A solidão na visão de Carl Jung

A solidão na visão de Carl Jung

Quanto mais o tempo passa, mais eu me apaixono pela Psicologia e suas inúmeras vertentes. Uma delas é a Psicologia Analítica, desenvolvida pelo Psicoterapeuta Carl Jung.

Ele tem uma obra extremamente vasta e profunda de conteúdos. Nesse texto abordarei brevemente um pouco da sua visão a respeito do sentimento de solidão, que acomete a todos nós em maior ou menor grau.

Essa frase abaixo nos leva a grandes reflexões! Veja!

***************

“Solidão não é ter pessoas ao seu redor, e sim ser incapaz de expressar coisas que parecem importantes, ou de perceber certos pontos de vista que os outros acham inadmissíveis…”

Carl Jung

*************

Infelizmente, muitos pensam que solidão é a ausência de pessoas ao redor. De maneira nenhuma! Podemos estar rodeados de pessoas e ainda assim estar sós. Até mesmo podemos ser famosos e desejados sexualmente por milhões de pessoas e ainda assim sermos solitários. Um dos exemplos mais emblemáticos nesse sentido é o da atriz Marilyn Monroe, que se suicidou, mesmo tempo fama, muito dinheiro e milhões de homens a seus pés…

A verdadeira solidão tem a ver com esses dois pontos por ele levantados.

O primeiro ponto está relacionado com a expressão das ideias e daquilo que se sente. Por incrível que pareça, essa solidão está muito presente nos relacionamentos amorosos ou dentro da família!

Sabe quando um casal à muito tempo fica guardando mágoas e ressentimentos um do outro e parece que o outro vai se tornando distante e mais distante? Quando parece que um abismo começa a ser construído que impede de acessar o mundo da outra pessoa?

Essa é uma solidão amarga que quase todos nós passamos ou ainda iremos passar em algum momento da vida.

Ou na família, quando percebemos que o nosso pensamento diverge totalmente dos deles e ficamos com medo de nos expressar porque não queremos que esses vínculos se tornem hostis.

As pessoas que já têm um maior nível de consciência comumente sentem essa solidão que muitos psicólogos e espiritualistas chamam de SÍNDROME DO ESTRANGEIRO. É como se você sentisse uma saudade de algum tempo e de pessoas que você sabe que afinizam mais com você e com a sua energia, mas elas não estão por perto para lhe dar esse amparo e esse carinho!

Nossa! Eu já passei por isso tantas vezes na minha vida que você nem faz ideia. Se quiser entender um pouco mais sobre essa síndrome do estrangeiro, compartilho abaixo um programa de rádio que me ensinou muito sobre essa sensação de solidão que pode sim ser curada, desde que façamos a nossa parte na busca pelo autoconhecimento. Trata-se do programa Entrevidas da Rádio Mundial, apresentada pelo comunicador Marcello Cotrim. Vale a pena reservar uns minutinhos para ouvi-lo…

O segundo ponto ainda é mais doloroso do que o primeiro, porque ele faz com que amizades de longas datas sejam destruídas em questão de segundos. É como muitos dizem aquele velho e muito verdadeiro cliquê sobre a conquista da confiança de alguém!

Leva-se anos para se conquistar a confiança em alguém, mas apenas segundos para destrui-la…

Principalmente as pessoas que são mais imaturas e orgulhosas, quando são questionadas sobre suas verdades e convicções, muitas vezes elas acabam tendo reações agressivas ou hostis.

Eu também já me senti solitário por isso, pois conseguia ver nos amigos mais chegados algumas falhas de caráter e comportamento e tentava ajudar, mas alguns foram bem ácidos comigo, inclusive até rompendo amizades!

Na época não tinha a maturidade que tenho hoje e não fazia ideia de que na realidade quem estava errado era eu mesmo! E por quê? O motivo pode lhe ajudar imensamente! Vou até deixar em caixa alta pra você memorizar a sua importância.

NÓS SÓ DEVEMOS DAR CONSELHOS AOS OUTROS QUANDO SOMOS SOLICITADOS PARA ISSO!

Em outras palavras, eu acabava me intrometendo nas questões mais íntimas dos meus amigos, e obviamente os que não queriam mudar seus comportamentos me davam “coice”!

Mas existe outro lado do enxergar o que os outros acham inadmissível. Que tem relação com o GRAU DE AFINIDADE entre os amigos!

Se o grau de afinidade for pequeno, não tem como fugir! Você vai se sentir solitário.

Vou dar um exemplo pessoal que chega a ser até hilário! Você vai gostar dele!

Na época da faculdade de Física eu já lia muito sobre espiritualidade e sobre os processos de evolução da humanidade e vez por outra tentava conversar com meus colegas sobre isso. Chegava mais ou menos assim:

– Pois é gente! Nós somos seres eternos. Espíritos habitando corpos. Estamos nessa planeta para aprendermos a transcender o nosso ego, para aprendermos a lições dos grandes mestres, espalharmos consciência etc etc.

E eles respondiam quase sempre!

– Legal Isaias! Mas cara. Tu conseguiu resolver aquela lista de exercícios de Cálculo III que o professor passou. Nossa! Tinha umas questões tão difíceis. O professor passou umas integrais impossíveis…

E nessa hora eu pensava: “Whats? Estávamos falando sobre isso?…”. E então eu ficava com uma gota na testa igualzinho a essa menina aqui embaixo!

contioutra.com - A solidão na visão de Carl Jung

Isso é a verdadeira solidão! Eu me sentia muito mal por não ter afinidade com esses meus colegas. Tanto é que saí de lá pra nunca mais voltar! hehehe

Concluo esse texto dizendo pra você que o principal antídoto para a solidão se chama AMOR PRÓPRIO. Quanto mais você se sentir bem na sua própria presença, mais você conseguirá lidar com o distanciamento das outras pessoas ou com o baixo grau de afinidade que você terá com muitas delas.

Há muito mais a ser refletido sobre essas lindas palavras do Jung, mas deixo essas reflexões com você!

Compartilho também um breve áudio que gravei a partir dessas palavras do Jung e desse texto! Vale a pena ouvi-lo…

Imagem de capa: Reprodução

“Uma pessoa ruim nunca será um bom profissional”

“Uma pessoa ruim nunca será um bom profissional”

“Uma pessoa ruim nunca será um bom profissional”, afirmou o pai das inteligências múltiplas, Howard Gardner, em uma entrevista concedida ao jornal espanhol La Vanguardia.

Essa entrevista trouxe reflexões muito interessantes e, com isso, nos deu a possibilidade de amadurecer uma ideia que é o reflexo de uma verdade arrasadora. Somente as pessoas boas podem vir a ser excelentes profissionais. As pessoas ruins, por sua vez, nunca chegarão a isto, mesmo sendo verdade que possam alcançar grande perícia técnica.

Isto nos leva a pensar na possibilidade de classificar as pessoas em boas e más. Realmente esta diferenciação parece fictícia, pois os seres humanos não são uma dicotomia, mas sim uma amálgama de qualidades.

