mundo no qual as pessoas mentem ou disfarçam os sentimentos, encaro a minha entrega com coragem e, por que não, com felicidade?
Ser intenso é a minha melhor qualidade. Confesso saudades, me emociono sem constrangimentos, procuro, pergunto e me importo com quem está na minha vida. Não tenho esse plano perfeito de como agir quando sinto algo especial. Não ando por aí medindo os desdobramentos dos meus afetos. Sou intenso o quanto posso, mereço e vivo. Talvez exista alguma definição mais apropriada em algum lugar mas, por hora, intenso é um bom sobrenome.
Existe um tipo de crença falsa generalizada: as pessoas com Alzheimer ou com outros de demência tendem a se desconectar do mundo externo atual para entrar em seu mundo distante e irreal. Isso não é verdade, mas a pessoa com Alzheimer já não é aquela que costumava ser, perde sua identidade diante da sociedade e seus sentimentos perdem validade quase que de maneira automática.
Se nos colocarmos no lugar da pessoa com demência, perceberemos que o normal é que tenha medo da insistência dos outros, que não saiba se expressar, que não saiba o que lhe é dito e que não reconheça as pessoas próximas de todos os dias, que não entenda o que se espera dela em cada momento.
Poucas vezes nos colocamos no lugar das pessoas com Alzheimer. No entanto, se o fizermos, nos daremos conta do quão assustador e desconcertante o cotidiano pode ser. Então entenderemos a angústia ou outras reações emocionais que são consideradas desproporcionais na nossa visão “sã” do mundo.
O método da validação, terapia centrada na pessoa
Nas últimas décadas, têm ressurgido modelos de atenção e comunicação centrados na pessoa. Esses modelos terapêuticos e de relacionamento trabalham para que os ambientes que cercam a pessoa com Alzheimer sejam estimulantes e acolhedores.
Ou seja, buscamos ter empatia com a pessoa com demência, manter sua identidade e gerar uma atitude compreensiva em relação às “alterações comportamentais” que geram tanto constrangimento quanto desconforto entre os cuidadores e as pessoas do entorno.
Os autores que promovem este modelo de atenção destacam a necessidade de preservar o princípio de dignidade de qualquer pessoa, então, usar a empatia para se sintonizar com a realidade interna das pessoas afetadas pela demência.
O objetivo é lhes proporcionar segurança e força, fazendo com que a pessoa se sinta válida e possa expressar seus sentimentos. Porque somente quando uma pessoa pode voltar a se expressar, sua dignidade é restaurada.
Por quê? Porque dar valor é reconhecer os sentimentos da pessoa. Validar é dizer que seus sentimentos são verdadeiros. Ao negar os sentimentos, negamos o indivíduo, anulamos sua identidade e, portanto, criamos um grande vazio emocional.
Princípios básicos do método de validação
Segundo o CREA Alzheimer, os princípios básicos do método de validação são:
-Aceitar a pessoa sem julgá-la (Carl Rogers)
-Tratar a pessoa como indivíduo único (Abraham Maslow)
-Os sentimentos expressos pela primeira vez e depois reconhecidos e validados por um interlocutor de confiança perderão intensidade. Quando são ignorados ou negados, os sentimentos ganham força. “Um gato ignorado se torna um tigre” (Carl Jung).
-Todos os seres humanos são valiosos, independentemente de quão desorientados estejam (Naomi Feil).
-Quando a memória recente falha, recuperamos o equilíbrio retomando memórias antigas. Quando a visão falha, recorrem ao olho da mente para poder ver. Quando o ouvido se vai, escutam os sons do passado (Wiler Penfield).
Pessoas com Alzheimer ou outras demências precisam de uma reconexão com o mundo
O mais recente filme da Disney-Pixar, ‘Viva – A Vida é uma Festa’, nos mostra de uma maneira realmente emotiva como podemos nos reconectar com as pessoas com Alzheimer, como podemos acessar sua pele, seus sentimentos mais profundos. Ele mostra isso com “Lembre de mim”, uma música que, sem dúvida, dá um sabor suave à sintonia emocional que provoca.
O fato de que alguém perca a capacidade de se expressar verbalmente não é sinônimo de não ter a necessidade de se expressar. Por essa razão, é essencial nos adaptarmos às necessidades das pessoas afetadas, nos conectarmos com seu estado mental e nos unirmos em um só sentimento.
Como disse Tomaino (2000), “É sempre surpreendente ver uma pessoa completamente separada, distanciada do presente devido a uma doença como o Alzheimer, voltar à vida quando uma música familiar é tocada. A resposta da pessoa pode variar desde uma mudança de postura para um movimento animado: do som à resposta verbal.