Estas qualidades, obviamente, podem ser entendidas como boas ou ruins. Quando colocamos na balança a combinação delas, talvez pese mais a parte obscura do que a brilhante; esse é justamente o sentido da frase que encabeça o artigo.
-Howard Gardner-

contioutra.com - “Uma pessoa ruim nunca será um bom profissional”

A bondade e o equilíbrio, a base do nosso profissionalismo

É preciso haver um equilíbrio entre o compromisso, a ética e a excelência para chegar a ser um bom profissional. Digamos que para “ser bom de verdade” é preciso colocar a alma, emoções, sentimentos e afinco ao próprio trabalho. Neste sentido, este fragmento da entrevista de Howard Gardner não tem desperdício, pois reflete a tremenda sensatez com a qual se adequa às suas palavras:

-Entrevistador: Por que existem excelentes profissionais que são pessoas ruins?

-Howard: Descobrimos que essas pessoas não existem. Na verdade, as pessoas ruins não podem ser profissionais excelentes. Nunca chegam a ser. Talvez possam ter uma perícia técnica, mas não são excelentes.

-E: Eu tenho em mente algumas exceções…

-H: O que comprovamos é que os melhores profissionais são sempre ECE: excelentes, comprometidos e éticos.

-E: Você não pode ser excelente profissional, mas um bicho ruim como pessoa?

-H: Não, porque você não alcança a excelência se não for mais além de satisfazer o seu ego, sua ambição ou sua avareza. Se você não se comprometer, portanto, com objetivos que vão mais além das suas necessidades para servir as de todos. E isso exige ética.

-E: Para se tornar rico, com frequência incomoda.

-H: Sem princípios éticos você pode chegar a ser rico, sim, ou tecnicamente bom, mas não excelente.

-E: É reconfortante saber disto.

-H: Hoje em dia nem tanto, porque também descobrimos que os jovens aceitam a necessidade de ética, mas não no início da carreira, pois acham que sem dar cotoveladas não irão triunfar. Enxergam a ética como o luxo de quem já alcançou o sucesso.

contioutra.com - “Uma pessoa ruim nunca será um bom profissional”

A importância de ser, acima de tudo, uma alma humana

“Conheça todas as teorias. Domine todas as técnicas, mas quando tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”. Estas são palavras do emblemático psicanalista Carl Gustav Jung, palavras que escondem um realidade certeira.

É importante que antes de profissionais, sejamos pessoas. É isso que traz equilíbrio no desenvolvimento das nossas qualidades profissionais. Não podemos nos desligar de nós mesmos; ou seja, de certa forma não podemos dissociar nossas vidas interiores das nossas vidas profissionais.

Falamos de essência, dessas qualidades que nos ajudam a não nos perdermos entre as pessoas, a nos conhecermos e desconhecermos, a transformar-nos através das lições, a ter um coração belo, a melhorar a cada dia e a nos contemplarmos como um arco-íris.

Porque, além disso, se há uma coisa que é preciso ter em mente é que as pessoas às vezes são branco, outras vezes preto, e às vezes mil cores. Equilibrando a balança em direção ao que é positivo conseguiremos alcançar a excelência nas nossas profissões, assim como nos diferentes âmbitos das nossas vidas.

Fonte indicada: A Mente é Maravilhosa

A metáfora do elefante acorrentado e a manipulação perversa materna

A metáfora do elefante acorrentado e a manipulação perversa materna

Por Sílvia Malamud

O ciclo da dependência e da falta de contato com a própria força, tanto para os elefantes como para os humanos, começa desde muito cedo e se não for devidamente tratado, passará pelo risco de repetir-se no mesmo padrão em relacionamentos que fatalmente terão características abusivas.

No espetáculo de circo, o elefante faz mil e uma demonstrações evidenciando diversas habilidades em meio a sua estonteante força. Antes de entrar em cena, porém, este estrondoso animal permanece apático, contido em seus movimentos, preso por uma pata em apenas uma ínfima corrente que o aprisiona à uma pequena estaca de madeira cravada ao solo. Mesmo se a corrente fosse mais grossa, o que não é o caso, certamente ele teria a capacidade de derrubá-la com um mínimo esforço, podendo resgatar instantaneamente a sua capacidade inata de movimentar-se livre e espontaneamente para onde seus instintos o levassem.

O ponto é que ele não toma nenhuma atitude neste sentido. Por que será?
Desvendando o enigma: O elefante não escapa de seu cativeiro por um motivo bastante óbvio e dramático, ele foi preso àquele pedacinho de madeira em sua mais tenra idade. Naquele tempo tentou arduamente se livrar do que o prendia, mas não tinha força suficiente para tanto e apesar de todo o seu esforço, foi vencido pelo que o amarrava naquela situação. Por fim, exausto, desistiu de tentar entendendo que a sua existência seria restrita daquele modo. Estaria semilivre apenas quando os seus donos assim o permitissem. Ansioso e entristecido com o seu destino, passava horas e horas a espera de poder ter uma pequena brecha de liberdade e movimento.

O ciclo da dependência e da falta de contato com a própria força, tanto para os elefantes como para os humanos, começa desde muito cedo e se não for devidamente tratado, passará pelo risco de repetir-se no mesmo padrão em relacionamentos que fatalmente terão características abusivas.

No universo do circo, o elefante não se solta porque não tem consciência de seu tamanho e de sua força e, por consequência, não acredita que pode. Do mesmo modo, filhas de mães narcisistas perversas igualmente passam por dificuldades semelhantes. Como reféns, elas perpetuam-se neste status de abalo emocional, em que a corrente da vez, que as mantém atadas na estaca, estão nas falas nocivas e desqualificadoras que cumprem a função de colocá-las numa posição de total insegurança frente a qualquer atitude assertiva que possam vir a ter. Como resultado, igualmente aos elefantes, não acreditam em suas forças inatas, duvidam de suas capacidades e da validade de tudo o que poderiam conquistar. Seguem tímidas em suas caminhadas, em meio a um vazio afetivo inominável, na infinita espera de que um dia finalmente serão amadas na medida do que nelas faltam podendo, assim, definitivamente se verem livres de tais correntes. Como pedintes de amor e da necessidade da aprovação de todos ao redor e por receio de serem rejeitadas, passam por cima de qualquer dor ou sentimentos próprios em nome de satisfazerem as mínimas necessidades dos outros.

Apenas quando rompem com a corrente que as aprisionam, num grito de sobrevivência máxima, definitivamente aprendem que podem dizer não, que podem sentir o que for com segurança e passam a entender que podem se bancar sem a ameaça da reprovação e sem a necessidade de prestar contas para os algozes a espreita.

A lealdade com a corrente que as atam, inventa que as mães são as únicas fortes do pedaço e que as filhas deverão ser as suas eternas dependentes. Nesse papel, estas mães se sustentam nas identidades de magnanimidade à custa de filhas que foram severamente doutrinadas a ininterruptamente confirmarem essa desvairada alucinação de grandeza.

Como estratégia, as mães tóxicas mantêm os filhos aprisionados em suas correntes sob a pena do não recebimento de amor e da inexorável sensação de abandono se ousarem descumprir as regras de submissão impostas.

Para que o elefante consiga se desvencilhar, fugindo para longe das correntes que o atam na estaca, é necessário que ocorra algo muito grave vindo de fora, como um acidente natural, um terremoto, uma tempestade, um furacão, um dilúvio, incêndio, enfim, alguma situação que o coloque em risco real. O medo e a luta pela sobrevivência o fariam apostar na vida de modo bem diferente de tudo que ele havia aprendido anteriormente. Filhas de mães narcisistas conseguem se desatar destes grilhões também quando estão em situações de risco, quando passam por depressões severas, quando são assoladas por questionamentos que as impulsionam a descobrir a verdadeira trama de onde estão inseridas, quando o pedido pela vida gera uma massa crítica de consciência de que algo de muito errado está ocorrendo e que a única saída é sair desse aprisionamento tóxico.

Em alguns casos, ajuda de terapia competente faz toda a diferença para que um novo ciclo de vida saudável possa ser inaugurado.

Sua vida é o seu bem maior.

Sílvia Malamud é psicóloga, autora dos livros Sequestradores de Almas e Projeto Secreto Universos.

Saiba mais sobre a autora aqui.

Imagem de capa: lkerErgun/shutterstock

Quem quer, demonstra. Quem não quer, também!

Quem quer, demonstra. Quem não quer, também!

Quando estamos apaixonados, fica em evidência. Quem nos conhece, sabe que alguma coisa está diferente. Amar e ser amado é uma das experiências mais lindas que um ser humano pode ter, entretanto, quando amamos e não somos correspondidos, o que deveria ser colorido, passa a ser preto e branco.

Da mesma forma que demonstramos ao ser amado quando estamos interessados, o ser amado demonstra quando também está interessado, ou quando não está.

Grande parte das decepções poderiam ser evitadas se não criássemos expectativas, contudo, quando o sentimento nasce, se não soubermos domá-lo, agimos conforme o sentimento, e deixamos a razão de lado. Com isso, idealizamos uma pessoa, e esperamos dela algo que jamais poderia nos oferecer.

Quando somos correspondidos, não existem desculpas. Quem realmente nos ama, faz tudo que está ao seu alcance para nos acompanhar. Distância, tempo, e compromissos são pequenos obstáculos quando se quer caminhar junto.

É preciso ter sabedoria para diferenciar quando o amor está ou não sendo servido, assim, evitaremos possíveis decepções.

Tentar não custa, mas quando insistimos demais ao ponto de deixarmos nossa dignidade de lado, é melhor colocar freios no sentimento, e partir para outra.

Desapaixonar é tão bom quanto se apaixonar. Desapaixonar leva tempo, mas o que não mata, ensina. Quando conseguimos soltar as amarras, passamos a encontrar motivação na vida novamente.

Lembre-se que amar e não ser correspondido, acontece com todos. O defeito não está em você, muito menos na pessoa que você se apaixonou. Quando as coisas não estão destinadas a acontecer, elas não acontecem. Mas isso não quer dizer que você não seja digno(a) de amor. Um “não” quer dizer que aquela pessoa não era para você, e que você merece algo melhor.

Antes de amar outro alguém, aprenda a se amar. Aprenda a olhar com outros olhos a decepção. Você não perdeu nada. Apenas teve a chance de aprender lições grandiosas que só a dor é capaz de nos ensinar.

Imagem de capa: Motortion Films/shutterstock

SOBRE A SENSIBILIDADE, por Raquel Alves

SOBRE A SENSIBILIDADE, por Raquel Alves

Venho divagando sobre a sensibilidade. Acho difícil conceber que algo tão abstrato provoque tantos sentimentos, direcione olhares e modifique a vida das pessoas. Como algo tão etéreo tem esse poder todo?

Saramago dizia “Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia.” Poucos homens me entendem tão bem quanto Saramago. Todo dia, sem exceção. Mesmo rindo às gargalhadas. A sensibilidade, tão invisível se faz real e parte de carne, faz meu peito doer diante do mundo.

Muitos acham que é tristeza, mas não é. A dor da tristeza é diferente. É como comparar uma cólica de rim com uma coceira. A dor do meu peito é como uma coceira que me desperta para as belezas desse mundo. E quando as vejo, coça ainda mais, mas alivia. Não é para entender. É para sentir. Um mar que se compreende não passa de um aquário. É como ver o sol se pondo num quadro. Não tem graça porque nunca vai escurecer.

A sensibilidade é essa dor no peito que faz a gente inventar mais beleza. É graças a ela que no mundo todo se faz arte, em todas as suas formas. Na China se fez uma das arquiteturas mais esculpidas e desenhadas que os arquitetos sensibinventaram.

Na França e na Itália, nasceram os primeiros jardins projetados por paisagistas. Na Europa antiga Mozart, Bach e Beethoven alimentaram suas almas através da música. Nos EUA nasceu o Jazz. No Mundo todo artistas desenharam, musicaram e arquitetaram belezas. Mas eu não faço arte nenhuma. Minha sensibilidade fica entalada dentro de mim e as vezes eu choro pelo simples prazer de estar viva.

A vida é mágica. Já imaginaram que coisa mais louca é isso, estar vivo? Ver, ouvir, rir, amar? Ah, eu amo a minha sensibilidade. Se meu peito dói sempre, deixe doer… Ao menos pôr do sol algum passará em vão. E o mistério dessa vida será visto cheio de beleza. Porque assim escolho, assim será.

Como dizia Rubem Alves “Tempus Fugit” – o tempo foge. Portanto “Carpe Diem”- colha seu dia.

Nenhuma beleza pode ser economizada para amanhã. Porquê somos finitos.

Sim, meu peito “coça” o tempo todo. Ainda bem!

***

Artigo publicado originalmente na Revista Pazes– reproduzido com autorização.

Imagem de capa: maxbelchenko/shutterstock

Quando pessoas que amamos adotam falas e comportamento tóxicos, conosco e com os que estão à volta, o que podemos fazer para ajudar?

Quando pessoas que amamos adotam falas e comportamento tóxicos, conosco e com os que estão à volta, o que podemos fazer para ajudar?

No vídeo de hoje, canal MOVA e o público selecionaram essa pergunta para compor a série Monja Coen Responde:

“Monja, quando pessoas que amamos adotam falas e comportamento tóxicos, conosco e com os que estão à volta, o que podemos fazer para ajudar? Creio que existe um dilema entre “deixar pra lá” ou reagir às situações. As vezes tentamos compreender sob quais condições as pessoas estão naquele momento, pois como você já ensinou: “Essa pessoa não pode estar bem. Quem está bem não reage assim!”. Mas acredito que não podemos ficar alheios às situações que nos incomodam, nos destratam, mesmo lembrando do que você disse: “não existe um eu para magoar”. Será que devemos e podemos ser essa pessoa passiva o tempo todo? Num mundo ideal, o diálogo seria a solução, em que ambas as partes concordam em ouvir e trocar ideias. Mas no mundo real, onde muitos ouvem para responder e não compreender, o que fazer?”

Veja a resposta da Monja Coen no vídeo abaixo:

Via Revista Pazes– reproduzido com autorização

Imagem de capa: Reprodução

“Uma velhice arrebatadora”, afirma Walcyr Carrasco sobre Fernanda Montenegro

“Uma velhice arrebatadora”, afirma Walcyr Carrasco sobre Fernanda Montenegro

Discreta, fina, elegante, majestosa. Essa é Fernanda Montenegro, não importa em que fase da sua vida.