Mas normalmente há uma resposta, uma interação. Muitas vezes essas respostas aparentemente delirantes podem revelar muito sobre a autopreservação, e mostram que as histórias pessoais ainda podem ser relembradas”.
Ela sabia que havia diferença entre os finais felizes e os finais necessários, mas ainda assim insistia em acreditar que, do seu jeito torto, devagar, e cheio de ilusões, era capaz de modificar a realidade e enxergar felicidade nas circunstancias miúdas, muitas vezes esquecidas e despercebidas. Ela apostava mais na doçura que na amargura, e tinha uma fé inabalável de que, mesmo que seu caminho estivesse mais nublado que ensolarado, Deus sussurrava em seu ouvido: “não desista, menina!”
Ela não fingia ser assim. Nem tampouco se esforçava. Tinha nascido poesia, e se encantava com pequenos galanteios, letras de música falando de saudade, versos de Caio Fernando Abreu num livro antigo e cheiro de café numa livraria charmosa. Não sabia guardar rancor, se esforçava para se desapegar daqueles que a rejeitavam e rascunhava sonhos num caderno doado.
Ela acostumou-se a ser poesia, a enxergar poemas, a extrair delicadezas, a desejar gentilezas. E acabou calculando errado. Na sua mente tão congestionada, permitiu que ele, tão frio e errado, ali fizesse morada. Dentro do seu coração generoso, não cabiam dúvidas e divagações. E por isso ela insistia em ver nele versos que ele nunca soube ler. Ela teimava em ouvir dele poemas que ele nunca quis recitar. Ela esperava dele danças que ele nunca ousou convida-la para dançar. Ela dançava sozinha, escutando em seu ouvido canções que ela jurava que ele havia composto para eles, mas era tudo fruto de sua imaginação, de seu encanto pela vida, de sua alma colecionadora de ilusões.
Um dia ela acordou e percebeu que talvez a felicidade também tivesse a ver com pontos finais. Que estava na hora de guardar seu amor por dentro e direcionar seu afeto para si mesma. Começou a entender que não era fácil desistir dele, porque, mais do que ama-lo, amava a sensação que ama-lo lhe provocava. Devagar descobriu que poderia fazer poesia do vazio e das esperas. E que, em algum lugar, não muito longe dali, haveria um menino poema como ela, capaz de lembra-la todos os dias que é preciso força e coragem para insistir na doçura num mundo cheio de amargura…
*A frase título desse texto não é minha; encontrei vagando no Google mas não descobri a autoria para citar aqui. Se você for o autor da frase ou conhecer o autor, por favor entre em contato comigo para autorizar a citação.
Ah, os amantes de um bom filme sempre estão abertos para boas dicas….
Um filme desperta reflexões, remexe sentimentos, nos torna mais empáticos (e até simpáticos) a causas e pontos de vistas diversos. No fim das contas, ver o que o outro viu e construiu com olhos e experiência próprias amplia as nossas vivências.
Abaixo, segue uma lista de filmes excelentes que merecem destaque e estão chamando a atenção dos usuários da Netflix nos últimos dias. Aproveitem e tenham uma noite mais rica e divertida!
1-Eu Não Sou um Homem Fácil (Je Ne Suis Pas Un Homme Facile)
Esse foi o melhor filme que eu vi nos últimos dias! Nele, um machista inveterado prova de seu próprio veneno ao acordar em um mundo dominado por mulheres, onde entra em conflito com uma poderosa escritora.
O filme é hilário, além de apresentar uma crítica ferrenha contra qualquer cultura sexista.
2- A menina indigo
Sofia (Letícia Braga) é uma garota de 7 anos que tem enfrentado problemas na escola, por não se interessar nas matérias ensinadas. Após se trancar em uma sala e pintá-la por completo, seu pai (Murilo Rosa) é chamado ao local. Meio afastado dela devido ao trabalho como jornalista, ele se reaproxima após o pedido da própria Sofia para que more com ele. Aos poucos, ele percebe que Sofia possui é não só uma criança bastante espontânea que se manifesta através da pintura, mas que também possui o dom de curar pessoas doentes.
3- A Caminho da fé
O Bispo Carlton Pearson (Chiwetel Ejiofor) é um renomado pastor conhecido internacionalmente, que está passando por uma crise na fé. Arriscando sua igreja, a família e seu futuro, ele questiona a doutrina da igreja e acaba sendo marcado como um herege.
4- Una
Ray (Ben Mendelsohn) e Una (Rooney Mara) já tiveram um complicado relacionamento quando ela tinha apenas 12 anos. Quinze anos depois eles se reencontram. Ray é confrontado com o passado quando Una chega sem avisar em seu escritório buscando respostas sobre o abuso que sofreu. Ray fez uma nova vida para ele, mas os dois vão precisar revisitar sua relação e escavar um inabalável amor danificado.
5- Uma caminhada na floresta (A Walk in the Woods)
Após passar duas décadas na Inglaterra, Bill Bryson (Robert Redford) retorna aos EUA em plena terceira idade. Para se reconectar com sua terra natal, ele decide caminhar junto com um antigo amigo do colégio pela Trilha dos Apalaches, que tem mais de três mil quilômetros. Pelo caminho, a dupla enfrenta a natureza, vários personagens e a si mesmo.
Tem machucado que dói demais mesmo. E nem sempre são os grandes machucados que provocam tanta dor. Dizem, inclusive, que ferimentos gravíssimos não são sentidos imediatamente, em função do choque causado pelo ocorrido.
Assim também ocorre com as feridas emocionais; inúmeras vezes o impacto do sofrimento, amortece os nossos sentidos e, também, a nossa capacidade de reagir. Por isso, é tão comum usarmos a expressão “ainda não caiu a ficha” para explicar o aparente estado de apatia e inação daqueles que acabaram de sofrer uma perda, um desagravo ou mesmo, ter sido submetido a atos de violência.
Nosso cérebro possui estratégias de defesa que entram em ação imediatamente, a despeito da nossa vontade; trata-se de uma descarga de impulsos nervosos, cuja função é nos proteger quando estamos em risco.
Em seguida, acontece uma descarga de adrenalina na corrente sanguínea, desencadeando uma série de reações físicas como: palidez, pupilas dilatadas, aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Essas alterações são responsáveis por perdermos temporariamente a capacidade de notar detalhes, e aguça a nossa percepção do todo. O sangue que passou a correr mais veloz nas veias, nutre nossos músculos para que sejamos mais bem-sucedidos na fuga. É o nosso cérebro dando ao corpo o comando de escapar do risco com vida.
Ao mesmo tempo, ocorre uma diminuição na capacidade de perceber estímulos de dor, por exemplo; em busca da sobrevivência, é possível que cheguemos a pisar sobre objetos cortantes, arranhar a pele em vários lugares, sofrer queimaduras, sem sentir o desconforto agudo do ferimento. Concentrado em escapar do perigo, sequer sentimos fome, sede, ou vontade de ir ao banheiro. É como se tudo estivesse pausado em nós, tudo fica em segundo plano, estamos focados em sair dali com vida.
A nossa razão nessa hora também entra em pane; incapaz de acessar informações e destituída de tempo para fazer escolhas, o “plug” da razão se desliga e dá lugar às decisões mais instintivas. Neste momento voltamos à nossa intuição primitiva. Em situações de perigo, tomamos decisões ou agimos de acordo com um padrão que jamais estaria ativo em situações normais. O medo, o choque ou o pânico prejudicam a nossa capacidade de julgar; podemos correr para o lado errado, pisotear pessoas durante a fuga, fazer escolhas desastrosas no desespero pela sobrevivência.
O fato é que nosso cérebro entende que reagir é imperativo. Todo o resto fica congelado. A indecisão, a paralisia ou a reflexão são nossas inimigas nesse momento. O nosso corpo inteiro, agindo no instinto, entende que é preferível tomar uma decisão errada, a tomar decisão nenhuma.
Na hora do perigo, temos mais força do que normalmente parecemos ter, somos mais rápidos, mais impulsivos, mais destemidos. O objetivo maior é enganar e fugir da morte. É bastante frequente, inclusive, que este estado de alerta nos torne cegos às necessidades alheias; voltamos a nos proteger no egocentrismo infantil.
Entretanto, a situação aguda e caótica dos perigos extremos uma hora acaba. O que corremos o enorme risco de fazer é perpetuar aquele momento sofrido, mantendo-o agasalhado dentro de nós. Passamos então, ao perigo de desenvolvermos afeto pelo espinho; passamos a cuidar do elemento agressor com o desvelo que caberia à nossa parte agredida.
As tragédias são, em muitos casos, inevitáveis. Não podemos, no entanto, permitir que elas nos definam a partir de sua deflagração. Precisamos aprender a dar a nossas cicatrizes a honra devida; mas precisamos ainda mais, olhar com atenção amorosa para o resto de nossos corpos e alma que conseguiram permanecer intactos à devassidão da dor. Deixemos o espinho retirado ser destruído pelo tempo que cura. Ofereçamos a nós mesmos a oportunidade de aprender com a dor apenas as indispensáveis lições. Porque é fato que o sofrimento ensina; mas também é avassaladoramente verdadeiro que só faz sentido sobreviver se for para acolher uma vida plena, livre dos espinhos daquilo que já ficou para trás.