Hoje Fernanda diria com propriedade a famosa frase de Cora Coralina “venho do século passado e trago comigo todas as idades”. E traz mesmo. Tem todas as idades. Viveu muitas vidas e nos faz refletir, hoje, sobre as faces positivas que o envelhecimento pode nos emprestar.

Trouxemos abaixo trechos de um depoimento emocionado e lúcido de Walcyr Carrasco, (escritor, dramaturgo e autor de telenovelas brasileiro.)publicado na Revista Época.

“Já admirava Fernanda Montenegro havia muitos anos. Era jovem quando assisti a sua magnífica interpretação em As lágrimas amargas de Petra Von Kant. Saí impactado. Fernanda pertence a uma geração de atores formada nos palcos. Nunca fez questão de ser a mais bonita, a exuberante. Ao lado do marido, Fernando Torres, já falecido, investiu sempre na carreira teatral. Surgiram a televisão, o cinema. Foi finalista do Oscar por Central do Brasil. Feio fez a Academia, ao não lhe dar o prêmio. Há pouco tempo, ganhou o Emmy por uma série da TV Globo.”

(…)

“Dia desses, fui visitar as gravações. No camarim, Fernanda, orgulhosa, se contemplou no espelho.

– Estou sem maquiagem.

Aviso. Ouvir isso de uma atriz, ainda mais de uma estrela como é Fernanda, é raríssimo. Não só de atrizes. Eu mesmo gostaria, quando dou entrevistas, de passar pelas mãos mágicas de um maquiador. Uma boa maquiagem elimina sinais de idade. Diante da iluminação, torna os rostos muito mais atraentes. Para uma atriz, abrir mão da maquiagem é o mesmo que expor todos os sinais do tempo, as marcas da vida. Fernanda, como a vidente Mercedes, não usa nenhum artifício. Também a observei nas entrevistas. Lúcida, com um raciocínio exato e conciso, ao fazer declarações sobre os recentes ataques a exposições de arte. Surpresa! Justamente no dia da minha visita, era seu aniversário. Haveria um bolo em sua homenagem. Coisa simples, apenas com o pessoal que estava no cenário, não mais de seis ou sete pessoas.

Cantamos “Parabéns”. Cortamos o bolo. Oferecemos um buquê de flores. Alguém comentou sobre o fato de estar trabalhando justo no dia do aniversário. Ela disse:

– Só tenho a agradecer por estar com 88 anos, aqui, gravando. Ser atriz é o que quis fazer toda a vida. Possuir condições físicas para trabalhar é uma dádiva. A oportunidade de ter um papel, de viver meu personagem, é a melhor comemoração que posso ter. Existe felicidade maior?

(…)

Sempre fui pessimista em relação à velhice. Meu olhar sempre se voltou para os problemas, as doenças. No entanto, diante de Fernanda Montenegro, descobri que a velhice pode ser uma fase intensa, cheia de vida, de emoções. “

Para ler o depoimento completo, acesse o site da Revista Época.

Nossas homenagens à incoparável Fernanda, por sua genialidade, e ao diretor Walcyr Carrasco, por sua imensa sensibilidade.

Imagem de capa: Reprodução

TERRA, AR, FOGO ou AR: você tem que saber mais sobre a influência que o elemento do seu signo tem na sua vida

TERRA, AR, FOGO ou AR: você tem que saber mais sobre a influência que o elemento do seu signo tem na sua vida

Quando falamos em signos, não podemos esquecer que quatro elementos regentes da natureza os influenciam. Esses elementos são primordiais e foi sua exata combinação que resultou na vida como a conhecemos. São eles: Terra, Ar, Fogo e Água.

A Terra é milenarmente conhecida, em diversos os mitos, como o elemento de formação do homem: O Criador formou, pois, o homem do barro da terra. Do pó vieste e ao pó voltarás!

O Ar é a essência de nossa vida e morte: no ar está o oxigênio que respiramos, imprescindível à manutenção da vida, mas também responsável pela nossa morte, pois provoca a decadência de nosso corpo através da oxidação e da atuação dos radicais livres.

O Fogo é fonte de energia vital para nossa sobrevivência, pois nos aquece quando preciso e transforma a matéria. Umas das benesses do fogo, em nossa vida, foi utilizá-lo para preparar nossos alimentos. Cozidos, eles duram mais e demandam menos trabalho e tempo desperdiçado na sua busca. Esse tempo extra que o homem ganhou, ao colocar o fogo a seu favor, em todas as suas potencialidades, foi aplicado no desenvolvimento da civilização e da formação das diversas culturas.

A Água é outro elemento essencial para a vida, pois nosso corpo e nosso planeta é formado, na sua maioria, por ela. Antes de nascermos, estávamos imersos, no ventre de nossas mães, no ambiente líquido. A água, portanto, alimenta, alivia a sede, nos revigora e cuida de nossa saúde, através de suas propriedades minerais.

contioutra.com - TERRA, AR, FOGO ou AR: você tem que saber mais sobre a influência que o elemento do seu signo tem na sua vida
Por ANRproduction/shutterstock

Consequentemente, pela sua real importância, três de cada um dos doze signos do zodíaco, pertencem a cada elemento, como iremos discorrer abaixo.

Vale ainda salientar que, como somos pessoas altamente complexas, nossas características não apenas são identificadas pelo nosso signo solar. Este signo nos mostra, muitas vezes, nossas preponderâncias. Mas isso não quer dizer que sejamos ou tenhamos exatamente as características dele. Para o autoconhecimento através os signos, é necessário que façamos nosso Mapa Astral. Ele nos mostra, com certeza, onde estava o sol no momento e hora de nosso nascimento, qual nosso signo ascendente, que nos influencia muito, geralmente a partir de nossa vida adulta, bem em que casas e signos estavam os outros planetas e a lua na oportunidade em que viemos à luz.

No entanto, se você não fez seu mapa astral, é desejável se guiar de forma discricionária pelo seu signo solar, o que lhe ajudará bastante, conjuntamente com sua própria intuição sobre si. Se você tem conhecimentos sobre o seu signo ascendente, é aconselhável que, do mesmo modo que se informa sobre seu signo solar, informe-se sobre ele para conhecer de forma abrangente, seus atributos e capacidades.

Quando um profissional fala sobre as características dos signos, ele não erra ou acerta. Ele aponta caminhos a serem seguidos, com parcimônia, aos que desejam conhecer-se intimamente. O desvendar dos signos ajuda na nossa caminhada interior, mas é sempre bom lembrar que esta é uma estrada única, a se percorrer sozinho! Os signos, principalmente solares e ascendentes, são uma bússola apontando a direção a ser seguida, mas as veredas a serem percorridas são do arbítrio de cada ser.

Assim, para ajudar nos mistérios que trazemos interiorizados, discorreremos hoje, sobre os elementos regentes de cada signo e o que eles revelam para cada trio astrológico a eles pertencentes:

TERRA, elemento regente dos signos de TOURO, VIRGEM e CAPRICÓRNIO:

contioutra.com - TERRA, AR, FOGO ou AR: você tem que saber mais sobre a influência que o elemento do seu signo tem na sua vida
Por Selins/shutterstock

“Somos da Terra e temos os pés bem fincados no chão! Gaia conduz nossa vida com disciplina e discernimento! Somos a força basilar do planeta e agimos com cautela e moderação!”

Os signos regidos pelo elemento terra são sempre os mais ponderados do zodíaco! Tem inteligência aguçada e são excelentes em situações  de ordem material. Nunca esmorecem  diante de adversidades, solucionando-as de forma  prática, pois sabem achar caminhos simples na resolução de problemas complexos.

Também são ótimos conselheiros, pois conseguem enxergar os dois lado de uma situação e não raro, se colocam no lugar do outro, para entender o que ele está pensando.

Muitas vezes, são dotados de uma fortaleza emocional construída a base de decepções e desentendimentos, por isso valorizam a estabilidade, tendendo a procurar relacionamentos estáveis à grandes aventuras.

contioutra.com - TERRA, AR, FOGO ou AR: você tem que saber mais sobre a influência que o elemento do seu signo tem na sua vida
Por funnyangel/shutterstock

São amantes da natureza e se engajam em causas ecológicas, pois entendem mais do que ninguém, que a Terra é nosso lar e que precisamos preservá-la. Adoram a experiência terrena e desejam ter uma vida longa.

Não gostam de improvisação e são avessos à surpresas. Podem ser considerados teimosos por quem não os compreenda, pois preferem não ousar a errar. Por isso, há quem entenda que são lentos e saudosistas. Na verdade, tem o dom de buscar no passado soluções para problemas futuros, por isso apreciam a companhia de pessoas idosas e dão valor à sua sabedoria e conselhos.

Experiência e a maturidade compõe a personalidade dos signos regidos pelo elemento terra e determinam seu modo de agir na coletividade.

AR, elemento regente dos signos de GÊMEOS, LIBRA e AQUÁRIO. 

contioutra.com - TERRA, AR, FOGO ou AR: você tem que saber mais sobre a influência que o elemento do seu signo tem na sua vida
Por Falcona/shutterstock

“Somos do ar e transitamos por todas as dimensões conhecidas. Não há barreira que nos impeça, podemos chegar a todos os lugares e mentes! Éolo conduz nossos dons de forma plena e criativa! Somos a liberdade em ação!

Os signos atribuídos ao elemento ar são os mais comunicativos do zodíaco, sendo pessoas agradáveis e conquistadoras.

Como o ar penetra nos mais ínfimos nichos, sabem penetrar na mente das pessoas e perceber o que lhes agrada. E utilizam esse dom para seduzir e surpreender o outro.

Tem uma espiritualidade aguçada e se interessam pelo oculto, mas sempre de forma psicológica, a fim de conhecer mais a si mesmo e aos que lhe rodeiam, além de serem grandes pesquisadores das ciências humanísticas, se interessando por filosofia, cultura, artes, história e cosmologia.

São deveras intuitivos e ótimos para se confiar problemas de ordem emocional e sentimental, pois têm uma visão holística e saberão aconselhar de maneira prudente a quem sofre por amor, problemas familiares, rejeição e dores da alma. Mas não se interessam por questões materiais e financeiras.

Por serem regidos pelo ar, alguns nativos se perdem de sua essência e volitam à deriva de seus próprios sentimentos, se aventurando em terrenos pouco confiáveis e que trarão decepções certas. Acabam, portanto, utilizando essas decepções e experiências para ajudar pessoas, embora muitas vezes tenham tendência a repetir os próprios erros, por amar tanto a aventura e a liberdade.

contioutra.com - TERRA, AR, FOGO ou AR: você tem que saber mais sobre a influência que o elemento do seu signo tem na sua vida
Por Avesun/shutterstock

São pessoas que não podem ser detidas quando entram em um conflito e vão até as últimas consequências, se entendem estar certos. Amam o calor das batalhas e morreriam como heróis por suas opiniões. Acreditam que a Terra seja apenas um local de passagem e não tem apego à vida terrena.

Seu senso de Justiça é superior e sempre se envolvem em causas que demandam a conquista de liberdades, como direitos da mulher, das minorias, igualdades de escolha sexual, igualdades raciais, religiosas, entre outras de mesmo estilo.

Conseguem entender o gênero oposto e muitas vezes pensam e agem como ele, o que é uma característica surpreendente, que pode confundir pessoas com quem se relacionam e até ferir almas despreparadas em entender esse viés que apresentam.

Percepção global e grande compreensão das diversidades, são pontos fortes das personalidades dos signos regidos por ar e influenciam sua ação em sociedade.

 

FOGO, elemento regente dos signos de ÁRIES, LEÃO e SAGITÁRIO.

contioutra.com - TERRA, AR, FOGO ou AR: você tem que saber mais sobre a influência que o elemento do seu signo tem na sua vida
Por Falcona/shutterstock

“Somos do fogo, e somos radiantes de vida e originalidade! Hefestos nos moldou nas altas temperaturas de sua forja e nada se oporá à nossa vontade férrea! Somo líderes afeitos a grandes decisões!”

Os nativos dos signos pertencentes ao elemento fogo são muito positivos e vibrantes! Eles também usam a sedução para encantar as pessoas ao seu redor, entretanto, com o objetivo de  liderá-las e encaminhá-las.

Entendem ser sua missão a salvação do outro e por isso são generosos ao tratar com o problema dos que os rodeiam, gostam de ouvir e opinar, embora não admitam ser contrariados.

São seres passionais e, quando abraçam uma causa, vão até as últimas consequências, sendo os signos mais ativistas do zodíaco.

Sua energia é contagiante e sabem empolgar, desde uma só pessoa, até uma multidão.

Por serem signos empreendedores e muito irrequietos, tendem a aderir sem pensar a questões um pouco duvidosas e sofrem muito quando descobrem que as suas opções não foram as acertadas.

contioutra.com - TERRA, AR, FOGO ou AR: você tem que saber mais sobre a influência que o elemento do seu signo tem na sua vida
Por KITTIKUNMONGKOL NARUDON/shutterstock

Têm ideias autênticas e explosivas que defendem com empolgação, mas pouco discernimento.

São pessoas da surpresa, do agora, da ação! Não admitem a inércia ou o deixar para depois. Gostam de ousar e obter resultados rápidos e por isso podem ser mal compreendidos em suas boas intenções. Contudo, são caridosos e capazes de grandes atos de altruísmo.

Quando os conhecemos a fundo, compreendemos sua grandeza e que são pessoas benevolentes, do tipo que coloca sua própria vida em risco para salvar alguém.

Um ser de signo regido por fogo será sempre um companheiro leal que jamais deixará alguém passar por uma situação adversa sem o devido apoio. É uma mão amiga para qualquer ocasião.

Heroico e confiante, sua personalidade transcende força e originalidade e assim age no mundo, propondo transformações constantes.

ÁGUA, elemento regente dos signos de CÂNCER, ESCORPIÃO e PEIXES.

contioutra.com - TERRA, AR, FOGO ou AR: você tem que saber mais sobre a influência que o elemento do seu signo tem na sua vida
Por Evgeniia Litovchenko/shutterstock

“Somos da água e somos uma fonte inesgotável de emoções. Tétis nos presenteou com a capacidade da empatia e com uma memória prodigiosa. Somos amorosos, compreensivos e excelentes cuidadores”.

Os nativos dos signos do elemento água são seres que zelam pelo outro. São dotados de grande amor maternal, paternal e filial. Não obstante, gostam de cuidar das pessoas de seu núcleo, apresentando uma certa insegurança ao estabelecer conexões com pessoas de fora do círculo em que vivem.

Portanto, são seres a serem conquistados, e quando magoados, custam a se afeiçoar novamente a quem lhes magoou, pois que dotados de uma memória emocional sensível.

Entretanto, quando estimam  alguém, são extremamente dedicados e comprometidos com a felicidade do outro.

Procuram conviver em harmonia, deixando muitas vezes de falar o que sentem, guardando sentimentos que lhes prejudicam internamente.

Podem parecer pessimistas, por vezes, e muito irritados. Mas isso se deve ao fato de serem sonhadores e sentirem-se frustrados quando esses sonhos demoram a concretizar-se, pois colocam suas expectativas mais no outro do que em si próprios.

contioutra.com - TERRA, AR, FOGO ou AR: você tem que saber mais sobre a influência que o elemento do seu signo tem na sua vida
Por WhiteJack/shutterstock

São altamente intuitivos. Se uma pessoa, sob a regência da água, lhe disser para não fazer algo, ou não interagir com determinada pessoa, pode ter a certeza que um fato negativo ou uma decepção irá ocorrer, caso você ignore esse conselho.

Não são signos com os quais se pode aventurar ou brincar, pois a profundidade de seus sentimentos exige estabilidade e segurança.

Portanto, exigem um amor franco, sólido e leal. Se identificam essas qualidades no outro, podem ser incrivelmente fiéis, dedicados e extremosos em seus préstimos, além de serem seres que possibilitam ao outro desenvolver suas aspirações e ajudar a realizá-las, como uma forma de compensação pelo bem que lhes fazem.

Honestos e trabalhadores, seu modo de ser se traduz em atitudes abnegadas em prol de seu meio, atuando com caridade e se compadecendo pela dor do outro.

Imagem de capa: Heiko Barth/shutterstock

Ser gentil é sinal de superioridade!

Ser gentil é sinal de superioridade!

Texto de Fabiana Dainese Mauch

Educação vem de berço. Falta de educação é sinônimo de egoísmo e demonstra complexo de inferioridade.

Eu gosto de gente educada, que diz por favor, com licença, obrigado e desculpe… Bom dia ao chegar ou um simples olá, o singelo ato de olhar nos olhos e oferecer um pouco de si, doar-se sem pensar na retribuição dos próximos minutos, das próximas horas, dias ou de uma vida.

Eu gosto mesmo é das gentilezas despretensiosas, de empatia, de gente que se importa, observa e respeita a posição do outro e não sai por aí querendo obter vantagem em tudo! Infelizmente em nosso dia a dia, nas situações mais corriqueiras, testemunhamos muitos exemplos de falta de educação, atitudes que causam indignação em quem tem a educação em patamar alto e abomina certos comportamentos incompatíveis com o coletivo.

Educação vem de berço e há pessoas que não deixarão seu legado neste quesito! Falta de educação é demonstração de egoísmo e também complexo de inferioridade, é o inconsciente martelando a ideia fixa de que há que se fazer algo, para alguém não vir e fazer na frente e obter vantagem. É algo cultural, que carregamos em nossas raízes desde os primórdios, egoísmo puro que só atrai mais egoísmo.

Ultimamente tenho vivenciado alguns episódios onde testemunhei a falta de educação alheia, lhes relato através de um exemplo a minha indignação… Estava eu procurando vaga no shopping um dia destes, shopping lotado, pacientemente dei várias voltas pretendendo encontrar alguma vaga em que algum veículo estivesse saindo, quando para minha surpresa, um veículo veio na contra mão e roubou a vaga que supostamente meu veículo ocuparia.

Infelizmente não havia um guarda por perto e ao ser indagado por mim sobre sua atitude, o sujeito saiu debochando…Com este tipo de pessoa infelizmente não há o que argumentar, pois nunca sabemos a reação das pessoas, o silêncio é a melhor resposta, além de ser a mais sábia. Esperemos que o Universo se encarregue de dar a melhor resposta ao sujeito que age errado e ainda debocha dos outros!

Há pessoas que se transformam em posse de um volante, o trânsito pode ser perigoso, a gentileza atrai gentileza, eu frequentemente paro para pedestres atravessarem, dou passagem a quem quer entrar e se alguém me agride com palavras eu não revido, parece bobagem, mas simples atitudes, geram gestos de agradecimento que contribuem para mais cidadania e melhor convivência.

Todos nós temos muitos exemplos em nosso cotidiano da falta de educação, não respeito às filas, pessoas que tem a capacidade de abrir o vidro do veículo e jogar lixo onde quer que for, sem contar o desrespeito de pessoas que acham que o próprio filho não deve respeito à professores, funcionários, etc… E como não citar a corrupção…

Claro que da mesma forma que testemunhamos a falta de educação, há também muitos exemplos de pessoas educadas, que estão tentando cumprir seu papel como cidadão. Mas a verdade é que ainda não estamos preparados para o pensamento coletivo, é cada um pensando em si próprio, temos que evoluir e muito, mas se cada um fizer a sua parte, estaremos no caminho da evolução.

(Autora: Fabiana Dainese Mauch)

(Fonte: gratidao.palavras)

Imagem de capa: Maya Kruchankova/shutterstock

“O cachorro escuta tudo”, inclusive a sua lágrima antes de cair.

“O cachorro escuta tudo”, inclusive a sua lágrima antes de cair.

Por Fabrício Carpinejar

O cachorro escuta, inclusive, a sua lágrima antes de cair, o batimento do seu coração alterado, uma dor antes de ser palavra, e vem lamber o seu rosto e lhe oferecer conforto.

Um cachorro escuta quatro vezes melhor que uma pessoa. Assim escuta a 8 metros o que o homem só escuta a 2 metros. Ele detecta a origem do som com precisão, em apenas 0,06 segundo.

Você nem entrou em casa e o cachorro já ouviu você chegando. Você mal acordou, pisou o pé dentro do chinelo e o cachorro já corre para a porta do seu quarto. Você vive querendo entender o que ele está descobrindo – porque ele flagra os sons de insetos, da água correndo, do vento mudando a sua direção, dos subterrâneos, das paredes. Escuta o que até aquele instante parece invisível.

contioutra.com - "O cachorro escuta tudo", inclusive a sua lágrima antes de cair.
Por Pavel Ilyukhin/shutterstock

De repente a cabeça dele se inclina para um lado como se ele estivesse de pé, em vigília, por um novo movimento. É um profeta do que virá surgir. Pois alcança uma frequência entre 10 a 40.000 Hz, inacessível para a escala humana, presa entre 16 e 20.000 Hz.

O cachorro prostra-se em sentinela e late para algo que não aconteceu. Só não aconteceu para você, para ele aconteceu.

Não são fantasmas, são ruídos vivos se formando em grandes distâncias.

Antes do celular tocar, ele olha para o seu celular. Antes de algum objeto quebrar no chão, ele olha para os seus braços. Antes do interfone vibrar, ele olha para o interfone.

O cão tem uma hipersensibilidade auditiva. Um relâmpago é um terremoto para ele. Uma colisão de carros ao longe é uma colisão de trens.

O cachorro escuta, inclusive, a sua lágrima antes de cair, o batimento do seu coração alterado, uma dor antes de ser palavra, e vem lamber o seu rosto e lhe oferecer conforto.

Dá para entender agora a violência que são os fogos de artifício para os cachorros?

***

Imagem de capa: Garnet Photo/shutterstock

“O que fazer se o filho não quer estudar” – por Içami Tiba

“O que fazer se o filho não quer estudar” – por Içami Tiba

A página de Içami Tiba, no Facebook, hoje administrada por seus filhos, publicou um vídeo excepcional do nobre pensador que tanto abordou temáticas de grande valor, especialmente aos pais.

Eles fizeram uma compilação de frases e grande sabedoria, que fazemos aqui reproduzir:

• Quanto custa um filho quando repete de ano? O cálculo não é somente matemático, mas também afetivo.

• Ninguém constrói por uma pessoa o que ela não constrói dentro de si.

• O filho vai precisar de conhecimento, de informação. Mas para vencer na vida terá que ter COMPETÊNCIA. Para ter competência, ele precisará querer “aprender sempre”. Não adianta fazer bem uma coisa e ficar parado ali, sempre repetindo a mesma coisa: é preciso evoluir. Temos também que dar “gosto pelo estudo”, pois o filho não sabe ainda o quanto isso fará falta na vida futura dele. Tem que ser “íntegro”, não adianta ficar mentindo que todo mundo foi mal etc, tem que falar a verdade: que não foi aprovado porque não fez o que deveria. Além de tudo isso, para ter competência, precisa ter “disciplina”: não adianta a pessoa ser inteligente se não tiver disciplina porque se a inteligência não for colocada em prática através da disciplina também não se formará a competência. E o mais importante de tudo é a “ética, integridade, legitimidade”.

Conheça os livros de Içami Tiba

• Ninguém repete no último mês do ano. A “repetência” já se faz manifestada logo no começo do ano. O erro não está só no filho que não toma providências e vai repetir de ano. O erro está em quem delega poderes e não cobra os poderes delegados.

• Infelizmente, para quem não tem educação, a cobrança entra por um ouvido e sai pelo outro. Mas se os pais cobrarem, o filho não fizer nada e depois os pais não tomarem nenhuma atitude com relação a isso, não adianta cobrar.

• Para poder cobrar tem que haver uma combinação prévia. Se o filho não sabe o que deve, como os pais irão cobrar? Tem que haver uma relação de compromisso e se o filho não cumprir o compromisso desde o começo do ano ele irá repetir mesmo. Se repetiu um ano, os pais não devem esperar que o filho “aprendeu” e no ano seguinte fará de forma diferente: não é errando que se aprende! É corrigindo o erro que se aprende!
AMAR NÃO É SÓ CRIAR. AMAR É EDUCAR e EDUCAR É PREPARAR PARA A VIDA!!!

Gostou do conteúdo? COMPARTILHE

Fonte: Revista Pazes– reproduzido com autorização.

Imagem de capa: Reprodução

O “pote rachado”, uma história hindu para quem quer aprender a se olhar

O “pote rachado”, uma história hindu para quem quer aprender a se olhar

Eis a história de um camponês que, para viver, vendia água para o mercado. Ele tinha cerca de dez jarros. Todos os dias, e muito cedo de manhã, ele colocava uma vara nas costas. Em cada extremidade estava suspenso um jarro; ele os levava para o poço e depois para o centro da aldeia. No entanto, no meio de todos esses potes havia um que estava rachado.

Curiosamente, esse trabalhador sempre pegou o pote rachado para fazer sua primeira viagem do dia.

Seguia para o poço a dois quilômetros de distância, levando sempre um pote em perfeito estado e mais esse rachado, um em cada extremidade de uma vara que carregava atravessada em seus ombros.

Ele coletava pacientemente o líquido e o transportava por mais por esse percurso até a aldeia.

“O que é útil é o que nos dá felicidade.”

-Auguste Rodin-

É claro que, quando ele chegava ao mercado, o pote rachado havia perdido uma grande quantidade de água que estivera carregando. Como resultado, o agricultor só poderia alcançar metade do que foi acordado. No entanto, o pote em bom estado funcionava perfeitamente e permitia-lhe ganhar todo o dinheiro que estava previsto.

O sentimento vergonhoso do pote rachado

Rapidamente, os outros potes começaram a falar sobre a situação entre eles. Eles não entendiam por que o homem ainda estava utilizando o pobre recipiente danificado, porque insistia em perder dinheiro todos os dias. Não havia sentido nisso, sendo que o carregador de água tinha vários outros potes em boas condições a sua disposição.

Além disso, o pote rachado passou a se envergonhar da sua condição. Ele fora utilizado por mais de dez anos, sempre desempenhou perfeitamente a função a qual era destinado, até o dia em que lhe apareceu aquela fissura por onde a água vazava. Era agora um inútil, um imprestável, e lhe amargurava saber que o parceiro só se valia dele por pura piedade. Isso não estava certo, não era justo o homem ter seus ganhos diminuídos por sua causa.

Na horas de repouso, gastava seu tempo contando aos potes mais jovens as suas aventuras de pote experiente, de quando era saudável e conseguia fazer o trajeto sem desperdiçar uma gota de água sequer. Os outros o ouvia atento, mas com pesar, não entendiam por que o homem das águas insistia em botar o velho pote rachado na atividade diária. Com tantos recipientes jovens e saudáveis, por que não descartava de vez o pobre inútil?

O caminho da água

O homem persistia nesse costume e ignorava os questionamentos da turma. As vezes até ria, sem nada dizer. “Por certo, enlouquecera”, comentavam com preocupação, ainda mais quando a reação do camponês era só a de apenas sacar farelos dos bolsos e espalhar pelo caminho. O que era aquilo? restos de pão? areia? que dó! o pobre humano deveria estar mesmo perdendo o juízo.

Porém, as demais coisas pareciam normais. As idas ao poço, o trajeto feito como sempre fora e o abastecimento das casas. Apenas a insistência em dar serviço ao velho pote rachado continuava ser a coisa sem sentido no dia a dia deles, pois até a nova mania de espalhar farelos pelo caminho o homem abandonara.

Uma bela moralidade

Certa noite, enquanto o fazendeiro se preparava para descansar, o pote quebrado chamou-o e disse que precisava conversar com ele. O homem ouviu-o então, muito atento ao que o pote queria lhe dizer. Este último, sem preâmbulo, disse-lhe o que tinha em mente. Ele disse que gostava do que fazia, mas não se sentia confortável sabendo ser ele um pote inútil. Não queria que o camponês o preservasse por compaixão. Melhor seria que o jogasse no lixo e acabasse com essa angustia de uma vez por todas.

O camponês sorri enquanto escuta. Confessa que nunca passou pela sua cabeça a ideia de se desfazer do velho companheiro. Ele lhe disse que nunca pensara em jogá-lo fora porque, na verdade, era muito útil para ele. “Útil?”, Perguntou o pote. Como ele poderia ser útil se estavam perdendo dinheiro todos os dias? O homem pediu-lhe para manter a calma. No dia seguinte, ele mostraria por que ele era tão valioso. O pote quebrado não conseguiu dormir.

No dia seguinte, como prometido, o camponês lhe disse: “Peço, por favor, que observe tudo de cada lado da estrada até o poço”. O pote foi extremamente atencioso. Ele olhou para os dois lados, mas viu uma estrada agradável, cheia de flores. Quando chegaram ao poço, ele disse ao fazendeiro que não havia encontrado uma resposta nesta estrada.

O homem olhou para ele carinhosamente e disse: “Desde que você se rachou, eu estive pensando sobre a melhor maneira de continuar obtendo o máximo de você. Então decidi, de tempos em tempos, espalhar sementes pelo caminho. Graças a você, eu era capaz de regá-las todos os dias. E, graças a você, uma vez que tudo floresceu, posso escolher algumas plantas e vendê-las no mercado, a um preço superior ao da água “. O pote rachado, muito comovido, entendeu qual a sua preciosa missão.

Via Revista Pazes. Reproduzido com autorização.

Imagem de capa: Reprodução

Ser intenso é a minha melhor qualidade

Ser intenso é a minha melhor qualidade

Não, eu não tenho vergonha e muito menos motivos para esconder o fato de ser intenso. É uma qualidade poder viver todos os dias, sentindo e fazendo o possível para estar sempre sendo sincero com essa minha intensidade. Quem não entende disso, tudo bem. Não espero ser compreendido pelos meus gestos. A intensidade em mim é algo que cresce de um jeito recíproco, natural e sem qualquer explicação da razão.

É bem simples, eu tenho muito para transbordar. Jamais considerei ser uma perda de tempo buscar e demonstrar a minha melhor versão. Penso que fôssemos mais abertos e menos preocupados com as vulnerabilidades do coração, mais as relações seriam inesquecíveis em vez desse apanhado de encontros esquecíveis. Quando a sua intensidade não é julgada como uma fraqueza, mas como uma parte fundamental da sua pessoa, você aprende a se valorizar e a reconhecer os instantes que são importantes e as trocas que carregará por toda a vida.

Ser intenso me ensinou bastante. Até mesmo nas decepções e tropeços, nunca plantei arrependimentos no peito. Nada foi em vão. Tudo o que revelei teve uma consequência. É assim que funciona. Tentar negar o coração que respira intensidade nunca foi uma escolha que pesei. Em um mundo no qual as pessoas mentem ou disfarçam os sentimentos, encaro a minha entrega com coragem e, por que não, com felicidade?

Ser intenso é a minha melhor qualidade. Confesso saudades, me emociono sem constrangimentos, procuro, pergunto e me importo com quem está na minha vida. Não tenho esse plano perfeito de como agir quando sinto algo especial. Não ando por aí medindo os desdobramentos dos meus afetos. Sou intenso o quanto posso, mereço e vivo. Talvez exista alguma definição mais apropriada em algum lugar mas, por hora, intenso é um bom sobrenome.

Imagem de capa: Stone36, Shutterstock

A pele não sofre de Alzheimer, sempre se lembra de um carinho ou uma cicatriz

A pele não sofre de Alzheimer, sempre se lembra de um carinho ou uma cicatriz

Existe um tipo de crença falsa generalizada: as pessoas com Alzheimer ou com outros de demência tendem a se desconectar do mundo externo atual para entrar em seu mundo distante e irreal. Isso não é verdade, mas a pessoa com Alzheimer já não é aquela que costumava ser, perde sua identidade diante da sociedade e seus sentimentos perdem validade quase que de maneira automática.

Se nos colocarmos no lugar da pessoa com demência, perceberemos que o normal é que tenha medo da insistência dos outros, que não saiba se expressar, que não saiba o que lhe é dito e que não reconheça as pessoas próximas de todos os dias, que não entenda o que se espera dela em cada momento.

Poucas vezes nos colocamos no lugar das pessoas com Alzheimer. No entanto, se o fizermos, nos daremos conta do quão assustador e desconcertante o cotidiano pode ser. Então entenderemos a angústia ou outras reações emocionais que são consideradas desproporcionais na nossa visão “sã” do mundo.

O método da validação, terapia centrada na pessoa

Nas últimas décadas, têm ressurgido modelos de atenção e comunicação centrados na pessoa. Esses modelos terapêuticos e de relacionamento trabalham para que os ambientes que cercam a pessoa com Alzheimer sejam estimulantes e acolhedores.

Ou seja, buscamos ter empatia com a pessoa com demência, manter sua identidade e gerar uma atitude compreensiva em relação às “alterações comportamentais” que geram tanto constrangimento quanto desconforto entre os cuidadores e as pessoas do entorno.

Os autores que promovem este modelo de atenção destacam a necessidade de preservar o princípio de dignidade de qualquer pessoa, então, usar a empatia para se sintonizar com a realidade interna das pessoas afetadas pela demência.

O objetivo é lhes proporcionar segurança e força, fazendo com que a pessoa se sinta válida e possa expressar seus sentimentos. Porque somente quando uma pessoa pode voltar a se expressar, sua dignidade é restaurada.

Por quê? Porque dar valor é reconhecer os sentimentos da pessoa. Validar é dizer que seus sentimentos são verdadeiros. Ao negar os sentimentos, negamos o indivíduo, anulamos sua identidade e, portanto, criamos um grande vazio emocional.

Princípios básicos do método de validação

Segundo o CREA Alzheimer, os princípios básicos do método de validação são:

-Aceitar a pessoa sem julgá-la (Carl Rogers)
-Tratar a pessoa como indivíduo único (Abraham Maslow)
-Os sentimentos expressos pela primeira vez e depois reconhecidos e validados por um interlocutor de confiança perderão intensidade. Quando são ignorados ou negados, os sentimentos ganham força. “Um gato ignorado se torna um tigre” (Carl Jung).
-Todos os seres humanos são valiosos, independentemente de quão desorientados estejam (Naomi Feil).
-Quando a memória recente falha, recuperamos o equilíbrio retomando memórias antigas. Quando a visão falha, recorrem ao olho da mente para poder ver. Quando o ouvido se vai, escutam os sons do passado (Wiler Penfield).

Pessoas com Alzheimer ou outras demências precisam de uma reconexão com o mundo

O mais recente filme da Disney-Pixar, ‘Viva – A Vida é uma Festa’, nos mostra de uma maneira realmente emotiva como podemos nos reconectar com as pessoas com Alzheimer, como podemos acessar sua pele, seus sentimentos mais profundos. Ele mostra isso com “Lembre de mim”, uma música que, sem dúvida, dá um sabor suave à sintonia emocional que provoca.

O fato de que alguém perca a capacidade de se expressar verbalmente não é sinônimo de não ter a necessidade de se expressar. Por essa razão, é essencial nos adaptarmos às necessidades das pessoas afetadas, nos conectarmos com seu estado mental e nos unirmos em um só sentimento.

Como disse Tomaino (2000), “É sempre surpreendente ver uma pessoa completamente separada, distanciada do presente devido a uma doença como o Alzheimer, voltar à vida quando uma música familiar é tocada. A resposta da pessoa pode variar desde uma mudança de postura para um movimento animado: do som à resposta verbal.

Mas normalmente há uma resposta, uma interação. Muitas vezes essas respostas aparentemente delirantes podem revelar muito sobre a autopreservação, e mostram que as histórias pessoais ainda podem ser relembradas”.

Fonte indicada: A Mente é Maravilhosa

INDICADOS